lipping - microsoft...os mais adequados e modernos para o setor”, disse doria. comitê de gestão...
TRANSCRIPT
1
Grupo de Comunicação
CLIPPING 25 de setembro de 2019
2
Grupo de Comunicação
SUMÁRIO
ENTREVISTAS ............................................................................................................................... 4
Governo de SP cria Comitê de Gestão Ambiental e libera R$ 38 mi para projetos de recuperação de recursos hídricos ........................................................................................................................... 4
Evento em Salesópolis defende frente para despoluir Rio Tietê ............................................................ 6
Zoológico de SP faz votação online para dar nome a filhotes de Suricata .............................................. 7
SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E ............................................................................................... 9
Fiscalização flagra garimpeiros em área com chumbo enterrado em Sorocaba ....................................... 9
Projeto cria corredor verde em Avenida da Vila Jardim ..................................................................... 10
Prefeitura promove visita monitorada à Nascente Modelo em Atibaia ................................................. 11
Prefeitura fará nova licitação do lixo .............................................................................................. 13
Lixo hospitalar é jogado em área de Braz Cubas .............................................................................. 15
A revoada dos cupins na primavera e no verão ............................................................................... 16
Secretários fazem blitz na área da antiga Saturnia e abordam ‘garimpeiros’ ....................................... 18
Cetesb concede licença e ETE do Condomínio Jade é regularizada ..................................................... 19
Grupo Gandini inaugura centro para testes de emissões veiculares .................................................... 20
Centro Tecnológico do Grupo Gandini é inaugurado em Salto - Jornal de Itu ....................................... 21
De Pietro solicita informações a respeito de obras no parque municipal de lazer .................................. 23
Moradores de condomínio reclamam de transtornos causados por empresa em holambra ..................... 24
Material contaminante é encontrado em área de mineradora na cidade, diz polícia .............................. 25
Descarte irregular de lixo tem preocupado moradores do Jd. Dona Benta ........................................... 26
Pessoas são orientadas a deixar área da Saturnia ............................................................................ 27
Nível do reservatório de água de Rio Preto diminui .......................................................................... 28
CETESB aponta irregularidade em mineradora ................................................................................ 29
MP descobre aterro sanitário irregular em Mogi das Cruzes ............................................................... 30
Governo de SP anuncia contrato da Sabesp para tratar esgoto de Guarulhos ...................................... 31
Moradores do Paulistano e Santa Cruz ficam sem água .................................................................... 32
Presidentes de companhias de saneamento criticam limite para serviços ............................................ 33
Sabesp faz serviços em Guarujá .................................................................................................... 34
Comissão especial debate investimento privado em saneamento ....................................................... 35
Cubatão recolhe quase 5 toneladas de detritos do Rio Casqueiro ....................................................... 36
Sabesp abre competição com 442 atletas ....................................................................................... 37
Rompimento de encanamento espalha lama pelas ruas da Zona Leste de São Paulo ............................ 38
Polícia Ambiental encontra material contaminante em área demineradora .......................................... 39
VEÍCULOS DIVERSOS .................................................................................................................. 40
Coleta e destinação de resíduos: que documentos são importantes? .................................................. 40
Polícia prende homem apontado como caçador de capivara .............................................................. 42
FOLHA DE S. PAULO .................................................................................................................... 43
O QUE A FOLHA PENSA: Colcha de retalhos .................................................................................... 43
Gestão pública: inovar é preciso .................................................................................................... 44
3
Grupo de Comunicação
Senado analisa proposta que acaba com exclusividade de o Judiciário ditar regras da magistratura ....... 45
Em discurso agressivo na ONU, Bolsonaro ataca países e diz que há falácias sobre Amazônia ............... 47
Reações ao discurso de Bolsonaro na ONU vão de 'extraordinário' a 'inadequado' ................................ 50
Discurso de Bolsonaro na ONU anima conselho empresarial dos Brics ................................................ 52
Bolsonaro, ameaça à segurança nacional ........................................................................................ 54
Presidente de entidade do agronegócio defende discurso de Bolsonaro na ONU ................................... 55
Associação prevê mais poluição, trânsito e acidentes com migração para apps .................................... 56
Estudo sugere revisão das tarifas da Sabesp ................................................................................... 58
Modelo de cobrança de água e esgoto precisa de mais transparência ................................................. 62
Marinha apreende 962 toras de madeira em empresa ligada a tenente-coronel do Pará ....................... 64
Mônica Bergamo: Moro para tudo para ver Bolsonaro falar na ONU ................................................... 66
ESTADÃO ................................................................................................................................... 68
Bolsonaro na ONU ....................................................................................................................... 68
No calor da hora.......................................................................................................................... 70
Prefeitos desafiam governo francês a proibir pesticidas .................................................................... 71
Governador fala em NY na contramão de Bolsonaro ......................................................................... 73
A importância do Código Florestal no atual contexto brasileiro .......................................................... 74
‘Fala vai afetar muito as perspectivas do agronegócio brasileiro', diz Ricupero sobre Bolsonaro ............. 75
Em discurso desafiador na ONU, Bolsonaro ataca ‘colonialismo’ na questão ambiental ......................... 77
Análise: Muito ideológico e agressivo, discurso de Bolsonaro é pouco propositivo ................................ 79
‘Discurso histórico’, diz Orleans e Bragança .................................................................................... 81
Moro elogia e Doria critica fala na ONU .......................................................................................... 82
Três anos após Jogos do Rio, 'Floresta dos Atletas' enfim sai do papel ............................................... 83
Nível do mar sobe 2,5 vezes mais rápido, diz relatório da ONU ......................................................... 84
VALOR ECONÔMICO .................................................................................................................... 85
4
Grupo de Comunicação
ENTREVISTAS Veículo: O Diário do Vale
Data: 24/09/2019
Governo de SP cria Comitê de Gestão
Ambiental e libera R$ 38 mi para projetos de recuperação de recursos
hídricos
Os repasses do Fehidro, neste ano, chegam a
R$ 73 milhões para investimento nos
municípios; o Comitê será formado por
membros do estado e da sociedade civil.
O Governador João Doria assinou nesta
segunda-feira (23) mais 94 contratos com 73
municípios para execução de projetos de
segurança hídrica, proteção, conservação e
recuperação da qualidade das águas. Os
recursos são provenientes do Fundo Estadual
de Recursos Hídricos (FEHIDRO) e os repasses
ocorrem por meio das Secretarias de
Infraestrutura e Meio Ambiente e
Desenvolvimento Regional. Na ocasião,
também foi criado o Comitê de Apoio à Gestão
Ambiental do Estado de São Paulo, que tem
como objetivo designar uma assessoria
consultiva para definir estratégias na
condução da agenda ambiental do Estado de
São Paulo.
“A questão ambiental é de grande importância
para o nosso Governo. Temos metas
ambiciosas e a assinatura desses contratos
com os municípios é parte importante do
processo para atingirmos essas metas.
Também estamos muito felizes com o Comitê
de Meio Ambiente, que acabamos de criar.
Além de excelentes profissionais do Estado,
altamente gabaritados, temos representantes
da sociedade civil, especialistas, pessoas do
setor que entendem muito, e para presidir, o
professor José Goldemberg. O Comitê é
importante porque vai orientar todas ações do
Governo na área ambiental, nos ajudar com
uma visão crítica para que os projetos sejam
os mais adequados e modernos para o setor”,
disse Doria.
Comitê de Gestão Ambiental
O Comitê é formado por 15 pessoas da
sociedade civil, entre as quais representantes
da ONG SOS Mata Atlântica, da Universidade
de São Paulo e da Fundação Getúlio Vargas.
O Comitê é presidido pelo professor José
Goldemberg, ex-reitor da USP (1986 – 1990),
ex-secretário do Meio Ambiente de São Paulo
(2002 a 2006), e desde agosto de 2015 é
presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa
do Estado de São Paulo, e tem como suplente
o Secretário de Infraestrutura e Meio
Ambiente, Marcos Penido, e conta com a
participação dos titulares das pastas de
Saúde, José Henrique Germann Ferreira;
Agricultura e Abastecimento, Gustavo
Junqueira; Fazenda e Planejamento, Henrique
Meirelles; Desenvolvimento Econômico,
Patrícia Ellen; o Subsecretário de Meio
Ambiente, Eduardo Trani; o Presidente da
SABESP, Benedito Braga; e a Diretora-
Presidente da CETESB, Patrícia Iglecias.
“Nosso objetivo é fazer do Estado de São
Paulo o exemplo de desenvolvimento
sustentável do Brasil. Queremos gerar
emprego e renda conciliando as questões
ambientais. É um privilégio poder debater este
tema com pessoas importantes nesta área e
promover esta troca de experiências em prol
da criação de políticas públicas”, afirmou
Penido.
A participação no Comitê não será
remunerada. Os conselheiros terão mandato
de dois anos e será permitida uma
recondução.
FEHIDRO
O Governo de SP liberou R$ 38 milhões para
fomentar projetos de recuperação dos
recursos hídricos de 73 municípios do Estado.
Os repasses neste ano já chegam a R$ 73
milhões para investimento nas cidades do
interior. Os 94 empreendimentos foram
aprovados pelos Comitês de Bacias
Hidrográficas e abrangem serviços de
afastamento e tratamento de esgoto,
drenagem, monitoramento hidrológico,
restauração florestal, educação ambiental,
entre outros.
“Quando investimos nestas ações,
especialmente em saneamento básico,
contribuímos para a saúde pública e melhora
da qualidade de vida da população. Estamos
cumprindo a determinação do nosso
Governador João Doria de apoiar o
desenvolvimento dos municípios”, disse
Penido.
Os recursos do FEHIDRO são oriundos da
compensação financeira recebida pelo Estado
de São Paulo da Agência Nacional de Energia
Elétrica (Aneel) e das outorgas pelo uso da
água.
5
Grupo de Comunicação
Confira os municípios contemplados:
Promissão, Registro, Brotas, São Carlos, Itu,
Sorocaba, Penápolis, Araraquara, Santa
Bárbara d’Oeste, São Paulo, Pariquera-Açu,
Dracena, Ribeirão Preto, Votorantim, Capão
Bonito, Jaú, Santos, Salto de Pirapora,
Taquaritinga, São Roque, Tupã,
Caraguatatuba, Paraguaçu Paulista,
Araçatuba, Aramina, Assis, Bariri, Borebi,
Cananeia, Capela do Alto, Cristais Paulista,
Divinolândia, Gavião Peixoto, Iacanga,
Ibitinga, Icém, Igaraçu do Tietê, Ipaussu,
Itapura, Itirapina, Juquiá, Macatuba, Magda,
Mairinque, Mongaguá, Monte Alto, Nova
Aliança, Nova Europa, Nova Luzitânia,
Panorama, Pereiras, Porto Feliz, Porto
Ferreira, Potirendaba, Quintana, Rafard,
Ribeira, Sales, Santo Antônio do Aracanguá,
Taquarituba, Tatuí, Taubaté, Turiúba,
Viradouro, Itapira, Jacareí, Guaraçaí, Barra
Bonita, Barretos, Cerquilho, Lençóis Paulista,
Pompeia e Ibiúna.
Podem se candidatar para recebimento dos
recursos do FEHIDRO:
• Pessoas jurídicas de direito público, da
administração direta e indireta do Estado e
dos municípios de São Paulo;
• Concessionárias e permissionárias de
serviços públicos, com atuação nas áreas de
saneamento, meio ambiente ou
aproveitamento múltiplo dos recursos hídricos;
• Consórcios intermunicipais regularmente
constituídos;
• Entidades privadas sem finalidades
lucrativas com constituição definitiva há pelo
menos quatro anos, nos termos da legislação
pertinente, que detenham entre suas
finalidades principais a proteção ao meio
ambiente ou atuação na área de recursos
hídricos e com atuação comprovada no âmbito
do Estado de São Paulo ou da Bacia
Hidrográfica;
• Pessoas jurídicas de direito privado, com
finalidade lucrativa e que sejam usuárias de
recursos hídricos.
Mais informações disponíveis em
http://fehidro.sp.gov.br/portal/.
Voltar ao Sumário
6
Grupo de Comunicação
Veículo: O Diário de Mogi
Data: 24/09/2019
Evento em Salesópolis defende frente para despoluir Rio Tietê
Um grupo de trabalho deverá ser criado para
agilizar o levantamento de dados e a
elaboração de projetos que evitem a ocupação
desordenada das áreas de espraiamento do rio
Tietê e das represas que formam o Sistema
Produtor do Alto Tietê. O primeiro passo foi
dado durante o encontro realizado pelo
Consórcio de Desenvolvimento do Municípios
do Alto Tietê (Condemat), deste domingo, Dia
do Rio Tietê, com a presença do secretário
de Estado de Infraestrutura e Meio
Ambiente, Marcos Penido, em Salesópolis.
Membro titular da comissão responsável pela
análise e modernização do Marco Regulatório
do Saneamento Básico, o deputado federal
Marco Bertaiolli (PSD) disse que vai unir as
forças de trabalho do Congresso Nacional e do
Governo do Estado para desenvolver ações em
diferentes frentes, que vão desde a busca de
recursos para que os municípios da região
possam investir na coleta e tratamento de
esgoto e assim reduzir a poluição no rio e
afluentes, até a ocupação das áreas próximas
aos reservatórios.
“Conversamos com o secretário e vamos
definir o andamento desse trabalho, que terá
várias frentes, mas um único objetivo: a
preservação dos nossos mananciais”, disse
Bertaiolli.
O evento também marcou o primeiro passo
efetivo para que os municípios afetados pela
Lei Estadual de Proteção aos Mananciais, em
especial os produtores de água, sejam
contemplados com o pagamento por serviços
ambientais. Na solenidade, a direção do
Condemat assinou a liberação para que a
Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas
(Fipe) faça os estudos técnicos que
estabelecerão os parâmetros de cálculo para
compensação financeira.
O estudo vai abranger diretamente sete
cidades da região que possuem restrições
ambientais e reservatórios de água – Biritiba
Mirim, Ferraz de Vasconcelos, Guarulhos, Mogi
das Cruzes, Poá, Salesópolis e Suzano – e
outras 18 municípios da Bacia do Alto Tietê.
Os resultados da iniciativa poderão,
posteriormente, ser replicados para outras
bacias hidrográficas do Estado. O investimento
é de R$ 980,1 mil e será executado com verba
obtida pelo Condemat junto ao Fundo Estadual
de Recursos Hídricos (Fehidro).
O secretário estadual Marcos Penido ressaltou
que a compensação pela geração de água e
pelas restrições ambientais deve ser estudada
e pensada de forma técnica. “É através dos
estudos técnicos para verificar a forma que
isso pode ser feito que vamos conquistar a
compensação por esse grande benefício que
Salesópolis e a região dá para todo o Estado”,
disse Penido.
http://www.odiariodemogi.net.br/evento-em-
salesopolis-defende-frente-para-despoluir-rio-
tiete/
Voltar ao Sumário
7
Grupo de Comunicação
Veículo: Portal Governo SP
Data: 24/09/2019
Zoológico de SP faz votação online para
dar nome a filhotes de Suricata
Público poderá escolher até 10 de outubro
nomes dos três machos e da fêmea, que
nasceram em agosto
Divulgação/Zoo SP
Filhotes de Suricata nascidos em agosto de
2019, no Zoológico de São Paulo
A família de Suricatas (Suricata suricatta) do
Zoológico de São Paulo aumentou com a
chegada de quatro filhotes, em agosto. Após o
exame que identifica o sexo dos animais, o
Zoo vai batizar os filhotes com a ajuda do
público.
A partir desta terça-feira (24) até 10 de
outubro, o público será convidado a participar
de uma votação online, pelo site do Zoológico.
O quarteto composto por uma fêmea e três
machos nasceu com cerca de 30 gramas cada
um, com os olhos fechados que se abriram por
volta da segunda semana de vida.
Os nomes foram sugeridos pelos técnicos e
todos são de origem africana – uma
homenagem ao continente de ocorrência da
espécie. Serão selecionados os quatro nomes
mais votados, três nomes para os machos e
um para a fêmea. A divulgação do resultado
será em 12 de outubro.
Os filhotes
Desde o nascimento, os filhotes são mantidos
no núcleo familiar de nove membros, entre
mãe, pai e irmãos mais velhos. Todos os
indivíduos ajudam nos cuidados diários com os
filhotes, especialmente os experientes pais
“John e Juliana”, oriundos de uma instituição
internacional.
Divulgação/Zoo SP
Filhotes de Suricata nascidos em agosto de
2019, no Zoológico de São Paulo
Com pouco mais de um mês de vida, os
pequenos Suricatas começaram a seguir o
grupo em busca de alimento sólido, sob
supervisão dos mais velhos, mas o desmame
ocorrerá por volta dos 50 e 60 dias. Neste
período, os cuidados dos técnicos são
direcionados ao grupo todo, que inclui dieta
especial para os adultos e aporte de abrigos
com opções de tocas. São bastante sensíveis a
temperaturas extremas, sendo necessário o
monitoramento constante a fim de oferecer
um conforto térmico para o pleno
desenvolvimento de acordo com o padrão da
espécie.
Durante a fase inicial de desenvolvimento dos
filhotes, toda a família permaneceu em área
de bastidores para um melhor
acompanhamento da equipe técnica. Após
avaliação clínica satisfatória realizada
recentemente por veterinários, foram
transferidos para a área de exposição,
ocupando o recinto vizinho ao território das
girafas para que os visitantes possam
conhecê-los.
8
Grupo de Comunicação
Sobre a espécie
Os Suricatas são mundialmente conhecidos
pelo seu representante no cinema, o Timão de
“O Rei Leão”, mas, diferentemente do
personagem, os Suricatas da vida real vivem
em colônias de até 40 indivíduos.
A distribuição geográfica da espécie abrange a
Botsuana, África do Sul, Angola e Namíbia,
ocupando regiões de savana e áreas
desérticas do continente africano.
A gestação tem duração de aproximadamente
11 semanas, nascendo entre 3 a 4 filhotes
com cerca de 30 gramas e toda a família ajuda
na criação dos bebês.
http://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/zool
ogico-de-sp-faz-votacao-online-para-dar-
nome-a-filhotes-de-suricata/
Voltar ao Sumário
9
Grupo de Comunicação
SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E Veículo: G1 Sorocaba
Data: 25/09/2019
Fiscalização flagra garimpeiros em área com chumbo enterrado em Sorocaba
Moradores voltam a garimpar chumbo em
Sorocaba
Uma operação de fiscalização fez apreensões,
nesta terça-feira (24), na área de uma fábrica
falida que se tornou um garimpo de chumbo,
em Sorocaba (SP).
De acordo com a prefeitura, mais de 10
pessoas foram orientadas a deixarem o local.
Uma máquina retroescavadeira fazia
movimentação de terra no terreno sem
autorização da Companhia Ambiental do
Estado de São Paulo (Cetesb).
Fiscalização flagra garimpeiros em área com
chumbo enterrado em Sorocaba
As pessoas abordadas foram notificadas pela
Patrulha Ambiental e a máquina foi
apreendida. A Secretaria do Meio Ambiente
afirma que vem acompanhando o caso, assim
como o trabalho realizado pela Câmara
Municipal para apurar as denúncias de crime
ambiental.
Denúncias
Em julho, moradores denunciam a volta do
garimpo. Segundo os vizinhos da área, a
movimentação é grande quase todos os dias.
A cerca instalada em volta do terreno onde o
garimpo ilegal funcionou até agosto de 2018
foi arrancada, assim como as placas que
alertavam para o risco de contaminação.
Inquérito aberto há 26 anos foi arquivado
Os buracos, antes fechados pela massa falida
da antiga fábrica de baterias, foram abertos
novamente.
Ainda segundo moradores, o grupo chegava
de manhã e ia embora no fim do dia. Os
garimpeiros estariam vendendo o material no
terreno.
O promotor do meio ambiente Jorge Marum
informou que o inquérito sobre a situação da
antiga fábrica ainda está em andamento e que
está sendo feita a avaliação do dano ambiental
e a recuperação da área.
https://g1.globo.com/sp/sorocaba-
jundiai/noticia/2019/09/24/fiscalizacao-flagra-
garimpeiros-em-area-com-chumbo-enterrado-
em-sorocaba.ghtml
Voltar ao Sumário
10
Grupo de Comunicação
Veículo: Jornal do Ogunhe
Data: 24/09/2019
Projeto cria corredor verde em
Avenida da Vila Jardim
A Avenida Vereador Paulo Fernandes Ward,
situada na Vila Cidade Jardim, foi escolhida
para receber o piloto de Floresta Urbana 2019
implantado pela Secretaria Municipal de Meio
Ambiente, pasta de responsabilidade de
Judésio Borges.
A iniciativa consiste no plantio de árvores
apropriadas para a arborização urbana às
margens da via, formando um corredor verde.
O projeto faz parte da diretiva Arborização
Urbana do Programa Município Verde Azul,
do qual a Estância Turística de Avaré faz
parte.
Foram plantadas 34 árvores, 17 de cada lado.
O espaçamento utilizado foi de 10 metros de
distância entre cada muda, numa extensão de
200 metros de via.
O local foi escolhido por ser próximo ao Túnel
“Milton Monti”, que dá acesso à zona sul da
cidade, interligando o centro aos bairros Vila
Rio Novo, Vila Jardim, Brabância, Di Fiori, Vila
Operária, Dona Laura, Jardim Veneza, Vila
Esperança, Condomínio Vale do Sol e Bairro
dos Rochas, passagem com trânsito intenso de
pedestres e veículos.
A arborização de vias públicas melhora o
conforto térmico, eleva a umidade do ar,
protege o asfalto do efeito de dilatação e
contração devido às diferenças de
temperatura, embeleza e valoriza o local, traz
conforto psicológico e garante um corredor
verde para aves e polinizadores.
No piloto de Floresta Urbana foram plantadas
mudas nativas de porte médio das espécies
Oiti, Pata de Vaca, Sibipiruna, Pau-Brasil, Ipê
Branco e Ipê Amarelo.
O canteiro permeável ao entorno de cada
muda foi feito no padrão Espaço Árvore,
seguindo o que determina a Lei Municipal nº
2320/2019, que consiste em canteiros
permeáveis com no mínimo 40% da largura da
calçada, com o dobro de comprimento,
preservando a acessibilidade.
O Espaço Árvore é destinado ao plantio de
exemplares compatíveis com o crescimento do
tronco e das raízes e tem como finalidade
melhorar as condições do espaçamento
adequado em sua base, permitindo o
desenvolvimento em diâmetro, sem
comprometer a infraestrutura do calçamento,
promovendo o crescimento saudável e
garantindo a integridade arbórea, ampliando a
área de absorção de águas pluviais,
diminuindo os riscos de alagamentos e
enxurradas.
http://www.jornaldoogunhe.com.br/page/notic
ia/projeto-cria-corredor-verde-em-avenida-da-
vila-jardim
Voltar ao Sumário
11
Grupo de Comunicação
Veículo: Portal da Cidade Atibaia
Data: 24/09/2019
Prefeitura promove visita monitorada
à Nascente Modelo em Atibaia
Atividade contou com diversas ações
socioambientais, como trilha interpretativa,
dinâmica ecológica e plantio simbólico de
mudas.
No último dia 19 de setembro alunos da Escola
Municipal Prefeito Takao Ono participaram de
uma visita monitorada à Nascente Modelo de
Atibaia, localizada na Rua dos Lírios, bairro
Vale das Flores. A visita contou com atividades
de educação ambiental sobre a importância
das árvores para a proteção das nascentes e
cursos d’água.
Durante a atividade os alunos vivenciaram
diversas ações socioambientais, como trilha
interpretativa, dinâmica ecológica e plantio
simbólico de três mudas de palmito-juçara,
espécie nativa da Mata Atlântica.
A visita foi promovida pela Coordenadoria
Especial de Meio Ambiente da Prefeitura, em
parceria com a Secretaria de Educação e a
Associação dos Proprietários e Amigos do Vale
das Flores. Participaram das ações na
Nascente Modelo 11 alunos dos 4º e 5º anos e
que integram o Grêmio Estudantil da Escola.
A Nascente Modelo é aberta para visitação
diariamente, no período das 7h às 18h. O
local, administrado em parceria com a
Associação dos Proprietários e Amigos do Vale
das Flores, é frequentemente visitado por
moradores locais e população em geral.
Vale ressaltar que a Nascente Modelo é um
dos incentivos do Programa Município
VerdeAzul, iniciativa do Governo do Estado
de São Paulo – Secretaria Estadual do Meio
Ambiente que concede um certificado
(Selo Município VerdeAzul) aos municípios
paulistas que desenvolvem ações e projetos
na área ambiental.
https://atibaia.portaldacidade.com/noticias/cid
ade/prefeitura-promove-visita-monitorada-a-
nascente-modelo-em-atibaia-5655-5638
Voltar ao Sumário
12
Grupo de Comunicação
Veículo: Portal da Cidade Atibaia
Data: 25/09/2019
COMDEMA apresenta cronograma de
manutenção e substituição da frota
municipal
Planejamento exposto pelo Conselho Municipal
de Defesa do Meio Ambiente de Atibaia é uma
das ações que integram o Programa
Município VerdeAzul.
