lona - 648 - 22/09/2011
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JORNAL-LABORATÓRIO DIÁRIO DO CURSO DE JORNALISMO DA UNIVERSIDADE POSITIVO.TRANSCRIPT
Curitiba, quinta-feira, 22 de setembro de 2011
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O único jornal-laboratório
DIÁRIOdo Brasil
Ano XII - Número 648Jornal-Laboratório do Curso de
Jornalismo da Universidade Positivo
Curitiba, quinta-feira, 22 de setembro de 2011
Semana Nacional do Trânsito quer diminuir mortes nas estradas
Ensaio fotográfico: ANÔNIMOS
Diego Silva
Paula NishizimaA Associação Comercial de São Paulo informa que os jovens são os que mais devem. No mês de maio, a inadimplência aumentou em mais de 8% em se comparando com o mesmo período de 2010.
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Brasileiros estão cada vez mais endividados
Vice-presidente do Grupo GRPCOM fala sobre os novos rumos do jornalismo
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Entre 18 e 25 de setembro, Curitiba participa da Semana Nacional do Trânsito. Durante esta semana acontecerão uma série de ações visando reduzir índices de violência no tráfego urbano.
A campanha integra a Déca-da de Ações para a Segurança no Trânsito, instituída em 2010 pela ONU.
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Curitiba, quinta-feira, 22 de setembro de 2011
Expediente
Editorial
Reitor: José Pio Martins | Vice-Reitor e Pró-Reitor de Administração: Arno Gnoatto | Pró-Reitora Acadêmica: Marcia Sebastiani | Coordenação dos Cursos de Comunicação Social: André Tezza Con-sentino | Coordenadora do Curso de Jornalismo: Maria Zaclis Veiga Ferreira | Professores-orientado-res: Elza Aparecida de Oliveira Filha e Marcelo Lima | Editores-chefes: Daniel Zanella, Laura Beal Bordin, Priscila Schip
O LONA é o jornal-laboratório do Curso de Jorna-lismo da Universidade Positivo. Rua Pedro Viriato Parigot de Souza, 5.300 -Conectora 5. Campo Comprido. Curitiba -PR CEP 81280-30 Fone: (41) 3317-3044.
OpiniãoQuem quer ser prefeito?Pedro Lemos
Não é simples de entender o jornalis-mo impresso. O IVC (Instituto de Verifi-cação de Circulação), órgão internacional responsável pela auditoria de jornais e revistas em todo país, divulgou balanço do primeiro semestre de 2011, apontando o crescimento de 4,2% na circulação do meio Jornal em comparação ao primeiro período do ano passado – um crescimento paradoxal para os catastrofistas do fim do impresso.
O aumento foi impulsionado em maior escala pelo crescimento nas vendas de publicações com preço de capa de até 99 centavos, que avançou 13%. A média diá-ria de circulação brasileira nos primeiros seis meses deste ano é de 4.435.581 exem-plares, novo recorde histórico para a au-ditoria da entidade. O balanço não con-templa a circulação de jornais gratuitos e dos não-afiliados ao IVC. Além disso, os especialistas do instituto alegam que cada jornal comprado é lido, em média, por quatro pessoas.
Os resultados não comprovam apenas o bom momento econômico do país. Re-fletem uma consolidação do jornal no co-tidiano dos brasileiros, apesar de todos os prognósticos negativos. É evidente o efeito devastador da internet no modo de fazer do jornalismo impresso, assim como as crises econômicas, afetam diretamente as empresas de comunicação. Entretanto, assim como o rádio, o jornal consegue se reinventar, talvez por sua crise constante de identidade e seu caráter de permanên-cia, artigo raro em tempos tão voláteis.
Uma boa leitura a todos.
DrOps
Falta pouco mais de um ano para as eleições municipais de 2012. Mesmo assim, os pré-candidatos à prefeitura de Curitiba já vão se arti-culando para garantir alianças para o ano que vem.
O atual prefeito, Luciano Ducci, conta com o apoio do governador Beto Richa, do PSDB. Lógico que Ducci não tem o mesmo apelo político que o tucano, mas vai se apoiando na boa gestão que Beto fez à frente da prefeitura, onde ele era o vice.
O vice, aliás, segue sem um nome certo na chapa de Ducci. E tanta indecisão tem o seu motivo: como foi eleito como vice de Beto Richa, Ducci não poderá concorrer à prefeitura em 2016. Sendo assim, o indicado seria, naturalmente, o seu vice.
Na teoria, o candidato deveria ser alguém do PSDB que tinha, até um tempo atrás, o nome de João Cláudio Derosso como o favorito para o cargo. Nem é preciso dizer o quão repelente é o nome de Deros-so no atual momento.
Há outros nomes mais fortes para o vice, como o de Ney Lepre-vost, que saiu do PP para se filiar ao recém-criado PSD, do paulista Gilberto Kassab, e o de Fernando Francischini, do próprio PSDB.
