lixo um aspecto de vida e sobrevivência
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Artigo de TCCTRANSCRIPT
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LIXO: UM ASPECTO DE VIDA E SOBREVIVNCIA
Uma abordagem sobre seu impacto no cotidiano da comunidade vizinha ao antigo
lixo de Cidade Nova, Natal/RN
No quero luxo nem lixo.
Quero sade pra gozar no final.
(Roberto de Carvalho / Rita Lee)
OUT/2011
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Resumo
A primeira linha de modificao na territorialidade urbana o lixo. As obras de
engenharia, como aterros sanitrios, moldam paisagens, assim como os lixes- reas
de descarte indiscriminado de resduos. Esses espaos, na maioria das vezes, acabam
sendo, em vrias cidades do terceiro mundo, apropriados por migrantes pobres,
transfigurando-os em lugares onde a populao excluda estabelece a seu modo a
afirmao de uma cidadania que lhes negada. Esse trabalho tem o intuito de traar o
perfil daqueles que moram nas proximidades do antigo lixo de Cidade Nova- Natal, e
fazem a coleta seletiva da cidade, se preocupando com questes relativas sade e
educao dos mesmos. Para isso, foi feito levantamento bibliogrfico e aplicao de
questionrios em 2 dos 6 caminhes de coleta seletiva que hoje circulam na cidade. O
destino fnal dos resduos slidos deve ser o aterro sanitrio, para o que no for
reutilizveis. Resduos reaproveitveis e/ou reciclveis devem ir para as usinas de
recliclagem, triagem e compostagem, no caso de serem resduos orgnicos.
Palavras-chave: Lixo, Coleta Seletiva, Reciclagem
Abstract
The first line on urban changes is the waste. Engineerings work, such as landfills,
shape landscapes, as well as "dumps" - areas of indiscriminate disposal of waste. These
spaces, most often end up being, in many Third World cities, suitable for poor migrants,
transforming them into places where the excluded population in order to establish his
claim to a citizenship that is denied. This work is intended to profile those who live near
the former landfill in New Town-Natal, and make selective collection of the city,
worrying about health issues and educating them. To do this, literature was made and
questionnaires in 2 of 6 separate collection trucks circulating today in the city. The fate
FNAL solid waste landfill should be for what is not reusable. Reusable waste and / or
recyclable should go to recliclagem plants, sorting and composting, if they are organic
waste.
Keyword: Waste, Selective collection, Recycling.
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Introduo
De acordo com Lima, o lixo pode ser definido como todo e qualquer resduo que
resulte das atividades dirias do homem e sociedade (2004 apud BELI, 2005). Vrios
destinos podem ser dados sua disposio final, todavia, o pior deles o lixo,
definido por Braga como o local no qual se deposita o lixo, sem projeto ou cuidado
com a sade pblica e o meio ambiente, sem tratamento e sem qualquer critrio de
engenharia (2002 apud BELI, 2005).
Mas as problemticas do lixo no so especficas modernidade. Nem mesmo sinal
exclusivo da sociedade contempornea. O lixo indissocivel das atividades
desenvolvidas pelo homem e j nos primrdios da humanidade, se constitua um foco
obrigatrio de atenes (WALDMAN, 2010).
De acordo com o IBGE, o Brasil tem 5560 municpios. Destes, 1548 informam que
24.340 catadores (22% menores de 14 anos) atuam dentro dos lixes em condies
subumanas e 85% no realizam qualquer trabalho social com os seus catadores. 177
Municpios informam que 7264 pessoas (33% menores de 14 anos) moram dentro dos
lixes. Esses nmeros representam uma pequena parcela de aproximadamente 3,22%
dos municpios do pas.
Os 1.794 municpios distribudos nos nove Estados da regio Nordeste do pas tiveram,
juntos, uma gerao de 50.045 toneladas de resduos slidos urbanos por dia no ano de
2010, das quais, 38.118 toneladas/dia foram coletadas. Enquanto o ndice de coleta per
capita cresceu 3,9% em comparao ao ano de 2009, a quantidade de resduos
domiciliares coletados cresceu 6,1%, o que indica um aumento real na abrangncia
destes servios.
