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Literatura sobre Ética e Deontologia aplicada à Contabilidade:
dissertações de mestrado em Portugal (2009-2018)
Submissão para: ÉTICA e RESPONSABILIDADE SOCIAL (sem discussant)
Autorização para livro de actas
Edgar Marques
(ISCAC | Coimbra Business School)
Miguel Gonçalves ([email protected])
(ISCAC | Coimbra Business School)
XVII CICA (Congresso Internacional de Contabilidade e Auditoria)
ISCAP, Porto, 7-8 Novembro 2019
1. Introdução
Aquando do ingresso dos alunos num mestrado é do seu conhecimento que terão de
realizar uma dissertação para o concluir, caso optem por seguir a área científica. É a
dissertação que lhes permite demonstrar os conhecimentos que adquiriram aquando do seu
percurso académico, focando-se num assunto concreto, sobre o qual irão apresentar um
contributo para a academia, educação e sociedade.
O presente artigo aborda as dissertações de mestrado elaboradas sobre a temática da
ética e deontologia aplicada à contabilidade. Os seus autores são, como era de esperar, da área
da contabilidade, mas também de outras áreas ligadas às ciências empresariais, como a
auditoria e a gestão. A sua escolha por um tema desta área permite observar a importância que
atribuem a esta temática para o seu desenvolvimento pessoal e profissional.
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A exposição visa responder à seguinte questão: ‘na última década (2009-2018), qual a
evolução, nas instituições de ensino superior portuguesas, das dissertações de mestrado
relacionadas com tema da ética e deontologia aplicada à contabilidade?’ Para responder à
pergunta de investigação antecedente, foi realizada uma análise das dissertações de mestrado
localizadas por intermédio do motor de busca pertencente ao portal dos Repositórios
Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP). Conforme informação institucional de
domínio público, o portal RCAAP tem como objetivo a recolha, agregação e indexação dos
conteúdos científicos em acesso aberto (ou acesso livre) existentes nos repositórios
institucionais das entidades nacionais de ensino superior e outras organizações de
investigação e desenvolvimento. O objetivo da pesquisa relaciona-se com a enunciação e o
exame das dissertações encontradas no RCAAP, no sentido de expor as suas tendências gerais
e assuntos concretos, nomeadamente as práticas de contabilidade criativa e de
responsabilidade social empresarial. Sublinhe-se no entanto que este artigo apresenta uma
forte limitação: apenas foi utilizada uma ferramenta de pesquisa eletrónica, o RCAAP, pelo
que os resultados apenas apontam a tendências gerais, na medida em que são parcelares por
não espelharem decerto o universo das dissertações defendidas nas instituições de ensino
superior portuguesas no último decénio, ainda que o portal respeite a uma plataforma
eletrónica oficial.
O artigo encontra-se estruturado em seis secções, sendo a primeira a introdução. A
secção seguinte aborda o percurso histórico e a importância da ética e da deontologia na
prática da contabilidade. A terceira secção refere o método utilizado para a elaboração deste
artigo. A quarta secção apresenta os resultados obtidos sob a forma de uma tabela e a secção
seguinte faz uma discussão desses mesmos resultados, destacando as tendências gerais e os
temas que têm cativado especial interesse dos seus autores. A sexta e última secção respeita à
conclusão e à limitação do paper.
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2. A contabilidade e a ética e deontologia profissional
Contabilidade é o processo de identificar, mensurar e comunicar transações
económicas, de forma a permitir juízos e decisões informadas por parte dos seus utilizadores
(Baptista da Costa, 2016). Surge, assim, como um sistema de informação, com o intuito de
proporcionar aos seus utentes informação financeira de auxílio à tomada de decisão.
Informação que pretende, nomeadamente, retratar a posição financeira (situação patrimonial)
e o desempenho (resultado) de determinada entidade.
Contudo, “no seu início a contabilidade era feita ao gosto de cada um” (Rodrigues,
2015, p. 10). Por ser uma prática sem disciplina normativa, originava que situações idênticas
fossem retratadas de modos contabilísticos diferentes, mediante os juízos de valor e as
apreciações subjetivas dos diferentes preparadores da informação contabilística. Estes
posicionamentos faziam com que a informação contabilística fosse considerada pouco
fidedigna pelos utentes da mesma.
É com a revolução industrial e com o desenvolvimento mundial do comércio e,
posteriormente, com a expansão dos mercados de capitais, que os utentes da informação
contabilística começam a exigir que esta seja realizada com rigor e que exprima com retidão o
património e os resultados das empresas. A contabilidade passa assim a assumir um papel de
relevo para os seus utilizadores, nomeadamente acionistas, credores e financiadores
(Rodrigues, 2015).