No último dia 10 de setembro o Conselho
Municipal de Defesa do Meio Ambiente de
Atibaia – COMDEMA realizou, no Centro de
Educação Ambiental – CEA, a Reunião
Ordinária nº 08/19 e, durante o encontro,
apresentou a planilha com o cronograma da
previsão de manutenção e substituição da
frota municipal.
O planejamento envolvendo a frota municipal
é uma das ações (QA1) integrantes do
Programa Município VerdeAzul, iniciativa
do Governo do Estado de São Paulo –
Secretaria Estadual do Meio Ambiente
que concede um certificado (Selo
Município VerdeAzul) aos municípios
paulistas que desenvolvem ações e projetos
na área ambiental.
A planilha contém diversas informações
relacionadas aos veículos da frota municipal,
como: modelo do veículo; ano de aquisição;
placa; quilômetros rodados; próxima
manutenção; e previsão de substituição. Os
conselheiros do COMDEMA presentes na
reunião tomaram ciência e se manifestaram
favoráveis ao documento apresentado.
Durante a reunião outra pauta abordada foi a
apresentação do Plano de Gestão Ambiental e
Documentos Comprobatórios que serão
entregues ao Programa Município VerdeAzul –
Ciclo 2019.
CONDEMA
O COMDEMA é um órgão auxiliar da
Administração Pública, de caráter consultivo e
deliberativo, conforme Lei nº 2.254, de 2 de
março de 1.988, alterada pela Lei nº 3.720, de
20 de fevereiro de 2009 e Lei n° 4.183, de 5
de novembro de 2013.
As reuniões são mensais, realizadas às terças-
feiras (segunda terça-feira do mês), às 14h,
no Centro de Educação Ambiental – CEA,
localizado na Avenida dos Bandeirantes, s/n°,
Antigo Balneário Municipal.
https://atibaia.portaldacidade.com/noticias/cid
ade/comdema-apresenta-cronograma-de-
manutencao-e-substituicao-da-frota-
municipal-5458
Voltar ao Sumário
13
Grupo de Comunicação
Veículo: Correio Popular
Data: 25/09/2019
Prefeitura fará nova licitação do lixo
Edital une varrição, coleta, ecopontos,
monitoramento do aterro e a disposição final
em Paulínia
O novo contrato do lixo em Campinas, cujo
edital sai em uma semana, está estimado em
R$ 85 milhões, por seis meses, prorrogável
por mais seis
Leandro Torres/AAN
Sem possibilidade de aditamentos aos
contratos, a Prefeitura vai abrir uma nova
licitação para o lixo. A estimativa do secretário
de Serviços Públicos, Ernesto Paulella, é que o
edital seja publicado em uma semana, unindo
em uma única licitação os serviços de
varrição, coleta, operação dos ecopontos e
operação e monitoramento do aterro Delta, e
a disposição final do lixo, que hoje é levado
para Paulínia. O contrato está estimado em R$
85 milhões, por seis meses, prorrogável por
igual período.
A nova licitação ocorrerá porque a Prefeitura
não conseguirá colocar na rua e concluir em
menos de um ano a parceria público-privada
para a prestação dos serviços integrados de
limpeza e manejo de resíduos sólidos, a
chamada PPP do Lixo.
Além disso, a lei impede que haja nova
prorrogação dos atuais contratos com a
Renova, que cuida da limpeza urbana, e com a
Estre, que recebe o lixo em seu aterro em
Paulínia. A lei de licitações e contratos de
prestação de serviços continuados celebrados
pela Administração determina que poderão ter
um período máximo de 72 meses, ou seja,
seis anos.
O último aditamento ao contrato com a
Renova, de R$ 123,3 milhões, para mais um
ano de prestação de serviço, vence em
novembro. Já o aditamento ao contrato da
Estre, de R$ 50,8 milhões por um ano, feito no
início do ano, vencerá em março de 2020. A
licitação será feita por lotes e o contrato para
a disposição final do lixo começará a valer no
próximo ano, quando vencer o atual, informou
o secretário.
A Prefeitura poderia optar por fazer contrato
emergencial, que dispensaria a licitação, mas
diante da incógnita sobre como o mercado vai
reagir na chamada da PPP do lixo, a opção foi
fazer uma nova licitação, para ter mais
tranquilidade, disse Paulella.
“Pode ser que o lançamento da PPP ocorra
sem problemas, o que é bastante improvável,
porque envolve um contrato de 30 anos e
imaginamos que haverá disputa acirrada, com
muitas tentativas de impugnações. Acho difícil
que uma licitação de PPP como essa seja
destravada em menos de um ano”, afirmou.
A Prefeitura vem tentando reativar o Aterro
Delta, em Campinas, mas sem sucesso. Em
2014 o espaço atingiu a capacidade máxima e
foi fechado. Em 2016 a Cetesb autorizou o uso
da área, mas o Ministério Público questionou e
exigiu adequações, que foram feitas, segundo
a Administração. A reativação do aterro
depende da decisão da Justiça.
PPP do lixo é revisada por recomendação
A revisão no edital da parceria público-privada
para a prestação dos serviços integrados de
limpeza e manejo de resíduos sólidos, a
chamada PPP do Lixo está pronta e a
Secretaria de Finanças está trabalhando para
demonstrar como a Prefeitura vai tratar a
parceria nos 30 anos de contrato da
concessão.
O edital precisou ser revisto em função de
recomendações do Ministério Público (MP),
acatadas pela Administração, que exigirá do
futuro concessionário mais investimentos em
reciclagem e nas cooperativas de catadores.
Com isso, foi elevado para cerca de R$ 830
milhões o valor do contrato inicialmente
projetado em R$ 800 milhões.
Não há data definida para a publicação do
edital. No ano passado, o promotor Rodrigo
Sanches Garcia, do Grupo de Atuação Especial
do Meio Ambiente (Gaema) recomendou à
Prefeitura de Campinas a suspensão do
14
Grupo de Comunicação
processo de licitação por que o edital
apresentava várias omissões e contradições.
Entre as omissões, segundo o promotor, estão
deficiência de informações para a
estruturação, manutenção e expansão das
Cooperativas de Catadores de recicláveis; e a
ausência de previsão de expertise tecnológica
para resíduos com maior impacto ambiental e
econômico (resíduos domiciliares), apesar de
prever exigência de atestação para
compostagem de resíduos verdes, orgânicos,
vegetais.
“O MP fez 99 recomendações, a maioria
voltada para reciclagem e cooperativas. Nós
internalizamos todas elas no termo de
referência e, com isso, o plano de negócios
sofreu alteração e vai implicar na necessidade
de mais investimentos do concessionário nas
cooperativas”, disse o secretário de Serviços
Públicos, Ernesto Paulella.
SAIBA MAIS
- A produção de lixo urbano cresceu 7,2% nos
últimos cinco anos na Região Metropolitana de
Campinas (RMC).
- Saltou de 2,8 mil toneladas diárias para 3
mil toneladas no período, segundo a
Companhia Ambiental do Estado de São Paulo
(Cetesb).
- Na média, foram 930 gramas diárias
descartadas em 2018. Multiplicado pelos 365
dias do ano, cada habitante gerou 340 quilos
em 2018.
- Dados da Prefeitura de Campinas mostram
que além do aumento de volume, a
composição dos resíduos também mudou, com
a redução da participação do lixo orgânico na
produção total.
- Há 20 anos, o lixo orgânico representava
60% da produção total e hoje representa
40%. Isso ocorre por causa do maior consumo
de produtos embalados, industrializados, com
redução de produtos in natura.
- Nos Estados Unidos, 16% do lixo são de
origem orgânica e na Europa, 20%.
https://correio.rac.com.br/_conteudo/2019/09
/campinas_e_rmc/867612-prefeitura-fara-
nova-licitacao-do-lixo.html
Voltar ao Sumário
15
Grupo de Comunicação
Veículo: O Diário de Mogi
Data: 25/09/2019
Lixo hospitalar é jogado em área de
Braz Cubas
Em uma operação realizada na manhã desta
terça-feira (23), com a participação do
Ministério Público, Delegacia do Meio Ambiente
e da Cetesb (Companhia de Tecnologia de
Saneamento Ambiental) foi constatada mais
uma vez crime ambiental em uma empresa
instalada em Braz Cubas. No local, os
investigadores Cardoso (chefe) e Antônio
Carlos constataram o despejo de lixos
hospitalares, produtos químicos e vários
dejetos.
Foi a segunda vez este ano que naquela área
foi verificada a mesma irregularidade, a qual
já é objeto de procedimento judicial após as
primeiras adotadas pelo delegado titular
Francisco Del Poente, da Delegacia do Meio
Ambiente de Mogi das Cruzes.
Apesar da blitz de ontem promovida depois de
apurações do Ministério Público, não houve
detenções e nem mesmo a área foi
embargada. “O MP vai continuar alertando a
Justiça sobre o perigo ambiental na área da
mineradora”, disse o promotor Leandro Lippi
Guimarães.
Em 2015, a empresa foi flagrada cometendo
crime ambiental. Na oportunidade, teria
ocorrido um acordo de recuperação do
terreno, o qual nunca foi cumprido.
Em maio último surgiram de novo
irregularidades em face ao crime ambiental. A
Justiça na ocasião indeferiu a interdição do
terreno, mas o Ministério Público recorreu,
pois busca suspender as atividades da
empresa, considerando a degredação
ambiental e o acúmulo de resíduos sólidos.
Além dos problemas já descobertas, o
promotor Leandro Lippi adiantou que a licença
de operação da empresa está com o prazo
vencido e a Cetesb já emitiu uma posição
desfavorável à continuidade do seu
funcionamento.
O lixo despejado no local já estaria atingindo a
área de proteção ambiental do rio Tietê. A
Polícia já verificou queima da vegetação e a
existência de óleo e resíduos químicos.
O delegado titular Francisco Del Poente depois
da constatação de crime ambiental por sua
equipe, determinou a elaboração de termo
circunstanciado a ser encaminhado para a
Justiça, apreendeu cinco máquinas
retroescavadeira e um caminhão. Ele também
acionou um perito da Polícia Científica que
registrou o crime ambiental mais uma vez.
“O cheiro é forte, o material é altamente
poluente, pois são produtos químicos como
borra de alumínio, e também hospitalares e
até parece lixo doméstico, A área tem que ser
recuperada e não pode de qualquer forma ser
usada como aterro sanitário clandestino”,
conclui Del Poente.
http://www.odiariodemogi.net.br/lixo-
hospitalar-e-jogado-em-area-de-braz-cubas/
Voltar ao Sumário
16
Grupo de Comunicação
Veículo1: Agência O Globo
Veículo2: Broadcast
Veículo3: Terra
Veículo4: Gazeta da Semana
Data: 25/09/2019
A revoada dos cupins na primavera e no verão
A revoada dos cupins ocorre na primavera e
no verão. São nestas estações do ano que os
cupins se acasalam. Nas épocas úmidas
milhares de reprodutores se preparam para a
revoada, nestes períodos que eles geram
novas colônias - que podem estar em sua
residência ou empresa.
As revoadas são formadas pelos machos e
fêmeas reprodutoras. Eles deixam seus
respectivos ninhos em busca de um
companheiro para iniciar uma nova colônia.
Sob ação de hormônios sociais específicos dos
cupins, as formas aladas são enviadas a
compartimentos subterrâneos. Após a entrada
o cupinzeiro é fechado por centenas de cupins
operários, provocando uma compressão
dentro das câmaras de espera.
Em um determinado momento os cupins que
estão trancados dentro do cupinzal começam
uma intensa vibração com as asas,
provocando um aumento da temperatura
interna do cupinzal. Neste momento os cupins
operários, abrem a saída e milhares de casais
saem em revoada numa gigantesca e efêmera
nuvem de insetos.
Chamados popularmente de cupins, esses
insetos da ordem Isóptera, são conhecidos
como aleluias, siriri ou sarará em algumas
regiões do Brasil. Os isópteros são insetos
sociais como as abelhas e formigas.
Atualmente, existem mais de duas mil
espécies de cupins catalogados em todo o
planeta. O traço comum entre as várias
espécies é que todas se alimentam de
estruturas ricas em celulose encontradas na
madeira, papel, telas, tecidos, e gesso.
As madeiras estão suscetíveis ao ataque de
várias espécies de cupins. Quando o ataque é
realizado por cupins de madeira seca, o
primeiro sinal é aquele pozinho de minúsculos
em forma de grãos duros que aparecem no
chão próximo aos móveis.
Empresas especializadas em descupinização
podem tratar o solo da obra com uma
substância que mata ou repele os cupins. Esse
tratamento geralmente oferece proteção
contra cupins por um período de pelo menos
cinco anos.
Controle de Pragas
Para que o controle de pragas tenha êxito a
primeira coisa a se fazer é identificar qual seu
tipo específico e em seguida adotar uma
estratégia de controle correta para sua
residência, empresa ou indústria fique livre da
praga em questão. É de suma importância o
monitoramento e a prevenção para que a
praga não retorne.
Os ambientes urbanos têm uma vasta rede de
esgoto e uma enorme quantidade de lixo,
esses dois fatores quando não são
administrados de forma correta criam um
ambiente ideal para as tão indesejadas
pragas.
Elas comem de tudo e o lixo que produzimos é
uma excelente fonte de alimento, assim como
ambientes caseiros, onde eles encontram
proteínas, carboidratos, gorduras e água, ou
seja, alimentos necessários para a sua
sobrevivência.
Por isso a melhor forma de combatê-los é,
sem dúvida, a prevenção e muitos dos
problema poderiam ser evitados com a ajuda
da população. Muitas das campanhas
governamentais como as relacionadas a
dengue, por exemplo, com a divulgação e
engajamento da população, fizeram com que
caísse drasticamente o número de casos da
doença, mas não se pode baixar a guarda.
Outros tipos de pragas podem ser evitados da
mesma forma. O descarte de lixo em locais
não preparados para o descarte que contribui
para o aparecimento de pragas como os ratos,
baratas e escorpiões.
O controle de pragas se desenvolveu como
uma ciência, existe um conhecimento empírico
por trás do controle e para resolver cada
situação específica. É preciso que a empresa
contratada para o controle de pragas tenha
experiência e a expertise necessária para cada
ação.
17
Grupo de Comunicação
“Ao contratar uma empresa de controle de
pragas, você deve se certificar de que está
licenciada e que tem funcionários
qualificados.” Ressalta Francisco Theodoro,
fundador da Osaka Desentupidora e Controle
de Pragas que este ano completa 40 anos de
existência.
A Osaka, além da área de desentupimento,
possui toda a experiência e conhecimento
necessários para realizar o controle integrado
de pragas. Possui licenças para atuar junto ao,
Conselho Regional de Química, PPRA, IBAMA,
CREA-SP, FEMACO, CETESB e do Programa de
Controle Médico e Saúde Ocupacional.
Os produtos que utiliza são licenciados, e
causam o mínimo desconforto ao cliente e ao
meio ambiente. A empresa também conta com
equipe especializada para realizar -
desentupimentos, limpeza de fossas, dentre
outros serviços. Seu atendimento funciona 24
horas e conta com uma equipe técnica
capacitada para que o controle integrado de
pragas seja totalmente eficiente.
http://www.agenciaoglobo.com.br/dinonews/D
efault.aspx?idnot=63902&tit=A+revoada+dos
+cupins+na+primavera+e+no+ver%C3%A3o
%0A
Voltar ao Sumário
18
Grupo de Comunicação
Veículo: A Tribuna de Santos
Data: 24/09/2019
Secretários fazem blitz na área da antiga Saturnia e abordam
‘garimpeiros’
Cerca de dez pessoas foram orientadas a
deixar o local; retroescavadeira, apreendida
Os secretários municipais do Meio Ambiente,
Parques e Jardins (Sema), Maurício Tavares da
Mota, e de Segurança e Defesa Civil (Sesdec),
Marcos Mariano, acompanhados de equipes da
Patrulha Ambiental, realizaram ontem uma
blitz na área da Saturnia, antiga fábrica de
baterias automotivas de Sorocaba, localizada
no bairro Iporanga. Mais de 10 pessoas foram
orientadas a deixar o local.
Uma máquina retroescavadeira fazia
movimentação de terra no terreno sem
autorização da Companhia Ambiental do
Estado de São Paulo (Cetesb) e foi
apreendida. “O objetivo dessa ação foi de
coibir qualquer intervenção no local sem
autorização do órgão licenciador (Cetesb) e
orientar as pessoas que continuam se
arriscando ao realizar de maneira ilegal o
garimpo de chumbo, escavando a terra
contaminada, onde existe um alto risco de
toxicidade”, destaca o secretário do Meio
Ambiente.
Conforme a Sema, as pessoas abordadas
foram notificadas pela Patrulha Ambiental a
saírem do local. Já a máquina que operava foi
apreendida, contudo em defesa apresentada
pelo proprietário foi requerida a manutenção
da posse do equipamento como fiel
depositário. Além disso, foi lavrado um auto
de infração pela movimentação de terra sem
autorização do órgão ambiental que será
emitido ao proprietário do terreno.
De acordo com Maurício Mota, a blitz atende
ao pedido da Comissão Especial de
Investigação (CEI) da Câmara Municipal
formada pelos vereadores João Donizeti, Iara
Bernardi e Hudson Pessini que está atuando
no caso, e será feita de forma periódica. “A
nossa ideia é realizar essas ações com mais
frequência, para chamar a atenção das
pessoas do risco à saúde pública para que elas
não retornem ao local”, enfatiza Mota.
A Secretaria do Meio Ambiente está atenta à
situação, assim como todo o trabalho
realizado pela Câmara Municipal para apurar
as denúncias de crime ambiental; pela Cetesb,
que é o órgão licenciador e tem
responsabilidade sobre o fato; e também na
esfera judicial, com a participação do
Ministério Público. (Da Redação)
https://www.jornalcruzeiro.com.br/sorocaba/s
ecretarios-fazem-blitz-na-area-da-antiga-
saturnia-e-abordam-garimpeiros/
Voltar ao Sumário
19
Grupo de Comunicação
Veículo: O Liberal
Data: 25/09/2019
Cetesb concede licença e ETE do Condomínio Jade é regularizada
A Cetesb (Companhia Ambiental do
Estado de São Paulo) concedeu no último
dia 13 a licença de operação para a ETE
(Estação de Tratamento de Esgoto) que
atende ao Codomínio Jade, em Santa Bárbara
d’Oeste. A estrutura funcionava de maneira
irregular desde 2018, quando os apartamentos
foram entregues.
Estação recebe licença para funcionamento
emitida pela Cetesb
Uma vistoria foi realizada pela companhia em
agosto, quando não foram constatados
problemas. Com isso, foi emitida a licença
para funcionamento válida até setembro de
2024. O empresário Gabriel dos Reis, de 26
anos, que mora no local, afirma que a situação
melhorou desde então, embora o problema
ainda seja notado durante a noite.
O caso foi revelado pelo LIBERAL no mês
passado. A companhia havia realizado três
vistorias, que identificaram o descumprimento
de exigências técnicas, como extravasamento
de esgoto e emissão de ruídos, espuma e odor
– esse o maior motivo de reclamações dos
moradores.
Com isso, a licença foi negada nos pedidos
anteriores. Duas multas foram aplicadas ao
DAE (Departamento de Água e Esgoto), no
valor total de R$ 51 mil. A estrutura foi
construída pela HM Engenharia para tratar o
esgoto proveniente dos apartamentos que
fazem parte do condomínio, sendo a operação
de responsabilidade da autarquia.
Ela deve ser desativada depois que a ETE
Barrocão ficar pronta, segundo informou a
prefeitura na época – a previsão é que as
obras sejam concluídas no primeiro semestre
de 2020.
https://liberal.com.br/cidades/s-
barbara/cetesb-concede-licenca-e-ete-do-
condominio-jade-e-regularizada-1080360/
Voltar ao Sumário
20
Grupo de Comunicação
Veículo: Jornal do Comércio
Veículo2: Autopapo
Veículo3: Portal Autopeças
Data: 25/09/2019
Grupo Gandini inaugura centro para testes de emissões veiculares
Independente, novo laboratório oferece pacote
completo de homologação para veículos
automotores
Localizado em Salto (SP) e construído com
investimento de R$ 25 milhões, o Gandini
Centro Tecnológico (GCT) pode validar
veículos com tração 4x2 ou 4x4, movidos a
gasolina, álcool, flex, diesel, gás natural e,
inclusive, híbridos ou elétricos. A intenção do
Grupo Gandini é atender a montadoras,
importadoras, sistemistas e fornecedores da
indústria automotiva.
“Estamos inaugurando um dos laboratórios de
emissões veiculares mais modernos do Brasil,
ampliando nossa atuação para mais um setor
da cadeia automotiva. Em um momento em
que os híbridos e elétricos despontam como
soluções para a mobilidade urbana sustentável
no mundo todo, o GCT é um dos únicos no
País a contar com tecnologia de ponta para o
processo de homologação de veículos com
essas motorizações”, ressalta José Luiz
Gandini, presidente do grupo empresarial.
Instalado às margens da Rodovia Santos
Dumont, o GCT tem fácil acesso às cidades
paulistas de São Paulo, Sorocaba, Campinas e
Piracicaba. Com área total de 5.900 m² e
2.400 m² de área construída, o complexo
possui modernos laboratórios, uma ampla
oficina e estrutura completa para
acompanhamento dos ensaios.
A capacidade técnica do Gandini Centro
Tecnológico para realizar testes como
emissões de gases de escapamento, consumo
de combustível, emissões evaporativas e de
veículos rodoviários híbridos leves, entre
outros, foi reconhecida pela Companhia
Ambiental do Estado de São Paulo
(Cetesb).
Entre os equipamentos do local, destaque
ainda para o dinamômetro de chassis 4x4, que
possibilita a medição de torque e potência em
ensaios de emissões de poluentes e de
consumo de combustível nos veículos de
passageiros e comerciais leves dotados de
tração 4x2 e 4x4.
https://www.jornaldocomercio.com/_conteudo
/colunas/automotor/2019/09/704195-grupo-
gandini-inaugura-centro-para-testes-de-
emissoes-veiculares.html
Voltar ao Sumário
21
Grupo de Comunicação
Veículo: Jornal de Itu
Data: 25/09/2019
Centro Tecnológico do Grupo Gandini é inaugurado em Salto - Jornal de Itu
O município de Salto passou a contar com o
mais novo Gandini Centro Tecnológico;
inaugurado nesta segunda-feira (23), pelo
presidente do grupo, José Luiz Gandini,
autoridades e o Prefeito Geraldo Garcia. Com
localização estratégica e ampla estrutura, GCT
é resultado de investimento na ordem de R$
25 milhões.
A cerimônia contou também com a
participação do ex-presidente da República,
Michel Temer, vereadores de Salto e Itu,
deputado federal Herculano Passos, além de
secretários municipais e empresários.
Localizado em Salto (SP), o novo laboratório
de emissões veiculares é um dos poucos do
Brasil capaz de oferecer um pacote completo
de homologação de veículos, sejam à gasolina,
álcool, flex, diesel, GNC, híbridos ou elétricos,
com tração 4×2 ou 4×4.
Na oportunidade, o Prefeito Geraldo Garcia,
destacou o potencial de crescimento do
município, como a atração de novas
indústrias, investimentos e localização
privilegiada que aquecem o mercado e geram
novos empregos. “O histórico da nossa cidade
nos mostra que Salto se destaca como um
importante local para se investir. Estou
extremamente satisfeito e motivado com
todas estas ações que vem acontecendo em
Salto no que se refere à desenvolvimento
empresarial e geração de empregos”,
destacou.
Construído em uma área total de 5.900 m2,
sendo 2.400 m2 de área construída, as
instalações incluem modernos laboratórios e
uma ampla oficina. O GCT também possui
estrutura completa para acompanhamento de
ensaios, incluindo salas de reunião e áreas
independentes para clientes, com estações de
trabalho equipadas para garantir
confidencialidade e máxima produtividade.
O presidente do Grupo, José Luiz Gandini,
destacou a modernidade do espaço e o apoio
da prefeitura durante o processo de instalação
do novo centro.
Resultado de um investimento na ordem de R$
25 milhões, o Gandini Centro Tecnológico está
pronto para oferecer o processo completo de
homologação de veículos para montadoras,
importadoras, sistemistas e fornecedores da
indústria automotiva. Com localização
estratégica, às margens da SP_75, em Salto,
o GCT possui fácil acesso às cidades de São
Paulo, Sorocaba, Campinas e Piracicaba.
“É com enorme satisfação que estamos
inaugurando um dos laboratórios de emissões
veiculares mais modernos do país, ampliando
a atuação do Grupo Gandini para mais um
setor da cadeia automotiva. Em um momento
em que os híbridos e elétricos despontam
como soluções para a mobilidade urbana
sustentável no mundo todo”, destaca o
presidente do Grupo, José Luiz Gandini.