Leprevost foi o deputado es-tadual mais votado do Estado em 2010 e tem uma grande aceitação do eleitorado. Já Francischini tem grande apelo à segurança pública, um dos grandes problemas que afetam a capital.
Vale lembrar que, quando ain-da exercia a função de delegado, Francischini foi um dos responsá-veis pela prisão dos traficantes Fer-nandinho Beira-Mar e Juan Carlos Abadia.
Outros que seriam postulan-tes ao cargo são Osmar Bertoldi (DEM) e Alexandre Curi (PMDB). Curi, o mais peessedebista dos peemedebistas, é a maior prova da salada que virou o cenário po-lítico da capital.
Outro pré-candidato bem cota-do é Ratinho Júnior, do PSC. Ele foi o deputado federal mais votado do Paraná nas últimas eleições. Nos úl-timos tempos ele passa a impressão de que está querendo separar sua imagem da do pai, o apresentador Ratinho. Isso não é recomendado. Claro que deve ferir o seu orgulho ouvir pessoas dizendo que ele só foi eleito por causa do pai, mas, se-jamos francos, isso não é verdade?
É justamente o nome “Ratinho” o que está lhe dando força política, ao menos por enquanto. Aos pou-cos ele está trilhando seu próprio caminho, hoje já é conhecido mais como deputado do que como filho
do apresentador. Mas forçar ou acelerar essa separação pode soar arrogante e ingrato.
E Gustavo Fruet? Atualmen-te o ex-deputado federal está sem partido. Ele iniciou conversas com o PDT de Osmar Dias, mas ainda nada foi acertado, apesar de ser o partido com mais condições para abrigar Gustavo no próximo pleito.
Aparentemente, Fruet es-pera a definição de uma coli-gação PDT-PT para se lançar a prefeito. Rumores de que até o Partido Verde poderia ser sua legenda em 2012, mas isso foi logo desmentido.
Após concorrer ao senado em 2008, Fruet saiu do PSDB pelo mesmo motivo que o levou a dei-xar o PMDB em 2004: a falta de apoio do partido para sua candi-datura à prefeitura da capital.
Para as eleições do ano que vem, o PSDB abriu mão de can-didatura própria (o que Gustavo acha um absurdo) para apoiar Luciano Ducci, do PSB. A escolha teve influência do atual governa-dor? Com toda a certeza. Como sabemos que Beto e Fruet não se bicam muito... Em 2004, o PMDB fez o mesmo ao apoiar o petista Angelo Vanhoni. O PT, aliás, que segue na indefinição.
O deputado federal Doutor Rosinha e o estadual Tadeu Ve-neri são favoráveis a uma candi-datura própria do partido e, jun-tamente com Vanhoni, brigariam para disputar o cargo de prefeito da cidade.
Apesar disso, a alta cúpula do PT do estado está pendendo mais para uma filiação de Gusta-vo Fruet ao partido. Os ministros Paulo Bernardo e Gleisi Hoffman e até mesmo o deputado Enio Verri, presidente da legenda do estado, já sinalizaram que Fruet é o candidato preferido por eles e mesmo sem uma filiação dele ao partido devem ao menos tentar uma coligação para as eleições. O cenário mais provável é que Gus-tavo Fruet se filie ao PDT, e o PT entre com o vice na chapa, muito forte, por sinal. Caso isso aconte-ça, Tadeu Veneri e Rosinha já de-ram indícios de que aceitariam se lançar a vice do ex-tucano, apesar de Vanhoni ser o favorito. Coisas da política.
E o PMDB deve ter no “valo-roso” Rafael Greca o seu candida-to a prefeito, mais uma vez. Não está se discutindo aqui se foi bom ou ruim o seu mandato como pre-feito de Curitiba. Mas para quem sequer se elegeu deputado esta-dual nas últimas eleições, a prefei-tura parece um sonho um pouco distante.
100 políticos mais influentes do Brasil
DIAP
O Departamento Sindical de Assessoria Parlamentar (DIAP) divulgou a lista dos 100 políticos mais influentes do país, entre senadores e de-putados do Congresso Nacio-nal. São 91 homens e apenas 9 mulheres figurando na lista.
E a igualdade?
As mulheres da lista são as deputadas Alice Portugal (PCdoB-BA), Ana Arraes (PSB-PE), Luiza Erundina (PSB-SP) Manuela D’Ávila (PCdoB-RS), Rose de Freitas (PMDB-ES) e as senadoras Kátia Abreu (DEM-TO), Lúcia Vânia (PSDB-GO), Marta Suplicy (PT-SP) e Va-nessa Grazziotin (PCdoB-AM).Ainda: os 100 nomes há 62 de-putados e 38 senadores.
Representatividade
Os dois partidos com maior número de parlamentares na lista são o PT, com 27 nomes e o PMDB, com 14. Os dois são respectivamente os partidos com maior bancada no Con-gresso. Na terceira posição em número de parlamentares está o PSDB, com 13 nomes.