Em Portugal, o processo de normalização contabilística registou o seu início em 1963,
muito embora não tivesse passado de uma tentativa ténue de uniformizar alguns padrões
contabilísticos a usar pelos técnicos de contas nacionais. Neste sentido, o Decreto n.º 45103,
de 1 de julho de 1963, que aprovou o Código da Contribuição Industrial, apelava aos sãos
princípios de contabilidade, mas não os enunciou nem explicou formal e legalmente em
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nenhuma parte desse diploma, surpreendentemente, nem remeteu para normativo
contabilístico a publicar posteriormente. Nesta matéria, como é sabido, apenas em 1977, com
a publicação do Decreto-Lei n.º 47, de 7 de fevereiro, foi promulgado o primeiro Plano
Oficial de Contabilidade (POC) com vista à uniformização contabilística empresarial, o qual,
uma vez revogado, foi substituído pelo Plano Oficial de Contabilidade (POC) no início de
1990, via publicação do Decreto-Lei n.º 410/89, de 21 de novembro.
Muito recentemente, já em contexto de harmonização contabilística mundial, Portugal,
em 1 de janeiro de 2010, fez entrar em vigor um novo modelo contabilístico, o Sistema de
Normalização Contabilística (SNC), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 158/2009, de 13 de julho,
pelo qual foram adotadas normas contabilísticas em sintonia com as diretivas e regulamentos
da União Europeia, as quais, por sua vez, são baseadas nas normas de contabilidade emitidas
pelo International Accounting Standards Board (IASB), o organismo normalizador
contabilístico mundial por excelência.1 Nesta matéria, o objetivo essencial foi o de seguir a
tendência de harmonização contabilística europeia (e mundial) decorrente da crescente
globalização da economia e da internacionalização das empresas (redação dada pelo próprio
Decreto-Lei n.º 158/2009, de 13 de julho, diploma que instituiu em Portugal o SNC). Com o
SNC, foi revogado todo o ordenamento contabilístico normativo nacional vigente até 2009: o
POC 89, as 29 diretrizes contabilísticas que o complementavam e as interpretações técnicas
que aclaravam alguns aspetos deixados em aberto pelas diretrizes contabilísticas.
Sob o ponto de vista da profissão, à medida que a contabilidade foi ganhando interesse
aos olhos do público em geral, foi gradualmente atribuída ao seu preparador, o contabilista,
1 O movimento mundial de normalização contabilística iniciou-se em 2005, ano em que mais de 50
países abandonaram as suas normas de contabilidade próprias/locais e mudaram o seu ordenamento
contabilístico para um conjunto único de normas de contabilidade denominado IFRS (International
Financial Reporting Standards) [Normas Internacionais de Relato Financeiro] promovidas pelo IASB
(deFond, 2019).
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uma posição de crescente relevo na sociedade. Contudo, no nosso país, o reconhecimento
oficial do mérito associado à profissão contabilística foi demorado, podendo inclusivamente
dizer-se que até ao ano de 1995 os profissionais da contabilidade, por não terem um estatuto
próprio, foram esquecidos pelos poderes públicos vigentes em Portugal. De facto, como nos
informam Rodrigues e Gomes (2002, p. 141), “só a partir de 1995, com a tão almejada
regulamentação da profissão, e com a criação da Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas
(CTOC) [posteriormente, em 1999], a profissão atingiu o nível de dignidade pretendido e
encontrou bases sólidas para crescer de forma sustentada”. Esta circunstância foi concretizada
com a publicação do Decreto-Lei n.º 265/1995, de 17 de outubro, o qual institucionalizou a
figura jurídica do Técnico Oficial de Contas (TOC) e aprovou o seu primeiro estatuto
profissional, um sonho dos técnicos de contas desde, pelo menos, 1963, isto é, o ano da
publicação do Código da Contribuição Industrial, legislação que havia criado essa categoria
profissional (i.e., os técnicos de contas). Em 1995, como se conclui, os governantes
acrescentaram à profissão o qualificativo ‘oficial’, o que, de um modo geral, foi bem aceite
pelos profissionais, por motivos que se prendiam com o reconhecimento, a dignidade e a
importância pública da sua atividade. Em 2000, acrescente-se, a entidade reguladora da
profissão institucionalizou na classe um código deontológico, sendo, portanto, dois os
documentos norteadores dos contabilistas a partir deste ano: o estatuto profissional e o código
deontológico. Aqui, a profissão denominava-se técnico oficial de contas.
Em 2009, com a publicação do Decreto-Lei n.º 310/2009, de 26 de outubro, foi
efetuada uma revisão ao então estatuto dos técnicos oficiais de contas. Também foi alterada a
designação legal da entidade reguladora da profissão: de Câmara dos Técnicos Oficiais de
Contas (CTOC) passou-se a Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas (OTOC).
