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D O S S I Ê T É C N I C O Desinfetante doméstico Allan George A. Jaigobind Lucia do Amaral Sammay Jaisingh Instituto de Tecnologia do Paraná Dezembro 2007

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D O S S I Ê T É C N I C O

Desinfetante doméstico

Allan George A. Jaigobind

Lucia do Amaral

Sammay Jaisingh

Instituto de Tecnologia do Paraná

Dezembro

2007

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DOSSIÊ TÉCNICO

Sumário 1 INTRODUÇÃO..................................................................................................................2 2 DEFINIÇÕES....................................................................................................................3 3 DESINFECÇÃO ................................................................................................................3 4 CARACTERÍSTICAS IMPORTANTES EM UM DESINFETANTE .....................................4 5 RESISTÊNCIA DOS MICROORGANISMOS ....................................................................5 6 DESINFETANTES E SUAS APLICAÇÕES ......................................................................6 7 ATIVOS DE USO AUTORIZADO PELA ANVISA .............................................................6 7.1 Aldeídos ........................................................................................................................6 7.2 Fenólicos ......................................................................................................................7 7.3 Quaternários de amônio ..............................................................................................7 7.4 Compostos inorgânicos liberadores de cloro ativ o ..................................................8 7.4.1 Cloro ...........................................................................................................................8 7.4.2 Hipoclorito de sódio ....................................................................................................8 7.4.3 Água sanitária.............................................................................................................8 7.5 Compostos orgânicos liberadores de cloro ativo .....................................................8 7.6 Iodo e derivados ..........................................................................................................9 7.7 Álcoois e glicóis ..........................................................................................................9 7.8 Ácido peracético e peróxido de hidrogênio ...............................................................10 7.9 Outros ativos ................................................................................................................10 8 DOSE LETAL ...................................................................................................................11 9 REGRAS BÁSICAS PARA UMA BOA DESINFECÇÃO ...................................................11 10 FORMULAÇÕES ............................................................................................................12 10.1 Desinfetante (pinho) ..................................................................................................12 10.2 Desinfetante aromatizado .........................................................................................13 11 EQUIPAMENTOS ...........................................................................................................13 12 DESINFETANTE PARA TECIDOS E ROUPAS ..............................................................14 13 ROTULAGEM .................................................................................................................14 14 LEGISLAÇÃO PARA DESINFETANTES ........................................................................15 15 NORMAS TÉCNICAS .....................................................................................................15 16 PRINCIPAIS INSTITUIÇÕES DE INTERESSE PARA PESQUI SA .................................16 17 NOMENCLATURA COMUM DO MERCOSUL – NCM ...................................................17 Conclusões e recomendações .........................................................................................18 Referências ........................................................................................................................19 Anexo 1 – Portaria n. 15/1988 – subanexo 1 ....................................................................20 Anexo 2 – Resolução RDC n. 14/2007 – anexos III e I V ...................................................21

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DOSSIÊ TÉCNICO

Título Desinfetante doméstico Assunto Fabricação de produtos de limpeza e polimento Resumo Este dossiê abordará a respeito do processo de fabricação de desinfetantes de uso doméstico, equipamentos, matérias-primas (características), formulação, especificações, fornecedores e cuidados especiais. Palavras-chave Desinfetante; produto de limpeza; sanitizante Conteúdo 1 INTRODUÇÃO Desde as primeiras civilizações, egípcia, persa e chinesa, a aplicação de desinfetantes ou antimicrobianos era feita para o tratamento da água potável e para a assepsia de ferimentos. Além destes dois usos milenares, os desinfetantes também eram usados para proteger plantações de pragas. Era o chamado pesticida. As constantes epidemias do século XIX levaram ao desenvolvimento de técnicas de desinfecção por altas temperaturas. Em 1855, pôde-se provar que a cólera era passada pela água contaminada, e que a febre tifóide era causada por microorganismos presentes na água e no leite. Em 1857, a pasteurização pôde controlar os microorganismos que azedavam o leite e constatou-se que hábitos de higiene poderiam prevenir a febre purpúrea. Mesmo com o desenvolvimento de novas técnicas e fórmulas, alguns desinfetantes sobrevivem ao caminhar dos ponteiros. Muitos estão em uso há mais de 150 anos. O mercúrio, por exemplo, é conhecido desde o século XIV. O Cloro é utilizado no tratamento de água desde 1843, sendo ainda hoje largamente empregado. Cloreto de zinco, sulfato de cobre, permanganato de sódio, sulfúricos e álcoois, descobertos mais ou menos em 1800, são provas de alguns desinfetantes que resistem ao tempo. Com o passar do tempo, o arsenal de antimicrobianos específicos foi crescendo, então, cientistas passaram a desenvolver biocidas além de mais eficientes, mais versáteis e menos tóxicos ao meio ambiente e aos seres humanos. No início do século XX, a creolina era comercializada no Brasil como desinfetante de ação antibacteriana, porém, também era usado como água sanitária. Em 1970, apareceu o desinfetante a base de pinho, que destinado à limpeza de banheiros, caiu no gosto dos consumidores, mostrando-se além de eficiente na eliminação de microorganismos, agradável ao olfato. Mas o maior desenvolvimento dos produtos desinfetantes aromatizados se deu com a suas versões em aerossol, que além das outras qualidades era mais fácil de usar. Antes do ano 2000, o mercado brasileiro já entrara na onda internacional dos desinfetantes perfumados e multiusos. Tendência esta, que vem se consolidando ao longo dos anos.

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A principal função dos desinfetantes é e sempre foi combater bactérias e outros microorganismos danosos, porém, para atender às exigências dos consumidores modernos, cada vez mais se têm investido em embalagens mais seguras e fáceis de manusear. O mercado de desinfetantes têm apresentado boa ascendência nos últimos anos (FIG. 1), porém, mesmo com tantos investimentos em qualidade e embalagens, esta indústria vem tendo problemas. A crescente produção de produtos clandestinos, está criando uma concorrência desleal no setor. Produtos com déficit de até 80% no preço são fabricados sem qualidade e jogados no mercado. Além do problema para os fabricantes de produtos idôneos, estes clandestinos são um grande prejuízo ao governo, pois eles tem gerado enormes danos à saúde pública e reduzido a arrecadação de impostos sobre o setor. Porém o maior prejuízo fica para os consumidores destes produtos, que colocam em riscos irremediáveis a saúde.