Paraná, já nasceste gigante...
O Paraná conta com nove nomes entre os 100. São eles o deputa-do Abelardo Lupion (DEM), o deputado André Vargas (PT), o deputado Dr. Rosinha (PT), o deputado Osmar Serraglio (PMDB), o deputado Rubens Bueno (PPS) e os senadores Ál-varo Dias (PSDB) e Roberto Re-quião (PMDB).
É gol!
Para a surpresa de muitos ana-listas políticos, o nome do ex-jogador de futebol Romário não consta da lista principal, sequer na lista paralela dos parlamen-tares em ascensão. O “Baixinho” está surpreendendo o meio polí-tico-esportivo com posições du-ras sobre a CBF e os gastos com a Copa do Mundo de 2014.
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Curitiba, quinta-feira, 22 de setembro de 2011
Meta da ONU é reduzir acidentes pela metade até 2020
CIDADANIA 3
Ontem (21) o vice-prefeito de Paranaguá, Fabiano Vicen-te Elias, assumiu o cargo de prefeito interino do municí-pio, ocupado há uma semana pelo presidente da Câmara de Vereradores, Jozias de Olivei-ra Ramos.
O prefeito José Baka Filho se afastou por motivos pesso-ais e deve retornar apenas no fim de setembro. Apesar de prefeito Baka já estar afastado há uma semana, Fabiano Elias só assumiu o cargo agora por-que também estava de licença
nicípio.Em seguida, foram rece-
bidos na sala de reuniões do gabinete do prefeito organiza-dores do Campeonato de Ve-locross, para tratar de assun-tos organizacionais.
Ainda pela manhã, Fabia-no Elias recebeu membros da Associação de Bares e Restau-rantes que apresentaram um projeto de evento que vai reu-nir mais de cinquenta tipos de chopp artesanais, com degus-tação grátis e ingresso a um valor de R$10,00.
Fabiano Elias permanece no cargo até o final do mês de setembro.
Débora Mariotto Alves por motivos de saúde.No discurso de posse, o
prefeito em exercício deter-minou que as obras deixadas pelo presidente da câmara se-jam continuadas e concluídas. Pediu também agilidade na execução de outras medidas emergenciais, como drenagem de ruas, asfalto, e, principal-mente uma mega operação “tapa-buracos”.
“Foi uma experiência mui-to boa. Estou no quarto man-dato como vereador e ainda como presidente da Câmara, e ser prefeito de Paranaguá é muito importante e sinto-me honrado”, declarou o vere-
ador Jozias no momento da transferência do cargo.
A leitura de transmissão do cargo foi feita pelo secretá-rio de Administração, Márcio Costa: “Na qualidade de subs-tituto legal, nos termos do pa-rágrafo 4º, do artigo 65 da Lei Orgânico do Município de Pa-ranaguá, toma posse Fabiano Vicente Elias”.
Esta é a terceira vez que o prefeito de Paranaguá, José Baka Filho, se licencia e cede a cadeira de alcaide para Fabia-no Elias.
“É um prazer reassumir essa função e é muito impor-tante para um homem público
assumir a prefeitura. A res-ponsabilidade é muito grande. Você passa a ser o pai da po-pulação”, finalizou o prefeito em exercício.
Após o término da soleni-dade de transmissão do car-go, o prefeito em exercício se reuniu com representantes da Secretaria de Obras para pas-sar as ordens de manutenção e outras medidas citadas no dis-curso de posse. Elias ressaltou as dificuldades para realização das obras, como o mau tempo e falta de maquinário, mas garantiu que será feito tudo o que for possível para fazer um bom trabalho à frente do mu-
Prefeito de Paranaguá se afasta e vice assume o cargo
Entre os dias 18 e 25 de setembro, acontece a Semana Nacional de Trânsito 2011, com o tema “Juntos Podemos Salvar Milhões”. As ações são uma tentativa de conscientizar o cidadão sobre a necessidade de respeito às regras de convi-vência no trânsito. O evento é promovido em parceria com o Ministério das Cidades e o De-natran, com o apoio de outros órgãos federais e estaduais.
A campanha se juntará à Década de Ações para a Se-gurança no Trânsito, que foi instituída em 2010 pela ONU – Organizações das Nações Unidas – com o objetivo de reduzir em 50% o índice de mortes oriundas de acidentes de trânsito no período de 2011 a 2020.
A proposta apresentada pelo Ministério das Cidades é de trabalhar com a comodi-dade do cidadão e o cenário atual, onde o trânsito se insere em um contexto sociocultural.
Uma das intenções da ação é de instigar a adoção de com-portamentos compatíveis com a necessidade de um trânsito seguro, independente de fisca-lização.