Posteriormente, com a publicação da Lei n.º 139/2015, de 7 de setembro, a OTOC veio a ser
transformada em Ordem dos Contabilistas Certificados (OCC). O estatuto profissional e o
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código deontológico dos contabilistas certificados, a par de diversos regulamentos
profissionais, configuram, atualmente, os principais preceitos legais a serem respeitados por
aqueles que fazem da contabilidade a sua ocupação profissional em termos certificados.
Nas palavras de Nunes (2016, p. 230), “a [atual] profissão de contabilista certificado
deve estar ao serviço da vanguarda da transparência, do rigor e da exatidão, constituindo um
garante de confiança para um adequado funcionamento dos mercados, representado também
um garante de confiança extensível a múltiplos aspetos e entidades da vida económica e
social, públicas e privadas”.
A aprovação do código deontológico constituiu um passo fundamental no trilho
percorrido pelos profissionais, pois tal espelhou a confiança e o interesse público que lhes foi
confiado pelo próprio Estado (Nunes, 2016). Impôs-se assim aos contabilistas que no
exercício da sua profissão atuassem de forma ética, ou seja, que passassem a observar,
aquando da sua prática profissional, um comportamento que visasse o bem-estar da sociedade
(Lisboa, 1997). Em suma, a regulamentação profissional determina legalmente aos olhos de
todos que os contabilistas certificados devem pugnar “pela verdade contabilística e fiscal,
evitando qualquer situação que ponha em causa a independência e a dignidade do exercício da
profissão” (artigo 3.º do Código Deontológico dos Contabilistas Certificados atualmente em
vigor).
3. Explicação breve do método da pesquisa
Para se proceder à recolha das dissertações de mestrado que se inserissem no âmbito
do assunto deste artigo, ou seja, na temática da ética e deontologia aplicada à contabilidade,
utilizou-se o motor de busca do RCAAP, como antes se deixou claro. Esta recolha foi
efetuada no período compreendido entre 18 de novembro de 2018 e 7 de janeiro de 2019,
restringindo-se a pesquisa apenas a dissertações de mestrado. Pesquisaram-se as seguintes
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palavras-chave: “ética contabilidade”, “ética técnico oficial de contas”, “ética contabilista
certificado”, “ética TOC”, “ética auditoria”, “deontologia profissional contabilidade”,
“deontologia contabilidade”, “deontologia auditor”, “contabilidade estatuto”, “auditoria
estatuto”, “dilemas éticos contabilidade” e “ética empresarial”. Assume-se aqui que a lista de
termos pesquisados resultou de uma escolha subjetiva mas que ainda assim pretendeu ser
representativa do fenómeno em estudo.
No seguimento, o sistema devolveu um rol bastante extenso de resultados, os quais
foram submetidos a um processo de filtragem para averiguar se estavam enquadrados no
âmbito e no cerne deste artigo. Naturalmente que foi reduzido também o arco temporal da
defesa dessas dissertações ao decénio 2009-2018, para o mesmo se coadunar com o propósito
fundamental do paper e com a pergunta de pesquisa inicialmente estipulada. Em continuação,
fez-se uma primeira embrionária filtragem dos resultados obtidos, levando-se para este efeito
a consideração dos títulos, dos resumos e, por fim, dos resultados das dissertações. Faz-se
notar que para a realização deste artigo foram apenas selecionadas as dissertações de mestrado
que, abordando de forma clara e taxativa o tema da ética e deontologia aplicada à
contabilidade, apresentavam resultados na mesma temática, igualmente, isto é, foram
desconsideradas por esta pesquisa as dissertações que tocavam o tema de forma contextual e
ao de leve.
Como corolário dos passos acima enunciados, obtiveram-se no final 15 dissertações
relevantes para o objeto de estudo, as quais são discutidas em detalhe na próxima secção.
4. Resultados obtidos pela investigação
Optou-se por apresentar os resultados na forma esquemática de uma tabela a fim de
permitir ao leitor uma interpretação intuitiva e célere dos resultados. Assim, a tabela 1
apresenta os resultados obtidos, ou seja, as dissertações de mestrado obtidas pela pesquisa
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efetuada, estando ordenadas cronologicamente, tendo por base o ano. Quando o ano se repete,
o critério seguido de ordenação foi a ordem alfabética do sobrenome do seu autor e não, como
também poderia ter acontecido, a data de defesa pública do trabalho em apreço.
