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Linguagens, Códigos e suas Tecnologias - Arte
Ensino Fundamental, 7° Ano
TEATRO - A composição do texto dramático: prólogo, cenas, atos, epílogos e rubricas
Arte, 7º anoTeatro - A composição do texto dramático: Prólogo, cenas, atos, epílogos e rubricas
O texto dramáticoÉ um tipo textual derivado do texto narrativo, tendo como principal característica ser escrito para ser representado. Geralmente não tem narrador e predomina a 2ª pessoa.Estudaremos os principais elementos que estão presentes em sua composição.
Imagem: Autor desconhecido / disponibilizado por Tsujigiri / domínio público.
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Elementos de um texto dramáticoPara direcionar a encenação, o texto teatral ou dramático possui elementos muito particulares, tais como:
Prólogo Atos Cenas Epílogo Rubricas
Veremos detalhadamente o papel e localização de cada elemento na composição de um texto dramático.
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PrólogoTradicionalmente surgido na tragédia grega, o prólogo é um texto inicial usado para situar o leitor do que vai encontrar na peça teatral ou trazer uma introdução aos fatos que ocorrem em seu enredo. Geralmente era escrito em verso e anunciava a temática central da peça.
Ao abrir o pano, entram todos os atores, com exceção do que vai representar Manuel [...] Imediatamente após o toque do clarim, o palhaço anuncia o espetáculo.
Palhaço
Grande vozAuto da compadecida! O julgamento de alguns canalhas, entre os quais um sacristão, um padre e um bispo, para exercício da moralidade.
Ariano Suassuna – Auto da compadecida – ED. ARGIR.
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Exemplo da utilização do prólogo
AUTO DA BARCA DO INFERNOGil Vicente
Auto da moralidade composto por Gil Vicente por contemplação da sereníssima e muito católica rainha Lianor, nossa senhora, e representando por seu mandado ao poderoso príncipe e mui
alto rei Manuel, primeiro de Portugal deste nome. Começa a declaração e argumento da obra. Primeiramente, no presente auto, se fegura que, no ponto que acabamos de espirar, chegamos supitamente a um rio, o qual per força havemos de passar em
um de dous batéis que naquele porto estão, scilicet, um deles passa pera o paraíso e o outro pera o paraíso e o outro pera o inferno: os quais batéis tem cada um seu arrais na proa: o do paraíso um anjo, e o do
inferno um arrais infernal e um companheiro.
O primeiro interlocutor é um Fidalgo que chega com um Paje, que lhe leva um rabo muiComprido e ila cadeira de espaldas. É começa o Arrais do Inferno ante que o Fidalgo venha.
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AtosUm ato significa um momento de uma obra e corresponde a tudo que acontece em um mesmo período, no mesmo dia ou ano.
Imagem: Peripatetic / Creative Commons - Atribuição - Partilha nos Mesmos Termos 3.0 Não Adaptada.
Imagem: Effie / GNU Free Documentation License.
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Exemplos da utilização dos atos e cenas
ROMEU E JULIETA, ATO I, Cena V
O mesmo. Um salão em casa de Capuleto. Músicos esperam. Entram criados.
PRIMEIRO CRIADO – Onde está o Caçarola, que não vem ajudar a tirar a mesa? Aquele troca-pratos.Olá, Raspa-pratos!
SEGUNDO CRIADO – Retira esse tambores, arrasta o parador. Cuidado com a baixela! Amigo, separa para mim um pedaço de massapão. E se me tens amizade, dize ao porteiro que deixe entrar Nell e Susana Grindstone. Antônio! Caçarola!
TERCEIRO CRIADO – Aqui, rapaz! Estamos prontos.
PRIMEIRO CRIADO – Estão vos chamando, estão vos procurando, reclamam vossa presença na sala grande.
TERCEIRO CRIADO – Não podemos estar aqui e lá ao mesmo tempo.
SEGUNDO CRIADO – Alegria, rapazes! Ficai lépidos pelo menos
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Exemplos da utilização dos atos e cenas
ATO II CENA II
Jardim de Capuleto. Entra Romeu.