Figura 1 – Desinfetante: desempenho do setor no Brasil

Fonte: ABIPLA 2 DEFINIÇÕES Segunda a Agência Nacional de vigilância Sanitária - ANVISA na Resolução RDC n. 14, de 28 de fevereiro de 2007, tem-se as seguintes definições: Desinfetante: é um produto que mata todos os microrganismos patogênicos, mas não necessariamente todas as formas microbianas esporuladas em objetos e superfícies inanimadas. Produto de uso doméstico: são formulações de baixa toxicidade e considerados de uso seguro, de acordo com as recomendações de uso. 3 DESINFECÇÃO Desinfecção é um método de eliminação de todos, ou pelo menos de muitos dos microorganismos patogênicos. Este processo acontece por meio de um agente químico, o desinfetante. Diferentemente da esterilização, a desinfecção não destrói todos os microorganismos, apenas aqueles que podem causar algum dano à substância em questão. Dependendo do ativo químico utilizado, ocorre a ação sobre o microorganismo, como por exemplo: - Clorexidina age sobre a membrana citoplasmática; - Formaldeído e glutaraldeido agem fixando-se na membrana citoplasmática; e - Produtos clorados e iodóforos agem pela oxidação dos constituintes celulares. A fim de se obter diferentes graus de eliminação de patogênicos, a desinfecção pode ser feita em vários níveis. Como mostra o QUADRO 1:

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Quadro 1 - Desinfecção: classificação

DESINFECÇÃO: classificação MÉTODOS E SOLUÇÕES GERMICIDAS

Desinfecção de baixo nível : são destruídas as bactérias em forma vegetativa, alguns vírus e alguns fungos. O Mycobacterium tuberculosis, os esporos bacterianos, o vírus da Hepatite B (HBV) e os vírus lentos sobrevivem.

- Álcool etílico e isopropílico - Hipoclorito de Sódio (100 ppm) - Fenólicos - Iodóforos - Quaternário de amônia Obs.: tempo de exposição < ou = a 10 minutos.

Desinfecção de médio nível : além dos microorganismos destruídos na desinfecção de baixo nível são atingidos o Mycobacterium tuberculosis, a maioria dos vírus (inclusive o HBV) e a maioria dos fungos. Ainda sobrevivem os Mycobacterium intracelulare, os esporos bacterianos e os vírus lentos.

- Álcool etílico e isopropílico (70 a 90%) - Fenólicos - Iodóforos - Hipoclorito de sódio (100 ppm) - Pasteurização 75° C a 30 minutos. Obs.: depende da concentração e/ou período de exposição.

Desinfecção de alto nível : resistem apenas alguns tipos de esporos bacterianos mais resistentes e os vírus lentos.

- Glutaraldeído - Solução de Peróxido de Hidrogênio - Hipoclorito de sódio (1000 ppm) - Cloro e compostos clorados - Ácido peracético -Orthophtalaldeído - Água super oxidada - Pasteurização 75o C a 30 minutos. Obs.: tempo de exposição > ou = 20 minutos.

Não definido: o nível de desinfecção dependerá das variáveis como temperatura e/ou concentração de germicidas adicionados no processo.

- calor seco (passar a ferro) - fervura em água em 30 minutos - formaldeído, pastilhas - termodesinfectadoras - sanitizadoras

Fonte: CIH 4 CARACTERÍSTICAS IMPORTANTES EM UM DESINFETANTE Para que se possa atingir o nível de desinfecção desejado é preciso que o ativo do desinfetante detenha algumas características essenciais:

- amplo espectro; - ação rápida; - não ser afetado por fatores ambientais (ex: luz); - deve ser ativo na presença de matéria orgânica; - compatível com sabões, detergentes e outros produtos químicos; - atóxico (não deve ser irritante para o usuário ou animais domésticos); - compatível com diversos tipos de materiais (não corrosivo em superfícies metálicas e não deve causar deterioração em borrachas, plásticos e outros materiais); - efeito residual na superfície; - fácil manuseio; - inodoro ou de odor agradável; - solubilidade-solúvel preferencialmente em água ou outros solventes de baixo custo como álcool;

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- estável na concentração original ou diluído, sendo que este não deve perder sua ação antimicrobiana com o tempo de prateleira; - homogeneidade - as preparações devem ser uniformes em sua composição (os componentes ativos devem estar presentes em cada aplicação); - ativo na temperatura ambiente ou corporal - não deve ser necessário aumentar a temperatura além daquela normal encontrada no ambiente, onde os compostos químicos são utilizados; - não poluente; - Disponibilidade a baixo custo - o produto deve ser facilmente encontrado e de baixo custo.

5 RESISTÊNCIA DOS MICROORGANISMOS Como apontado anteriormente, dependendo do nível de desinfecção, alguns microorganismos podem se mostrar resistentes. Como no caso do vírus HIV, que é muito difícil de ser destruído. Segue abaixo a ordem decrescente de resistência de alguns microorganismos à desinfecção (QUADRO 2).

Quadro 2 - Ordem decrescente de resistência dos microorganismos aos métodos e soluções germicidas

Microorganismos resistentes

Prions Creutzefeld Jacob Disease

Esporos Bacterianos Bacillus subtillis

Clostridium difficile Mycobacteria

Mycobactrium tuberculosis Mycobacterias atípicas

Vírus não lipídicos Poliovírus Rinovírus Fungos

Candida sp Criptococcus sp

Bacterias Vegetativas Pseudomonas sp

Salmonella sp Virus lipídicos

HBV/HIV/Herpes vírus Fonte: CIH

A morte de uma população microbiana é definida pela perda da capacidade de reprodução, sendo que a eficiência do ativo microbicida pode ser testada pelo cultivo de uma mostra do material tratado determinando o número de sobreviventes. A atividade microbiana é influenciada pelas seguintes condições: - tamanho da população microbiana; - concentração do ativo microbicida; - tempo de ação do ativo sobre a população microbiana; - temperatura em que a população é exposta ao ativo; - natureza do material que contém os microorganismos; - características específicas de cada um dos microorganismos presentes. Os mecanismos de destruição dos microorganismos estão associados aos aspectos estruturais e podem se dar pela alteração do estado físico do citoplasma, inativação de enzimas ou rompimento da membrana celular (FIG. 2).

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Figura 2 - Mecanismos de ação de vários compostos químicos antimicrobianos em célula bacteriana Fonte: CONTROLE DOS MICROORGANISMOS