No tocante gerao de resduos, a comparao entre 2010 e 2009 houve um
crescimento de 2,8% no ndice per capita de gerao de resduos na regio Nordeste,
atingindo a marca de 1,289 kg por habitante por dia
Desse lixo, estima-se que aproximadamente mais de 90% jogado a cu aberto, e
sabendo que os lixes fornecem condies propcias para a proliferao de doenas, a
disposio irregular desse lixo gera uma ameaa constante de epidemias
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(ROUQUAYROL; ALMEIDA FILHO, 1999). Alm da liberao de gases, a
decomposio do lixo gera como um dos produtos o chorume, que acaba contaminando
o solo e a gua por compostos orgnicos e ons metlicos (BRAGA et al. 2002).
Natal est localizada na regio Nordeste, e a maior cidade do estado do Rio Grande do
Norte, cuja populao, de acordo com o censo 2010, de 3.168.027 habitantes. Possui
uma rea de 169,9Km, equivalente a 0,32% da superfcie do estado e atualmente
apresenta 37 bairros distribudos em quatro zonas sanitrias (Anexo.1): Zona Sul (22%
da populao), Zona Oeste (27% da populao); Zona Leste (16% da populao) e Zona
Norte (correspondendo a 34% da populao total da cidade) (Censo 2000). Cidade
Nova, bairro que abriga o antigo lixo da cidade, hoje classificado como zona de
transbordo, est localizado na Zona Oeste.
A questo dos resduos slidos na cidade de Natal sempre foi objeto de grande
discusso. Segundo Pinheiro (2000), j em 1935, os engenheiros do Escritrio Saturnino
de Brito, responsveis pela elaborao dos projetos de melhoramento e servios de
esgotos, encontravam problemas com a disposio final do lixo, citando no seu
relatrio: Para o destino do lixo existe um forno de incinerao, incinerando cerca de
32m dirios de lixo, trazidos por caminhes e carroas. Nas zonas no servidas pela
limpeza publica, usa-se queimar ou enterrar o lixo. O servio incompleto e a prefeitura
pretende melhor-lo.
Em 1968, a Prefeitura iniciou a utilizao de uma rea nas dunas entre os bairros de
Cidade Nova e Felipe Camaro, para destinao do lixo da cidade e pouco tempo
depois, em 1970, a rea transferida temporariamente para o preenchimento de uma
grande depresso no Baldo. Neste local, implantado um aterro controlado, com
recobrimento dirio do material descarregado e drenagem dos gases.
Em 1972, o local de disposio final de lixo, volta a ser em Cidade Nova, em uma rea
de 27.5487m de tabuleiros arenosos, nas proximidades dos bairros de Felipe Camaro,
Planalto e Cidade Nova, sendo a principal via de acesso Av. Central-, localizada neste
ltimo bairro. Eis o motivo de ser chamado Lixo de Cidade Nova.
Em 1983, implementado o Aterro Sanitrio de Cidade Nova. Depois de 3 anos, a
disposio dos resduos slidos retorna Cidade Nova (Anexo. 2) e permanece ativa at
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2010, quando fecha suas portas. Mas, aps alguns problemas administrativos, volta a
acumular lixo em 2011.
Aproximadamente 75% das cidades brasileiras contam com o servio de coleta de lixo.
As taxas de disponibilidade destes servios so mais baixas entre as prefeituras das
regies Norte e Nordeste (ROSE, 2002), o que acaba gerando outro problema: a
formao de pequenos lixes. Atualmente, na Regio Centro-Oeste, das 13,9 mil
toneladas de resduos slidos urbanos coletados por dia, 71,2% tiveram como destino
final os lixes. No Nordeste, onde foi produzida 38 mil toneladas dirias de resduos, o
porcentual de destinao foi 66%. No Norte, 65% das 10,6 mil toneladas de lixo dirio
no tiveram descarte adequado. Os dados so do Panorama dos Resduos Slidos,
estudo feito em 2010 pela Associao Brasileira de Empresas de Limpeza Pblica e
Resduos Especiais (Abrelpe)
A preocupao que essas reas destinadas disposio do lixo, quando no tm
qualquer infra-estrutura para evitar os danos consequentes dessa atividade, tm seu uso
futuro comprometido e acabam gerando a degradao ambiental das regies que esto
sob essa influncia (SISSINO; MOREIRA, 1996). Alm disso, os resduos slidos
dispostos a cu aberto favorecem, entre outras coisas, a proliferao de mosquitos,
moscas, baratas e ratos, que so vetores de inmeras doenas ao homem, como a febre
tifide, salmonelose, desinterias e outras infeces. Alm destes insetos e roedores,
constata-se a presena de animais domsticos nessas reas, como cachorros e gatos que,
como as aves, podem transmitir a toxoplasmose (ROUQUAYROL; ALMEIDA
FILHO, 1999).
