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Fundamentos de Administração e Economia
Professor Fernando Santos Dantas
Fernando Santos Dantas
Consultor Empresarial e Professor das disciplinas
Informática e Fundamentos de Administração e Economia ETFG/SEBRAE-MG - ACISSP
Contato com o autor:
Email: [email protected] Home Page: www.kai.com.br
Fundamentos de Administração e Economia
Prefácio
Escrever um livro sobre Fundamentos de Administração e Economia, que sirva de
modelo para cursos técnicos, contribuirá para que você tenha melhores condições de conhecer
uma incrível forma de começar no mundo da Administração. Em minha carreira como professor
de curso técnico, tive a oportunidade de conviver com pessoas muito empreendedoras e bem
informadas. Entretanto, tenho visto que há uma grande deficiência quanto a livros
especializados no assunto, deixando, assim, educandos e educadores com uma lacuna na
formação de cidadãos preparados para a vida empresarial.
Em síntese, no emaranhado de teorias, e num mundo globalizado em a vida prática
vem se expandindo, este livro pretende constituir um ponto de apoio ao leitor.
Afirmo, também, que um livro não é isento de erros e imperfeições. Ele necessita de
revisão e atualizações permanentes. E, nesse processo de atualização, a participação do leitor
é fundamental.
Utilizarei, aqui, princípios fundamentais aplicados a uma determinada série de
circunstâncias e cujo valor consiste em poder prever resultados.
Sou muito grato aos meus ex-alunos da Escola Técnica de Formação
Gerencial/SEBRAE-MG - ACISSP, com os quais pude discutir e aperfeiçoar o material desta
obra. Neste sentido, procurei enfrentar esse grande desafio de escrever sobre este assunto,
tecnicamente complexo, com uma linguagem simples.
2003
Esta obra é dedicada à Luciene pelo apoio permanente e aos meus
alunos, pois permitiram que eu pudesse melhorar, e muito, este trabalho.
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Sumário 1 O Empreendedor 1. Introdução .............................................................................................. Pág. 05 2. Perfil do Empreendedor ............................................................................. Pág. 07 Exercício ................................................................................................ Pág. 11 e 12 3. Conteúdo e Objeto de estudo da Administração ............................................ Pág. 13 Exercício ................................................................................................ Pág. 14 2 Fundamentos da Administração 1. Introdução .............................................................................................. Pág. 15 2. A Administração e suas Perspectiva ............................................................ Pág. 17 3. Antecedentes Históricos da Administração ................................................... Pág. 17 4. Influência dos Filósofos ............................................................................. Pág. 18 Exercício ................................................................................................ Pág. 20 5. Abordagem Clássica da Administração ......................................................... Pág. 21 Exercício ................................................................................................ Pág. 23 6. Objetivos da Administração ....................................................................... Pág. 24 7. Princípios Gerais da Administração .............................................................. Pág. 25 Exercício ................................................................................................ Pág. 27 8. Funções do Administrador ......................................................................... Pág. 28 Exercício ................................................................................................ Pág. 30 9. O Ciclo PDCA ........................................................................................... Pág. 31 10. Plano de Ação ........................................................................................ Pág. 37 11. Como Elaborar um Plano de Ação ............................................................. Pág. 38 12. Ferramentas Para o Plano de Ação ............................................................ Pág. 38 13. Cronograma ........................................................................................... Pág. 39 14. Fluxograma ........................................................................................... Pág. 39 15. Modelo de Plano de Ação ......................................................................... Pág. 41 Exercício ................................................................................................ Pág. 42 3 Fundamentos da Economia 1. Introdução .............................................................................................. Pág. 43 2. Fatores de Produção ................................................................................. Pág. 43 Exercício ................................................................................................ Pág. 46 3. O Problema Fundamental da Economia ........................................................ Pág. 47 4. Quatro Perguntas ..................................................................................... Pág. 47 5. O Sistema Econômico, Sua Composição e seu Fluxo ...................................... Pág. 48 6. Relação Entre Oferta X Demanda X Mercado ................................................ Pág. 49 7. Tipos de Bens e Serviços ........................................................................... Pág. 50 Exercício ................................................................................................ Pág. 51 e 52 4 Visão Sistêmica de Negócios 1. Negócio .................................................................................................. Pág. 53 Exercício ................................................................................................ Pág. 54 5 Estruturas Organizacionais 1. Introdução .............................................................................................. Pág. 55 2. Organização ............................................................................................ Pág. 56 Exercício ................................................................................................ Pág. 58 6 Objetivos e Meio Ambiente Empresarial 1. Objetivos ................................................................................................ Pág. 59 2. Meio Ambiente Empresarial ........................................................................ Pág. 59 Exercício ................................................................................................ Pág. 61 7 Ferramentas Aplicadas para utilização de Sistemas Administrativos Modelos ...................................................................................................... Pág. 62 a 76 Bibliografia ............................................................................................... Pág. 77
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O Empreendedor
Ser um empreendedor é muito mais que ter a vontade de
chegar ao topo de uma montanha; é conhecer a montanha e o tamanho do desafio;
planejar cada detalhe da subida, saber o que você precisa levar e que ferramentas
utilizar; encontrar a melhor trilha, estar comprometido com o resultado, ser
persistente, calcular os riscos, preparar-se fisicamente; acreditar na sua própria
capacidade e começar a escalada.
1. Introdução
O que é um Empreendedor?
O que você faria se ganhasse, sozinho, na Loteria?
Pense com cuidado e responda o que realmente importa
para você. Sem precisar de dinheiro, é mais fácil
imaginar como cada um gostaria de viver a vida. Depois, preencha a tabela: do
lado esquerdo, anote o que você nunca mais faria; do outro, o que você gostaria
de fazer se ganhasse sozinho na Loteria.
Se eu ganhasse na Loteria:
O que eu nunca mais faria? O que eu faria?
01 - 01 -
02 - 02 -
03 - 03 -
04 - 04 -
05 - 05 -
06 - 06 -
07 - 07 -
08 - 08 -
09 - 09 -
10 - 10 -
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O que você faria e o que nunca mais faria se ganhasse sozinho na loteria?
Faça esta pergunta a algumas pessoas que você conhece e compare as
respostas. Dependendo da resposta, você vai ver logo quem é mais ou menos
empreendedor.
Pessoas muito empreendedoras sempre querem mais do que apenas uma casa,
um carro e sossego na vida. Na coluna da direita (O que eu faria?) de um
empreendedor, você sempre vai achar alguma coisa nova e diferente; uma realização
pessoal, um projeto ousado. Esse desejo de mudar as coisas, fazer algo novo ou
melhorar o que existe, é o comportamento do empreendedor.
Ao longo do curso, vamos conhecer e estudar as principais características do
comportamento empreendedor. Desenvolver essas qualidades é indispensável para o
sucesso em qualquer negócio.
Pense nas pessoas que você conhece. Quais delas você acha que teriam mais chances de
fazer um negócio dar certo? Por quê?
............................................................................................................................
............................................................................................................................
............................................................................................................................
Use este espaço para anotar suas observações: DICIONÁRIO DO
EMPREENDEDOR
.................................................................
Empreendedor
................................................................. Pessoa que deseja realizar, executar,
deixar sua marca e fazer diferença.
.................................................................
Comportamento
................................................................. Atitude, forma de agir e de se comportar.
2. Perfil do Empreendedor
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2.1 - Por que ser Empresário?
Muitos motivos levam as pessoas à idéia de abrir um negócio próprio. Os
mais comuns são:
Ø Vontade de ser independente, “mandar no seu próprio nariz”;
Ø Ser o patrão em vez de empregado;
Ø Ganhar muito dinheiro e dedicar mais tempo à família;
Ø Sair da rotina, da mesmice;
Ø Realizar outras coisas;
Ø Provar para si e para os outros sua competência, sua capacidade de
abrir e manter um negócio;
Ø Trabalhar e tirar férias quando quiser, etc.
Ao fazer a opção, o empresário considera seu engajamento (econômico e
psicológico) como um investimento mais gratificante que o trabalho assalariado.
No entanto, ser empresário exige sempre sacrifícios que muitos não estão
dispostos a fazer:
Ø A maioria dos empresários trabalha de 12 a 15 horas diária no seu
negócio, ao invés de 8 horas, como empregado;
Ø Raramente tiram férias. Quando acontece é por poucos dias, mas
não esquecem o telefone “só para saber como vão as coisas” no seu
negócio;
Ø Às vezes se envolvem tanto com a empresa, que diminui, em vez de
aumentar, o tempo disponível para a família;
Ø Sua tão propalada necessidade de independência, de ser dono do
seu nariz, torna-se algo muito relativo quando se observa a
dependência aos fornecedores, bancos, clientes, funcionários,
governo, etc. Seu patrimônio pessoal fica comprometido com as
operações da empresa como garantia a algum empréstimo feito;
Ø Sua vontade de ganhar muito dinheiro esbarra numa palavra
definitiva: competência. A intenção apenas não é suficiente. É
necessário que o empresário demonstre a capacidade de gerir seu
negócio, com efetividade.
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Entretanto, mais e mais pessoas, no Brasil e no mundo, desejam tornar-se
empresários.
2.2 - Perfil do Empreendedor de Sucesso
Muitas são as características que fazem da atividade empresarial um sucesso:
2.2.1 – Capacidade de Assumir Riscos
É a capacidade de enfrentar desafios, de tentar um novo empreendimento,
de optar por ser empresário ao invés de assalariado, de arriscar seu patrimônio
e de outros, em busca da realização de seus ideais.
2.2.2 – Senso de Oportunidade
É a capacidade de identificar no mercado possibilidades de vir a produzir bens e
serviços que satisfaçam necessidades de seus atuais e/ou futuros clientes. É
estar constantemente ligado ao que acontece a sua volta, identificando
momentos propícios para iniciar coisas novas.
2.2.3 – Liderança
É a capacidade de usar o poder de influência no sentido de solucionar os
problemas dos subordinados na execução de suas atividades. É criar a cultura
da organização (modo de se fazer as coisas) voltada para o cliente, onde o clima
de motivação permita que as pessoas trabalhem satisfeitas.
2.2.4 – Flexibilidade
É mudar tudo, se for preciso. Se os clientes necessitarem, o empresário, é
capaz de alterar, com rapidez, produtos, serviços, métodos de trabalho,
processos, políticas empresariais ou o que for necessário para adaptar sua
organização às mudanças do ambiente.
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2.2.5 – Persistência
É a capacidade de definir e manter o direcionamento de sua empresa rumo ao
sucesso, apesar das dificuldades encontradas. É a persistência pelo ideal,
pelos objetivos a que se propõe, superando os obstáculos do caminho.
2.2.6 – Visão Global da Organização
Ver a organização como processo de satisfação das necessidades do
cliente, em permanente interação com o meio onde atua. Para atender
bem os clientes externos, é necessário que os clientes internos, empregados e
colaboradores, estejam também satisfeitos. Visão global requer bom
entrosamento com os fornecedores e uma “política de boa vizinhança” com a
comunidade.
2.2.7 – Atualização
É a capacidade de aprender mais e mais sobre coisas relacionadas à
organização, seus clientes, fornecedores, parceiros, concorrentes,
funcionários. É ter sede de conhecimento, de saber que sempre existirão
coisas a entender e descobrir sobre o seu negócio.
2.2.8 – Organização
É compreender que os resultados a alcançar precisam ser obtidos por meio da
aplicação dos recursos disponíveis de forma lógica, racional e organizada. É
definir onde e como chegar, garantir a execução do planejado, avaliar e
corrigir desvios.
2.2.9 – Espírito Inovador
É a capacidade de possuir sempre várias idéias em andamento, umas em fase
de estudos; outras em vias de execução; algumas apenas em prospecção. O
importante é transformar as idéias em fatos concretos e dinâmicos, que
garantam a permanente evolução da organização.
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2.2.10 – Criatividade
Conceber idéias e soluções novas sem temer o fracasso, de forma a
interagir concretamente na realidade, identificando a raiz dos problemas,
desafiando, assim, as leis convencionais da antiga ordem, gerando alternativas
objetivas na obtenção do sucesso desejado.
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Exercício
1) De acordo com os dez perfis do empreendedor, cite abaixo aqueles com os quais você
mais se identifica. (Liste por ordem de importância).
Mais Importante Menos Importante
2) Agora, de acordo com os Menos Importantes, cite o que você deve fazer para que se
transformem em mais importantes.
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3) O que você considera mais importante na vida de um empreendedor de sucesso?
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4) De acordo com as dez características do empreendedor(a) de sucesso, imagine-se
um(a) proprietário(a) de uma empresa. Faça este teste e seja sincero em relação às
perguntas.
Instruções para as respostas:
Ø Marque a letra A, para sempre;
Ø Marque a letra B, para muitas vezes;
Ø Marque a letra C, para ocasionalmente;
Ø Marque a letra D, para raras vezes;
Ø Marque a letra E, para nunca.
1. Visitantes, fornecedores, clientes ou subordinados sentem-se constrangidos na sua sala em sua presença? A ( ) B ( ) C ( ) D ( ) E ( ) 2. Você sorri quando cumprimenta seus subordinados? A ( ) B ( ) C ( ) D ( ) E ( ) 3. Costuma escutar e falar em proporções razoavelmente iguais quando discute com outras pessoas? A ( ) B ( ) C ( ) D ( ) E ( ) 4. Você é daqueles ouvintes que obrigam seus interlocutores a provar seus pontos de vista? A ( ) B ( ) C ( ) D ( ) E ( ) 5. Você se ocupa de causas perdidas sem solução? A ( ) B ( ) C ( ) D ( ) E ( ) 6. Relaciona sua empresa com outras finalidades; por exemplo, à maneira pela qual ela pode contribuir com sua cidade? A ( ) B ( ) C ( ) D ( ) E ( ) 7. Gerentes e funcionários da empresa desenvolvem mais um clima de cooperação do que de competição? A ( ) B ( ) C ( ) D ( ) E ( ) 8. Você costuma ouvir de seus colaboradores (Gerentes, vendedores, caixas, etc.) críticas por isolar-se deles? A ( ) B ( ) C ( ) D ( ) E ( ) 9. Você procura ir atrás das oportunidades que o mercado oferece, em vez de esperar que elas venham até você? A ( ) B ( ) C ( ) D ( ) E ( ) 10. Você consegue fazer das pessoas relacionadas ao seu negócio perfeitas colaboras da empresa? A ( ) B ( ) C ( ) D ( ) E ( ) 11. Seus funcionários reclamam que você despreza as idéias e as iniciativas tomadas por eles? A ( ) B ( ) C ( ) D ( ) E ( ) 12. Você costuma adiar decisões urgentes? A ( ) B ( ) C ( ) D ( ) E ( ) 13. Gasta tempo e esforço para parecer competente, em vez de ser competente? A ( ) B ( ) C ( ) D ( ) E ( ) 14. Você se considera uma pessoa que vai em frente, não desiste facilmente de um plano, projeto ou tarefa? A ( ) B ( ) C ( ) D ( ) E ( ) 15. Você é daqueles que preferem culpar as circunstâncias quando um projeto, tarefa ou plano fracassa, ao invés de avaliar a sua atuação no episódio? A ( ) B ( ) C ( ) D ( ) E ( ) 16. Você se sente um empresário azarado? A ( ) B ( ) C ( ) D ( ) E ( ) 17. Sente dificuldades em recuperar-se após uma operação mal sucedida, que causou prejuízo aos negócios? A ( ) B ( ) C ( ) D ( ) E ( )
Verifique no final do livro a contagem dos pontos e análise dos resultados.
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3. Conteúdo e Objeto de Estudo da Administração
3.1 - Introdução
Administração
A palavra administração vem do latim ad (direção, tendência para) e minister
(subordinação ou obediência), e significa aquele que realiza uma função abaixo do
comando de outrem, isto é, aquele que presta um serviço a outro.