“É, logicamente, cada um
fazer o seu papel. O trânsito é formado por ações individu-ais, para que o coletivo venha a ter um resultado positivo. São ações em que você deve fazer a sua parte, não cometen-do infrações. A via é pública, não significa que ela é minha. É de todos, e eu tenho o meu espaço. Por isso, devo respei-tar o espaço dos outros”, afir-ma Marcelo Araujo, advogado e presidente da Comissão dos Direitos de Trânsito da OAB Paraná.
Apesar de a ONU estar trabalhando para diminuir as vítimas de acidentes fatais, a violência no trânsito apresen-ta um constante aumento nas tabelas de pesquisas.
No Brasil, de acordo com dados do Denatran – Depar-tamento Nacional de Trânsi-to – têm-se registrados mais de 68 milhões de veículos, em números referentes ao mês de agosto deste ano.
A taxa de mortalidade no trânsito, no Brasil, é conside-rada alta: são 18,9 fatalidades para cada grupo de 100 mil ha-bitantes, em dados do Ministé-rio da Saúde.
Taxas consideradas razoá-veis, de acordo com os parâ-metros da OMS – Organização Mundial de Saúde – são de 5 mortes para cada grupo de 100 mil habitantes.
No I Congresso Mundial Ministerial de Segurança Viária, realizado em novembro de 2009 em Moscou, ficou definido que o período de 2011 a 2020 seria a Década Mundial de Ação Pela Segurança no Trânsito. E neste período, ficou programado para que as taxas de mortalidade fossem reduzidas em 50%.
Em resolução editada pela ONU, ficou estabelecido que a Organização Mundial de Saúde, juntamente com outros organismos internacionais, terão a audaciosa missão de diminuir pela metade o número de fatalidades. Hoje, de acordo com dados da própria OMS, são registrados mais de 1 milhão e 300 mil mortes por ano, que têm como princi-pais vítimas as pessoas com faixa etária entre 15 e 44 anos de idade. A OMS caracteriza as perdas provocadas pelo trânsito como epidêmicas.
Marcos Monteiro
18,9 a cada 100 mil habitantes morrem por ano acidentados no trânsito brasileiro
Diego Silva
No Brasil são mais de 68 milhões de veículos transitando pelas ruas
Curitiba, quinta-feira, 22 de setembro de 2011
ECONOMIA
A euforia por compras em shoppings center, face aos fes-tivais de promoções, ofertas mirabolantes, além do assédio, têm levado grande parte da ju-ventude brasileira a experimen-tar o sabor da inadimplência.
A universitária curitibana Ana Carolina Nascimento, 24 anos, pagou apenas a primeira parcela das roupas e calçados que comprou para a chegada do inverno e confessa que, com o salário que ganha, dificilmen-te conseguirá honrar o compro-misso.
“Quando entro numa loja, me esforço para não comprar, mas, diante das facilidades, através do parcelamento, acabo cedendo aos prazeres do consu-mismo. Depois, quando chega a fatura do cartão de crédito, me arrependo e já nos primeiros dias do mês fico no vermelho”, conta.
Ana Carolina faz parte do universo de 70% dos brasileiros que, segundo dados da Asso-ciação Comercial do Estado de São Paulo, sofrem do mal crô-nico da atualidade: o endivida-mento.
Ao lado dela, cresce um ba-talhão de jovens que se aventu-ram no consumismo e acabam como devedores e sem crédito. Sem noção para lidar com o di-nheiro do salário, esses jovens vêm aumentando o bolo da inadimplência no País.
Pesquisa realizada no início de junho pelo Instituto de Eco-nomia Gastão Vidigal, da Asso-ciação Comercial de São Paulo (ACSP), revela que os jovens,
entre 21 e 30 anos de idade, que somavam 28% dos paulistanos inadimplentes no mês de mar-ço, chegam, hoje, a 41%.
O levantamento mostra que, para 60% deles, será impossível sanar as contas em 30 dias, ain-da que a maioria desses jovens faça parte do grupo dos que es-tão empregados e que recebem, mensalmente, entre dois e três salários mínimos (de R$ 1.021 a R$ 1.530).
Em relação a todo o territó-rio nacional, a pesquisa mos-tra que, a cada ano, cresce o número de jovens brasileiros endividados. De acordo com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), somente no mês de maio a inadimplência aumen-tou em 8,21%, comparada ao mesmo período de 2010.
Foi o quarto crescimento consecutivo da taxa no ano, frente aos resultados do ano anterior, o que reflete nos nú-meros coletivos da economia do País. O aumento preocupa o comércio e alerta o varejo da necessidade de vigilância para os próximos movimentos da inadimplência.
PesquisaNo Estado do Paraná o qua-
dro não é diferente do aponta-do pela Associação Comercial de São Paulo. Levantamento realizado pela Associação Co-mercial do Paraná (ACP), no ano de 2010, revela que dos 499 paranaenses inadimplentes en-trevistados, 48,5% são jovens de 21 a 30 anos.