Tecnologia de ponta – O Gandini Centro
Tecnológico possui capacidade técnica – já
reconhecida pela Cetesb (Companhia
Ambiental do Estado de São Paulo) – para
realizar testes de emissões de gases de
escapamento (NBR 6601), consumo de
combustível (NBR 7024), emissões
evaporativas (NBR 11481), análise de aldeídos
(NBR 12026), análise de álcool não queimado
(NBR 15598), medição de opacidade (NBR
130370) e veículos rodoviários híbridos leves
(NBR 16567), entre outros.
Os modernos equipamentos do Gandini Centro
Tecnológico incluem o sistema AVL para
análise de emissões Otto / Diesel, incluindo
contagem de partículas. Também integra a
relação de equipamentos uma moderna
câmara SHED VT com volume variável, para
medição de emissões evaporativas em
veículos leves, permitindo a realização de
ensaios de homologação tanto para o Brasil
quanto para o Mercosul.
Eficiência energética – Único laboratório
independente no Brasil equipado com
dinamômetro 4X4, combinado com tecnologia
para testar veículos híbridos e elétricos, o
22
Grupo de Comunicação
Gandini Centro Tecnológico foi anunciado em
setembro de 2016, habilitando o Grupo
Gandini ao atendimento das normas de
eficiência energética do Programa Rota 2030.
https://jornaldeitu.com.br/2019/09/24/centro
-tecnologico-do-grupo-gandini-e-inaugurado-
em-salto/
Voltar ao Sumário
23
Grupo de Comunicação
Veículo: O Defensor
Data: 24/09/2019
De Pietro solicita informações a
respeito de obras no parque municipal de lazer
Requerimento lido na sessão ordinária no
início de semana na Câmara Municipal,
redigido pelo vereador Rodrigo de Pietro, pede
para que o prefeito de Taquaritinga encaminhe
à Casa de Leis, em tempo hábil, informações
acerca do Parque Municipal de Lazer Prefeito
Ernesto Salvagni.
Conforme o vereador, em visita ao referido
local, constatou a diminuição da capacidade de
armazenamento de água da represa e uma
grande utilização de terra, muito maior que
utilização de pedra bruta para construção de
passagem. Em razão disso, e por medidas de
segurança, requer as seguintes informações:
1º) Cópia capa a capa do projeto executivo da
obra; 2º) Cópia da Anotação de
Responsabilidade Técnica; 3º) Documentos
referentes à licença ambiental junto a Cetesb;
4º) Cópia da outorga para a intervenção
naquele curso d’água junto ao DAEE
(Departamento de Água e Energia
Elétrica) ou Cetesb.
http://www.odefensor.com.br/site/2019/09/2
4/de-pietro-solicita-informacoes-a-respeito-
de-obras-no-parque-municipal-de-lazer/
Voltar ao Sumário
24
Grupo de Comunicação
Veículo: O Regional
Data: 24/09/2019
Moradores de condomínio reclamam de
transtornos causados por empresa em
holambra
Em contato com a redação do Jornal O
Regional, moradores do condomínio Portal do
Sol em Holambra, através da Associação de
Moradores, vieram reclamar a respeito da
poeira causada por uma empresa que produz
insumos agrícolas, localizada próxima do
condomínio.
De acordo com o que os moradores reclamam,
com o vento dos últimos dias a fuligem preta
da produção da empresa estaria invadindo as
casas do condomínio causando grande sujeira
e transtornos para os moradores.
Segundo o que enviaram através de fotos e
vídeos, a poeira que vem do pátio da empresa
invade as casas, mesmo que sejam mantidas
com portas e janelas fechadas e causa sujeira
no piso e nos móveis logo após serem
limpados. “Estamos desesperados com essa
situação, já reclamamos na empresa e
também na prefeitura, mas até o momento
nada foi feito, não sabemos mais o que fazer”,
disseram.
Antes da publicação da matéria uma vistoria
foi feita pela Cetesb e a empresa emitiu nota
com parecer sobre o ocorrido.
NOTA DA EMPRESA
A empresa ressalta que após a referida
reclamação houve inspeção da Cetesb em
23/09/2019, momento em que foi observada a
legalidade da atividade desempenhada a mais
de três décadas, não tendo qualquer
imposição.
https://oregional.net/moradores-de-
condominio-reclamam-de-transtornos-
causados-por-empresa-em-holambra-99178
Voltar ao Sumário
25
Grupo de Comunicação
Veículo1: G1
Veículo2: Rádio Sat FM
Data: 24/09/2019
Material contaminante é encontrado em área de mineradora na cidade, diz
polícia
Segundo a polícia, no local há materiais
hospitalares e outros resíduos. Ação começou
por causa de investigação do Ministério
Público.
Policiais da Delegacia Ambiental encontraram
nesta terça-feira, 24, material contaminante
na área de uma mineradora no Distrito de
Brás Cubas em Mogi das Cruzes. Segundo a
polícia, no local estão materiais hospitalares e
outros resíduos e o descarte é irregular.
O delegado Francisco Del Poente informou que
ação é resultado de uma operação do
Ministério Público com a participação da
Companhia Ambiental do Estado de São
Paulo (Cetesb), Prefeitura e Delegacia do
Meio Ambiente.
O promotor público Leandro Lippi explicou que
a ação desta terça-feira não gerou nenhuma
prisão e nem o embargo da área.
Ele afirmou que o Ministério Público vai
continuar alertando a Justiça sobre o perigo
ambiental que o terreno da mineradora
representa.
Lippi destacou que desde 2015 existe uma
batalha judicial com a empresa responsável
pela área.
De acordo com o promotor, a empresa fez um
acordo com o Ministério Público para recuperar
essa área, mas ele não foi cumprido. “O último
pedido do MP à Justiça em relação a área foi
uma inspeção feita em maio desse ano, mas
ele foi indeferido pelo juiz da 2ª Vara de
Família de Mogi, mas o Ministério Público
recorreu. Buscamos a suspensão das
atividades e a interdição do local, tendo em
vista o aumento significativo da degradação
ambiental e o depósito de resíduos sólidos
perigosos.”
O promotor alertou que a empresa tem uma
licença de operação, mas ela está vencida.
Segundo Lippi, a Cetesb já emitiu um parecer
desfavorável a essa licença. “Essa licença de
operação que a empresa se escora é para o
início da propriedade. E eles ampliaram essa
atividade sem ter em nenhum momento uma
autorização para o depósito desses resíduos
perigosos, principalmente avançando nessa
área, chegando inclusive a Área de Proteção
Ambiental (APA) do Rio Tietê onde tem
queima da vegetação e constatamos o
depósito de óleo e resíduos químicos
contaminantes.”
De acordo com Del Poente, o local pertence a
uma mineradora e é objeto de um litígio
judicial e de uma ação da Cetesb.
“O que ocorre nesse momento é que está
havendo atividade poluidora com descarte de
material contaminante. Inclusive material
hospitalar e outros resíduos, como borra de
alumínio e até lixo. A Cetesb faz o
levantamento do grau poluente desse
material”, explica Del Poente.
Segundo o delegado, inicialmente a polícia vai
registrar um termo circunstanciado, fazer a
apreensão de cinco máquinas e um caminhão
e uma perícia na área.
“O cheiro é forte, o material é altamente
poluente. São produtos químicos e
hospitalares e parece lixo doméstico. A área
precisa ser recuperada e não pode ser usada
como aterro sanitário clandestino”, destaca o
delegado.
Del Poente completou que por enquanto
ninguém foi preso e que haverá a instauração
de um inquérito.
A Cestesb, que acompanha a ação no local a
pedido do Ministério Público, informou que
posteriormente vai divulgar os resultados da
vistoria técnica.
http://www.radiosatfm.com.br/blogue/mogi-
material-contaminante-e-encontrado-em-
area-de-mineradora-na-cidade-diz-policia/
Voltar ao Sumário
26
Grupo de Comunicação
Veículo: TV Diário Mogi
Data: 24/09/2019
Descarte irregular de lixo tem preocupado moradores do Jd. Dona
Benta
http://cloud.boxnet.com.br/y5hgt3n8
Voltar ao Sumário
27
Grupo de Comunicação
Veículo: Diário de Sorocaba
Data: 24/09/2019
Pessoas são orientadas a deixar área
da Saturnia
https://visualizacao.boxnet.com.br/?t=00812955D0
A5FF01A9915D2EEB9B0BF5020000008984EC5
B329A22E60486990D4E3E29604B04664DE30C1
8D47F945C427EC089615EDB71E341FC96B163
F5C728DA2281BA27BD3FD22A6F65F71123E4A
A67ECADBD9EEF9040AF2867B31549E20F44CF
6E8F
Voltar ao Sumário
28
Grupo de Comunicação
Veículo: TV Bandeirantes
Data: 24/09/2019
Nível do reservatório de água de Rio Preto diminui
http://cloud.boxnet.com.br/y5j5w94r
Voltar ao Sumário
29
Grupo de Comunicação
Veículo: Mogi News
Data: 24/09/2019
CETESB aponta irregularidade em
mineradora
http://cloud.boxnet.com.br/y2j4bsjz
Voltar ao Sumário
30
Grupo de Comunicação
Veículo: TV Globo
Data: 24/09/2019
MP descobre aterro sanitário irregular
em Mogi das Cruzes
http://cloud.boxnet.com.br/y2ektm2c
Voltar ao Sumário
31
Grupo de Comunicação
Veículo: Rádio Jovem Pan
Data: 24/09/2019
Governo de SP anuncia contrato da Sabesp para tratar esgoto de Guarulhos
http://cloud.boxnet.com.br/y2bb8s9x
Voltar ao Sumário
32
Grupo de Comunicação
Veículo: Comércio de Franca
Data: 24/09/2019
Moradores do Paulistano e Santa Cruz ficam sem água
O problema incomodou especialmente pelo
forte calor que atinge a cidade de Franca já há
algumas semanas.
Imagem de arquivo meramente ilustrativa
Moradores dos bairros Santa Cruz e Paulistano
ficaram sem água por um período na última
sexta-feira, 20. O problema incomodou
especialmente pelo forte calor que atinge a
cidade de Franca já há algumas semanas.
De acordo com as reclamações o corte no
fornecimento da água não foi informado com
antecedência pela Sabesp, companhia
responsável pelo fornecimento de água na
cidade, e pegou todos de surpresa causando
diversos inconvenientes.
“Passamos o dia todo trabalhando e quando
chegamos em casa queremos limpar uma
casa, tomar banho ou mesmo tomar água e
não tinha nada nas torneiras, estavam vazias
e sem qualquer aviso prévio da Sabesp”,
disse a vendedora Erica Garcia, 29, moradora
da Santa Cruz.
Procurada a Sabesp informou que “na última
sexta-feira, 20, a falta de energia, ocasionada
por um incêndio em um canavial em Restinga
que atingiu a rede elétrica, prejudicou o
funcionamento dos poços que fazem parte do
sistema de abastecimento de Franca. O
problema causou intermitência no
fornecimento de água da zona alta da região
da Capelinha, da qual o bairro Paulistano faz
parte. O abastecimento foi normalizada a
partir das 21 horas do mesmo dia (sexta-
20)”.
Já em relação ao bairro Santa Cruz, apesar
das reclamações, a empresa informou que não
houve nenhum registro sobre problema de
falta de água nos canais de atendimento da
Sabesp.
Em nota a Companhia ressaltou ainda a
importância de os moradores conectarem
torneiras, chuveiros, máquina de lavar e todos
os equipamentos hidráulicos à caixa-d’água,
como determina a norma da ABNT (Associação
Brasileira de Normas Técnicas), com
reservação suficiente para a demanda do
imóvel para 24 horas e informou estar à
disposição da população pela Central de
Atendimento nos telefones 195 ou 0800 055
0195, ou pela Agência Virtual no site
www.sabesp.com.br para reclamações com
falta de água.
https://gcn.net.br/noticias/402573/franca/201
9/09/moradores-do-paulistano-e-santa-cruz-
ficam-sem-agua
Voltar ao Sumário
33
Grupo de Comunicação
Veículo1: UOL
Veículo2: Portal DCI
Veículo3: Folha da Região
Veículo4:Diário online
Veículo5:Diário de Pernambuco
Veículo6: Repórter Diário
Veículo7: R7
Data: 24/09/2019
Presidentes de companhias de
saneamento criticam limite para serviços
O presidente da Companhia de Saneamento
de Minas Gerais (Copasa), Carlos Eduardo
Tavares de Castro, mostrou preocupação
nesta terça-feira (24) com o trecho da
proposta do novo marco do saneamento que
prevê limitação de 25% para o prestador
subdelegar o serviço, quando a prestação é
feita por meio de contrato. O projeto de lei
prevê um limite de 25% do valor do contrato.
Segundo Tavares, a cláusula é um entrave na
busca de variação de arranjos para alcançar a
universalizar o setor. "Do jeito que veio no
projeto, os 25% impedem a busca de arranjos
variados. Se o objetivo é buscar novos
arranjos, isso seria um entrave, não estaria
indo no caminho de fomentar arranjos que
permitam trazer mais recursos para o setor",
disse, ao participar de audiência pública na
Câmara que discute a proposta de um novo
marco.
Questionado sobre a porcentagem, o
presidente da Companhia de Saneamento
Básico do Estado de São Paulo (Sabesp),
Benedito Braga, disse não ver "muita lógica"
em se impor um número. "Cada caso é um
caso", disse.
"Na hipótese de prestação dos serviços
públicos de saneamento básico por meio de
contrato, o prestador de serviços poderá,
desde que haja previsão contratual ou
autorização expressa do titular dos serviços,
subdelegar o objeto contratado, observado o
limite de 25% (vinte e cinco por cento) do
valor do contrato", define trecho do PL.
O presidente da Copasa também mostrou
insatisfação com o trecho do projeto que
prevê a substituição do sistema unitário pelo
sistema separador absoluto - em que a água
pluvial passa em uma tubulação diferente da
tubulação do esgoto sanitário. Segundo ele, o
sistema unitário é "extremamente aplicável"
em algumas regiões. "Do jeito que está, nós
estaríamos meio que inviabilizando, porque diz
que só pode ser do ponto de vista transitório",
observou.
http://cloud.boxnet.com.br/yyoj44a7
Voltar ao Sumário
34
Grupo de Comunicação
Veículo: A Tribuna
Data: 25/09/2019
Sabesp faz serviços em Guarujá
http://cloud.boxnet.com.br/y64xetc4
Voltar ao Sumário
35
Grupo de Comunicação
Veículo: Rádio Jovem Pan
Data: 24/09/2019
Comissão especial debate investimento privado em saneamento
Voltar ao Sumário
36
Grupo de Comunicação
Veículo: Diário do Litoral
Data: 24/09/2019
Cubatão recolhe quase 5 toneladas de
detritos do Rio Casqueiro
O mutirão ao longo da Avenida Beira Mar
ocorreu pela manhã. Cerca de cem pessoas
participaram da ação ambiental
No Dia Mundial da Limpeza, no último sábado
(21), voluntários e funcionários da Prefeitura
recolheram quase 5 toneladas de detritos das
margens do Rio Casqueiro, em Cubatão.
O secretário de Meio Ambiente, Hallan
Clemente, informou que foram coletadas 4
toneladas de restos de madeira, 600 quilos de
plástico e 40 quilos de vidro, dentre outros
detritos lançados irregularmente nas águas. O
mutirão ao longo da Avenida Beira Mar
ocorreu pela manhã.
Cerca de cem pessoas participaram da ação
ambiental. "Apenas da Escola Técnica Federal
de Cubatão contamos com o auxílio de 47
alunos e colaboradores", apontou o secretário.
A ação teve também o apoio da Sabesp,
Comgás, Associação Beneficente de Catadores
de Material Reciclável da Baixada Santista
(ABC-Marbas), Projeto Limpa Rios, Associação
de Moradores da Ilha Caraguatá e de
integrantes da ONGs EcoPhalt e Nudaer.
Vale lembrar que os detritos geralmente são
lançados no rio por moradores de municípios
vizinhos. Em razão da força da maré, o lixo
cruza o rio, causando transtornos aos
residentes no Jardim Casqueiro.
O material que pode ser reciclado foi
encaminhado para o Galpão de Reciclagem –
Unidade Municipal de Triagem, localizado na
Rua Tenente Coronel Geraldo Aparecido
Correa, s/nº, Sítio Cafezal, onde atua a
cooperativa ABC Marbas.
Mundo – O Instituto Limpa Brasil é o
responsável por organizar e coordenar as
ações em território nacional. Mas o movimento
surgiu na Estônia, país localizado no norte da
Europa, em 2008. Naquele ano, 50 mil
pessoas se uniram para limpar o país em
apenas cinco horas. Atualmente 157 países e
territórios participam dessa ação ambiental.
https://www.diariodolitoral.com.br/cotidiano/c
ubatao-recolhe-quase-5-toneladas-de-
detritos-do-rio-casqueiro/129088/
Voltar ao Sumário
37
Grupo de Comunicação
Veículo: Diário de Verdade
Data: 25/09/2019
Sabesp abre competição com 442 atletas
http://cloud.boxnet.com.br/y57nn6pc
Voltar ao Sumário
38
Grupo de Comunicação
Veículo1: TV Record
Veículo2: SBT
Data: 25/09/2019
Rompimento de encanamento espalha lama pelas ruas da Zona Leste de São Paulo
http://cloud.boxnet.com.br/y3bg5tlg
http://cloud.boxnet.com.br/yxnj8m4p
Voltar ao Sumário
39
Grupo de Comunicação
Veículo: Diário de Suzano
Data: 24/09/2019
Polícia Ambiental encontra material contaminante em área demineradora
Voltar ao Sumário
http://cloud.boxnet.com.br/y2uvvan6
40
Grupo de Comunicação
VEÍCULOS DIVERSOS Veículo: VG Resíduos
Data: 25/09/2019
Coleta e destinação de resíduos: que documentos são importantes?
Na gestão de resíduos é fundamental conhecer
quais os documentos importantes na coleta e
destinação de resíduos. Os documentos como
MTR, CADRI, CDF e o Certificado de Coleta
comprovam que a empresa adota um conjunto
de ações adequadas no gerenciamento.
A melhor maneira de gerir esses documentos
é com o uso de ferramentas que auxiliem no
arquivamento deles. Com o software de
gestão da VG Resíduos esses documentos são
gerados automaticamente e armazenados.
Saiba quais documentos são importantes na
coleta e destinação de resíduos!
Documentos importantes para coleta e
destinação de resíduos
Após a publicação da PNRS (Política Nacional
de Resíduos sólidos), as empresas se viram
obrigadas a comprovar a coleta e destinação
correta dos seus resíduos. Para isso, os órgãos
ambientais exigem que sejam emitidos
documentos que comprovam a gestão dos
resíduos. Saiba quais são esses documentos.
Certificado de Destinação Final de Resíduos
O certificado de destinação final – CDF é um
documento que comprova o recebimento do
resíduo. E, também, comprova que a empresa
geradora teve o devido cuidado com a
destinação final dos resíduos. Uma vez, que
ela é responsável pelo seu resíduo geradora e
deve buscar fornecedores qualificados e
licenciados para receberem o resíduo.
Em síntese, o CDF, consiste em uma
declaração formal de que o resíduo foi tratado
e destinado ao fim mais adequado – por
exemplo, resíduos químicos: aterro industrial,
coprocessamento ou incineração; resíduos
biológico-infectantes: autoclavagem ou micro-
ondas; resíduos comuns: aterros sanitários.
O certificado de destinação final deverá ter as
seguintes informações:
– cabeçalho com dados cadastrais do tratador;
– informações do gerador;
– tabela com informações dos resíduos
enviados ao tratador, bem como as
quantidades individuais, a unidade de medida
de cada um e a forma de destinação aplicada
a cada resíduo (reciclagem, incineração,
aterro, etc.);
– dados do licenciamento ambiental do
destinador;
– declaração em texto indicando que os
materiais foram entregues ao tratador e em
qual data.
Uma nota importante! Caso a própria empresa
geradora trate seus resíduos, o certificado
também deve ser preenchido. No entanto,
com os dados da própria empresa ou área de
destinação.
No software da VG Resíduos, o CDF não
precisa ser alimentado pela empresa geradora,
pois o sistema coleta automaticamente todos
os dados dos materiais que estão sendo
enviados. Além disso, atualiza em tempo real
as informações dos transportadores e
tratadores de resíduos.
Assim, basta um clique para que o certificado
fique pronto, além do mais, o tratador recebe
o documento para que possa de imediato
providenciar a assinatura e devolução à
empresa geradora do resíduo. Tudo muito
simples e rápido.
CADRI
O CADRI é um certificado de movimentação de
resíduos de interesse ambiental. É uma
ferramenta que demonstra que o resíduo está
sendo transportado para um local de
reprocessamento, armazenamento,
tratamento ou disposição final.
É um documento emitido pela Companhia
Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB).
Trata-se de um instrumento de fiscalização
exclusivo do estado de São Paulo.
Os tipos de resíduos que exigem o CADRI
encontram-se divididos em duas classes:
resíduos Classe I – Perigosos
resíduos Classe II A – Não Inertes
Abaixo seguem exemplos de Resíduos de
Interesse Ambiental:
resíduos industriais perigosos;
resíduo sólido domiciliar;
41
Grupo de Comunicação
lodo de sistema de tratamento de efluentes
líquidos industriais ou de sanitários;
EPI contaminado e embalagens contendo PCB;
resíduos de curtume não caracterizados como
Classe I;
resíduos de indústria de fundição não
caracterizados como Classe I;
resíduos de portos e aeroportos;
resíduos de serviços de saúde, dos Grupos A,
B e E;
resíduos de agrotóxicos e suas embalagens.
O software da VG Resíduos coleta
automaticamente todas as informações e
registros de destinação do resíduo, bem como
os dados dos transportadores e tratadores dos
resíduos.
Após coletar as informações é gerado um
documento em arquivo PDF que pode ser
enviado ao órgão fiscalizador. O documento
também fica disponível para impressão. O
gerador de relatórios do sistema é
sincronizado ao banco de dados. Esse banco
de dados possui todas as informações
referentes à geração de resíduos ao longo do
ano. Bem como as informações pertinentes de
quem tratou, qual a destinação dada ao
resíduos, quanto custou e etc.
MTR – Manifesto de Transporte de Resíduos
A emissão do MTR é obrigatória para conhecer
e monitorar a destinação do resíduo gerado e
tratado. Além disso, através dele é possível
controlar a forma adequada do transporte
entre gerador e receptor e o encaminhamento
para locais licenciados.
Com o MTR é possível diminuir os riscos do
manejo e transporte inadequado e ilegal dos
resíduos por parte dos transportadores e
receptores de resíduos.
Esse documento tem quatro vias, sendo que:
– uma via vai para o gerador do resíduo;
– a segunda via vai para o transportador;
– a terceira para o receptor/destinador do
resíduo;
– a quarta via retorna ao gerador com todas
as assinaturas de transporte e recebimento. A
quarta via deverá ser apresentada
posteriormente ao órgão ambiental.
O documento deve ser guardado por cinco
anos pelo gerador e receptor, e por três anos
pela empresa transportadora.
Com a VG Resíduos a empresa consegue
emitir o MTR online através de uma
plataforma desenvolvida exclusivamente para
emissão do documento. O documento é
gerado de forma fácil e automatizado.
Relatório CONAMA 313
O Relatório CONAMA 313 ou inventário é uma
listagem de todos os resíduos gerados pela
empresa em um determinado período, sendo
assim uma importante ferramenta de gestão
de resíduos. Ele deve contemplar os tipos de
resíduos produzidos, a origem, a quantidade e
a destinação de cada tipo de resíduo gerado.
O inventário serve como um instrumento que
quantifica e diagnostica as informações de
uma empresa sobre a geração, características,
armazenamento, transporte, tratamento,
reutilização, reciclagem, recuperação e
disposição final dos resíduos gerados. Assim,
as notas fiscais de transporte e comprovantes
de destinação deverão ser mantidas na
empresa.
Para elaborar o CONAMA 313 é necessário
conhecer o resíduo gerado, sua quantidade e
origem. Neste sentido as normas
regulamentadoras NBR 10.004, NBR 10.005,
NBR 10.006 e NBR 10.007 constituem como
significativas ferramentas para classificar os
resíduos gerados.
O software da VG Resíduos permite a geração
do Relatório Conama 313 já nos moldes
exigidos pela legislação e com toda a
informação atualizada. Além disso, o sistema
avisa sobre os prazos de envio do documento.
Sendo assim, os documentos importantes que
comprovam a coleta e destinação de resíduos
são o CADRI, MTR, CONAMA 313 e CDF.
Esses documentos podem ser emitidos pelo
software da VG Resíduos.
Gostou desse assunto ou acha ele relevante?