Também advém do latim administratione (1. Ação de administrar. 2. Gestão
de negócios públicos ou particulares. 3. Governo, regência. 4. Conjunto de princípios,
normas e funções que têm por fim ordenar os fatores de produção e controlar a sua
produtividade e eficiência, para se obter determinado resultado. 5. Prática desses
princípios, normas e funções. 6. Função do administrador; gestão, gerência. 7. Pessoal
que administra; direção - FERREIRA, 1986).
No entanto, a palavra administração sofreu uma radical transformação no seu
significado original, a qual discutiremos no decorrer do livro.
Gerência
A palavra vem do latim gerentia, de gerere, fazer. (1. Ato de gerir. 2. As
funções do gerente; gestão, administração. 3. Mandato de administração – Idem).
Gestão
Do latim, gestione (Ato de gerir; gerência, administração – Idem).
Management
1. Ação ou maneira de administrar; manejo (handling), direção ou controle. 2.
Habilidade para administrar. 3. Pessoa ou pessoas que controlam e dirigem os negócios
de uma instituição ou empresa. 4. Coletivo de executivos, considerados como classe,
distinta da mão-de-obra, labor. Derivado do latim manus, mão.
Manejo
Do italiano, maneggiare (Administração, gerência, direção, manejo: manejo de
negócios – Ferreira, 1986).
Administração é...
Ação
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Administração significa, em primeiro lugar, ação. A administração é um
processo de tomar decisões e realizar ações que compreende quatro processos principais
interligados: planejamento, organização, execução e controle.
Um Grupo de Pessoas
As pessoas que administram qualquer conjunto de recursos são administradoras
ou gerentes. São os gerentes que fazem o processo administrativo funcionar. Alguns
gerentes são chefes de outras pessoas. Os chefes têm autoridade sobre outros
funcionários (equipe de funcionários). A autoridade é um tipo especial de recurso, que dá
aos gerentes a capacidade ou poder de tomar decisões e acionar o trabalho de seus
funcionários e outros recursos. A responsabilidade é um atributo que permite a outros
gerentes, acionistas, clientes, seus funcionários ou a sociedade, cobrar os gerentes pela
forma como os recursos são utilizados e pelos resultados de suas decisões e ações.
Os gerentes formam um grupo, chamado administração ou gerência. As
pessoas que integram esse grupo desempenham um mandato (têm autoridade e
responsabilidade durante um período), também chamado de administração ou
governo (a administração de um país, por exemplo).
Uma Arte que Exige Habilidades
A administração é uma arte, no sentido de profissão ou área de ação humana.
Toda arte depende de habilidades. O desempenho dos gerentes depende de suas
competências gerenciais, que incluem diversas habilidades. As habilidades, assim como
as demais competências, podem ser adquiridas ou aprimoradas por meio de experiência
e estudo.
Algumas pessoas revelam talento excepcional como administradores, nos mais
variados tipos de organizações e empreendimentos humanos. Henry Ford, Bill Gates e
Taiichi Ohno são algumas pessoas que, neste século, demonstraram essa habilidade em
alto grau. As grandes organizações despersonalizam as realizações individuais, mas
sempre há talentos, muitas vezes anônimos, por trás das realizações coletivas.
Uma Disciplina
Embora seja uma arte ou prática antiga, a administração tem uma história
recente como corpo organizado de conhecimentos. Desde a mais remota antiguidade,
chegam ao presente os registros das tentativas de formular princípios de administração.
Nos dois últimos séculos, tornou-se necessário profissionalizar a formação de gerentes,
para aprimorar o processo administrativo e tornar as organizações mais eficazes.
Surgiram livros, escolas, pesquisadores e consultores de administração. O processo de
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administrar organizações transformou-se em disciplina. A administração é objeto de
estudo sistemático, que produz um corpo de conhecimentos, denominados teorias.
A tarefa atual da Administração é a de interpretar os objetivos propostos pela
organização e transformá-los em ação organizacional por meio do planejamento,
organização, direção e controle de todos os esforços realizados em todas as áreas e em
todos os níveis da organização, a fim de alcançar tais objetivos da maneira mais
adequada à situação.
O significado e o conteúdo da Administração sofreram uma formidável
ampliação e aprofundamento através das diferentes teorias que abordaremos neste livro.
O próprio conteúdo do estudo da Administração varia enormemente de acordo com a
teoria ou escola considerada.
Com isto, pretende-se apresentar, não especificamente a abordagem e conteúdo
de uma única corrente com a agravante de desconhecermos as demais, mas uma visão
ampla, simplificada e comparativa da Administração.
Administração como corpo de conhecimentos
A prática compreende as soluções criadas no mundo das organizações reais. A
teoria compreende os conhecimentos abstraídos dessa prática e sistematizados. A figura
anterior sintetiza as relações entre teoria e prática.
Exercício
1) Qual o significado da palavra Administração?
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2) Explique:
PRÁTICA
Administração como arte,
praticada nas organizações
TEORIA
Conhecimentos sobre a arte de administrar
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a) Por que a tarefa atual da Administração é a de interpretar os objetivos propostos pela
organização e transformá-los em ação organizacional por meio do planejamento,
organização, direção e controle de todos os esforços realizados em todas as áreas e em
todos os níveis da organização, a fim de alcançar tais objetivos da maneira mais
adequada à situação?
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Fundamentos da
Administração
1. Introdução
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A Administração revela-se nos dias de hoje como uma das áreas do
conhecimento humano mais impregnadas de complexidades e de desafios. O profissional
que utiliza a Administração como meio de vida pode trabalhar nos mais variados níveis
de uma organização: desde o nível hierárquico de supervisão elementar até o nível de
dirigente máximo da organização. Pode trabalhar nas diversas especializações da
Administração: seja a Administração da Produção (dos bens ou dos serviços prestados
pela organização), a Administração Financeira, a Administração de Recursos Humanos, a
Administração Mercadológica (Marketing) ou, ainda, a Administração Geral.
Em cada nível e em cada especialização da Administração, as situações são
altamente diversificadas. Por outro lado, as organizações são também extremamente
diversificadas e diferenciadas. Não há duas organizações iguais, assim como não existem
duas pessoas idênticas. Cada organização tem os seus objetivos, o seu ramo de
atividade, os seus dirigentes e o seu pessoal, os seus problemas internos e externos, o
seu mercado, a sua situação financeira, a sua tecnologia, os seus recursos básicos, a sua
ideologia e política de negócios, etc. Em cada organização, portanto, o Administrador
soluciona problemas, dimensiona recursos, planeja sua aplicação, desenvolve
estratégias, efetua diagnósticos de situações, etc., exclusivos daquela organização.
A conclusão óbvia é a de que a Administração não é algo mecânico que dependa
de certos hábitos físicos que devem ser superados ou corrigidos a fim de se obter o
comportamento correto. Pode-se ensinar o que um Administrador deve fazer, mas isto
não o capacitará efetivamente a fazê-lo em todas as organizações. O sucesso de um
Administrador na vida profissional não está inteiramente correlacionado com aquilo que
lhe foi ensinado, com o seu brilhantismo acadêmico ou com o seu interesse pessoal em
praticar o que lhe foi ensinado nas escolas.
Para Robert L. Katz, há pelo menos três tipos de habilidades necessárias para
que o Administrador possa executar eficazmente o processo administrativo: a
habilidade técnica, a humana e a conceitual:
1. Habilidade Técnica: Consiste em utilizar conhecimentos, métodos, técnicas e
equipamentos necessários para a realização de suas tarefas específicas, através
de sua instrução, experiência e educação.
2. Habilidade Humana: Consiste na capacidade e discernimento para trabalhar
com pessoas, compreender suas atitudes e motivações e aplicar uma liderança
eficaz.
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3. Habilidade Conceitual: Consiste na habilidade para compreender as
complexidades da organização global e o ajustamento do comportamento da
pessoa dentro da organização. Esta habilidade permite que a pessoa se comporte
de acordo com os objetivos da organização total e não apenas de acordo com os
objetivos e as necessidades de seu grupo intermediário.
A adequada combinação dessas habilidades varia à medida que um indivíduo
sobe na escala hierárquica, de posições de supervisão a posições de alta direção. Hersey
e Blanchard mostram que, à medida que se sobe dos níveis inferiores a níveis mais
elevados da organização, diminui a necessidade de habilidades técnicas, enquanto
aumenta a necessidade de habilidade conceitual. Nos níveis inferiores, os supervisores
precisam de considerável habilidade técnica para poder instruir e formar técnicos e
demais subordinados. Na figura a seguir, temos uma representação das habilidades
administrativas necessárias em vários níveis da organização comercial ou industrial:
Alta
Direção
Administração
de nível
INTERMEDIÁRIO
Administração
de nível
de SUPERVISÃO
2. A Administração e suas Perspectivas
A tarefa básica da Administração é a de fazer as coisas através das pessoas.
Seja nas indústrias, no comércio, nas organizações de serviços públicos, nos hospitais,
nas universidades, nas instituições militares ou em qualquer outra forma de
empreendimento humano, a eficácia com que as pessoas trabalham em conjunto para
conseguir objetivos comuns depende principalmente da capacidade daqueles que
exercem função administrativa. O avanço tecnológico e o desenvolvimento do
conhecimento humano, por si apenas, não produzem efeitos se a qualidade da
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administração efetuada sobre os grupos organizados de pessoas não permitir uma
aplicação efetiva desses recursos humanos. A Administração, com suas novas
concepções, está sendo considerada uma das principais chaves para a solução dos mais
graves problemas que afligem atualmente o mundo moderno.
3. Antecedentes Históricos da Administração
A Administração, em toda a sua longa história, até o início do século XX, se
desenvolveu com uma lentidão impressionante para, a partir deste século, passar por
fases de desenvolvimento de notável pujança e inovação. Enquanto nos dias de hoje a
sociedade da maioria dos países desenvolvidos é pluralista de organizações, onde a
maior parte das obrigações sociais (como a produção, a prestação de um serviço
especializado de educação ou de atendimento hospitalar, a garantia da defesa nacional
ou a preservação do meio ambiente) é confiada a organizações (como indústrias,
universidades e escolas, hospitais, exército, organizações de serviços públicos) que são
administradas por grupos diretivos próprios para poderem se tornar mais eficazes, no
final do século passado, a sociedade era completamente diferente.
Há 80 anos, as organizações eram poucas e pequenas: predominavam as
pequenas oficinas, os artesãos independentes, as pequenas escolas, os profissionais
autônomos (como médicos e advogados que trabalham por conta própria), o lavrador, o
armazém da esquina, etc. Apesar de sempre ter existido o trabalho na história da
humanidade, a história das organizações e da sua administração é um capítulo que teve
o seu início há pouco tempo.
4. Influência dos Filósofos
A administração recebeu enorme influência da Filosofia, desde os tempos da
Antigüidade. Podemos citar:
Sócrates (470 a.C. – 399 a.C.), em seu discurso, expõe o seu ponto de vista
sobre a administração como uma habilidade pessoal separada do conhecimento técnico e
da experiência.
___________________________________________________________________________ Fundamentos de Administração e Economia – Professor Fernando S. Dantas 21
Platão (429 a.C. – 347 a.C.), filósofo grego discípulo de Sócrates, preocupou-se
profundamente com os problemas políticos e sociais inerentes ao desenvolvimento social
e cultural do povo grego. Em sua obra, A República, expõe o seu ponto de vista sobre a
forma democrática de governo e de administração dos negócios públicos. Pela primeira
vez, enuncia o princípio da divisão do trabalho.
Aristóteles (384 a.C. – 322 a.C.), outro filósofo grego, discípulo de Platão, do
qual bastante divergiu, deu enorme impulso à Filosofia, principalmente à Cosmologia, à
Nosologia, à Metafísica, às Ciências Naturais, abrindo as perspectivas do conhecimento
humano na sua época. Foi o criador da Lógica. No seu livro Política, estuda a organização
do Estado e distingue três formas de administração pública, a saber:
A. Monarquia ou governo de um só (que pode redundar em tirania).
B. Aristocracia ou governo de uma elite (que pode descambar em oligarquia).
C. Democracia ou governo do povo (que pode degenerar em anarquia).
Durante os séculos que vão da Antiguidade até o início da Idade Moderna, a
Filosofia voltou-se para uma variedade de preocupações que nada tinham a ver com
problemas administrativos.
É com Francis Bacon (1561-1626), filósofo e estadista inglês, considerado o
fundador da Lógica Moderna, baseada no método experimental e indutivo, que vamos
encontrar alguma preocupação prática de se separar experimentalmente o que é
essencial do que é acidental ou acessório. Bacon antecipou-se ao princípio conhecido em
Administração como “princípio da prevalência do principal sobre o acessório”.
Realmente, o maior expoente da época foi René Descartes (1596-1650),
filósofo, matemático e físico francês, considerado o fundador da Filosofia Moderna. As
famosas coordenadas cartesianas foram criadas por Descartes e foi muito valioso o
impulso que deu à Matemática e à Geometria da época.
Thomas Hobbes (1588-1679) desenvolveu uma teoria da origem contratualista
do Estado, segundo a qual o homem primitivo, vivendo em estado selvagem, passou
lentamente à vida social, através de um pacto entre todos. Todavia, “o homem é lobo do
próprio homem”, ou seja, o homem primitivo era um ser anti-social por definição,
vivendo em guerra permanente com o próximo.
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Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) desenvolveu a teoria do Contrato Social:
o Estado surge de um acordo de vontades. Rousseau imagina uma convivência
individualista, vivendo os homens cordial e pacificamente, sem atritos com seus
semelhantes. Porém, se o homem é por natureza bom e afável, a vida em sociedade o
deturpa.
Karl Marx (1818-1883) e seu parceiro Friedrich Engels (1820-1895) propõem
uma teoria da origem econômica do Estado. O surgimento do poder político e do Estado
nada mais é do que o fruto da dominação econômica do homem pelo homem. O Estado
vem a ser uma ordem coativa imposta por uma classe social exploradora. Comunistas,
eles afirmam que a história da humanidade sempre foi a história da luta de classes.
Homens livres e escravos, patrícios e plebeus, nobres e servos, mestres e artesãos,
enfim, exploradores e explorados, sempre mantiveram uma luta, às vezes patente. Marx
afirma que todos os fenômenos históricos são o produto das relações econômicas entre
os homens. O marxismo foi a primeira ideologia a afirmar o estudo das leis objetivas do
desenvolvimento econômico da sociedade, em oposição aos ideais metafísicos.
Como veremos mais adiante, vários princípios da moderna Administração, como
os da divisão do trabalho, da ordem, do controle, etc., estão basicamente contidos nos
princípios cartesianos.
Com o surgimento da Filosofia Moderna, deixa a Administração de receber
contribuições e influências, uma vez que o campo de estudo filosófico se afasta
enormemente dos problemas organizacionais.
Exercício
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1) Quais os três tipos de habilidades necessárias para que o Administrador possa
executar eficazmente o processo administrativo?
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
2) Por que a Administração sofreu influência dos filósofos?
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
3) Quais os principais filósofos que influenciaram o início da Administração?
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
5. Abordagem Clássica da Administração
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No início deste século, dois engenheiros desenvolveram os primeiros trabalhos
pioneiros a respeito da Administração. Um era americano, Frederick Winslow Taylor,
que criou a chamada Escola da Administração Científica, preocupada em aumentar a
eficiência da indústria através, inicialmente, da racionalização do trabalho.
O outro era europeu, Henri Fayol, e veio a desenvolver a chamada Escola de
Anatomia e Fisiologia da Organização, preocupada em aumentar a eficiência da empresa
através da sua organização e da aplicação de princípios gerais da Administração em
bases científicas. Muito embora ambos não tenham se comunicado e tenham partido de
pontos de vista diferentes e, mesmo, opostos, o certo é que as suas idéias constituem as
bases da chamada Teoria Clássica ou Teoria Tradicional da Administração, cujos
postulados dominaram aproximadamente as quatro primeiras décadas deste século no
panorama administrativo das organizações.