Segundo a resolução da Anvisa, RDC n. 14/2007, os produtos com ação antimicrobiana deverão comprovar sua eficácia mediante a metodologia da AOAC - Association of Official Analytical Chemists ou métodos adotados pelo CEN - Comitê Europeu de Normatização. Quando não existirem métodos das instituições citadas, a Autoridade Sanitária competente analisará caso a caso os métodos apresentados. Também segundo a mesma resolução, os microorganismos para avaliação antimicrobiana de desinfetantes são: Staphylococcus aureus e Salmonella choleraesuis, sendo que o Staphylococcus aureus representará os Gram + e o Salmonella os Gram -. Há três procedimentos amplamente usados em laboratório para avaliação do poder antimicrobiano dos desinfetantes. Estes procedimentos são: (1) técnica de diluição em tubo; (2) técnica de inoculação em placa; (3) técnica de coeficiente fenólico. 6 DESINFETANTES E SUAS APLICAÇÕES Segundo a Anvisa, na resolução RDC n. 14/2007, tem-se a seguinte classificação por âmbito de aplicação: - uso geral - produtos para uso domiciliar e em ambientes públicos; - uso hospitalar - produtos para uso exclusivo em hospitais e estabelecimentos relacionados com atendimento à saúde; - uso em indústria alimentícia e afins - produtos destinados a serem utilizados em locais dedicados à produção/elaboração, fracionamento ou manipulação de alimentos. - uso específico - produtos destinados a serem utilizados com fim específico, segundo as indicações de rótulo. Portanto, existem vários ativos para uso em desinfetantes, cada qual, adequado a uma aplicação específica. Para cada nível de desinfecção podem ser usados diferentes tipos de desinfetantes e ativos. Muitas vezes, a fim de conseguir um resultado mais significativo, podem-se misturar alguns ativos, sendo que nestes casos é preciso verificar a compatibilidade química destes, a fim de evitar a perda de eficácia devido à mistura. Antes de comercializar seus produtos, as indústrias realizam diversos testes, com a finalidade de verificar o melhor local e forma de aplicação, evitando danos, principalmente, ao ambiente e ao consumidor. Um produto que pode causar problemas ao consumidor não é registrado pela Anvisa, já que dificilmente será aprovado pelos testes que devem ser realizados, como corrosividade e irritabilidade. 7 ATIVOS DE USO AUTORIZADO PELA ANVISA Os principais ativos autorizados encontram-se listados na Portaria n. 15/1988 (ANEXO 1). 7.1 Aldeídos Pertencem a esta classe o formaldeído, glioxal, glutaraldeído e paraformaldeído.

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Glutaraldeído - muito utilizadas nos últimos anos, as soluções de glutaraldeído são indicadas para o tratamento de materiais termo sensíveis, como por exemplo, endoscópios e outros artigos médico-hospitalares. Este desinfetante de alto nível de desinfecção atua alterando o DNA, o RNA e a síntese protéica dos germicidas. Portanto, não elimina os germes, mas inibe suas ações danosas. O glutaraldeído, embora eficaz na desinfecção, apresenta alguns problemas quando não utilizado com todas as normas de segurança. Por apresentar toxicidade, durante sua manipulação, os profissionais precisam utilizar luvas de proteção, a fim de evitar o contato direto com a pele. Outro problema é que os equipamentos em que o glutaraldeído for empregado, precisam ser muito bem enxaguados, pois caso contrário, resíduos do produto podem permanecer, o que principalmente na área médico-hospitalar, pode ser extremamente prejudicial. Mesmo diante de algumas desvantagens, o glutaraldeído, quando posto em avaliação o seu coeficiente de vantagens e desvantagens, apresenta saldo positivo. Além de apresentar um amplo espectro de ação, que permite sua utilização nos materiais da área médica independentemente da patologia a ser tratada com auxílio destes, o glutaraldeído se mostra um desinfetante bastante eficaz. Em uma concentração de 1%, com 1 a 2 minutos de exposição, o glutaraldeído elimina o vírus do HIV e HSV; já com uma concentração de 2%, com uma exposição de 5 minutos, elimina o HBV. Além disso, destrói também formas mais resistentes de microorganismos, como as mycobacterias, inclusive as do grupo “MAIS” (intracelulares). Por apresentar ação desinfetante tão eficaz, em tão pouco tempo, em detrimento a um certo nível tóxico, o Ministério da Saúde, permite a venda do glutaraldeído em concentração máxima de 2%. No mercado nacional o glutaraldeído é vendido sob os nomes de Cidex ® (Jonhson & Jonhson), Glutacide ® (Ceras Jonhson), Glutalabor ®. 7.2 Fenólicos Os compostos fenólicos e seus derivados atuam alterando a permeabilidade seletiva da membrana, desnaturam e inativam proteínas como enzimas, causando uma perda de substâncias intracelulares. São permitidos no uso em formulações os seguintes ativos: 4 terc-amilfenol; 2 benzil 4 clorofenol; 4 terc-butilfenol; cresóis; 2 fenilfenol; 2 hidroxidifenileter e 2 hidroxi 2 ', 4, 4' triclorodifenileter. 7.3 Quaternários de amônio Muitos detergentes antimicrobianos pertencem ao grupo dos tensoativos catiônicos, entre quais, os quaternários de amônia. Estes são bons agentes de limpeza e apresentam ação como desinfetante que se dá pela inativação das enzimas produtoras de energia, desnaturando as proteínas essenciais das células e rompendo a membrana celular dos microorganismos. Sua estrutura geral pode ser representada por:

Quaternário de amônia –estrutura geral

Os quaternários têm propriedades anti-séptica, desinfetante e sanificante, e apresentam; baixa toxicidade; alta solubilidade em água; alta estabilidade em solução; e não são corrosivos. São utilizados como ativo de produtos para aplicação em assoalhos, paredes de hospitais,

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enfermarias, estabelecimentos públicos e em equipamentos da indústria alimentícia. São exemplos de ativos: cloreto de alquil dimetil benzil amônio; cloreto de alquil dimetil etilbenzil amônio; cloreto de alquil dimetil etiltoluil amônio; cloreto de lauril piridínio; cloreto e brometo de cetil trimetil amônio; cloreto de alquil trimetil amônio; dicloreto de polioxietileno (dimetilimino) etileno (dimetilimino) etileno e dicloreto de polioxietileno (dimetilimino) metileno (dimetilimino) etileno. Os radicais alquilas estão compreendidos entre C8 e C18, sendo mais efetivos os produtos resultantes da combinação C12-C14. 7.4 Compostos inorgânicos liberadores de cloro ativ o Os ativos aqui são: hipoclorito de sódio, de lítio e de cálcio. Antes de falar do hipoclorito de sódio, primeiramente será apresentada a diferença entre cloro, hipoclorito de sódio e água sanitária. 7.4.1 Cloro Obtido por meio da eletrólise da solução de Cloreto de Sódio (sal de cozinha) e água, obtendo-se um gás, que se comprimido a baixa temperatura, transforma-se em um líquido claro de cor âmbar, sendo que este é amplamente utilizado em estações de tratamento de água e esgoto.

É o HClO (ácido hipocloroso) formando poderoso agente oxidante que é capaz de destruir substâncias celulares dos microorganismos, sendo que a dissociação do ácido hipocloroso, depende do pH da água, a saber: - em pH baixo, a presença de ácido hipocloroso é dominante; - em pH alcalino, como por exemplo, pH 9, tem-se somente cerca de 4% de HClO e 96% de OCl. 7.4.2 Hipoclorito de sódio Produto obtido a partir da reação do cloro, anteriormente citado com uma solução diluída de soda-cáustica. Este produto é normalmente comercializado somente pelo setor industrial, como por exemplo, pelos fabricantes de desinfetantes para indústria de alimentos. Normalmente é distribuído em uma solução líquida que contém de 10% a 13% de cloro ativo ou 10 a 13% de hipoclorito. É devido a esta correlação, que o hipoclorito de sódio é popularmente (erroneamente) conhecido como “cloro”. 7.4.3 Água sanitária É uma solução de hipoclorito de sódio que contém entre 2,0% a 2,5% de cloro ativo em água. Assim, a dona de casa que usa “Cândida”, “Globo”, ou “Q-Boa”, está utilizando água sanitária na limpeza de banheiros, desinfecção dos alimentos, limpeza da caixa d’água, etc, e não “cloro”, como se costuma ouvir. A água sanitária, mesmo sendo diluída, possui forte poder germicida. 7.5 Compostos orgânicos liberadores de cloro ativo Na década de 70, surgiram os chamados derivados clorados orgânicos, denominados de “cloraminas orgânicas”, destacando-se o os ácidos dicloroisocianúrico e tricloroisocianúrico e seus sais de sódio e potássio.