ROMEU – Só ri das cicatrizes quem ferida nunca sofreu no corpo. (Julieta aparece na janela.) Mas silêncio! Que luz se escoa agora da janela? Será Julieta o sol daquele oriente?Surge, formoso sol, e mata a lua cheia de inveja, que se mostra pálida e doente de tristeza, por ter visto que, como serva, és mais formosa que ela. Deixa, pois, de servi-la; ela é invejosa. Somente os tolos usam sua túnica vestal, verde e doente; joga-a fora. Eis minha dama. Oh, sim! É o meu amor. Se ela soubesse disso! Ela fala; contudo, não diz nada. Que importa? Com o olhar está falando. Vou responder-lhe. Não; sou muito ousado; não se dirige a mim: duas estrelas do céu, as mais formosas, tendo tido qualquer ocupação, aos olhos dela pediram que brilhassem nas esferas, até que elas voltassem. Que se dera se ficassem lá no alto dos olhos dela, e na sua cabeça os dois luzeiros? Suas faces nitentes deixariam corridas as estrelas, como se o dia faz com a luz das candeias, e seus olhos tamanha luz no céu espalhariam, que os pássaros, despertos, cantariam. Vede como ela apoia o rosto à mão. Ah! Se eu fosse uma luva dessa mão, para poder tocar naquela face!
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A divisão da peçaNo teatro dos séculos XV e XVI, a divisão da peça era feita em três atos.
Exposição – As personagens eram apresentadas e dadas informações.
Clímax – O desenvolvimento de um conflito.
Desenlace – A solução do conflito. Imag
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William ShakespeareNo século XVII, houve um aumento no número de atos, chegando geralmente a cinco atos, como ocorreu na maioria das peças criadas pelo grande e destacado teatrólogo William Shakespeare durante a época. Entre suas obras destaca-se o clássico “Romeu e Julieta”.
Imagem: John Taylor / domínio público. Imagem: Culturespaces / Les chorégies / Licença GNU de Documentação Livre.
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CenasOs atos podem se dividir em cenas que são indicadas pelas entradas e saídas das personagens no palco. Atualmente, os atores simplesmente dividem o texto em cenas e quase já não utilizam os atos.
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Epílogo
O epílogo é o final, o desfecho e fecha de forma lógica o drama desenvolvido nas cenas anteriores. O final precisa ser aceitável para o espectador e satisfazer de modo inteligente. O final feliz traz alívio e elimina as tensões do conflito, espalhando um sentimento de bem-estar na plateia, porém o final também pode terminar em tragédia.
A história da Compadecida termina aqui. Para encerrá-la, nada melhor do que o verso com que acaba um dos romances
populares em que ela se baseou [...] E, se não há quem queira pagar, peço pelo menos uma recompensa que não custa nada e
é sempre eficiente: seu aplauso. Pano.Ariano Suassuna – Auto da compadecida – ED. ARGIR.
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Exemplo da utilização do epílogo
Junto ao corpo de Rosa, aparece a figura de Nossa Senhora, com os braços abertos como se estivesse a
envolvê-la com sua infinita piedade.
CÍCERO – E viu-se um grande sinal no céu, uma mulher vestida de sol, que tinha a lua debaixo dos seus pés, e
uma coroa de doze estrelas sobre suas cabeças; e, estando prenhada, chamava com dores de parto, e sofria
tormentos por parir. Pano.Ariano Suassuna – Uma mulher vestida de sol – José Olympio editora.
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RubricaRubricas são indicações de cena, descrevem o que acontece em cena, se é dia ou noite, o local, etc. Normalmente ficam em linhas separadas, entre parênteses e escritas em itálico. As rubricas podem se subdividir em macrorrubrica e microrrubrica. A microrrubrica ainda se divide em rubrica objetiva e rubrica subjetiva.
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MacrorrubricaÉ uma rubrica geral que interessa à peça, ou ao ato e às cenas. É também chamada de “Vista”, e é colocada no centro da página, no alto do texto respectivo, e escrita em itálico ou em maiúsculo e colocada entre parênteses.
Imagem: Wolfgang Glock / GNU Free Documentation License.
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Exemplos da macrorrubrica
(Macrorrubrica) ÉPOCA: primeira metade do século XX; LUGAR DO DRAMA: Rio de Janeiro
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PRIMEIRO ATO(Macrorrubrica) Casa de família da classe média. Sala de estar com sofá, abajur, consoles e outros móveis e apetrechos próprios. Uma saída à esquerda dá para o corredor. À direita, a porta principal de entrada da casa. É noite.