Compartilhe nas redes sociais ou deixe seu
comentário abaixo.
https://www.vgresiduos.com.br/blog/coleta-e-
destinacao-de-residuos-que-documentos-sao-
importantes/
Voltar ao Sumário
42
Grupo de Comunicação
Veículo: Jornal da Cidade
Data: 25/09/2019
Polícia prende homem apontado como caçador de capivara
Espingarda, munições e carne foram
localizadas com o suspeito em Ibitinga
Polícia chegou ao suspeito após denúncias
A Polícia Militar Ambiental apreendeu, na
manhã desta terça-feira (24), em Ibitinga (90
quilômetros de Bauru), uma espingarda,
várias munições e um quilo de carne de
capivara. Os produtos foram localizados em
um rancho no bairro Cambaratiba. Um
suspeito foi preso. A polícia acredita que a
carne seja de caça predatória.
A equipe de policiamento chegou ao local
depois de denúncia durante patrulhamento
náutico pelo Rio Tietê.
A informação era que moradores estavam
ouvindo, constantemente, diversos disparos
de arma de fogo e que um homem do bairro
estaria envolvido com a caça de animal
silvestre.
O local onde o suspeito mora também foi
indicado pela denúncia. No local, os policiais
encontraram a arma, sete munições já
deflagradas, cinco intactas, espoletas, chumbo
e pólvoras para a produção artesanal de
munição. A carne de capivara estava em um
freezer.
O homem foi conduzido para a Delegacia de
Polícia e autuado em flagrante pelo crime de
posse ilegal de arma de fogo e crime
ambiental contra a fauna.
Também foi lavrado auto de infração
ambiental no valor de R$ 500,00 por
armazenar a carne do animal e arbitrada
fiança de R$ 1 mil. Como não houve o
pagamento, o homem foi levado à Cadeia de
Ibitinga e está à disposição da Justiça.
https://www.jcnet.com.br/noticias/regional/20
19/09/697466-policia-prende-homem-
apontado-como-cacador-de-capivara.html
Voltar ao Sumário
Data: 16/09/2019
43
Grupo de Comunicação
FOLHA DE S. PAULO O QUE A FOLHA PENSA: Colcha de retalhos
Na ONU, Bolsonaro afaga vários nichos em que
se apoia sua popularidade cadente
Não foi a primeira vez, nem terá sido a última,
que um presidente brasileiro aproveitou o
palanque anual da semana de abertura da
Assembleia Geral da Organização das Nações
Unidas para dar recados domésticos. Esse hábito
tem sido cultivado por chefes de muitos outros
Estados que discursam em Nova York nessa
ocasião.
A fala de Jair Bolsonaro (PSL) tampouco inovou
no conteúdo. Faz tempo que o mandatário
desistiu de elevar o apoio popular a seu governo,
o que requereria moderação, e passou a
radicalizar o discurso para galvanizar seu núcleo
mais fiel de sustentação. Pregou, mais uma vez,
para os convertidos.
Em sua trôpega elocução, reiterou a falácia de
que o Brasil estava à beira do “socialismo”
quando ele venceu as eleições e fez novo elogio,
este velado, à ditadura implantada em 1964.
Também atiçou a imaginação delirante de seus
hooligans ao mencionar a ameaça que um tal
Foro de São Paulo significaria para a democracia
no Brasil.
A pequena e ruidosa torcida decerto exultou
diante de acusações sem fundamento à
imprensa, chamada de mentirosa e partidária.
A minoria de brutamontes disposta a atropelar os
indígenas e as cautelas ambientais no Brasil
também há de ter saído satisfeita com as críticas
genéricas a ONGs, à quantidade de terras sob
usufruto dos povos originários e a propalados
interesses colonialistas de nações estrangeiras na
Amazônia.
A inserção de palavras de solidariedade aos
perseguidos por motivos religiosos, bem como as
invocações de Deus e do bordão de campanha
inscrito no Evangelho de João, afaga interesses
de igrejas e pastores, além de um público, este
sim volumoso, que avalia o governo Bolsonaro
acima da média nas pesquisas de popularidade.
Pílulas de pragmatismo que o presidente
brasileiro veio sendo obrigado a engolir, sem
convicção, para manter o mínimo de
governabilidade também se fizeram sentir na
fala. Foi o caso das referências à abertura da
economia —seja internamente, seja para o
exterior.
Mas esse aspecto, que deveria sobressair no
discurso se o objetivo fosse atrair investimentos
e interesse econômico para o Brasil, ficou tão
dissolvido que nem sequer a reforma da
Previdência, uma das mais impactantes
alterações fiscais já propostas em décadas, foi
lembrada ao longo da apresentação.
Como o interesse primordial do presidente era
reforçar seus laços com uma miríade de nichos
de fidelidade, o resultado foi uma colcha de
retalhos mal cerzida. Dela não se extrai
pensamento ou doutrina minimamente
coerentes.
Agressões e provocações que permearam a fala
de Bolsonaro a esta altura já não causam
surpresa, embora mereçam o mesmo repúdio.
https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2019/09/
colcha-de-retalhos.shtml
Voltar ao Sumário
Data: 16/09/2019
44
Grupo de Comunicação
OPINIÃO
ANDREA APPONI E MARCELO CABRAL
Gestão pública: inovar é preciso
Tecnologia não é a única resposta para as
cidades
A importância da inovação na gestão das cidades
é uma ideia vitoriosa. Com maior ou menor
empenho, parte significativa dos nossos gestores
públicos está buscando ajuda especializada,
selecionando servidores com competências
específicas ou fazendo parcerias com instituições
focadas no tema. Uma pesquisa sobre a inovação
nas cidades, realizada pelo Instituto Arapyaú em
parceria com a Plano CDE, trouxe informações
importantes sobre o que anda impedindo um
avanço mais rápido e significativo nessa área.
Questionados sobre quais seriam os gargalos
para a implementação de modelos de inovação
nas cidades, 47,5% dos administradores
indicaram a falta de recurso como maior entrave,
seguido da burocracia (24,2%), carência de
recursos humanos (14,2%) e falta de cultura
inovadora (11,7%). De uma forma ou de outra,
são fatores institucionais que colocam obstáculos
ao avanço da agenda.
O presidente Jair Bolsonaro (PSL), acompanhado
dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-
RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), na
abertura da 22ª Marcha dos Prefeitos, em Brasília
- Pedro Ladeira - 09.abr.19/Folhapress
O foco na questão dos custos acaba escondendo
uma das maiores qualidades dos sistemas de
inovação: eles não dependem (inicialmente) de
muito dinheiro nem de novas tecnologias.
Sabemos que essa ideia pode chocar quem vê
inovação como sinônimo de aplicativos
inteligentes, com respostas para todos os
problemas. A pesquisa indicou que, para 47%
dos administradores, inovação é sinônimo de
tecnologia, revelando que a agenda ainda passa
por amadurecimento.
Nesse processo de inovação, a capacitação dos
gestores públicos é fundamental. Não é possível
pensarmos em cidades inteligentes sem gestores
inteligentes. Falamos aqui de qualificação
constante, projetos com processos transparentes
e participativos desde o desenho até a
implementação e, em seguida, monitoramento,
com ciclos rápidos de feedback baseados em
dados. Trata-se de uma série de agendas que
indicam caminhos efetivos e possíveis para
melhorar as cidades brasileiras.
Nesse ciclo virtuoso de inovação para nossas
cidades, o apoio externo, de organizações sociais
ou da iniciativa privada, mostra-se fundamental.
Essas entidades estão trazendo insumos
valorosos e criando oportunidades de
experimentação que raramente são possíveis na
ação pública. A academia também tem dado
contribuições importantes, buscar o apoio das
universidades é fundamental e, muitas vezes,
são opções de menor custo.
E, por meio dessa rede colaborativa, é possível
chegar a um norte comum quando falamos de
inovação na gestão pública: contornar a escassez
dos recursos públicos e conseguir promover em
escala melhor qualidade de vida à sociedade.
A capacitação das próprias entidades que atuam
no setor público é um grande desafio. Entender
os processos é fundamental, pois a
implementação de novas políticas públicas pode
travar em diversos caminhos da gestão. Ter
afinidade com um projeto de lei, com as
filigranas de um orçamento público ou entender
como as decisões são tomadas dentro de uma
Câmara de Vereadores são competências
fundamentais para atuar junto à área pública.
Diante de tudo isso, fica evidente que uma
mudança cultural em torno desse tema é
essencial. É preciso inovar nos papéis e nas
formas de parceria. Sobretudo, não desviar a
atenção daquilo que realmente importa e é
central em toda essa discussão: melhorar a vida
das pessoas.
Andrea Apponi
Engenheira com especialização em gestão pública
pela Harvard Kennedy School (EUA) e presidente
do Instituto Arapyaú
Marcelo Cabral
Mestre em políticas públicas pela Universidade da
Califórnia em Berkeley (EUA) e gestor do
programa Cidades e Territórios do Instituto
Arapyaú
https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2019/09/
gestao-publica-inovar-e-preciso.shtml
Voltar ao Sumário
Data: 16/09/2019
45
Grupo de Comunicação
PAINEL:
Senado analisa proposta que acaba com
exclusividade de o Judiciário ditar regras da
magistratura
Rédea curta
Proposta que tira do Judiciário e do Ministério
Público a prerrogativa exclusiva de disporem
sobre seus regimes jurídicos começou a tramitar
no Senado. O projeto prevê que tais atribuições
possam ser tratadas também por iniciativa do
Legislativo e abre margem para que os
parlamentares discutam, por exemplo, os 60 dias
de férias da Justiça e os penduricalhos dos
tribunais. A proposição alarmou entidades de
classe e assessores do STF, que veem novo sinal
de tensão entre Poderes.
Linha do tempo
A Constituição delegou a formatação da Lei
Orgânica da Magistratura ao Judiciário, mas disse
que seria preciso atualização por meio de lei
complementar –o que submeteria o tema ao
Congresso. Um projeto foi enviado em 1992, mas
acabou retirado anos depois a pedido do
Supremo e nunca mais foi reenviado.
Mando eu
Com a proposta de emenda à Constituição, uma
iniciativa do senador Luiz do Carmo (MDB-GO), o
Senado sinaliza que não está mais disposto a
assistir o debate de longe, sem qualquer poder
de interferência.
Seta no alvo
A nova PEC restringe os temas que podem ser
abordados pelo Congresso. Ela resguarda, por
exemplo, a prerrogativa exclusiva do Judiciário
de criar e extinguir tribunais. Pelo texto, fica
claro que a mira está voltada a regalias e
pagamentos extras concedidos a juízes,
funcionários públicos e procuradores.
Força da gravidade
Entidades de classe e assessores do Supremo
que acompanham o assunto temem que a
insatisfação que tomou uma parte do Senado
após a operação de busca e apreensão no
gabinete do líder do governo, Fernando Bezerra
(MDB-PE), na semana passada, impulsione a
tramitação da proposta.
Rogai por nós
O presidente da Associação dos Magistrados
Brasileiros, Jayme Oliveira, vai ao STF contra a
derrubada de 18 vetos à lei que pune o abuso de
autoridade.
Abre-alas
Há expectativa de que o crédito suplementar que
vai irrigar ministérios com recursos para atender
demandas de senadores seja encaminhado nesta
quarta (25).
Abre-alas 2
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-
AP), acertou o envio da verba extra no início do
mês, como mostrou o Painel. Um prerrequisito
para a indicação de Eduardo Bolsonaro à
embaixada nos EUA.
Dói no bolso
O governador João Doria (PSDB-SP), que acabou
de retornar de viagem ao Japão, disse a
interlocutores, antes de reagir ao discurso de Jair
Bolsonaro na ONU, nesta terça (24), que, no
exterior, foi obrigado a explicar repetidas vezes a
investidores que a política ambiental do governo
federal não afeta SP –e que o estado não registra
alta nos índices de desmatamento.
Crise poliglota
Segundo relatos, Doria foi insistentemente
questionado sobre o assunto em reuniões e
entrevistas em Londres, na Alemanha e no
Japão. O único país que não teria colocado
qualquer obstáculo ou feito ponderações sobre o
tema foi a China.
Deu ruim
O governador de São Paulo ampliou a distância
de Bolsonaro e têm, nos bastidores, criticado a
velocidade com que o presidente se agarrou ao
núcleo mais radical de seus apoiadores. Nesta
terça-feira, Doria classificou a fala de Bolsonaro
na ONU como “inadequada, inoportuna” e de
péssima repercussão internacional.
No lixo
Investidores estrangeiros classificaram o discurso
de Bolsonaro como uma oportunidade perdida de
tentar retomar a confiança no país.
Em português
O TCU oficializa nesta quarta (25) candidatura
única para a vice-presidência da Organização
Internacional de Cortes de Contas. Com isso,
assegura o comando do colegiado a partir de
2022.
Tá dominado
Aliados de Eduardo Bolsonaro emplacaram
nomes de sua confiança na direção do PSL na
capital paulista. Edson Salomão, que trabalha na
Data: 16/09/2019
46
Grupo de Comunicação
Alesp, deve presidir o diretório municipal. A
estrutura é cobiçada por Joice Hasselmann (PSL-
SP), pré-candidata à prefeitura. O movimento
soou como tentativa de afastar a influência da
deputada.
Visita à Folha
O embaixador da União Europeia no Brasil,
Ignacio Ybáñez, visitou a Folha nesta terça-feira
(24).
TIROTEIO
Mostrou ao mundo a miopia diante dos
problemas ambientais. Por mais ideológico que
seja, não deve negar a ciência
Do presidente da Comissão de Meio Ambiente da
Câmara, Rodrigo Agostinho (PSB-SP), sobre o
discurso de Jair Bolsonaro na ONU
https://painel.blogfolha.uol.com.br/2019/09/25/s
enado-analisa-proposta-que-acaba-com-
exclusividade-de-o-judiciario-ditar-regras-da-
magistratura/
Voltar ao Sumário
Data: 16/09/2019
47
Grupo de Comunicação
Em discurso agressivo na ONU, Bolsonaro
ataca países e diz que há falácias sobre
Amazônia
Na tribuna, presidente lê carta de agricultores
indígenas, cita versículo bíblico e critica a
imprensa
Marina Dias
Bruno Boghossian
NOVA YORK
O presidente Jair Bolsonaro levou ao plenário da
ONU (Organização das Nações Unidas) um
discurso que reproduziu o repertório ideológico
de seu grupo político, com ataques a outros
países e um tom de enfrentamento em relação às
críticas sofridas por seu governo.
O objetivo de Bolsonaro era marcar o que ele
classifica como uma nova era para o Brasil,
segundo auxiliares. Nas palavras de um deles,
que participou diretamente da elaboração do
texto, a imagem que o presidente queria
imprimir era de um governo revolucionário.
Em 32 minutos, o presidente apresentou o
socialismo como um adversário e um risco às
nações, fez uma série de referências religiosas,
chegou a celebrar o golpe militar de 1964 e
insistiu na ideia de que a crise da Amazônia é
contaminada por interesses econômicos
estrangeiros.
Ele também acusou a imprensa de manipulação,
atacou seus adversários políticos, voltou a criticar
a França e questionou a atuação da ONU na
defesa dos interesses dos países membros.
"É uma falácia dizer que a Amazônia é patrimônio
da humanidade e um equívoco, como atestam os
cientistas, afirmar que a floresta é o pulmão do
mundo. Valendo-se dessas falácias, um ou outro
país, em vez de ajudar, embarcou nas mentiras
da mídia e se portou de forma desrespeitosa,
com espírito colonialista. Questionaram aquilo
que nos é mais sagrado, a nossa soberania",
afirmou.
Antes da chegada a Nova York, assessores
discutiam a possibilidade de um pronunciamento
mais moderado no campo ambiental, a fim de
evitar novos choques com líderes internacionais e
com a própria ONU, mas o presidente decidiu
seguir o caminho contrário.
Segundo outro auxiliar que ajudou na construção
do discurso, Bolsonaro quis dar sua voz e estilo
ao discurso. O presidente disse algumas vezes
que não queria se policiar ou se pautar por ideias
que não mostrassem a direção de seu governo e
fez prevalecer o tom mais assertivo da fala.
Ainda que Bolsonaro tenha ouvido a opinião dos
auxiliares durante o processo de construção do
texto, o consenso se formou em torno do
argumento de que o discurso deveria ser de mais
transgressão do que moderação.
Na avaliação de integrantes do Planalto, a leitura
da carta de um representante indígena aumentou
o tempo previsto da fala que, inicialmente, teria
cerca de 20 minutos.
Bolsonaro ficou sob pressão principalmente
depois que o presidente francês, Emmanuel
Macron, e a chanceler alemã, Angela Merkel,
apontaram publicamente o risco de retrocessos
na agenda ambiental do governo brasileiro.
O presidente respondeu às cobranças e
mencionou o que chamou de espírito colonialista,
num tom inédito em discursos de líderes
brasileiros na Assembleia Geral da ONU.
“Um deles, por ocasião do encontro do G7, ousou
sugerir aplicar sanções ao Brasil, sem sequer nos
ouvir”, afirmou, em referência a Macron.
“Agradeço àqueles que não aceitaram levar
adiante essa absurda proposta”, e citou o
presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
O presidente brasileiro fez seguidas críticas à
imprensa nacional e internacional, acusando-a de
propagar informações que, segundo ele,
prejudicam a imagem do país.
O presidente negou as recentes queimadas na
Amazônia, embora ele mesmo tenha enviado
tropas militares para ajudar a combater o fogo.
"Queremos que todos possam conhecer o Brasil
e, em especial, a nossa Amazônia, com toda a
sua vastidão e beleza natural. Ela não está sendo
devastada e nem consumida pelo fogo como diz
mentirosamente a mídia", disse.
A delegação brasileira levou ao plenário a índia
Ysani Kalapalo, criticada por organizações por
não representar as comunidades nacionais.
Bolsonaro rebateu com uma carta de um grupo
de agricultores indígenas e acusou estrangeiros
de cobiçarem a floresta por interesse econômico.
"Os que nos atacam não estão preocupados com
o ser humano índio, mas sim com as riquezas
minerais e a biodiversidade existentes nessas
áreas."
Data: 16/09/2019
48
Grupo de Comunicação
O plenário da Assembleia Geral estava cheio para
o discurso. Macron não assistiu à fala de
Bolsonaro.
Na parte da tarde, quando discursou na reunião,
o presidente francês não citou o Brasil nem as
críticas feitas a ele por Bolsonaro.
Ao abordar o tema ambiental, fez um pedido
para que os países se engajem na preservação
da floresta amazônica e do Congo, protegendo a
biodiversidade dos ecossistemas e tomando
atitudes para o reflorestamento.
Já Merkel acompanhou o pronunciamento com
equipamento de tradução simultânea. A alemã
mexia no telefone celular e, ao fim, bateu palmas
quatro vezes, vagarosamente. A chanceler fará
seu discurso no sábado (28).
Após sua fala, Bolsonaro cumprimentou Trump
nos bastidores e recebeu elogios: “ótimo
discurso, ótimo discurso”. O brasileiro voltou ao
plenário para assistir ao pronunciamento do
americano.
Bolsonaro abriu sua fala agradecendo a Deus e
retomou sua interpretação de que o país esteve à
beira de um regime socialista durante as
administrações do PT.
"Meu país esteve muito próximo do socialismo, o
que nos colocou numa situação de corrupção
generalizada, grave recessão econômica, altas
taxas de criminalidade e de ataques ininterruptos
aos valores familiares e religiosos", declarou.
O presidente usou o argumento do risco
socialista para atacar tanto seus antecessores
como países vizinhos e a própria ONU. "Não
estamos aqui para apagar nacionalidades e
soberanias em nome de um 'interesse global'
abstrato. Essa não é a organização do interesse
global, é a Organização das Nações Unidas.
Assim deve permanecer", afirmou.
Segundo ele, a ONU também respaldou
programas como o Mais Médicos, que transferiam
milhões de dólares "para a ditadura cubana".
O chanceler cubano, Bruno Rodríguez, reagiu
poucos minutos depois. Em seu Twitter,
escreveu: “Eu rejeito categoricamente os ataques
de Bolsonaro a Cuba. Ele é delirante e deseja os
tempos da ditadura militar. Ele deveria cuidar da
corrupção de seu sistema judicial, seu governo e
sua família.”
Também foram alvos prioritários o Foro de São
Paulo —organização de partidos políticos de
esquerda na América Latina— e o regime de
Nicolás Maduro.
"A Venezuela, outrora um país pujante e
democrático, hoje experimenta a crueldade do
socialismo. O socialismo está dando certo na
Venezuela. Todos estão pobres e sem liberdade."
Minutos antes, Bolsonaro havia feito referência
elogiosa ao golpe militar de 1964.
"Há poucas décadas, tentaram mudar o regime
brasileiro e de outros países da América Latina.
Foram derrotados. Civis e militares brasileiros
foram mortos e outros tantos tiveram suas
reputações destruídas, mas vencemos aquela
guerra e resguardamos nossa liberdade", disse.
O presidente explorou o discurso para divulgar a
guinada de seu governo nas relações
internacionais. Além de enfrentar outros países,
Bolsonaro fez afagos a Israel e a Trump. Citou a
China apenas ao mencionar a intenção de visitar
o país e de facilitar a entrada de turistas no
Brasil.
O ministro da Justiça, Sergio Moro, que não
acompanhou a comitiva que foi a Nova York, foi o
único membro do governo a ser citado
nominalmente no discurso do presidente.
"Há pouco, presidentes socialistas que me
antecederam desviaram centenas de bilhões de
dólares comprando parte da mídia e do
parlamento", disse. "Foram julgados e punidos
graças ao patriotismo, perseverança e coragem
de um juiz que é símbolo do meu país, o Dr.
Sergio Moro, nosso atual ministro da Justiça e da
Segurança Pública."
Em um trecho curto, o presidente também exibiu
credenciais de uma política econômica liberal.
Citou privatizações e concessões, além do
esforço de implementação de medidas para a
entrada do Brasil na OCDE (Organização para a
Cooperação e o Desenvolvimento Econômico).
Durante toda a fala, o brasileiro seguiu sua linha
nitidamente conservadora. Citou Deus e valores
da família.
"A ideologia invadiu a própria alma humana para
dela expulsar Deus e a dignidade com que Ele
nos revestiu e, com esses métodos, essa
ideologia sempre deixou um rastro de morte,
ignorância e miséria por onde passou", disse.
O presidente ainda encerrou com um versículo
bíblico que se tornou recorrente desde sua
campanha presidencial —“e conhecereis a
verdade, e a verdade vos libertará”, de João
8:32.
Data: 16/09/2019
49
Grupo de Comunicação
https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2019/09/
em-discurso-agressivo-na-onu-bolsonaro-ataca-
paises-e-diz-que-ha-falacias-sobre-
amazonia.shtml
Voltar ao Sumário
Data: 16/09/2019
50
Grupo de Comunicação
Reações ao discurso de Bolsonaro na ONU
vão de 'extraordinário' a 'inadequado'
ONGs de defesa do meio ambiente criticaram
pronunciamento do presidente
Igor Gielow
Italo Nogueira
SÃO PAULO e RIO DE JANEIRO
Num Brasil polarizado, as reações ao discurso de
Jair Bolsonaro na Assembleia Geral da ONU
(Organização das Nações Unidas) nesta terça
(24) só poderiam variar de elogios derramados a
críticas ferrenhas.
Os adjetivos para classificar o pronunciamento
em Nova York foram de “extraordinário” a
“inadequado”, esse último usado pelo
governador de São Paulo, João Doria (PSDB).
Para o tucano, a fala foi “inoportuna”, tendo
faltado “bom senso”.
“[O discurso] não teve referências que pudessem
trazer respeitabilidade e confiança no Brasil no
plano ambiental, econômico ou político”, afirmou
após evento em São Paulo. Disse ainda que já
havia notado a “péssima repercussão” mundial
da fala.
Para ele, faltaram "bom senso e humildade" a
Bolsonaro, que criticou duramente os países que
questionaram sua gestão da crise dos incêndios
na região amazônica.
Sem nomeá-lo, o presidente repreendeu seu
contraparte francês, Emmanuel Macron, com
quem teve divergências que desaguaram até em
uma ofensa pessoal à primeira-dama da França.
A farpa de Doria faz parte de uma política
estabelecida pelo governador para afastar-se de
Bolsonaro.
Ambos são presidenciáveis para a disputa de
2022, mas o tucano aproveitou-se da promoção
do chamado voto BolsoDoria no segundo turno
de 2018 para se eleger, por transitar em faixa
semelhante do eleitorado de centro-direita.
Neste ano, contudo, ambos têm colecionado
desavenças públicas, não perdendo oportunidade
de atacar um ao outro. Usualmente, Doria se
aproveita da incontinência verbal de Bolsonaro.
Diversas ONGs que lutam pela defesa do
ambiente também criticaram o discurso.