Assim, de um modo geral, a Teoria Clássica da Administração pode ser
desdobrada em duas orientações bastante diferentes e, até certo ponto, opostas entre si,
mas que se complementam com relativa coerência:
1. De um lado, a Escola de Administração Científica, desenvolvida nos Estados
Unidos a partir dos trabalhos de Taylor. Esta escola era formada principalmente por
engenheiros:
Frederick Winslow Taylor;
Henry Lawrence Gantt;
Frank Bunker Gilbreth;
Harrington Emerson;
Henry Ford;
Carl Georg Lange Barth.
A preocupação básica era aumentar a produtividade da empresa através do
aumento de eficiência no nível operacional. Daí a ênfase na análise e na divisão do
trabalho do operário, uma vez que a função e o ocupante constituem a unidade
fundamental da organização. Nesse sentido, a abordagem da Administração Científica é
uma abordagem de baixo para cima, e das partes (operários e seus cargos) para o todo
(a Organização).
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2. De outro lado, a corrente dos Anatomistas e Fisiologistas da Organização,
desenvolvida na França, com os trabalhos pioneiros de Fayol. Essa escola era formada
principalmente por executivos de empresas:
Henri Fayol;
James D Mooney;
Lyndall F. Urwick;
Henry Niles;
Leonard White.
A preocupação básica era aumentar a eficiência da empresa através da forma e
disposição dos órgãos componentes da organização e das suas inter-relações estruturais.
Daí a ênfase na anatomia (estrutura) e na fisiologia (funcionamento) da organização.
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Exercício
1) Quem são os engenheiros considerados os pais da Administração e quais as suas
contribuições?
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_______________________________________________________________________
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_______________________________________________________________________
2) Por quem era formada a Escola de Administração Científica?
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
3) Fayol, a corrente dos Anatomistas e Fisiologistas da Organização e os executivos
de empresas estavam focados em quê?
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_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
4) Qual era a preocupação básica da Escola de Administração Científica?
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_______________________________________________________________________
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_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
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6. Objetivos da Administração
A Administração busca dois objetivos principais: proporcionar EFICIÊNCIA e
EFICÁCIA às empresas. A eficiência refere-se aos meios: métodos, processos, regras e
regulamentos sobre como as coisas devem ser feitas na empresa, a fim de que os
recursos sejam adequadamente utilizados. A eficácia refere-se aos fins: objetivos e
resultados a serem alcançados pela empresa.
O Administrador eficiente está sempre procurando os melhores métodos e
processos de trabalho e tentando fazer as coisas corretamente e com perfeição. O
Administrador eficaz está sempre procurando os melhores resultados e tentando
EFICIÊNCIA EFICÁCIA
Preocupação com os meios
Preocupação com os fins
• Fazer as coisas corretamente; • Preocupação com métodos,
processos, regras e regulamentos;
• Preocupação com os problemas; • Ex.: Jogar um belíssimo futebol,
escolher o melhor roteiro, não faltar às aulas, etc.
• Alcançar objetivos e metas; • Preocupação com resultados,
metas, objetivos e fins; • Preocupação com as soluções; • Ex.: Marcar o gol e ganhar a
partida, chegar ao destino da viagem, aprender a ser bem-sucedido.
EFICIÊNCIA EFICÁCIA EMPRESA
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alcançar os objetivos empresariais. Não resta dúvida de que tanto a eficiência como a
eficácia são importantes. Ambas são indispensáveis no trabalho administrativo. Contudo,
de nada vale a Eficiência (fazer bem) se a Eficácia (alcançar objetivos e obter
resultados) não for alcançada.
7. Princípios Gerais da Administração
A Administração, por não ser uma ciência exata, pode basear-se em princípios
gerais e flexíveis, capazes de serem aplicados a situações diferentes. Os princípios são
condições ou normas dentro das quais o trabalho administrativo deve ser aplicado e
desenvolvido. No fundo, os princípios são regras ou receitas de comportamento que o
Administrador deve adotar em todas as situações que enfrenta na empresa.
Os mais importantes princípios gerais de administração são os seguintes:
A. Princípio da Divisão do Trabalho e da Especialização
Todo trabalho deve ser dividido a fim de permitir a especialização das pessoas em
alguma atividade. Por este princípio, toda pessoa deve preencher uma função. A
especialização provoca divisão do trabalho e, conseqüentemente, uma especialização
das tarefas, ou seja, a heterogeneidade do trabalho dentro da empresa.
B. Princípio da Autoridade e Responsabilidade
Autoridade é o direito de dar ordens e o poder de exigir obediência, aspectos
indispensáveis à atividade administrativa. A autoridade emana do superior para o
subordinado, enquanto a responsabilidade emana do subordinado perante o superior.
A autoridade (frente aos subordinados) deve corresponder à responsabilidade (frente
ao superior) e vice-versa. Ambas devem ser equivalentes e balanceadas. O enunciado
deste princípio é de que deve haver uma linha de autoridade e de responsabilidade
claramente definida, conhecida e reconhecida por todos, desde o topo até a base da
organização empresarial.
C. Princípio da Hierarquia ou Cadeia Escalar
A Hierarquia representa o volume de autoridade e responsabilidade de cada pessoa
ou órgão na empresa. À medida que se sobe na escala hierárquica, aumenta o
volume de autoridade e de responsabilidade. Quanto maior a empresa, maior o
número de níveis hierárquicos. Normalmente, a organização de uma empresa
representa uma cadeia de níveis hierárquicos sobrepostos, formando uma pirâmide.
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D. Princípio da Unidade de Comando
Cada pessoa deve subordinar-se a um e somente a único superior. É também
denominado Princípio da Autoridade Única. Funciona para evitar duplicidade de chefia
e, conseqüentemente, confusão de ordens de vários chefes para um único
subordinado. Assim, cada subordinado deve ter apenas um chefe e receber somente
deles as ordens de trabalho.
E. Princípio da Amplitude Administrativa
É o reverso do princípio anterior. Enquanto aquele se refere às relações do
subordinado para com sua única chefia, este princípio se refere a quantos
subordinados deve ter um chefe. Cada chefe deve ter uma quantidade adequada de
subordinados, ou seja, um certo número de pessoas para chefiar. Quanto maior a
especialização das pessoas subordinadas tanto menor a amplitude administrativa, isto
é, tanto menor o número de subordinados para cada chefe. Quanto menor a
especialização dos subordinados, maior poderá ser a amplitude administrativa do
chefe.
F. Princípio da Definição
A autoridade e a responsabilidade, bem como os deveres de cada pessoa ou de cada
órgão e suas relações com as outras pessoas ou órgãos, devem ser definidos
previamente por escrito e, posteriormente, comunicados a todos. O Princípio da
Definição tem por finalidade substituir a improvisação pela definição prévia e
antecipada.
Estes são os seis princípios gerais de maior importância e que fazem parte de
receituário que predominou na Administração até alguns anos atrás. Tais princípios
devem ser utilizados de forma maleável e flexível, para poderem adaptar-se a qualquer
circunstância, tempo ou lugar.
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Exercício
1) Qual a diferença entre Eficácia e Eficiência?
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
2) Quais os princípios gerais de administração mais importantes?
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
3) O que você entendeu por Princípio da Definição?
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
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8. As Funções do Administrador
O Administrador é um profissional cuja formação é extremamente ampla e
variada. O Administrador precisa:
§ Conhecer disciplinas heterogêneas (como Matemática, Direito, Psicologia,
Sociologia, Estatística, etc.);
§ Lidar com pessoas (que executam tarefas ou que planejam, organizam,
controlam, assessoram, pesquisam, etc.) que lhe estão subordinadas ou
que estão no mesmo nível ou acima dele;
§ Estar atento aos eventos passados e presentes, bem como às previsões
futuras, pois o seu horizonte deve ser mais amplo, já que ele é o
responsável pela direção de outras pessoas que seguem as suas ordens e
orientação;
§ Lidar com eventos internos (localizados dentro da empresa) e externos
(localizados no ambiente de tarefa e no ambiente geral que envolve
externamente a empresa);
§ Ver mais longe que os outros, pois deve estar ligado aos objetivos que a
empresa pretende alcançar por meio da atividade conjunta de todos.
Não que o Administrador seja um herói que pretendamos consagrar, mas é ele
um agente de mudança e de transformação das empresas, levando-as a novos rumos,
novos processos, novos objetivos, novas estratégias, novas tecnologias; é ele um agente
educador no sentido de que, com sua direção e orientação, modifica comportamentos e
atitudes das pessoas; é ele um agente cultural na medida em que, com seu estilo de
Administração, modifica a cultura organizacional existente nas empresas.
Mais do que isso, o Administrador deixa marcas profundas na vida das
pessoas à medida que lida com elas e com seus destinos dentro das empresas e que sua
atuação na empresa influi no comportamento dos consumidores, fornecedores,
concorrentes e demais organizações humanas.
A Administração tornou-se tão importante quanto o próprio trabalho a ser
executado. Conforme este foi se especializando, a escala de operações cresceu
assustadoramente. A Administração não é um fim em si mesma, mas um meio de fazer
com que as coisas sejam realizadas da melhor forma possível, com o menor custo e com
a maior eficiência e eficácia.
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A tarefa da administração consiste em interpretar os objetivos propostos pela
empresa e estabelecer as maneiras adequadas para alcançá-los através da ação
administrativa sobre os recursos empresariais. A ação administrativa pode ser
desdobrada em planejamento, organização, direção e controle, que constituem as
funções administrativas. Elas podem também ser chamadas de funções do
Administrador, pois se referem ao próprio ato de administrar. Assim, administrar é
planejar, organizar, dirigir e controlar as ações da empresa.
Em seu conjunto, as funções administrativas formam o processo administrativo,
como mostraremos a seguir:
PLANEJAMENTO ORGANIZAÇÃO DIREÇÃO CONTROLE
• Decisão sobre os
objetivos;
• Definição dos
planos para
alcançá-los;
• Recursos e
atividades para
atingir os
objetivos: órgãos e
cargos;
• Preenchimento
dos cargos;
• Comunicação,
liderança e
motivação do
• Definição de
padrões para
medir
desempenho,
corrigir desvios
PLANEJAMENTO
CONTROLE
DIREÇÃO
ORGANIZAÇÃO
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• Programação de
atividades.
• Atribuição de
autoridade e
responsabilidade.
pessoal.
• Direção para os
objetivos.
ou discrepâncias
e garantir que o
planejamento
seja realizado.
Exercício
1) Quais as principais funções do Administrador?
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
2) Como pode ser desdobrada a ação administrativa?
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
3) O que você entendeu sobre processo administrativo?
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
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9. O Ciclo PDCA
O ciclo PDCA vem das palavras em inglês Plan, Do, Check e Action, que
significam as quatro fases básicas do controle: Planejar, Executar, Verificar e Atuar
corretivamente.
Planejamento (P)
ü Estabelecer metas sobre os itens de controle;
ü Estabelecer a maneira (o caminho, o método) para se atingir as metas propostas.
Execução (D)
ü Execução das tarefas, exatamente como prevista no plano, e coleta de dados para
verificação do processo.
Verificação (C)
ü A partir dos dados coletados na execução, compara-se o resultado alcançado com
a meta planejada.
Atuação Corretiva (A)
ü Esta é a etapa onde o usuário detectou desvios e atuará no sentido de fazer
correções definitivas, de tal modo que o problema nunca volte a ocorrer.
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Ciclo PDCA de Controle de Processos
9.1 Planejamento
As empresas não trabalham na base da improvisação. Quase tudo nelas é
planejado antecipadamente.
O planejamento figura como a primeira função administrativa, por ser
exatamente aquela que serve de base para as demais funções.
O planejamento é a função administrativa que determina antecipadamente quais
são os objetivos que devem ser atingidos e como se deve fazer para alcançá-los. Trata-
se, pois, de um modelo teórico para a ação futura.
Começa com a determinação dos objetivos e detalha os planos
necessários para atingi-los da melhor maneira possível. Planejar é definir os objetivos
e escolher antecipadamente o melhor curso de ação para alcançá-los. O planejamento
define onde se pretende chegar, o que deve ser feito, quando, como e a seqüência.
9.1.1. Premissas do Planejamento
presente → → → futuro
onde
estamos
agora
→
planejamento
→
onde
pretendemos
chegar
situação
atual
→ planos → objetivos
pretendidos
9.1.2. Estabelecimento de Objetivos
O planejamento é um processo que começa com os objetivos e define os planos
para alcançá-los.
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Esta definição faz do estabelecimento dos objetivos a serem alcançados o ponto
de partida do planejamento. A fixação dos objetivos é a primeira coisa a ser feita: saber
onde se pretende chegar para se saber, exatamente, como chegar até lá.
Objetivos são resultados futuros que se pretende atingir. São alvos escolhidos que se
pretende alcançar dentro de um certo espaço de tempo, aplicando-se determinados
recursos disponíveis ou possíveis. Assim, os objetivos são pretensões futuras que, uma
vez alcançadas, deixam de ser objetivos para se tornarem realidade.
As empresas buscam, geralmente, alcançar vários objetivos ao mesmo tempo.
Assim, há uma hierarquia de objetivos, pois algum deles são mais importantes e
predominam sobre os demais.
Na realidade, existem objetivos da empresa como um todo, de cada uma de
suas divisões ou departamentos e de cada especialista. Os objetivos da empresa
predominam sobre todos os demais objetivos, enquanto os objetivos de cada divisão
predominam sobre os objetivos de cada especialista. Os objetivos maiores impõem-se
aos objetivos específicos.
9.1.3. Desdobramento dos Objetivos (hierarquia)
Os objetivos das organizações podem ser visualizados em uma hierarquia que
vai desde os objetivos globais da organização (no topo da hierarquia) até os objetivos
operativos ou operacionais que envolvem simples instruções para a rotina cotidiana (na
base da hierarquia).
Desta maneira, o planejamento compõe-se tanto de estratégias e políticas a
longo prazo, por meio das quais se pretende alcançar os objetivos globais da
organização, como também de um conjunto de planos detalhando as atividades
cotidianas para o alcance de objetivos imediatos relacionados com uma divisão ou órgão
da organização.
9.1.4. Desdobramento dos Objetivos (conseqüência)
Como conseqüência da hierarquia de objetivos, surgem os desdobramentos dos
objetivos.
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A partir dos objetivos organizacionais, a empresa pode fixar suas políticas,
diretrizes, metas, programas, procedimentos, métodos e normas.
Enquanto os objetivos organizacionais são amplos e genéricos, à medida que
seus desdobramentos são estudados, a focalização torna-se cada vez mais restrita e
detalhada.
Políticas: Referem-se a uma colocação dos objetivos ou intenções da organização como
guias orientadoras da ação administrativa. Funcionam como guias para executar uma
ação e proporcionam marcos ou limitações, embora flexíveis e elásticos, para demarcar
as áreas dentro das quais a ação administrativa deverá se desenvolver. São genéricas e
utilizam verbos como: manter, seguir, usar, prover, assistir, etc. São comuns as políticas
de recursos humanos (como tratar os funcionários da organização), as políticas de
vendas (como tratar a clientela), as políticas de preços (como manejar os preços frente
ao mercado), etc.
Diretrizes: São princípios estabelecidos para possibilitar o alcance dos objetivos
pretendidos. Como os objetivos são fins, as diretrizes servem para balizar os meios
adequados para atingi-los e canalizar as decisões. Existem diretrizes de pessoal (como
recrutar e selecionar os futuros funcionários, por exemplo), diretrizes de compras (como
fazer concorrência entre os fornecedores), etc.