Lixes a cu aberto trazem diversos tipos de transtornos sociais e, no que diz respeito
sade das pessoas, principalmente quando se fala de doenas causadas pela ingesto de
alimentos contaminados, como diarria, vmito e verminoses (1997a apud Waldman,
2010). Alm disso, serve de rota alternativa para alguns delitos sociais, como
prostituio e trfico de drogas.
A comparao entre os dados relativos destinao de resduos nos anos e 2009 e 2010
resulta na de maneira inadequada, sendo encaminhados para lixes e aterros controlados
que, do ponto de vista ambiental, pouco se diferenciam de lixes, pois no possuem o
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conjunto de sistemas necessrios para proteger o meio ambiente de contaminaes
(Abrelpe).
Alm disso, outra aferio indispensvel corresponde aos problemas ambientais
originados pelo gerenciamento ineficiente e disposio final incorreta do descarte das
residncias, como o chorume e o metano. Destaca-se que o chorume seria, ao lado do
plutnio e da dioxina, uma das trs substncias mais perigosas produzidas pelo homem.
E a medida que percola, arrasta consigo metais pesados que se desprendem dos rejeitos
que encontra pelo caminho. Esse fluido chega a ser 200 vezes mais agressivo que o
esgoto. O lixiviado devora o oxignio das guas, eliminando a vida aqutica e tornando-
as imprprias para o consumo humano (2000, 2006a apud 2010)
No entanto, perturbadoramente, pesquisas mostram a ocorrncia de mais de 15.000
lixes no territrio nacional, que trazem consequncias diretas sade para dois
milhes de pessoas (2008 apud WALDMAN, 2010). Assim, esto criadas as condies
potenciais que transformam a questo do gerenciamento do RDO (resduos slidos)
num grave problema de sade pblica.
Entre 1980 e 2002, a URBANA recolheu 8.684.763 toneladas de resduos, sendo
3.071.774 toneladas de resduos oriundos da coleta domiciliar, 16.158 toneladas de
resduos oriundos de servios de sade e 5.596.804 toneladas de remoes especiais. A
tabela 1.1 abaixo apresenta os detalhes dessas produes:
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Tabela 1.1 - Produo per capita de resduos 1980-2002 da cidade de Natal
Ano
Pop.
Coleta Domiciliar
Remoes Especiais Coleta Hospitalar
Produo Per capita
Mensal
Produo Per capita
Mensal
Produo
Per
capita
Mensal
(ton/ano) (kg/hab) (ton/ano) (kg/hab) (ton/ano) (kg/hab)
1980 428.848* 59.344 0,379 119.072 0,761 - -
1981 442.588 81.539 0,505 143.022 0,885 - -
1982 456.768 81.286 0,488 119.671 0,718 - -
1983 471.402 90.445 0,526 78.782 0,458 - -
1984 486.506 88.382 0,498 73.847 0,416 - -
1985 502.093 78.745 0,430 83.485 0,456 - -
1986 518.179 108.635 0,574 177.569 0,939 - -
1987 534.781 112.298 0,575 219.657 1,125 - -
1988 551.915 108.541 0,539 146.417 0,727 - -
1989 569.598 119.366 0,574 211.005 1,015 - -
1990 587.847 128.666 0,600 257.125 1,198 - -
1991 606.681* 151.543 0,684 272.270 1,230 - -
1992 616.246 157.040 0,698 210.100 0,934 - -
1993 625.961 134.435 0,588 150.015 0,657 1.398 0,006
1994 635.830 135.255 0,583 244.448 1,053 1.487 0,006
1995 645.854 171.341 0,727 249.702 1,059 1.555 0,007
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1996 656.036 155.543 0,780 143.798 0,721 1.006 0,005
1997 666.378 169.133 0,695 246.772 1,015 1.224 0,005
1998 676.885 175.638 0,711 197.434 0,799 1.703 0,007
1999 687.556 171.542 0,684 185.182 0,738 1.694 0,007
2000* 712.317 189.064 0,740 1069.407 4,17 1.904 0,007
2001 737.105 201.842 0,760 479.062 1,80 2.068 0,008
2002 762.756 202.151 0,736 518.962 1,88 2.119 0,008
*Censo IBGE
OBS: A reduo acentuada da produo de resduos anual no ano de 1996, deve-se a no existncia
dos dados dos meses de novembro e dezembro. A contagem populacional de 2001 a 2002 foram
obtidas por estimativas dos anos anteriores.
