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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ UNIVALI ALINE SILVEIRA DOS SANTOS LIMA LINGUAGEM EM QUADRINHOS: UMA ESTRATÉGIA PEDAGÓGICA NA DISCIPLINA DE HISTÓRIA DA ENFERMAGEM Biguaçu (SC) 2008

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

UNIVALI

ALINE SILVEIRA DOS SANTOS LIMA

LINGUAGEM EM QUADRINHOS: UMA ESTRATÉGIA PEDAGÓGICA

NA DISCIPLINA DE HISTÓRIA DA ENFERMAGEM

Biguaçu (SC)

2008

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

UNIVALI

ALINE SILVEIRA DOS SANTOS LIMA

LINGUAGEM EM QUADRINHOS: UMA ESTRATÉGIA PEDAGÓGICA

NA DISCIPLINA DE HISTÓRIA DA ENFERMAGEM

Monografia apresentada como pré-requisito parcial

para a conclusão do curso de Graduação em

Enfermagem, na Universidade do Vale do Itajaí, sob

a orientação da Enfª. Profª. MSc. Haimee Emerich

Lentz.

Co-orientadora: Ivana Fossari

Biguaçu (SC)

2007

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ALINE SILVEIRA DOS SANTOS LIMA

LINGUAGEM EM QUADRINHOS: UMA ESTRATÉGIA PEDAGÓGICA NA

DISCIPLINA DE HISTÓRIA DA ENFERMAGEM

Esta Monografia foi avaliado e aprovado pela banca examinado composta pelos

membros:

_______________________________________________________

Orientadora: Profª MSc. Haimee Emerich Lentz

_______________________________________________________

Co-orientadora: Profª MSc Ivana Fossari

_______________________________________________________

Profª MSc. Maria Catarina da Rosa.

_______________________________________________________

Profª MSc Teresa Cristina Gaio

24 de Novembro de 2008

Biguaçu

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Dedico aos meus pais, familiares pelo incentivo e carinho proporcionados

durante a trajetória acadêmica.

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AGRADECIMENTOS

O ser humano não se constitui sozinho, é acima de tudo um ser social. É por este motivo que se conseguir avançar na caminhada na construção da minha história, mais um patamar com certeza não fiz sozinha.

Agradeço primeiramente a Deus, que sempre me nutriu com o seu amor e esperança nos momentos de fraqueza.

Pude contar com o apoio de meus familiares, dos colegas de turma e do trabalho. Dos professores e mestres, devendo ressaltar a profª MSc. Maria Catariana da Rosa e profª MSc. Teresa Cristina Gaio que tem méritos no conhecimento técnico e teórico.

Minha Gratidão e homenagem à minha orientadora Profª MSc Haimee Emerich Lentz e coorientadora Profª MSc. Ivana Fossari que auxiliaram a transformar o material lúdico em pesquisa.

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"Sem a curiosidade que me move,

que me inquieta, que me insere na busca, não aprendo nem ensino".

( Paulo Freire )

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RESUMO

Esta monografia realizou um estudo qualitativo na construção de uma estratégia pedagogia que viabilize um melhor aprendizado na disciplina de História da Enfermagem por meio de material lúdico a linguagem em quadrinhos. O objetivo é analisar duas aulas aplicadas com distintas estratégias: estratégia com aula expositiva e a estratégia com aula em quadrinhos, através de questionários obter a opinião dos alunos. A primeira aula o conteúdo presente era década de 20 até 50 da História da Enfermagem Moderna no Brasil sem o material lúdico, já na segunda aula o conteúdo da década de 60 até 80 com a linguagem em quadrinhos. Foi aplicado o questionário pré-texto e pós-texto estruturados em ambas as aulas contendo quatro perguntas referentes ao conteúdo. Com base Na metodologia quanti-qualitativa, análise das respostas dos alunos mostra um preferencial significativo sobre a estratégia pedagógica à linguagem em quadrinhos, apresentadas nas opiniões de: melhor compreensão e estímulo para maior interesse pela disciplina. Com isso conclui-se que o aluno tem capacidade de definir o modelo de estratégia adequada, contribuindo no crescimento e aprimoramento em sala de aula, confirmando com a idéia libertadora de Freire.

Palavras chaves: Didática, história da enfermagem moderna no Brasil, linguagem em

quadrinhos.

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LISTA DE GRÁFICOS 1 Gráfico– 1° Pergunta/ respostas pré-texto............................................................... 35

2 Gráfico- 1° Pergunta/ respostas pós-texto............................................................... 36

3 Gráfico – 2º Pergunta / respostas pré-texto ............................................................. 39 4 Gráfico – 2º Pergunta/ respostas pós-texto............................................................... 40 5 Gráfico- 3° Pergunta/ respostas pré-texto.................................................................44

6 Gráfico – 3º Pergunta/ respostas pós-texto............................................................... 45 7 Gráfico – 4º Pergunta/ respostas pré-texto............................................................... 49 8 Gráfico – 4º Pergunta/ respostas pós-texto ...............................................................50 9 Gráfico – 1º Pergunta/ respostas pré-texto ............................................................... 57 10 Gráfico - 1° Pergunta/ respostas pós-texto............................................................. 57 11 Gráfico – 2º Pergunta/ respostas pré-texto ............................................................. 61 12 Gráfico - 2° Pergunta/ respostas pós-texto............................................................. 62 13 Gráfico – 3º Pergunta/ respostas pré-texto ............................................................. 66 14 Gráfico - 3° Pergunta/ respostas pós-texto.............................................................. 67 15 Gráfico – 4º Pergunta/ respostas pré-texto ..............................................................71 16 Gráfico - 4° Pergunta/ respostas pós-texto.............................................................. 71

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LISTA DE TABELAS

Tabela n° 1 - Respostas da primeira pergunta texto da década de 20 até 50.....................33

Tabela nº 2 – Respostas da segunda pergunta do texto da década de 20 até 50 ............... 37

Tabela nº 3 – Respostas da terceira pergunta do texto da década de 20 até 50 ................ 40

Tabela nº4 - Respostas da quarta pergunta do texto da década de 20 até 50 .....................46

Tabela nº5 – Respostas da primeira pergunta da década de 60 até 80 .............................. 53

Tabela nº6 - Respostas da segunda pergunta da década de 60 até 80.............................. 58

Tabela nº7 – Respostas da terceira pergunta da década de 60 até 80 ............................... 63

Tabela nº8 – Respostas da quarta pergunta da década de 60 até 80 ................................. 67

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .........................................................................................................11

2. OBJETIVOS...............................................................................................................15

2.1 Objetivo Geral...................................................................................................15

2.2 Objetivos Específicos........................................................................................15

3. CONTEXTO HISTÓRICO........................................................................................16

4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA...................................................................................19

4.1Ensinando história da enfermagem....................................................................1

4.2 Saber fazer........................................................................................................20

5. REFERENCIAL TEÓRICO......................................................................................21

6. METODOLOGIA......................................................................................................24

6.1 Tipo de Pesquisa :.............................................................................................24

6.2 Local de desenvolvimento da Pesquisa :..........................................................24

6.3 Sujeito da Pesquisa e período de realização dos dados :..................................25

6.4 Instrumentos e meios para coleta de dados :....................................................25

6.5 Análise dos dados :...........................................................................................27

6.6 Aspectos éticos da Pesquisa :...........................................................................28

7. DESENVOLVIMENTO...........................................................................................31

7.1 Aplicação da estratégia tradicional de ensino com aula expositiva e slide.....31

7.2 Aplicação da estratégia lúdica de ensino com aula expositiva e linguagem gráfico-visual ...................................................................................................52

8. ANÁLISE DAS ESTRATÉGIAS COM BASE NO REFERENCIAL TEÓRICO.73

8.1 Contextualização das estratégias ....................................................................75

9. CONSIDERAÇÕES FINAIS.....................................................................................81

10. REFERÊNCIAS.......................................................................................................83

ANEXOS

APÊNDICE

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1. INTRODUÇÃO

A história da educação no Brasil de acordo com os estudos de Gadotti (2000), tem sua

fase marcante no período de 1930 à 1964, quando predominavam as idéias liberais na educação

com o surgimento da Escola Nova, que tinha seu método de ensino centrado em métodos

renovadores, por oposição ao ensino tradicional e intensificando-se após o sucesso alcançado

pela aplicação do Método Paulo Freire, o confronto da educação bancária x educação

problematizadora.

O modelo educacional de transformação difere-se do tradicional, pois abomina entre

outras coisas a dependência dominadora, que inclui a relação de dominação do educador sobre o

educando, havendo uma troca horizontal, exigindo atitude de transformação da realidade

conhecida (FREIRE, 1987).

Em momentos atuais, o educador deve ter uma postura alicerçada em um processo

permanente de reflexão que leve aos resultados inovadores no trato da educação, contendo o

movimento dialético do mundo que o cerca e a prática social. Nesse sentido, as idéias de Freire

servem como orientação ao processo de formação docente no que se refere à reflexão crítica da

prática pedagógica, implica no saber dialogar e escutar. Hoje, a teoria de Freire proporciona um

pensamento da educação em geral, concretizando uma construção de novas relações entre

pessoas, investindo em conteúdos a serem pesquisados e novas relações a serem criadas.

A História da Enfermagem vem ganhando espaço no campo do ensino e da pesquisa,

mesmo sobrevivendo às reformas universitárias, a disciplina vem se consolidando cada vez

mais. Há com isso, necessidade de refletir sobre a didática utilizada, se está ou não

possibilitando ao acadêmico uma aproximação entre a teoria e a realidade profissional,

embasado no seu passado histórico.

A disciplina de historicidade (Ciências Sociais) mantém uma formulação de conteúdos

factuais e conceituais enciclopédicos e academicistas. O estudo geralmente solicita um exercício

de memorização para certos fatos e conceitos que são abstratos e complexos, dificultando o

processo ensino-aprendizagem(FERNANDES,1999). Para Zabala (1999) atualmente as

informações que chegam aos acadêmicos, são basicamente desordenados com pouca estrutura.

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Cabe ao docente de forma criativa, proporcionar meios envolventes e ampliar a comunicação

em sala de aula.

A dificuldade em trabalhar a linguagem textual, em maior parte dos educadores, torna

uma concepção do conteúdo abordado puramente instrumental, com tendência de burocratizar e

com rituais tradicionais (GADOTTI, 2000). A própria leitura histórica, possui complexidade na

compreensão e verbalização permanecendo o acadêmico com muitas dúvidas, gerando a perda

pelo interesse na matéria. O ensino da História da Enfermagem revisita os acontecimentos no

Brasil, em um mergulho ao passado, viabilizando acadêmico um posicionamento perante o seu

futuro profissional que enfatize a competência, a seriedade, a capacidade e a responsabilidade

da arte de cuidar, um ser reflexivo.

Os estudantes, no ingresso da universidade, deparam-se com disciplinas teóricas,

contendo literaturas abstratas, prejudicando a capacidade de absorção e muitas vezes conteúdos

fundamentais passam despercebidos, gerando déficit no conhecimento ao longo da vida

acadêmica e profissional. Justifica-se assim, as ilustrações (sem abusos) como fonte de

motivação ou complementação de assimilação e expressão verbal. O professor, ao orientar o

ensino-aprendizagem na história, deve-se lembrar de três razões permanentes de leituras: “a

posse do saber, prazer da arte, as alegrias do entretenimento” (ZABALA, 1999). Ao que parece,

as histórias em quadrinhos respondem mais satisfatoriamente à última razão.

A literatura gráfico-visual possui mecanismos que permitem uma abordagem de sua

narrativa capaz de contribuir para o desenvolvimento e análise de interpretação e reflexão do

leitor.

No mundo contemporâneo, a técnica narrativa que une a imagem ao

texto vem tornando proporções cada vez maiores, permitindo à imagem

a materialidade de linguagem que não apenas reflete mostrar ou ilustrar

a realidade histórica, mas que principalmente significa interpretar a

imagem, proporcionando uma melhor compreensão dos fatos

(BORGES, 2001).

A história em quadrinhos realiza a integração entre a linguagem verbal e não verbal,

consolidando-se no mundo contemporâneo como um importante instrumento de difusão cultural

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e de formação educacional para pessoas de diferentes faixas etárias. É por meio dos quadrinhos

que a maioria dos acadêmicos encontra o contato com linguagens plásticas desenhadas, com

narrativas, linguagem cinematográfica e a literatura, adquirindo assim, o gosto pela leitura

(MENDONÇA, 2005, p. 202).

É de grande importância refletir sobre a metodologia em sala de aula, principalmente em

conteúdos teóricos. Geralmente os instrumentos utilizados para ensinar História são recursos

áudio-visuais, seminários e discussão em grupos.

Apesar da importância do conteúdo para o futuro enfermeiro, devemos nos preocupar

com a formação de um sujeito pesquisador, historiador perseguindo o desenvolvimento de

categorias de tempo (permanência/ mudança, semelhança/ diferença e simultaneidade), do

pensamento e da construção da cidadania da tolerância e da cooperação. Mostrando a trajetória

dessa profissão, com uma formação da consciência crítica, ampliando a visão do mundo atual. A

essência da verdadeira história está em voltar ao passado com objetivo de entender a realidade

da vida contemporânea.

A disciplina contempla em muitos pontos ao futuro do profissional, mostra a origem e a

evolução da profissão, os fatos marcantes e as atualidades. Conscientiza a necessidade de

investigação científica e tecnológica do enfermeiro sobre a prática do cuidado, aliado ao

crescimento sócio-econômico.

A matéria aborda assuntos globais como: de que forma os povos primitivos

desempenhavam o papel de cuidador; a crença da doença como castigo de Deus, a íntima

ligação do tratamento com a religião; O cuidado medieval exercido pela irmandade, de forma

assistencialista, empírica; a enfermagem moderna que surge na Inglaterra com Florence

Nightigale, na segunda metade do século XIX; o fortalecimento do capitalismo, organizando a

assistência e gerando a divisão do trabalho; Constituição da profissão no Brasil ( década de 30,

60, 70, 80 e 90); O exercício profissional no Brasil e a evolução da legislação.

Aos alunos que recém ingressaram na Graduação de Enfermagem a complexidade que

envolve a História da Enfermagem é de difícil compreensão, pois ele está envolvido no

currículo básico e a visão do “profissional” ainda é distante.

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Aplicar alternativa diferencial pedagógica, tenta contribuir para o aprendizado, na

proposta de englobar o aluno e interagir em sala de aula, tentando motivar a participação,

observar a realidade e identificar pontos importantes e problemáticos (BERBEL, 2000).

A dificuldade de compreensão da disciplina História da Enfermagem foi uma vivência

da autora, que consciente da verdadeira importância desta para sua formação acadêmica,

somada à sua habilidade gráfica gerou a seguinte questão de pesquisa: De que maneira a

“linguagem em Quadrinhos” pode complementar e estimular o aprendizado da disciplina

História da Enfermagem em sala de aula?

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2. OBJETIVOS:

2.1 OBJETIVO GERAL

Implantar uma estratégia de ensino aprendizagem para a disciplina História da

Enfermagem.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

1. Propor uma estratégia de ensino para a disciplina de História da Enfermagem .

2. Elaborar uma literatura gráfico-visual voltada para o contexto do ensino da história da

Enfermagem Moderna do Brasil.

3. Verificar a possibilidade de implantação desse instrumento como complemento no

ensino da Graduação do curso de enfermagem.

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3. CONTEXTO HISTÓRICO

O ensino da enfermagem foi instituído no Brasil com a criação da Escola Profissional de

Enfermeiros e Enfermeiras em 1890, conhecida como Escola de Enfermagem Alfredo Pinto

(KLETEMBERG, SIQUEIRA, 2003).