Metas: São alvos a atingir em curto prazo. Muitas vezes, podem ser confundidas com
objetivos imediatos ou com objetivos departamentais. As metas mais comumente
encontradas são: de produção mensal, de faturamento mensal, de cobrança diária, etc.
Programas: São as atividades necessárias para atingir cada uma das metas. O alcance
das metas é planejado por meio de programas. Os programas são planos específicos,
muito variáveis e podem incluir um conjunto integrado de planos menores. É o caso dos
programas de produção (como programar a produção das diversas áreas para atingir a
meta de produção estabelecida), dos programas de financiamento (como programar os
diversos empréstimos bancários para atingir a meta de aporte financeiro), etc.
Procedimentos: São modos pelos quais os programas deverão ser executados ou
realizados. Os procedimentos são planos que prescrevem a seqüência cronológica de
tarefas específicas, requeridas para realizar determinados trabalhos ou tarefas. É o caso
dos procedimentos de admissão de pessoal (quais os documentos e formulários
necessários para efetuar a admissão das pessoas), os procedimentos de emissão de
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cheques (quem deve preencher, quem deve assinar os cheques, etc.). São também
denominadas rotinas.
Métodos: São planos prescritivos (roteiro seqüencial) para o desempenho de uma tarefa
específica. Geralmente, o método é atribuído a cada pessoa que ocupa um cargo ou
realiza uma tarefa, para indicar exatamente como fazê-lo. O método detalha como o
trabalho deve ser realizado. Sua amplitude é mais restrita e limitada do que o
procedimento. É o caso do método de como montar uma peça, de como descrever um
cargo, de como treinar uma pessoa, etc. Os procedimentos e os métodos utilizam,
geralmente, fluxogramas para representar o fluxo ou a seqüência de tarefas ou
operações.
Normas: São regras ou regulamentos que cercam e que asseguram os procedimentos.
São comandos diretos e objetivos de cursos de ação a seguir. As normas surgem quando
uma determinada situação reclama por uma ação específica e única. São guias
específicos de ação: quando um curso de ação ou de conduta deve ser seguido fielmente.
A regra é estabelecida para criar uniformidade de ação. Geralmente, define o que deve
ser feito e o que não deve ser feito. Exemplo: proibição de fumar em determinados
lugares, normas quanto ao horário de trabalho, quanto à falta ao trabalho, etc.
9.1.5. Abrangência do Planejamento
Além da hierarquia de objetivos, existe também uma hierarquia do
planejamento. Neste sentido, existem três níveis distintos de planejamento: o
estratégico, o tático e o operacional.
Planejamento Estratégico: É o planejamento mais amplo e abrangente da
organização. Suas principais características são:
• É projetado a longo prazo, tendo seus efeitos e conseqüências estendidas a vários
anos;
• Envolve a empresa como uma totalidade, abrange todos os recursos e áreas de
atividade, e preocupa-se em atingir os objetivos ao nível organizacional;
• É definido pela cúpula da organização e correspondente ao plano maior ao qual todos
os demais estão subordinados.
Planejamento Tático: É o planejamento feito em nível departamental. Suas principais
características são:
• É projetado para o médio prazo, geralmente para o exercício anual;
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• Envolve cada departamento, abrange seus recursos específicos e preocupa-se em
atingir os objetivos;
• É definido em cada departamento da empresa.
Planejamento Operacional: É o planejamento feito para cada tarefa ou atividade. Suas
principais características são:
• É projetado em curto prazo, para o imediato;
• Envolve cada tarefa ou atividade isoladamente e preocupa-se com o alcance de metas
específicas;
• É definido para cada tarefa ou atividade.
O planejamento operacional é constituído, geralmente, por metas, programas,
procedimentos, métodos e normas.
Planejamento Conteúdo Extensão de
Tempo
Amplitude
Estratégico
Tático
Operacional
Genérico,
sintético e
abrangente.
Menos genérico
e mais
detalhado.
Detalhado,
específico e
analítico.
Longo prazo
Médio prazo
Curto prazo
Macroorientado.
Aborda a empresa
como uma totalidade.
Aborda cada
unidade da empresa
separadamente.
Microorientado.
Aborda cada tarefa
ou operação apenas.
9.1.6. Tipos de Planos
O planejamento produz um resultado imediato: o plano é o produto do
planejamento e constitui o evento intermediário entre o processo de planejamento e o
processo de sua implementação.
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Todos os planos têm um propósito comum: a previsão, a programação e a
coordenação de uma seqüência lógica de eventos, os quais, se aplicados com sucesso,
deverão conduzir ao alcance dos objetivos que os comandam.
Um plano é um curso predeterminado de ação sobre um período
específico que representa uma resposta a uma antecipação ao tempo no sentido de
alcançar um objetivo formulado. Como um plano descreve um curso de ação, ele precisa
proporcionar respostas às questões: o que, quando, como, onde e por quem.
10. Plano de Ação
Um Plano de Ação (ou Plano Operacional) se constitui no planejamento elaborado para
cada tarefa ou atividade.
Dessa forma:
1º) É projetado para o curto prazo, para o imediato;
2º) Envolve cada tarefa ou atividade isoladamente e preocupa-se com o alcance de
metas específicas;
3º) É definido para cada tarefa ou atividade.
É importante ressaltar que a concepção do curto prazo é caracterizada pela possibilidade
de definições seguras dos objetivos a serem alcançados, já que tanto as causas quanto
os efeitos das situações destacadas podem ser avaliados de maneira mais precisa.
Em se tratando da definição destes objetivos a serem atingidos ou dos problemas a
serem solucionados, é fundamental dedicar atenção especial a este aspecto. Uma
definição equivocada de objetivos ou problemas pode significar a perda de todo o esforço
despendido.
Utilizar um tempo maior na definição correta destes aspectos pode significar economia
deste mesmo tempo nas demais fases do planejamento.
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11. Como Elaborar um Plano de Ação?
Etapas Descrições
1ª Ele deve ser participativo. Envolva as demais pessoas de sua equipe de
trabalho que possuam relação com o item/atividade a ser planejado(a).
2ª Promova uma discussão inicial com o grupo sobre o objetivo a ser
alcançado e a atividade a ser planejada.
3ª Distribua o formulário do roteiro detalhado a seguir para que, se possível
em grupos menores (duplas, por exemplo), o mesmo seja preenchido. Este
preenchimento separado em grupos menores permite mais agilidade,
maior participação e a possibilidade do surgimento de maior número de
alternativas e sugestões de encaminhamento e/ou soluções.
4ª Após cada grupo ter discutido e preenchido o seu Plano, reúna novamente
o grupo original, discuta os vários planos elaborados, consolidando-os em
um único plano a ser implementado.
12. Ferramentas para o Plano de Ação
à 4 Q e 1 POC
QUE? - O que deve ser feito? Quais atividades a serem desenvolvidas para se alcançar
os objetivos propostos ou para se resolver a situação descrita.
QUEM? - Quem deverá fazer? Quais as pessoas responsáveis e necessárias ao
desenvolvimento de cada ação e que tipo de capacidade e experiência são necessárias.
QUANDO? - Quando deverá ser feito? Em quanto tempo cada ação deverá ser
desenvolvida, delimitando o prazo de início e de término.
QUANTO? - Quais os recursos necessários? Que tipo e quantidade de recursos serão
necessários ao desenvolvimento de cada ação e sua respectiva fonte/origem.
POR QUÊ? - Por que está sendo feito? Em que local e espaço, quando for o caso, deverá
ser desenvolvida cada ação, e se será de forma centralizada ou descentralizada.
ONDE? - Onde deverá ser feito? Em que local e espaço, quando for o caso, deverá ser
desenvolvida cada ação, e se será de forma centralizada ou descentralizada.
COMO? - Como deverá ser feito? Que ações e métodos serão utilizados no
desenvolvimento dos trabalhos.
___________________________________________________________________________ Fundamentos de Administração e Economia – Professor Fernando S. Dantas 42
13. Cronograma
Gráfico de tempo (PERT/CPM), muito utilizado por Administradores e Engenheiros na
elaboração de Projetos. Geralmente, utiliza-se o software Microsoft Project.
Exemplo de uma parte da construção de uma casa:
Atividade Ação Julho Agosto Setembro
Compras Comprar tijolos
Construção Levantar Paredes
Construção Chumbar a laje
14. Fluxograma
É a representação gráfica da seqüência das atividades de uma ação.
A seguir, um dos exemplos utilizados como fluxograma:
LEVANTAR PAREDES
CONSTRUÇÃO DE UMA CASA
COMPRAR TIJOLOS
INÍCIO
CHUMBAR A LAJE
TÉRMINO
___________________________________________________________________________ Fundamentos de Administração e Economia – Professor Fernando S. Dantas 43
O ato de planejar representa seriedade e profissionalismo.
Em todo planejamento, é imprescindível:
* Estabelecer objetivos;
* Prever as atividades a serem realizadas para atingir os objetivos;
* Elaborar um cronograma de atividades;
* Determinar o grau de responsabilidade das pessoas incumbidas em realizar as
atividades.
___________________________________________________________________________ Fundamentos de Administração e Economia – Professor Fernando S. Dantas 44
15. Modelo de Plano de Ação
PLANO DE AÇÃO
DESCRIÇÃO DO PROBLEMA OU SITUAÇÃO A SER PLANEJADA:
(Descrição sucinta do problema, da atividade a ser planejada e dos objetivos a serem alcançados)
O QUE DEVE SER FEITO? (Atividade)
QUEM DEVERÁ FAZER? (Responsável ou Equipe)
QUANDO DEVERÁ SER FEITO? (Início e Término)
QUAIS OS RECURSOS? (Financeiros, Físicos, Materiais, Humanos)
POR QUE DEVERÁ SER FEITO? (Razão)
ONDE DEVERÁ SER FEITO? (Local)
COMO DEVERÁ SER FEITO? (Quais as Ações para a Atividade)
EQUIPE DE TRABALHO (Nome dos Participantes)
Modelo gentilmente cedido por www.kai.com.br
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Exercício
1º) Descreva como é formado todo o Ciclo PDCA?
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2º) Defina:
Planejamento:__________________________________________________________
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Objetivos:______________________________________________________________
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3º) Como é feito o desdobramento dos objetivos?
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4º) De que é constituído o planejamento operacional?
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5º) Explique a importância de se planejar.
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Fundamentos da Economia
Economia é a ciência que trata dos fenômenos relativos à produção, distribuição,
acumulação e consumo dos bens materiais. Controle para evitar desperdício em qualquer
serviço ou atividade (FERREIRA, 1986).
1. Introdução
Os indivíduos, considerados isoladamente, têm uma série de necessidades
individuais que precisam ser satisfeitas para garantir sua sobrevivência. Como
exemplos dessas necessidades, temos o ato de respirar e o de se alimentar, que, neste
caso, são de natureza biológica. Entretanto, como o ser humano vive em sociedade, em
contato com outras pessoas, surgem outros tipos de necessidades, decorrentes da vida
gregária. É o caso da educação, do transporte coletivo, etc., que recebem o nome de
necessidades coletivas.
Para satisfazer a tais necessidades, as pessoas precisam consumir determinados
bens, como pão, roupa, casa, etc. Entretanto, essa satisfação não se dá apenas através
de objetos materiais, mas também de serviços, como educação, segurança, atendimento
médico, transportes, etc.
Em resumo, a satisfação das necessidades individuais e coletivas é feita com o
consumo de bens e serviços. Esses bens e serviços compõem, juntos, a produção
econômica, que é obtida com a combinação de recursos naturais, equipamentos e
trabalho. Tais elementos, pelo fato de serem necessários à produção, recebem o nome
de fatores de produção.
As Ciências Sociais
O conhecimento humano tem sido agrupado, normalmente, em três áreas distintas: Ciências Biológicas, Ciências Exatas e Ciências Sociais. O estudo da Economia faz parte deste último agrupamento. As Ciências Sociais procuram, entre outras coisas, entender as relações do homem com o meio e com outros homens ao longo do tempo.
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Nas Ciências Exatas e Biológicas, pode-se reproduzir fenômenos fora do seu ambiente ou mesmo isolá-los para seu melhor estudo. Pode-se, ainda, prever comportamentos de forma exata e com grau de precisão próximo do absoluto.
Nas Ciências Sociais, e, principalmente, na Economia, o grau de precisão é baixo. Lida-se com o ser humano e seus desejos, que normalmente têm baixo grau de previsibilidade.
Entendendo o que é Teoria
Quando lemos nos jornais que um cientista descobriu um novo medicamento, ou propôs uma nova teoria que explique a origem do universo ou justifique por que o homem dedica tanto tempo para destruir a si e aos outros, somos levados a crer que idéias surgem num passe de mágica. Mas, no entanto, o que somos e o que pensamos é fruto de um processo de acumulação histórica, que vem desde os primórdios dos tempos.
Desde que o homem desceu das árvores para as cavernas, ele começou a produzir intelectualmente e esta capacidade o foi distinguindo das outras espécies, tornando-se um tipo de arma que compensava sua fragilidade física e a falta de outros atributos, como garras, pêlo espesso, etc.
Nas ciências, de modo geral a produção intelectual refere-se a formulações de teorias, de princípios, das leis ou modelos explicativos. Este processo, normalmente, segue uma ordem, como veremos:
1- Observação Sistemática da Realidade
Refere-se ao estudo dos fatos ou fenômenos, buscando compará-los entre si ou com outros fatos já conhecidos, identificando-se as semelhanças ou as diferenças. A partir deste processo de observação, pode-se estabelecer padrões de comportamento.
2- Introdução Este é o processo de compreensão daquilo que é observado através da comprovação de modelos, leis e princípios que o expliquem.
3- Dedução A partir do que se observou e compreendeu pode-se inferir, prever e estabelecer modelos de comportamento, princípios e leis de funcionamento. Este processo é contínuo, pois cada teoria proposta deverá ser levada à prática, de cuja observação se gerará nova teoria. Como se vê, a teoria nasce da prática e a ela se destina.
Entendendo o que é Economia
A palavra economia tem sua origem etimológica no grego: OIKOS(casa) + NOMIA(lei)
Esta origem tão simples, para algo que hoje é tão complexo e sofisticado, vem do
fato que ela se referia apenas ao que era comum entre as antigas sociedades tribais. O ciclo Produção/Distribuição/Consumo era muito simplificado e as
preocupações com a Economia foram, da sua primeira definição, dada por Aristóteles no século IV a.C., até Adam Smith, já no século XVII, apenas éticas e morais. Buscava-se enquadrar um processo então urgente de organização econômica a preceitos éticos e religiosos.
A definição de Aristóteles sobre a Economia é bem simples: “... é a ciência do abastecimento, que trata da arte da aquisição”.
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A definição dada pelos economistas Alfred Stoiner e Douglas Hague é mais completa:
“Não houvesse escassez, nem necessidades de repartir os bens entre os homens, não existiram tampouco sistemas econômicos nem economia. A economia é, fundamentalmente, o estudo da escassez e dos problemas dela decorrentes” (http://www.hi.is/~joner/eaps/nn_unidb.htm). Podemos concluir que a Economia é um ramo do conhecimento humano que
procura: - Otimizar e maximizar o uso de recursos escassos; - Atender as necessidades humanas que são ilimitadas; - Desenvolver o homem e suas instituições.
A Teoria do Valor
Adam Smith apenas iniciou uma longa jornada dentro da Economia, que é a da determinação do valor de um bem ou serviço. No seu livro já citado, observa que a palavra valor tem dois significados diferentes, podendo exprimir a utilidade de um dado objeto ou a possibilidade de esse objeto servir para comprar outras mercadorias. No primeiro caso, trata-se do valor de uso, no segundo, do valor de troca.
Coisas que têm grande valor de uso, freqüentemente, possuem pouco ou nenhum valor de troca, como no caso da água, ou mesmo do ar; já os diamantes, embora pouco úteis, possuem enorme valor de troca. Com esta observação, Adam Smith estabelecia uma dicotomia de conceitos, propondo-se a analisar apenas um deles, o valor de troca, que tinha como expressão monetária o preço da mercadoria.