Na pesquisa, dentre as cau-sas da inadimplência, então a perda de emprego (39,1%); empréstimo do nome (16,6%); outros (11,6%); o descontrole de
Anelise RodriguesMarcos Monteiro
gastos (9,8%); a queda de renda (8,4%); doença familiar (7,4%); o desempregado de algum pa-rente (4,0%); e o fato de ter sido fiador ou avalista (3,0%).
Diante da pergunta: como pretende honrar seus compro-missos no comércio, 56,7% dos devedores afirmam que a solu-ção será o próprio salário men-sal, acompanhado do corte de gastos.
Dos 499 entrevistados, 255 expressam ainda o desejo de fazer novas compras, mesmo como devedores. Entre o que pretendem comprar estão, nes-sa sequência de importância, imóvel, automóvel, eletrodo-mésticos e celulares.
O jornalista Sílvio Aurichio, da ACP, afirma que o aumen-to da inadimplência se deve ao crescimento no consumo significativo na classe C, fazen-
do com que os jovens de 21 a 30 anos estejam comprando seus primeiros imóveis e auto-móveis, enquanto jovens das classes A e B apenas fazem a reposição dos produtos que já adquiriram.
Para o jornalista, a realidade é que, por ser a primeira com-pra dos jovens pertencentes a esta classe, eles ficam ainda mais apressados em consumir o que nunca tiveram, o que os leva mais rápido à inadimplên-cia.
Falta de planejamento A falta de planejamento,
o bombardeio de promoções, as propagandas apelativas na mídia e as longas parcelas nos cartões de crédito, com parce-las que tendem a ser cada vez menores e em mais vezes, vão sutilmente estrangulando o or-
çamento de muitos jovens. Estas são, portanto, as prin-
cipais armadilhas para o endivi-damento de consumidores mais jovens que possuem renda fixa. Outro fator relevante é a falta de controle orçamentário, ou a fal-ta de vontade de fazê-lo.
Para o economista Ander-son dos Santos, se todos os gastos fossem colocados numa agenda, apenas colocando no papel, com um extrato bancário em mãos, ou em uma planilha, já seria suficiente para que o jo-vem se conscientizasse sobre o que está gastando e o que real-mente pode gastar.
Ele orienta, afirmando não existir outra maneira de ajuste financeiro a não ser a seguinte postura: controle de gastos des-necessários; organização desses controles e mudança de hábitos e comportamento.
70% dos brasileiros estão endividados
Quase 50% dos endividados são jovens entre 21 e 30 anos
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Dados da ACSP mostram que faixa de devedores que mais cresce é a dos jovens
Curitiba, quinta-feira, 22 de setembro de 2011 5
TELA UN - Com os avanços tecnológicos que têm surgido no jornalismo, qual será o ce-nário para o profissional?
O cenário é complexo, com inúmeras variáveis, e é difícil fazer uma previsão exata. O que se pode afirmar é que nós vamos testemunhar o surgi-mento de muitas tendências novas e muitas dessas novas tecnologias vão ganhar espa-ço também. Mas, no Brasil em particular, o cenário não vai ter uma transformação ainda tão absoluta. Tudo leva a crer no que Brasil a televisão aberta ainda vai ter uma dominância muito significativa. Ela já vem sofrendo alguns impactos em alguns novos elementos e algumas transformações de comportamento, mas ainda vai ter um peso muito signi-ficativo. Haverá um espaço para as mídias tradicionais, talvez com algumas mudanças de participação e alcance, mas vamos enxergar um cenário multíplice, com um volume
“Buscamos jornalistas inquietos”, diz Guilherme Cunha PereiraVice-presidente do GRPCOM aponta posicionamento do grupo diante das mudanças de mercado
ENTREVISTA
Guilherme Cunha Pereira é vice-presidente do Grupo Paranaense de Comunica-ção, o GRPCOM, e falou no quadro do Tela Un Atuali-dades sobre as mudanças dos avanços tecnológicos no jornalismo, além da importância da formação humanística que o profis-sional deve ter. Cunha Pe-reira ainda acredita que o jornalista deve estar ciente de seu papel na sociedade para ser um transformador social.
Para assistir na íntegra, acesse www.youtube.com/telaquadros
muito grande de novos meios e de novas formas de comu-nicação, de uma mudança na aquisição de informação. Não creio que vá significar nesse momento um desaparecimen-to do modelo atual.
TELA UN - Como o GRP-COM (Grupo Paranaense de Comunicação) está trabalhan-do com a influência dessas novas mídias?
Estamos trabalhando como boa parte dos veículos de co-municação de maior porte – estudando muito, criando grupos de trabalho para en-tender, analisar e mergulhar nessas novas tendências. Não creio que haja modelo pré-es-tabelecido. O que se percebe é uma tendência e experiências diversas em diversos veículos. O que nós estamos tentando é olhar esse conjunto e observar que experiências fazem mais sentido na nossa lógica e nos-sas convicções e buscamos ao mesmo tempo inovar. O gru-po tem procurado criar um cli-ma propício à inovação e des-pertar nas equipes o desejo de fazer uma transformação, uma comunicação mais efetiva.