Seguindo-se uma ordem da esquerda para a direita, as primeiras três colunas
apresentam, respetivamente, o autor (pelo seu sobrenome) e o ano da publicação da
dissertação, o seu título e o estabelecimento de ensino onde foi submetida e apreciada
publicamente. Refira-se que no que tange à indicação do estabelecimento de ensino no qual a
dissertação foi defendida, a opção recaiu pelo uso de uma sigla considerada intuitiva para a
sua identificação, visto assim resultar para o leitor uma visualização mais apelativa e fluida. O
significado das siglas utilizadas nos dados constantes da tabela 1 é o seguinte:
─ ‘FEUAlg’: Universidade do Algarve, Faculdade de Economia;
─ ‘IPCA–ESG’: Instituto Politécnico do Cávado e do Ave, Escola Superior de Gestão;
─ ‘IPL–ISCAL’: Instituto Politécnico de Lisboa, Instituto Superior de Contabilidade e
Administração de Lisboa;
─ ‘IPP–ISCAP’: Instituto Politécnico do Porto, Instituto Superior de Contabilidade e
Administração do Porto;
─ ‘IPS–ESCE’: Instituto Politécnico de Setúbal, Escola Superior de Ciências
Empresariais.
─ ‘UA–ISCAA’: Universidade de Aveiro, Instituto Superior de Contabilidade e
Administração de Aveiro;
─ ‘UC–FE’: Universidade de Coimbra, Faculdade de Economia (popularmente
conhecida por FEUC, simplesmente);
─ ‘UM–EEG’: Universidade do Minho, Escola de Economia e Gestão;
Na quarta coluna, tendo em conta que da análise efetuada ao conteúdo das dissertações
resultou que os seus autores privilegiaram fundamentalmente as vertentes relacionadas com a
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contabilidade criativa, a responsabilidade social empresarial e a responsabilidade social
profissional (fundada em comportamentos éticos e deontológicos, esta última), aspetos sem
dúvida interligados com o presente objeto de estudo, decidiu-se utilizar as siglas *CC*,
*RSE* e *RSP* para, respetivamente, referenciar a presença dessas três temáticas na redação
e nas perspetivas das 15 dissertações em apreço. A quinta coluna indica o resultado principal
que as ditas dissertações apresentam para o tema da ética e da deontologia aplicada à
contabilidade, tendo sido elaborada com base na análise dos seus conteúdos, no geral, e das
suas conclusões, em particular. Por fim, a sexta coluna dá a conhecer a área cientifica da qual
a dissertação faz parte. Dito isto, expõe-se de seguida a tabela 1.
Tabela 1: Dissertações de mestrado na temática da ética e deontologia profissional aplicada à contabilidade
[1]
Autor da
dissertação
e ano de
defesa
[2]
Título da
dissertação
[3]
Estabelecimento
de ensino da
elaboração da
dissertação
[4]
Tema de
relevo da
dissertação
[5]
Principal
resultado/conclusão da
dissertação adstrito ao
campo do saber ‘ética e
deontologia profissional
da área contabilística’
[6]
Área
científica da
dissertação
Carvalho
(2009)
Ética empresarial
e imagem
institucional
UA–ISCAA RSP
Grande parte dos gestores
inquiridos consideram
importante o respeito pelo
código de conduta ética
dos TOC. No entanto,
também consideram
possível haver violação
do mesmo por parte dos
TOC, admitindo 26% dos
inquiridos já terem
pressionado o TOC para
cometer um ato de
ilegalidade gravíssima.
Mestrado em
Contabilidade
Grazina
(2010)
Ética e
responsabilidade
social das
organizações
perante os
técnicos oficiais
de contas (TOC)
IPL–ISCAL RSE
Os gestores inquiridos
defendem tanto a
existência de um código
de ética para os TOC,
como o respeito destes
pelo mesmo. Os TOC
afirmam também
respeitarem na
generalidade o conjunto
dos princípios e normas
contabilísticas e o sigilo
profissional. No entanto,
advogam que tanto a
lealdade entre colegas,
como a independência,
são princípios
Mestrado em
Contabilidade
10
deontológicos raramente
respeitados na classe.
Esteves
(2012)
A
responsabilidade
social do auditor
perante a fraude
IPL–ISCAL RSP
Os revisores oficiais de
contas (ROC) inquiridos
admitem que raramente
respeitam os seus deveres
para com a ordem dos
revisores oficiais de
contas (OROC), mas que
nunca desrespeitam o
sigilo profissional nem o
conjunto dos seus deveres
para com os seus clientes.