Em muitas literaturas, a Escola Anna Nery, fundada em 1923, aparece como a primeira

escola de Enfermagem do Brasil. Isso é justificado por ter sido a primeira a funcionar

genuinamente sob a orientação e organização de enfermeiras (KLETEMBERG, SIQUEIRA,

2003). Esta mesma possuía um currículo semelhante ao currículo padrão para escolas de

enfermagem dos Estados Unidos, que propunha um curso com três anos de duração, enfatizava

o programa teórico e restringiam o trabalho nas enfermarias a quarenta e oito horas semanais

(BARREIRA, 1997). As atividades profissionais desenvolvidas, a partir da formação da

primeira turma, eram essencialmente práticas, de cunho assistencial, porém, vinculadas ao

ensino. As enfermeiras eram ao mesmo tempo docentes, assistenciais, ou chefes de unidades,

possuindo uma vasta experiência (MENESES, SILVA 2002). Era vinculada ao Hospital Geral

de Assistência e sediada no Rio de Janeiro. Surgiu este departamento da necessidade de resolver

as endemias e epidemias que assolavam o país, consideradas problemas de Saúde Pública.

Kletemberg e Siqueira (2003, p. 65) explicam que

Diferente da escola de 1890 seguia uma lógica positivista, compreendida

na racionalidade do ensino teórico e a posterior aplicação na prática

assistencial, seguindo o modelo francês que orientava também as escolas

de medicina. O ensino de conteúdo teórico era ensinado pelos próprios

médicos, os quais forneciam noções elementares para o bom desempenho

profissional. Cabia a tarefa prática de supervisão às inspetoras, neste

caso, as enfermeiras francesas contratadas pela instituição.

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Embora já existissem outras iniciativas de profissionalização de Enfermagem através de

ensino formal, parece haver consenso na historiografia, que aponta o ano de 1922 como o marco

inicial da Enfermagem Moderna no Brasil.

O contexto sócio-político-econômico da época era voltado para uma economia agro-

exportadora de café e, por exigência governamental e pressões internacionais dos países que

comercializavam com o Brasil, as ações de saúde deviam visar o saneamento dos portos e

núcleos urbanos e eram conhecidas como medidas sanitárias e campanhas (MENESES, SILVA,

2002).

O ensino sistematizado tinha como propósito formar profissionais que garantissem o

saneamento urbano, sendo assim foram enviados ao Brasil enfermeiras da Fundação Rockfeller,

para capacitar e organizar o serviço de enfermagem, dirigindo as escolas. De acordo com

Galleguíllos e Oliveira (2001, p. 81) “o programa de ensino de 1923 e as exigências feitas para a

matrícula das candidatas caracterizaram o curso, desde o início, como de nível superior, sob

total influência das tendências da educação de enfermagem norte-americana”.

Interessante apontar que desde a implantação da escola no país, o currículo do curso de

graduação apresenta a disciplina História da Enfermagem, considerado como um instrumento de

formação da identidade profissional, tendo um compromisso de inserção da enfermagem na

sociedade, explicando e compreendendo os fatos existentes (BARREIRA, 1999).

Nesse sentido, ressalta-se que os movimentos históricos principais da Enfermagem no

Brasil devem conseqüentemente, ser interpretados através de sua especificidade e do seu

relacionamento com as transformações gerais na infra-estrutura da sociedade brasileira

(MEDEIROS, 1999). Isto significa que o fato não se processa um espaço abstrato, mas ela se dá

de forma concreta na sociedade brasileira com seus determinantes econômicos, políticos e

ideológicos.

Esse tema resistiu praticamente incólume a todas as reformas curriculares ocorridas,

desde 1923. “Como disciplinas independentes ou integradas como módulos em disciplinas

maiores ou áreas temáticas, como ocorre dentro das atuais diretrizes curriculares nacionais, o

fato é que esse assunto constou das reformulações legais e continua na ordem do dia”

(GEOVANINI, et al 2005).

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As drásticas mudanças impostas pela reforma universitária às escolas de enfermagem no

início da década de 70, e o advento dos cursos de mestrado, a partir desta fase, não alteraram o

ensino da História da Enfermagem (BARREIRA, 1999).

Nos últimos anos, o campo da história ganhou renovado prestígio nas pesquisas,

havendo um interesse da enfermagem pelos aspectos históricos da profissão. Os trabalhos

acadêmicos na área vêm qualificando as escolas de enfermagem ao responder a tal demanda. No

entanto, é de extrema necessidade realizar uma reflexão sobre o ensino e a pesquisa da História

da Enfermagem Brasileira (BARREIRA, 1999.).

Percebe-se que de forma geral, o ensino da história está centrado em vultos e eventos

marcantes, com redução crítica, distanciado muitas vezes da realidade (BARREIRA, 1999).

Segundo Geovanini, et al (2005), o ensino em relação ao conteúdo, não pode consistir em uma

sucessão de nomes de pessoas que exerceram atividades de enfermagem e relacionados aos

quais, simultaneamente, sejam citados fatos e acontecimentos sem que fosse apresentada uma

compreensão integrada de todos esses elementos nos distintos cenários ao longo do tempo.

Além do conteúdo teórico é importante refletir sobre as formas de ensino de um

conteúdo que situa a Enfermagem historicamente. Os métodos de ensino utilizados na disciplina

de História da Enfermagem são geralmente apoiados em recursos audio-visuais, (como data-

show, retroprojetor, TV e vídeo), seminários e discussão em grupos. Tudo isso, estabelece o

caminho para o aprendizado e facilita o trabalho docente na sala de aula. Mas a criatividade

deve ir além, principalmente ao mediador do conhecimento, que em seu trabalho deve

possibilitar um diferencial e nesse caso, a elaboração de uma estratégia, na tentativa de atingir o

aprendizado no conteúdo da História da Enfermagem Moderna no Brasil.

Este conhecimento proporcionou ao futuro profissional uma consciência crítica e de

novas formas de percepção, podendo assim apreciar as modificações sofridas ao longo dos anos.

Os estudos históricos interessam sobremaneira à enfermagem, pois a construção de uma

memória coletiva é o que possibilita a tomada de consciência daquilo que somos realmente,

adquirindo uma visão ampla da situação profissional e aumentando o espírito crítico.

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4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Há muito tempo a Didática vem estudando e pesquisando formas de organização e

sistematizando conhecimentos e usando-os para desenvolver a prática pedagógica. No entanto, a

Didática não pretende ficar apenas nas teorias, ela aplica o conhecimento que produz para

resolver os problemas e questões que surgem no espaço de aula (MASETTO, 1997 ).

As teorias são válidas enquanto solucionam problemas da prática pedagógica. Caso ao

contrário, a própria realidade questiona a teoria exigindo novos aprofundamentos, pesquisas e

estudos, ou seja, as teorias educacionais se desenvolvem em confronto com a prática

pedagógica. De caráter complementar, inovador, os diversos eixos das temáticas pedagógicas

citadas na seqüência, são estratégias arrojadas referindo-se disciplina especificada (MASETTO,

1997 ).

4.1 Ensinando história da enfermagem

As técnicas e estratégias de ensino-aprendizagem propostas por Brasileiro e Sanna

(2007), permitem sua apropriação pelo docente, sendo maneiras criativas e inovadoras dentro do

ensino da história da enfermagem, pois simplificam e esclarecem as formas de alcançar o

sucesso em sala de aula.

Os autores citados abordam o seu planejamento de aula visando o direcionamento de

idéias, recursos e métodos que o professor poderá utilizar em sala de aula. Numa mistura da arte

e história, mostra como é possível essa junção, através da aula de teatro, confeccionando

uniformes da época, visita ao museu e brincando de escultor. Havendo uma infinidade de

atividades, tudo em uma seqüência organizacional de didática, contendo definição, instruções do

trabalho e os objetivos que pretendem chegar com aplicação dessas idéias renovadas.

Uma outra abordagem foi desenvolvida por Cyrilo (2006) utilizando a dramatização para

o ensino da disciplina uma modalidade diferenciada, sendo um facilitador da compreensão

teórica. Os acadêmicos ficaram encarregados de montar toda a dramatização com os assuntos

referentes aos períodos históricos, realizando um trabalho de pesquisa bibliográfica. Para eles, a

diversidade de estratégias coletadas, gera uma percepção esclarecedora e criativa.

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4.2 Saber fazer

Zabala (1999), em um estudo minucioso, enfoca a categoria do saber fazer, quer dizer os

“conteúdos procedimentais”, que inclui regras, técnicas, os métodos, as destrezas ou

habilidades, as estratégias, sendo um conjunto de ações ordenadas e com finalidade, ou a

realização de um objetivo. A técnica foi direcionada ao trabalho, devido ao caráter de “saber

fazer”, transformando em um ensino dinâmico, comunicativo e colaborativo.

Para atingir o aprendizado é necessário, segundo Zabala (1999), a realização de ações,

não permanecendo somente preso aos textos, tendo uma leitura ligeiramente dinâmica, mas

estimular atividade de expressão oral. Um outro ponto é exercitar-se, para que o acadêmico

domine o conteúdo, não bastando apenas às ações. Necessita elaborar atividades com

características diferenciadas a partir do que está sendo ensinado, do exercício para reflexão,

sobre o que é proposto. Assim para melhorar a capacidade de interpretar textos de história, não

basta apenas ler muito, mas ter instrumentos de análise e reflexão (instrumento pedagógico).

Essas condições nos permitem valorizar, conhecimentos teóricos. O último ponto de aplicação é

em contextos diferenciados tendo aquilo que aprendemos como útil, podendo utilizá-lo em

certas situações.

Os conteúdos procedimentais na área de história contemplam no plano de curricular

podendo ser organizado em três grupos: os relacionados com a interpretação e a representação

do espaço: os relacionados com a consciência temporal e o tempo histórico; os relacionados

com o tratamento da informação (ZABALA 1999).

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5. REFERENCIAL TEÓRICO

Baseado na metodologia de Paulo Freire que nasceu em Recife em 1921 e faleceu em 1997. É

considerado um dos grandes pedagogos da atualidade e respeitado mundialmente. Embora suas

idéias e práticas tenham sido objetos das mais diversas críticas, é inegável a sua grande

contribuição em favor da educação popular (FREIRE 1987).

Segundo o livro de Freire (1987), que relata um pouco da sua trajetória bem sucedida no

Brasil, sua atividade foi intensa, ensinou na Universidade Federal de Pernambuco, onde dirigiu

o Centro de Extensão Cultural. Mais tarde, desempenhou a função de Consultor especial para

assuntos de educação no Ministério de Educação e Cultura. Seus livros são atualmente editados

nos principais países do mundo ocidental. Traduzido para 17 línguas, Pedagogia do Oprimido

revelou-se um sucesso editorial em todos os países.

Esse teórico defendeu sempre uma Educação problematizadora, uma Pedagogia

contrapondo à educação bancária , que pudesse servir para libertar o homem dos seus opressores

e pudesse servir para a emancipação do homem na sua humanização (BERBEL, 2000).

Paulo Freire é um pensador comprometido com a vida: não pensa idéias, pensa a

existência. E também educador: vivencia seu pensamento em uma pedagogia em que o esforço

totalizador da prática humana busca, na interioridade desta, retotalizar-se como “prática da

liberdade”.

A experiência e saber se dialetam, desmistificando-se, alongando-se e

dando nitidez ao contorno maior e o relevo de sua profunda intuição

humanista que ao inventar suas técnicas pedagógicas, redescobre

através delas o processo histórico em que e por que se constitui a

consciência humana (FREIRE, 1987 p. 9).

A educação exerce papel fundamental no processo de libertação, pois muitas vezes é

apresentado como uma concepção de opressão, visto o estudante como um sujeito que não sabe

nada. O professor, nesse processo, deposita o conteúdo na mente dos estudantes, que a recebem

como forma de armazenamento, o que é chamado de alienação da ignorância, pois não há

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criatividade, nem tão pouco a transformação do saber. Em sua obra expõe a educação conduzida

como uma prática dominadora, necessitando de um busca da libertação da classe oprimida

(FREIRE, 1987 p. 10).

No conceito de pedagogia para a liberdade, Freire (1987) caracteriza duas concepções

opostas de educação: a concepção “bancária” e a concepção “problematizadora”. Na primeira, o

educador sabe tudo e o educando pouco sabe ou nada; o saber é uma doação dos que se julgam

sábios aos que nada sabem, que se tornam, afinal meros objetos. A educação torna-se um ato de

depositar, como nos bancos.

Já na educação problematizadora, educador e educando integram um mesmo processo,

estabelecendo-se uma relação dialógico-dialética, na qual ambos aprendem juntos. Aqui

prevalece o diálogo, a troca de informações, educador e educando interagem saberes, produzem

juntos o conhecimento.

O movimento para a liberdade, deve surgir e partir dos próprios oprimidos, e a

pedagogia decorrente da co-laboração, a união, a organização e a síntese cultural. Não havendo

nessa abordagem, um sujeito que domina pela conquista e um objeto dominado. O diálogo é

sempre comunicação fundada na teoria, não há lugar para a conquista e esta não se impõem

(FREIRE, 1987).

O objetivo da ação dialógica está, pelo contrário, em proporcionar que

os oprimidos, reconhecendo o porquê e como de sua aderência,

exerçam um ato de transformação da realidade injusta. Com esse

cenário, incentiva a educação mais humana e até revolucionária. O

educador antes “dono da palavra passa a ouvir, pois não é no silêncio

que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão

pelo mundo, espaço para a construção do profundo amor ao mundo e

aos homens (BERBEL, 2000 pg. 23).

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Neste sentido o autor faz uso do pensamento de Marx quando se refere à relação

dialética subjetividade-objetividade, o que implica a transformação no sentido amplo: teoria e

prática, conscientizar para transformar, pois a opressão é uma forma sinistra de violência. Assim

a Pedagogia do oprimido busca a restauração, animando-se da generosidade autêntica,

humanista e não humanitarista, pois se propõe à construção de sujeitos críticos, comprometidos

com sua ação no mundo.

Nas análises de currículo, prática pedagógica e avaliação em nossas escolas percebem-se

uma aplicabilidade de sua proposta. Ou seja, quando analisamos sobre os conteúdos serem

interdisciplinares, fragmentários, quando abordamos a necessidade de união entre teoria e

prática na metodologia, e ainda e democracia em questão, nos damos conta da pedagogia

problematizadora de sua teoria.

“Esse método, visa uma educação transformadora da sociedade, sendo aplicável e

prático, ao mesmo tempo busca fundamentos teóricos para justificar os problemas (BERBEL,

2000 pg.5).”

A lição maior que temos é voltado a preocupação social. Buscar alternativas e propostas

devem ser constantes em nosso dia a dia no sentido de resgatar o ser humano, o cidadão, na sua

dignidade e exercício de cidadania.

Afirma Paulo Freire (1980) que uma educação que procura desenvolver a tomada de

consciência e a atitude crítica graças à qual o homem escolhe e decide, liberta-o em lugar de

submetê-lo, de domesticá-lo, de adaptá-lo.

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6. METODO DE PESQUISA

6.1 Tipo de Pesquisa:

O estudo caracteriza-se como uma pesquisa quanti-qualitativa. Conforme Figueiredo

(2004),é um método que associa análise estatística à investigação dos significados das relações

humanas, privilegiando a melhor compreensão do tema a ser estudados, facilitando desta forma

a interpretação dos dados obtidos. A abordagem quanti-qualitativa é aquela que permite a

complementação entre palavras e números, as duas linguagens fundamentais da comunicação

humana.

6.2 Local e sujeitos da pesquisa:

A pesquisa será aplicada com os alunos do 1º período que cursam a disciplina de historia

da enfermagem do curso de Graduação em Enfermagem na UNIVALI Campus Itajaí. Os

sujeitos que fizeram parte deste estudo constituíram-se na primeira aula 12 alunos e na segunda

15 alunos.