“A fala do presidente sobre meio ambiente foi
uma farsa. Tentou convencer o mundo que
protege a Amazônia, quando, na verdade,
promove o desmonte da área socioambiental e
negocia terras indígenas com mineradoras
estrangeiras”, disse Marcio Astrini, coordenador
de políticas públicas do Greenpeace.
O Observatório do Clima chamou o
pronunciamento de “ecocídio”, afirmando que o
presidente “envergonhou o Brasil no exterior ao
abdicar da tradicional liderança do país na área
ambiental em nome de sua ideologia”.
Para a ONG, Bolsonaro também não teria tomado
atitudes para tranquilizar investidores, “nem para
aplacar o clamor crescente por boicote a
produtos brasileiros”, o que colocaria em risco o
agronegócio que diz defender.
O vice-presidente Hamilton Mourão, por sua vez,
endossou o discurso de Bolsonaro. No exercício
da Presidência durante a viagem do mandatário,
Mourão disse que ele foi “incisivo, explícito e
soberano”.
“Foi um discurso extraordinário. Porque ele bateu
em soberania, bateu na questão indígena,
colocou a questão do meio ambiente, colocou o
posicionamento do Brasil perante ditaduras que
ocorrem no mundo inteiro. Falou que o Brasil
está aberto a se relacionar com países de todo o
mundo. Foi um discurso patriótico e altivo. Isso
tem que ser capitalizado”, afirmou.
Ele disse que a única contribuição que deu ao
discurso foi, junto com o ministro Augusto
Heleno, do GSI (Gabinete de Segurança
Institucional), sugerir que escrevesse e falasse
"de coração".
General reformado, Mourão proferiu palestra na
sede do Clube Militar, no centro do Rio de
Janeiro, entidade que presidiu até o ano passado.
A presidente do PT, Gleisi Hoffman, se
manifestou nas redes sociais. Ela afirmou que
Bolsonaro “mentiu sobre proteção do meio
ambiente, destilou xenofobia, ofendeu indígenas,
atacou imprensa, médicos cubanos e ONU,
demonstrou fanatismo ideológico, defendeu a
ditadura militar”.
"Falta de dignidade e preparo assustam o mundo
e envergonham o Brasil", completou.
Já a deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL)
postou um vídeo em que diz ter os "melhores
Data: 16/09/2019
51
Grupo de Comunicação
momentos da fala do presidente brasileiro na
Assembleia Geral da ONU". Nas imagens,
Bolsonaro diz "senhoras e senhoras", bebe um
gole de água e diz "meu muito obrigado".
"Bolsonaro na ONU ataca o mundo todo e só
elogia Trump. O que a população brasileira ganha
com isto?", postou no Twitter o deputado federal
Zeca Dirceu (PT). "Vivemos hoje o maior vexame
diplomático da nossa história."
Para Fernando Haddad, "Bolsonaro, como
sempre, aproveitou a oportunidade para mostrar
o que ele é", disse o ex-prefeito no Twitter.
A deputada federal Carla Zambelli (PSL) destacou
o trecho em que o presidente cita o ministro
Sergio Moro. "Linda homenagem."
https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2019/09/f
ala-de-bolsonaro-na-onu-foi-inadequada-e-sem-
bom-senso-diz-doria.shtml
Voltar ao Sumário
Data: 16/09/2019
52
Grupo de Comunicação
PAINEL S.A.
Discurso de Bolsonaro na ONU anima
conselho empresarial dos Brics
Projeto de dar isenção de vistos para China e
Índia chamou atenção dos membros
SÃO PAULO
Sincronizado
O discurso de Bolsonaro na ONU nesta terça (24)
preocupou parte do empresariado, que acha que
o país perdeu uma boa chance de melhorar sua
imagem lá fora. Mas um detalhe da fala do
presidente animou membros do Cebrics
(Conselho Empresarial dos Brics): o projeto de
dar isenção de vistos para China e Índia antecipa
exatamente um ponto da agenda da próxima
reunião anual das comunidades empresariais com
governos dos Brics, marcada para 12 de
novembro, em Brasília.
Malas prontas
O que o Cebrics propõe sãos vistos de cinco anos
com múltiplas entradas para negócios. A
avaliação é que Bolsonaro foi ousado ao
mencionar abertura maior, com a possibilidade
de isenção de vistos de turismo.
Em grupo
A seção brasileira do conselho empresarial dos
Brics é presidida pela Embraer, secretariada pela
CNI (Confederação Nacional da Indústria), e
composta também por Banco do Brasil, BRF, Vale
e WEG.
Relativo
Apesar das queixas de que o discurso do
presidente não foi apropriado, no Brasil, o que
incomodou o mercado mesmo foi o adiamento da
votação do primeiro turno da reforma da
Previdência.
Briga
A Justiça decidiu que não pode julgar a ação da
XP contra um dos escritórios de agente
autônomo que decidiu migrar para o BTG.
Quando essa disputa começou, em dezembro, a
corretora acionou também os parceiros que
foram para o concorrente.
Ligado
O juiz Luis Bedendi entendeu que a ação da XP
contra o escritório de agentes Cordier depende
do processo contra o BTG. A discussão é sobre a
possibilidade de pagar luvas para incentivar um
agente autônomo a trocar de corretora e levar
junto seus clientes. A XP diz que o BTG
incentivava a migração de clientes de forma
ilegal.
Redes
Guilherme Benchimol (XP) foi se manifestar
sobre o tema no Linkedin nesta terça: defendeu
a exclusividade do vínculo entre agente e
corretora. No post, disse que grandes bancos
querem criar insegurança para o cliente, o que
ocorreria se o agente autônomo pudesse
distribuir produtos de mais de uma corretora.
Conselho
Benchimol também escreve que o mercado
confunde o papel do agente autônomo com o do
consultor de investimento. Agentes autônomos
são só distribuidores, enquanto consultores
podem recomendar uma carteira de
investimentos. Na prática, muitos clientes se
sentem confortáveis para pedir orientações ao
agente autônomo.
Inquilinos
As startups vão tomar conta da Câmara dos
Vereadores de São Paulo, se vingar uma ideia,
apresentada pela associação do setor, de criar
um espaço de trabalho para as jovens empresas
no segundo andar do prédio, onde ficava a
biblioteca. A proposta foi encampada pela
vereadora Soninha Francine.
Vamos conversar
A vice-presidente da ABStartups, Tânia Luz, diz
que a meta é aproximar empreendedores e
políticos para que haja mais diálogo —e menos
brigas— entre eles nas questões regulatórias.
Fôlego
A Atvos, braço de açúcar e álcool da Odebrecht,
que apresentou plano de recuperação judicial em
Data: 16/09/2019
53
Grupo de Comunicação
agosto propondo pagar só 40% da dívida, tem
dito que até o fim da safra 2019/2020 quer
investir R$ 632 milhões para produzir 2,1 bilhões
de litros de etanol.
Modernos
A febre do compartilhamento de carros por
aplicativos impulsiona o mercado de aluguel. Na
plataforma de comparação de preços
Rentcars.com, foram 370 mil locações no
primeiro semestre, alta de 38% nas reservas
ante igual período de 2018.
Desapego
Francisco Millarch, presidente da Rentcars.com,
diz que tem gente que desistiu de ser
proprietário de carro e agora combina aplicativo
para o dia a dia com carro alugado para viajar e
fazer compras de supermercado.
Liquidação
A consultoria de recursos humanos Mercer fez
parceria com escola britânica Saint Paul para
vender cursos de negócios da instituição com
desconto. Em 2020, lançam juntas conteúdo da
área.
Mania
O termômetro da Visa aponta aquecimento no
mercado de jogos. Os brasileiros que usam
cartão da bandeira estão gastando 60% a mais
em jogos do que em outros itens. Seu ticket
médio em games é de R$ 53, diz a empresa.
Na carteira
Só em compras online, os gamers gastam 20% a
mais do que a média dos demais portadores de
cartões Visa. As transações se concentram em
São Paulo, Rio, Brasília e Curitiba e Belo
Horizonte.
com Filipe Oliveira e Mariana Grazini
colaborou Tássia Kastner
Painel S.A.
Jornalista, Joana Cunha é formada em
administração de empresas pela FGV-SP. Foi
repórter de Mercado e correspondente da Folha
em Nova York.
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/painelsa/
2019/09/discurso-de-bolsonaro-na-onu-anima-
conselho-empresarial-dos-brics.shtml
Voltar ao Sumário
Data: 16/09/2019
54
Grupo de Comunicação
Vinicius Torres Freire
Bolsonaro, ameaça à segurança nacional
Antidiplomacia faz com que Brasil seja
transformado em espantalho do mal
O discurso de Jair Bolsonaro causou as reações
de ultraje e a aclamação de costume. Na mídia
maior do mundo, foi objeto do ridículo e da
indignação habituais, sem maior destaque, até
porque as falações da Assembleia Geral da ONU
não valem mais grande coisa, a não ser em caso
de países capazes de causar estrago grande, real
e imediato (como guerras).
No entanto, o discurso foi importante, mais um
episódio de radicalização no radicalismo, que
vem desde junho.
Bolsonaro demonstrou que é uma ameaça aos
interesses econômicos e um risco para a
segurança nacional do Brasil. Seu programa
diplomático, um desvario nacionalista e
paranoico, está mesmo entranhado nas
profundas das almas dos habitantes do bunker
ideológico do Planalto. Assessores entusiasmados
contavam que o presidente conseguiu dar seu
recado: o Brasil passa por uma revolução.
O estrago estava feito antes de Bolsonaro abrir a
boca. Talvez o presidente pudesse merecer o
benefício da dúvida se fizesse discurso
politicamente pragmático. Era uma hipótese
otimista de observadores desavisados.
Bolsonaro fez o papelão de sempre, apenas
lavrando em cartório internacional sua certidão
de identidade política: louvação da ditadura com
misticismo, ódio à ciência, ao ambiente e ao
multilateralismo etc. Sem novidade, foi chamado
pelo mundo de “extrema direita”, “conspiratório”,
“briguento”, “fanfarrão” ou “mini-Trump”, em
textos de derrisão mais ou menos explícita.
Mas as pessoas relevantes em governos que
contam já sabem muito bem quem é o
presidente do Brasil.
O problema é nosso. Parte do país terá de se
ocupar da questão prática de como reduzir os
danos da antidiplomacia, pois quase toda a
política externa é prerrogativa do Executivo.
Difícil haver “parlamentarismo branco” ou
“ativismo judicial” nas relações exteriores
O nacionalismo agressivo é especialmente
desinteligente no caso de países de escasso
poder real, como o Brasil. Pautar a política
externa pelo irrealismo do angu ideológico do
bunker planaltino é ainda mais arriscado.
Na prática, de resto, o núcleo bolsonarista
fundamenta essa política em: 1) no que acredita
serem boas relações pessoais com governantes;
2) na militância em uma internacional
ultradireitista tida como repulsiva até por
governos muito conservadores.
Vá lá que relações pessoais tenham sua
importância, mas dentro de acordos duradouros
entre países. A política bolsonarista é, por um
lado, de atrito com países amigos e de
amiguismo pueril, ignaro e servil com meia dúzia
de governantes. Para piorar, vários deles têm
sua liderança ameaçada mesmo em seus países:
nos EUA, em Israel, na Itália, por exemplo.
O Brasil é obrigado a se aliar não a países com
interesses práticos comuns, mas a uma trupe de
líderes com quem Bolsonaro compartilha a
mesma religião autoritária (desde que sejam
brancos e ditos cristãos). Junta-se à comunhão
de inimigos do multilateralismo, arranjo mundial
que nos beneficia.
Além dos amigos imaginários do presidente, o
Brasil se isola, porém. O discurso desvairado
oferece argumentos para críticos e adversários.
Favorece coalizões improváveis de
ambientalistas, protecionistas, grande finança e
nacionalistas contra o agronegócio e outros
interesses econômicos.
Permite a governos mais espertos usar o Brasil
como um espantalho do mal, um desses países
que acabam sendo vítimas de marginalização,
sanções ou até ataques piores.
Vinicius Torres Freire
Jornalista, foi secretário de Redação da Folha. É
mestre em administração pública pela
Universidade Harvard (EUA).
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/viniciustorres/2019/0
9/bolsonaro-ameaca-a-seguranca-nacional.shtml
Voltar ao Sumário
Data: 16/09/2019
55
Grupo de Comunicação
Presidente de entidade do agronegócio
defende discurso de Bolsonaro na ONU
Líder da Confederação da Agricultura e Pecuária
do Brasil gostou de fala do presidente
SÃO PAULO
O presidente da CNA (Confederação da
Agricultura e Pecuária do Brasil), João Martins,
gostou do discurso de Jair Bolsonaro no plenário
da ONU (Organização das Nações Unidas), em
Nova York.
Segundo a assessoria de imprensa da entidade,
Bolsonaro “defendeu a soberania nacional,
esclareceu equívocos sobre a Amazônia e
ressaltou o importante papel do Brasil na
produção de alimentos e na preservação do meio
ambiente”.
Para o presidente da CNA, "Bolsonaro afastou a
tese de que o governo está colocando o mundo
contra o agronegócio brasileiro, defendendo não
apenas o setor, mas toda a nação".
A fala do presidente da República durou 32
minutos e reproduziu o repertório ideológico de
seu grupo político, com ataques a outros países e
um tom de enfrentamento em relação às críticas
sofridas por seu governo.
O objetivo de Bolsonaro era marcar o que ele
classifica como uma nova era para o Brasil,
segundo auxiliares. O presidente apresentou o
socialismo como um adversário e um risco às
nações, fez uma série de referências religiosas,
chegou a celebrar o golpe militar de 1964 e
insistiu na ideia de que a crise da Amazônia é
contaminada por interesses econômicos
estrangeiros.
Também acusou a imprensa de manipulação,
atacou seus adversários políticos, voltou a criticar
a França e questionou a atuação da ONU na
defesa dos interesses dos países membros.
O discurso foi tido por outros setores como
excessivamente exagerado e "desnecessário".
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/09
/presidente-de-entidade-do-agronegocio-
defende-discurso-de-bolsonaro-na-onu.shtml
Voltar ao Sumário
Data: 16/09/2019
56
Grupo de Comunicação
Associação prevê mais poluição, trânsito e
acidentes com migração para apps
Empresas Uber e 99 afirmam que serviço
melhora a mobilidade e diminui riscos
Fabrício Lobel
SÃO PAULO
A ANTP (Associação Nacional de Transporte
Público) divulga nesta quarta-feira (25) estudo
sobre o impacto que a eventual migração de
passageiros de ônibus para os carros de
aplicativos, tais como Uber e 99, poderia trazer a
São Paulo.
A entidade reúne especialistas de empresas
públicas e privadas do sistema de transporte,
incluindo viações de ônibus.
Entre os efeitos destacados estão o aumento dos
congestionamentos, da emissão de poluentes,
dos acidentes e até da tarifa dos ônibus (ou da
necessidade de elevar o subsídio, bancado pelos
impostos). Os aplicativos que atuam em São
Paulo dizem que o efeito deles é ajudar na
mobilidade da cidade.
O estudo reflete a crescente preocupação do
setor de transporte público com a atuação de
empresas por aplicativo.
Recentemente, outra pesquisa, da Quest
Inteligência com um grupo de pesquisa da USP,
indicou que 62% dos usuários da Uber Juntos
(viagens com compartilhamento do mesmo
automóvel) disseram que se locomoviam por
outros meios de transporte público antes de
usarem esta modalidade de carro.
O estudo da ANTP tentou medir o impacto que a
troca dos passageiros de ônibus pelos carros
levaria a São Paulo sob três cenários: migração
de 10%, 20% e 30% da demanda.
Um dos primeiros efeitos seria o aumento dos
quilômetros rodados por carros (de 19% a 57%).
Este fenômeno causaria uma maior emissão de
poluentes (de 12% a 43%), de gases causadores
de efeito estufa (de 21% a 78%) e de acidentes
com vítimas (3% a 8%). Com maior trânsito,
cresceriam também os custos operacionais das
empresas de ônibus (de 11% a 33%).
Com a queda do número de passageiros, o
sistema de ônibus também sofreria com uma
diminuição da receita. Segundo o estudo, a
defasagem deveria ser bancada pelo aumento da
tarifa ou do subsídio da prefeitura. Se o custo
recaísse apenas no passageiro, o aumento da
tarifa estimado é de 31% a 141%, a depender
dos cenários de migração.
"Os aplicativos tratam de um negócio que
interessa a algumas pessoas, não ao sistema
como um todo", defende Luiz Carlos Néspoli, da
ANTP. Segundo ele, os aplicativos se desenvolve
em deslocamentos mais rentáveis da cidade. "Se
os ônibus perdem parte da demanda no filé
mignon da cidade, nos trechos mais rentáveis o
custeio do restante do sistema tem que ser
bancado pelo passageiro que mora em rotas
menos rentáveis".
As empresas de ônibus de São Paulo chegaram a
pleitear à prefeitura que fossem autorizadas a
também fazerem serviço de transporte sob
demanda de aplicativos, mas o projeto não
prosperou. Em Goiânia e no ABC paulista já
existem experiências do tipo.
Juciano Rodrigues, do Observatório das
Metrópoles da UFRJ (Universidade Federal do Rio
de Janeiro), afirma que é cedo para compreender
se os aplicativos capturaram passageiros do
transporte público. Ainda assim, o modelo de
ônibus sob demanda pode ser uma chance de
recuperação de passageiros que possa ter
migrado.
O argumento geral dos aplicativos é de que seus
serviços não competem com o transporte público
e que auxiliam o passageiro a deixar seu carro
em casa e ter mais acesso a grandes terminais
de ônibus ou estações de metrô e trem.
Para a 99, a pesquisa da ANTP não tem base
científica, uma vez que nos últimos anos, os
ônibus perderam passageiros, em grande parte,
para a expansão do metrô e melhora dos trens e
não por causa dos aplicativos.
A Uber diz que a hipótese do aumento dos
congestionamentos não condiz com a queda do
Data: 16/09/2019
57
Grupo de Comunicação
índice de lentidão nos últimos anos em São
Paulo. Diz ainda que um estudo do Observatório
Nacional de Segurança Viária indicou o efeito na
redução do risco no trânsito, principalmente por
afastar motoristas alcoolizados da direção de
veículos.
Efeitos previstos pela migração da demanda de
ônibus para carros por aplicativos:
https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2019/0
9/associacao-preve-mais-poluicao-transito-e-
acidentes-com-migracao-para-apps.shtml
Voltar ao Sumário
Data: 16/09/2019
58
Grupo de Comunicação
Estudo sugere revisão das tarifas da Sabesp
Segundo pesquisadores, a inclusão de mais
faixas de preço poderia estimular consumo
consciente da água
Vinicius Torres Freire
SÃO PAULO
É preciso investir mais em saneamento,
universalizar a oferta do serviço, torná-lo
acessível a quem não pode pagar, preservar as
fontes d’água e conter a poluição. A fim de
contribuir para a implementação desse
programa, seria necessário rever o sistema de
cobrança e de subsídios da Sabesp.
A sugestão é do Instituto Democracia e
Sustentabilidade (IDS), que apresentou na terça-
feira (24), na Folha, um resumo de suas 23
“Recomendações para o Aprimoramento da Tarifa
da Sabesp”, empresa paulista de saneamento,
uma companhia pública com quase metade de
seu capital sob controle privado. Pelas sugestões
do IDS, haverá quem pague bem mais, menos ou
nada.
Governo João Doria estuda privatização da Sabesp
O IDS é uma ONG e um centro de estudos, que
contou com a colaboração da Sabesp na
elaboração do diagnóstico.
Por um lado, trata-se de um modelo de cobrança
mais próximo daquele de uma firma com atuação
de mercado. Por outro, o plano prevê que mais
famílias possam pagar a tarifa social e que a
sociedade tenha alguma voz nas diretrizes do
investimento.
As sugestões não são um exercício teórico. A
Agência Reguladora de Saneamento e Energia do
Estado de São Paulo (Arsesp) discute a revisão
da tarifa da Sabesp, a fim de implementar
mudanças a partir de junho de 2020.
Atualmente, a cobrança pelos serviços é dividida
em duas tarifas, a de água e a de esgoto. Na
sugestão do IDS, parte-se do princípio de que o
preço de cada serviço deva ser calculado com
base em seus custos. A tarifa seria, então,
composta de:
1) Uma parcela fixa, de acesso ao fornecimento
de água;
2) Uma tarifa fixa pelo serviço de coleta de
esgoto;
3) Uma tarifa fixa, a mais cara, pelo tratamento
de esgoto, variável de acordo com o custo de
tratar esses efluentes;
4) Uma parcela variável segundo o consumo de
água.
As parcelas fixas cobrem os custos de implantar
a infraestrutura para o serviço, manutenção e
remuneração dos investimentos. É fixa para cada
usuário, mas seu custo varia de acordo com os
custos de cada um (o tratamento de esgoto de
usuários não residenciais pode ser mais caro).
O preço da água deve variar de acordo com o
consumo, como ocorre agora, mas com uma
revisão da “escada” de preços, segundo o estudo
do IDS.
Além das tarifas sociais, na faixa de consumo
residencial mais baixa, quem consome até 10
metros cúbicos por mês (10 mil litros), paga R$
26,18 na cidade de São Paulo. Nessa faixa, o
preço é fixo, não importa se o usuário consome
dois ou nove metros cúbicos. Não há, pois,
incentivo econômico para gastar menos água.
Quem consumir apenas três metros cúbicos, por
exemplo, pagará o equivalente a R$ 8,73 por
metro cúbico; se consumir dez metros cúbicos,
pagará R$ 2,62 por metro cúbico.
Data: 16/09/2019
59
Grupo de Comunicação
A proposta é fazer uma “escada” de preços com
mais degraus e degraus mais baixos, de modo
que o consumidor possa ganhar com reduções de
consumo administráveis. Hoje há apenas quatro
faixas de preços para cada nível de consumo,
com variações amplas, que dificilmente permitem
que o usuário consiga ter descontos ao
economizar.
Segundo pesquisa Datafolha encomendada pelo
IDS para conhecer a opinião dos paulistanos
sobre saneamento, 67% dos entrevistados
concordam total ou parcialmente que o preço da
água deve aumentar de acordo com o volume de
consumo.
No novo modelo, quem não tem esgoto tratado
não pagaria pelo serviço, por exemplo. Quem
descarrega dejetos mais tóxicos ou em geral
mais difíceis de tratar não paga esse custo extra,
o que precisa mudar, sugere o IDS e a opinião de
81% dos paulistanos ouvidos pelo Datafolha.
Data: 16/09/2019
60
Grupo de Comunicação
As tarifas fixas deveriam ser cobradas inclusive
de grandes usuários que se recusam a se
conectar à rede de água e esgoto (usam poços e
caminhões-pipa, pegando “carona”, de resto, no
benefício geral de haver uma rede de coleta e
tratamento de esgotos, pago por outros).
Quais as vantagens do sistema novo?
A distribuição mais equânime e transparente dos
custos, para começar, dois terços dos
entrevistados pelo Datafolha não têm
conhecimento básico sobre o esgoto (não sabe se
é coletado, se é tratado).
Atualmente, não há preço específico para o
esgoto —o cálculo é simplesmente baseado em
um valor equivalente a pelo menos 80% a até
100% da tarifa de água. No entanto, o
esgotamento sanitário custa mais caro que o
abastecimento de água.
PREÇOS DIFERENTES PARA ÁGUA E ESGOTO
SÃO MAIS JUSTOS
O IDS argumenta que preços adequados para
cada serviço e para cada tipo de usuário podem
incentivar investimentos, tornar os custos mais
transparentes e limitar algumas outras injustiças.
O preço adequado e específico induziria a
empresa de saneamento a investir mais em
serviços que, agora, estariam sub-remunerados
e, assim, não são ofertados em volume
adequado, como tratamento de esgoto.
Além do mais, se o custo de investir em esgoto é
adequadamente coberto, a empresa de
saneamento, no caso a Sabesp, dependeria
menos de venda de água para ganhar dinheiro.
Obviamente, em termos econômicos e
ambientais, não faz sentido trabalhar pelo
aumento do consumo de água.
A tarifa adequada resolveria, assim, um
problema comum na cobrança dos serviços de
saneamento: os subsídios cruzados. Por
exemplo, como se viu, o preço mais alto da água
acaba cobrindo o preço insuficiente do serviço de
esgoto. A água “banca”, subsidia, o esgoto.
Preços errados desorientam o uso eficiente de
recursos.
O IDS propõe ainda a criação de outros
incentivos para o aumento do investimento e
para o aumento da eficiência na Sabesp.
Atualmente, ganhos de produtividade da
empresa são em parte repassados para o
consumidor, na forma de reajustes menores de
tarifas. O IDS sugere que esses ganhos não
sejam repassados aos preços, desde que a
empresa invista mais na ampliação dos serviços
de saneamento. Nos planos do IDS, haveria
metas e controle social desse programa.
Em outra recomendação, propõe-se que a
empresa seja explícita e adequadamente paga
pelo custo de manutenção de mananciais. Por
outro lado, a fim de estimular a economia de
água, reduzindo perdas dos encanamentos, a
Sabesp deveria pagar pela água que usa.