Mestrado em
Auditoria
Ferreira
(2013)
O comportamento
ético dos
profissionais de
contabilidade em
Portugal: um
estudo
exploratório
UM–EEG RSP
Entre 2002 e 2011, foram
970 os TOC que
cometeram infrações
disciplinares sancionadas
pelo código deontológico,
sendo na sua maioria
participadas pelos seus
clientes (58%) e por
outros TOC (24%). As
sanções aplicadas foram
em grande parte de
advertência (48%) e de
multa (45%). Entre 2009
e 2012, as maiores causas
das denúncias
constituíram-se na falta
de entrega e entrega
extemporânea de
declarações fiscais (17%),
retenção de documentos
(15%) e incorreções
técnicas do preparador da
informação financeira,
tanto contabilísticas como
fiscais (11%).
Mestrado em
Contabilidade
Neto
(2013)
Identificação dos
dilemas éticos dos
técnicos oficiais
de contas (TOC)
IPCA–ESG RSP
No quotidiano da sua
atividade profissional, os
TOC encontram-se
constantemente perante
dilemas éticos, os quais
podem ser tipificados em
dilema de valores, dilema
dos destinatários e dilema
dos meios. No dilema de
valores, decidir-se-á
tendo em conta a
hierarquia que se faz dos
valores em conflito. No
dilema dos destinatários,
Mestrado em
Auditoria
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decidir-se-á tendo em
conta qual o
destinatário/pessoa a
beneficiar
primordialmente, em
detrimento das outras
pessoas envolvidas. “É
muito difícil cumprir
permanentemente o
objectivo de beneficiar
todos em todas as
decisões. Muitas vezes,
não se tratando de opções
neutras, elas afetam de
forma desigual os agentes
envolvidos e assim o
dilema dos destinatários
situa-se na escolha
daqueles que devem ser
beneficiados em cada
situação” (Neto, 2010, p.
46). No dilema dos
meios, decidir-se-á tendo
em conta se os meios
justificam os fins.
Sousa
(2013)
Perceções sobre a
conduta ética e
profissional dos
técnicos oficiais
de contas (TOC)
UM–EEG RSP
É notória a evolução do
comportamento ético dos
TOC após a introdução
do seu código
deontológico em 2000.
Os profissionais
apresentam atualmente
uma atuação com elevado
sentido de verdade,
confiança e justiça.
Também o ensino de ética
e deontologia nos cursos
de acesso à profissão de
contabilista tem sortido
um efeito benéfico na
formação dos futuros
TOC.
Mestrado em
Gestão
Fernandes
(2014)
A contabilidade,
o exercício e o
acesso à
profissão de
técnico oficial
de contas (TOC)
na perspetiva
das mulheres
UM–EEG RSP
Os serviços prestados
pelos TOC não têm vindo
a ser devidamente
reconhecidos pela
sociedade em geral, fator
que tem incentivado a
falta de ética nas suas
condutas profissionais,
nomeadamente quanto à
prática de honorários e
angariação de clientes.
Mestrado em
Contabilidade
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Pereira
(2014)
Ética e moral no
processo de
tomada de
decisão: o caso
dos alunos de
ciências
económicas e
empresariais
UM–EEG RSP
Quando confrontados
com os cenários
apresentados, os
estudantes inquiridos que
responderam com maior
intensidade ética e moral
foram: quanto ao género,
os do sexo masculino;
quanto à idade, os mais
velhos; e quanto ao curso
em que inseriam, os da
área da contabilidade.
Salienta-se ainda que são
os estudantes que já
tinham frequentado uma
unidade curricular de
ética e os com mais
experiência profissional
que responderam com
maior intensidade ética e
moral às questões
formuladas.
Mestrado em
Contabilidade
Pinto
(2014)
Ética e
responsabilidade
social das
empresas cotadas
da EURONEXT
Lisboa (2008-
2012)
IPL–ISCAL
RSE
Constata-se que as
empresas cada vez dão
mais importância tanto à
ética como à
responsabilidade social,
sendo que na amostra
analisada registou-se, de
2008 para 2012, um
aumento do número de
empresas a começar a
divulgar informação
sobre ética e
responsabilidade social,
respetivamente de 15% e
de 9%. As variáveis de
ética mais relevantes são
a existência de um canal
de comunicação que
permite a denúncia de
comportamentos e a
existência de um código
de ética ou conduta.
Mestrado em
Contabilidade
Laranjeiro
(2015)
Perceções éticas
dos TOC: ema
análise dos
fatores que
podem
influenciar as
suas decisões
UC–FE (i.e.,
FEUC) RSP
Não foi encontrada
evidência empírica que
suporte que, tanto os
fatores individuais
(género, idade e
experiência de trabalho),
como os fatores
situacionais (pares e
código de ética),
influenciem o processo de
tomada de decisões
éticas.