TELA UN - Como o profissio-nal deve se comportar nesse novo ambiente? Hoje se ques-tiona se o público, com essa interação, não estaria tirando o lugar desse profissional.
Nesse cenário a população vai ter mais acesso a múltiplas fontes de informação. Mas há uma necessidade muito gran-de de informação apurada de forma sistemática e com quali-dade. O curioso é que um nú-mero significativo de empre-sas de comunicação julga que o mais importante é ter pro-fissionais com múltiplas habi-lidades que são capazes de se
dar bem em qualquer tipo de plataforma. Não há dúvidas de que isso é importante, mas continuo achando que ainda mais importante e decisivo é a formação consistente, pessoas com uma formação humanís-tica, sólida com uma compre-ensão e sensibilidade para que aquilo que é relevante para uma sociedade. O desafio para o profissional é ser um pro-fissional cada vez mais bem preparado principalmente em conteúdo - alguém que tenha profundidade superior àquela que vemos na formação das próprias faculdades.
TELA UN - O GRPCOM é um dos únicos grupos que tem um processo seletivo na forma de trainee. Qual estão sendo os resultados e as ex-pectativas desse processo?
O resultado está sendo ex-traordinário. Nós temos uma preocupação muito grande como o grupo pode selecionar profissionais mais competen-tes de todo o país. Nós enten-demos que é preciso fugir um pouco do modelo usual exis-tente nas empresas de comu-nicação, que é o de contratar por referências, por alguém que já está no mercado de uma forma ou de outra. Nós enten-díamos que era preciso buscar um potencial maior, medido não propriamente pela experi-ência. O modelo de ir ao mer-cado, a todas as universidades do país – já que nosso curso é voltado somente para o Para-ná – era decisivo. O modelo já tem alguns anos de vigência e esses anos permitiram que nós chegássemos mais perto com profissionais e isso está transformando claramente o perfil dos jornalistas, tanto da TV quando do jornal, mais fortemente no jornal impresso. Em uma segunda etapa, além
do processo de seleção – que é uma prova que seleciona um número pequeno e depois faz um treinamento mais prag-mático, nós introduzimos um curso de formação com uma forte carga humanística, além de uma reflexão importante sobre o jornalismo e isso está tendo uma repercussão muito boa. Nós acreditamos que va-mos ter em breve uma reda-ção sem igual entre veículos regionais, acho que terá uma repercussão muito forte com o jornalismo que vai ser feito no grupo.
TELA UN- E com essa forma-ção humanística, até onde se pretende ir?
Nós acreditamos que sobre-tudo o jornalismo é ajudar o cidadão a chegar a sua dimen-são mais fundamental como cidadão e como pessoa. O que nós necessitamos é de jorna-lista que é capaz de tornar as pessoas mais conscientes disso e isso não se faz sem essa visão humanística mais forte. O que nós queremos é isso: jornalis-tas inquietos, com grande for-mação, com uma visão muito clara do seu papel transforma-dor na sociedade. É isso que procuramos alcançar. TELA UN - O senhor vê o jor-nalismo de forma mais local ou global?
Depende muito da concepção de cidadão que se tenha. Se faz um jornal voltado para o cidadão interessado, forma-dor de opinião. Que cidadão eu quero formar? Não creio que um cidadão realmente responsável e consciente do seu papel na sociedade seja um cidadão uma e exclusiva-mente interessado pela sua re-alidade mais imediata e local. Não creio que se possa ajudar
a formar cidadão mais plenos com uma visão exclusivamen-te local. Ele continua tendo a obrigação de trazer para aquele cidadão interessado uma visão de mundo muito ampla que ajude-o a tomar suas decisões, a enxergar quais são as gran-des tendências. É óbvio que se ele se envolve mais forte-mente com a sua comunidade, ele também acaba tendo um desenvolvimento maior como cidadão, então o local tem um peso muito grande mas não significa de forma alguma o abandono de uma visão mais ampla e geral. É claro que um jornalismo mais voltado para uma população mais ampla, um espectro mais largo de pes-soas, gera uma necessidade de atenção de interesses mais ime-diatos, que são absolutamente legítimos e valiosos.Fala-se que estamos caminhan-do para um individualismo, que o jornalismo está ficando muito segmentado...Nós entendemos que o nosso papel como veículos de comu-nicação generalistas, que é di-ferente do papel de um veículo segmentado, é o de estimular o cidadão a se interessar pelo conjunto e pelo que conforma o bem da sua sociedade. Daí a nossa escolha de fornecer e dia-logar, dando uma visão mais amplo de informação.