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Os compostos clorados orgânicos, ou seja, as cloraminas orgânicas são produtos de reações do ácido hipocloroso com aminas, iminas, amidas e imidas. Geralmente, os derivados clorados de origem orgânica são comercializados na forma de pó e possuem uma maior estabilidade ao armazenamento do que os compostos clorados inorgânicos. São exemplos destes, os ácido dicloroisocianúrico e os sais sódico e potássico; ácido tricloroisocianúrico; N, N dicloroazodicarbonamidina; N, N dicloro 4 carboxi benzenosulfonamida; N, N dicloro 4 metil benzenosulfonamida; N-cloro benzenosulfonamida sódica; N-cloro 4 metil benzenosulfonamida sódica; N-cloro suocinimida e 1,3 dicloro 5,5 dimetilhidantoína.

Quadro 3 - Comparação de características físico-químicas entre os principais compostos clorados existentes no mercado nacional

Produto Hipoclorito de sódio (líquido

- 12%)

Hipoclorito de cálcio (sólido –

65%)

Dicloro-isocianurato

de sódio (sólido – 65%)

Ácido tricloro isocianúrico

(sólido – 95%)

Nota para o item Característica

0 1 2 3 4 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4

Quanto à solubilidade

Quanto à estabilidade do produto

Não perde o cloro ativo

Não altera o pH

Não cria incrustações

Não gera subprodutos

Segurança

Total de pontos 7 3 2 8

Legenda: 0 – Péssimo; 1 – Regular; 2 – Médio; 3 – Bom; 4 – Excelente. Fonte: adaptado de HIDROALL, citado por MACEDO, 2002.

7.6 Iodo e derivados São exemplos: iodo, iodo-pirrolidona (PVP-I) e derivados iodóforos. Geralmente, os halogênios puros são desinfetantes, sendo que o poder de oxidação cresce com o peso molecular. O mecanismo de ação se dá por oxidação, destruindo os componentes vitais da célula microbiana, incorrendo na destruição de compostos metabólicos essenciais dos microorganismos. O iodo é pouco solúvel em água, mas altamente solúvel em álcool e iodeto de potássio ou sódio, sendo tradicionalmente mais utilizado como agente antisséptico, porém, é um agente microbicida de alta eficiência contra as espécies bacterianas. 7.7 Álcoois e glicóis São utilizados como ativos o álcool etílico, álcool feniletílico, trietilenoglicol e propilenoglicol. O mecanismo de ação se dá devido a sua capacidade de desnaturar proteínas; como são solventes de lipídeos, lesam as estruturas lipídicas da membrana das células microbianas. Devido ao seu baixo custo, baixa toxicidade e facilidade de aquisição e aplicação, o álcool etílico e o isopropílico são considerados bons desinfetantes e anti-sépticos e são amplamente utilizados no Brasil na forma concentrada, sendo que infelizmente, estes também são os responsáveis pelos elevados índices de acidentes domésticos que resultam em queimaduras. Fato este, que levou a Anvisa, em fevereiro de 2002, a determinar sua

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comercialização apenas na forma de gel. O álcool (etanol) é classificado como um ativo de desinfecção intermediário, sendo que algumas de suas características como a alta volatilidade, inflamabilidade, poder de ressecamento na pele do usuário quando utilizado com freqüência e sem a adição de emolientes, acabam limitando seu uso. Em concentrações entre 70 e 90% as soluções de etanol são eficientes contra as formas vegetativas dos microrganismos.

Quadro 4 – Propriedades químicas dos desinfetantes líquidos

Fonte: SANTOS et all. 7.8 Ácido peracético e peróxido de hidrogênio Quando sozinhos, os dois componentes desta fórmula (ácido peracético e peróxido de hidrogênio) são comercializados no Brasil, apenas como esterilizantes. Quando combinados, porém, podem ser comercializados como desinfetante. Tal combinação se apresenta no mercado nacional sob os nomes de Sterilife ®, Cidex PA ®. Este produto, assim como o glutaraldeído é utilizado como um desinfetante de alto nível. 7.9 Outros ativos Outros ativos são indicados para uso pela Anvisa, entre eles: ácido benzóico, ácido undecilênico, benzoato de sódio, dodecil di(aminoetil) glicina, dodecil aminoetil glicina, 4 hidroxibenzoato de metila, 4 hidroxibenzoato de propila, terpenos e terpinenos.

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Quadro 5 - Alguns desinfetantes, antissépticos e detergentes mais comumente usados

Agente químico Concentração

(%) Aplicações

Nível de atividade *

Compostos Fenólicos 0.5 - 3.0 - desinfecção de objeto inanimado. intermediário

Álcoois 70 - 90 - assepsia da pele, desinfecção de instrumento cirúrgico.

intermediário

Iodo 1 - assepsia da pele, pequenos cortes, desinfecção da água. intermediário

Compostos Clorados 0.5 - 5.0

- desinfecção de água, superfícies não metálicas, equipamentos de laticínios, materiais domésticos.

baixo

Compostos Quaternários 0.1 - 0.2 - saneamento ambiental de

superfícies e equipamentos. baixo

Compostos mercúricos 1 - assepsia da pele,

desinfecção de instrumentos. baixo

* alta - mata todas as formas de vida microbiana, inclusive os esporos bacterianos; intermediário - mata o bacilo da tuberculose, fungos e vírus, mais não os esporos bacterianos; baixo - não mata esporos bacterianos, nem o bacilo da tuberculose ou os vírus em um tempo aceitável. Fonte: CONTROLE DOS MICROORGANISMOS

8 DOSE LETAL Segundo a Resolução RDC n. 14/2007, os produtos com ação antimicrobiana deverão apresentar Dose Letal 50, por via oral, para ratos brancos machos, com 2000 mg/kg de peso corpóreo para produtos sob a forma líquida, ou superior a 500 mg/kg de peso corpóreo para produtos sob a forma sólida. Será permitido o cálculo teórico de DL 50 oral. 9 REGRAS BÁSICAS PARA UMA BOA DESINFECÇÃO As regras básicas de boas práticas na desinfecção hospitalar também podem ser utilizadas como diretrizes para uso doméstico em objetos e superfícies inanimadas (LIXO HOPITALAR). Regras para desinfecção 1. Usar o equipamento de proteção individual (EPI). 2. Começar do ambiente menos contaminado para o mais contaminado. 4. Proceder varredura úmida. 5. Corredores: dividir corredor ao meio, deixando um lado livre para o trânsito de pessoal enquanto procede a limpeza do outro. 6. Usar a técnica de dois ou três baldes: - Área crítica, usar três baldes:

- um com água pura; - um com água e sabão; - um com solução.