Fonte: URBANA
Assim, diante de toda essa problemtica do lixo, sua disposio irregular em lixes e
consequncias sociais, esse trabalho visa mostrar como o lixo de Cidade Nova, em
Natal-RN, afeta a vida das pessoas que moram nas suas proximidades e daqueles que
trabalham em contato direto com o mesmo.
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Metodologia
O presente trabalho foi realizado em 6 etapas:
1. Reviso e levantamento bibliogrfica;
2. Entrevistas feitas pessoalmente;
3. Registro fotogrfico;
4. Resultados e Discusso e
5. Sugestes
6. Concluso
Assim, a pesquisa foi de natureza qualitativa, com enquete atravs de questionrio
envolvendo questes subjetivas e objetivas e explorando aspectos relacionados sade
e escolaridade. Os sujeitos da pesquisa foram os residentes das comunidades vizinhas ao
antigo lixo, trabalhadores que ainda hoje ganham a vida com o lixo.
O questionrio foi composto por 13 (treze) questes, sendo 10 (dez) fechadas, questes
relativas ao incomodo causado pelo lixo e nvel escolar, e 3 (trs) abertas, questes
pessoais. As questes foram aplicadas aos trabalhadores da coleta seletiva de Natal,
pessoas que vivem nas comunidades vizinhas atual rea de transbordo de Cidade
Nova.
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Resultados e Discusso:
A rea ao entorno do antigo lixo constituda pelos bairros de Cidade Nova, Felipe
Camaro, Guarapes e Planalto, bairros que apresentam caractersticas ntidas de
periferias- distantes do Centro e com infraestrutura precria- localizados na zona Oeste
da cidade. De acordo com a SEMURB - Secretaria Especial de Meio Ambiente e
Urbanismo - (2002), 35,5% das pessoas residentes nesta rea ganham em mdia 2,92
salrios mnimos e moram em habitaes de baixo padro.
A aplicao dos questionrios mostrou que grande parte dos trabalhadores da
COOPCICLA mora em Felipe Camaro, onde s existe coleta do lixo comum, e
confirmou que maioria dos que hoje trabalha nos caminhes de reciclagem, trabalhou
dentro do lixo de Cidade Nova. Alm disso, corroborando o levantamento feito pela
URBANA em 1997, os moradores dos arredores do lixo, em sua maioria, sobreviviam
dos restos do lixo sendo esse, muitas vezes, um trabalho realizado por famlias inteiras.
Quando questionados sobre o incomodo causado pelo lixo, todos eles responderam
que, apesar do cheiro e da lama que se formava quando chovia e mesmo com a
constante presena de ratos, baratas e mosquitos, o lixo lhes dava uma oportunidade de
trabalho e, por isso, no os incomodava. Quanto sade, relataram a frequncia de
doenas de pele e de trato intestinal, disseram ser comum dor de cabea.
