literatura prof. henrique
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Literatura Prof. Henrique. Modernismo Portugal. Modernismo - Portugal. Contexto Histórico Portugal: atraso econômico Ruralização Influência da Igreja Lisboa: centro cultural Desejo de renovação cultural. Modernismo - Portugal. Contexto Histórico - PowerPoint PPT PresentationTRANSCRIPT
Literatura Prof. Henrique
Modernismo
Portugal
Modernismo - Portugal
Contexto Histórico Portugal: atraso econômico Ruralização Influência da Igreja Lisboa: centro cultural Desejo de renovação cultural
Modernismo - Portugal
Contexto Histórico 1915 – Início: publicação da Revista Orpheu. Fernando Pessoa, Mário de Sá-Carneiro e Almada
Negreiros. Reações: escândalo e troça dos críticos. Desejo de “escandalizar” o burguês; Desajuste social e cultural; Cosmopolitismo; Incorporação das propostas das vanguardas; Idolatria do poético, do não-prático, do não-burguês.
Modernismo - Portugal
Fernando Pessoa: Nasceu em Lisboa, em 13 de junho de 1888; Perdeu o pai aos 5 anos; 1896: família muda para Durban, África do Sul; Lá, cursa o secundário, cedo revelando seu pendor
para a literatura.( ganha prêmios em inglês) 1905: retorna a Portugal,cursa Letras em Lisboa,
mas não conclui o curso Trabalha como tradutor e vende mapas astrais Interesse em ocultismo Morre em 1935, aos 47 anos, de cirrose hepática.
Modernismo - Portugal
Fernando Pessoa:
Modernismo - Portugal
Fernando Pessoa: Personalidades literárias: Alberto Caeiro, Álvaro de Campos, Ricardo
Reis, Bernardo Soares... Como explicar ?
Psicologia: múltiplas personalidades Fuga da realidade / solidão
Literatura: criações literárias Exploração das possibilidades de expressão
Modernismo - Portugal
Fernando Pessoa: ortônimo ( ele mesmo) Poesia Saudosista-Nacionalista;
Mensagem – 1934 ; único livro publicado Saudosismo
Portugal potência de outrora Nacionalismo
Místico Antipopular: contrário ao materialismo
Sebastianismo
Modernismo - Portugal
Fernando Pessoa: ortônimo ( ele mesmo) Mensagem: Mar Português
Ó mar salgado, quanto do teu salSão lágrimas de Portugal!Por te cruzarmos, quantas mães choraram,Quantos filhos em vão rezaram!Quantas noivas ficaram por casarPara que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a penaSe a alma não é pequena.Quem quer passar além do BojadorTem que passar além da dor.Deus ao mar o perigo e o abismo deu,Mas nele é que espelhou o céu.
Modernismo - Portugal
Fernando Pessoa: ortônimo ( ele mesmo) Mensagem:
D. SebastiãoRei de Portugal
Louco, sim, louco porque quis grandezaQual a Sorte a não dá.Não coube em mim minha certeza;Por isso onde o areal estáFicou meu ser que houve, não o que há.
Minha loucura, outros que me a tomemCom o que nela ia.Sem a loucura que é o homemMais que a besta sadia,Cadáver adiado que procria?
Modernismo - Portugal
Fernando Pessoa: ortônimo ( ele mesmo) Poesia lírica
Sentimentalismo (tristeza, melancolia, nostalgia, etc.)
Musicalidade: ritmo, rimas. Redondilhas.
Reflexões sobre a própria arte poética (Metalinguagem).
Busca do EU
Modernismo - Portugal
Fernando Pessoa: ortônimo ( ele mesmo)O poeta é um fingidor.Finge tão completamenteQue chega a fingir que é dorA dor que deveras sente.E os que lêem o que escreve,Na dor lida sentem bem,Não as dores que ele teve,Mas só a que eles não têmE assim nas calhas de rodaGira, a entreter a razão,Esse comboio de cordaQue se chama coração.