Mestrado em
Contabilidade
e Finanças
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Ramalho
(2015)
Contabilidade
criativa: a
perceção dos
técnicos oficiais
de contas (TOC)
IPL–ISCAL CC
A maioria dos TOC
(80%) consideram a
prática de contabilidade
criativa como legal, tendo
todos os inquiridos
admitido nela incorrer
pelo menos uma vez, o
que, no entanto, não
implica que a sua prática
não lhes cause algum
desconforto. Consideram,
portanto, que a prática de
contabilidade criativa
compromete os princípios
éticos da profissão.
Contudo, o autor não
considera que o conceito
por si defendido de
contabilidade criativa -
aproveitamento da
flexibilidade das normas
contabilísticas para
manipulação das
demonstrações
financeiras - comprometa
os princípios éticos da
profissão.
Mestrado em
Contabilidade
Araújo
(2016)
Responsabilidade
social e ética dos
auditores na
deteção e
prevenção de
fraude
IPP–ISCAP RSP
A maioria dos ROC
inquiridos afirma ser
responsabilidade dos
ROC a deteção e
prevenção de fraudes
contabilísticas, sendo que
as suas normas de
condutas devem ser
explícitas e adequadas.
Mestrado em
Auditoria
Silva
(2016)
A ética e a
utilidade da
contabilidade
FEUAlg RSP
Melhores habilitações
académicas e uma maior
intensidade ética do
contabilista, são fatores
que permitem a obtenção
de informação financeira
mais útil à tomada de
decisão, na medida em
que está menos sujeita à
intervenção humana
motivada por fatores
alheios à prática
contabilística.
Mestrado em
Contabilidade
Figueira
(2017)
A contabilidade
criativa em
Portugal: a
perceção dos
contabilistas
certificados (CC)
IPP–ISCAP CC
A grande maioria dos
contabilistas certificados
consideraram a prática da
contabilidade criativa
como tendo impactos
significativos nas
demonstrações
financeiras, o que, no
entanto, não altera a sua
confiança nas mesmas,
uma vez que consideram
Mestrado em
Contabilidade
e Finanças
14
tal prática legal.
Afirmam, ainda, aplicar
os seus princípios éticos
em conjunto com normas
contabilísticas subjetivas.
Lemos
(2017)
A contabilidade
criativa: uma
análise sobre o
seu conhecimento
em diferentes
perspetivas (o
aluno, o professor
e o profissional)
IPS–ESCE CC
Do inquérito realizado a
estudantes, docentes e
profissionais, todos da
área da contabilidade,
verificou-se que quando
confrontados com a
confiança nas contas
apresentadas pelas
empresas nacionais, “são
os estudantes que
apresentam uma maior
desconfiança, enquanto os
restantes revelam um
maior grau de confiança.
Em termos éticos, são
também os estudantes a
sair do padrão face à
população analisada,
revelando uma menor
preocupação ética sobre
como as práticas de
contabilidade criativa
podem afetar os
princípios éticos da
profissão” (Lemos, 2017,
resumo).
Mestrado em
Contabilidade
e Finanças
Fonte: Elaboração própria.
5. Discussão dos resultados
5.1 Análise das tendências gerais das dissertações
Da análise da tabela 1, retiram-se diversas conclusões acerca da evolução das
dissertações de mestrado na temática da ética e deontologia profissional aplicada à
contabilidade.
Quanto à sua data de apresentação, observa-se no universo dos resultados obtidos, que
até 2012 apenas tinham sido defendidas três dissertações sobre esta temática. É só em 2013
que o número de publicações por ano aumenta, tendo sido publicadas três dissertações por
15
ano, em 2013 e 2014. Este número desce posteriormente para duas publicações por ano no
período de 2015 a 2017.
Analisando agora o estabelecimento de ensino onde a dissertação foi submetida,
conclui-se que das 15 dissertações no universo em análise, quatro são provenientes do
Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Lisboa do Instituto Politécnico de
Lisboa e outras quatro da Escola de Economia e Gestão da Universidade do Minho. Observa-
se assim, uma aparente valorização da vertente ética no ensino destas duas instituições de
ensino superior portuguesas, dado que, quando comparado o total de dissertações que
abordam a temática de ética e deontologia aplicada à contabilidade, representam uma
assinalável maioria face às restantes instituições de ensino que ministram cursos superiores
ligados à profissão de contabilista. Aqui, por exemplo, tanto quanto é do nosso conhecimento
e do conteúdo do RCAAP, ainda não foi defendida nenhuma dissertação de mestrado no
Instituto Politécnico de Coimbra nesta área específica de estudo, designadamente na unidade
de ensino à qual pertencem os autores desta pesquisa, o Instituto Superior de Contabilidade e
Administração de Coimbra (ISCAC), pelo menos nós últimos dez anos (período 2009 a
2018).