A busca de uma unidade de medida que permitisse determinar o valor dos bens e serviços produzidos em uma Economia levou Smith a rascunhar a teoria do Valor-Trabalho. Mesmo na época havendo poucas alterações cambiais, as moedas, assim como o ouro e a prata, mostravam-se pouco adequados para servirem como referências em um sistema de preços relativos, daí ter surgido a idéia de se reduzir o valor dos bens/serviços produzidos ao valor das horas empregadas para se produzi-los.
Este raciocínio oferecia algumas limitações quando era empregado para estabelecer preços de produtos industrializados e agrícolas. Mas resolver estas questões não fazia parte das preocupações de Smith. Adam Smith influenciou economistas e pensadores de diversos matizes ideológicos ao longo do tempo.
Tudo isto não somente com a sua proposta de organização econômica, mas com sua incrível capacidade de antever questões que somente seriam possíveis de se analisar posteriormente. No entanto, sua previsão de que, com o desenvolvimento do mercado, o Estado tornar-se-ia dispensável não se realizou, pois com o desenvolvimento do capitalismo, o Estado também cresceu e diversificou suas funções.
2. Fatores da Produção
O Processo Produtivo
As atividades de uma sociedade distribuem-se pelas Unidades Produtoras, que,
individualmente ou em grupo, articulam Capital, Trabalho e Recursos Naturais, visando a
produção de Bens e/ou Serviços. As Unidades Produtoras de uma nação executam
funções (também individualmente ou em grupo) que se integram ao funcionamento
global do Sistema, podendo ser classificadas em três grandes setores, que são:
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Setor Primário: Engloba as atividades que se exercem próximo à base de
recursos naturais (agro-pastoris e extrativas).
Setor Secundário: Reúne as atividades industriais, onde os bens são
transformados em distintos graus de elaboração.
Setor Terciário: Engloba aquelas atividades cujo produto não tem expressão
material, é mais conhecido como Setor de Serviços e abrange transportes, educação,
saúde, diversões, financeiras, etc.
A importância relativa de cada setor na geração do Produto Total da Economia é
variável e relaciona-se diretamente ao grau de desenvolvimento econômico alcançado.
Em países subdesenvolvidos, a vida econômica gira em torno das atividades primárias
(mineração, agricultura, etc.) normalmente exploradas de forma predatória, desprovidas
de qualquer técnica moderna, sem cuidados com o meio ambiente, etc. Em países
industrializados, estas atividades têm um papel bem modesto, e em alguns casos, quase
nulo em relação ao Produto Total.
O Setor Terciário também se difere muito quando comparados países
industrializados com países subdesenvolvidos. Naqueles, este setor está relacionado a
atividades mais sofisticadas, como mercado financeiro, pesquisas, informática,
telecomunicações, etc. e tem papel significativo na formação do Produto Total. Já em
países subdesenvolvidos, estas atividades são normalmente informais (não pagam
impostos, obrigações, etc.), não requerem capital, não exigem nenhum tipo de formação
ou especialização para a sua execução, e ainda são atividades que, em sua maioria, nada
irão acrescentar ao Produto Total da Economia.
Os bens e serviços gerados pelo Processo Produtivo, destinados a atender às
solicitações da Sociedade, podem ser assim classificados:
Bens de Consumo: Quando se destinam à satisfação direta das necessidades
humanas (por exemplo: alimentação, roupas, etc.);
Bens de Capital: Destinam-se a multiplicar a eficiência do trabalho (por exemplo,
máquinas e equipamentos);
Bens Intermediários: São aqueles que deverão sofrer novas transformações
antes de se tornarem bens de consumo ou de capital (por exemplo: celulose,
chapas de aço, etc).
O montante de bens e serviços produzidos em um dado período por uma economia
é chamado de produto.
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Antes de entrarmos no estudo da produção, com base no que já vimos até agora,
podemos deduzir que a produção pode ser expressa através da seguinte função:
P = f (T,K,RN), onde:
P= Produção
T= Trabalho
K= Capital
RN= Recursos Naturais
Esta função é chamada de Função Macroeconômica.
Podemos também traçar o seguinte fluxograma do Sistema Econômico:
Produto e Renda
UNIDADES PRODUTORAS
T,K,RN
APARELHO PRODUTIVO Setor Primário
Setor Secundário Setor Terciário
RENDAS SALÁRIOS ALUGUÉIS
JUROS ROYALTIES
ETC. RENDA PROCURA
ALIMENTOS ROUPAS
REMÉDIOS HABITAÇÃO SERVIÇOS MÁQUINAS
TRANSPORTES ETC.
PRODUTO OFERTA
MERCADO
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No processo produtivo, é gerado um movimento circulatório de Produtos e
Rendas, como vimos no esquema mostrado anteriormente. Nele, vamos compreender
estes dois movimentos do Sistema Econômico. Para efeito de simplificação, vamos
analisar um modelo fechado, isto é, não consideraremos os intercâmbios com o exterior
e omitiremos o setor público. Mais adiante, quando houvermos entendido estes conceitos
básicos, voltaremos a estes temas, que também são fundamentais para a compreensão
da Economia.
A Formação do Produto
A produção baseia-se no trabalho humano dirigido no sentido do atendimento de
necessidades econômicas individuais e coletivas. Ela constitui-se por vezes numa longa
cadeia composta de diversas fases, nas quais os bens, em processo de elaboração, irão
incorporando progressivamente as características com que deverão se apresentar no
mercado. A produção em uma Economia é resultante da mobilização dos Fatores de
Produção:
- Trabalho: População Economicamente Ativa.
- Capital: Recursos Físicos, Financeiros e Tecnológicos.
- Recursos Naturais: Reservas naturais disponíveis, jazidas, etc.
Ao longo do processo de obtenção de um bem/serviço, rendimentos serão pagos
aos responsáveis pelas diversas formas de trabalho absorvidas nas diversas etapas,
assim como aos proprietários dos demais fatores indispensáveis à produção.
Para formarmos uma idéia do Processo Produtivo Global, vamos supor que as
atividades econômicas se achem restritas aos setores agrícola, industrial e terciário. Cada
setor deverá efetuar compras de matérias-primas, produtos acabados e semi-elaborados,
etc., bem como remunerar os proprietários dos fatores de produção que empregar.
Neste modelo simplificado, parte da produção destina-se a alimentar os processos
produtivos em curso no Sistema e parte ao atendimento da “Demanda Final” por bens
e serviços de consumo e de capital. Os setores não apenas se abastecem reciprocamente
de insumos, como também no seu próprio interior ocorrem trocas intermediárias. Às
vezes, em uma própria Unidade Produtora, existe esta troca, como, por exemplo, o
aproveitamento de algum resíduo.
Vamos dar um exemplo desta cadeia de produção:
Os rendimentos são a contrapartida pela utilização dos fatores de produção.
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Um produtor agrícola produz determinado produto (milho, por exemplo) em um dado
período de tempo, mediante a utilização dos seguintes insumos:
- sementes;
- adubos.
1. Trabalho: É a contribuição do ser humano, na produção, em forma de
atividade física ou mental;
2. Capital: É o conjunto de equipamentos, ferramentas e máquinas,
produzidos pelo homem, que não se destinam à satisfação das
necessidades através do consumo, mas concorrem para a produção de
bens e de serviços, aumentando a eficiência do trabalho humano;
3. Recursos Naturais: São os elementos da natureza utilizados pelo
homem com a finalidade de criar bens. Como exemplos, temos a terra
(utilizada na agricultura), a água (que pode irrigar uma lavoura ou, sob a
forma de quedas-d’água, fornecer energia elétrica), os minerais, os
animais, etc.
O valor dispendido com o pagamento dos fatores de Produção é o que se denomina
Valor Agregado. A soma deste com o valor gasto com os insumos, acrescido do lucro e
despesas financeiras (vamos ignorar os impostos por enquanto), irá determinar o Valor
Bruto da Produção.
Dando seqüência a cadeia de Produção, veremos que parte da produção do exemplo
retornará ao próprio setor na forma de sementes, parte irá para a indústria e parte para
o consumo final (Venda direta a consumidores, no caso do exemplo, para granjas ou
outros produtores de milho).
Por sua vez, a Indústria, para produzir, irá depender da utilização dos seguintes
insumos:
- Matérias primas agrícolas;
- Energia;
- Transporte;
- Outros insumos industriais.
E também irá dispender recursos para empregar fatores produtivos, tais como:
- Salários pagos aos seus funcionários;
- Aluguéis de prédios, máquinas, patentes, etc;
- Bens de capital, como máquinas, equipamentos, etc.
Também no caso da indústria, o Valor Bruto de sua produção será a Soma dos
Insumos mais o Valor Agregado com lucros e despesas financeiras.
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No Setor Terciário, o quadro reproduz o comércio, dependendo da compra dos
insumos básicos para sua atividade (produtos industrializados) e da contratação dos
fatores de produção, como salários, aluguéis, bens de capital, etc.
Ao somarmos os Valores Brutos de Produção de cada setor, vamos obter o Valor
Bruto da Produção da Economia. Este valor representa a acumulação de tudo o que foi
gasto, efetivamente despendido, mas não representa o que uma economia produz, pois
alguns produtos/insumos entrarão repetidas vezes no cálculo.
O produto de uma economia levará em conta apenas os bens e serviços de
utilização final produzidos no Sistema e será obtido deduzindo-se do Valor Bruto da
Produção os valores correspondentes à aquisição dos insumos.
Logo, o Produto corresponde àquilo que é adicionado aos insumos em termos de
valor, ou seja, o Valor Agregado. Como este valor é uma renda da comunidade em um
determinado período, podemos concluir que produto é o valor que a comunidade se
apropria diretamente ao produzir determinado bem ou serviço, seja pelo
emprego de seu trabalho ou pela utilização do Capital que possui.
O diagrama a seguir demonstra como se combinam os fatores da produção para
se obter os bens e os serviços:
+ + =
De posse desses elementos, podemos definir economia como sendo o processo
que combina fatores de produção para criar bens e serviços. Devemos observar, porém,
que a quantidade de fatores de produção disponível é finita. Ou seja, não é suficiente
para satisfazer a todas as necessidades e desejos dos homens. Na economia, portanto,
os agentes devem combinar os fatores de produção da melhor forma possível, para
produzir bens e serviços, visando atender às necessidades e aos desejos dos homens.
Uma boa parte dos bens e serviços é consumida, mas há outra parte que não é,
permanecendo muito tempo entre as pessoas, algumas vezes por gerações e, mesmo,
por séculos. Como exemplos desses bens, temos as instalações industriais, as linhas
telefônicas, as estradas, as pontes, as obras de arte, os edifícios históricos, etc. Tais bens
são produzidos por meio da combinação de fatores de produção, mas permanecem por
longo tempo entre as pessoas, formando um acervo, um estoque de bens que podem ser
usufruídos por muitos anos. Esses bens são, em geral, classificados como bens de
consumo duráveis ou bens de capital, dependendo de sua participação no processo
produtivo.
TRABALHO CAPITAL RECURSOS NATURAIS
BENS E SERVIÇOS
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Há, também, fatores de produção que se comportam dessa forma, ou seja, não
são exauridos no processo produtivo. O melhor exemplo é, provavelmente, a terra
utilizada na agricultura, um recurso natural que vem sendo usado continuamente na
produção de produtos agrícolas, sem desaparecer. De um modo geral, precisamos
considerar que a quantidade de fatores de produção disponível, em sua grande maioria, é
finita. Ou seja, não é suficiente para satisfazer a todas as necessidades dos homens. Na
economia, portanto, os agentes devem combinar os fatores de produção da melhor forma
possível, visando atender a suas necessidades e a seus desejos de consumo com o
menor esforço.
A Formação da Renda
Vimos que, no processo produtivo, o Produto e a Renda são formados
simultaneamente. E nesta geração, um dos aspectos mais importantes é o surgimento
dos Fluxos Real e Nominal. O primeiro refere-se à corrente "real" dos bens e serviços,
isto é, aquisições, contratações, etc., e o segundo, à corrente "nominal" de rendimentos
e pagamentos.
Estes dois fluxos estão no mesmo sentido, mas em direções opostas, ou seja, um
está na contramão do outro. Quando se adquire um bem ou serviço, a sua mudança de
posse (por exemplo, de uma pessoa para outra), a mudança da quantidade de recursos
financeiros irá representar o Fluxo Nominal.
A renda é distribuída sob a forma de salários, juros, lucros, aluguéis, etc. Esta
distribuição define o montante de recursos com que as pessoas podem contar para
atender suas necessidades e desejos. De posse desses recursos, as pessoas se dirigem
ao Mercado para adquirirem diferentes bens e serviços de acordo com as suas
disponibilidades.
O consumo é determinado pelo gasto conjunto da coletividade em bens e/ou
serviços que atendam seus desejos e necessidades, pode ser expresso pela fórmula:
C = (Q x P), onde:
C = Consumo em determinado período;
Q = Quantidade adquirida no período considerado;
P = Preços médios de mercado.
Nem toda a renda gerada no processo produtivo se destinará ao consumo. Parte
dela irá construir o montante de Poupança, que tem dois componentes básicos:
1- A aquisição de títulos ou bens que irão preservar o valor real da poupança
ao longo de determinado período ou, ainda, proporcionar fontes adicionais de
rendimentos.
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2- Os investimentos, sejam através de:
a) Aquisição de bens de capital de tal maneira que permitam a
formação de um fundo para a conservação da capacidade produtiva, ou
seja, reservas para a reposição de bens de capital sujeitos ao desgaste no
processo produtivo;
b) Aquisição de bens de capital, visando a expansão dos negócios.
Em ambos os casos, a Poupança ou parte da Renda se transformará no Fator de
Produção de Capital. Quando se cresce o estoque de Capital, aumenta-se a capacidade
de produção e renda e, em conseqüência, o Consumo e a própria capacidade de
formação de Capital. A assimilação do Capital altera o aparelho produtivo, introduz novos
processos e é decisiva no crescimento e transformações do Sistema.
Essas observações são importantes para que se possa introduzir um novo
conceito, o de riqueza.
2.1. Riqueza
A riqueza de um país, num determinado momento, é formada pelos fatores de
produção disponíveis, pelos bens que estão sendo produzidos e pelos que já o foram,
mas que ainda não desapareceram. Um dos elementos destacados na teoria econômica é
o chamado trabalho humano, que alguns denominam capital humano. Este consiste
na ação e no conhecimento dos agentes. São informações adquiridas ao longo do tempo,
por meio de experiência profissional ou de formação escolar, que aumentam a
capacidade produtiva, permitindo produzir mais com o mesmo emprego de trabalho. A
riqueza compõe-se, ainda, de elementos como a população do país (seu fator trabalho),
os recursos naturais (a terra agricultável, as reservas minerais e de petróleo e os
mananciais de água), os equipamentos (máquinas e instalações das empresas), as redes
de energia, a distribuição de água, as estradas, as pontes, os edifícios públicos, as
habitações, os monumentos históricos, as obras de arte, as bibliotecas e outros, além
dos bens correntemente produzidos, como alimentos, roupas, etc.
A riqueza, portanto, é um conceito bastante geral, que agrega as
disponibilidades de recursos naturais do país, sua população e tudo o que a economia
produziu ao longo de sua existência e que foi preservado.
2.2. Agentes Econômicos
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Os elementos que participam do processo econômico levam o nome de agentes
econômicos e são representados por pessoas que desempenham diferentes papéis na
economia. Como exemplos de agentes econômicos, podemos citar:
- O Consumidor, que adquire bens e serviços;
- O Empresário, que organiza os fatores de produção;
- O Trabalhador, que vende sua força de trabalho - um fator de produção.