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Microrrubrica objetivaA Microrrubrica objetiva refere-se à movimentação dos atores: Descreve os movimentos, gestos, posições ou indica o personagem que fala, o lugar, o momento, etc.
DONA MAGNÓLIA:[Levanta-se do sofá, tem numa das mãos o livro que lia (Rubrica objetiva)]
ANINHA[Mantém-se afastada da mãe, a poucos passos da porta. (Rubrica objetiva)]
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Exemplos da microrrubrica objetiva
CENA I(Dona Magnólia, Aninha)[Dona Magnólia, recostada no sofá, lê um livro. (Rubrica objetiva)]
ANINHA[Entra na sala (Rubrica objetiva)]Olá, mãe.
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Microrrubrica subjetivaAs microrrubricas subjetivas interessam principalmente aos atores: Descrevem os estados emocionais dos personagens e o tom dos diálogos das falas.
SINVAL[Embaraçado: (Rubrica subjetiva)]
Dona Ana… Às quintas-feiras ele não vem direto para casa… Eu é que devo ir. Ele voltará muito tarde.
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Exemplos da microrrubrica subjetiva
ANINHA[Num ímpeto: (Rubrica subjetiva)]
Não, Sinval. Hoje eu vou buscar meu tio. Vou no meu carro. Tenho um assunto para conversar com ele na volta para casa.
SINVAL[Embaraçado: (Rubrica subjetiva)]
Dona Ana… Às quintas-feiras ele não vem direto para casa… Eu é que devo ir. Ele voltará muito tarde.
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AtividadeEm grupos de 5 a 10 alunos, elaborem um texto dramático com a presença dos elementos vistos em aula. Em seguida, verifiquem quesitos como a ortografia e o ritmo da história com o auxílio do professor e elabore uma encenação do seu texto. Dividam personagens, separem figurinos, cenários e ponham em prática o teatro elaborado na sala de aula. Imagem: Matias Galan / GNU Free Documentation License.
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Atividade
Em dupla e com o auxílio do professor, escolha um texto teatral popular, como “Auto da compadecida” ou “Auto da barca do inferno” e identifique os elementos presentes no texto que o caracterizam como texto dramático.
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Recomendação de filme
O jovem astro do teatro londrino William Shakespeare (Joseph Fiennes) sofre de bloqueio criativo e não consegue escrever sua peça. Um dia, ele conhece Viola De Lesseps (Gwyneth Paltrow), uma jovem que sonha em atuar, algo proibitivo no final do século XVI. Para burlar o preconceito e ter sua chance, Viola se disfarça de homem e começa a ensaiar o texto de Will, que começou a fluir e passou a dar vazão ao amor entre os dois. O que eles não contavam era com o casamento arranjado pela família entre Viola e Lorde Wessex (Colin Firth).
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Créditos principais www.blog.educacional.com.br/redacaomarisa/2011/04/25/texto-teatral. www.google.com.br/imagens. www.pt.wikipedia.org.
Acesso em 7/07/12.
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2 Autor desconhecido / disponibilizado por
Tsujigiri / domínio público.http://it.wikipedia.org/wiki/File:Roman_masks.png 31/08/2012
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6b Effie / GNU Free Documentation License. http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Koty.jpg 03/09/20129 Autor desconhecido / diosponibilizado por
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10a John Taylor / domínio público. http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:CHANDOS3.jpg 03/09/201210b Culturespaces / Les chorégies / Licença GNU
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15b Marcos Guerra / public domain. http://commons.wikimedia.org/wiki/
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16 Wolfgang Glock / GNU Free Documentation License.
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22 Matias Galan / GNU Free Documentation License.
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23a Ariano Suassuna / Auto da compadecida, 2005 / ED. ARGIR. / http://www.livrariacultura.com.br/scripts/resenha/resenha.asp?nitem=3171825&sid=7717751561493615849702518
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23b Gil Vicente / Auto da barca do inferno, 2005 / ED. L&PM /
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24 SHAKESPEARE IN LOVE / Universal - AMZ / http://www.imdb.com/media/rm627290880/tt0138097
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