Modernismo - Portugal
Alberto Caeiro Nasceu em Lisboa, em 16 de abril de 1889, e
morreu em 1915, tuberculoso. Teve apenas instrução primária. Expõe o seu propósito de não pensar: abolir o
pensar para limitar-se a ver e ouvir; Para ele as coisas são como são: anti-subjetivismo. Valorização de uma concepção ingênua e realista
da coisas: "Caeiro 'pensa' com os sentidos"
Modernismo - Portugal
Alberto Caeiro Homem integrado à natureza; Sua sabedoria: entender a realidade é senti-la;
compreender o mundo sensorialmente. Valorização dos 5 sentidos (sensações): visão,
olfato, tato, audição e paladar. Anti-filosófico, anti-metafísico. Nega a consciência; afirma o instinto natural e
espontâneo. Versos brancos e livres, próximos da prosa
(desaprender as idéias para apreender as coisas).
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Alberto CaeiroSou um guardador de rebanhos,O rebanho é os meus pensamentosE os meus pensamentos são todos sensações.Penso com os olhos e com os ouvidosE com as mãos e os pésE com o nariz e a boca.
Pensar uma flor é vê-la e cheirá-laE comer um fruto é saber-lhe o sentido.
Por isso quando num dia de calorMe sinto triste de gozá-lo tanto,E me deito ao comprido na erva,E fecho os olhos quentes,Sinto todo o meu corpo deitado na realidade,Sei a verdade e sou feliz.
Modernismo - Portugal
Alberto Caeiro Retire do texto trechos que indicam as
características da poesia de Caeiro.
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Alberto Caeiro Retire do texto trechos que indicam as
características da poesia de Caeiro. Anti-intelectualismo Proximidade da natureza Natureza como verdade única Supremacia dos sentidos
E os meus pensamentos são todos sensações.Penso com os olhos e com os ouvidos(...)Pensar uma flor é vê-la e cheirá-la
Modernismo - Portugal
Álvaro de Campos Nasceu em Tavira, em 15 de outubro de 1890. Engenheiro naval, formado na Escócia. Poeta irritadiço, agressivo: simboliza a volúpia de
libertação total num mundo impregnado de idéias-feitas.
Niilismo tenso e ofensivo. Irreverente perante tudo e todos: as ciências, as
técnicas, Deus, o casamento, etc. "Campos 'pensa' com a emoção".
Modernismo - Portugal
Álvaro de Campos Modernista; Futurista; Temática = as sensações do homem no
mundo moderno Prosa poética, com versos assimétricos
(livres), excesso de sinais de pontuação, ritmos explosivos e linguagem coloquial.
Expressa a crise de todos os valores da vida urbana e industrial;
Modernismo - Portugal
Álvaro de Campos
À dolorosa luz das grandes lâmpadas elétricas da fábrica Tenho febre e escrevo. Escrevo rangendo os dentes, fera para a beleza disto, Para a beleza distototalmentedesconhecida dosantigos. Ó rodas, ó engrenagens, r-r-r-r-r-r-r eterno! Forte espasmo retido dos maquinismos emfúria! Em fúria fora e dentro de mim, Por todos os meus nervos dissecados fora, Por todas as papilas fora de tudo com que eu sinto! Tenho os lábios secos, ó grandes ruídos modernos, De vos ouvir demasiadamente de perto, E arde-me a cabeça de vos querer cantar com um excesso De expressão de todas as minhas sensações, Com um excesso contemporâneo de vós, ó máquinas! (...)
Modernismo - Portugal
Ricardo Reis Nasceu na cidade do Porto em 19 de
setembro de 1887. Formou-se em Medicina; Monarquista; Estudioso da cultura clássica (latim, grego,
mitologia, etc.). Poeta do carpe diem - gozar o momento - já
que a vida é breve. "Ricardo 'pensa' com a razão".
Modernismo - Portugal
Ricardo Reis Poeta Neoclássico; Temas = passagem do tempo, a
irreversibilidade do Fado (= Destino), a necessidade de desfrutar o momento presente;
Preocupação formal: versos com métrica, vocabulário culto;
Referências mitológicas;
Modernismo - Portugal
Ricardo ReisVem sentar-te comigo Lídia, à beira do rio. Sossegadamente fitemos o seu curso e aprendamosQue a vida passa, e não estamos de mãos enlaçadas.
(Enlacemos as mãos.)
Depois pensemos, crianças adultas, que a vidaPassa e não fica, nada deixa e nunca regressa,Vai para um mar muito longe, para ao pé do Fado,
Mais longe que os deuses.