Outra medida de incentivo ao uso racional seria o
estabelecimento de critérios objetivos e formais
para o início de programas de economia em
tempos de risco de falta d’água, planos que não
dependeriam do arbítrio das autoridades. A partir
de uma certa medida de risco de seca, como a do
nível de reservatórios, seriam detonados
programas de bônus (para a economia) e multa
(para o uso excessivo) de água.
Na pesquisa Datafolha sobre saneamento, 37%
dos entrevistados na cidade de São Paulo
afirmaram ter ficado sem água por mais de três
dias durante a crise de 2014-2016.
DINHEIRO DE IMPOSTOS PODE ALIVIAR CONTA
DOS MAIS POBRES
Data: 16/09/2019
61
Grupo de Comunicação
Além de um novo modelo de cobrança, o
Instituto Democracia e Sustentabilidade tem
sugestões para fazer com que mais gente tenha
acesso a saneamento por preços menores —ou
até de graça.
Cerca de 435 mil famílias atendidas pela Sabesp
são enquadradas na categoria “social” (pagam
menos), por critérios de renda familiar (inferior a
três salários mínimos), moradia precária e baixo
consumo de energia elétrica, além de
desempregados com último salário inferior a três
salários mínimos. Inadimplentes perdem o direito
à tarifa social.
O IDS sugere que o enquadramento na tarifa
social seja orientado pelo Cadastro Único do
governo federal (uma lista de pessoas de baixa
renda), sendo a renda familiar de corte
equivalente a meio salário mínimo per capita,
sendo abandonada a exigência de adimplência.
Pelas contas do IDS, nos 369 municípios
atendidos pela Sabesp haveria 2,18 milhões de
famílias nessa condição —com direito a tarifa
especial.
De onde viria o dinheiro para bancar tais
reduções? Primeiro, do subsídio cruzado (alguns
mais ricos já pagam tarifa maior, bancando o
desconto para os mais pobres). Segundo, de
subsídio direto do Estado. Isto é, parte do
dinheiro dos impostos, da receita do governo,
seria utilizada para pagar a conta do saneamento
dos mais pobres.
Guilherme Checco, pesquisador do IDS e
coordenador do estudo, resume as demais
sugestões de inclusão social:
1) A tarifa social deve ter um desconto constante
em todas as faixas de consumo (para não afetar
famílias pobres, mas grandes, que
consomem mais água);
2) Deve-se estudar a viabilidade de gratuidade
da tarifa para as famílias em situação de extrema
pobreza (cerca de 995 mil famílias com renda
familiar por cabeça de até R$ 85 mensais); todas
as famílias pobres devem ter acesso garantido; a
oferta deve chegar em todos os locais
(especialmente nos mais distantes, como em
zonas rurais);
3) Os usuários de caráter essencial (hospitais,
escolas, assistência social) devem ter isenção da
tarifa fixa;
Além de subsídio direto a usuários pobres, o IDS
recomenda também ao governo que abra mão da
receita com impostos sobre o saneamento de
modo que a Sabesp tenha mais recursos para
investir. Mais: que os dividendos que a empresa
rende ao estado de São Paulo sejam investidos
em saneamento, uma vinculação de receita e
obrigação de despesa.
Quem fiscalizaria o uso desses e de outros
recursos que passariam a ficar com a Sabesp em
troca de investimento extra? O IDS sugere maior
controle social, a participação social em
conselhos e mais transparência dos dados no site
da empresa e nas contas de saneamento.
Enfim, quanto custaria a universalização dos
serviços e quanto isso poderia pesar na tarifa?
Segundo Checco, do IDS, não sabemos.
“O custo de investimento e os cenários de
universalização, quem deveria apresentar é a
Sabesp. O fato é que eles não têm essas
informações. Já fizemos reiteradas vezes essa
pergunta à Sabesp: qual o horizonte de
universalização? Quais os cenários possíveis?
Quanto custa?”.
https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2019/0
9/estudo-sugere-revisao-das-tarifas-da-
sabesp.shtml
Voltar ao Sumário
Data: 16/09/2019
62
Grupo de Comunicação
Modelo de cobrança de água e esgoto
precisa de mais transparência
Especialistas discutem recomendações de
instituto para a melhoria das tarifas da
Sabesp
Eduardo Sombini
SÃO PAULO
Até especialistas têm dificuldade em entender as
variáveis da equação da tarifa de água e esgoto
paga pela população. A conta é ainda menos
compreensível para os cidadãos comuns.
O diagnóstico foi compartilhado por participantes
do debate "A tarifa de água e esgoto como
instrumento para a universalização do
saneamento e a promoção da segurança hídrica",
realizado pelo IDS (Instituto Democracia e
Sustentabilidade) com apoio da Folha na manhã
desta terça-feira (24), no auditório do jornal
(centro de SP).
Para o vice-presidente do instituto, João Paulo
Capobianco, o modelo de cobrança de empresas
de saneamento precisa ser mais justo e
transparente. "Não é um problema técnico. A
conta de água e de esgoto é uma questão de
cidadania", afirmou.
João Paulo Capobianco (esq.), vice-presidente do IDS,
Stela Goldenstein, coordenadora do 2030 Water
Resources Group no Brasil, Vinicius Torres Freire,
colunista da Folha, Samuel Barreto, gerente de águas
da The Nature Conservancy Brasil, e Carlos Roberto de
Oliveira, representante da Abar - Keiny
Andrade/Folhapress
"A relação com esse bem finito e vital para a
sociedade não pode se traduzir apenas em uma
conta que as pessoas pagam sem saber o que
estão pagando, sem saber se é justa ou não."
O instituto apresentou estudo inédito com 23
propostas de mudança da tarifa da Sabesp, que
incluem aumentar a abrangência da tarifa social,
destinada a famílias de baixa renda, e criar novas
faixas de consumo, com valores progressivos.
Stela Goldenstein, ex-secretária de Meio
Ambiente do município e do estado de São
Paulo e coordenadora do 2030 Water Resources
Group no Brasil, argumentou que a tarifa deve
ser vista como expressão de uma política pública.
"Quando as agências [reguladoras] estão
definindo uma tarifa, não estão simplesmente
regulando um contrato comercial, mas definindo
como a sociedade vai auferir um direito
essencial", disse.
Em sua avaliação, há questões sociais e
ambientais que precisam ser discutidas com
transparência na escolha de modelos de
cobrança.
A geógrafa citou o subsídio cruzado
territorialmente —em que os serviços de água e
esgoto em municípios mais pobres são
financiados pela tarifa de outras cidades— e a
importação de água de outras bacias
hidrográficas como temas que devem ser
incorporados ao debate.
"As tarifas nos municípios considerados não
viáveis teriam que ser muito mais altas, então
parte da tarifa de um lugar financia o outro. Esse
subsídio não está transparente. Isso é
socialmente justo e é necessário que seja feito,
mas é preciso que a gente saiba de onde vem
esse recurso. Nós temos que discutir se tem que
ser da tarifa daquele local ou, por exemplo, dos
dividendos da Sabesp que vão para o governo do
estado."
Carlos Roberto de Oliveira, diretor da agência das
bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jaguari
(Ares-PCJ, no interior de São Paulo) e
representante da Abar (Associação Brasileira de
Agências de Regulação), afirma que, para
aumentar o peso de critérios técnicos nos
Data: 16/09/2019
63
Grupo de Comunicação
modelos de cobrança de empresas de
saneamento, é preciso universalizar os órgãos
reguladores do setor em todos os municípios do
país.
Segundo ele, há 1.850 deles sem agências
reguladoras, o que favorece o uso de critérios
políticos na definição das tarifas e dificulta o
desenho de modelos de cobrança adequados
tecnicamente. Nesses casos, "é o prefeito que
define por decreto o valor do reajuste de água e
pode decidir não aumentar o valor em ano
eleitoral".
Oliveira também tratou das dificuldades de
articulação entre o planejamento municipal e a
prestação de serviços por concessionários de
abrangência regional, como as companhias
estaduais.
Os municípios devem aprovar planos municipais
de saneamento para ter acesso a financiamentos
federais, com diretrizes e metas de investimento,
mas as políticas tarifárias dessas empresas
podem ir de encontro às propostas locais,
comprometendo sua viabilidade, afirmou.
Goldenstein, do 2030 Water Resources Group,
ponderou que muitos municípios brasileiros são
frágeis institucionalmente e têm dificuldades
técnicas e gerenciais para elaborar projetos e
operar sistemas de saneamento. Capobianco e
Oliveira se mostraram mais favoráveis a
iniciativas de descentralização.
O gerente de águas da The Nature Conservancy
Brasil, Samuel Barreto, ressaltou que é preciso
mudar a lógica "do ponto de captação para
frente", dominante no setor de saneamento. O
biólogo considera importante incluir na estrutura
tarifária formas de financiamento dos
reservatórios que garantem a disponibilidade
hídrica. "Nosso modelo é sempre degradar e
buscar outro manancial."
"A conservação de mananciais gera um serviço
ambiental. A redução dos sedimentos ajudam a
diminuir o custo na estação de tratamento de
água, eventualmente gerando redução de custo
na tarifa."
O incentivo à redução de perdas nas redes de
distribuição de água, que alcançam 70% em
alguns municípios do Brasil, segundo Barreto,
também foi objeto de discussão.
Stela Goldenstein argumentou que as tarifas
devem prever investimentos para renovar as
redes antigas e diminuir vazamentos.
Para Capobianco, do IDS, mecanismos que
beneficiam a troca de torneiras e outros
equipamentos domésticos para reduzir perdas
são interessantes do ponto de vista econômico.
"A Austrália enfrentou uma crise hídrica e
investiu maciçamente na mudança dos
equipamentos. Pôs na tarifa e gerou novos
negócios, com empresas privadas oferecendo
serviços de modernização."
https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2019/0
9/modelo-de-cobranca-de-agua-e-esgoto-
precisa-de-mais-transparencia.shtml
Voltar ao Sumário
Data: 16/09/2019
64
Grupo de Comunicação
Marinha apreende 962 toras de madeira em
empresa ligada a tenente-coronel do Pará
Agentes detectaram receptação de madeira sem
comprovação de origem e créditos florestais
fictícios para esquentar toras ilegais
Fabiano Maisonnave
HAMBURGO (ALEMANHA)
Uma operação comandada pela Marinha no
marco da Garantia da Lei e da Ordem (GLO)
ambiental apreendeu 962 toras sem origem legal
comprovada em Breves (222 km a oeste de
Belém). A proprietária da madeireira, presa em
flagrante, é mulher de um tenente-coronel da
Polícia Militar do Pará.
A apreensão na madeireira Reka ocorreu no dia
13 deste mês e teve o apoio da Receita Federal,
da Dema (Delegacia do Meio Ambiente) e da
Semas (Secretaria de Meio Ambiente). Além das
toras, a fiscalização encontrou uma carvoaria
clandestina e descarte irregular de resíduos
sólidos.
Durante a vistoria, o gerente da madeireira
admitiu que não tinha como comprovar a origem
legal da madeira. Os agentes da Semas
encontraram duas irregularidades: receptação de
madeira sem comprovação de origem e o uso de
créditos florestais fictícios, lançados no sistema
estadual Sisflora (Sistema de Comercialização e
Transporte de Produtos Florestais) para
esquentar madeira ilegal.
O gerente confessou também que as 146 toras
de maçaranduba apreendidas foram compradas
de ribeirinhos. Todas estavam abaixo do
diâmetro mínimo de 50 cm exigido pela
legislação.
O funcionário foi preso em flagrante junto com a
proprietária, Elizabeth Ferreira da Silva de
Oliveira. Ambos foram soltos no dia seguinte
mediante pagamento de fiança de um salário
mínimo.
Oliveira é mulher do tenente-coronel da PM
Helderley Souza de Oliveira. Desde a manhã
desta terça-feira (24), a reportagem tentou
entrar em contato com ele por meio da
assessoria de imprensa do governo do Pará e da
PM, mas não obteve resposta até a publicação
deste texto.
Ao justificar a decisão, o juiz Enguellyes Torres
de Lucena, da Primeira Vara de Breves, afirmou
que ambos “são de baixa periculosidade social,
tendo os flagranteados domicílio fixo, emprego
lícito, não pesando contra eles quaisquer ordens
de prisão ou respondendo procedimentos
criminais”.
A madeireira Reka tem um longo histórico de
irregularidades. Só no Ibama, constam seis
multas aplicadas à empresa desde 2001,
totalizando R$ 922 mil, sem correção.
As duas multas mais altas foram aplicadas em 5
de agosto de 2009 pelos mesmos motivos
apontados pela fiscalização deste ano: origem
não comprovada de madeira e lançamento de
informações falsas no sistema.
A multa mais baixa dessas duas, de R$ 280,8
mil, foi parcelada e continua sendo paga até
hoje. A mais alta, de R$ 600 mil, está em grau
de recurso mesmo após mais de dez anos.
A Reka tem certidão negativa de embargo no
Ibama, ou seja, está apta a operar. A empresa
também aparece como ativa no Ceprof (Sistema
de Cadastro de Consumidores de Produtos
Florestais), gerido pela Semas.
Na manhã desta terça, a reportagem da Folha
enviou uma solicitação de esclarecimento sobre a
Data: 16/09/2019
65
Grupo de Comunicação
situação da Reka via assessoria de imprensa do
governo do Pará, mas não obteve resposta.
A madeireira está localizada na zona rural de
Breves, cidade na calha do rio Amazonas, e não
possui telefone listado. A reportagem não
conseguiu localizar a empresária nem o seu
advogado.
A GLO ambiental, renovada por mais 30 dias na
semana passada, autoriza o emprego das Forças
Armadas em ações de combate a crimes
ambientais e a incêndios na região amazônica.
A iniciativa do governo Jair Bolsonaro (PSL) foi
uma resposta à intensa pressão internacional
sofrida pelo Brasil em razão do aumento das
queimadas e do desmatamento neste ano.
https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/0
9/marinha-apreende-962-toras-de-madeira-em-
empresa-ligada-a-tenente-coronel-do-para.shtml
Voltar ao Sumário
Data: 16/09/2019
66
Grupo de Comunicação
Mônica Bergamo: Moro para tudo para ver
Bolsonaro falar na ONU
Para equipe do ministro, citação inesperada de
Bolsonaro a ele indica que a crise foi superada
O ministro Sergio Moro, da Justiça, parou tudo o
que fazia no fim da manhã de terça (24) para ver
o discurso de Jair Bolsonaro na ONU. Na hora em
que foi citado pelo presidente, assessores o
aplaudiram. O ex-juiz, surpreso, sorriu.
NO PASSADO
Na visão da equipe de Moro, a citação inesperada
a ele indica que a crise com Bolsonaro foi
superada.
PACIÊNCIA
E a possível retirada, no Congresso, da proposta
de excludente de ilicitude do projeto anticrime
não altera o sono do ex-juiz. Ele é a favor, mas
nunca colocou a ideia como central em seu plano
de segurança.
DEIXA ASSIM
Os pontos de honra para Moro são a aprovação
do início da pena depois de sentença em segunda
instância e o cumprimento imediato dela também
depois da condenação do réu por um tribunal do
júri.
GANGORRA
Moro em alta, Deltan Dallagnol em baixa: o
procurador da Lava Jato deve sofrer derrota
inédita no CNMP (Conselho Nacional do Ministério
Público). A previsão é que, nas próximas
semanas, um processo disciplinar seja aberto
contra ele por 10 votos a 2.
COMEÇO
Na terça (24), sete conselheiros votaram para
que Dallagnol responda à acusação de fazer
campanha nas redes sociais contra o senador
Renan Calheiros (MDB-AL) quando ele disputava
a presidência do Senado.
MEIO
Os votos de três dos sete contrários a Deltan
surpreenderam: eles costumavam até agora
votar a favor do procurador. Outros três
conselheiros devem fechar o placar negativo nos
próximos dias.
FIM
O CNMP passa por ampla reformulação: o
Senado, que aprova os conselheiros, vetou a
recondução de dois deles, ameaça rejeitar um
terceiro e aprovou novos nomes para integrarem
o colegiado.
DO AVESSO
Com isso, o placar, que foi sempre de 8 a 6 a
favor da Lava Jato, pode virar.
À MÃO
Após fazer a avaliação médica de Bolsonaro na
sexta (20), o cirurgião Antônio Macedo voltou a
SP e executou três cirurgias de pâncreas e fígado
no fim de semana.
Almoço oferecido pela empresária Rosy Verdi ao
governador João Doria e sua mulher, Bia Doria
MENU EXECUTIVO
A primeira-dama de SP, Bia Doria, e o
governador do estado, João Doria, foram
recebidos pela empresária Rosy Verdi em seu
apartamento nos Jardins, em SP, para um
almoço na terça (24). As também empresárias
Beth Szafir e Bete Arbaitman passaram por lá,
assim como a bispa Sônia Hernandes.
CORAÇÃO VERMELHO
A advogada Mônica Goretti Nagime está criando
o PTinder, uma página para promover namoros
entre pessoas de esquerda.
Data: 16/09/2019
67
Grupo de Comunicação
PASSO
Ela vai começar com uma página no Instagram e
em seguida lançará um aplicativo.
DETALHE
A ideia surgiu depois que um amigo ficou na
fossa por ter levado um fora. Mônica resolveu
ajudá-lo divulgando uma foto dele em suas
redes. Disse que era advogado, diretor de escola
técnica, bom papo e “de esquerda”. “Por incrível
que pareça, foi o que mais atraiu as mulheres”,
diz ela.
É O AMOR
A página terá ainda um quadro que se chamará
“Partidão de Esquerda”, com pequenas
entrevistas com pessoas “solteiras ou em um
relacionamento aberto ou confuso” que estejam
buscando um novo amor.
TÔ VOLTANDO
O cantor e ex-vereador Netinho de Paula voltará
a ter um programa na televisão. A nova atração
estreia na RedeTV! no dia 20 de outubro e
resgatará quadros como “Dia de Princesa” e
“Banco da Gente”, apresentados em programas
que ele teve antes na Record e no SBT.
PRA CURTIR
O novo programa ocupará faixa de uma hora e
meia patrocinada pela empresa de franquias
SMZTO. A atração será exibida nas tardes de
domingo.
MEGAFONE
A Comissão de Cultura da Câmara vai analisar
nesta quarta (25) a divulgação de uma moção de
repúdio contra os ataques do diretor Roberto
Alvim à atriz Fernanda Montenegro.
MEGAFONE 2
Alvim, que ocupa a direção do Centro de Artes
Cênicas da Funarte, disse que a atriz era
“sórdida” e que tem “desprezo” por ela.
RESPEITO
O diretor diz que apenas defendeu Bolsonaro de
“acusações falaciosas”. Ele reagiu a uma foto da
atriz vestida de bruxa prestes a ser queimada em
uma fogueira de livros.
VOZ
O cacique Raoni deve ir a Brasília nesta quarta
(25). A ideia é se reunir com deputados das
frentes parlamentares ambientalista e em defesa
dos povos indígenas e dos quilombolas.
Depois ele deve se pronunciar contra o discurso
do presidente Jair Bolsonaro realizado na ONU na
terça (24).
AO SOM DO CARIMBÓ
A cantora Fafá de Belém ofereceu jantar em sua
casa em SP na segunda (23) para celebrar a
chegada do Círio de Nazaré. A cantora e filha da
anfitriã, Mariana Belém, a jornalista Mônica
Waldvogel e o músico Manoel Cordeiro
compareceram.
CURTO-CIRCUITO
Paulo Nogueira Batista Jr. lança o livro “O Brasil
Não Cabe no Quintal de Ninguém”, com debate
com Luiz Gonzaga Belluzzo e José Márcio Rego.
Nesta quarta (25), às 19h, na Livraria Cultura do
Conjunto Nacional, em SP.
Peixoto Accyoli lança livro hoje, às 18h30, na
Livraria da Vila do shopping JK Iguatemi.
Charlotte Darnaud, do Eden-Rock St Barths,
anuncia hoje a reabertura do hotel no Caribe.
Guto Requena lança livro hoje na Livraria da Vila
da Lorena.
com BRUNO B. SORAGGI, GABRIEL RIGONI e
VICTORIA AZEVEDO
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabe
rgamo/2019/09/moro-para-tudo-para-ver-
bolsonaro-falar-na-onu.shtml
Voltar ao Sumário
Data: 16/09/2019
68
Grupo de Comunicação
ESTADÃO Bolsonaro na ONU
Se tivesse dotes de estadista, Bolsonaro poderia
ter recolocado o Brasil entre as nações que
nutrem interesse pelo futuro da humanidade
Notas & Informações, O Estado de S.Paulo
Na semana passada, decerto aconselhado pela
ala ajuizada de seu governo, o presidente Jair
Bolsonaro prometeu que faria um discurso
“conciliador” na abertura da Assembleia-Geral da
ONU. De fato, tratava-se de uma ótima
oportunidade para tentar desfazer os equívocos
que ele e seus ministros mais radicais
cometeram ao hostilizar diversos países e
governos que vêm se mostrando preocupados
com os incêndios e a devastação na Amazônia.
Poderia, se tivesse dotes de estadista, recolocar
o Brasil na comunidade de nações que nutrem
genuíno interesse pelo futuro da humanidade, o
qual depende diretamente da preservação do
meio ambiente.
O que se ouviu, no entanto, foi um ataque feroz
contra um inimigo imaginário e a favor da
intolerância – que desde sempre alimenta os
discursos de Bolsonaro, agora amplificados pela
sua condição de presidente da República.
Logo no início do pronunciamento, Bolsonaro
tratou de nomear seu grande desafeto, dizendo
que o Brasil “ressurge depois de estar à beira do
socialismo”. E continuou, para perplexidade
geral: “Meu país esteve muito próximo do
socialismo, o que nos colocou numa situação de
corrupção generalizada, grave recessão
econômica, altas taxas de criminalidade e de
ataques ininterruptos aos valores familiares e
religiosos que formam nossas tradições”.
Repetia dessa forma seu constrangedor discurso
de posse, quando disse que sua chegada ao
poder estava “libertando” o País do “socialismo”
– ignorando o fato óbvio de que seu antecessor,
o presidente Michel Temer, nada tinha de
socialista, nem tampouco, a rigor, os governos
anteriores. Tratava-se, tanto por ocasião da
posse como agora na ONU, da reafirmação de um
dos muitos slogans da campanha eleitoral de
Bolsonaro, tão estridentes quanto desprovidos de
significado real.
O Brasil, de fato, estava sob ataque, mas não
dos “socialistas”, e sim de quadrilhas de
corruptos que desmoralizaram a política e
assaltaram as burras da República. Corrupção
não depende de socialismo ou de antissocialismo,
como o próprio presidente da República deve
saber. Ademais, é bom lembrar que a grande
corrupção da era lulopetista havia sido quase
totalmente desbaratada bem antes de Bolsonaro
chegar à Presidência, graças aos esforços da
Operação Lava Jato. Ou seja, Bolsonaro tenta se
incluir – e em posição de liderança – num
processo do qual ele não participou em nenhum
momento.
Tais questões não deveriam ter sido levadas à
tribuna da ONU, ainda mais envolvidas num
discurso mistificador e demagógico. Não havia
ambiente para isso. Em alguma medida, lembra o
vexame protagonizado em 2014 pela então
presidente Dilma Rousseff, quando transformou a
ONU em palanque de sua campanha à reeleição –
e, numa entrevista coletiva em Nova York,
defendeu o “diálogo” com o Estado Islâmico, que
na época havia decapitado reféns, para horror do
mundo civilizado.
Mas nenhum delegado presente ao discurso de
Bolsonaro deve ter se decepcionado, já que
certamente eles ouviram o que já esperavam
ouvir, isto é, ataques à imprensa internacional,
acusações de “colonialismo” e insinuações de que
estrangeiros defendem os índios e o meio
ambiente como pretexto para cobiçar as riquezas
da Amazônia. Ora, cobiça sempre houve e
sempre haverá, mas a soberania da Amazônia
não está sob ameaça real desde o século 19.
Se Bolsonaro estivesse realmente preocupado em
afastar qualquer risco à soberania brasileira
sobre a Amazônia, teria adotado um tom
conciliador, em busca de harmonia com a
comunidade internacional.
Data: 16/09/2019
69
Grupo de Comunicação
Desde o Barão do Rio Branco, o Brasil, ciente de
seus limites militares e econômicos, optou pelo
diálogo multilateral – e, ao não se alinhar
fanaticamente a uma única potência, como faz
Bolsonaro em relação aos Estados Unidos de
Donald Trump, ganhou o respeito de toda a
comunidade internacional.