Na primeira aula ministrada 12 alunos concordaram em participar das atividades

propostas, sendo 5 homens e 7 mulheres, com as faixas etárias de 17 até 35 anos. Todos

mantiveram um contato prévio sobre o assunto.

Na segunda aula 15 alunos concordaram em participar das atividades propostas, sendo 8

sujeitos já presenciaram a primeira aula e 7 estão presenciando a segunda aula apenas, porque

estavam ausentes no primeiro encontro em sala. Na classificação são 4 homens e 11 mulheres,

com as faixas etárias de 17 até 35 anos. Os participantes dessa etapa que já contribuíram na

primeira aula, permaneceram com os mesmos codinomes. Todos mantiveram um contato prévio

sobre o assunto.

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6.3 Período de realização da coleta de dados:

A realização da coleta de dados foi no mês de outubro 2008, durante 2 semanas as

quartas-feiras, no período vespertino/ horário da disciplina história da enfermagem.

6.4 Instrumentos e meios para coleta de dados:

Para coleta de dados, foi aplicado em sala de aula dois textos referentes à disciplina, o

primeiro método aplicativo com texto teórico referente a década de 20 até 50 da história da

Enfermagem Moderna do Brasil (Anexo A) e o segundo método aplicado a linguagem em

quadrinhos abordando assuntos da década de 60 até 80 da história da Enfermagem Moderna do

Brasil (Apêndice A)

O docente responsável pela disciplina de História da Enfermagem foi consultada,

disponibilizando as aulas do seu cronograma para o desenvolvimento no projeto das estratégias

definidas neste relatório.

Para a realização deste trabalho, foi necessário uma apresentação sobre a intenção da

pesquisa aos sujeitos do estudo, onde após apresentação aos participantes, tiveram liberdade

para optar pela participação ou não, caso aceito a proposta de participação todos os pesquisados

assinaram o termo de Consentimento livre e esclarecedor (Apêndice B) pelos sujeitos do estudo.

Nas duas aulas distintas, descreve-se o processo de aplicação e coleta dos dados

conforme os seguintes passos:

Primeira aula

Texto que aborde a Enfermagem no Brasil moderno da década 20 à 50, de forma convencional,

não incluindo a estratégia pedagógica /Aplicação da estratégia tradicional de ensino com aula

expositiva e slide

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Plano de aula elaborado consta

1° etapa Aplicação de um questionário pré-texto, com perguntas referentes ao

conteúdo que será ministrado. (Anexo B)

2° etapa Aula expositiva dialogada.

Será distribuído aos acadêmicos o texto referente ao conteúdo (Anexo

A), e como recurso didático o uso de slide e aula expositiva.

3° etapa Reflexão e discussão sobre o conteúdo ministrado.

4° etapa Aplicação de um questionário pós-texto (Anexo B), idêntico ao primeiro.

Segunda aula

Texto que aborde a Enfermagem no Brasil moderno da década 60 à 80, e neste momento

incluindo o instrumento pedagógico / história em quadrinhos.

Plano de aula elaborado consta

1° etapa Aplicação de um questionário pré-texto, com perguntas referentes ao

conteúdo que será ministrado. (Anexo C)

2° etapa Aula expositiva dialogada, com uso da estratégia pedagógica proposta/

história em quadrinhos (Apêndice A) com o conteúdo da aula como

recurso didático.

3° etapa Reflexão e discussão sobre o conteúdo ministrado.

4° etapa Aplicação de um questionário pós-texto(Anexo C), idêntico ao primeiro.

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6.5 Análise dos dados:

A análise dos dados conforme recomendado quanti-qualitativa. O método proporciona

um trabalho de tabulação das amostras, representando o desempenho respostas do pré e pós-

texto das duas aulas em porcentagem.

Seguindo uma abordagem qualitativa, os dados serão analisados e apresentados de forma

descritiva baseando-se Nas respostas dos questionários elaborados nos dois momentos

respectivamente. Tendo por finalidade avaliar: “Qual o rendimento do aprendizado com auxílio

da estratégia pedagógica proposta para a disciplina?”.Ao longo da realização da pesquisa, os

alunos contribuíram com sugestões de modificação para o aperfeiçoamento da estratégia.

A coleta ocorreu por meio das aulas ministradas e aplicação dos questionários pré e pós-

texto com opiniões dos sujeitos referente diante das estratégias administradas. Partindo para a

última etapa de teorização segundo o referencial de Paulo Freire contextualizando com a

realidade encontrada.

Para uma compreensão didática, abaixo descreve-se as etapas para o processo de

análise:

1° etapa: aplicação da estratégia tradicional de ensino com aula expositiva e slides:

- Aplicação do questionário pré-texto;

- Ministrar a aula ( com texto teórico referentes as décadas de 20 à 50;

- Aplicar o questionário pós-texto;

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2° etapa: aplicação da estratégia lúdica de ensino com aula expositiva e a linguagem

gráfico-visual:

- Aplicar o questionário pré-texto;

- Ministrar a aula (com a utilização da linguagem em quadrinhos referentes às décadas

de 60 à 80);

- Aplicar o questionário pós-texto;

3° etapa: análise das estratégias utilizadas com base no referencial teórico escolhido

para o estudo

Nesta etapa solicitou-se a opinião dos sujeitos sobre a estratégia que melhor viabilizou o

aprendizado.

Das respostas diante das estratégias, 9 sujeitos contribuíram com as opiniões qualitativas

dos 15 presentes no segundo momento de aula. Destes 9 citados, 5 alunos participaram das duas

aulas e 4 alunos contribuíram apenas da segunda etapa de aula, porque estavam ausentes. A não

participação destas duas aulas dificultou no aprofundamento analítico das duas estratégias.

6.6 Aspectos éticos da pesquisa

Neste estudo foram adotadas as recomendações do Parecer 196/96 do Conselho Nacional

de Saúde, assegurando aos participantes, o consentimento livre e esclarecido. A pesquisa

envolve seres humanos deverá sempre tratar com dignidade, respeito em sua autonomia. Deve-

se obedecer a uma metodologia adequada, prever procedimentos que assegurem a confiabilidade

e a privacidade, a proteção de imagem, garantindo a não utilização das informações em prejuízo

das pessoas. Assegurar aos sujeitos da pesquisa os benefícios resultantes do projeto seja em

termos de retorno social e acesso aos procedimentos. Respeito devido à dignidade humana exige

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que toda pesquisa se processe após consentimento livre e esclarecido dos sujeitos, indivíduos ou

grupos.

Esta pesquisa envolve os acadêmicos no aprendizado da disciplina de História da

Enfermagem ao disponibilizar o lúdico como forma de aprendizado. O estudo tenta lançar uma

possibilidade de reflexão a fim de motivar novas técnicas educacionais e novos horizontes

propiciadores de um repensar mais coletivo e humano.

Mantendo a confidencialidade da pesquisa, as respostas serão apresentadas em quadros

omitindo os nomes dos Sujeitos, sendo substituído por codinomes de importância histórica,

principalmente na década de 20 até 80.

Os Codinomes apresentados:

1 Ana Nery: A primeira enfermeira brasileira que serviu como voluntária na guerra do

Paraguai.

2 Florence Nightingale: Enfermeira Britânica que ficou famosa por ser considerada a

fundadora da enfermagem moderna.

3 Osvaldo Cruz: Foi um cientista, médico, bacteriologista, epidemiologista e sanitarista

brasileiro.

4 Carlos Chagas: Foi um médico sanitarista, cientista e bacteriologista Brasileiro, que

trabalhou como clínico e pesquisador. Atuante na saúde pública do Brasil, iniciando sua

carreira no combate à malária.

5 Maria Pamphiro: Atuou e reorganizou a escola mais antiga do Brasil a Escola Alfredo

Pinto.

6 Miss Clara: A primeira diretora da Escola Ana Nery.

7 Lais Netto: Pertenceu a primeira turma de Enfermeiras diplomou-se em 19 de julho de

1925.

8 Olga Salina: Pertenceu a primeira turma de Enfermeiras diplomou-se em 19 de julho de

1925.

9 Maria de Castro: Pertenceu a primeira turma de Enfermeiras diplomou-se em 19 de

julho de 1925.

10 Zulema de Castro: Pertenceu a primeira turma de Enfermeiras diplomou-se em 19 de

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julho de 1925.

11 Irmã Matilde: Filha de caridade, fundadora da Escola de Enfermagem Luisa de

Marillac.

12 Edith Franckel: Primeira diretora da Escola de Enfermagem da USP.

13 Getúlio Vargas: Foi um político brasileiro, governou o Brasil na primeira vez de 1930 a

1945 no governo provisório, de 1934 a 1937, no governo constitucional e de 1937 a

1945 no Estado Novo.

14 Juscelino Kubitschek: Foi um médico, militar e político brasileiro. Presidente do Brasil

entre 1956 e 1961.

15 Jânio Quadros: Foi um político e o décimo-sétimo presidente entre 31 de janeiro de

1961 e 25 de agosto de 1961.

16 Alencar Castelo Branco: Um militar e primeiro presidente do regime militar instaurado

pelo Golpe Militar de 1964.

17 Wanda Horta: Paranaense, cursou na Escola de Enfermagem da USP e introdutora do

Processo de Enfermagem.

18 João Goulart: Presidente do Brasil de 1961 até 1964, quando foi deposto por um golpe

de estado.

19 Raquel Haddock: A primeira diretora brasileira da Escola Ana Néri.

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7 DESENVOLVIMENTO

7.1 Aplicação da estratégia tradicional de ensino com aula expositiva e slide

Essa etapa de análise refere-se à estratégia de aula: expositiva com slides ministrados na

disciplina História da Enfermagem do Curso de Graduação pertencente à Universidade do Vale

do Itajaí.

A aplicação da aula procedeu-se na quarta-feira, com início 17h00min até 18h15min na

UNIVALI em Itajaí, sendo 15 minutos estabelecidos aos 12 alunos para responderem o

questionário pré-texto (Anexo B). Ao termino, iniciou-se a aula levando aproximadamente 45

minutos de apresentação do conteúdo sobre a História da Enfermagem Moderna no Brasil na

década de 20 até 50 (Anexo A) Finalizando aula expositivo-dialogada, aplicou-se o questionário

pós-texto contendo as mesmas perguntas realizadas no pré-texto (Anexo B) com o tempo

estabelecido de 15 minutos.

O questionário tanto pré-texto como pós-texto (Anexo B) contém as mesmas perguntas

dos fatos relacionados à década de 20 até 50 da história da enfermagem Moderna no Brasil. As

perguntas realizadas foram:

1- Com a reforma sanitária, e o início do programa de cooperação com a Fundação

Rockfeller, quais os benefícios gerados em nosso pais?

2- Qual foi a primeira adaptação do sistema norte-americano ao Brasil?

3- Quais os reflexos sócio-econômicos do Brasil na década de 30 à 50?

4- Com o fortalecimento do capitalismo e o avanço industrial, a enfermagem consolida-

se e acompanha as mudanças. O que modificou a partir da década de 30? Qual é a

sua opinião?

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O questionário pré-texto está relacionado ao conhecimento prévio dos alunos. Este

instrumento indica o domínio do aluno sobre o assunto apresentado sem ter ministrado aula.

SILVA, (1991) refere que o conhecimento prévio é nosso repertório, são conhecimentos

adquiridos, que fazem parte de nossa memória e inteligência. Dotado de sua própria bagagem

cultural, participando também da construção dos significados, da compreensão e de sua

consciência crítica.

O questionário pós-texto concentra-se nas respostas elaboradas após o conteúdo

ministrado, averiguando a apreensão do conhecimento através da aula.

Ao termino do questionário pré-texto, foi ministrada aula expositivo-dialogada, sobre o

conteúdo da história da enfermagem na década de 20 até 50 com distribuição de material

bibliográfico, tais como:

1 MELO, C. Divisão Social do trabalho e Enfermagem. São Paulo: Ed Cortez, 1986.

2 GEOVANNI T. et al. História da Enfermagem: versões e interpretações. 2° ed. Rio

de Janeiro: Ed. Revinter, 2005.

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Respostas da primeira estratégia de aula: expositiva dialogada

Tabela n° 1 :

1- Com a reforma sanitária, e o início do programa de cooperação com a Fundação

Rockfeller, quais os benefícios gerados em nosso pais?

NOME PRE-TEXTO POS-TEXTO

Anna Nery Não respondeu 1923 foi fundada a primeira escola de

Enfermagem no Brasil esse foi um dos benefícios

fundados no Brasil.

Florence

Nightingale

Conscientização da população e

melhora nos aspectos físicos do

meio ambiente e da saúde no

Brasil.

Escolas de Enfermagem que foram criadas

Osvaldo

Cruz

Não respondeu A criação da primeira escola de enfermagem no

Brasil foi um benefício, formando enfermeiros,

melhorando as condições sanitárias para

continuarem as exportações.

Carlos

Chagas

Melhorou a qualidade de vida,

políticas relacionadas à saúde,

bem estar das pessoas.

Os benefícios foram que as condições sanitárias

foram atendidas, permitindo assim, a exportação

dos seus produtos, antes disso, as epidemias

prejudicavam as exportações.

Maria

Pamphiro

Medicina preventiva e vacinação. O Brasil não tinha condições exportar seus

produtos, por causa da deficiência da saúde

pública, ou seja, condições sanitárias. Então surge

a necessidade de melhorar essa área e a

Fundação incentivou a criação da escola de

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Enfermagem para criar enfermeiras para a

resolução da problemática.

Miss Clara Não respondeu Fundação da primeira escola Brasileira em 1923.

Lais Netto Boa, os benefícios foram bons. Que logo depois que as enfermeiras se formaram

eles conseguiram o cargo de chefia, o país

conseguiu ter enfermeiros de cargo superior.

Olga Salina

A saúde passa ter uma

preocupação e caráter preventivo

através das campanhas de

vacinação, ocorrendo à

erradicação de algumas doenças.

O país em conjunto dos Estados Unidos criam a

primeira escola superior de Enfermagem para

formar profissionais que trabalhassem na questão

sanitária favorecendo as exportações e mantendo

o suprimento de matéria prima aos Estados

Unidos.

Maria de

Castro

Não respondeu. A instituição da primeira escola de Enfermagem.

Getúlio

Vargas

Não respondeu Benefício principalmente ao Estado, e

posteriormente para a comunidade, porém em uma

proporção bem menor.

Irmã

Matilde

Mais atendimentos à sociedade e

aos povos carentes.

Mais atendimento a sociedade e aos povos

carentes.

Juscelino

Kubitschek

Regressão de doenças, endemias e

epidemias, juntamente com isso

ocorreram um desenvolvimento

na saúde, onde eles aprenderam a

prevenir e não somente cuidar.

Ajudou no desenvolvimento de

São Paulo e Rio de Janeiro.

Um melhor atendimento e pessoal de qualidade,

ajudou na economia para o país continuar as

exportações.

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A devolução esperada dos alunos referente à resposta da primeira pergunta, baseia-se na

abordagem histórica descrita a seguir:

Sendo assim, em 1923 com o financiamento da Fundação Rockfeller, cria-se a

primeira escola de enfermagem no Rio de Janeiro. Possibilita assim a enfermagem como

profissão institucionalizada, para o atendimento da nova política sanitária. Os primeiros

profissionais formados atuavam basicamente nos serviços de saúde pública para atender as

necessidades sanitárias. (MELO, 1986)

De fundamental importância histórica, o primeiro esboço da política de saúde do Estado, cujo

interesse era controle das epidemias que prejudicavam as exportações e o crescimento

econômico. (GEOVANNI T. et al, 2005)

1.Gráfico : apresentação gráfica das respostas do pré-texto

42%

58%

não responderamrespostas incompletas

Gráfico 1: Respostas da primeira pergunta pré-texto/ participação de 12

sujeitos.