Nenhum dos entrevistados concluiu o ensino fundamental, chegando, no mximo a
terminar o sexto ano. Dos sujeitos da pesquisa, 20% no tem filhos. Dos que 80% que
tem, 62,5% afirmou que seus filhos nunca trabalharam no lixo ou na coleta seletiva,
enquanto 37,5% relatou que pelo menos 1 dos filhos j trabalhou no lixo e hoje
trabalha na coleta seletiva. Durante a entrevista, foi comum perceber a presena de
pessoas da mesma famlia trabalhando com a coleta.
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Viso area do antigo lixo de Cidade Nova, Natal/RN
Foto: Anderson Almeida
No bairro, so produzidas 10,82 toneladas de lixo domiciliar diariamente. A coleta
domiciliar realizada 3 vezes na semana, e o destino dado ao lixo pela populao
apresentado na tabela 1.2 abaixo.
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Tabela 1.2 - Destino dado ao lixo pela populao (Cidade Nova).
Destino do lixo Domiclios %
Coletado 3.751 97,68
Queimado na propriedade 7 0,18
Enterrado na propriedade -- --
Jogado em terreno baldio ou logradouro 80 2,08
Jogado em rio, lago ou mar 1 0,03
Outro destino 1 0,03
TOTAL 3.840 100,00
Fonte: Urbana
COLETA SELETIVA
ASCAMAR (Associao dos Catadores de Materiais Reciclveis) foi fundada em abril
de 1999. uma associao que e tem o intuito de congregar os catadores, resgatar sua
cidadania e difundindo a sua importncia. A associao tambm ajuda a erradicar o
trabalho infantil e engloba as cooperativas Coopcicla e Coocamar (Prefeitura do Natal,
2011).
Famlias da Ascamar trabalhando com o lixo reciclado
Foto: ASCAMAR
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Caminho usado para Coleta Seletiva.
Coopcicla- Cooperativa de Materiais Reciclados da Cidade de Natal
Foto: Marina de Siqueira
Caminho usado para Coleta Seletiva.
Coopcicla- Cooperativa de Materiais Reciclados da Cidade de Natal
Foto: Marina de Siqueira
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Solues:
fato que o lixo no deixar de existir, mas existem alternativas melhores para sua
deposio que os lixes, a comear pela separao do orgnico e inorgnico. Uma
soluo para os orgnicos, seriam os aterros, outra, os incineradores. A queima do lixo,
tecnicamente rubricada como tratamento trmico- nomenclatura que inclui incinerao e
processos baseados em micro-ondas e plasma-pirlise- tem sido defendida por estudos
que exaltam como vantagens, a esterilizao, destoxificao, reduo de massa e
volume de resduos, 75% e 90%, respectivamente, e ate mesmo a gerao de energia
atravs de um processo chamado aproveitamento energtico. As cinzas finais, seriam
destinadas aos aterros, desde que incuas(WALDMAN apud CEMPRE, 2000). Alm
disso, paralelamente, laudos tcnicos confirmam efeitos que no corroboram os
positivos elencados pelos defensores da incinerao, como a poluio gerada pela
queima e o alto custo da incinerao, que chega a ser cinco vezes superior aos da
contruo dos aterros sanitrios, o que acaba dificultando sua aceitao (Waldaman,
2010).
Outra opo de soluo, partiria das empresas alimentcias. J que no Brasil o lixo
composto em 60% por restos de alimentos, esse desperdcio poderia ser evitado com o
uso de embalagens adequadas e de melhor manuseio. (GONALVES et al., 2005).
O inorgnico, indo para a reciclagem, geraria trabalho, consumindo mo-de-obra e
economizando 3 a 5 vezes mais energia do que a obtida pelo aproveitamento energtico
(CONNETT, 1999).
Sobre a populao vizinha ao lixo, o ideal seria que a disposio desse lixo-
independente de ser em aterros ou lixes- fosse feita em reas no habitadas, para evitar
contaminaes e doenas.
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Concluso
A maioria dos trabalhadores da COOPCICLA composta por ex-trabalhadores do
antigo lixo e residem em Felipe Camaro.
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ANEXOS
Anexo. 1 - Mapadas Zonas de Natal
Fonte: URBANA - Companhia de Servios Urbanos de Natal
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Anexo.2- Localizao da antiga rea de destino final de RSU de Natal
Fonte: URBANA- Companhia de Servios Urbanos de Natal
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