Estes agentes econômicos, futuramente em nossos estudos, formarão o
mercado influenciador das atitudes empresariais, que são:
Mercado Consumidor;
Mercado Fornecedor;
Mercado Concorrencial.
A Moeda
Já vimos anteriormente que a organização da Economia tem a divisão do trabalho
como seu principal ponto de apoio, e que esta torna o Aparelho Produtivo um todo
articulado economicamente, onde pessoas diferentes em empresas e locais diferentes
produzem bens e serviços, também de usos diferentes, que serão distribuídos de
maneira a satisfazer as necessidades e os desejos da população, em cada medida, e as
necessidades das unidades produtoras em sua atividade.
Também vimos que toda a renda do Sistema Econômico vem da contratação dos
Fatores de Produção e que o Mercado realiza as funções de troca que darão origem ao
movimento circulatório da Economia, criando os fluxos real e nominal.
Dentro desse processo, não é fácil compreender o papel que o dinheiro
desempenha como instrumento fundamental para a organização e funcionamento dos
modernos sistemas econômicos. A existência da moeda confere aos mercados eficiência e
rapidez em suas transações.
A Moeda-papel
As operações de guarda e custódia de valores e bens, deram ao sistema bancário e de
crédito esta nova forma de moeda. As pessoas (comerciantes, por exemplo) que detinham
grandes somas de moedas, contratavam outras pessoas para guardarem seus valores. Normalmente ourives, que já tinham uma estrutura própria para protegerem seus
próprios valores. Comerciantes que negociavam em lugares diferentes também
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contratavam estes serviços para evitar transportar grandes somas de moedas e, assim,
estarem expostos a assaltos.
A garantia de depósito desses valores era expressa por um documento que o
depositário dava garantindo ter em seu poder a quantia a ele descrita e se
comprometendo a entregá-la mediante a apresentação daquela nota. Com o decorrer do
tempo, os documentos emitidos pelas casas de custódia passaram também a emitir
notas fracionadas dos valores, criando, assim, uma moeda-papel que era lastreada nos
valores que tinham guardados em seus cofres. Essas notas tinham liquidez e valor legal, pois eram garantidas pelos
estabelecimentos que as emitia. Isso deu origem às casas bancárias e também ao
crédito, pois não demorou muito para que os proprietários destas casas bancárias
descobrissem que podiam emitir muito mais papel do que o que tinham em guarda,
como lastro, baseados no crédito que detinham na praça (ninguém se recusaria a receber
uma nota emitida por eles, devido a sua real liquidez) e na rotatividade dos valores em
guarda.
A rotatividade dizia respeito ao fato de que, ao emitirem mais do que tinham, eles
o faziam para emprestar a juros e dentro de prazos que eram inferiores àquele prazo
médio de resgate dos valores, de tal maneira que as notas sem lastro eram emitidas e
resgatadas sem que houvesse necessidade de se recompor as reservas. Este era um
negócio de risco, pois o excesso de emissão poderia provocar uma corrida à casa
bancária emissora, provocando sua quebra.
O Papel-moeda
Este negócio se mostrou tão bom que despertou o interesse do Estado, até então
assistindo de longe o processo. O Estado limitava-se a cobrar os impostos e fazer tesouro
com valores e bens. Ao verificar a possibilidade de se emitir papel sem lastro metálico
para se financiar, arrogou para si este monopólio, tirando-o das casas bancárias.
Os governos desempenhavam uma função que lhes é típica, dentro do estado
moderno, que é a de garantidor de contratos da economia. É o poder coercitivo dos
tribunais e da polícia que força os devedores a pagarem aquilo que devem.
Desempenhando esta função essencial de se forçar os pagamentos de salários, de
mercadorias e de dívidas, ele também pode impor a forma com que o pagamento destas
dívidas deveria se realizar, obrigando a todos a aceitarem a moeda que emite,
independente dela ter ou não lastro.
Esta é uma das principais características da moeda, o curso legal ou forçado. Ou
seja, ninguém pode se recusar a receber qualquer tipo de pagamento em moeda emitida
pelo governo dentro de sua jurisdição.
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A Moeda Escritural
As casas bancárias foram impedidas de emitir papel-moeda, mas até os dias de
hoje continuam a exercer as funções de custódia de valores, como depositários de papel-
moeda. A movimentação destes valores através de ordens de débito, hoje conhecidos
como cheques, dá origem a mais este tipo de moeda, hoje largamente aceito.
A evolução da tecnologia já vem criando novas "moedas", como o chamado
dinheiro de plástico ou cartão de crédito, responsável em economias como a dos
Estados Unidos por movimentações muitas vezes superiores à dos cheques, ou a moeda
eletrônica, ordens de débito e crédito automáticas efetuadas pelos usuários diretamente
nos computadores dos bancos.
Quase Moeda
Este, como outros conceitos citados anteriormente, é um conceito de crescente
importância nos Sistemas Econômicos. Trata-se de ativos financeiros mantidos em poder
do público e pelas empresas. São, normalmente, representados por obrigações, letras e
títulos emitidos pelos Governos, depósitos a prazo fixo, letras de câmbio e imobiliária,
aceitos como pagamento a vista títulos com baixo deságio, cuja obrigação de resgate
ainda demorará alguns anos, o que não diminui a divida pública.
Em uma economia instável como a nossa, alguns bens de capital já são tratados como
ativos “quase-moeda”, como carros, linhas telefônicas, imóveis, etc.
As Funções da Moeda
O processo evolutivo que vimos caminhou, e ainda caminha, no sentindo de
satisfazer a três clássicas funções da moeda:
- Instrumento de Trocas
O papel moeda e a moeda escritural não têm outra função específica
que não seja a de servirem como instrumentos de troca. A emissão
centralizada e controlada pelo governo lhe dá aceitação pelo curso legal
e lhe confere uma outra característica básica, o poder liberatório, isto
é, a sua liquidez imediata, a sua capacidade de ser convertida em
qualquer mercadoria no exato momento da realização do negócio.
- Denominador Comum de Valores
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A capacidade que a moeda tem de possibilitar que os valores de todos
os bens/serviços produzidos em uma economia sejam expressos em
unidades monetárias. Isto permite que se possa medir o valor de tudo
que é transacionado, admitindo a imediata fixação de valores diretos e
relativos.
- Instrumento de Reserva de Valor
Esta função é caracterizada pela sua total liquidez, o que permite ao seu
detentor determinar o uso que lhe vai ser mais conveniente.
O Valor da Moeda
Já vimos até agora que:
- A oferta e a procura por determinados bens/serviços podem
alternar-lhes os preços, ora baixando, ora aumentando;
- Os preços informam e incentivam;
- A moeda é uma mercadoria como as demais no mercado,
diferenciando-se por características e funções próprias.
No entanto, apenas esses entendimentos não podem explicar quando todos os
preços de uma Economia, assim como outros agregados, tais como Investimentos,
Despesas do Governo, Renda Pessoal, entre outros, também variam.
Estes fenômenos de variação de preços normalmente ocorrem em relação à
moeda, que, cumprido seu papel de denominador comum de valores, permite aferir
essas variações relativas. Entre os fenômenos de variação dos preços, está a
INFLAÇÃO, nossa velha conhecida.
Diversas teorias buscam explicar a variação de preços da moeda, mas para
compreendê-las e aos seus mecanismos, vamos fazer uso de uma velha teoria,
denominada Teoria Quantitativa da Moeda. Esta teoria, em sua concepção geral,
baseia-se na correspondência que deve haver entre o total de pagamento feitos em um
Sistema Econômico e o valor global dos bens/serviços. Buscar essas relações sempre foi
uma preocupação no estudo da Economia, desde Adam Smith e David Ricardo.
A Teoria Quantitativa da Moeda é expressa pela seguinte equação:
M x V = P x T
Onde:
M= Quantidade de moeda disponível em circulação na Economia
(Moeda Manual e Depósitos à Vista);
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V= Velocidade-renda com que a moeda circula na Economia
(veremos este conceito mais à frente);
P= Nível médio de preços praticados na Economia;
T= O volume total ou a quantidade de bens e/ou serviços produzidos
em um Sistema Econômico.
Apesar de a equação apresentar um rigor matemático, devemos estar atentos para o fato
de que, em Economia, lidamos com fatores imponderáveis. A equação representa, na
verdade, uma tendência geral de os fatos inter-relacionarem-se.
Inflação
Conceitos
Com o que vimos até agora, podemos começar a compreender um dos maiores
fenômenos da Economia, que é a inflação. Normalmente, chamamos assim o processo
de depreciação do valor relativo da moeda. As teorias explicativas são muitas e as
causas diferem de um país para outro. Pode ser decorrente do nível de desenvolvimento,
grau de concorrência da Economia ou de fatores excepcionais, como guerras, revoluções
ou mesmo catástrofes como terremotos, furacões, etc.
Mas de forma geral, independente das causas, a inflação é caracterizada pela
contínua, persistente e generalizada expansão dos preços. Temos que levar em
consideração que os preços de todos os bens/serviços disponíveis em uma economia
inflacionária acusam a mesma tendência de alta, não levando em conta nenhum efeito
sazonal, como safras e entressafras, estações do ano, etc.
Existem inflações chamadas rastejantes, como é o caso de países desenvolvidos
(Estados Unidos, Canadá e Países da Europa), onde ela alcança médias de 1% a 3% ao
ano, apresentando uma leve e imperceptível expansão dos preços.
Um dos casos mais clássicos registrados neste século aconteceu na Europa, no
período compreendido entre a 1ª e a 2ª Guerra Mundial. Na Alemanha, em nove anos, os
preços subiram 1 trilhão de vezes! O país estava destruído e saía humilhado da derrota
na 1ª Guerra, onde foi submetido a uma rendição na qual se obrigou ao pagamento de
pesadas indenizações aos países vencedores. Ao mesmo tempo, o mundo também vivia
uma crise sem precedentes que culminou na grande depressão dos anos 30.
No caso brasileiro, multiplicar os preços por 1 trilhão, demorou 27 anos. Nossa
inflação tem raízes profundas, que vêm desde o Império, o que teremos oportunidade de
ver nas próximas sessões. Mas a situação se agravou na década de 70. Até então, a
economia mantinha-se estável, de certa forma, com a inflação variando de 15% a 25%
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ao ano. Em 1973, a crise do petróleo e o desenvolvimentismo a qualquer preço
exerceram forte pressão inflacionária, onerando os custos da Economia.
Já vimos anteriormente que cabe ao Estado a emissão da moeda e a garantia de
seu curso legal. Para melhor compreendermos este fenômeno da inflação, precisamos
entender a moeda como uma mercadoria, isto é, o governo que a emite, na verdade, a
vende em troca de bens e serviços. Assim, fica fácil perceber que o excesso desta
mercadoria faz com que seu preço abaixe, assim como a sua escassez fará com que ele
aumente. Porém, esta explicação não basta para compreender um problema tão
complexo como o da flutuação do valor da moeda. Existem causas estruturais e
conjunturais, isto é, causas que têm sua origem na própria estrutura econômica do país,
sua história, sua formação. E causas que são circunstanciais. As duas causas básicas
para a inflação serão explicadas a seguir:
A Inflação de Demanda
Esta inflação é provocada pelo excesso de moeda em uma Economia. Este excesso
pode ter muitas origens. Descontrole das contas do governo, como excesso de gastos e
deficiências de arrecadação. Ou mesmo esforços extraordinários, como em casos de
guerra, catástrofes, etc.
Emissões de moeda que não provoquem acréscimos na disposição de se aumentar
a oferta de bens/serviços em uma Economia tendem a provocar o acréscimo de seus
preços. Isso porque o nível global da demanda pela moeda é inferior ao nível da oferta.
Ou seja, em um dado momento, havia mais moeda que bens e serviços. A tendência é
que estes se ajustem ao excesso de moeda, criando uma nova realidade de preços.
Observe-se que partimos de um fato que se chama Déficit Orçamentário. Isto
pode ocorrer, como de fato ocorre, também em Economias estáveis, mas nesta, o grau
de desenvolvimento do mercado faz com que os preços se estabilizem pelo crescimento
da oferta de bens e serviços e mesmo pelos mecanismos de mercado. Nas Economias
instáveis, o mercado não consegue reagir e os preços não se estabilizam por longos
períodos.
Isto posto, fica fácil compreender porque é vital para uma Economia que haja
controle da emissão de moeda e dos meios de pagamento existentes no mercado
(cheques pré-datados, por exemplo).
A Inflação de Custos
A Inflação de Custos está relacionada, como seu próprio nome indica, com
alterações nas estruturas de custos da Economia. As causas podem estar dentro ou fora
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dos limites do país. Em um país que dependa de importações, alterações nos preços
internos. Por exemplo, nossa Economia depende do petróleo importado (produzimos
cerca de 50% do que consumimos). Isso faz com que estejamos sujeitos aos preços
externos.
Conhecendo a influência que tem o petróleo na formação básica dos preços
(transportes, energia, matéria-prima para diversos produtos, etc.), veremos que os
preços finais destes produtos refletirão em qualquer aumento que houver nos preços
externos, que por sua vez provocarão reflexos em outros.
Outra causa pode estar relacionada a questões momentâneas. Alguns dos planos
econômicos que vivemos estabeleceram congelamento dos preços. Esta decisão,
acompanhada de um acréscimo de renda por parte da população, provoca grandes
desequilíbrios no mercado.
Vimos no Plano Cruzado o aumento da disposição de adquirir bens/serviços não
ser acompanhado pelo acréscimo de oferta. Este desequilíbrio se manifesta nos preços,
pois as pessoas aceitam pagar mais. Esta decisão repercute em toda a economia se entre
os produtos estiverem aqueles que são relacionados a consumo imediato, como
alimentos, roupas, medicamentos, etc.
Alterações sazonais, como quebras de safra ou mesmo excesso, ou, ainda,
provocadas por alterações, como greves, podem pressionar o aumento dos preços.
Nos casos citados, os preços subirão sem que tenha havido emissão de moeda por
parte do governo, mas, provavelmente, chegarão a um nível em que o governo se verá
obrigado a emitir moeda para cobrir seus gastos, que estarão onerados pelo acréscimo
dos preços, alimentando, assim, a espiral dos preços.
No primeiro caso, teremos uma expansão dos preços provocada pela expansão
dos meios de pagamentos.
Os Componentes da Inflação
A inflação, como estamos vendo, tem fortes componentes monetários. Isto dá a
impressão de que, se alguém controlar a emissão da moeda ou controlar os preços, pode
controlar todo o processo. Mas não é isto que temos visto no Brasil, na sucessão de
planos econômicos dos últimos anos.
Os vários planos econômicos que, entre outras coisas, contemplaram
congelamento de preços e redução do meio circulante através de confisco de ativos
financeiros, conseguiram apenas represar o processo, tendo ele recrudescido fortemente
logo após. Isto se dá pelo fato de que, no Brasil, a inflação tem consideráveis
componentes estruturais e não apenas monetários.
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Os componentes estruturais têm origens na nossa própria formação histórica e
cultural.
Por exemplo, o Brasil nasceu como país independente, assumindo uma grande dívida que
Portugal tinha com a Inglaterra. Ou ainda, a industrialização ou o desenvolvimento da
Economia custou a chegar, fomos um dos últimos países do mundo a abolir a
escravatura, uma vez que éramos totalmente dependente do Setor Primário e este, por
sua vez, "precisava" da mão-de-obra escrava.
Apesar de parecer um contra-senso, constatamos também que as pessoas se
acostumaram com a inflação, e passaram a assumir a correção monetária como uma
espécie de ganho financeiro. Esta prática cria a ilusão monetária, ou seja, a capacidade
de se criar dinheiro do nada. O que sabemos, é impossível.
Quando falamos de componentes estruturais, estamos dizendo que a inflação tem
origem na própria estrutura político-administrativa do país, assim como nas estruturas de
mercado, de participação de renda, etc.