Bolsonaro, assim, erra em dobro: ao investir
numa retórica antagonista, ameaça apartar o
Brasil da sociedade das nações; e ao tratar de
maneira leviana das questões ambientais, com as
quais todos os que têm responsabilidade
deveriam se preocupar, coloca em risco o futuro
do País que governa. Tudo isso em nome de um
ideário retrógrado e fantasioso.
https://opiniao.estadao.com.br/noticias/notas-e-
informacoes,bolsonaro-na-onu,70003023639
Voltar ao Sumário
Data: 16/09/2019
70
Grupo de Comunicação
No calor da hora
Os impactos climáticos são mais agressivos e
acelerados do que se supunha
Notas & Informações, O Estado de S.Paulo
Os impactos climáticos são mais agressivos e
acelerados do que se supunha há uma década. A
temperatura global entre 2015 e 2019, por
exemplo, será mais alta que em qualquer período
equivalente já registrado. “Ondas de calor
disseminadas e duradouras, recordes de
incêndios e outros eventos devastadores como
ciclones tropicais, enchentes e secas têm
impactos imensos no desenvolvimento
socioeconômico e ambiental”, afirma o relatório
das Nações Unidas publicado por ocasião do
debate anual da Assembleia-Geral. O estudo,
sugestivamente denominado Unidos na Ciência,
foi produzido pelo Grupo Consultivo de Ciências
da Cúpula da Ação Climática e compila de
maneira altamente sintética as descobertas
científicas decisivas mais recentes no domínio
das pesquisas sobre mudanças climáticas.
Estima-se que a temperatura global esteja hoje
1,1 grau Celsius acima da era pré-industrial
(1850-1900) e 0,2 grau acima da média da
temperatura global entre 2011 e 2015. Como
resultado, a ascensão do nível do mar está
acelerando e a água já se tornou 26% mais ácida
do que no início da era industrial, com grande
prejuízo para a vida marinha. Nos últimos 40
anos, a extensão de gelo ártico no mar declinou
aproximadamente 12% por década. Entre 1979 e
2018 a perda anual de gelo do lençol glacial
antártico sextuplicou. As ondas de calor
aumentaram os índices de letalidade ambiental
nos últimos cinco anos. No verão de 2019 os
incêndios florestais na região ártica cresceram
sem precedentes. Só em junho as queimadas
emitiram 50 megatons de dióxido de carbono na
atmosfera, mais do que a soma de todas as
emissões no mesmo mês entre 2010 e 2018.
De acordo com a Organização para Alimentação e
Agricultura da ONU, o recente crescimento da
fome global, após um declínio prolongado, tem
entre suas causas principais a variabilidade e os
extremos do clima. A frequência das secas
aumentou em grandes áreas da África, América
Central, Brasil, Austrália e partes do Oriente
Médio. Segundo o Fundo Monetário Internacional,
as altas de temperatura têm provocado uma
perda no PIB dos países em desenvolvimento da
ordem de 1,2% para cada 1 grau centígrado a
mais.
“Em que pese um crescimento extraordinário em
energia renovável”, diz o estudo, “combustíveis
fósseis ainda dominam o sistema de energia
global.” As emissões de gás carbônico derivadas
da combustão de carvão vinham diminuindo
desde 2013, mas o crescimento foi retomado em
2017, ao mesmo tempo que emissões do
petróleo e de gás seguem crescendo
rapidamente, sobretudo em países em
desenvolvimento, notadamente na Índia e na
China. Nos países desenvolvidos as emissões
diminuíram. Os índices per capita mais altos
ainda vêm dos EUA, União Europeia, Austrália e
de potências petrolíferas como a Arábia Saudita.
Estima-se que, para atingir a meta dos Objetivos
do Desenvolvimento Sustentável de limitar o
aumento da temperatura em relação à era pré-
industrial a 2 graus, os esforços atuais precisam
ser triplicados. No caso da meta ideal de limitar
esse aumento a 1,5 grau, esses esforços
precisariam ser quintuplicados. Tecnicamente,
dizem os pesquisadores, isso ainda é possível,
mas demandará ações urgentes de intensificação
e replicação das políticas mais bem-sucedidas.
Em resumo, os crescentes impactos climáticos
intensificam o risco de cruzar limites
irreversíveis. “A concretização do Acordo de Paris
exige ação imediata e abrangente envolvendo
uma descarbonização profunda complementada
por medidas políticas ambiciosas, proteção e
aprimoramento dos processos naturais de
captura de carbono e da biodiversidade, e esforço
para remover o CO2 da atmosfera.”
Os pesquisadores apontam três setores que
precisam investir diretamente na
descarbonização: finanças, energia e indústria.
Além disso, outras três áreas são decisivas:
soluções baseadas na natureza, ações locais e
urbanas e o incremento da resiliência e
adaptação às mudanças climáticas,
especialmente nos países mais vulneráveis.
https://opiniao.estadao.com.br/noticias/notas-e-
informacoes,no-calor-da-hora,70003023632
Voltar ao Sumário
Data: 16/09/2019
71
Grupo de Comunicação
Prefeitos desafiam governo francês a proibir
pesticidas
Em maio, Daniel Cueff proibiu o uso de pesticidas
num raio de 150 metros de qualquer habitação,
estabelecendo uma barreira ao redor de grande
parte do vilarejo Langouët
Adam Nossiter, The New York Times
LANGOUËT, FRANÇA - Se a França começa a
despertar para a ecologia, seu centro espiritual
talvez esteja aqui, em Langouët, um tranquilo
vilarejo da Bretanha, onde o prefeito
ambientalista está se tornando um herói popular.
Os prefeitos de 40 lugarejos decidiram seguir o
exemplo de Daniel Cueff, embora ele tenha sido
advertido, levado ao tribunal pelo Estado francês,
e informado de que, o prefeito de um vilarejo de
apenas 600 habitantes, não tem o direito de
proibir o uso de pesticidas em sua localidade.
Ao mesmo tempo, os moradores de Langouët
picharam os espaços públicos com frases
endereçadas à representante regional do governo
nacional: “Madame comissária, deixe que o nosso
prefeito nos proteja!” Quando Cueff compareceu
diante do tribunal na capital da região, Rennes,
mil pessoas estiveram presentes para aplaudi-lo.
“Por acaso o prefeito de um vilarejo não tem a
tarefa de preencher as deficiências do Estado?”
perguntou Cueff, 64, em uma entrevista. “A
França votou pela diretiva europeia que protege
a população dos pesticidas”, ele disse. “Mas não
está fazendo isto. Não quero ser acusado de não
prestar assistência à população em perigo”.
Depois de um verão particularmente escaldante
com ondas de calor recordes, que enfatizaram a
realidade da mudança climática, os políticos que
adotaram alguma atitude são raros. Na
primavera passada, os Verdes tiveram uma forte
votação nas eleições ao Parlamento Europeu; os
ambientalistas estão em alta, enquanto os
políticos do establishment estão de joelhos.
Mas o presidente Emmanuel Macron apreciou as
lições, como mostrou com novas e grandes
iniciativas ambientais. Ele expressou inclusive um
cauteloso apoio ao prefeito, e falou a respeito de
Cueff: “Apoio as suas intenções, mas não posso
concordar quando a lei não é respeitada”.
Moradores e produtores rurais de Langouët apoiam em
grande parte a proibição do pesticida. Uma fazenda
que respeita o meio ambiente na região. Foto: Andrea
Mantovani para The New York Times
Cueff foi cáustico. “Na política, o que vale não é a
intenção, é a prática”, afirmou. No dia 18 de
maio, Cueff proibiu o uso de pesticidas num raio
de 150 metros de qualquer habitação,
estabelecendo uma barreira ao redor de grande
parte do vilarejo. No final de agosto, um juiz
derrubou a sua portaria depois que o governo
central se manifestou contra.
Por sua vez, nos Estados Unidos, os júris
emitiram diversas sentenças contra a Monsanto,
em ações movidas por cidadãos que afirmaram
que o herbicida Roundup contra ervas daninhas
provocara câncer. Testes realizados em pessoas
de Langouët mostraram níveis de glifosato - um
dos herbicidas mais amplamente usados e o
ingrediente ativo do Roundup - em sua urina 30
vezes superiores ao recomendado. E
particularmente crianças.
“Estamos realmente chocados”, disse Hélène
Heuré, a bibliotecária local, que tem dois filhos.
“É claro que estamos assustados. O prefeito disse
que tentaria encontrar uma solução. Devemos
questionar este tipo de agricultura”. O rancor é
ainda muito forte entre a meia dúzia de
produtores rurais, na maior parte de laticínios,
que praticam o que Cueff chamou de agricultura
“convencional”.
Data: 16/09/2019
72
Grupo de Comunicação
“É uma catástrofe”, definiu Dominique Hamon, ao
lado do seu tanque de leite. “Estamos aqui para
alimentar as pessoas, e agora elas estão nos
expulsando alegando que somos perigosos.
Sequer temos a liberdade de cumprir a nossa
obrigação”, afirmou Hamon, acrescentando que,
no fim do ano, pretende abandonar o ramo.
Mas Cueff diz não compreender por que razão,
em 2017, o Estado proibiu as prefeituras de usar
o glifosato, mas continua permitindo o seu uso
nas fazendas próximas das pequenas aldeias.
“Obviamente há algum problema”, afirmou
Bertrand Astic, o prefeito de Boussières, nas
proximidades da fronteira com a Suíça. “Ou é
tóxico ou não é. Por isso, decidimos nos
manifestar contra”.
Astic proibiu o glifosato e ele também está sendo
combatido por seu governo local. “Nós, os
prefeitos da área rural, estamos testemunhando
um verdadeiro declínio do nosso ambiente”,
afirmou. “As árvores estão morrendo. As
populações de insetos estão minguando. Você
olha para os montes aqui, e vê enormes manchas
marrons. Tivemos três secas seguidas. A
mudança climática está ocorrendo diante dos
nossos olhos”.
Na Bretanha, Cueff espera que a opinião pública
esteja do seu lado. “Há vinte anos estávamos
sozinhos” afirmou. “Eles achavam que nós
exagerávamos. Hoje, é o oposto. As pessoas me
procuram e perguntam se podem fazer mais
alguma coisa”. / TRADUÇÃO DE ANNA
CAPOVILLA
https://internacional.estadao.com.br/noticias/nyt
iw,governo-frances-proibir-
pesticidas,70003023111
Voltar ao Sumário
Data: 16/09/2019
73
Grupo de Comunicação
Governador fala em NY na contramão de
Bolsonaro
Sonia Racy – Direto da Fonte
Na mesma hora em que Bolsonaro fazia seu
discurso na Assembleia-Geral, em NY, Paulo
Câmara, escolhido para representar os nove
governadores do Nordeste na Cúpula do Clima –
evento paralelo ao encontro da ONU–, também
fez um discurso – e, como integrante do PSB,
conduziu sua fala numa direção, digamos, bem
diferente.
Sem citar nomes, afirmou que no Brasil “é
preciso estar atento às ameaças que a própria
humanidade, e algumas das suas lideranças, têm
causado”. E garantiu, na sua fala, que o Nordeste
“não aceitará passivamente medidas
ultrapassadas e criminosas”.
De longe
Raquel Dodge tirou um sabático de três semanas
fora do Brasil – e partiu sem dar entrevista nem
revelar o destino. Ficará sabendo à distância,
hoje, da sabatina do sucessor, Augusto Aras,
como novo PGR, pelo Senado.
Provisoriamente, Raquel assumiu o 15.º ofício do
STJ. Sua função definitiva só será conhecida em
outubro.
Vatapá da Fafá
Fafá de Belém, personagem das Diretas Já e ex-
eleitora de Lula, já avisou que se manterá longe
da política nas próximas eleições. A cantora, que
não votou para presidente em 2018, disse à
coluna, anteontem, em jantar no seu
apartamento nos Jardins (fotos ao lado), que
continuará “fora da linha de frente”.
“Não apoiarei ninguém. Vou assistir e torcer”,
garantiu. A cantora reuniu amigos para falar do
Círio de 2019, ao lado do secretário de Turismo
do Pará, André Dias.
Vatapá 2
Dos presidenciáveis, Fafá citou Doria, Luciano
Huck e Bolsonaro, mas enfatizou sua amizade
“de mais de 40 anos com João”, referindo-se ao
governador de SP.
Verde que te…
Gilberto Natalini, do PV, negocia com secretários
de Bruno Covas o aval para construção do Parque
Bixiga, na área junto ao Teatro Oficina que
pertence a Silvio Santos. O projeto foi aprovado
em primeira votação na Câmara, mas só passa
pela segunda se o prefeito der seu OK.
…quero verde
Quanto ao apresentador, a ideia é convencê-lo a
trocar o terreno por outro em novo lugar, solução
que deu certo no Parque Augusta. “Acredito que
ele aceita, porque acho que as pessoas
evoluem”, diz Natalini.
Cultura em alta
Sergio Sá Leitão, da Cultura estadual, lança em
novembro o Programa de Apoio ao
Desenvolvimento da Indústria do Audiovisual de
SP, o Proav.
O projeto começa destinando ao setor um total
de R$ 200 milhões, divididos em duas linhas de
crédito para empresas e outra de investimentos,
em parceria com o Desenvolve SP.
Em alta 2
O incentivo à literatura vive um bom momento. O
Prêmio Rio de Literatura recebeu 701 inscrições
de 23 Estados. A lista inclui 123 autores já
publicados, como Daniel Aarão Reis, Zuza
Homem de Mello, Heloisa Starling e José Miguel
Wisnick. Todos concorrendo ao prêmio principal
de R$ 100 mil.
A poesia entra, nesse pacote, com 216
inscrições. E o Rio lidera com o total de 207
concorrentes, seguido de 183 de SP.
https://cultura.estadao.com.br/blogs/direto-da-
fonte/governador-fala-em-ny-na-contramao-de-
bolsonaro/
Voltar ao Sumário
Data: 16/09/2019
74
Grupo de Comunicação
A importância do Código Florestal no atual
contexto brasileiro
Paulo de Bessa Antunes*
A Lei nº 12.651/2012 (Novo Código Florestal –
NCF) tramitou por mais de uma década no
Congresso Nacional e, sem dúvida, é um
importante acordo político jurídico entre os
diferentes stakeholders. Apesar de ter recebido
muitas críticas, à direita e à esquerda, o NCF
consolidou uma série de questões que vinham se
arrastrando desde longa data sem solução. Os
pequenos agricultores tiveram muitas de suas
questões atendidas, em especial no que tange à
reserva florestal legal e às áreas de preservação
permanente. Foram estabelecidas medidas
protetoras para as chamadas áreas de uso
restrito (apicuns e salgados) e foi criado o
Cadastro Ambiental Rural (CAR), hoje
praticamente concluído, que serve para
identificar o estágio real de conservação dos
imóveis rurais brasileiros. Em relação às áreas
urbanas, a transformação da reserva legal em
áreas verdes urbanas é, inquestionavelmente,
uma melhoria significativa, pois poderá auxiliar
os municípios na relevante tarefa de gestão do
solo urbano.
É importante que se reconheça que áreas
protegidas, tais como reservas florestais legais e
áreas e preservação permanente são institutos
jurídicos praticamente inexistentes em
ordenamentos jurídicos estrangeiros e que, em
tal situação, merecem uma atenção especial do
legislador. A propriedade rural no Brasil tem
peculiaridades que, na prática diminuem o
tamanho da terra agricultável. Devemos lembra
que, nos termos de nossa Constituição, tanto o
poder público como os indivíduos têm o dever de
proteger o meio ambiente. Assim, parece lógico
que o benefício da comunidade não pode
representar carga excessiva sobre um único
indivíduo ou setor. A distribuição equilibrada dos
bônus e dos encargos resultantes da proteção
ambiental é medida de justiça que deve ser
perseguida por todos.
O pagamento por serviços ambientais [PSA] é
um instrumento que necessita ser regulamentado
pelo Congresso Nacional para que aqueles que,
efetivamente, proteja, as suas propriedades,
ainda que se trate de áreas de reserva florestal
legal e áreas de preservação permanente,
possam ter recursos para manter a floresta em
pé, como é a aspiração de nossa sociedade. Este
é um papel fundamental a ser desempenhado
pelo Direito Ambiental brasileiro em sua função
prospectiva (proteção das futuras gerações) e
que precisa ser compreendido de forma ampla. A
alegação de que não faz sentido remunerar o
cumprimento da lei é desmentida pela realidade.
Os mecanismos de comando e controle: norma e
punição pelo descumprimento, embora
importante não é o único a ser utilizado. A
administração pública deve ter a sua disposição
os chamados instrumentos do direito premial,
como forma de estabelecer incentivos para o
cumprimento integral das normas legais.
Por outro lado, as frequentes tentativas de
alteração do NCF não contribuem para a
conservação das florestas brasileiras e, além
disso, causam inúmeros prejuízos ao Brasil, seja
do ponto de vista de sua imagem internacional
(soft power), seja do ponto de vista econômico.
Sabemos que as questões ambientais, no mundo
moderno, servem a diversos propósitos que
ultrapassam a mera preocupação com o
ambiente. O Brasil ainda ocupa parcela
insignificante do comércio internacional e,
especificamente, no campo agrícola há muito
crescimento pela frente. A nossa agricultura se
modernizou e tem obtido importantes ganhos de
produtividade, devido a pesquisa e ciência.
É do interesse de nossa sociedade que a
administração pública, bem como os cidadãos, se
empenhem com vigor no combate ao
desmatamento ilegal e que, na medida do
possível, estimulem os agricultores a não
desmatar áreas legalmente passíveis de uso
alternativo do solo. Isto somente se faz com o
estabelecimento de confiança entre todas as
partes envolvidas e com o firme
comprometimento com a manutenção do NCF, tal
como se encontra, pois fruto de um amplo acordo
nacional que ainda pode dar excelentes frutos, se
for tratado com a seriedade que merece.
*Paulo de Bessa Antunes, sócio do Tauil &
Chequer Advogados
https://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-
macedo/a-importancia-do-codigo-florestal-no-
atual-contexto-brasileiro/
Voltar ao Sumário
Data: 16/09/2019
75
Grupo de Comunicação
‘Fala vai afetar muito as perspectivas do
agronegócio brasileiro', diz Ricupero sobre
Bolsonaro
Para embaixador, presidente visa consolidar
apoio de segmento que lhe deu vitória e ignora
ótica internacional
Entrevista com
Rubens Ricupero, diplomata
Tulio Kruse, O Estado de S.Paulo
Embaixador aposentado com mais de quatro
décadas de carreira no Itamaraty, o diplomata
Rubens Ricupero acredita que o discurso do
presidente Jair Bolsonaro na Assembleia-Geral da
Nações Unidas (ONU) pode ter reflexos negativos
em acordos comerciais e na relação com
investidores estrangeiros.
Subsecretário da ONU entre 1995 e 2004,
quando comandou a Conferência das Nações
Unidas para Comércio e Desenvolvimento
(Unctad), ele diz que a negação do
desmatamento na Amazônia desperdiça o que,
para ele, foi o “único trunfo” do Brasil na cena
internacional: o prestígio pela condução de sua
diplomacia do meio ambiente. Ricupero
classificou o discurso como “desastroso” e disse
que não há paralelo com a participação de outros
representantes do País na Assembleia-Geral.
Abaixo, os principais trechos da entrevista:
Qual a impressão do senhor do discurso feito
pelo presidente Jair Bolsonaro?
Antes do discurso, eu já achava que o presidente
iria a Nova York sobretudo em função do público
interno, e não do público internacional. Ele fez
exatamente isso, tanto que não sou só eu que
estou dizendo. Se você tiver o cuidado de ler o
tuíte do Flávio Bolsonaro, senador e filho dele,
vai ver que ele diz exatamente a mesma coisa
que eu digo: que o presidente fez, na ONU, o
discurso vitorioso nas eleições aqui no Brasil, e
por isso os derrotados estão protestando.
Ele mostra claramente que esse é um episódio
que não se compreende pela ótica internacional,
como seria natural. A chave para a compreensão
do discurso dele é a política doméstica brasileira.
Bolsonaro é um presidente obcecado pela perda
de popularidade, que já está se lançando
candidato à reeleição, e já está disputando com
rivais como (o governador de São Paulo, João)
Doria e outros. Ele radicaliza o discurso para
consolidar o seu apoio naquele segmento que
deu a vitória a ele.
Nenhum presidente brasileiro jamais fez um
discurso desse tipo fora do Brasil. É como lavar a
roupa suja fora de casa, de maneira
escancarada. O discurso, às vezes, parece mais
se dirigir contra os opositores internos do que
externos. Mas sobrou para todo mundo: Cuba,
Venezuela, França, Alemanha, ONU. Ele atacou
todos.
Qual a consequência de ele fazer um discurso
desses na principal tribuna do mundo?
Eu considero que é o discurso mais desastroso de
todos os discursos feitos pelo Brasil desde que
existe o debate da Assembleia-Geral. Conheço
bem os discursos feitos por todos os
antecessores porque escrevi um livro sobre a
história da diplomacia brasileira (A diplomacia na
construção do Brasil: 1750-2016, Versa
Editores). É um discurso agressivo e belicoso no
fundo, na forma e no tom. Bolsonaro estava
claramente desconfortável naquele ambiente,
sentia que era um auditório hostil. Não teve
amenidades. Em diplomacia, às vezes a forma é
mais importante do que o conteúdo. Nesse caso,
tanto o conteúdo quanto a forma são muito
duros. Ele confirma o que há de pior.
E como isso se reflete nas relações do Brasil com
os países?
Data: 16/09/2019
76
Grupo de Comunicação
Os acordos que o Mercosul tinha assinado com a
União Europeia e a Área de Livre Comércio
Europeu já estavam praticamente mortos. Agora,
ele coloca vários pregos no caixão. Ele inviabiliza,
no futuro previsível, qualquer esforço de boa
vontade para apresentar esses acordos à
aprovação dos diversos parlamentos europeus.
Isso vai afetar muito as perspectivas do
agronegócio brasileiro, da exportação do Brasil
em geral.
Aquilo que o Brasil tinha, uma imagem positiva
em meio ambiente, ele jogou fora, no lixo. Ele
desperdiçou o único trunfo que o Brasil tinha.
Nós não temos poder militar, não temos bomba
atômica, nem poder econômico. Mas tinha aquele
prestígio da sua diplomacia proativa em matéria
ambiental. Agora, nós perdemos isso. Acho que
isso vai alimentar essa onda contra nós. Antes de
ir a Nova York, eu achava que era difícil piorar a
situação. Eu me enganei. Ele conseguiu piorar.
O Brasil já tinha protagonizado embates com
outros países. É uma oportunidade perdida? Era
possível usar esse discurso como uma tentativa
de reiniciar essas relações?
Se ele fosse uma pessoa diferente, acho que sim.
Você se lembra que, pouco antes de ele sair
daqui, houve aquele documento assinado por 230
fundos de investimento (em defesa da
Amazônia). Eram fundos de mais de 30 países
que manejam trilhões de dólares. Utilizando isso,
ele poderia ter feito um discurso muito mais
conciliador. Poderia dizer que tinha sido
malcompreendido, que o Brasil quer atrair
investimentos, que o País quer ter uma política
de desenvolvimento sustentável. Ele poderia ter
feito algo muito mais construtivo, como seria do
interesse até do agronegócio, por exemplo. É
uma oportunidade perdida e não sei se haverá
outra.
Há muitos apoiadores do presidente que
esperavam que o tom fosse justamente esse, e
concordam com essa posição. Ainda existe
espaço para essa retórica na comunidade
internacional, uma vez que ele está alinhado a
líderes como Donald Trump, Boris Johnson e
Viktor Orbán?
Não, não existe. Esses exemplos mesmo que
você mencionou mostram claramente que isso é
antidiplomacia. É querer desafiar aquilo que
antigamente se chamava de “a opinião honesta
da humanidade”. Esses homens são indivíduos
criticados, despreparados. Quem é que admira
Boris Johnson, à exceção daqueles poucos
partidários dele? Ninguém. O Trump tem aquele
núcleo de apoiadores fiéis, mas agora ele está
lutando pela própria sobrevivência. Se você levar
em conta que o Matteo Salvini (ex-ministro da
Itália) já saiu de cena, que Binyamin Netanyahu
já não tem mais nenhuma posição proeminente
em Israel, e que Trump está salvando a própria
pele, você vê que esse, aparentemente, não é o
caminho do sucesso.
https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,fala
-vai-afetar-muito-as-perspectivas-do-
agronegocio-brasileiro-diz-ricupero-sobre-
bolsonaro,70003023796
Voltar ao Sumário
Data: 16/09/2019
77
Grupo de Comunicação
Em discurso desafiador na ONU, Bolsonaro
ataca ‘colonialismo’ na questão ambiental
Presidente fez menção direta à França, país que
esteve na linha de frente das críticas ao Brasil na
questão da Amazônia
Beatriz Bulla, Giovana Girardi, Ricardo Leopoldo e
Paulo Beraldo, Enviados especiais
NOVA YORK – Em sua estreia na Assembleia-
Geral da ONU, o presidente Jair Bolsonaro fez
nesta terça-feira, 24, um discurso no qual
classificou como “falácia” a tese de que a
Amazônia “é patrimônio da humanidade” e
criticou o que chamou de “espírito colonialista”
de países que recentemente questionaram o
compromisso do País com a preservação
ambiental. Durante sua fala de 32 minutos,
recheada de referências religiosas, Bolsonaro
surpreendeu ao não adotar uma retórica
conciliatória. Ele reforçou na tribuna internacional
o discurso mais ideológico ao afirmar que o Brasil
esteve “à beira do socialismo” e atacar
adversários políticos e países como Cuba e
Venezuela.