- Área semi-crítica e não crítica, usar dois baldes: - um com água pura; - um com água e sabão.

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7. Limpar em único sentido, de cima para baixo e em linhas paralelas, nunca em movimentos de vai e vem. 8. No banheiro, lavar por último o vaso sanitário, onde será desprezada toda água suja (contaminada). 9. Todo material usado para limpeza (balde, panos, vassouras, etc.) deverá ser limpo e guardado em local apropriado. 10. Iniciar a limpeza pelo teto, depois as paredes e por último, o piso. 11. Áreas críticas devem ser limpas no mínimo duas vezes ao dia e sempre que necessário. 12. Áreas semicríticas devem ser limpas no mínimo uma vez ao dia e sempre quando for necessário. 13. Usar desinfetante após a limpeza, sempre que houver possibilidade de contaminação com matéria orgânica. 10 FORMULAÇÕES Apresentam-se a seguir algumas formulações, porém de antemão, informa-se que no parecer dos autores, quando se apresenta um produto intitulado desinfetante, cumpre-se demonstrar sua efetividade microbicida e outras exigências legais e sanitárias amplamente citadas aqui pela Anvisa. Atenção: estas formulações são orientativas e disponíveis na literatura e os autores não se responsabilizam pela sua veracidade e aplicabilidade. 10.1 Desinfetante (pinho)

Quantidade (litros) Substâncias %

p/ 100 litros p/ 200 litros 1 - Ricinoleato 13,50 13,50 27,00 2 - Etanol (96º GL) 3,00 3,00 6,00 3 - Orto-benzil-p-clorofenol 1,00 1,00 2,00 4 - EDTA líquido (sal sódico) 0,20 0,20 0,40 5 - Água 82,30 82,30 164,30 6 - Essência pinho qs - - 7 - Corante qs - - Dados analíticos: Aspecto físico (25° C) líquido transparente

Substância ativa aniônica - % 3,5

pH (100%) 9,0 - 10,0 Método de preparo:

• Dissolver 3 e 6 em 2. • Homogeneizar até que se obtenha uma solução transparente. • Adicionar 1, mantendo a agitação. • Gradativamente e sob agitação, adicionar 4, 5 e 7. • Homogeneizar.

Fonte: MAZBRA

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10.2 Desinfetante aromatizado Substância

Quantidade

Ácido sulfônico 20 Kg Soda cáustica diluída qsp Álcool 92-96º 40 L Formol a 37% 2 L Uréia técnica 10 kg Essência qsp Corante qsp Água qsp 1000 L

Método de preparo: 1 - Colocar metade da água a ser utilizada no misturador. 2 - Adicionar o ácido sulfônico. 3 - Neutralizar com soda cáustica até pH em torno de 7. 4 - Acrescentar o álcool, o formol e homogeneizar. 5 - Acrescentar a uréia previamente diluída. 6 - Adicionar todos os componentes restantes. Fonte: FENOQUÍMICA IMPORTANTE: as formulações apresentadas são orientativas e dependem de registro no Ministério da Saúde por conta do produtor. 11 EQUIPAMENTOS Basicamente, para a produção de desinfetantes é necessário um misturador e tanques de armazenamento de matérias-primas. Na seqüência, apresentam-se dois tipos de misturadores disponíveis no mercado (FIG. 3 e 4).

Figura 3 – Reator misturador em aço inox utilizado para preparação de desinfetantes

Fonte: MAZBRA

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Figura 4 – Reator motorizado para líquidos

Fonte: FENOQUÍMICA Após a mistura, o envasamento do produto em frascos é feito por máquinas do tipo envasadora, usualmente, estas são do tipo semi-automáticas ou automáticas (FIG. 5).

Figura 5 – Máquina dosadora automática rotativa com 20 bicos

Fonte: EDWARD 12 DESINFETANTE PARA TECIDOS E ROUPAS Segundo a Resolução RDC n. 14/2007, sanitizante/desinfetante para tecidos e roupas é um produto destinado à eliminação ou redução de microorganismos em tecidos e roupas, podendo ser utilizado para pré-tratamento ou para o emprego durante o ciclo de lavagem. Os microorganismos utilizados para a avaliação são: Staphylococcus aureus e Salmonella choleraesuis. 13 ROTULAGEM A rotulagem para produtos desinfetantes deve seguir as regras ditadas pela RDC n. 14/2007, que estão nos anexos III e IV da resolução (ANEXO 2).

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14 LEGISLAÇÃO PARA DESINFETANTES A legislação determina que os produtos de risco 2, como os produtos de ação antimicrobiana e desinfetante (raticidas e pesticidas, por exemplo) devem passar pelo processo de registro do produto, sendo que pela Lei 6.360/76, mais conhecida como Lei da Vigilância Sanitária – considera-se crime a comercialização de produtos sem a devida autorização pela autoridade sanitária competente, no caso a Anvisa, punível com multa e até fechamento do estabelecimento. Além disso, o comércio de produtos clandestinos infringe o Código de Defesa do Consumidor – Lei 8.078/90. MERCOSUL/GMC/RES. n. 50/06 (Esta resolução foi internalizada pela RDC n. 14/2007). Regulamento técnico mercosul para produtos com ação antimicrobiana (Revogação da RES. GMC n. 28/02). Disponível em: <http://www.mercosur.int/msweb/Normas/normas_web/Resoluciones/PT/RES%20050-006_PT_A%C7AO%20ANTIMIC.pdf>. Acesso em: 12 dez. 2007. Resolução n. 14, de 28 de fevereiro de 2007 Revoga parcialmente a Portaria nº 15, de 23 de agosto de 1988 e aprova o regulamento técnico para produtos saneantes com ação antimicrobiana harmonizado no âmbito do Mercosul. Portaria n. 15, de 23 de agosto de 1988 Determina que o registro de produtos saneantes domissanitários com finalidade antimicrobiana seja procedido de acordo com as normas regulamentares anexas à presente. Portaria n. 05, de 13 de junho de 1989 Monografia do cloridrato de polihexametileno biguanida. Portaria n. 453 de 11 de setembro de 1996 Autorizar a inclusão da substância monopersulfato de sódio, no subanexo 1 -item "outros" e no subanexo 2 - Item 2 - "desinfetantes de uso em geral", da Portaria n. 15, de 23 de agosto de 1988. Portaria DTN n. 122, de 29 de novembro de 1993 Incluir na Portaria n. 15 de 23 de agosto de 1988, subanexo 1, alínea I, o princípio ativo ácido peracético, para uso das formulações de desinfetantes/esterilizantes. Resolução n. 211, de 18 de junho de 1999 Alterar o texto do subitem 3 do item IV da Portaria n. 15 de 23 de agosto de 1988, que passa a ter a seguinte redação: "desinfetantes para indústrias em superfícies onde se dá o preparo, consumo e estocagem dos gêneros alimentícios, podendo utilizar, exclusivamente, os princípios ativos dos grupos C, D, E, F e H do subanexo 1 e também a substância peróxido de hidrogênio. Resolução RDC n. 39, de 28 de abril de 2000 Inclui o peróxido de hidrogênio na Portaria Disad 15_88, de 23/8/88, na condição de esterilizante e desinfetante para artigo semicrítico. Resolução RDC n. 107, de 19 de dezembro de 2000 Permitir o uso da substância brometo de lauril dimetil benzil amônio como desinfetante hospitalar para superfícies fixas. Resolução n. 1.514, de 19 de setembro de 2001 Permitir o uso da substância 4,4' - dichloro, 2 - hydroxy diphenyl ether. 15 NORMAS TÉCNICAS As normas técnicas descritas a seguir são elaboradas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT. Para consultar os endereços dos Postos de Intermediação e