Os Efeitos da Inflação
Vimos como se forma o processo inflacionário. Este processo permeia todo o
Sistema Econômico, gerando efeitos e conseqüências que, na sua maioria, realimentam o
próprio processo. Entre suas principais conseqüências, temos:
- Redução do poder aquisitivo da moeda. Esta redução atinge principalmente quem
vive de salários ou de benefícios previdenciários, que vê os preços aumentarem
diariamente sem que haja uma contrapartida no seu ganho.
- Distorção do mercado de crédito, pois acabam todos os financiamentos a médio e
longo prazo. A imprecisão do mercado e a dificuldade de distinguir os bons dos maus
pagadores aumentam o risco de quem tem capital para negociar. Além do mais, com um
déficit orçamentário crônico, o Governo se transforma no maior tomador de crédito do
mercado e, usando sua condição de emissor de moeda, ele praticamente monopoliza o
mercado do dinheiro. Isto faz com que este mercado se restrinja a operações de curto e
curtíssimo prazo e a uma parcela da população bastante restrita. Um exemplo é a política
habitacional, que, normalmente, é um mercado de baixíssima elasticidade de oferta e
que precisa de financiamentos a longo prazo que, com o avanço da inflação, tem se
recolhido ao mínimo possível (apesar de os recursos da Caderneta de Poupança serem
destinados por lei à habitação).
Desorientação do mercado. A instabilidade de preços impede a sinalização destes
pela procura e oferta. Perde-se a noção do que é caro e do que é barato e o mercado
direciona-se apenas para aquilo que é escasso, em busca do ganho certo. As referências
de valor vão para o espaço, pois se tornam subjetivas. A formação dos preços passa a
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incorporar e seu papel como garantidor dos contratos e, principalmente, um mercado
nervoso e alimentado com boatos, formam um quadro geral de um mercado
desorientado.
- Desequilíbrio do balanço internacional de pagamentos, pois a expressão interna
de preços obriga a desvalorização cambial para manter os preços das exportações
equilibrados com o mercado internacional. O difícil é que a desvalorização aumenta
internamente os preços dos produtos importados, o que realimenta a espiral
inflacionária. O desequilíbrio cambial é típico dos países subdesenvolvidos que importam
produtos e bens acabados e exportam matéria-prima. Isto faz com que a demanda por
moeda estrangeira seja alta, forçando seu preço para cima, ao tempo que a oferta da
moeda nacional é também alta, e força o seu preço para baixo. A ausência de valor
agregado nos bens exportados obstrui a expansão da oferta de empregos, impedindo
acréscimo de rendas, etc., o que perpetua as desigualdades.
Quem Ganha com a Inflação
A inflação subverte a ordem econômica e social, desestabiliza as instituições, desorienta,
desequilibra e distorce o mercado, mas temos que ter claro que nem todos perdem com
ela, pois, se isto acontecesse, ela já teria acabado. Podemos identificar três grandes
"clientes" da inflação:
- Grandes conglomerados industriais. Normalmente, atuando em setores
fortemente oligopolizados, têm um mercado cativo, independente da qualidade do que
produzem e com baixíssima elasticidade de demanda, provocada exatamente pelo alto
grau de oligopolização.
A primeira vítima, neste caso, é a competitividade, que é fundamental para uma
economia de mercado e capitalista. A competição sinaliza os preços. A sua ausência
normalmente se traduz pela despreocupação com custos e as baixas taxas de
investimento.
Temos vários exemplos, como a indústria do cimento, remédios, fios e cabos
elétricos, vidros, etc. Mas o melhor exemplo foi dado pela indústria automobilística, que
produz no Brasil veículos atrasados tecnologicamente e com preços muito superiores aos
do mercado externo. O Fusca, quando deixou de ser fabricado em 1986, custava cerca
de US$ 3700, já incluídos neste valor todos os impostos (mais ou menos 40% na época).
Quando voltou a ser fabricado, em 1993, custava o dobro (US$ 7500) e os impostos
haviam diminuído para cerca de 10%!
- O sistema bancário nacional. Os bancos, na verdade, são sócios passivos da
inflação. A excessiva dependência que temos da rede bancária fez com que nos últimos
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anos destinássemos cerca de 2% do PIB* para ela. O ganho do sistema bancário baseia-
se no fato de ele captar dinheiro, "pagando" juros negativos, e emprestá-lo,
principalmente ao governo, a juros escandalosos.
- O Governo, através do Banco Central, é o maior cliente da inflação. Ela é
fundamental para que ele feche suas contas (o que talvez explique a sua dificuldade de
combatê-la). O Governo tem ficado com cerca de 5% do PIB, o que significa que, a cada
20 dias, um dia de trabalho e produção de toda a economia seja dado de graça ao
Governo, além dos impostos que ele cobra.*
A origem deste ganho extra do Governo está no fato de a sociedade precisar
manter em seu poder meios de pagamento (cédulas, moedas e depósitos à vista nos
bancos) que nada rendem, enquanto a inflação é cada vez mais elevada. O Governo, por
sua vez, está ao largo disto tudo, pois cada vez que precisa de dinheiro, basta emiti-lo na
quantidade necessária. Esta prática resolve seu problema de caixa, mas repassa a moeda
desgastada para quem é obrigado a aceitá-la, que, no fim das contas, é o próprio povo.
* CYSNE, Rubens Penha. In: Quanto se Ganha com a Inflação. São Paulo, 1993 (Artigo publicado no jornal Folha de São Paulo de 07/09/93).
A Lei da Procura
A procura dirigida a determinado produto pode ser definida como as várias
quantidades que os consumidores estarão dispostos e aptos a adquirir, em função dos
vários níveis de preços possíveis, em determinado período de tempo.
A procura é representada por uma série de possibilidades alternativas que sempre
correlacionam às diferentes quantidades procuradas com os vários níveis de preços
apresentados.
Em condições normais, as quantidades procuradas dependem dos diferentes níveis
de preços de mercado, gerando um comportamento padrão, segundo o qual, quanto
mais baixos os preços, mais altas serão as quantidades procuradas.
Como as quantidades procuradas (QP) dependem diretamente do nível dos preços
(P), podemos dizer que há uma relação funcional de dependência entre as variáveis (QP)
e (P). Esta relação pode ser expressa matematicamente por uma função elementar, cuja
notação é dada por:
QP = f (P)
Esta notação de função tem o objetivo de caracterizar a relação de dependência
entre os preços e as quantidades procuradas.
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A Lei da Oferta
A oferta de determinado produto pode ser definida como as quantidades que os
produtores oferecerão ao mercado em função dos vários níveis de preços possíveis, em
determinado período de tempo.
A oferta é representada por uma série de possibilidades alternativas, que sempre
correlacionam as diferentes quantidades ofertadas com os vários níveis de preços
definidos pelas estruturas de custos dos produtores. Essa série de possibilidades
alternativas altera-se na razão direta da variação dos preços. Se analisarmos a oferta de
mercado de um produto qualquer, verificaremos que as quantidades ofertadas em
condições normais dependem dos diferentes níveis de preços definidos, gerando uma
escala padrão, que nos indica sucessivos aumentos nas quantidades ofertadas em função
de acréscimos sucessivos nos níveis gerais dos preços.
Tendo em vista esses conceitos e concordando que as quantidades ofertadas (Qo)
dependem diretamente do nível dos preços (P), podemos dizer que há uma relação
funcional de dependência entre as variáveis (Qo) e (P). Essa relação, a exemplo de como
foi dito anteriormente sobre a procura, pode também ser expressa matematicamente por
uma função elementar, cuja notação é dada por:
Qo = f (P)
Também aqui esta notação tem a finalidade de caracterizar a relação de
dependência entre preços e quantidades ofertadas. A resolução matemática desta
equação, assim como sua representação gráfica, se dá tal como já vimos anteriormente.
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Exercício
1. Cite três exemplos de necessidades individuais e três necessidades coletivas.
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2. Qual é a diferença entre bens e serviços?
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3. O que são fatores de produção?
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4. Explique em que consiste cada um dos fatores de produção.
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5. Explique qual é o objeto da teoria econômica.
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6. O que é a riqueza de um país?
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7. Cite alguns exemplos de fatores de produção e de bens que constituem a riqueza do
Brasil.
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3. O Problema Fundamental da Economia
Lei da Escassez
Há impossibilidade de se produzir Bens e Serviços em quantidades ilimitadas
para satisfazer as necessidades humanas permanentemente ampliadas, pois os Fatores
de Produção existem em quantidades limitadas.
4. Quatro Perguntas Fundamentais
Diante da impossibilidade do atendimento das necessidades humanas em
virtude da escassez de recursos, quatro questões são levantadas, sendo que suas
respostas envolvem o problema fundamental da economia, isto é, o problema da
escassez.
A primeira pergunta diz respeito à natureza das necessidades humanas:
- O que produzir?
A resposta significa identificar as necessidades e, conseqüentemente, o que irá
satisfazê-la. Dessa forma, a sociedade deve saber que precisa produzir, por exemplo,
alimentos, roupas, casas, estradas, escolas, etc.
A segunda pergunta implica determinar quantitativamente o produto necessário
à satisfação das necessidades:
- Quanto produzir?
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Essa questão completa a anterior e tem sua importância definida na medida em
que, como já vimos, é impossível produzir em quantidades ilimitadas todos os bens
necessários. Se imaginarmos que todos os recursos disponíveis de uma economia estão
sendo utilizados no processo produtivo, atingiremos um limite na produção de bens e de
serviços. Nesse caso, se quisermos aumentar a produção de um bem qualquer, teremos
de diminuir a quantidade de produção de outro(s) bem(ns).
A terceira questão envolve um problema de ordem técnica:
- Como produzir?
Para que se obtenha um determinado bem ou serviço, é necessário empregar
fatores trabalho, capital e recursos naturais. Entretanto, a proporção em que esses
recursos serão combinados vai depender da abundância ou da escassez de cada um
deles. Portanto, é natural imaginar que, numa economia em que o fator trabalho seja
mais abundante que o fator capital, a produção empregue uma quantidade
proporcionalmente maior de trabalho.
A quarta questão está diretamente relacionada ao consumo, à satisfação das
necessidades dos indivíduos:
- Para quem produzir?
A resposta a essa pergunta resolve o último problema da questão da satisfação
das necessidades humanas. Ela vai nos dizer de que forma será distribuído o produto do
trabalho coletivo à sociedade.
5. O Sistema Econômico, sua Composição e seu Fluxo
Chamamos de sistema econômico a reunião dos diversos elementos (os
fatores de produção) que participam da produção de Bens e Serviços para atender às
necessidades da sociedade.
As instituições onde são organizados os Fatores de Produção são denominadas
unidades produtoras (Empresas). Fábrica de automóveis, banco, fazenda, são
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exemplos de unidades produtoras, pois em cada uma delas os fatores trabalho, capital e
recursos naturais estão organizados para a produção de algum bem ou serviço.
As unidades produtoras podem ser agrupadas em três setores básicos, que
compõem o sistema econômico:
- Setor Primário: Constituído pelas unidades produtoras que utilizam
intensamente os Recursos Naturais e não
introduzem transformações substanciais em seus
produtos. Neste setor, estão as empresas agrícolas,
pecuárias e extrativistas, sejam minerais, animais ou
vegetais.
- Setor Secundário: Constituído pelas unidades produtoras dedicadas a
atividades industriais, através das quais os bens são
transformados. Caracteriza-se pela intensa utilização
do fator de produção Capital, sob a forma de
máquinas e equipamentos. Indústrias de unidades
produtoras estão incluídas neste setor.
- Setor Terciário: Este setor se diferencia dos outros pelo fato de seu
produto não ser tangível, concreto, embora seja de
grande importância no sistema econômico. É
composto pelas unidades produtoras que prestam
Serviços, como os bancos, as escolas, as empresas
de transporte, o comércio, etc.
Durante o processo de produção, em que são obtidos Bens e Serviços, as
unidades produtoras remuneram os fatores de produção por eles empregados: pagam
salários aos seus trabalhadores, aluguel pelas instalações que ocupa, juros pelos
financiamentos obtidos e distribuem lucros aos seus proprietários. Essa remuneração é
recebida pelos proprietários dos fatores de produção e permite-lhes adquirir os bens e os
serviços de que necessitam.
6. Relação entre Oferta x Demanda x Mercado
RENDA Formada pelo pagamento que os fatores de produção
recebem durante o processo produtivo.
OFERTA (Produto) Formada pelos bens e serviços produzidos pelas unidades
produtoras e que estão disponíveis no sistema econômico.
DEMANDA (Procura) Aquilo que as pessoas procuram para satisfazer suas
necessidades e desejos.
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MERCADO A oferta e a procura são as duas funções mais importantes de
um sistema econômico. Essas duas funções formam o
mercado, onde as pessoas que querem vender se encontram
com as pessoas que querem comprar. Não significa apenas o
lugar físico onde as pessoas estão localizadas, se refere a
todas as compras e vendas realizadas no Sistema Econômico,
tanto de bens de consumo, intermediários ou de capital.
Sintetiza a essência do sistema econômico, em que as
necessidades são satisfeitas através da venda e da compra de
mercadorias e serviços.
7. Tipos de Bens e Serviços
Bens e Serviços de Consumo: São os bens e serviços que se destinam ao atendimento
direto das necessidades das pessoas (alimentação, moradia, roupas, etc.);
Bens e Serviços Intermediários: São os bens e serviços que entram na produção de
outros bens e serviços (chapas de aço usadas nas indústrias de automóveis, assistência
técnica e computadores, etc.);
Bens de Capital: São os bens que aumentam a eficiência do trabalho humano
(máquinas e equipamentos).
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Exercício
1. Reescreva as frases, completando as lacunas com a alternativa correta:
a) Podemos dizer que a disponibilidade de fatores de produção é
.................................. (escassa/abundante), enquanto as necessidades
humanas são ..................................... (finitas/infinitas).
b) O problema fundamental da economia, também conhecido como Lei da
.................................. (Abundância/Escassez), está relacionado com a
........................................ (possibilidade/impossibilidade) de se atender à
totalidade das necessidades humanas através da produção de
.......................................................... (fatores de produção/bens e serviços).
2. Relacione as colunas:
( ) As quatro perguntas fundamentais da
economia estão relacionadas à
.................
(a) inflação
(b) Lei da Escassez
( ) A primeira pergunta - O que
produzir? - refere-se à .................... das
necessidades humanas e identifica os
.................... que devem ser produzidos.
(c) quantidade - fatores de produção
(d) natureza - fatores de produção
(e) quantidade - bens e serviços
(f) natureza - bens e serviços
( ) A segunda pergunta - Quanto
produzir? - identifica a ..................... dos
(g) qualidade
(h) quantidade
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bens e serviços que serão produzidos.
( ) A terceira pergunta - Como produzir?
- é um problema de ordem ................... e
indica a proporção em que cada fator de
produção será empregado na produção.
(i) política
(j) técnica
( ) Finalmente, a última pergunta - Para
quem produzir? - refere-se à maneira pela
qual será ........................ o conjunto de
bens e serviços disponíveis.
(k) distribuído
(l) produzido
3. O que você entende por sistema econômico?
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4. Classifique os bens e serviços a seguir em:
(a) Bens e serviços de consumo;
(b) Bens de capital;
(c) Bens e serviços intermediários.
( ) sapatos ( ) ferro
( ) trigo ( ) serviços de transporte coletivo
( ) petróleo ( ) serviços de auditoria contábil
( ) torno mecânico ( ) serviços como: cinema e teatro
( ) estradas
5. Identifique os três setores da economia e apresente as características de cada um
deles.
