lona 745 - 17/09/2012

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[email protected] @jornallona Ano XIII - Número 745 Jornal-Laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo Curitiba, segunda-feira, 17 de setembro de 2012 O único jornal-laboratório DIÁRIO do Brasil lona.redeteia.com Superproteção dos pais pode prejudicar os filhos pág. 3 Brasil tem colocação histórica na palimpíada 2012 pág. 2 Mostra de profissões pág. 4 OPINIÃO EDITORIAL Segundo dados da Pesquisa de Orçamento das Famílias (POF), divulgada pelo IBGE, o segmento em que o brasileiro tem mais gastos é o da moradia; alimentação e transporte vêm em seguida Stephany Guebur Gastos dos brasileiros aumentam R$745 em seis anos Alunos visitam cursos na Mostra de Profissões 2012 Professores acreditam que este contato com a profissão para os alunos do ensino médio é muito importante para a escolha do curso

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JORNAL-LABORATÓRIO DIÁRIO DO CURSO DE JORNALISMO DA UNIVERSIDADE POSITIVO.

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Curitiba, segunda-feira, 17 de setembro de 2012

[email protected] @jornallona

Ano XIII - Número 745Jornal-Laboratório do Curso de

Jornalismo da Universidade PositivoCuritiba, segunda-feira, 17 de setembro de 2012

O único jornal-laboratório

DIÁRIOdo Brasil

lona.redeteia.com

Superproteção

dos pais pode

prejudicar

os filhos

pág. 3

Brasil tem

colocação histórica

na palimpíada 2012

pág. 2

Mostra de profissões

pág. 4

OPINIÃO

EDITORIAL

Segundo dados da Pesquisa de Orçamento das Famílias (POF), divulgada pelo IBGE, o segmento em que o brasileiro tem mais gastos é o da moradia; alimentação e transporte vêm em seguida

Stephany Guebur

Gastos dos brasileiros aumentam R$745 em seis anos

Alunos visitam cursos na Mostra de Profissões 2012

Professores acreditam que este contato com a profissão para os alunos do ensino médio é muito importante para a escolha do curso

Curitiba, segunda-feira, 17 de setembro de 20122

Expediente

Reitor: José Pio Martins | Vice-Reitor e Pró-Reitor de Administração: Arno Gnoatto | Pró-Reitora Acadê-mica: Marcia Sebastiani | Coordenadora do Curso de Jornalismo: Maria Zaclis Veiga Ferreira | Professo-res-orientadores: Emerson Castro e Marcelo Lima | Editores-chefes: Gustavo Panacioni, Vitória Peluso e Renata Silva Pinto| Editorial: Maiara Yabusaki

O LONA é o jornal-laboratório do Curso de Jornalis-mo da Universidade Positivo. Rua Pedro Viriato Pari-got de Souza, 5.300 - Conectora 5. Campo Comprido. Curitiba - PR. CEP: 81280-30 - Fone: (41) 3317-3044.

Opinião Editorial

Estereótipo prejudicialVictor Hugo Turezo

Sétimo lugar no quadro geral de medalhas. Esse era o objetivo da delegação brasileira para as Paralimpíadas de Londres 2012, meta alcançada com sucesso pelos espor-tistas que daqui a quatro anos terão como cenário da com-petição a sua casa, e, provavelmente, um objetivo ainda mais ambicioso.

A colocação histórica rendeu aos brasileiros 43 meda-lhas ao total, sendo 21 de ouro, 14 de prata e oito de bron-ze. Ao chegar aqui, foram recebidos calorosamente pelo povo, não sem razão, uma vez que foram eles os responsá-veis por fazer o brasileiro vibrar de novo após o fracasso dos atletas nas Olimpíadas, realizadas semanas antes. Pa-rabenizados pela Presidenta Dilma, eles agora dão início a um novo ciclo paralímpico.

Esses atletas devem ser reconhecidos, não somente por todas as dificuldades que tiveram que passar e superar, mas pelo esforço de lutar todos os dias para fazer o que gostam, e acima de tudo vestir a camisa e brigar pelo nome da sua nação. Vestir a camisa, aliás, uma prática que falta aos atletas que aparentemente não carregam qualquer tipo de deficiência física, porém acabam pensando mais em si mesmos e no seu nome, do que na bandeira que carregam no peito.

Os atletas paralímpicos são merecedores do nosso res-peito, pois conseguem atropelar as adversidades e vencer, ou perder, sem culpar o adversário, a delegação ou o ven-to. Se estão lá é porque, de uma maneira ou de outra, já são vencedores, já conquistaram a chance de estar em uma competição mundial, e ser reconhecido como um dos me-lhores do mundo seja qual for o esporte que pratica é um privilégio que poucas pessoas terão em toda a vida.