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adquirir os produtos da ABNT consulte o site: <http://www.abnt.org.br/>. Norma: EB 146 Título: Desinfetantes com base de fenóis Conteúdo: fixa características exigíveis na aquisição de desinfetantes com base de fenóis e condições técnicas para o seu recebimento. Norma: NBR 10156 Título: Desinfecção de tubulações de sistema público de abastecimento de água Conteúdo: fixa condições exigíveis para a lavagem e desinfecção de tubulações de sistemas públicos de abastecimento de água, usando gás cloro ou compostos clorados. Aplica-se também à lavagem e desinfecção de peças e acessórios que completam a tubulação, devendo ser considerados os casos das tubulações recém-construídas, das tubulações que sofreram reparos e das tubulações em uso. Norma: NBR 10425 Título: Álcoois Conteúdo: fixa características exigíveis no recebimento do álcool. Norma: NBR 11833 Título: Hipoclorito de sódio Conteúdo: fixa condições exigíveis para o fornecimento de hipoclorito de sódio utilizado, entre outros fins, como agente desinfetante no tratamento de água para abastecimento público. Norma: NBR 11887 Título: Hipoclorito de cálcio - Especificação Conteúdo: fixa os requisitos exigíveis para o hipoclorito de cálcio utilizado, entre outros fins, como desinfetante no tratamento de água destinada ao abastecimento público e piscinas de uso geral. 16 PRINCIPAIS INSTITUIÇÕES DE INTERESSE PARA PESQUI SA

Nome: Agência Nacional de Vigilância Sanitária Sigla: ANVISA Site: http://www.anvisa.gov.br Missão: a finalidade institucional da Agência é promover a proteção da saúde da população por intermédio do controle sanitário da produção e da comercialização de produtos e serviços submetidos à vigilância sanitária, inclusive dos ambientes, dos processos, dos insumos e das tecnologias a eles relacionados. Além disso, a Agência exerce o controle de portos, aeroportos e fronteiras e a interlocução junto ao Ministério das Relações Exteriores e instituições estrangeiras para tratar de assuntos internacionais na área de vigilância sanitária.

Nome: Associação Brasileira da Industria de Máquinas e Equipamentos Sigla: ABIMAQ Site: www.abimaq.org.br Missão: atuar de forma independente para promover o desenvolvimento sustentado do setor, por meio de produtos, serviços e ações político-institucionais que contribuam para a competitividade sistêmica e empresarial; o financiamento à produção e à comercialização; e o fomento dos negócios nos mercados nacional e internacional.

Nome: Associação Brasileira da Industria Química Sigla: ABIQUIM Site: www.abiquim.org.br Missão: promover o aumento da competitividade e o desenvolvimento sustentável da industria química instalada no Brasil.

Nome: Associação Brasileira das Industrias de Produtos de Limpeza e Afins

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Sigla: ABIPLA Site: www.abipla.org.br Missão: “Promover ações que incentivem o crescimento do setor como um todo, contribuindo para o desenvolvimento sustentável do país, além de defender os interesses legítimos de seus associados, com coerência, ética, transparência e qualidade, incentivar o aprimoramento técnico – científico e respeitar o meio ambiente, a saúde e segurança da sociedade”.

Nome: Associação Brasileira de Aerosóis e Saneantes Domissanitários Sigla: ABAS Site: www.abas.org.br Missão: orientar e representar o setor, promovendo o desenvolvimento da industria, tanto no campo tecnológico, quanto na política setorial.

Nome: Associação Brasileira do Mercado Institucional de Limpeza Sigla: Abralimp Site: www.abralimp.org.br Missão: entidade civil de âmbito nacional, sem fins lucrativos, que tem como objetivo desenvolver e fortalecer o mercado institucional de limpeza.

Nome: Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial Sigla: INMETRO Site: www.inmetro.gov.br Missão: prover confiança à sociedade brasileira nas medições e nos produtos, por meio da metrologia e da avaliação da conformidade, promovendo a harmonização das relações de consumo, a inovação e a competitividade do País.

17 NOMENCLATURA COMUM DO MERCOSUL – NCM A correta classificação de uma mercadoria tem papel relevante, pois a posiciona para todos os efeitos relativos ao comércio exterior, como, por exemplo: tratamento administrativo, contingenciamento, incidência de tributos, tratamento preferencial previsto em acordos internacionais, além do que, facilita a comercialização, a análise e a comparação das estatísticas de comércio exterior dos diversos países. Obtém-se a classificação da mercadoria a partir de sua descrição, analisando-se desde as características genéricas até os detalhes mais específicos. A essa descrição corresponde um código genérico. O código baseado no Sistema Harmonizado de Designação e Codificação de Mercadorias – SH, utilizado na exportação no Mercosul é denominado, Nomenclatura Comum do Mercosul - NCM. O NCM é composto de 8 dígitos, que substituiu a NBM/SH a partir de 1995 e é utilizada em conjunto pelos quatro países que formam o Mercosul, a fim de obter uniformidade na classificação das mercadorias, para facilitação das relações comerciais. O NCM dos produtos pode ser encontrado nos sites do Sistema de Análise das Informações de Comércio Exterior, denominado ALICE-Web (http://aliceweb.desenvolvimento.gov.br) e Brazil Trade Net (http://www.braziltradenet.gov.br/). Segue abaixo o NCM de desinfetantes e produtos correlatos. Recomenda-se sempre a realização de busca nos sites mencionados.

NCM Descrição 34022000 Preparações tensoativas, para lavagem e limpeza. 34011900 Outros sabões/produtos/preparações, em barras, pedaços. 34021300 Agentes orgânicos de superfícies, não iônicos. 34012090 Outros sabões. 34021190 Outros agentes orgânicos de superfície, aniônicos. 38099190 Outros. 34021290 Outros agentes orgânicos de superfície, catiônicos.

