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97 Aplicação em sala de aula A exemplo do que acontece nas demais áreas de conhecimento, o ensino das artes visuais contempla os seguintes conteúdos: Conteúdo conceitual: tem como principal objetivo a compreensão do significado do objeto estudado. O conhecimento tende a despertar a motivação, que conduz à elaboração (atividade mental de criação) e à execução. Conteúdo procedimental: refere-se aos processos de aplicação e exercitação, implicando práticas orientadas por parte do professor até atingir o trabalho independente. Conteúdo atitudinal: recomenda-se que as atividades de ensino possam abarcar, junto com os campos cognitivos, os valores afetivos e os comportamentais, interme- diando a interatividade entre professores e alunos e também entre os alunos. Tais conteúdos apresentam pontos convergentes com a proposta triangular do “ver arte, contextualizar e fazer arte”. Assim fundamentadas, apresentamos cinco sugestões de aulas interdisciplinares, incluindo um tema transversal em cada uma, utilizando obras de artes visuais. Livro Tecnicas Faber-Castell 250805 9/14/05 10:36 AM Page 97

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Aplicação em sala de aula

A exemplo do que acontece nas demais áreas de conhecimento, o ensino das artes visuais contempla

os seguintes conteúdos:

Conteúdo conceitual: tem como principal objetivo a compreensão do significado

do objeto estudado. O conhecimento tende a despertar a motivação, que conduz à

elaboração (atividade mental de criação) e à execução.

Conteúdo procedimental: refere-se aos processos de aplicação e exercitação,

implicando práticas orientadas por parte do professor até atingir o trabalho independente.

Conteúdo atitudinal: recomenda-se que as atividades de ensino possam abarcar,

junto com os campos cognitivos, os valores afetivos e os comportamentais, interme-

diando a interatividade entre professores e alunos e também entre os alunos.

Tais conteúdos apresentam pontos convergentes com a proposta triangular do “ver arte,

contextualizar e fazer arte”.

Assim fundamentadas, apresentamos cinco sugestões de aulas interdisciplinares, incluindo um

tema transversal em cada uma, utilizando obras de artes visuais.

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Aula 1Público-alvo: Educação Infantil

Época: Pré-história brasileira

Obra: Sítio arqueológico do Parque Nacional da Serra da Capivara

Autor: Desconhecido

Conteúdos conceituais

Conhecimento e apreciação de pinturas rupestres do Parque Nacional da Serra da Capivara.

Conhecimento de tintas extraídas de plantas e sementes.

Conhecimento de pintura sobre pedras.

Conteúdos procedimentais

Desenho e pintura com as mãos, explorando materiais artísticos e técnicas.

Representação da figura humana por meio de desenho.

Foto: Arquivo Fundham

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Conteúdos atitudinais

Envolvimento das crianças com diferentes materiais artísticos e técnicas.

Manifestação de autonomia na produção da atividade artística e reconhecimento de sua pos-

sibilidade de expressão e comunicação.

Identificação e valorização da arte produzida por pessoas de outros tempos e locais.

Orientações para os professores

Explicar ao aluno que os primeiros habitantes da Terra usavam tintas extraídas de plantas e

sementes para registrar sua história nas pedras, como se elas fossem um caderno. Era a época

dos homens das cavernas e assim começaram a surgir as primeiras pinturas.

Mostrar as imagens rupestres, destacando os símbolos pintados, sempre perguntando para as

crianças o que elas pensam que aquilo possa representar: um animal, um aviso de perigo, uma

mulher e assim por diante. Forrar as paredes da sala de aula com papel kraft, ligeiramente amas-

sado. Orientar os alunos a carimbarem as mãos com Pintura a Dedo e pintar bonequinhos,

bichos e o que mais desejarem. Não vale escrever, apenas desenhar! Ao final, cada criança

deverá “ler” um elemento do desenho e explicar por que entendeu a imagem dessa forma.

Despertar na criança o interesse pela leitura das imagens, trabalhando seu imaginário, o pen-

samento abstrato e a hipótese do que possa vir a ser aquele desenho. Depois de feito esse traba-

lho, cada aluno receberá um pedaço de lixa, simulando a pedra da caverna e, utilizando Giz de

Cera Curtom, deverá deixar a sua própria figura humana desenhada. Depois que todos fizerem

seu desenho “rupestre”, o professor põe o nome da criança atrás e eles serão embaralhados. Em

seguida, os alunos deverão descobrir qual é o seu desenho.

Relação interdisciplinar

Arte: inscrições rupestres como manifestação simbólica e forma de comunicação e expressão.

Ciências Naturais: animais pré-históricos e corpo humano.