Na Primeira pergunta no pré-texto, 58% respostas incompletas e 42% não responderam.

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2 Gráfico: apresentação gráfica das respostas do pós-texto

50%42%

8,00%

respostas incompletasrespostas certasnão responderam

Gráfico 2: Respostas da primeira pergunta prós-texto/ participação de 12

sujeitos.

No pós-texto, 50% respostas incompletas, 42% respostas certas e 8% não responderam.

Durante a aula, trabalhou-se com o assunto de uma maneira ampla e crítica. Essa

pergunta se torna interessante ao aluno, porque visa à política de saúde e a criação da escola

captando a totalidade da situação e seus resultados, não sendo casos isolados na sociedade.

Tenta-se deixar clareza durante a aula expositivo-dialogada que a Enfermagem tornou-se

uma profissão institucionalizada para atender uma medida governamental do que um consenso

social. Segundo Rizzotto (1999) relata que nessa década os Portos apresentavam condições

precárias de saneamento e como conseqüência houve queda na exportação. Para atender o

controle sanitário a formação da nova escola atuava basicamente nos serviços de saúde pública

e nas soluções mais emergentes foi organizado pelo Departamento Nacional de Saúde Pública

um curso de visitadoras de higiene.

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O trabalho da enfermagem no Brasil nasce dividido e os novos profissionais formados

pela Escola assumem as chefias dos serviços de saúde pública ou ensino e começam a preparar

pessoal auxiliar “visitadoras sanitárias” (MELO, 1986).

As enfermeiras reproduziam na sua profissão a divisão entre o trabalho manual e

intelectual, uma característica do processo de trabalho e influência do sistema capitalista.

Tabela nº 2 :

2. Qual foi a primeira adaptação do sistema norte-americano ao Brasil?

NOME PRE-TEXTO POS-TEXTO

Anna Nery Não respondeu Implantação do sistema de aprendizado de

enfermagem no Brasil, o EUA enviou enfermeiras

para implantar seu sistema de ensino.

Florence

Nightingale

Sistema de saúde, universal e

igualitário.

Sistema de Enfermagem Nichtingleano.

Osvaldo

Cruz

Não respondeu Não respondeu

Carlos

Chagas

Escola de enfermagem. Escola de Enfermagem, hierarquização da

Enfermagem, Visitadoras sanitárias.

Maria

Pamphiro

Hospital evangélico, atendiam os

estrangeiros.

A hierarquização da enfermagem e a criação de

visitadoras sanitárias para a melhoria da higiene

sanitária.

Miss Clara Não respondeu No sistema educacional das escolas de

enfermagem.

Lais Netto Criação da escola A adaptação foi que o Brasil muitos tinhas de ficar

muitos enfermeiros, teria depois de se formar ir

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para outro pais.

Olga Salina

A criação dos planos de saúde Surgiu a criação da escola de enfermagem que

tinha o modelo norte americano.

Maria de

Castro

Não respondeu A mudança de objetivos da atuação da Fundação

Rockfeller atendimento voltado para a população,

e não com objetivo de fiscalização sanitária e para

benefício voltado para fins de exportação.

Getúlio

Vargas

A formação de hospitais,

focalizando o foco no individual e

não no coletivo.

Aumento da medicina curativa individual.

Irmã

Matilde

Não respondeu Não respondeu

Juscelino

Kubitschek

Foi nas escolas de enfermagem, no

Rio de Janeiro o qual era

coordenada (educação) por

enfermeiros americanos.

Foi em 1923, na Escola Ana Néri onde

enfermeiros americanos atendiam aos

necessitados no Hospital Samaritano com

interesses econômicos e políticos.

A devolução esperada dos alunos referente à resposta da segunda pergunta, baseia-se na

abordagem histórica descrita a seguir:

Foi a criação da primeira escola de enfermagem no Rio de Janeiro, em 1923, financiada

pela Fundação Rockfeller. ( GEOVANNI T. et al, 2005)

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3 Gráfico : apresentação gráfica das respostas do pré-texto

42%

33%

25%

não responderamrespostas erradasrespostas certas

Gráfico 3: Respostas da segunda pergunta pré-texto/ participação de 12

sujeitos.

Na segunda pergunta no pré-texto as respostas apresentaram, 42% não responderam,

33% erradas e 25% certas.

A primeira resposta contempla a segunda. Assim como resultado, os sujeitos que

responderam a primeira pergunta automaticamente consegue responder à segunda. Destes

sujeitos na porcentagem, 25 % das respostas estão certas. É um dado importante, porque passa

a compreender que o aluno manteve um contato com o assunto, mas prevalece ainda um

número de sujeitos que não responderam 42%. Este comparado com a primeira pergunta, os

mesmos não responderam ou erraram a pergunta.

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4 Gráfico: apresentação gráfica das respostas do pós-texto

Gráfico 4: Respostas da segunda pergunta pós-texto/ participação de 12

sujeitos.

No pós-texto as respostas apresentaram, 50% certas, 8% incompletas, 25% erradas e

17% não responderam.

No pós-texto a porcentagem atingiu um diferencial importante de 50 dos acertos

comparado no pré texto. Destes 50% , 17% são os alunos que não responderam no pré-texto.

Tabela n° 3 :

3-Quais os reflexos sócio-econômicos do Brasil na década de 20 à 50?

NOME PRE-TEXTO POS-TEXTO

Anna Nery Não respondeu Foi implantado o capitalismo, com isso veio o jogo

de interesse na política do Brasil.

Florence Exportação da agroindústria,

desnível econômicos não havendo

Queda da exportação do café, investimento em

50%

25%

17%

8,00%

respostas certas

respostas erradas

não responderam

respostasincompletas

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41

Nightingale uma padronização da renda, nem

regulares índices econômicos.

saúde e industrialização.

Osvaldo

Cruz

Não respondeu Criação do ministério da Educação e saúde, a

industrialização no país, o departamento nacional

de saúde Pública.

Carlos

Chagas

Não respondeu Aumento da Industrialização, o governo atuou

mais na área da saúde com o desenvolvimento

Maria

Pamphiro

Não respondeu Com a defasagem do café não exportando mais,

passa a se voltar à industrialização e a prática

sanitária entrou em declínio.

Miss Clara Não respondeu Passava por uma queda devido aos procedimentos

de exportação, depois fortaleceu com a

implantação do capitalismo.

Lais Netto Bem pouco Teve uma mudança bem grande até mesmo a saúde

teve grande sucesso.

Olga Salina

O país sofreu um grande

desenvolvimento industrial, com

isso iniciou o êxito rural, havendo

aumento da urbanização com

formação de grandes centros

urbanos. O país deixa de ter sua

economia voltada para agricultura

e passa a voltar-se para a indústria

(principalmente siderúrgica e

automobilística). A sociedade

passa a sofrer as conseqüências da

urbanização sem planejamento

O país sofreu um grande desenvolvimento

industrial, com isso iniciou o êxito rural, havendo

aumento da urbanização com a formação de

grandes centros urbanos. O país deixa de ter sua

economia voltada para agricultura e passa a

voltar-se para a industria (principalmente

siderúrgicas e automobilísticas). A sociedade

passa a sofrer as conseqüências da urbanização

sem planejamento prévio. Gerando assim, a falta de

saneamento nas cidades e a falta de trabalho nas

fábricas.

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42

prévio.

Maria de

Castro

Não respondeu Êxito rural, aumentando as necessidades básicas de

saúde e conseqüentemente a falta profissionais

capacitados na área da saúde.

Getúlio

Vargas

Não respondeu Houve o primeiro fundo de aposentadoria que

beneficiava principalmente os trabalhadores dos

portos e café.

Irmã

Matilde

Na parte capitalista, sócio-

economico.

No capitalismo e socioeconômica.

Juscelino

Kubitschek

Os reflexos sócio-economicos era

baseado inicialmente na

agricultura e comércio, produção

de café e gado (república café

com leite)

O surgimento da industrialização, melhoria na

quadro sanitário, pessoas qualificadas trabalhando

(não em grande escala)

A devolução esperada dos alunos referente à resposta da terceira pergunta, baseia-se na abordagem histórica descrita a seguir:

A década de 30 marca a queda do Estado oligárquico e a ascensão do governo Getúlio Vargas,

ao mesmo tempo que fortes tensões político-sociais partem diretamente do proletariado

urbano, sufocado com a crise econômico-financeira que sobreveio com o déficit setor cafeeiro.

(GEOVANNI T. et al. 2005)

A partir da segunda metade da década de 50, começam a ocorrer amplas

transformações no panorama econômico brasileiro com a sua integração ao sistema capitalista

ocidental, através das estratégias do governo Kubitschek. (GEOVANNI T. et al. 2005)

Com a industrialização, acentuaram-se as disparidades regionais. Os centros urbanos

cresceram desordenadamente em vista do deslocamento da força de trabalho do setor agrário

para o setor industrial. Proliferaram as favelas e os cortiços. (RIZZOTO, 1999)

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43

A falta de infra-estrutura urbana e a precariedade dos serviços oferecidos, somados ao

alto custo de vida, à inflação e às grandes aglomerações, geraram as condições para a

deteriorização da vida e da saúde do povo brasileiro. (RIZZOTTO, 1999)

Na década de trinta e quarenta no campo da economia, esboçam-se as tentativas de

industrialização no país e para atender expansão econômica, a indústria hospitalar começa a se

desenvolver, exigindo para tanto um amparo mais qualificado do pessoal que executa o serviço

de enfermagem. (MELO, 1986)

Com isso melhora a qualidade do ensino e da pesquisa e um novo campo surge para a

enfermagem.

Atribui ao aluno no estudo Histórico, captar determinados segmentos importantes da

sociedade para analisar a realidade relacional do ser humano no seu espaço. Deve-se pensar a

realidade do mundo em todos os seus aspectos numa visão de totalidade situacional. (REIS,

2000)

A pergunta elaborada, exercita o conhecimento globalizado dos fatos da época, as

relações e mudanças sociais. Esta operacionalização contribui no estudo da Enfermagem com o

objetivo de analisar a evolução da profissão de forma abrangente e relacionando com os fatores

sócio-econômicos.

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44

5 Gráfico: apresentação gráfica das respostas do pré-texto

Gráfico 5: Respostas da terceira pergunta pré-texto/ participação de 12 sujeitos.

58%17%

17%

8,00%

não responderam

respostasincorretasrespostas erradas

Na terceira pergunta no pré-texto, 58% sujeitos não responderam, 17% incompletas, 17% errada e 8% certa.

As respostas pré-texto da pergunta número “3”, apresentaram em porcentagem 58% de

sujeitos não conseguiram responder, podendo ser uma dificuldade de interpretação ou

dificuldade de delimitar e transcrever os fatos sócio-econômicos da época. Sendo apenas 8,3 de

acerto. Os alunos que demonstraram participação durante a aula expositivo-dialogada expondo o

conhecimento prévio, os mesmos apresentaram a resposta pré-texto certa e incompleta. Isto

constata que o aluno interagindo em sala de aula, colocando os seus conhecimentos em

discussão possuirá uma produtividade de aprendizagem e assimilação dos fatos históricos.

Respeito ao conhecimento que o aluno traz para a escola, visto ser ele um sujeito social e

histórico, e da compreensão de que “formar é muito mais do que puramente treinar o educando

no desempenho ( FREIRE, 1996 P. 15).

O professor precisa estar disposto a ouvir, a dialogar, a fazer de suas aulas

momentos de liberdade para falar, debater e ser aberto para compreender o querer dos alunos.

Ensinar é algo de profundo e dinâmico onde a questão de identidade cultural que atinge a

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dimensão individual e a classe dos educandos, é essencial à "prática educativa progressista” (

FREIRE, 1996 P. 15).

Os resultados esperados perante à resposta são diversificadas, isso depende do nível de

conhecimento prévio e o foco dos fatos priorizados da época. O sujeito com o codinome Olga

Salina almejou a resposta correta, devido ao desempenho de relacionar os fatos, mostrar com

clareza o processo de transição econômica e as conseqüências geradas das décadas referentes.

6 Gráfico: apresentação gráfica das respostas do pós-texto

42%

42%

17%

respostas certas

respostasincompletasrespostaserradas

Gráfico 6: Respostas da terceira pergunta pós-texto/ participação de 12

sujeitos.

No pós-texto, 42% sujeitos acertaram a resposta, 42% incompletas e 17% erradas.

No pós-texto, atinge uma alteração nas respostas em nível crescente, em porcentagem

apresentam 42% corretas que difere do primeiro processo sendo apenas 8,3%. Assim,

considera-se uma captação do conhecimento repassado, atingindo o objetivo almejado “o

aprendizado”. Destes 42%, 33,6% são os alunos que no pré-texto não responderam.

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46

Tabela n° 4:

4. Com o fortalecimento do capitalismo e o avanço industrial, a enfermagem consolida-se

e acompanha as mudanças. O que modificou a partir da década de 30? Qual é a sua

opinião?

NOME PRE-TEXTO POS-TEXTO

Anna Nery Não respondeu muito Mudou o conceito de Enfermagem ela se tornou

uma profissão reconhecida e a partir daí teve suas

classificações na área.

Florence

Nightingale

Não respondeu Modificou-se a idéia, a imagem da enfermagem pois

passou a ser reconhecida, teve seu reconhecimento

tanto por parte técnica de conhecimento, com o

reconhecimento social, sendo a enfermagem mais

valorizada.

Osvaldo

Cruz

Não respondeu A economia, a expansão da saúde pública, com a

criação do Serviço Especial de Saúde Pública, a

medicina curativa, com a criação do primeiro Hospital

das Clínicas em São Paulo, com o objetivo de melhorar

a qualidade do ensino e da pesquisa.

Carlos

Chagas

Modificou os modelos

assistenciais e também a

mulher passou a ganhar

espaço na Enfermagem sendo

mais respeitada, cuidado

individual, surge decreto e

leis que amparam a classe da

enfermagem.

Modificou os modelos assistenciais e também a mulher

passou a ganhar espaço na Enfermagem sendo mais

respeitada. Os cuidados individuais surgem decretos e

leis que amparam a classe da Enfermagem

Maria A mulher ganha mais espaço, Surgem decretos e leis que amparam a classe da

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Pamphiro é mais valorizada e respeitada. enfermagem

Miss Clara Não respondeu A evolução da enfermagem, uma divisão de classes,

implementação da hierarquia.

Lais Netto Não respondeu Não respondeu

Olga Salina

Não respondeu Nesta época muitos hospitais surgiram nos grandes

centros urbanos e a enfermagem volta-se para o

modelo hospitalar e biológico. Somente com a reforma

sanitária e principalmente após a criação do SUS é que

a enfermagem novamente se volta à promoção e

prevenção.

Maria de

Castro

Avanço do conhecimento

científico. Valorização da

profissão e organização da

mesma.

Avanço do conhecimento científico. Valorização da

profissão e organização da mesma.

Getúlio

Vargas

Já uma escola própria para a

formação dos profissionais,

sendo que os mesmos

passaram a serem vistos como

profissionais com salários.

Acredito que os baixos

salários são porque a

sociedade não valoriza o

enfermeiro como um

profissional à altura de outro.

O surgimento da hierarquia foi um ponto marcante,

estabelecendo critérios de trabalho. Na minha opinião

foi um grande avanço de modo para tentar organizar a

saúde.

Irmã

Matilde

Não respondeu Forma das enfermeiras trabalharem no atendimento na

sociedade. A organização nos hospitais públicos. E a

parte do trabalho de enfermagem que foi mais

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reconhecida.

Juscelino

Kubitschek

Foram criados escolas de

enfermagem para que estes

profissionais pudessem ter um

ensino superior formação e

pudessem aprimorar mais

seus conhecimentos.