A Assembleia-Geral da ONU se tornou, na
prática, o maior teste de política externa de
Bolsonaro. Para observadores das relações
exteriores, o discurso do brasileiro, com foco no
confronto, rompeu uma tradição da diplomacia
brasileira – baseada na moderação e no
pragmatismo – e pode causar prejuízos futuros
para setores exportadores e a consolidação de
acordos de livre-comércio.
“Isso vai afetar muito as perspectivas do
agronegócio brasileiro, da exportação do Brasil
em geral”, disse Rubens Ricupero, ex-ministro e
ex-embaixador nos Estados Unidos.
O conteúdo da fala, contudo, agradou aos
políticos alinhados ao presidente. “Foi um
discurso histórico que teve como base Deus,
pátria e família”, afirmou o deputado federal Luiz
Philippe de Orleans e Bragança (PSL-SP),
primeiro-vice-presidente da Comissão de
Relações Exteriores da Câmara e descendente da
antiga família real.
Ao rebater as críticas envolvendo as queimadas
na Amazônia, o presidente brasileiro reiterou a
tese da defesa da soberania nacional. Ele fez
menção direta à França, país que esteve na linha
de frente das críticas ao Brasil na discussão sobre
a preservação da floresta. Bolsonaro voltou a
sustentar a teoria de que as nações que o
criticam têm interesse comercial nas riquezas
minerais do Brasil. E, neste tema, associou a
mídia a “mentiras”.
“Valendo-se dessas falácias, um ou outro país,
em vez de ajudar, embarcou nas mentiras da
mídia e se portou de forma desrespeitosa, com
espírito colonialista”, disse Bolsonaro, sem citar o
presidente francês, Emmanuel Macron.
“É uma falácia dizer que a Amazônia é patrimônio
da humanidade, e um equívoco, como atestam
os cientistas, afirmar que a nossa floresta é o
pulmão do mundo. Valendo-se dessas falácias,
um ou outro país, em vez de ajudar, embarcou
nas mentiras da mídia e se portou de forma
desrespeitosa, com espírito colonialista”, afirmou.
“Ela (Amazônia) não está sendo devastada e nem
consumida pelo fogo, como diz mentirosamente a
mídia. Cada um de vocês pode comprovar o que
estou falando agora. Não deixem de conhecer o
Brasil, ele é muito diferente daquele estampado
em muitos jornais e televisões”, disse o
presidente.
Bolsonaro não citou nominalmente, mas deixou
claro que suas críticas estavam direcionadas a
líderes como Macron e saudou, como aliado, o
americano Donald Trump. “Questionaram aquilo
que nos é mais sagrado: a nossa soberania! Um
deles por ocasião do encontro do G-7 ousou
sugerir aplicar sanções ao Brasil, sem sequer nos
ouvir. Agradeço àqueles que não aceitaram levar
adiante essa absurda proposta”, afirmou
Bolsonaro. Depois de discursar, Bolsonaro se
sentou na plateia do plenário da ONU para
assistir à fala de Trump.
América Latina
O brasileiro iniciou sua fala citando que assumiu
um País que estava “à beira do socialismo”,
fortemente influenciado por Cuba e Venezuela.
Em tom irônico, afirmou que “o socialismo está
dando certo na Venezuela: todos estão pobres e
sem liberdades”. E disse que o Foro de São Paulo
– que reúne partidos de esquerda da América
Latina – “continua vivo e tem que ser
combatido”.
O presidente dos EUA, Donald Trump, e o
presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, na
Assembleia-Geral da ONU Foto: Alan Santos/PR
O plenário estava com lotação praticamente
completa durante o discurso de Bolsonaro.
Data: 16/09/2019
78
Grupo de Comunicação
Perante líderes de outros 192 países, Bolsonaro
disse que não se pode apagar “nacionalidades”
em nome de um “interesse global abstrato”.
“Esta não é a Organização do Interesse Global. É
a Organização das Nações Unidas.” Uma das
líderes presentes para ouvir o brasileiro foi
Angela Merkel, chanceler da Alemanha, que
aplaudiu sem entusiasmo quando Bolsonaro
encerrou seu discurso. Mais tarde, o presidente
brasileiro negou ter sido agressivo e classificou o
próprio discurso como “objetivo e contundente”.
* os repórteres Paulo Beraldo e Giovana Girardi
viajaram a convite da ONU e da ORGANIZAÇÃO
NO PEACE WITHOUT JUSTICE, respectivamente
https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,em
-discurso-desafiador-bolsonaro-ataca-
colonialismo-na-questao-ambiental,70003022863
Voltar ao Sumário
Data: 16/09/2019
79
Grupo de Comunicação
Análise: Muito ideológico e agressivo,
discurso de Bolsonaro é pouco propositivo
Na ONU, presidente amplia, em vez de reduzir,
‘pontos de atritos’ internos e externos
Eliane Cantanhêde, O Estado de S.Paulo
Mais incisivo na forma e no conteúdo, e em
alguns momentos até mais agressivo do que em
discursos anteriores, dentro e fora do Brasil, o
presidente Jair Bolsonaro manteve na sua estreia
na abertura da Assembleia-Geral da ONU o ponto
central da personalidade do seu governo: a
ideologia - termo, aliás, citado cinco vezes em
vinte minutos.
Ao iniciar o discurso, no ataque e em tom grave,
ele disse ao mundo algo bastante questionável
entre políticos, juristas, analistas e estudiosos:
que o Brasil esteve “à beira do socialismo” com
seus antecessores diretos. Esteve mesmo?
Quando? E o que caracterizou isso?
A história registrará, e a realidade mostra, que os
ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff cometeram
erros graves e sucessivos, mas nenhum dos dois
tentou implantar socialismo nenhum. Até porque
sabiam que não havia e não há ambiente e a
chance seria próxima de zero.
Além de atacar diretamente Cuba e Venezuela, o
presidente brasileiro também mirou na Alemanha
e na França. Citou os dois, não seus presidentes,
e mandou recados nada sutis. Exemplo: “um ou
outro país, em vez de ajudar (no combate às
queimadas), embarcou nas mentiras da mídia e
se portou de forma desrespeitosa, com espírito
colonialista”.
Evaporou-se a expectativa, e até o compromisso
assumido por Bolsonaro, de baixar a poeira,
reduzir a beligerância. Ao contrário, como
registra o diplomata aposentado Rubens Barbosa,
ex-embaixador em Washington, o presidente
“não focou adequadamente as críticas ao meio
ambiente e fez o contrário do esperado: ampliou
os pontos de atrito no exterior”.
Com tantos dados importantes citados na
véspera pelo ministro da Defesa, general
Fernando Azevedo, sobre o combate aos
incêndios, Bolsonaro preferiu manter o discurso
ideológico, fazer meia dúzia de ácidas críticas à
mídia, nacional e internacional, e atribuiu todos
os problemas políticos e diplomáticos gerados por
desmatamentos e queimadas a uma única fonte:
“os ataques sensacionalistas por grande parte da
mídia”.
Ele, aliás, foi contraditório. Apesar dos ataques
aos governos anteriores, em todas as áreas,
admitiu que, enquanto a França e a Alemanha
usam mais de 50% de seus territórios para
agricultura, o Brasil usa apenas 8% e, com uma
exclamação, declarou: “61% do nosso território é
preservado!. Faltou dizer graças a quem, ou ao
que: aos governantes, às instituições, às ONGs,
aos institutos científicos que monitoram a
Amazônia e outros biomas.
Além de atirar em seus inimigos e externos e
internos, atribuindo a facada da campanha a um
“militante de esquerda”, o presidente também
atacou o cacique Raoni – “usado como peça de
manobra por governos estrangeiros” - e
introduziu a sua candidata a líder indígena, a
jovem Ysany Kalapalo, da Reserva do Xingu, que
quase simultaneamente ao discurso já enfrentava
um manifesto crítico a ela de 16 caciques
indígenas. Pelo visto, o presidente não só
ampliou os pontos de atrito “no exterior”, como
disse Rubens Barbosa, mas também
internamente.
De positivo destaca-se a forma. Jair Bolsonaro
estava firme, bem treinado, manejou sem
dificuldade o equipamento transparente e leu
sem gaguejar, com voz clara e fluente.
Destaque-se também o trecho em que ele refaz
seu compromisso com a abertura da economia e
a redução do risco para negócios, por meio da
desburocratização e da desregulamentação.
Aliás, uma curiosidade: o presidente só citou um
único ministro, Sérgio Moro, da Justiça, “um juiz
que é símbolo no meu país”. Nenhuma
referência, por exemplo, ao outro “superministro”
do governo, Paulo Guedes, da Economia,
igualmente importante no ambiente
internacional.
No frigir dos ovos, Bolsonaro falou principalmente
para seu público interno e para os líderes da
direita emergente no mundo que concordam com
ele, por exemplo, na delicada questão da
“família”. Segundo o presidente brasileiro, “a
ideologia se instalou no terreno da cultura, da
educação e da mídia, dominando meios de
comunicação, universidades e escolas”. Olha aí
mais “pontos de atrito”...
Data: 16/09/2019
80
Grupo de Comunicação
Para ele, a ideologia invadiu até “os nossos lares
para investir contra a célula mater de qualquer
sociedade saudável, a família (...), pervertendo
até mesmo sua identidade mais básica e
elementar, a biológica”. Muito ideológico e
abstrato, o presidente foi pouco objetivo e
propositivo. Exportadores, produtores e
diplomatas esperavam muito mais.
Ah! O presidente prometeu paz, democracia,
liberdade de expressão, mas os grandes ausentes
do discurso foram a pobreza, a miséria, a
desigualdade social, ou seja, os mais cruéis
males brasileiros.
https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,ana
lise-muito-ideologico-e-agressivo-discurso-de-
bolsonaro-e-pouco-propositivo,70003023005
Voltar ao Sumário
Data: 16/09/2019
81
Grupo de Comunicação
‘Discurso histórico’, diz Orleans e Bragança
Descendente da antiga família real, deputado
afirma que ONU ‘luta contra conceitos’ de ‘Deus,
pátria e família’
Pedro Venceslau, O Estado de S.Paulo
Primeiro vice-presidente da Comissão de
Relações Exteriores da Câmara e descendente da
antiga família real brasileira, o deputado federal
Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PSL-SP)
classificou como “histórico” o discurso feito nesta
terça-feira, em Nova York, pelo presidente Jair
Bolsonaro durante a abertura da 74.ª
Assembleia-Geral da Organização das Nações
Unidas (ONU).
“Foi um discurso histórico que teve como base
Deus, pátria e família. Isso é novidade para a
ONU, que luta contra esses conceitos. Foi um
discurso que defendeu o combate pela
soberania”, afirmou o parlamentar do PSL ao
Estado.
Na pré-campanha eleitoral de 2018, o hoje
deputado chegou a ser anunciado como
candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro. Mais
tarde, também foi cotado para ser ministro das
Relações Exteriores.
Na avaliação do parlamentar, a fala do
presidente na ONU não foi agressiva, como
avaliaram alguns especialistas. “O discurso foi
uma ruptura com tudo o que escutamos no
contexto da ONU: uma fala objetiva e direta.”
Orleans e Bragança também sustentou a tese de
que a esquerda ainda mantém uma forte
influência no continente e, por conta disso,
precisa ser combatida – fazendo coro com
Bolsonaro, segundo o qual o Brasil esteve
próximo, no passado recente, de se tornar um
país socialista.
“Meu país esteve muito próximo do socialismo, o
que nos colocou numa situação de corrupção
generalizada, grave recessão econômica, altas
taxas de criminalidade e ataques ininterruptos
aos valores familiares e religiosos que formam
nossas tradições”, afirmou o presidente
brasileiro, em trecho inicial do discurso lido na
abertura do encontro da ONU.
‘Mentalidade’
Segundo o deputado do PSL, ainda existiria no
Brasil uma “mentalidade socialista hegemônica e
progressista” nas escolas, clubes e universidades.
“A elite brasileira se tornou progressista e
socialista”, afirmou ele. “Os países mais livres
têm o mesmo problema em comum: a influência
do socialismo de Estado que leva a um freio da
atividade econômica” disse ele.
Amazônia
Sobre o trecho do discurso de Jair Bolsonaro que
tratou da Amazônia, o deputado do PSL
sustentou que as queimadas existem, mas
estariam sob controle e não teriam registrado
crescimento na comparação com anos anteriores.
“Isso não é um fato relevante. Houve incêndios
criminosos. Mas fica a dúvida: foi motivação
política ou a iniciativa de fazendeiros locais? O
fato é que não há crise ambiental no Brasil”,
disse ele.
Em sua fala na ONU, Bolsonaro afirmou que tem
“compromisso solene” com a proteção da
Amazônia e da floresta, que é maior do que toda
a Europa ocidental e “permanece praticamente
intocada”.
Ele elogiou ainda a aproximação política do
Palácio do Planalto com o presidente dos Estados
Unidos, Donald Trump. “O discurso de Bolsonaro
estava em consonância com o do presidente
Trump. Ambos defendem os valores da
consciência cristã. A maioria das nações que
nascem criadas com valores cristãos valoriza a
família, a lei e a ordem.”
https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,dis
curso-historico-diz-orleans-e-
braganca,70003023812
Voltar ao Sumário
Data: 16/09/2019
82
Grupo de Comunicação
Moro elogia e Doria critica fala na ONU
Citado, ministro da Justiça classifica discurso de
Bolsonaro como ‘assertivo’; governador de SP diz
que o texto foi ‘inadequado’ e ‘inoportuno’
Thiago Faria e Paula Reverbel, O Estado de
S.Paulo
BRASÍLIA - O ministro da Justiça, Sérgio Moro, e
o governador de São Paulo, João Doria
(PSDB) – dois nomes já cotados para a disputa
presidencial de 2022 –, emitiram opiniões
opostas sobre o discurso do presidente Jair
Bolsonaro na 74.ª Assembleia-Geral das Nações
Unidas. Citado pelo presidente, Moro classificou o
discurso como “assertivo”. Já Doria afirmou
que o texto lido por Bolsonaro foi
inadequado” e “inoportuno”.
O ministro elogiou a abordagem de temas como
“soberania, liberdade, democracia, abertura
econômica, preservação da Amazônia,
oportunidades e desenvolvimento para a
população brasileira”. Moro se manifestou ontem
em seu perfil no Twitter. “Na ONU, PR
@jairbolsonaro reitera ao mundo seu
compromisso contra o crime e a corrupção”,
escreveu o ex-juiz da Lava Jato.
No discurso, Bolsonaro chegou a creditar a Moro
o julgamento e a punição de “presidentes
socialistas que me antecederam”, a quem ele
acusou de desviar “centenas de bilhões de
dólares comprando parte da mídia e do
Parlamento”. Quando era juiz federal de Curitiba,
Moro sentenciou o ex-presidente Luiz Inácio Lula
da Silva, que hoje cumpre pena. O petista já
discursou na ONU em 2003, 2004, 2006, 2007,
2008 e 2009.
Durante entrevista coletiva ontem em São Paulo,
o governador João Doria disse que o discurso
de Bolsonaro é “sem referências que
pudessem trazer respeitabilidade e
confiança ao Brasil, no plano ambiental, no
plano econômico e no plano político”. “Lamento
que o presidente tenha perdido mais uma
oportunidade para o Brasil”, declarou o
governador, para quem a fala do presidente
brasileiro estava carente de “bom senso” e
“humildade”.
Para Marina Silva, ex-ministra do Meio Ambiente
e candidata derrotada nas três últimas eleições
presidenciais, Bolsonaro tentou “negar a
realidade dos fatos”. Para ela, o presidente
“atacou os povos indígenas ao contestar a
liderança do cacique Raoni, como se fosse peça
de manobra de governos estrangeiros, e sugeriu
o absurdo de que as queimadas na Amazônia
podem ter sido causadas por uma prática cultural
dos índios e das populações locais”.
Congresso
O discurso dividiu opiniões no Congresso. Para
parlamentares alinhados ao governo, a fala foi
“própria de estadistas”, enquanto opositores
demonstraram desconforto.
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP)
classificou o discurso do presidente como
“deplorável”. Para ele, Bolsonaro rompeu a
tradição multilateral brasileira e errou
gravemente ao atacar povos indígenas.
“Envergonhou o Brasil, rompeu a tradição
multilateral brasileira, atacou nações amigas do
Brasil tradicionalmente, como a França. Se
colocou sujeito aos Estados Unidos e não teve a
reciprocidade no discurso seguinte, de Donald
Trump.”
O PT divulgou nota em que classificou o discurso
como “de um deprimente espetáculo”. “O Partido
dos Trabalhadores teve a honra e a
responsabilidade de levar dois presidentes à ONU
e ambos – Lula e Dilma Rousseff – proclamaram
na Assembleia-Geral os valores da paz, do
diálogo entre povos”, diz o texto. No lugar disso,
segundo a nota, “Bolsonaro despeja seu ódio
virulento”.
Já o deputado Marco Feliciano (Podemos-SP),
aliado de Bolsonaro, avaliou o pronunciamento
como “histórico”. “Nosso Brasil entrou
definitivamente para o grupo das nações que
ditam os rumos da humanidade!”, escreveu no
Twitter.
https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,mo
ro-elogia-e-doria-critica-fala-na-
onu,70003023745
Voltar ao Sumário
Data: 16/09/2019
83
Grupo de Comunicação
Três anos após Jogos do Rio, 'Floresta dos
Atletas' enfim sai do papel
Ao todo, 13.725 sementes foram plantadas por
atletas, mas faltou dinheiro para repasse ao
Parque Olímpico de Deodoro
Marcio Dolzan, O Estado de S.Paulo
25 de setembro de 2019 | 08h59
Uma promessa olímpica exibida para dois bilhões
de pessoas do mundo inteiro e que se tornou um
dos pontos mais emblemáticos da cerimônia de
abertura dos Jogos do Rio-2016, enfim,
começará a ser cumprida nesta quarta-feira. Mais
de três anos após o evento, a criação da Floresta
dos Atletas, na região do Parque Olímpico de
Deodoro, na zona norte do Rio, finalmente vai
sair do papel.
Em 2016, todos os atletas que participaram da
cerimônia de abertura dos Jogos, no Maracanã,
plantaram em totens uma semente de 207
árvores diferentes, que representavam cada um
dos países que participaram da Olimpíada do Rio.
Na parte final da cerimônia, esses totens
formaram os arcos olímpicos em verde no centro
do Maracanã. Ao todo, 13.725 sementes foram
plantadas.
Primeiras mudas da Floresta dos Atletas no Parque Radical, em Deodoro, foram plantadas em 2016 em
ações da prefeitura Foto: Leo Sousa / Prefeitura RJ
Pelo planejamento original, após a Olimpíada
essas sementes seriam levadas para Deodoro
para formar a Flores dos Atletas, que se tornaria
num legado olímpico verde e que atravessaria
gerações. Aí, faltou dinheiro.
Em grave crise financeira, com dívidas
milionárias e sem conseguir pagar todos os seus
fornecedores, o Comitê Rio-2016, que organizou
os Jogos e que seria responsável pelo plantio das
árvores, não conseguiu cumprir seu
compromisso. E, desde então, as mudas ficaram
em um sítio da empresa responsável pelo
projeto, na cidade de Silva Jardim, no interior
fluminense. Em três anos, as sementes viraram
arbustos.
Nos últimos meses, a Prefeitura do Rio negociou
com a empresa responsável o plantio das
sementes - ou arbustos. E, recentemente, a
Procuradoria do Município e órgãos de controle
do Rio deram aval para a concretização de um
acordo: a empresa responsável pelas plantas irá
fazer o plantio, e em troca receberá créditos de
compensação ambiental - utilizados, por
exemplo, quando obras de grande porte exigem
o plantio de novas árvores. Na prática, isso
representará custo zero aos cofres municipais.
Secretário municipal de Meio-Ambiente, Marcelo
Queiroz comemorou o acordo. “Eu entendo esse
legado olímpico como o início de uma política
pública”, afirmou, ao Estado. “O plantio dessas
árvores será a solução para uma das áreas com
menos verde do município. Treze mil árvores não
formam ainda uma floresta, mas será o início do
que no futuro irá formar a Floresta da Zona
Oeste.”
O plantio, ao menos simbólico, das primeiras
árvores da Floresta dos Atletas acontecerá no fim
da manhã desta quarta. A intenção é plantar
todas as mais de 13 mil árvores até o primeiro
semestre do próximo ano.
Citada pelo secretário de Meio-Ambiente, a
Floresta da Zona Oeste é outro projeto da pasta.
Contígua à Floresta dos Atletas, em alguns anos
ela poderá se tornar em uma das maiores áreas
verdes na cidade do Rio. “Será uma floresta do
nível ou até maior do que a Floresta da Tijuca”,
prometeu Marcelo Queiroz.
https://esportes.estadao.com.br/noticias/jogos-
olimpicos,tres-anos-apos-jogos-do-rio-floresta-
dos-atletas-enfim-sai-do-papel,70003024280
Voltar ao Sumário
Data: 16/09/2019
84
Grupo de Comunicação
Nível do mar sobe 2,5 vezes mais rápido, diz
relatório da ONU
Estudo do IPCC aponta impactos devastadores
em populações que vivem perto de oceanos e
pede ações para reduzir emissões
Redação, O Estado de S.Paulo
MÔNACO - O aquecimento global destrói os
oceanos e as zonas glaciais em alta velocidade,
ameaçando populações inteiras, alertou nesta
quarta-feira, 25, um relatório do Painel
Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas
(IPCC, na sigla em inglês) que convoca a
humanidade a reduzir mais rapidamente as
emissões de CO2.
Iceberg flutua em Bonavista Bayin Newfoundland, no
Canadá Foto: Johannes Eisele/AFP
Aumento do nível do mar, que subiu 2,5 vezes
mais rapidamente no século 21, pequenas ilhas
ameaçadas de submersão e geleiras que
desapareceram são alguns dos impactos
devastadores das mudanças climáticas já
consideradas "irreversíveis", afirmou o grupo de
especialistas em clima da Organização das
Nações Unidas (ONU) depois de se reunir durante
cinco dias em Mônaco.
Dois dias após a Cúpula do Clima, em Nova York,
em que os resultados esperados pelos defensores
do meio ambiente não foram obtidos, o relatório
enfatizou que medidas para reduzir as emissões
de gases de efeito estufa podem fazer uma
grande diferença.
Ao reduzir as emissões, as mudanças prejudiciais
aos oceanos não parariam subitamente, mas
diminuiriam. Dessa forma, "haveria mais
possibilidades de conservar ecossistemas e
permitir que se ganhasse tempo", disse a
climatologista Valérie Masson-Delmotte, que
participou da elaboração do documento de 900
páginas do IPCC.
"Ganhar tempo" para, por exemplo, preparar-se
para o aparecimento de águas que provocam
tempestades e ondas gigantes. Como? Com a
construção de diques ao redor de grandes
cidades costeiras, como Nova York, ou a
antecipação da retirada inevitável de populações
em risco, especialmente de pequenos Estados
insulares que podem se tornar inabitáveis até o
fim do século.
Nível dos oceanos
O ritmo de crescimento do nível dos oceanos foi
2,5 vezes mais rápido no início do século 21 do
que foi no século 20 - e o aumento continuará.
Não é um "problema técnico ou ambiental". "Não
podemos colocar um Band-aid para que ele
desapareça", escreveu outro autor do relatório,
Bruce Glavovic, da Universidade Massey, na Nova
Zelândia.
"Isso redefinirá as costas do mundo, onde as
populações estão concentradas."
Nesses litorais, a construção de proteções
poderia reduzir o risco de inundações de uma em
100 para uma em 1.000, mas custaria "entre
dezenas e centenas de bilhões de dólares por
ano", segundo o relatório.
Essas proteções, no entanto, serão mais eficazes
nas grandes metrópoles costeiras do que nos
grandes deltas agrícolas ou pequenos Estados
insulares, que não terão os recursos financeiros
para realizar essas obras.
De acordo com o informe, até meados do século,
mais de 1 bilhão de pessoas viverão em áreas
costeiras baixas, vulneráveis a inundações e
outros eventos climáticos extremos
potencializados pela elevação do nível do mar e
pelas alterações climáticas. /AFP
https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/geral,nivel-do-mar-sobe-2-5-vezes-mais-rapido-diz-relatorio-da-
onu,70003024267 Voltar ao Sumário
Data: 16/09/2019
85
Grupo de Comunicação
VALOR ECONÔMICO Voltar ao Sumário