Geografia: localização do Parque Nacional da Serra da Capivara, no sudeste do Piauí.

História: conceito de pré-história abordando os primeiros habitantes e os primeiros

“escritores” na região.

Relação com tema transversal

Meio ambiente: o que é um sítio arqueológico; quais tipos de vida existiram/existem no

entorno. Mostrar fauna e flora, ressaltando o cuidado com a preservação da natureza, mesmo

quando se trata de um parque no qual o homem não habita.

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Conteúdos conceituais

Conhecimento de obra de arte, do artista, de sua produção e sua época.

O papel do modelo para o artista.

Aula 2Público-alvo: Ensino Fundamental I – Ciclo 1

Época: Renascimento

Obra: Monalisa

Autor: Leonardo da Vinci

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Conteúdos procedimentais

Observação e reflexão sobre imagens visuais.

Experimentação de materiais na produção de trabalhos de arte.

Identificação da possibilidade de variadas interpretações de uma obra de arte.

Conteúdos atitudinais

Participação ativa e interessada nas produções dos trabalhos artísticos.

Autonomia nas construções dos trabalhos e manifestação pessoal sobre o artista e sua obra.

Orientações para os professores

Respeitar os conhecimentos próprios e promover uma palestra interativa com os alunos sobre

Leonardo da Vinci e suas múltiplas invenções e criações, dentre elas a pintura da Monalisa.

Explorar o quadro com os alunos, analisando a perspectiva, o relevo, as rochas e a água.

Perguntar sobre a expressão facial da personagem retratada: em que ela poderia estar pensando?

Mostrar que, além da natureza, as pessoas também são inspiração para os pintores e que, para

isso, elas têm que posar como modelos, não podem se mexer, pois o pintor pede a elas que

fiquem paradas para que possam ser retratadas. Nesse momento, pode-se brincar de estátua com

os alunos e marcar quanto tempo conseguem ficar parados, numa mesma posição. Será que todo

mundo pode ser um modelo para uma pintura? Quem consegue ficar mais tempo sem se mexer?

Com pedaços de papelão ou de madeira, construir com as crianças duas molduras grandes o

suficiente para que uma criança possa se encaixar nela na posição da Monalisa. Fixar no teto

para deixar as duas molduras “flutuando”. Convidar os alunos para assumir o papel da Monalisa

nos dias de hoje: como ela seria? Qual poderia ser o fundo do quadro? Quem poderia inventar

esse novo fundo? A partir dessas perguntas, os alunos se dividem em dois grupos: um criará a

nova perspectiva do quadro (usando sulfite ou kraft, com desenhos feitos com lápis de cor,

hidrográficas ou tintas) e o outro se fantasiará de Monalisa. Depois de tudo pronto, os alunos

fantasiados posicionam-se na moldura, fazendo uma pose para serem retratados pelos colegas.

Provavelmente, as crianças mudarão de posição com certa freqüência. Usar isso a favor da aula,

estimulando as crianças a memorizarem a pose de quem está sendo retratado. Talvez os alunos

queiram transformar a Monalisa em um homem ou em uma criança. Deixar que criem suas

próprias obras, inspiradas na Monalisa.

Relação interdisciplinar

Arte: desenho e pintura a partir de observação de modelo vivo, envolvendo interpretação da

própria criança.

História: importância do Renascimento italiano, as descobertas e invenções.

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Língua Portuguesa: pequena redação intitulada “O que aconteceria se a Monalisa saísse do

quadro?”.

Relação com tema transversal

O gênero feminino na arte, seu sentimento e sua expressão facial. Monalisa está sorrindo?

Identidade e diversidade culturais: se a Monalisa fosse brasileira, nascida em São Paulo, que

roupas ela poderia estar usando? Onde ela poderia estar posando? E se fosse em ... (professor

sugere o local, lembrando que seria preciso uma descrição do cenário todo). Com essa atividade,

a criança exercita a criatividade, imaginando paisagens que possam ser desenhadas e pintadas,

como se buscasse inspiração para fazer um quadro.

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Conteúdos conceituais

Conhecimento da obra de arte, do artista, de sua produção e sua época.

A pesquisa no estudo de arte.

Conteúdos procedimentais

Observação e reflexão sobre imagens visuais.

Reflexão e comunicação sobre trabalhos produzidos.

Elaboração pessoal de registro de formas plásticas.

Conteúdos atitudinais

Manifestação pessoal sobre o artista e sua obra.

Aula 3Público-alvo: Ensino Fundamental I – Ciclo 1

Época: Pós-Impressionismo

Obra: Quarto de Vincent em Arles

Autor: Vincent Van Gogh

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Disponibilidade para realizar os trabalhos artísticos, explorando os materiais.