A criação de escolas visando a formação destes

profissionais. Na minha opinião foi bom para o país

desde que visassem o atendimento a sociedade e

preocupação com esta e não com a economia.

A devolução esperada dos alunos referente à resposta da quarta pergunta, baseia-se na abordagem histórica descrita a seguir:

No Governo Getúlio Vargas, cria-se o Ministério da Saúde e Educação, ocorre uma

maior exigência do governo federal no preparo de pessoal auxiliar para atuar na saúde pública

as visitadoras sanitárias ( RIZZOTO, 1999).

Com a estimulação do desenvolvimento industrial e os fatos da II Guerra Mundial, o

país investiu no desenvolvimento da indústria hospitalar, necessitando assim de uma mão-de-

obra especializada, os profissionais de enfermagem com a oportunidade gerada, procura

melhorar a qualidade do ensino e pesquisa da sua área (GEOVANNI T. et al. 2005).

As enfermeiras graduadas automaticamente passam a administrar os serviços, como já

vinham fazendo na área da saúde pública. Os cursos para auxiliares de enfermagem expandem-

se a partir da década de 1949. No ano de 1955, a lei 2.604 de 17 de setembro regulamenta o

exercício da enfermagem (GEOVANNI T. et al. 2005).

Em uma retratação breve, partindo da minha opinião histórica, a enfermagem ganhou o

seu espaço evolutivo na profissão diante dos fatos sociais. O que era conhecimento empírico do

cuidado, passa a se transformar em conhecimento científico, almejando desenvolvimento

intelectual.

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49

Com a necessidade da mão-de-obra na área pública e hospitalar, novos cursos surgiram

para a formação destes profissionais auxiliares e a lei 2.604 que regulamenta o exercício

consequentemente oficializa a divisão do trabalho existente na profissão, característico do

sistema capitalista.

7 Gráfico: apresentação gráfica das respostas do pré-texto

58%33%

8,00%

não responderam

respostasincorretasrespostas erradas

Gráfico 7: Respostas da quarta pergunta pré-texto/ participação de 12 sujeitos.

Na primeira pergunta no pré-texto, 58% sujeitos não responderam, 33% incompletas e

8% errada.

Pelos dados, os participantes demonstraram dificuldade em responder num contexto

geral as mudanças proporcionadas na profissão específica e a sua estruturação diante do

fortalecimento capitalista. A pergunta em sua devolutiva, proporciona respostas diversificadas,

dependendo assim, do foco de discussão, interpretação e o conhecimento prévio do sujeito.

No momento de avaliação, foram estabelecidos componentes históricos essenciais na

consideração de uma resposta correta como: Os fatos retratados são a partir da década de 30,

Governo de Getúlio Vargas; com a industrialização e a tecnologia hospitalar a possibilidade do

desenvolvimento científico para a qualificação da atividades; A necessidade de mão-de-obra, a

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50

criação dos cursos de auxiliares de enfermagem; e na década de 50 a lei que regulamenta o

exercício da profissão; o fortalecimento da hierarquia ( a divisão do trabalho).

8 Gráfico : apresentação gráfica das respostas do pós-texto

92%

8,00%

respostas incompletas

não responderam

Gráfico 8: Respostas da quarta pergunta pós-texto/ participação de 12 sujeitos.

No pós-texto, 92% sujeitos apresentam as respostas incompletas e 8% não respondeu.

Encontra-se assim, nas respostas pós-texto 92% das respostas incompletas e 8,3%(Lais

Netto) não respondeu. A porcentagem elevada nas respostas incompletas geradas, ocasionou por

não atingir todos os componentes solicitados a cima.

Os dois processos aplicados desta pergunta não constataram respostas corretadas. Com a

focalização das devolutivas incompletas pós-texto, destes 92%, 54% (Anna Nery, Florence

Nightingale, Osvaldo Cruz, Olga Salina e Irmã Matilde) pertence aos sujeitos que não

responderam no pré-texto, 36% (Carlos Chagas, Maria de Castro, Getúlio Vargas e Juscelino

Kubitschek) já constavam a resposta incompleta e 9% (Miss Clara) o sujeito respondeu errado

no pré-texto.

Os dados possibilitam analisar um diferencial considerável diante da meta do

aprendizado. Os alunos em número maior captaram os conhecimentos repassados em sala de

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51

aula, porém causou pendência na elaboração textual e organização dos fatos, pesando na hora da

avaliação.

Na seqüência apresentam-se as respostas selecionadas com melhor desempenho na

elaboração:

Osvaldo Cruz:

“A economia, a expansão da saúde pública, com a criação do Serviço Especial de Saúde

Pública, a medicina curativa, com a criação do primeiro Hospital das Clínicas em São Paulo,

com o objetivo de melhorar a qualidade do ensino e da pesquisa”.

Osvaldo Cruz na primeira etapa pré-texto não respondeu. No pós-texto estabeleceu um

texto que demonstra entendimento dos fatos, porém falta clareza e alguns pontos Históricos

como a lei e a criação dos cursos.

Carlos Chagas:

“Modificou os modelos assistenciais e também a mulher passou a ganhar espaço na

Enfermagem sendo mais respeitada. Os cuidados individuais, surgem decretos e leis que

amparam a classe da Enfermagem”.

Carlos Chagas permaneceu com a mesma resposta da primeira etapa pré-texto. Na

composição dos fatos, o sujeito aborda pontos importantes do processo de trabalho da

enfermagem, mas há ausência na relação sócio-econômica da época.

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52

7.2 Aplicação da estratégia lúdica de ensino com aula expositiva e a linguagem gráfico-

visual

Essa etapa de análise é referente ao segundo processo de aula ministrada na disciplina

História da Enfermagem do Curso de Graduação pertencente à Universidade do Vale do Itajaí.

O diferencial presente nesta fase está inteiramente ligado à estratégia pedagógica –

Linguagem em Quadrinhos.

Aplicação da aula procedeu-se na quarta-feira, com início 16h00min até 17h15min na

UNIVALI em Itajaí, sendo 15 minutos estabelecidos aos 15 alunos para responderem o

questionário pré-texto (Anexo C). Ao termino, iniciou-se a aula levando aproximadamente 45

minutos de apresentação do conteúdo sobre a História da Enfermagem Moderna no Brasil na

década de 60 até 80, com a utilização da estratégia pedagógica a “linguagem em quadrinhos”

(Apêndice A). Finalizando aula expositivo-dialogada, aplicou-se o questionário pós-texto

contendo as mesmas perguntas realizadas no pré-texto (Anexo C), com o tempo estabelecido de

15 minutos.

Antes de iniciar as atividades, foi esclarecido sobre o projeto, a sua atuação, finalidade

este estudo e sendo opcional a participação dos alunos. Na seqüência foi entregue o Termo de

Consentimento Livre Esclarecido. O número de participantes nesta etapa de análise foram 15

sujeitos. Os participantes dessa etapa que já contribuíram na primeira aula ministrada,

permaneceram com os mesmos codinomes.

O questionário tanto o pré-texto como pós-texto contém as mesmas perguntas dos fatos

relacionados à década de 60 até 80 da história da enfermagem Moderna no Brasil. As perguntas

realizadas foram:

1- Cite em linhas gerais quais as principais transformações na estrutura sócio-

econômica e social do país, que ocorreram na Década de 60 a 80 no Brasil.

2- Com o aumento da produção científica na Enfermagem, várias propostas surgiram a

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partir de 1979 para garantir o aperfeiçoamento da profissão. Qual era essa proposta?

3- Na década de 80 ocorreu a aprovação da Lei n° 7.498 para a Enfermagem, que

substituiu a defasada Lei n° 2.604 de 1955. Descreva em linhas gerais quais as

principais mudanças que beneficiaram a profissão.

4- Em 1986 foi um marco na história do SUS e na reforma sanitária. Explique:

. Na apresentação foi utilizado a estratégia pedagógica (linguagem em quadrinhos) como

material de apoio contendo dados com base nos livros:

3 MELO, C. Divisão Social do trabalho e Enfermagem. São Paulo: Ed Cortez, 1986.

4 GEOVANNI T. et al. História da Enfermagem: versões e interpretações. 2° ed. Rio

de Janeiro: Ed. Revinter, 2005.

Tabela nº 5:

1. Cite em linhas gerais quais as principais transformações na estrutura sócio-econômica e

social do país, que ocorreram na Década de 60 até 80 no Brasil.

NOME PRE-TEXTO POS-TEXTO

Anna Nery

Houve o governo Militar no Brasil

sendo ruim em vários

aspectos, mas na área da saúde ele

favoreceu.

Em 1966 foi criado o INPS que centralizou todos

os IAPS. Na saúde, a estratégia do governo foi

subsidiar grupos privados, com isso o governo

investiu na saúde assim tornando o SUS.

Florence

Nightingal

e

Não respondeu Melhora no saneamento básico.

Osvaldo

Cruz

Ditadura Militar, planejamento do SUS,

mudança de Saúde.

Crescimento da população segurada pela

previdência social, elevação de gastos,

assistência médica, modelo tecnológico.

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54

Alencar

Castelo

Branco

Planejamento do SUS, transformação

na saúde.

Surge a Previdência social regulamente ações de

saúde centralizando os IAPS, INPS.

Maria

Pamphiro

Golpe Militar. Várias mudanças, sócio-econômicas durante

esse período, tendo amplo espaço para o

desenvolvimento da área da saúde.

Wanda

Horta

Ditadura Militar, mudança na saúde

com o planejamento do SUS.

O crescimento da população segurada pela

Previdência Social gastos do Governo da

Assistência Médica Hospitalar, compra de

serviços na área privada, exigindo um modelo

tecnológico: Criado o INPS.

Lais Netto Transformou o Sistema Único de

Saúde. A ditadura Militar teve muitas

revoltas.

Foi fortalecido a Previdência Social, a ditadura

militar e o Sistema Único de Saúde.

Olga

Salina

Neste período houve a consolidação das

grandes cidades formando grandes

centros urbanos em torno das grandes

fábricas. O movimento sindical ganha

força e o povo passa a lutar por

melhores condições de trabalho, renda e

saúde. Ocorre o movimento de

libertação feminina, resultando numa

nova forma de viver a sexualidade e

repercutindo na saúde. Nesta época

descobrem a AIDS o vírus HIV,

ocorrem movimentos sanitaristas no

país com o combate em massa das

doenças infecto contagiosas.

Investimento na tecnologia em todas as áreas

inclusive hospitalar, força a enfermagem a

buscar aperfeiçoamento para atender à

necessidade do mercado que se voltava ao

modelo hospitalar curativo e individualista.

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55

Maria de

Castro

Desenvolvimento de ações para

saneamento básico, melhoria na saúde,

início de estratégias de prevenção.

Aumento da tecnologia, aumento do crescimento

serviços Privados e Tecnológicos criação de

programas.

Getúlio

Vargas

Melhoria do saneamento básico, os

primeiros Congressos de Enfermagem e

Caps.

Aumento da população beneficiado pela

previdência, aumento de gastos do setor privado

pelo governo.

Jânio

Quadros

Ditadura Militar, mudança na saúde e

planejamento do SUS para todos, sem

preconceito sócio econômico.

Época da ditadura militar, mudanças no

governo, mais gastos, mais tecnologia,

hierarquia no trabalho.

João

Goulart

Ditadura Militar, mudanças no sistema

de saúde.

Criação de hospitais e tratamentos curativos e

individualizados, construção de hospitais com

dinheiro de impostos, CAPS-IAPS-INPS, criação

do ensino profissionalizante, técnico de

enfermagem.

Raquel

Haddock

Reformas sanitárias, criação dos

grandes centros urbanos.

Reforma sanitária, criação dos grandes centros

urbanos.

Zulema

Castro

Não respondeu Nos centros o desenvolvimento de empresas,

formação de sindicatos, conselhos, organizações

profissionais e funções.

Edith

Franckel

A saúde passou a ser direito de todos

independente de contribuição ou não.

Criação do SUS.

De saúde curativa e privada para coletiva e

preventiva.

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56

A devolução esperada dos alunos referente à resposta da primeira pergunta, baseia-se na abordagem histórica descrita a seguir:

Em contraposição, após o inicio da ditadura militar, em março de 1964, as políticas

tomam outro rumos. As políticas desenvolvidas pelos militares vão reforçar o modelo de saúde

capitalista que priorizou os hospitais, os remédios e reforçou o modelo de atendimento

somente a quem contribuía com a previdência (RIZZOTO, 1999).

Em 1966, foi criado o INPS que centralizou todos os IAPS, formados assim um grande

caixa de dinheiro. Na saúde, a estratégia do governo foi subsidiar grupos privados para

construírem grandes hospitais através de um fundo chamado Faz Que. É nesse período que,

juntamente com a construção de grandes hospitais e com aumento das consultas fornecidas

pelo INPS, reapareceram doenças e epidemias por falta de saneamento e de atenção básica (

KUJAWA, 2003).

De acordo com Kujawa (2003), a política econômica e de saúde implantada pela

ditadura seguia-se a falência da previdência início da década de 80. O projeto do SUS nasce se

contrapondo a esses interesses e exigindo muita luta de pessoas e movimentos comprometidos

com o novo modelo de saúde para o país. Neste percurso, houve momentos importantes:

primeiro é a VIII Conferência Nacional de Saúde (1986) que garantiu aprovação do SUS,

assim, em 1988, o SUS ganhou base legal.

É um desafio enquadrar as questões sócio-econômicas numa simples resposta de

aspecto abrangente. As respostas dos sujeitos em maior número, tanto pré-texto como pós-

texto, demonstraram-se incompletas, encontrando dificuldade de expressão através da escrita e

organização das idéias.

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9 Gráfico: apresentação gráfica das respostas do pré-texto

67%

20%

13%

resp incresp erradnão resp

Gráfico 9: Respostas da primeira pergunta pré-texto/ participação de 15 sujeitos.

Na primeira pergunta no pré-texto, 67% sujeitos apresentaram respostas incompletas,

20% erradas e 13% não responderam.

10 Gráfico: apresentação gráfica das respostas do pós-texto

67%

20%

13%

resp incresp erradnão resp

Gráfico 10: Respostas da primeira pergunta pós-texto/ participação de 15 sujeitos.

No pós-texto, 67% sujeitos com respostas incompletas, 20% erradas e 13% certas.

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No pós-texto encontramos 20% das respostas certas, sendo na primeira etapa

apresentavam-se incompletas, com isso estabelece que alguns alunos absorveram o conteúdo

durante a aula ministrada de forma ampla e especificar os pontos interessantes da época para o

complemento do estudo da Enfermagem. As respostas consideradas incompletas são produtivas

que permanece na maioria dos resultados no pós-texto, sendo 60%.

Observamos que alguns alunos absorveram o conteúdo durante a aula ministrada de

forma ampla ao especificar pontos importantes da época para o complemento do estudo da

Enfermagem. Os alunos que não responderam na primeira fase pré-texto, na segunda etapa

responderam, mas não atingiram a meta esperada, considerando assim, a resposta errada.

Uma das explicações encontradas para o número elevado de respostas incompletas, está

no tema abordado de extrema complexidade ao comparar com o tema da primeira aula (História

da Enfermagem no Brasil da década de 20 até 50). É um período de transição turbulenta no

governo e as adaptações da previdência na tentativa de atender as necessidades da população.

Tabela n 6 :

2. Com o aumento da produção científica na Enfermagem, várias propostas surgiram a

partir de 1979 para garantir o aperfeiçoamento da profissão. Qual era essa proposta?

NOME PRE-TEXTO POS-TEXTO

Anna Nery

Não respondeu. Veio o aperfeiçoamento da profissão e o

regulamento do técnico em enfermagem,

propostas de investir mais na saúde, na

prevenção e promoção.