Quanto aos resultados que estas dissertações apresentam e evidenciam, pode-se
concluir que, no geral, os contabilistas certificados apresentam uma evolução ética positiva
desde a introdução do primeiro código deontológico em 2001, sendo este considerando pelos
próprios contabilistas como um documento legal/profissional importante para a sua prática
pessoal. Contudo, o dever de lealdade entre pares é pouco respeitado no global. No entanto,
tal raramente implica um elevado grau de gravidade no desrespeito pelo seu código
deontológico, visto que, na maioria dos casos, são aplicadas aos profissionais as sanções
disciplinares menos penalizadoras – advertência e multa.
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Na vertente do ensino, conclui-se que quanto maior for a formação académica e a
frequência de unidades curriculares de ética por determinado estudante, maior a intensidade
ética nas suas decisões. Contudo, de um ponto de vista integral, são os estudantes, quando
comparados aos profissionais e aos docentes da área da contabilidade, aqueles que, destes três
grupos, apresentam menor intensidade ética nas suas decisões, sendo inclusivamente os que
menos confiança mostram nas demonstrações financeiras apresentadas pelas empresas em
Portugal.
5.2 Contabilidade criativa (CC)
Do total das dissertações objeto de análise na tabela 1, constata-se que três abordam o
tema da contabilidade criativa, sendo que foram apresentadas recentemente, uma em 2015 e
as outras duas em 2017. Tal demostra a crescente importância que o tema tem no contexto da
tomada de decisões éticas por parte dos contabilistas certificados.
A contabilidade criativa traduz-se num processo mediante o qual os contabilistas,
utilizando o seu conhecimento das normas contabilísticas, manipulam a informação a
apresentar nas demonstrações financeiras (Amat e Blake, 1996). Tal deriva, principalmente,
da subjetividade de alguns procedimentos contabilísticos e da flexibilidade das normas
contabilísticas (Faria, 2007), as quais conferem alguma liberdade aos contabilistas, tendo em
conta os seus interesses, para manipular a informação financeira. Esta conduta deliberada põe
em causa não só o prestígio da profissão de contabilista, mas também a imagem fiel e
verdadeira da posição financeira e do desempenho da empresa (Faria, 2007).
Esta é uma prática que, quando realizada com dolo, vai contra os princípios éticos do
contabilista, podendo mesmo, tendo em conta o seu grau de gravidade e afronta aos princípios
éticos e deontológicos do contabilista, tornar-se numa prática ilegal ou fraudulenta. Portanto,
a contabilidade criativa é uma prática que coloca em causa o comportamento ético dos
17
contabilistas na medida em que deteriora o trabalho que é a sua principal competência, isto é,
a produção das demonstrações financeiras de determinada entidade.
Da análise da tabela 1 conclui-se que, na perspetiva dos contabilistas certificados, a
contabilidade criativa tem impactos significativos nas demonstrações financeiras, mas tal não
altera a sua confiança nas mesmas, dado que consideram tal prática legal. Contudo, admitem
que o exercício de procedimentos criativamente contabilísticos lhes provoca algum
desconforto, sendo também comprometedor dos princípios éticos da sua profissão.
5.3 Responsabilidade social empresarial (RSE)
Portugal, no início da década de noventa, começa a assistir a um crescente interesse
académico, empresarial e da própria sociedade pelas questões da responsabilidade social
empresarial (Moura e Duarte, 2003). Por ser uma temática agregadora de interesses de várias
ciências sociais, torna-se árdua a tarefa de lhe atribuir uma definição geralmente aceite. Ainda
assim, no campo das ciências empresariais, Davis (1973) define o conceito de
responsabilidade social empresarial como sendo a resposta das empresas a questões sociais
que ultrapassam a sua esfera económica, técnica e legal.
Pela análise da tabela 1, constata-se que existem apenas duas dissertações publicadas
sobre ética e deontologia aplicada à contabilidade que abordam o tema da responsabilidade
social empresarial. Aquando da abordagem deste tema, os seus autores não privilegiam tanto
os aspetos contabilísticos, mas mais os aspetos de índole moral, colocando a tónica sobre o
que é certo e o que é errado, ao invés de se focarem no papel que a contabilidade pode
desempenhar como instrumento fomentador dessa responsabilidade social empresarial.