TELA UN - Para onde o GRP-COM vai caminhar tentando fazer esse jornalismo mais cidadão?Parte desse desafio é conse-guir mobilizar mais a socie-dade, melhorando e apri-morando a qualidade dos nossos veículos com conte-údo, com jornalistas mais preparados, uma discussão mais intensa, mas ao mesmo tempo sentimos a necessida-de de uma ação mais forte de mobilização.
Laura Beal BordinGeórgia Gwendstchner
Curitiba, quinta-feira, 22 de setembro de 2011
Trabalhadores do mundo,
As 5 +
Quando Marx disse essa frase mal sabia que de um jeito ou de outro alguns de-les iriam mesmo se unir. No Brasil, um exemplo clássico da organização do proleta-riado em torno de lutas pela melhoria nas condições de trabalho e remuneração é a Central Única dos Trabalha-dores (CUT).
A CUT foi criada por membros do Partido dos Tra-balhadores (PT) com o intuito de dialogar diretamente com os empresários e industriais em prol dos trabalhadores e trabalhadoras. Como agen-te social, a CUT atua não só em assembleias e mobiliza-ções sindicais, mas também enquanto protagonistas de transformação social.
Aqui mesmo em Curitiba, leitor, leitora, a atuação da CUT perpassa por ações con-juntas com outros movimen-tos sociais. Ontem houve uma vigília em frente à Câmara Municipal de vereadores, ato esse, contra a situação do ve-reador João Cláudio Derosso (PSDB). Atitudes como esta mostram o papel de educação sócio-política que a CUT tem
A coluna de música deste semestre terá um novo forma-to.Farei uma lista das cinco melhores músicas que me in-dicaram na semana e farei um breve comentário.
Essa primeira edição do formato traz um leque de can-tores brasileiros que estão se destacando no cenário musi-cal.
Sustentável
A música “Na Ponta Dos Pés”, da banda gaúcha Apa-nhador Só, é curta, fácil de ficar na cabeça e com aque-la cara de domingo. Quando chega o final, dá até aquela sensação de “já acabou? Mes-mo?”. Para ter mais graça ain-da: versão acústica Sucateiro. Com instrumentos de sucata, o álbum apresenta suas músi-cas com um charme singular.
Para rever conceitos Jazz bom, de qualidade,
impossível de não gostar. O conjunto Jazz Cigano Quinte-to preenche qualquer ambien-te com muita vida com a músi-ca “Swing Gitane”. Conheci e logo soube que a banda acaba de lançar seu CD em um es-petáculo no Teatro do Paiol. O gênero pouco procurado tem marcações fortes bastan-te agradáveis. Para quem não está acostumado, vale a pena dar uma chance, ouvir e se deixar embalar pelos ritmos agitados dos violões.
Caminhada
Da mesma leva de novos
MOVIMENTOS SOCIAIS MÚSICA
Aline Reis Sofia Ricciardi
6
@alinereis_lhp
Cursa o 6° período da noite e publica seus textos no endereço devaneiosciberneticos.blogspot.com
@sofiaricci_
Cursa o 4° período da noite e publica seus textos no endereço sofisticadablog.com.br
em relação aos trabalhadores e trabalhadoras de todo Brasil.
Atualmente, uma das prin-cipais bandeiras da CUT é a redução da jornada de traba-lho para 40 horas sem redução de salário. A ação é embasa-da em estudos desenvolvidos pelo Departamento Intersin-dical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) que revelam benefícios na redu-ção. Um dos pontos positivos é a queda do desemprego já que, com menos horas traba-lhadas, os empresários e in-dustriais teriam que contratar mais gente.
A próxima mobilização en-cabeçada pela CUT será uma greve geral dos bancários. A ação pode ser deflagrada nes-ta terça-feira (27) e vai atingir todos os Estados do Brasil. A intenção não é prejudicar o usuário, gente do proletariado como os trabalhadores e traba-lhadoras filiados à CUT, mas sim fazer com que os patrões repassem de forma justa os lu-cros obtidos pelos bancos.
Gostou? Quer saber mais? Acessa lá: www.cut.org.brAté a próxima!
cantores paulistas que Tiê faz parte, Bárbara Eugênia e Tatá Aeroplano! A música “Dos Pés” é feita de vozes baixas e muita sintonia entre os músi-cos. A letra, em forma de po-esia, é suave e com jeito de amor eterno.
O estranho que faz dançar Devendra Banhart pode ser
um cara esquisito, até certo ponto bizarro, mas não posso negar que seu último álbum não sai do meu fone. A música “16th & Valencia Roxy Music” é ótima para dançar e come-çar qualquer noite. No mesmo disco, outras músicas seguem a mesma linha e oferecem um ótimo conjunto de músicas para tocar a noite, ou para ou-vir no fone enquanto estamos correndo cheios de coisas para fazer e precisamos ouvir algo para não perder o ritmo.