Florence

Nightingal

e

Não respondeu. As enfermeiras viajarem para a Europa

ou EUA, para aperfeiçoamento e

complementação científica.

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59

Osvaldo

Cruz

Proposta de maior igualdade na Saúde com

maior atendimento, sem preconceito sócio-

econômico.

Incremento de cursos pós-graduação,

criação do CEPEn.

Alencar

Castelo

Branco

Acesso a todos para saúde e melhor

qualidade no atendimento.

Aumento da produção científica e

faculdades de enfermagem.

Maria

Pamphiro

Não respondeu. Com aumento das tecnologias, o

profissional de enfermagem, teve que se

aperfeiçoar, em graduações

complementares para acompanhar a

demanda.

Wanda

Horta

Proposta de uma maior qualidade social na

saúde e atendimento à todos, sem

preconceito sócio-econômico.

Criação CEPEn.

Lais Netto Depois da ditadura militar, a profissão tem

um aperfeiçoamento e a divisão da área

auxiliar, técnico e enfermeiro.

Nessa época teve a especializações Pós-

graduação e mestrado com proposta de

localizar e entender mais sobre o assunto.

Olga

Salina

Criar órgãos próprios que fiscalizassem o

exercício legal da profissão. Criar cursos de

pós-graduação (especialização em mestrado

e doutorado) para fomentar a pesquisa e

ampliação dos conhecimentos científicos.

Criação CEPEn

Maria de

Castro

Melhor definição das categorias,

aprimoramento do ensino profissional.

Criação de Cursos de Aprimoramento das

categorias ( Aben, 1970)

Getúlio

Vargas

Cursos superiores para a formação dos

enfermeiros.

Criação das Classes e a formação de

escolas.

Jânio Proposta de uma maior qualidade social na Mudou a assistência individual e curativa

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60

Quadros saúde e atendimento. para uma assistência coletiva.

João

Goulart

Proposta de uma maior igualdade social na

saúde e atendimento à todos, sem

preconceito sócio-econômico.

Especializações na profissão.

Raquel

Haddock

Não respondeu. Maior especialização.

Zulema

Castro

A qualidade no atendimento. Não respondeu.

Edith

Franckel

Não respondeu. Priorizar o ensino profissionalizante nível

médio

A devolução esperada dos alunos referente à resposta da segunda pergunta, baseia-se na

abordagem histórica descrita a seguir:

O aumento progressivo da produção científica em Enfermagem determinado pelo

incremento dos cursos de pós-graduação, estimulou a ABEn a criar, em julho de 1979, o

CEPEn – Centro de Estudos e Pesquisa em Enfermagem, com o objetivo de promover e

incentivar a pesquisa na Enfermagem, bem como organizar suas áreas de interesse

(GEOVANNI T. et al. 2005).

Durante a execução da aula, comentou-se sobre a importância da produção

científica na Enfermagem e o CEPEn vem fortalecer esse princípio de pesquisa.

Outros fatores receberam destaques também, mesmo não constando no material didático.

A fundação da ABen em 1926 um dos comentários em sala de aula. Tendo em vista a sua

finalidade, segundo ABen (2008), de congregar os Enfermeiros e Técnicos em enfermagem,

incentivar o espírito de união e solidariedade entre classes. Promover o desenvolvimento

tecnológico, científico dos integrantes e defesas dos interesses da profissão.

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61

Ressaltou o Sistema COFEN e COREN, criados em 12 de julho de 1973, através da Lei

5.905 foram criados o conselho federal e regional de enfermagem, sendo os disciplinadores do

exercício do profissional ( ABen, 2008).

11 Gráfico: apresentação gráfica das respostas do pré-texto

60%

33%

7,00%

respostas erradas

não responderam

respostasincompletas

Gráfico 11: Respostas da segunda pergunta pré-texto/ participação de 15 sujeitos.

Na primeira pergunta no pré-texto, 60% sujeitos apresentaram respostas erradas, 33%

não responderam erradas e 7% incompleta.

As respostas pré-texto da pergunta número “2”, apresentaram em porcentagem 60% das

respostas erradas, podendo ser uma dificuldade de interpretação ou a pergunta elaborada em

apresenta um grau de dificuldade maior em comparação as outras questões elaboradas.

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62

Na seqüência apresentam-se as respostas selecionadas com melhor desempenho na

elaboração:

Olga Salina

“Criar órgãos próprios que fiscalizassem o exercício legal da profissão. Criar cursos de

pós-graduação (especialização em mestrado e doutorado) para fomentar a pesquisa e

ampliação dos conhecimentos científicos.”

A resposta pré-texto classifica-se como incompleta, porque não compõe na elaboração

textual o Centro de Estudos e Pesquisa em Enfermagem o CEPEn. Porém o sujeito ressalta

sobre a pesquisa científica no campo da profissão específica.

12 Gráfico: apresentação gráfica das respostas do pós-texto

Gráfico 12: Respostas da segunda pergunta pós-texto/ p 15 sujeitos. articipação de

40%

26%

26%

7,00%

respostaserradasrespostas certas

respostasincompletasnãoesponderamr

Gráfico 12: Respostas da segunda pergunta pós-texto/ participação de 15 sujeitos.

No pós-texto, sujeitos com respostas incompletas, 40% erradas, 26% certas, 26%

incompletas e 7% não respondeu.

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63

Encontra-se assim, nas respostas pós-texto uma distribuição bem hegemônica nas

porcentagens com 40% na grande maioria prevaleceram as respostas erradas. 26% encontram-

se certas. Neste último valor comparado com o pré-texto, 1 sujeito apresentava resposta

incompleta e 2 com resposta errada.

Tabela nº7:

3. Na década de 80 ocorreu a aprovação da lei nº 7.498 para a Enfermagem, que

substituiu a defasada Lei nº 2.604 de 1955. Descreva em linhas gerais quais as principais

mudanças que beneficiaram a profissão.

NOME PRE-TEXTO POS-TEXTO

Anna Nery

Não respondeu A nova lei n° 7.498 fez regulamentar a

profissão (técnico)

Florence

Nightingale

Não respondeu Regulamenta a profissão e fortalece o exercício

das atividades.

Osvaldo

Cruz

Regulamento à profissão da

Enfermagem, diferenciando

auxiliares , técnicos.

Regulamentação do curso técnico em

enfermagem das categorias em geral, auxiliar,

parteira, Enfermeira.

Alencar

Castelo

Branco

Legalização da profissão Surgem as categorias na área de enfermagem:

divide-se em auxiliar, técnico, enfermeiro,

parteiras.

Maria

Pamphiro

Não respondeu Regulamenta a criação do técnico de

enfermagem a nível médio, dando ênfase a

hierarquia da classe de enfermagem.

Wanda

Horta

Não respondeu Gera reconhecimento das categorias de

enfermeiro, técnico de Enfermagem, auxiliar e

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64

parteira. Determinando a extinção em 10 anos

do pessoal sem formação específica regulada

em lei.

Lais Netto Não respondeu Não respondeu

Olga Salina

Foram estabelecidas as atuais

categorias da Enfermagem (

auxiliar de Enfermagem. Técnico

de Enfermagem e Enfermeiro) com

as respectivas funções bem

estabelecidas.

Surgiu o técnico de Enfermagem como

profissão regulamentada.

Maria de

Castro

Não respondeu Regulamentação do exercício profissional.

Getúlio

Vargas

Esta a Enfermagem como Chefia,

na parte de administração da

entidade.

Regulamentação da formação do técnico.

Jânio

Quadros

Não respondeu. Legalização no exercício da profissão da

enfermagem, mais direitos.

João

Goulart

Não respondeu Regulamentação da profissão, início técnico de

enfermagem.

Raquel

Haddock

Não respondeu Regulamentação do técnico de Enfermagem.

Zulema

Castro

Não respondeu A lei do exercício profissional, competência do

enfermeiro num todo.

Edith

Franckel

Não respondeu Exercício profissional e divisão das categorias.

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65

A devolução esperada dos alunos referente à resposta da terceira pergunta, baseia-se na

abordagem histórica descrita a seguir:

Na década de 80, ocorreram alguns avanços para Enfermagem, como a

aprovação da Lei n° 7.498, em julho de 86, que em substituição à

defasada Lei n° 2.604 de 1955, trouxe novas disposições sobre a

regulamentação do exercício profissional, reconhecendo as categorias

de enfermeiro, técnico de Enfermagem, auxiliar de Enfermagem e

parteira e determinando e determinando a extinção em 10 anos do

pessoal sem a formação específica regulada em lei (GEOVANNI T. et al.,

pg. 25, 2005).

No ano de 1955, a primeira lei 2.604 de 17 de setembro regula o exercício da

enfermagem profissional e consequentemente oficializa a divisão do trabalho existente na

profissão, reconhecendo as seguintes categorias: enfermeiros, auxiliares, enfermeiros práticos

ou práticos de enfermagem (MELO, 1986).

A pergunta tem o intuito contribuir no esclarecimento da lei n° 7.498, no seu surgimento

e as adaptações na visão profissional.

A primeira elaboração foi na década de 50, nessa fase estabelecia um critério de

categorias exercidas. Os enfermeiros práticos encontravam-se em maior número nas práticas

assistenciais, a categoria era empírica, não recebendo treinamento para o cuidado, prevalecendo

a experiência e prática.

Com o desenvolvimento tecnológico hospitalar, há uma necessidade na mão-de-obra

especializada, os profissionais na área de enfermagem passaram a integrar nesse sistema

tecnológico e o governo procurou investir em cursos e estratégias na formação de profissionais.

Os atendentes na década de 60 continuavam sendo a mão-de-obra mais utilizada nos

hospitais e na saúde pública. Esta política contribuiu na ampliação da divisão do trabalho na

enfermagem (GEOVANNI T. et al. 2005).

Em 1966, a criação do curso técnico de enfermagem como proposta

governamental de priorizar o ensino profissionalizante de nível médio. . (MELO, 1986)

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66

Com o surgimento de uma nova categoria e ampliação do meio científico profissional e

lei na década de 80 é substituída pela lei 7.498, onde inclui nas categorias o técnico de

enfermagem ausente na lei n° 2.604 em 1955.

13 Gráfico: apresentação gráfica das respostas do pré-texto

Gráfico 13: Respostas da terceira pergunta pré-texto/ participação de 15 sujeitos.

73%

13%

7,00%

7,00%

nãoresponderamrespostasincompletasrespostascertasrespostaserradas

Na primeira pergunta no pré-texto, 73% sujeitos não responderam, 13% incompletas,

7% certa e 7% errada.

As respostas pré-texto da pergunta número “3”, apresentaram em porcentagem 73% dos

sujeitos não conseguiram responder, ocasionado por uma dificuldade de interpretação ou

ausência do conhecimento prévio do assunto em questão. Sendo 13% de respostas incompletas,

pois citaram sobre a existência da lei, mas não estabeleceram as categorias e as mudanças na

visão profissional. Encontra-se 6,6% resposta certa.

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67

14 Gráfico: apresentação gráfica das respostas do pós-texto

Gráfico 14: Respostas da terceira pergunta pós-texto/ participação de 15 sujeitos.

No pós-texto, 46% sujeitos acertaram a resposta, 46% incompletas e 7% não

respondeu.

No pós-texto, há na porcentagem 46% das respostas certas, uma taxa importante no

requisito de absorção do conhecimento repassado em sala de aula. Destes 7 citados, 57%

pertencem aos sujeitos que não responderam no pré-texto.

Tabela nº8:

4. Em 1986 foi um marco na História do SUS e na reforma sanitária. Explique:

NOME PRE-TEXTO POS-TEXTO

Anna Nery

Não respondeu SUS substituído o antigo INAMPS, o INAMPS não

investia em promoção e prevenção da saúde somente

na cura, já o SUS veio revolucionando.

46%

46%

7,00%

respostascertasrespostasincompletasnãoresponderam

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Florence

Nightingale

Não respondeu Pelo implemento da lei e o regulamento onde o

atendimento deve ser igualitário e universal, busca

amparar todo o meio soio-ambiental.

Osvaldo

Cruz

Dita as diretrizes do SUS e a

igualdade, universalidade e

equidade.

8º Conferencia Nacional de Saúde, idéias sobre a

Universalidade, Equidade e Resolutividade.

Alencar

Castelo

Branco

Foi criado novas leis para melhorar

o atendimento na saúde.

A saúde passa a ser direito de todos e dever do

Estado.

Maria

Pamphiro

Substituído o antigo sistema

chamado INPS.

Após a metamorfose, ou mesmo evolução do CaPs- a

nível do investimento por parte da empresa para

INPS – com investimento na classe trabalhista. Para

o SU que identifica a saúde para todos como

obrigação do Estado.

Wanda

Horta

Unificação do sistema de saúde,

reformulada e criada novas leis,

garantindo o direito à saúde.

8º Conferência Nacional de Saúde.

Lais Netto SUS, porque qualquer pessoa tem

direito ao SUS, sem classe social.

Não respondeu

Olga Salina

Em 86 a reforma sanitária, o país

entende que precisa de um sistema

de saúde que atenda toda a

população. Neste contexto o SUS é

pensado e criado.

Em 86 a reforma sanitária, o país entende que

precisa de um sistema de saúde que atenda toda a

população. Neste contexto o SUS é pensado e criado.

Maria de

Castro

Constituição de Lei 8.080. Através

dessa lei ocorreram mudanças, tais

como equidade. Universalidade,

Constituição de Lei 8.080. Através dessa lei

ocorreram mudanças, tais como equidade.

Universalidade, integralidade e posteriormente

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69

integralidade e posteriormente

vários programas a serviço da

comunidade.

vários programas a serviço da comunidade.

Getúlio

Vargas

Estabeleceu os princípios da

universalidade, igualdade, equidade.

Surgimento de idéias para mudança na saúde no

Brasil, sendo que 1986 as propostas foram vistas no

8º Conferência de Enfermagem.

Jânio

Quadros

Foi criado novas leis para melhorar

o atendimento integrado e universal

na saúde.

Foi criado novas leis para melhorar o atendimento

integrado e universal na saúde.

João

Goulart

Porque nesse ano o sistema de saúde

tornou-se unificado. Foi

reformulado e criado novas leis,

garantindo o direito à saúde das

pessoas.

Reforma sanitária. Reformulando e criando novas

idéias de saúde, garantindo saúde como um direito

de todos.

Raquel

Haddock

Foi o marco histórico na criação das

doutrinas do SUS. Em 1988, foi

criado o Sistema Único de Saúde,

com o objetivo de atender a todos e

trancar o desvio do dinheiro

público, direcionado diretamente

para saúde.

Foi o marco histórico na criação das doutrinas do

SUS. Em 1988, foi criado o Sistema Único de Saúde,

com o objetivo de atender a todos e trancar o desvio

do dinheiro público, direcionado diretamente para

saúde.

Zulema

Castro

Foi o marco histórico, criação do

SUS. E no ano 1988 - Criação do

SUS Brasil.

Foi o marco histórico, criação do SUS. E no ano

1988 - Criação do SUS Brasil.

Edith

Franckel

Saúde um direito de todos e um

dever do Estado.

Realização da 8º Conferência, onde foi estabelecido

que a saúde é um direito de todos e um dever do

estado.

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70

A devolução esperada dos alunos referente à resposta da terceira pergunta, baseia-se na

abordagem histórica descrita a seguir:

A VIII Conferência Nacional de Saúde teve a participação de mais de quatro mil

pessoas, com representantes de quase todas as entidades públicas do setor saúde. Sua principal

conquista foi a elaboração de um projeto de Reforma Sanitária defendendo a criação de um

sistema único de saúde que centralizasse as políticas governamentais para o setor,

desvinculadas da Previdência social e, ao mesmo tempo, regionalizar o gerenciamento da

prestação de serviços, privilegiando o setor público e universalizando o atendimento. Por outro

lado afirmava-se um conceito ampliado de saúde, como resultante de condicionantes sociais,

políticas e econômicas ( SOUZA, 2007).