5.4 Responsabilidade social profissional (RSP)
Como seria de esperar, a maioria das dissertações (dez, no caso) debruçam-se sobre a
atividade profissional em concreto dos contabilistas e, também, embora em menor escala,
18
sobre o que pensam os docentes e os alunos de contabilidade acerca do cumprimento ou do
incumprimento dos preceitos estatutários e deontológicos da profissão. As perceções dos
preparadores da informação contabilística quanto às facetas éticas e deontológicas associadas
às suas tomadas de decisão constituem um dos temas de estudo mais procurados pelos futuros
mestres. A responsabilidade social profissional mede-se não só pela observação rigorosa dos
estatutos e do código deontológico da profissão, mas também pela correta execução dos
regulamentos aplicáveis à sua atividade emanados pela entidade reguladora da profissão.
6. Conclusão
O presente artigo versou sobre as dissertações de mestrado que abordam o tema da
ética e da deontologia profissional aplicada à contabilidade, tendo para tal usado o método
bibliográfico de análise do seu conteúdo. Com esta análise pretendeu-se elucidar o leitor sobre
a evolução de que têm sido alvo estas dissertações, em particular as que foram realizadas no
período 2009-2018, bem como verificar quais são as instituições de ensino superior que em
Portugal caminham no sentido de apostarem na divulgação e no estudo deste particular tema.
Conclui-se que o assunto não é propriamente muito popular entre os estudantes autores
de dissertações de mestrado, na medida em que as 15 dissertações encontradas revelam um
panorama algo desanimador para a academia. Este artigo reforça, assim, a necessidade de
aumentar a literatura sobre esta problemática, tanto mais que se sabe que quase todas as
licenciaturas do ramo das ciências empresariais possuem no seu plano curricular a unidade
curricular de ética e deontologia. Acresce que, como se sabe, também, as matérias estatutárias
e deontológicas da profissão de contabilista integram o exame de acesso à profissão de há
cerca de quinze anos a esta parte, pelo que a sugestão aqui lançada é muito curial para um
estudante de mestrado que esteja a pensar abraçar o tema, pertencente, em especial, àquelas
instituições de ensino superior onde ainda não foram efetuadas quaisquer defesas de
19
dissertação relacionadas com o tema deste artigo. Ainda neste domínio, foi possível concluir
que dois estabelecimentos de ensino superior dominam o ranking das instituições nas quais o
tema parece estar a ser alvo de uma maior atenção: são eles o ISCAL e a EEG, escolas
pertencentes ao Instituto Politécnico de Lisboa e à Universidade do Minho, respetivamente.
Em termos gerais, a contabilidade criativa, como prática que pode pôr em causa os
próprios princípios éticos dos contabilistas, e responsabilidade social profissional, como
prática que pode ser elevada pelo cumprimento dos preceitos éticos e deontológicos dos
intervenientes no processo de tomada de decisão, parecem ser os temas que mais cativam os
futuros mestres em contabilidade/auditoria/contabilidade e finanças/gestão.
O presente artigo contribui para a literatura na medida em que lista e expõe as
tendências que se têm observado no último decénio nas instituições de ensino superior no país
acerca de um tema que tem estado na agenda do dia: a ética e a deontologia profissional na
atividade contabilística. O seu contributo pode direcionar-se para os estudantes de mestrado
que pretendem escolher um tema de dissertação nesta área, isto porque foram aqui explorados
possíveis caminhos de investigação futura.
É de recordar, no entanto, que uma limitação deste artigo respeita ao uso exclusivo do
motor de busca do RCAAP; neste sentido, não foi efetuada uma procura individualizada por
instituição, o que pode contribuir para o enviesamento das conclusões extraídas neste paper.
Torna-se ainda relevante referir que alguns autores e algumas instituições optam por não
tornar livre o acesso público das suas dissertações, pelo menos durante um determinado
período temporal. Assim sendo, um futuro trilho a percorrer pode ser aquele que se relacione
com uma pesquisa que cubra uma amostra mais representativa de bases de dados, indo ao
encontro de conclusões mais satisfatórias e robustas de um ponto de vista argumentativo.
Outra recomendação de trabalho a desenvolver vincula-se com o alargamento do caráter
20
restritivo desta pesquisa a outras unidades de análise, como sejam, por exemplo, os periódicos
nacionais ou os congressos portugueses de contabilidade e auditoria.
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Legislação (ordem cronológica)
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─ Decreto n.º 45103, de 1 de julho de 1963.
─ Decreto-Lei n.º47/1977, de 7 de fevereiro.
─ Decreto-Lei n.º 265/1995, de 17 de outubro.
─ Decreto-Lei n.º 158/2009, de 13 de julho.
─ Decreto-Lei n.º 310/2009, de 26 de outubro.
─ Lei n.º 139/2015, de 7 de setembro.
─ Lei n.º 139/2015, de 7 de setembro – Anexo II: Código Deontológico dos Contabilistas
Certificados.