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6. Classifique as empresas a seguir por setor:
(a) Primário
(b) Secundário
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(c) Terciário
( ) Empresa de pesca ( ) Hospital
( ) Companhia de teatro ( ) Indústria de alimentos
( ) Fazenda agrícola ( ) Instituição financeira
( ) Metalúrgica ( ) Companhia de seguros
( ) Escritório contábil ( ) Empresa jornalística
( ) Empresa de transportes coletivos ( ) Indústria de automóveis
7. A afirmação a seguir está incorreta. Reescreva-a, corrigindo:
Apenas o fator de produção trabalho recebe, no processo produtivo, uma remuneração.
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8. Qual é o significado do termo mercado na teoria econômica?
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Visão Sistêmica de Negócios 1. Negócio
O que é um Negócio?
Neg-> Negar, manipular, alterar, mudar.
Ócio-> Ficar parado, atividades mundanas, degeneração, indolência, vadiagem,
etc.
Na Grécia antiga, onde a liberdade relativa (por ser predicado de apenas uma
parte da população) e absoluta (por não haver noções pré-concebidas de ciência) era tida
na mais alta consideração, os indivíduos que se reuniam com o propósito de se dedicar
ao estudo da filosofia e dos motivos máximos da vida procuravam o isolamento
___________________________________________________________________________ Fundamentos de Administração e Economia – Professor Fernando S. Dantas 75
meditativo das atividades mundanas - a condição sine qua non1 do desenvolvimento
espiritual - em locais que eram denominados de Sholé2.
A tradição romana tentou perdurar essa sondagem metafísica do desconhecido
onde as tarefas especulativas eram conhecidas por otiu. Com a degeneração da
civilização romana, esta busca silenciosa de verdades também foi se degradando, até
otiu adquirir a conotação que ócio tem para nós, ocidentais: indolência e vadiagem.
Porém, quando o Império ainda tinha ideal nobre a manter, o otiu romano
revelava a mesma beleza que a Scholé grega.
Sempre houve indivíduos que consideravam tais pensadores meros vagabundos.
Estes indivíduos, preocupados com as coisas do mundo e com os acontecimentos
menores do quotidiano, evidentemente não aceitavam a concepção contemplativa do
otiu produtivo. Eles negavam o otiu. Negar o otiu. Neg-otiu. Eram os indivíduos que
realizavam negócios.
Um negócio, portanto, é uma concepção diametralmente contrária da Scholé,
não sendo coincidência o fato da igreja desaprovar os negociantes em épocas passadas,
nem o fato da influência destes ter aumentado progressivamente com a diminuição dos
negócios daquela época.
Exercício
1. Descreva com suas palavras o quem vem a ser Negócio.
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2. O que quer dizer a palavra ociosidade, para você?
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1 Sine qua non: Do latim, “sem a qual não”. 2 Sholé: Escola de estudo da filosofia.
___________________________________________________________________________ Fundamentos de Administração e Economia – Professor Fernando S. Dantas 76
Estruturas Organizacionais
1. Introdução
As Estruturas Organizacionais são uma forma de organização da empresa. Onde se pode
citar:
- Linear: Baseada na autoridade hierárquica vertical.
PRESIDENTE -> DIRETOR -> GERENTE -> SUPERVISOR -> EXECUTORES
. Departamentalização: Divisão ou órgão da empresa, encarregado de um
conjunto específico de tarefas ou atividades.
. Por Função: Departamento de produção, compras, vendas, tesouraria, pessoal,
etc.
. Por Produto: Indústria química: Divisão de cosméticos, divisão farmacêutica,
etc.
. Por Território: Regional, geográfica ou por área.
. Por Área de Consumo: Por exemplo, no comércio, separa-se o varejo do
atacado.
- Organização Funcional: Assim, um supervisor pode atuar em vários setores de
acordo com suas habilidades e um certo trabalhador pode receber ordens ou orientações
de vários supervisores do mesmo nível.
Exemplo:
Presidente -> Diretor -> Gerente -> Supervisor A (Executores) ->
Supervisor B (Executores) -> Supervisor C (Executores)
___________________________________________________________________________ Fundamentos de Administração e Economia – Professor Fernando S. Dantas 77
- Empresa Familiar: Todo o processo é sucessório.
2. Organização
Organização é o termo utilizado para identificar Empresa. É definida como a
ordenação e o agrupamento de atividades e recursos, visando o alcance dos objetivos e
resultados estabelecidos.
Estrutura Organizacional é o conjunto ordenado de responsabilidades,
autoridades, comunicações e decisões das unidades organizacionais de uma empresa.
O termo Organização freqüentemente tem sido empregado como sinônimo de
arrumação, ordenação, eficiência, porém, em nosso objetivo, Organização deve ser
entendida não apenas como o quadro estrutural de cargos definidos por:
ü Respectivos títulos;
ü Atribuições básicas;
ü Responsabilidades;
ü Relações formais;
ü Nível de autoridade;
ü Aspectos culturais.
Nestes termos, podemos definir como função básica de Organização: o estudo
cuidadoso da estrutura organizacional da empresa para que esta seja bem definida e
possa atender as necessidades reais e os objetivos estabelecidos de forma integrada com
a organização informal e as estratégias estabelecidas na empresa.
2.1. A Estrutura Formal
É aquela oficialmente definida na empresa com todas as formalidades e padrões
vigentes quanto à forma de preparação e divulgação de normas a respeito. Será
encontrada em:
ü Comunicados;
ü Instruções;
ü Manuais de Procedimentos ou Organização:
o Forma Gráfica: Organização;
o Forma Descritiva: Descrição de Cargos.
Embora necessária e tantas vezes desejada, a Estrutura Formal poderá não ser
adequada em determinadas empresas, e mesmo sendo adequada, terá que conviver com
a Estrutura Informal.
___________________________________________________________________________ Fundamentos de Administração e Economia – Professor Fernando S. Dantas 78
2.2. A Estrutura Informal
Os funcionários das empresas pertencem automática e inevitavelmente à vida
informal das mesmas. Deste relacionamento do cotidiano, surgem:
ü Entendimentos extra-estruturais;
ü Conceitos alheios às normas;
ü Desentendimentos;
ü Eventuais conflitos;
ü Lideranças naturais;
ü Amizades e ações benéficas ou prejudiciais à empresa.
Na maioria dos casos, é dada liberdade total para a organização informal. Isto é
perigoso e não tem razão de ser, porque é administrável e direcionável
positivamente.
Exemplo de Sucesso:
“Empresas que estão praticando com critérios claros e de comum acordo a
participação dos funcionários na gestão e nos lucros”.
Nestes casos ocorre:
ü Transparência;
ü Lealdade;
ü Sentido colaboracionista.
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Exercícios
1. O que vem a ser Estrutura Organizacional do tipo Linear? Explique com suas
palavras.
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2. Defina Organização.
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3. Qual é a diferença entre estruturas formais e informais?
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Objetivos e Meio Ambiente
Empresarial
1. Objetivos
Os fins pelos quais as pessoas lutam são alternadamente chamados de
finalidades, missões, objetivos, metas ou alvos.
O termo Finalidade é mais usado para denotar a razão pela qual uma empresa
existe. Logo, a finalidade de uma empresa pode ser substituir o negócio varejista, educar
crianças superdotadas ou melhorar a saúde pública de uma determinada região, por
exemplo.
Missão é o termo mais usado em operações militares e, ocasionalmente, em
igrejas e governos. Conota o objetivo fundamental de um programa.
Objetivo é um termo usual para indicar o ponto terminal de um programa
administrativo, explicitado em termos gerais ou específicos.
Alvo ou Meta é invariavelmente a de propósitos qualitativos ou quantitativos
específicos. Entretanto, na prática, não se faz distinções muito rígidas entre eles.
2. Meio Ambiente Empresarial
2.1. Ambiente Interno
São as atividades que compõem uma Empresa, tais como:
ü Produção;
ü Materiais;
ü Informações;
ü Marketing;
ü Pessoal (Social e Recursos Humanos);
ü Finanças;
ü Vendas;
ü Administrativo.
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2.2. Ambiente Externo
ü Consumidor (Clientes);
ü Fornecedores;
ü Concorrentes;
ü Tecnologia;
ü Natureza;
ü Economia;
ü Governo.
Por analogia, podemos considerar uma empresa como uma célula que, para
sobreviver, necessita relacionar-se com o meio externo, recebendo dele o que necessita
e, posteriormente, lançando no mesmo os seus produtos/serviços.
A seguir, um dos modelos de Ambiente Empresarial:
Consumidor Fornecedores Concorrentes
Produção Marketing
Governo Pessoal EMPRESA Vendas Economia
Finanças Administrativo
Tecnologia Natureza
Alguns elementos do Ambiente Externo afetarão diretamente a empresa,
outros, indiretamente. Dentre os quais podemos citar:
Ação Direta Ação Indireta
Fornecedores Variação Tecnológica
Oferta de mão-de-obra Conjuntura Econômica
Clientes Aspectos Socioculturais
Concorrentes Aspectos Políticos
Agentes Financeiros Aspectos Legais
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Exercício
1. Defina com suas palavras o que vem a ser Objetivo.
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2. Qual é a diferença entre Missão e Objetivo?
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3. De acordo com o que foi visto, o que vem a ser Meio Ambiente Empresarial?
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4. É correto afirmar que doenças como AIDS, Câncer e Tuberculose, afetam o Ambiente
Empresarial? Posicione-se a respeito.
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Ferramentas Aplicadas para Utilização de Sistemas
Administrativos
Neste capítulo, estudaremos alguns modelos de controles administrativos:
1. Controle de Estoques;
2. Fluxo de Caixa;
3. Controle de Contas a Pagar;
4. Controle de Contas a Receber;
5. Controle de Movimento Bancário e/ou Conta Caixa;
6. Controle Mensal de Retiradas;
7. Controle Diário de Vendas;
8. Mapa Semanal de Serviços;
9. Controle de Comissões;
10. Cadastro de Fornecedores;
11. Cadastro de Clientes.
1. Controle de Estoques
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Artigo:_____________________________________________________________
Data Documento
Entrada Saída Saldo
Qtde. Unit. Valor Qtde. Unit. Valor Qtde. Último
Preço Valor
Estoque Mínimo: Estoque Máximo:
2. Fluxo de Caixa
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Meses Janeiro Fevereiro Março
Recebimentos Previsto Realizado Previsto Realizado Previsto Realizado
Total
Pagamentos
Total Previsto Realizado Previsto Realizado Previsto Realizado
Movimentação
Saldo Anterior
Recebimentos
Pagamentos
Saldo Final
3. Controle de Contas a Pagar
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Fornecedor Descrição Valor Data de
Vencimento
Data de
Pagamento Observação
4. Controle de Contas a Receber
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Cliente Descrição Valor Data de
Vencimento
Recebimento
Data Valor
5. Controle de Movimento Bancário e/ou Conta Caixa
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Mês/Ano:______________________
Número da Conta:_______________ - Banco:____________ Agência:______________
Data Histórico Crédito Débito Saldo Final
6. Controle Mensal de Retiradas
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Mês/Ano:____________________________
Nome do Diretor:_________________________________________________________
Data Número e Tipo de Documento Valor em (R$)
7. Controle Diário de Vendas
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Setor:_________________________________- Mês/Ano:________________________
Dia À Vista _____Dias _____Dias _____Dias _____Dias Total
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
Total
8. Mapa Semanal de Serviços
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Setor/Atividade:__________________________________________________________
Descrição do Serviço Seg Ter Qua Qui Sex Sáb
Observação: Marcar com “X” ou colocar horários nos dias em que cada serviço tiver que
ser desenvolvido.
9. Controle de Comissões
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Vendedor ou Mês/Ano:____________________________________________________
Mês/
Nome
Total
Dia Valor
Venda Comissão
Valor
Venda Comissão
Valor
Venda Comissão
Valor
Venda Comissão
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
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10. Cadastro de Fornecedores
Nome/Razão Social:_______________________________________________________
Endereço:_______________________________________________________________
Cidade:______________________ UF:____ CEP:____________ Cx. Postal:_______
CGC:_______________________________ Insc. Estadual:____________________
Pessoas para Contato:
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
Telefones: (____) ___________________ FAX: (____) ______________________
Produtos Fornecidos
Descrição Código Último Preço
Histórico das Últimas Compras Efetuadas
Data Valor da
Compra
Condições de
Pagamento
Data de
Entrega
Observações
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11. Cadastro de Clientes
Nome:_________________________________________________________________
Endereço:______________________________________________________________
Cidade:____________________ UF:_________ CEP:_________ Cx. Postal:________
Doc. Identidade:___________________________ CPF:_________________________
Telefones:________________________________ FAX:_________________________
Referências Pessoais:
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
Referências Comerciais:
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
Referências Bancárias:
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
Histórico das Últimas Compras Efetuadas
Data Valor da
Compra
Vencimento Data de
Pagamento
Valor Pago Observações
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ANOTAÇÕES: ____________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
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Resposta ao Questionário do Capítulo 1:
Características Empreendedoras
Questões A B C D E
1 1 2 3 4 5
2 5 4 3 2 1
3 5 4 3 2 1
4 1 2 3 4 5
5 1 2 3 4 5
6 5 4 3 2 1
7 5 4 3 2 1
8 1 2 3 4 5
9 5 4 3 2 1
10 5 4 3 2 1
11 1 2 3 4 5
12 1 2 3 4 5
13 1 2 3 4 5
14 5 4 3 2 1
15 1 2 3 4 5
16 1 2 3 4 5
17 1 2 3 4 5
Total de Pontos
Análise dos Resultados
Acima de 75 pontos – Parabéns! Tudo indica que o seu perfil empreendedor é superior. Você está
no caminho certo para se tornar um realizador de sucesso. Sabe tomar decisões certas, planeja as
ações adequadamente, tem muita criatividade, sabe motivar seus subordinados e prefere trabalhar
em equipe. É quase certo que, ao realizar um plano de ação em andamento, você defina
claramente objetivos e metas, baseado em fatos concretos e precisos.
Entre 60 e 75 pontos – Você deve ter um perfil empreendedor satisfatório. Contudo, é preciso
desenvolver certos atributos de um realizador. Assim, procure adquirir mais autoconfiança,
independência e capacidade de assumir riscos. Prepare-se lendo mais sobre negócios, tomada de
decisões e liderança. Você também pode se preparar participando de treinamentos especializados e
conversando com empreendedores bem sucedidos.
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Abaixo de 60 pontos – É quase certo que você tenha um perfil empreendedor sofrível, ou mesmo
medíocre. Você não deve estar preparado para liderar pessoas ou comandar um negócio. Nesse
caso, talvez seja melhor você avaliar seus pontos fracos e tentar corrigi-los.
Bibliografia
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. São Paulo: Makron,
1993.
DRUCKER, Peter. As Fronteiras da Administração: Onde as Decisões do Amanhã estão
sendo Determinadas Hoje. São Paulo: Pioneira, 1990.
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Dicionário Aurélio. 1ª. ed. 15ª. Impressão
Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986.
MAXIMIANO, Antonio César Amaru. Introdução à Administração. 5. ed. rev. e ampl. São
Paulo: Atlas, 2000.
MIRANDA, Geraldo Inácio Mac-Dowell dos Passos. Organização e Métodos. 5. ed. rev. e
ampl. São Paulo: Atlas, 1981.
PEREIRA, Heitor José. Criando seu Próprio Negócio: Como Desenvolver o Potencial
Empreendedor. Brasília: Ed. SEBRAE, 1995.
RIBEIRO, Antonio de Lima. Teorias da Administração. São Paulo: Saraiva, 2003.
SEBRAE, Série Treinamento Empresarial. Consolidando seu Negócio; Como Administrar
uma Pequena Empresa - Nível Intermediário.
SEBRAE, Série Treinamento Empresarial. Iniciando Um Pequeno Grande Negócio -
Módulo I.
SILVA, César Roberto Leite da & SINCLAYR Luiz. Economia e Mercados: Introdução à
Economia. 18. ed. reform. São Paulo: Saraiva, 2001.