Teve como temário central a saúde como direito inerente à cidadania; a reformulação

do Sistema Nacional de Saúde em consonância com os princípios de universalização,

participação e descentralização; a integração orgânico-institucional; a redefinição dos papéis

institucionais das unidades políticas (União, estados, territórios e municípios) na prestação de

serviços de saúde; e o financiamento do setor saúde ( SOUZA, 2007).

Esta pergunta permite fundamentar o marco histórico da VIII Conferência Nacional de

Saúde e explicar em linhas gerais o tema central desse encontro.

Os dados resultantes das respostas efetivas em sala de aula seguem na sua maioria

incompleta ou errada, tanto no momento pré-texto como no pós-texto. A situação que difere as

etapas está nas “4” respostas certas no pós-texto, indicando assim, um referencial de

aprendizado em sala de aula.

Durante o processo de avaliação do conteúdo das respostas, constatou que os alunos não

centralizaram na data histórica ocasionando a perda da descrição dos fatos.

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15 Gráfico: apresentação gráfica das respostas do pré-texto

46%

40%

13%

respostasincompletasrespostaserradasnãoresponderam

Gráfico 15: Respostas da quarta pergunta pré-texto/ participação de 15 sujeitos.

Na primeira pergunta no pré-texto, 46% sujeitos apresentaram respostas incompletas,

40% erradas e 13% não responderam.

16 Gráfico: apresentação gráfica das respostas do pós-texto

33%

33%

26%

6,60%

respostaserradasrespostas certas

nãoresponderamrespostasincompletas

Gráfico 16: Respostas da quarta pergunta pós-texto/ participação de 15 sujeitos.

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No pós-texto, 33% sujeitos com respostas incompletas, 33% erradas , 26% certas e 6%

não respondeu.

Uma observação relevante está na presença de 26% das respostas certas. Um dado

positivo ao comparar com as respostas pré-texto, havendo ausência nas respostas certas.

Na seqüência apresentam-se as respostas corretas:

Osvaldo Cruz

“8º Conferência Nacional de Saúde, idéias sobre a Universalidade, equidade e

resolutividade.”

Wanda Horta

“ 8º Conferência Nacional de Saúde”.

Getúlio Vargas

“Surgimento de idéias para mudança na saúde no Brasil, sendo que 1986 as propostas

foram vistas na 8º Conferência Nacional de Saúde.”

Edith Franckel

“Realização da 8º Conferência, onde foi estabelecido que a saúde é um direito de todos

e um dever o estado.”

Os sujeitos com as referentes respostas corretas no pós-texto com 26%, na primeira fase

do questionário pré-texto os mesmos apresentaram resposta incompletas.

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73

8. ANÁLISE DAS ESTRATÉGIAS COM BASE NO REFERENCIAL TEÓRICO

Neste processo, procurou-se analisar as duas estratégias pedagógicas aplicadas

com o seguinte questionamento: Qual a estratégia pedagógica viabilizou melhor o

aprendizado?

As estratégias lúdicas podem favorecer o ensino de história da enfermagem. De acordo

com Matêncio (2001), aponta que o tipo de gerenciamento no evento (sala de aula), as

abordagens e as estratégias didáticas discursivas propostas intervêm no processo ensino-

aprendizagem, ou seja, a organização de uma aula inclui dimensão cognitiva e sócio-

institucional, ligadas tanto ao conhecimento sobre o objetivo de estudo e o saber fazer, como o

conhecimento sobre esse tipo de interação e o saber dizer que orientam efetivamente o

procedimento de planejamento e execução.

As novas orientações das pesquisas em educação têm mostrado a importante

contribuição das investigações que privilegiam a análise das dimensões discursivas e imagéticas

nos processos de ensino e aprendizagem em situações lúdicas em sala de aula. Esses estudos

destacam o papel da linguagem como elemento fundamental para a aquisição do conhecimento

científico escolar (COSTA, 2005).

Em buscas realizadas em bancos de dados tradicionais de periódicos indexados,

não foram encontradas referências sobre o uso dos desenhos no ensino de História da

Enfermagem. Isto aponta para uma possível carência de estudo sobre a temática. Este estudo,

portanto, objetiva construir uma estratégia de ensino aprendizagem para a disciplina História da

Enfermagem praticados em sala de aula com o uso de materiais lúdicos (linguagem em

quadrinhos) como estratégia pedagógica para a construção dos conceitos históricos, que poderão

servir de base de orientação para os processos de ensino-aprendizagem em outros trabalhos de

pesquisa.

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74

Para um estudo mais complementar, foi solicitado aos alunos suas opiniões em relação

às duas estratégias lúdicas e não lúdicas.

As opiniões dos sujeitos:

Ana Nery

“ Achei super interessante o material de estudo no lúdico. Parabéns é bem melhor assim.”

Florence

“ A aula com desenho aprimora o entendimento e compreensão, pode-se dizer também a

fixação do conteúdo, pois as imagens auxiliam no processo de aprendizagem.”

Osvaldo Cruz

“Aula com apresentação de desenhos é mais estimulante, prende mais a atenção.”

Alencar Castelo Branco

“A estratégia foi bem bolada e com desenhos bem feitos embora tenha demorado.”

Olga Salina

“Acredito que o método pedagógico influencia favorável ou desfavoravelmente no aprendizado.

Principalmente quando se trata do estudo da história um método pedagógico que utilize o

lúdico favorece o ensino. A aula com os desenhos foi muito mais interessante.”

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Maria de Castro

“ Aula com desenhos em quadrinhos foi melhor na compreensão. Muito criativa e inovadora.”

João Gulart

“Muito bom com trabalho lúdico, pois há fácil entendimento da matéria e rápida

assimilação.”

Raquel Haddock

“ As imagens na apresentação causa muito mais interesse.”

Edith Franckel

“ Eu achei que o material ficou melhor com os desenhos. Só bastante resumido.”

8.1 Contextualização das estratégias

Nos instrumentos de avaliação os questionários pós-texto de ambas as aulas,

encontramos indícios de adesão no processo de novos conhecimentos comparado com as

primeiras respostas pré-texto das duas fases. No ensino aplicado, demonstrou através dos

questionários um trabalho construtivista, ampliando o conhecimento prévio do aluno e com isso

estabelecendo metas durante aula que resulta no enriquecimento do conhecimento inicial. Estes

resultados consistem no processo educativo, construído durante aula formando respostas

qualificadas e visíveis no pós-texto das duas aulas.

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76

Os questionários pós-texto das duas aulas não produziram diferenças relevantes em

comparação ao número de acertos. Na primeira aula foram aplicados 4 questões referentes a

década de 20 até 50 sobre a história da enfermagem no Brasil, sendo o número de acerto em

torno de 16 com público alvo de 12 alunos e na segunda aula foram aplicados 4 questões sobre

a década de 60 até 80 da história da enfermagem no Brasil , havendo 17 acertos com 15 alunos,

não havendo uma variável significativa perante as estratégias pedagógicas.

O foco presente do estudo está na exposição da análise qualitativa na prática

educacional, que através dos relatos proporcionados pelos alunos, à estratégia pedagógica

(linguagem em quadrinhos) apresentou resultado extremamente crescente no desenvolvimento

do aprendizado e despertou o interesse dos sujeitos aos quadrinhos, gerando um aumento na

participação em sala de aula.

Em relação ao ensino Freire (1987), explica que não é transferir conhecimento, mas criar

meios para a sua produção e construção. Por isso, de forma democrática, o discente tem a

capacidade de definir o modelo de estratégia adequada para o alcance do aprendizado.

Através desta avaliação, focalizam-se pontos de análise positiva e negativa da estratégia

principal linguagem em quadrinhos, esses resultados contribuem no crescimento e

aprimoramento em sala de aula.

Fundamentado nas opiniões, demonstram-se uma compreensão diante dos fatos

históricos e um interesse crescente estimulado pela linguagem em quadrinhos. Com base no

questionamento qualitativo dos sujeitos a estratégia contribuiu:

1 . Melhor compreensão

2. Estimula o interesse.

3. Desenvolvimento da criatividade

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77

Também a estratégia retrata:

1. Exige mais tempo para o desenvolvimento;

2. Mostra-se resumida;

As opiniões dos alunos são primordiais na avaliação da natureza do exercício aplicado,

restaurando a generosidade autêntica, humanista e contribuindo para a construção do sujeito

crítico, fugindo da “opressão educacional” referenciado por Paulo Freire na Pedagogia do

Oprimido.

Na opressão, o aluno é visto como sujeito que nada sabe, a educação é uma doação dos

que julga ter conhecimento. O professor, nesse processo, “deposita” o conteúdo na mente dos

alunos, que a recebem como forma de armazenamento, o que constitui o chamado de alienação

da ignorância, pois não há criatividade, e nem tampouco transformação e saber, existindo aí a

cultura do silêncio (FREIRE, 1987).

Nas aulas ministradas, os alunos possuem condições ativas e não passivas, participando

no processo educativo, questionando as estratégias aplicadas e escolhendo o que é mais

adequado no aprendizado.

Como se afirmou até o momento e é preciso ser levado em consideração, a escolha que

viabilizou melhor o aprendizado foi a estratégia com a inclusão da literatura gráfico-visual,

sendo um instrumento nos tópicos citados como melhor compreensão, estimula o interesse e o

desenvolvimento da criatividade. Cabe mencionar que a estratégia aplicada na primeira aula

com a distribuição de textos teóricos como material de apoio não foge dos princípios da

pedagogia da libertação. O aluno é valorizado no diálogo, na sua reflexão e a criatividade de

modo a construir a libertação.

O diálogo aparece no cenário como o grande incentivador da educação mais humana e

até revolucionária. O educador antes “dono” da palavra passa a ouvir, pois não é no silêncio que

os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho e na ação-reflexão (FREIRE, 1980).

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É em contraposição a pedagogia opressora que Freire (1987) reforça a

imprescindibilidade de uma educação realmente dialógica, problematizadora e marcadamente

reflexiva, combinações indispensáveis para o desvelamento da realidade e sua apreensão

consciente pelo educando. Sem esta, não é possível a relação dialógica, não é possível a

colaboração entre educador e educando. A realização desse ato de comunicação entre o

professor e os alunos, possibilita a conscientização, com o significado de passos concretos rumo

à libertação. Essa libertação é conquistada em conjunto do oprimido com oprimido sobre suas

situações de experiência.

Só a linguagem em quadrinhos não torna suficiente para o aprendizado, é necessário

todo um contexto de relação entre aluno e o professor, encontrando a sua identificação e

ampliação do diálogo. Esta ferramenta de tal concepção deriva de um mediador da

comunicação, por isso, resultou o interesse dos sujeitos por esta determinada opção, pois amplia

as relações entre o aluno e o professor, aproximando-se do cenário da libertação.

O interesse no instrumento atribuiu o fortalecimento da comunicação, conseqüentemente

o aluno identificou-se ao entrar em contato com as histórias em quadrinhos. Essa identificação

resulta nas opiniões qualitativas expostas pelos sujeitos no referente trabalho.

Desta maneira, a educação proporcionada não torna um ato de depósito. Conforme Freire

(1987), muitas vezes o educador no lugar de comunicar-se faz “comunicado” e depósitos que os

educandos, meras incidências, recebem pacientemente, memorizam e repetem. Eis ai a

concepção “bancária” da educação, em que a única margem de ação que se oferece aos

educandos é a de receberem os depósitos, guardá-los e arquivá-los. Educador e o educando se

arquivam na medida em que, nesta destorcida visão da educação, não há criatividade, não há

transformação, não há saber. Só existe saber na invenção, na reinvenção, na busca inquieta,

impaciente, permanente que os homens fazem no mundo.

A literatura gráfico-visual é um instrumento na invenção do saber sendo diferenciado na

prática educativa contribuindo no aprendizado de cada aluno, mantendo a satisfação e

motivação. Hoje, cada vez mais, é necessário que os sujeitos sociais convivam com a

diversidade textual, imaginária e as diversas linguagens. Segundo as concepções de Postamn

(1996), não existe nada entre seres humanos que não seja instigado, negociado, esclarecido ou

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mistificado pela linguagem, incluindo nossas tentativas de adquirir conhecimento.

Algumas insatisfações foram pronunciadas no questionamento qualitativo como: a

demora na apresentação das histórias em quadrinhos e o conteúdo demonstrando-se resumido.

A estratégia acolhida pela preferência dentre os seus problemas verificados, constou o

prolongamento no tempo da apresentação dos quadrinhos, consequentemente poderá

proporcionar aos alunos um cansaço mental, não abstraindo todas as informações

complementares. Procurando analisar em um outro ângulo de reflexão durante a segunda aula de

história da enfermagem, a experiência do material lúdico propiciou a extensão do tempo na

apresentação, sendo um dos motivos, o aumento da interação dos alunos em sala de aula.

A participação minimiza as dificuldades anteriormente citadas e promove a

possibilidade do aluno de construir o seu conhecimento nesta área de estudo, por meios de ações

concretos de reflexão e interação em sala de aula.

Segundo Anastásio e Alves (2004), o material lúdico tem metas de produzir motivação,

são interativos permitindo agir, tendo resultados de realimentação e favorecendo aprendizagem.

Ressaltando o segundo problema citado referente ao conteúdo da estratégia lúdica,

constando-se resumida, ocasionando assim, um déficit nos dados históricos no trabalho

intelectual.

A elaboração do conteúdo lúdico é de raciocínio-lógico, apresentando em seu contexto

uma história com “início, meio e fim”, cabendo a inclusão de personagens específicos na

atuação. Por ser um conto, estabelece metas nas linhas de pensamento sobre a historicidade.

Isso vem justificar a presença resumida do conteúdo estudado, pois não há disponibilidade na

variação temática sobre os fatos e sim, um tema histórico definido e transformado em

quadrinhos.

O desenvolvimento lúdico buscou fontes referenciais no processo de trabalho na

Enfermagem e as influências do sistema capitalista no seu desenvolvimento profissional

abrangendo a década de 60 até 80.

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Os assuntos oferecidos através do material lúdico em sala aula especificamente são:

sobre a população assegurada pela previdência social; o aumento da tecnologia hospitalar; o

surgimento da hierarquia com o fortalecimento capitalista; o papel da enfermagem na sociedade

e o aprimoramento científico; o surgimento do técnico de enfermagem; e programas criados

para ampliação da saúde; a lei nº 7.498 sobre a regulamentação do exercício da enfermagem; e

na década de 80 com o marco da história do SUS.

Tenta proporcionar inicialmente, uma aproximação dos indivíduos do estudo,

conhecendo a união dos fatos sócio-econômicos e as transformações no processo de

enfermagem captando a historicidade num aspecto geral ou a totalidade situacional.

Parece que pensar sobre essa discursiva qualitativa das estratégias são pontos

importantes para poder ajustar procedimentos metodológicos que consigam melhorar

equacionar problemas vinculados às práticas do ensino. Em um mundo marcado pela rapidez

das transformações, hoje, há novas formas de sensibilidade geradas ou desenvolvidas em sala

de aula.

A linguagem em quadrinhos é um referencial no desenvolvimento do ensino, com a

liberdade de criar, construir e apresenta características positivistas no aprendizado ao passar

pelo processo experimental, constatado no levantamento dos dados: “desenho aprimora o

entendimento e compreensão; estimulante, prende mais atenção; lúdico favorece o ensino;

melhor compreensão e fácil entendimento.”