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34029029 Outras. 38089029 Outros rodenticidas/produtos semelhantes apresentados de

outro modo. 34029039 Outras preparações para lavagem (detergentes). 38084010 Desinfetantes para uso domissanitário direto.

3808.94 - Desinfetantes 3808.94.10 Apresentados em formas ou embalagens exclusivamente para uso domissanitário direto 3808.94.2 Apresentados de outro modo 3808.94.21 À base de 2-(tiocianometiltio)benzotiazol 3808.94.29 Outros

34039900 Outras preparações lubrificantes/antiaderentes/antiferrugem, etc.

34052000 Encáusticas preparações para conservação de móveis, etc. de madeira.

34049019 Outras ceras artificiais. 34021900 Outros agentes orgânicos de superfície.

Conclusões e recomendações Há centenas de anos os desinfetantes estão presentes na sociedade humana, mas mesmo após tanto tempo, continuam a ser um produto de suma importância para a higiene e saúde das populações. Os desinfetantes ajudam a manter os ambientes mais diversos limpos e, portanto, a salvo de microorganismos danosos, o que por sua vez, previne de doenças das mais variadas causas. Diferentemente da esterilização, a desinfecção, que tem por agente o desinfetante, não elimina todos os microorganismos, apenas aqueles que podem apresentar algum tipo de dano. Por tal, de acordo com o tipo de patogênicos que se queira eliminar, utiliza-se um tipo de desinfetante com determinado grau de desinfecção. Dada esta grande variedade dos ativos utilizados em desinfetantes, seu uso varia de acordo com o setor de aplicação, podendo-se citar aqui, a diferença entre os desinfetantes domésticos e os hospitalares. Entrando na onda dos produtos multiuso e perfumados, a indústria de desinfetantes, principalmente os de uso doméstico, vem crescendo nos últimos anos. Pode-se ilustrar isso, com o aumento de 5,02% das vendas de desinfetante em 2006. Mas, juntamente com o crescimento das vendas, a clandestinidade também tem crescido. Em pesquisa encomendada pela FIPE em 2001, constatou-se que 30,6% dos desinfetantes comercializados são clandestinos. Mais do que a indústria de desinfetantes idôneos, este número preocupa o Ministério da Saúde, pois estes produtos têm causado vários danos à saúde pública. Os produtos clandestinos, por não serem registrados, não são fabricados com as devidas regularizações da Anvisa e da Vigilância Sanitária Municipal, portanto, além de ineficazes, representam sérios riscos à saúde. Este dossiê, além de informar e orientar sobre os processos de fabricação e as diferenças entre os muitos tipos de ativos, busca também atentar a todos que, mesmo os desinfetantes sendo produtos tão importantes e úteis em no dia-a-dia, eles devem ser fabricados e utilizados conforme a legislação sanitária prescreve e com o aval das instituições competentes. Além disso, é preciso que a empresa tenha um responsável técnico, controle de qualidade e aplique em sua planta as Boas Práticas de Fabricação (BPF). Por fim, os autores oferecem seu profundo agradecimento à senhora Verônica M. Horner Hoe pela sua gratificante contribuição a este escrito e deixam um apelo aos consumidores brasileiros de desinfetantes e outros produtos químicos clandestinos, para que passem a utilizar apenas produtos devidamente regularizados.

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Referências AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Padronização de nomenclatura de ensaio dos laboratórios analíticos em saneantes . Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/reblas/nomenclatura/analiticos_saneantes.pdf>. Acesso em: 12 dez. 2007. ARAÚJO, Homero Rissetti. Desinfetante doméstico. Curitiba: Tecpar, 1991. 9 p. (Série Informativa para Microempresas, n. 2). ARAÚJO, Homero Rissetti. Detergente doméstico. Curitiba: Tecpar, 1991. 10 p. (Série Informativa para Microempresas, n. 1). ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS INDÚSTRIAS DE PRODUTOS DE LIMPEZA E AFINS – ABIPLA. Desinfetantes : desempenho do setor no Brasil. Disponível em: <http://www.abipla.org.br/anuario/index.html>. Acesso em: 11 dez. 2007. CIH. Desinfecção . Disponível em: <http://www.cih.com.br/desinfetantes.htm#volta>. Acesso em: 11 dez. 2007. CONTROLE dos microorganismos. Disponível em: <http://www.livronline.com/servicos/gratuitos/mb1504/capitulos/cap6.html#anti>. Acesso em: 11 dez. 2007. EDWARD. Máquinas . Disponível em: <http://www.maquinasedward.com.br/maquinas/index.htm>. Acesso em: 12 dez. 2007. FENOQUÍMICA. Disponível em: <http://www.fenoquimica.com.br/?id=6#>. Acesso em: 12 dez. 2007. FENOQUÍMICA. Projeto técnico de formulações . Ponta Grossa. 240 p. LAWRENCE, Carl A.; BLOCK, Seymour Stanton. Desinfection, sterilization and preservation. 2. ed. Londres: Lea & Febiger, 1977. 1049 p. LIXO HOSPITALAR. Regras básicas para limpeza e desinfecção . Disponível em: <http://lixohospitalar.vilabol.uol.com.br/Regras.html>. Acesso em: 12 dez. 2007. LOPES, João de Alcântara Lopes. Como montar fábrica de desinfetantes e água sanitária . Goiânia: SEBRAE/GO, 1994. 31 p. MACEDO, Jorge Antônio Barros de. Importância do processo de desinfecção em águas de piscina. Informativo CRQ-IV , jan./fev. 2002. Disponível em: <http://www.crq4.org.br/informativo/fevereiro_2002/pagina05.html>. Acesso em: 11 dez. 2007. MAZBRA. Desinfetante (pinho) . Disponível em: <http://www.mazbra.com.br/>. Acesso em: 12 dez. 2007. MIYAGI, Fumie; TIMENETSKY, Jorge; ALTERTHUM, Flávio. Avaliação da contaminação bacteriana em desinfetantes de uso domiciliar. Revista de Saúde Pública , São Paulo, v. 34, n. 5, out. 2000. Disponível em: <http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102000000500003>. Acesso em: 12 dez. 2007. SANTOS, Adélia Aparecida M. et all. Importância do álcool no controle de infecções em serviços de saúde . Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/controle_alcool.pdf>. Acesso em: 11 dez. 2007.

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TIMENETSKY, Jorge. Avaliação microbiológica de desinfetantes químicos de uso doméstico. Revista de Saúde Pública , São Paulo, v. 24, n. 1, fev. 1990. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0034-89101990000100008&script=sci_arttext&tlng=pt>. Acesso em: 12 dez. 2007. Anexos Anexo 1 - Portaria n. 15/1988- subanexo 1 AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Portaria n. 15, de 23 de agosto de 1988. Determina que o registro de produtos saneantes domissanitários com finalidade antimicrobiana seja procedido de acordo com as normas regulamentares. Diário Oficial da União , Brasília, 05 set. 1988. Disponível em: <http://e-legis.anvisa.gov.br/leisref/public/showAct.php?id=18661&word>. Acesso em: 12 dez. 2007.