Desenlacemos as mãos, porque não vale a pena cansarmo-nos.Quer gozemos, quer não gozemos, passamos como o rio.Mais vale saber passar silenciosamente E sem desassossegos grandes.(...)
Modernismo - Portugal
Compare os dois “poetas” Ricardo Reis e Álvaro de Campos em termos de personalidades, temas poéticos e forma.
Modernismo - Portugal
Compare os dois “poetas” Ricardo Reis e Álvaro de Campos em termos de personalidades, temas poéticos e forma.
Álvaro de Campos: poeta urbano, moderno, afeito a máquina e ao movimento, faz poesia sem métrica ou rima, cuja temática é a própria modernidade técnica em sua irritação com o passado e busca frenética pelo futuro
Ricardo Reis prefere a natureza idílica e faz da sua musa Lídia seu tema principal. Sua poesia é neoclássica, com métrica e rima tradicional,expressando a calma e o carpe diem da vida bucólica.
Modernismo - Portugal
Bernardo Soares Guardador de livros em Lisboa “Livro do Desassossego” Vida medíocre no exterior = vida intensa no
“interior” Aguda observação do cotidiano Prosa poética
Modernismo – Livro do DesassossegoBernardo Soares
Tudo se me tornou insuportável, exceto a vida – o escritório, a casa, as ruas –O contrário até, se o tivesse – me sobrebasta e oprime; só o conjunto me alivia.Sim qualquer coisa de tudo isto é bastante para me consolar. Um raio de sol que entre eternamente no escritório morto; um pregão atirado que sobe rápido até à janela do meu quarto; a existência de gente; o haver clima e mudança de tempo, a espantosa objetividade do mundo...(...)Irrita-me a felicidade de todos estes homens que não sabem que são infelizes. A vida humana é cheia de tudo quanto constituiria uma série de angústias para uma sensibilidade verdadeira. Mas como a sua verdadeira vida é vegetal, o que sofrem passa por eles sem lhes tocar na alma,e vivem uma vida que se pode comparar somente a de um homem com dor de dentes que houvesse recebido uma fortuna(...) Por isto, contudo, os amo a todos. Meus queridos vegetais !(...)
Modernismo – Livro do DesassossegoBernardo Soares
A vulgaridade é um lar. O quotidiano é materno. Depois de uma incursão larga na grande poesia, aos montes da aspiração sublime, aos penhascos do transcendente e do oculto, sabe melhor que bem, sabe a tudo quanto é quente na vida, regressar à estalagem onde riem os parvos felizes, beber com eles, parvo também, como Deus nos fez, contente do universo que nos foi dado e deixando o mais aos que trepam nas montanhas para não fazer nada lá no alto(...)
Quanto mais alta a sensibilidade e mais sutil a capacidade de sentir, tanto mais absurdamente vibra e estremece com as pequenas coisas. (...)
Modernismo - Portugal
Mário de Sá-Carneiro Narcisismo, egocentrismo
“A esfinge gorda” Suicídio em Paris aos 26 anos Obra: Poesia Prosa: A Confissão de Lúcio
Modernismo - Portugal
Mário de Sá-Carneiro A Confissão de Lúcio Irrealidade, subjetivismo Confissão: narrador em 1ª pessoa Lúcio : preso, narra sua história Lúcio encontra Ricardo em Paris Festa: dançarina: voluptuosidade pode ser sentida
espiritualmente Amigos... Porém, Ricardo diz-se interessado em
Lúcio.
Modernismo - Portugal
Mário de Sá-Carneiro A Confissão de Lúcio Amigos... Porém, Ricardo diz-se interessado em Lúcio. Ricardo volta a Lisboa e se casa com Marta. Lucio volta a Lisboa e frequenta a casa do casal Tem um caso com Marta
Cena do jantar: Marta desafia Lucio a beijá-la, mas é Ricardo quem beija Lúcio.
Marta tem um caso com outro amigo, Sérgio Lúcio questiona Ricardo: porque ele incentiva os amantes de
Marta? Ricardo atira em Marta que... Desaparece, Ricardo aparece morto no chão.
Modernismo - Portugal
Mário de Sá-Carneiro A Confissão de Lúcio Realidade e ficção 1ª pessoa : narrador faz sua “confissão” Expectativa de tentar convencer o leitor Mundo dos sonhos – desejos - repressões