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9. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Na procura de uma estratégia apropriada para levar a tarefa do ensinamento, os relatos

revelados pelos alunos são valiosos na definição qualitativa metodológica. As duas estratégias

atingiram a produtividade educacional. No pós-texto, ambas determinaram um número maior

nos acertos, com respostas qualificadas comparadas no pré-texto, contendo nas descrições

textuais assuntos aplicados durante a aula atingindo assim, a perspectiva do aprendizado.

Uma vez que aplicado à linguagem em quadrinhos, evidenciou princípios como: a

expansão dialógica nas relações discente e docente; facilitador na compreensão histórica,

visando a totalidade dos fatos e contribui primordialmente no percurso na História da

Enfermagem Moderna no Brasil. A escolha desse tema é destaque por introduzir fatos

resultantes na evolução da enfermagem no Brasil, possibilita ao aluno à construção do seu

conhecimento, reflexão sobre a identidade profissional e ao entrar em contato com o passado

histórico conseqüentemente entenderá as ocorrências sócio-econômicas presentes.

O material lúdico proporcionado é rico e acessível, podendo ser aplicado em contextos

diferentes em outras disciplinas, levando-os a refletir sobre a prática no ensino, almejando a

liberdade educacional. Evidentemente, nada disto é fácil, especialmente no processo de

elaboração dos materiais didáticos, marcado principalmente pela constituição da linguagem

gráfico-visual, cuja pesquisa referencial estendeu-se na finalidade de sustentação teórica na

estratégia pedagógica.

Os princípios de criação das atividades propostas focaram nas idéias de Freire (1987),

onde a pedagogia não deve ser elaborada para o sujeito, e sim a partir dele, pois a prática da

liberdade está inserida em um modo de transmissão de conhecimentos, pela qual o indivíduo

torna-se sujeito de sua história.

A participação dos sujeitos na pesquisa através dos resultados mostra um preferencial

significativo diante da estratégia lúdica, apresentando nas opiniões: melhor compreensão,

estimula o interesse e o desenvolvimento. Por essa atuação oportuniza os alunos a definirem o

modelo de estratégia adequada, contribuindo no crescimento e aprimoramento em sala de aula,

fortalecendo assim, a idéia libertadora de Freire.

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Cabe ressaltar, por fim, objetivo desta pesquisa pedagógica foi alcançado, por promover

aos alunos da disciplina de História da Enfermagem do Curso de Graduação, uma riqueza de

informações através da linguagem em quadrinhos como recurso didático. O estímulo ao uso

identificou uma aderência na participação dos alunos, ampliando o diálogo no contexto discente

e docente, gerando assim a construção do aprendizado contemporâneo.

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ANEXOS

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ANEXO A (Texto da década de 20 até 50) da história da Enfermagem

DA DÉCADA DE 20 À DÉCADA DE 50

Com base nos livros:

MELO, C. Divisão Social do Trabalho e Enfermagem. São Paulo: Ed. Cortez, 1986

GEOVANNI T. et al. História da Enfermagem: versões e interpretações. 2° ed. Rio de Janeiro: Ed.

Revinter, 2005.

Revela-se na década de 20, fundamental importância para a história da enfermagem. Com o

esboço da primeira política da saúde do Estado, cujo interesse era o controle das epidemias que

prejudicavam as exportações e o crescimento econômico, é que se pensa a enfermagem como

profissão institucionalizada, para o atendimento da nova política sanitária. A partir da reforma Carlos

Chagas em 1920, os serviços de saúde no Brasil começam a crescer, abarcando cada vez mais maiores

parcelas da população , ao mesmo tempo em que as ações desenvolvidas por tais serviços assumem

um alto grau de autoritarismo, interferindo diretamente na vida da população.

Em 1923, é criada a primeira escola de enfermagem no Rio de Janeiro, financiada pela Fundação

Rockfeller, sob a orientação de enfermeiras norte-americanas, terinadas segundo o Sistema

Nightingale. A criação desta escola, que mais tarde denominou escola Ana Néri, atendeu o mais uma

medida governamental do que um consenso social. Antes disso, porém foi organizado um curso de

visitadoras de higiene, para averiguar as necessidades mais prementes da comunidade e como solução de

emergências, enquanto se preparava a abertura da nova escola.

As enfermeiras treinadas pela escola trabalhavam oito horas diárias no Hospital Geral de

Assistência, anexo ao Departamento Nacional de Saúde Pública, e quando concluíam o curso,

atuavam basicamente nos serviços de saúde pública.

O trabalho da enfermagem no Brasil nasce dividido, e os novos profissionais formados pela

Escola assumem as chefias dos serviços de saúde pública ou o ensino e começam a preparar pessoal

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auxiliar- as visitadoras sanitárias – que é quem vai executar o serviço. Tal modelo, é uma transposição

clara do modelo de saúde pública americano. Estes profissionais eram absorvidos em serviços

públicos e em menor escala, no atendimento domiciliar feito a doentes abastados.

As enfermeiras reproduziam na sua profissão a divisão entre o trabalho manual e intelectual.

As novas enfermeiras, cuja origem de classe era alta , exercia um trabalho também considerado

superior, em áreas de supervisão e ensino e não o cuidado direto ao paciente.

Através das escolas, procurava-se desenvolver qualidades intelectuais, onde as primeiras

enfermeiras diplomadas ganharam bolsas da Fundação Rockfeller para estudarem nos Estados Unidos.

Atende-se um modelo político de saúde a divisão social do trabalho, característica do crescente

modelo capitalista.

Década de 30

Numa visão geral, a década de 30 marca a queda do Estado oligárquico e a ascensão do governo

Getúlio Vargas, ao mesmo tempo em que fortes tensões político-sociais partem diretamente do

proletariado urbano, sufocado com a crise econômico-financeira que sobrevive com o déficit do setor

cafeeiro.

Com a criação do Ministério da Educação e Saúde, ocorre uma maior ingerência do governo

federal no preparo de pessoal auxiliar para atuar na saúde pública, as visitadoras sanitárias. No campo

da economia, esboçam-se as primeiras tentativas de industrialização no país, devido à depressão

econômica nos países desenvolvidos, o que não permitia apenas o desenvolvimento da economia

exportadora. A saúde e a prática sanitária entram em declínio, e com o Departamento Nacional de

Saúde Pública. Com o processo de desenvolvimento industrial, o interesse volta para o cuidado

individual, com ênfase na atenção médica. Até o final da década, as enfermeiras continuavam atuando

no ensino e na área pública.

A partir de 1932, uma série de decretos-leis vêm dar amparo legal às categorias auxiliares já

existentes. O decreto n. 22.257 confere às irmãs de caridade, com mais de seis anos de prática, direitos

iguais aos enfermeiros de saúde pública.

Década de 40

Fatos da II Guerra , gera fatos importantes no Brasil, principalmente econômica. Estimula o

desenvolvimento urbano-industrial e cresce o número dos assalariados urbanos. Ocorre então uma

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nova expansão da saúde pública, com a criação do Serviço Especial de Saúde Pública (SESP),

decorrente de acordos estabelecidos entre os governos dos Estados Unidos e do Brasil, cujo objetivo

era prestar assistência aos trabalhadores na extração da borracha , materiais indispensáveis para

guerra. Frente à pressão dos trabalhadores por uma medicina curativa e hospitalar e também para

atender expansão econômica, a industria hospitalar começa a se desenvolver, exigindo para tanto um

preparo mais qualificado do pessoal que executa o serviço de enfermagem. Com a criação do

primeiros Hospital de Clínica em São Paulo, com o objetivo de melhorar a qualidade do ensino e da

pesquisa, um novo campo surge para a enfermagem.

No âmbito hospitalar, as enfermeiras passaram a administrar os serviços, como já vinham

fazendo na área da saúde pública e desenvolvendo treinamento e supervisão do pessoal auxiliar. Os

cuidados de enfermagem continuam sendo feitos principalmente por atendentes no serviço hospitalar,

por visitadoras sanitaristas na saúde pública. Até 1948 são criados seis cursos para auxiliares de

enfermagem, que vão se expandir a partir de 1949, com a promulgação da lei que os regulamenta.

Década de 50

A partir da segunda metade da década de 50, começam a ocorrer amplas transformações

no panorama econômico brasileiro com a sua integração ao sistema capitalista ocidental, através das

estratégias do governo Kubistchek.

A rápida escala industrial no Brasil se processou através da instalação definitiva dos

grandes complexos econômicos estrangeiros, num momento em que a produção interna e a tecnologia

brasileira ainda não haviam atingido um grau de desenvolvimento suficiente.

O processo brasileiro de acumulação capitalista foi diverso, por ter partido de uma economia

escravista colonial e não feudal e por já ter encontrado a economia mundial dominada pela lógica do

capital.

Com a industrialização, acentuaram-se as disparidades regionais. Os centros urbanos cresceram

desordenadamente em vista do deslocamento da força de trabalho do setor agrário para o setor industrial.

Proliferaram as favelas e o cortiço.

A falta de infra-estrutura urbana e a precariedade dos serviços oferecidos, somados ao alto

custo de vida, à inflação e às grandes aglomerações , geraram as condições para a deterioração da

vida e da saúde do povo brasileiro.

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A inclinação dos centros do poder, para atender às problemáticas questões de saúde que se

levantaram com o processo brasileiro de acumulação capitalista, foi direcionada prioritariamente para o

cumprimento das funções reprodutivas da força de trabalho.

Com base neste pressuposto e pressionada pelos movimentos dos trabalhadores em defesa de

seus direitos, a ordem do sistema de saúde sofreu expansões e modificações diversas, de acordo

com a conjuntura política e econômica que se expressa em cada momento.

Tendo como principal unidade administrativa da ação sanitária o Ministério da Saúde, as

autoridades do setor criaram uma série de programas e siglas nem sempre inteligíveis e próximos à

realidade dos usuários.

Foi provida uma série de medidas, estas porém não atacaram as causas básicas geradoras dos

problemas de saúde da população, como: saneamento básico e subnutrição, dispersando recursos

humanos e financeiros.

Com a consolidação do processo de industrialização em nosso país, a tecnologia hospitalar e a

indústria farmacêutica ocupam lugar de destaque, privilegiando a Medicina curativa que passa a ser o

paradigma de um sistema de saúde que tem como principal centro de referência o hospital.

É neste quadro nacional, sucintamente esboçado e com a educação em Enfermagem já

consolidada , através da sua integração aos programas universitários e governamentais, que vamos

encontrar os enfermeiros concentrados basicamente na área hospitalar, observando-se por este mesmo

tempo um crescimento quantitativo de outras categorias na Enfermagem, para fazer face às novas

exigências do mercado de trabalho.

Identifica-se ainda, como fator importante na mudança de rumo da Enfermagem brasileira e na

desordenada expansão de seu pessoal, a reorganização da Previdência Social, a partir da década de 50.

Determinada pela emergência da atenção individual exigida pelos trabalhadores, esta organização

reforçou a política de saúde médico-hospitalar e relegou a saúde pública a uma posição secundária.

Entre 1949 e 1956 surgem 37 novos cursos para auxiliares de enfermagem, equivalendo

a 86%. Entre 1952 e 1956, para cada escola de enfermagem criada, surgem 3,5% de cursos de auxiliares.

No ano de 1955, a lei 2.604 de 17 de setembro regula o exercício da enfermagem profissional e

consequentemente oficializa a divisão do trabalho existente na profissão, reconhecendo as seguintes

categorias: enfermeiros, auxiliares, enfermeiros práticos ou práticos de enfermagem.

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ANEXO B

QUESTIONÁRIOS APLICADOS PRÉ E PÓS TEXTO:

Questionário referente à primeira aula: Década de 20 e 50

1. Com a reforma sanitária, e o início do programa de cooperação com a Fundação Rockfeller,

quais os benefícios gerados em nosso país?

2. Qual foi a primeira adaptação do sistema norte-americano ao Brasil?

3. Quais os reflexos sócio-econômicos do Brasil na década de 20 à 50?

4. Com o fortalecimento do capitalismo e o avanço industrial, a enfermagem consolida-se e

acompanha as mudanças. O que modificou a partir da década de 30? Qual é a sua opinião?

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ANEXO C

Questionário referente à segunda aula: Década de 60 e 80

1. Cite em linhas gerais quais as principais transformações na estrutura sócio- econômica e

social do país, que ocorreram na Década de 60 a 80 no Brasil.

2 Com o aumento da produção científica na Enfermagem, várias propostas surgiram a partir

de 1979 para garantir o aperfeiçoamento da profissão. Quais eram essas propostas ?

3 Na década de 80 acorreu a aprovação da Lei n° 7.498 para a Enfermagem, que substituiu a

defasada Lei n° 2.604 de 1955. Descreva em linhas gerais quais as principais mudanças

que beneficiaram a profissão.

4 Em 1986 foi um marco na História do SUS e na reforma sanitária. Explique:

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APÊNDICE

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APÊNDICE A

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APÊNDICE B

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Você está sendo convidado(a) a participar, como voluntário(a), da pesquisa Linguagem

em quadrinhos: Proposta de um instrumento pedagógico na disciplina de História da

Enfermagem. No caso de você concordar em participar, favor assinar ao final do

documento. Sua participação não é obrigatória e, a qualquer momento, você poderá desistir

de participar e retirar seu consentimento, não havendo prejuízo em sua relação com a

pesquisadora ou com a instituição. Você receberá uma cópia deste termo onde consta o

telefone e endereço da pesquisadora, podendo tirar dúvidas do projeto e de sua participação.

NOME DA ACADÊMICA PESQUISA: Aline Silveira dos Santos Lima

PESQUISADORA RESPONSÁVEL: Haimee Emerich Lentz

ENDEREÇO: [email protected]

TELEFONE: (48) 3222- 5248

OBJETIVOS E JUSTIFICATIVA:

Propor literatura gráfica-visual (linguagem em quadrinhos) no processo fixação do aprendizado da História da Enfermagem Moderna no Brasil, dentro de um operacionalização didática, buscando uma nova estratégia de instrumento pedagógico para os acadêmicos de Enfermagem.

Será realizado duas aulas:

Primeira aula, assunto da década de 30 e 60. Contendo no plano: aplicação de um questionário pré-texto; aula expositiva; debate sobre o tema e aplicação de um questionário pós- texto

Segunda aula, assunto da década de 70 e 80. Contendo no plano: aplicação de um questionário pré-texto aula expositiva; distribuição do instrumento pedagógico/ história em quadrinhos; debate sobre o conteúdo e incluindo o instrumento ; aplicação de um questionário pós- texto

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CUSTO/REEMBOLSO PARA O PARTICIPANTE: A participação neste estudo não lhe trará custo material. Você também não receberá pagamento com a sua participação.

CONFIDENCIALIDADE DA PESQUISA: Não será utilizado seu nome na realização deste estudo, os dados brutos ficarão sob a responsabilidade da pesquisadora. A divulgação dos resultados será para a comunidade científica, sendo sua identidade preservada mediante o uso do nome de sua escolha quando houver necessidade de transcrever sua fala.

Assinatura do Pesquisador Responsável: ___________________________

Assinatura da Acadêmica:_________________________________________

Assinatura do Participante:________________________________________

Biguaçu, / /

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APÊNDICE C

Eu, Haimee Emerich Lentz, professora da disciplina Saúde da Mulher, Criança, Adolescente, do

Curso de Graduação de Enfermagem da Universidade do Vale do Itajaí-CE IV - Biguaçu, concordo em

orientar a acadêmica: Aline Silveira dos Santos Lima, no decorrer do desenvolvimento da pesquisa –

Linguagem em quadrinhos: proposta de um instrumento pedagógico na disciplina de história da

Enfermagem. Conforme projeto ora submetido à aprovação.

A orientanda está ciente das Normas para Elaboração do Trabalho de Conclusão do Curso,

bem como, dos prazos de entrega das tarefas.

Biguaçu, Dezembro de 2007.

_____________________________

Haimee Emerich Lentz