Orientações para os professores

Promover uma pesquisa orientada sobre Van Gogh e sua vida na Holanda, lembrando que

existe um museu que leva seu nome. Por meio de aula interativa, expor aos alunos que até nosso

próprio quarto de dormir pode ser inspiração para uma obra de arte, e que Van Gogh fez isso

com seu dormitório. Mostrar a pintura e explorar com a ajuda dos alunos. Permitir que façam

comentários livremente.

Pedir aos alunos que descrevam seus quartos de dormir, observando o grau de detalhamento

de cada descrição. Com esse exercício, as crianças aprimoram a memória remota daquilo que as

cerca diariamente, mas que nem sempre é notado de forma cuidadosa. Assim como costuma

lhes ser solicitado que escrevam sobre algo que leram ou presenciaram, nessa aula os alunos

aprenderão a registrar, artisticamente e não por meio de palavras, os elementos que compõem

seu quarto. Depois de concluída a atividade, os alunos entregam o seu trabalho para outro cole-

ga analisá-lo e comentá-lo, como se ele estivesse diante de uma obra de arte.

Utilizando um papel sulfite duplo ou cartolina, cada criança deverá desenhar e pintar seu

dormitório da forma como ele existe, recorrendo a sua memória e à imagem dos detalhes que

deseja registrar. Para essa atividade poderão ser utilizados lápis grafite, lápis de cor e canetas

hidrográficas. Os alunos desenharão seus quartos inspirados pela pintura de Van Gogh, que fez

do seu próprio dormitório uma obra de arte. Ao final, em duplas, os alunos trocarão seus dese-

nhos entre si. A intenção é fazer com que cada um “leia” a obra de arte do colega, analisando-a

como se fosse um quadro verdadeiro. Se desejarem, poderão emoldurá-lo.

Relação interdisciplinar

Arte: conhecimento do movimento impressionista.

História: existência do Museu Van Gogh, na Holanda. O que é um museu, para que serve,

como ele é composto e qual sua importância para a arte?

Matemática: orientação espacial, noção de medida, proporcionalidade e perspectiva.

Relação com tema transversal

Saúde e qualidade de vida: conversar com os alunos sobre a necessidade de se ter vida em

família, vida social, praticar exercícios e brincar. Dosar o tempo em que ficam assistindo à TV

ou entretendo-se no computador e na internet. Destacar a importância de se manter o dormitório

limpo e organizado, como uma das formas de mostrar responsabilidade por suas próprias coisas,

sem a necessidade de intervenção de adultos.

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Conteúdos conceituais

Diversidade cultural.

A intenção do autor, a representação e a comunicação de formas visuais.

Conhecimento de elementos da linguagem visual.

Conteúdos procedimentais

Comparação e discussão sobre diferentes produções culturais.

Observação e análise do meio ambiente natural e cultural.

Observação e análise de formas visuais.

Aula 4Público-alvo: Ensino Fundamental I – Ciclo 2

Época: Neo-Impressionismo

Obra: Sábado à tarde na grande Jatte

Autor: Georges Seurat

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Conteúdos atitudinais

Autonomia na manifestação pessoal para apreciar a arte e a cultura.

Interesse e cooperação na produção do trabalho coletivo.

Orientações para os professores

Explorar as formas de diversão das pessoas que estão no parque, descrevendo suas atitudes

e até seus pensamentos. Observar a vestimenta, os detalhes de luminosidade e os efeitos propor-

cionados pela técnica do pontilhismo. Analisar figura/fundo: quem se destaca à frente do quadro

e o que acontece mais atrás.

Sugerir aos alunos que comparem o parque da obra com um parque que conheçam ou fre-

qüentem (não considerar parques de diversão). Quais as diferenças entre um e outro e por que

elas existem? O que mudou? Como são os parques atualmente? Como as pessoas se vestem para

ir ao parque?

Os alunos poderão recriar o parque da obra incorporando à sua paisagem elementos que eles

acreditem que estejam faltando, como flores, carrinho de sorvete, de algodão-doce, pipoqueiro,

entre outros. Como ficaria esse mesmo parque se tudo isso fosse colocado? Haveria poluição

visual? As plantas continuariam bonitas? Esses “novos” elementos estragariam a paisagem e o

meio ambiente?

Relação interdisciplinar

Arte: conhecimento da técnica do pontilhismo, escola de pintura desenvolvida nas duas últi-

mas décadas do século XIX. Utiliza pontos de cores básicas entremeadas para produzir efeito

óptico que simula as cores secundárias.