Tropeçando Tiê tem o dom de fazer toda
música ficar aconchegante, até mesmo aquelas que já eram boas antes dela cantar. Em “Só Sei Dançar Com Você”, mú-sica composta pela talentosa Tulipa Ruiz, Tiê exibe mui-to bem o lado meio sem jeito e apaixonado de falar sobre amor. A participação de Mar-celo Jeneci no acordeon deixa a música romântica e mais bonita ainda. Com os dois, a versão tomou mais vida, mes-mo que Tulipa soubesse muito bem cantá-la. A música nos dá vontade de sair para dançar sem jeito, como a própria letra sugere.
Divulgação
Clarice Mentiu
uni-vos!
Curitiba, quinta-feira, 22 de setembro de 2011 7
Maria da Penha é do tipo de moça que veio do interior e gosta de puxar papo na condução, no ôni-bus e metrô. Maria é tão bonita quanto um amor re-tribuído. Ela tem os olhos verdes e a pele levemen-te bronzeada. Não tenha duas teclas no piano. Fal-tavam-lhe dois dentes da frente e me questionava a todo o momento se eu colocaria essa informação no texto que pedi para es-crever sobre ela. Timidez disfarçada de ímpeto jor-nalístico; respondo, sem delongas, que escreveria o que ela quisesse.
Pediu-me que escreves-se sobre o desinteresse das pessoas que tomam ônibus com ela. Sobre a falta de as-sunto. Sobre Rodrigo, o na-morado que severamente lhe punia com alguns cascudos durante a noite. Sobre a infe-liz coincidência entre Maria da Penha e a lei que nunca conseguia por em prática, sobre o estranho trocadilho que haviam lhe cunhado, Maria da Penha era quase Maria dá Pena, mas eu não tive pena de Maria. Tive sim foi satisfação em tê-la como companheira de viagem. Maria me disse prontamente para não mentir sobre fal-ta de dentes. Jocosa, sorriu e imitou um pianista. Uma desculpa sem graça para todos aqueles que sempre olham e fingiam que os den-tes não faziam falta. Assim desse jeitinho, sem manei-rismos. Sobre uma moça que não se demorou donzela, não teve gosto pelo casar. O caminho encurtava, enquan-to compartilhávamos. O dia estava realmente bonito, nítido, enquadrado pelo vi-dro dos meus óculos, uma
composição estranhamen-te confortável, um dia para sentir-se bem – encontrando dentro de si uma parte que te é estranha.
Maria era uma condição sine qua non, uma prova ir-refutável da existência de um ser superior, que por amor musicou todo sentimento naqueles quadris morenos. Com uma sutileza notavel-mente sobrenatural, ajeitava os longos cachos. Uma obra divina essa Maria. O dia apontava uma semana ver-melha, das entranhas de um agosto pacífico fatalmente poente. Um agosto que se ar-refece e, de repente, esquen-ta. Incompreensível. Impre-visível como os amores das Marias que passam por ele
com o passo apertado, te-mendo a crendice popular sobre os desgostos desses trinta e um dias.
Ouço o barulho bravio dos carros que, embotados de aço e lágrimas, se apertam entre as estreitas ruas da capital oblíqua. Olho Maria. É tempo de despe-dida. Dois anos mais velha do que eu, dois filhos a mais – os dois ainda não tive. Era bonita e lasciva. Faltavam-lhe dois den-tes e não lhe eram nada excru-ciantes. Clarice mentiu.
Por Camila Rodrigues
Clarice Mentiu
Há dias estou com vontade de escrever, mas, escrever o quê? So-bre o quê? Por quê?
Tanta coisa me aconte-ce durante um dia, uma semana, um mês, uma vida e escolher apenas uma para escrever é difí-cil e muitas vezes faz com que eu não escreva nada.
Abro o editor de tex-to, vejo a folha branca e tantas coisas me vêm à mente, mas nada vai ao papel. A tela do compu-tador está suja e empo-eirada e falta animação para limpá-la, mas enfim, não é apenas a tela que
está, a vida está, as pes-soas estão, o mundo está.
Parece uma visão pes-simista, mas vejo como realista, o mundo é, sem-pre foi e pode continuar a ser assim.
Enfim, escrever é um ato de libertação, de cura. Libertação dos pen-samentos presos, liberta-ção de tabus, libertação da moral e cura da alma ferida, cura do coração partido, da doença de vi-ver.
Queria escrever mais, mas, a fadiga do dia-a-dia não me deixa ser as-sim tão feliz.
EscreverPor Cíntia Aleixo
Marcos Monteiro
Curitiba, quinta-feira, 22 de setembro de 2011
ENSAIO FOTOGRÁFICO
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Quem passou pela Praça Santos Andrade na tarde do fe-riado de 7 de setembro, deparou-se com manifestantes levan-tando faixas e usando máscaras. Entre os gritos de “abaixo a corrupção” e “viva a revolução!”, o grupo conhecido como Anonymous realizou manifestações contra a corrupção nas principais capitais do Brasil.
ANÔNIMOSPor Paula Nishizima