Subanexo 1: princípios ativos autorizados A – Aldeídos - formaldeído, glioxal, glutaraldeído e paraformaldeído. B – Fenólicos - 4 terc-amilfenol; 2 benzil 4 clorofenol; 4 terc-butilfenol; cresóis; 2 fenilfenol; 2 hidroxidifenileter e 2 hidroxi 2 ', 4, 4' triclorodifenileter. C - Quaternários de amônio - cloreto de alquil dimetil benzil amônio; cloreto de alquil dimetil etilbenzil amônio; cloreto de alquil dimetil etiltoluil amônio; cloreto de lauril piridínio; cloreto e brometo de cetil trimetil amônio; cloreto de alquil trimetil amônio; dicloreto de polioxietileno (dimetilimino) etileno (dimetilimino) etileno e dicloreto de polioxietileno (dimetilimino) metileno (dimetilimino) etileno. * Os radicais alquilas estão compreendidos entre C8 e C18, sendo mais efetivos os produtos resultantes da combinação C12-C14. D - Compostos inorgânicos liberadores de cloro ativo - hipoclorito de sódio, de lítio e de cálcio. E - Compostos orgânicos liberadores de cloro ativo - ácido dicloroisocianúrico e os sais sódico e potássico; ácido tricloroisocianúrico; N, N dicloroazodicarbonamidina; N, N dicloro 4 carboxi benzenosulfonamida; N, N dicloro 4 metil benzenosulfonamida; N-cloro benzenosulfonamida sódica; N-cloro 4 metil benzenosulfonamida sódica; N-cloro suocinimida e 1,3 dicloro 5,5 dimetilhidantoína. F - Iodo e derivados - iodo, iodo-povidona (PVP-I) e iodóforos. G - Álcoois e glicóis - álcool etílico, álcool feniletílico, trietilenoglicol e propilenoglicol. H – Biguanidas - clorbexidina.

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I - Outros - ácido benzóico, ácido undecilênico, benzoato de sódio, dodecil di(aminoetil) glicina, dodecil aminoetil glicina, 4 hidroxibenzoato de metila, 4 hidroxibenzoato de propila, terpenos e terpinenos. Anexo 2 – Resolução RDC n. 14/2007 – anexos III e I V AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Resolução RDC n. 14, de 28 de fevereiro de 2007. Aprova o Regulamento Técnico para Produtos Saneantes com Ação Antimicrobiana harmonizado no âmbito do Mercosul através da Resolução GMC n. 50/06, que consta em anexo à presente Resolução. Diário Oficial da União , Brasília, 05 mar. 2007. Disponível em: <http://e-legis.anvisa.gov.br/leisref/public/showAct.php?id=25959&word>. Acesso em: 12 dez. 2007.

Anexo III Rotulagem de produtos com ação antimicrobiana Além de atender às exigências da Resolução RDC n. 184 de 22/10/2001, bem como suas atualizações, os produtos com ação antimicrobiana deverão incluir no rótulo: 1 Classificação: no painel principal junto ao nome do produto. 2 Frases relacionadas com o risco, frases de advertências e de primeiros socorros indicadas no Anexo IV. 3 Restrições de uso (se for o caso). 4 Instruções de uso: no painel principal ou no painel secundário. 5 Diluição de uso: se for o caso, deve ser expressa em porcentagem, relação produto/diluente e seus equivalentes no Sistema Métrico Decimal. 6 Tempo de contato: segundo o uso proposto. 7 Limitações de uso: de acordo com as características da formulação. 8 “ANTES DE USAR LEIA AS INSTRUÇÕES DO RÓTULO”; frase obrigatória para todos os produtos compreendidos neste Regulamento, no painel principal, em destaque. 9 Princípios ativos: nomes químicos ou técnicos com suas respectivas concentrações no painel principal do produto ou no secundário. 10 Número do registro com a sigla da Autoridade competente. 11 A menção ou não no rótulo do produto do nome do Responsável Técnico no Estado Parte receptor, deverá respeitar as exigências legais previstas no mencionado Estado Parte.

Anexo IV Frases obrigatórias para os produtos com ação antimicrobiana A) Em todos os rótulos dos produtos com ação antimicrobiana deverão constar as seguintes frases: 1 “CUIDADO! Irritante para os olhos, pele e mucosas.” - esta frase poderá ser omitida se for comprovado que o produto enquadra-se na classificação dérmica e ocular primária como “não irritante” ou “levemente irritante”, de acordo com o teste de Draize em coelhos albinos ou através de ensaios in vitro devidamente validados e aceitos pela Autoridade Sanitária competente. Esta frase deverá constar no painel principal.

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2 “Não misturar com outros produtos”, exceto se tal procedimento estiver indicado pelo fabricante no rótulo. 3 “Usar luvas para sua aplicação” - esta frase poderá ser omitida se for comprovado que o produto enquadra-se na classificação dérmica primária como “não irritante” ou “levemente irritante”, de acordo com o teste de Draize em coelhos albinos ou através de ensaios in vitro devidamente validados e aceitos pela Autoridade Sanitária competente. 4 “Não utilizar para desinfecção de alimentos”, quando for o caso. 5 “Não ingerir.” 6 Para produtos em spray e aerossóis:

6.1 “Não aplicar sobre pessoas, alimentos e animais.” 6.2 “Não perfurar a embalagem.” 6.3 “Não aplicar próximo a chamas.” 6.4 “Proibido reutilizar a embalagem.” 6.5 “Não expor a temperatura superior a 50° C.”

7 “Conservar fora do alcance de crianças e animais domésticos.” (em destaque) 8 “Manter o produto em sua embalagem original.” 9 “Não reutilizar as embalagens.” B) Frases de primeiros socorros: 1 “Em caso de contato com os olhos e pele, lavar com água em abundância durante 15 minutos. Se a irritação persistir consulte um médico, levando a embalagem ou o rótulo do produto.” 2 “Em caso de ingestão acidental, não induzir o vômito. Consulte um médico imediatamente, levando a embalagem ou o rótulo do produto.” C) Para produtos com ação antimicrobiana que sejam cáusticos/corrosivos, deverão ser acrescentadas as seguintes frases: 1 “PERIGO! Causa danos se ingerido.” ou “PERIGO! Pode ser fatal se ingerido.” e/ou “PERIGO! Pode ser fatal se inalado ou absorvido pela pele.” (conforme o caso). Esta frase deverá constar no painel principal. 2 “CORROSIVO!/ CÁUSTICO! Causa queimaduras graves em contato com os olhos, pele e mucosas.” Esta frase deverá constar no painel principal. 3 “Usar equipamentos de proteção adequados, tais como, luvas, óculos de proteção, avental, etc.” 4 “Não comer, beber ou fumar durante a aplicação.” Nome do técnico responsável Allan George A. Jaigobind Lucia do Amaral Sammay Jaisingh Jaigobind Nome da Instituição do SBRT responsável Instituto de Tecnologia do Paraná - TECPAR Data de finalização 12 dez. 2007