Ciências Naturais: meio ambiente e qualidade de vida. Os temas aqui trabalhados dizem

respeito à poluição das águas, do ar, do solo e também à poluição visual. Muitas pessoas gostam

de fazer piquenique em parques, mas não são suficientemente cuidadosas em mantê-los limpos.

Discutir com os alunos quais as formas ecologicamente corretas de usufruir o parque como o

retratado na obra.

Relação com tema transversal

Cidadania, consumo consciente e identidade cultural nas formas de lazer: os programas de

televisão, os bate-papos e os jogos no computador podem ser substituídos por atividades mais

saudáveis. Ir ao parque para caminhar, andar de bicicleta ou praticar qualquer atividade física,

especialmente em dias de sol, pode ser uma boa dica. Antigamente, as pessoas se distraíam sain-

do de casa, encontrando amigos e aproveitando para levar seu animalzinho de estimação para

passear também. E hoje, como tratamos nossos parques? As pessoas sabem cuidar da Natureza?

Jogam o lixo no lixo? Por que alguns parques são limpos e organizados e outros não são?

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Aula 5Público-alvo: Ensino Fundamental I – Ciclo 2

Época: Impressionismo

Obra: Fachadas da catedral de Rouen

Autor: Claude Monet

Conteúdos conceituais

Representação e comunicação de formas visuais por meio da pintura.

Observação e análise dos elementos da linguagem pictórica.

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Conhecimento e uso de materiais diversos na elaboração de trabalho tridimensional.

Conteúdos procedimentais

Investigação sobre obras arquitetônicas e seus componentes.

Comparação com obras religiosas edificadas em diversas culturas e épocas.

Conteúdos atitudinais

Valorização e respeito a obras e monumentos de diversas culturas e épocas.

Valorização de elementos simbólicos presentes nas imagens de arte.

Orientações para os professores

Explorar o simbolismo de uma catedral. Perguntar quem já visitou uma, qual o nome e ondeela está construída.

Selecionar imagens de diversas igrejas, templos, sinagogas, mesquitas e catedrais, apresen-tando-as aos alunos para identificação de estilos e formas presentes nas construções.

A partir da imagem da catedral de Rouen e de outras pesquisadas, os alunos poderão repro-duzir a obra arquitetônica em forma de maquete, utilizando efeitos de vitral sobre pontos vaza-dos (giz de cera sobre papel vegetal), canetas hidrográficas para destacar os pontos mais fortesde luz e lápis de cor para indicar os mais fracos (quase sem iluminação). A maquete poderá serdecorada com símbolos que representem a paz (não necessariamente religiosos), feitos commassa de modelar ou com material de sucata. Ao final, os alunos deverão descobrir qual é osímbolo de paz que o colega colocou em sua maquete: uma pomba, uma bandeira branca, umaflor, pessoas de mãos dadas. Lembre-se de que cada criança tem a sua forma de simbolizar apaz. Aproveitar essa aula para que a criatividade sobre esse tema seja estimulante.

Relação interdisciplinar

Arte: variação entre luzes e sombras sobre a obra.

Geografia: localização da França por meio de mapa-múndi.

História: identificar as construções arquitetônicas e suas épocas distintas.

Matemática: construção da maquete. Trabalhar formas de medição e proporcionalidade daspartes para compor o todo.

Relação com tema transversal

Pluralidade cultural: explorar a variedade de construções arquitetônicas destinadas às práti-cas religiosas: catedrais, templos, igrejas, capelas, sinagogas e mesquitas, descobrindo as artesvisuais que elas contêm (vitrais, esculturas, pinturas, entalhes).

Educação para a paz: por meio de conversa interativa, as crianças descobrirão que, indepen-dentemente da religião de cada um, a paz precisa estar presente em nossas vidas.

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Considerações finaisCom essas sugestões, esperamos ter dado a você, professor, subsídios básicos para o trabalho

com artes visuais em sala de aula. Sempre que possível, leve seus alunos a exposições, museus

ou mostras artísticas, para que possam ver as obras e perceber detalhes que, muitas vezes, uma

foto ou um cartão-postal não permitem que sejam vistos.

O trabalho de arte-educação pode ser amplamente desenvolvido com base na interdisciplinari-

dade, na discussão das questões sociais e na transdisciplinaridade. Para enriquecê-lo ainda mais,

a aptidão demonstrada pelo aluno na área da linguagem visual lhe permite experimentar novas

habilidades e competências pessoais, que vão além das disciplinas tradicionais.

Este conjunto de premissas educativas contribui sensivelmente para um processo interativo de

aprendizagem significativa, estimulando o aluno a analisar, conhecer e valorizar o patrimônio

sociocultural que o rodeia.

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