Exemplos de motivação, superação e força de vontade são as coisas mais valiosas que devemos tirar dessa com-petição. Tão valiosas quanto às medalhas esses valores é que construirão a base para o futuro dos paratletas.

Medalhas mais que valiosasSimilar à Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Rio de Janeiro, a instalação da Uni-

dade Paraná Seguro (UPS) em Curitiba, visa combater o tráfico de drogas e a violência nos grandes centros de atuação dos marginais. Além disso, tenta realizar uma política de aproxi-mação com os moradores diretamente expostos aos malefícios conduzidos pelo crime orga-nizado da região, que ao todo já somam sete pontos estratégicos instalados em bairros como Uberaba, Sítio Cercado, CIC e Parolin.

O trabalho das polícias Civil e Militar é desenvolvido de forma conjunta. Investigações e a aplicação de ações preventivas para conter os problemas dos bairros são os principais métodos de combate. Ainda assim, os resultados apresentados não são muito satisfatórios.

No Uberaba, por exemplo, após a instalação da UPS, mesmo com o aumento do número de policiais – um militar para cada 400 moradores – média bem acima se comparado ao do Estado do Paraná, que conta na média com um policial para cada 700 residentes, ocorreram 15 mortes. Dado que preocupa os moradores da região que, ao invés de se sentirem protegidos e seguros com o reforço policial, ficam preocupados com futuras abordagens dos criminosos.

Exigir o fim da violência e do tráfico de drogas é uma questão fora da realidade. Para acabar com esses dois elementos, deve-se exigir muito mais que ações de repressão por parte do Estado. Há de haver uma maior absorção da sociedade como um todo para que ela tome realmente conhecimento de que pode fazer muita diferença na luta diária aos maus que asso-lam a coletividade.

Para que isso ocorra, primeiramente a sociedade tem de banalizar o estereótipo de que só existem policiais corruptos e envolvidos nos meandros do crime. É óbvio que há corrupção na polícia, como há em qualquer outro ofício, mas a população deve olhar com carinho os que exercitam seu papel de maneira adequada, buscando proteger a comunidade. Criar um elo mais eficiente entre a sociedade, polícia e governo pode ser o pontapé inicial para o combate de maneira mais significativa aos males que afligem os bairros mais violentos de Curitiba.

Superproteção e seus prejuízos

Atualmente muitas famílias vêm sofrendo com o problema da superproteção. A ideia de evitar a exposição dos filhos aos perigos do mundo em que vivemos acaba prejudicando o desenvolvimento de crianças e jovens. Na psicologia, o problema da superproteção ganhou o nome de “Síndrome de Marlin”, baseado no filme “Procu-rando Nemo”, onde é visível a urgência do pai de proteger o filho de todos os riscos.

A preocupação excessiva pode afetar de maneira negativa até mesmo os pais, que acabam se desgastando e se tornando pessoas estressadas. Dessa forma acabam as-sumindo a responsabilidade de situações para as quais seus filhos já teriam capaci-dade de tomar decisões. A dependência das crianças acaba gerando adultos ansiosos, inseguros e com falta de iniciativa. Essas são apenas algumas das sequelas que essa criança levará para a vida adulta.

A dificuldade de lidar com os problemas acaba se tornando um fato comum, não somente da área de trabalho como também nos aspectos de relacionamentos. Além disso, a superproteção paterna pode surtir o efeito contrário, trazendo o desejo de uma exposição exagerada e o dever de desobedecer às regras estipuladas pelos pais.

Existe uma enorme diferença entre impor limites e superproteger. É necessário que a criança tenha compreensão de como lidar com seus erros e frustrações, revendo suas atitudes e aprendendo com as mesmas.

Tirar a independência de um filho é algo inadmissível e pode interferir de forma drástica na vida do mesmo. Não é difícil identificar que muitas vezes a baixa autoesti-ma é apenas uma consequência da superproteção, o que pode gerar adultos frustrados e sem autonomia.

Marina Geronazzo Solon

Curitiba, segunda-feira, 17 de setembro de 2012 3

Despesa do brasileiro aumentou em 44,5% de 2002 a 2008

Camila TebetStephany Guebur

A despesa do brasileiro au-mentou R$745 em seis anos, segundo dados da Pesquisa de Orçamento das Famílias (POF) 2008/2009, divulgada na última sexta-feira pelo Instituto Brasi-leiro de Geografia e Estatística (IBGE). O valor representou um crescimento de 44,5%, sem considerar a inflação, em rela-ção à POF anterior (2002/2003). Na época, a despesa média do brasileiro era de R$1.674,56. Em 2009, o valor registrado foi R$2.419,77.

Segundo a pesquisa, o seg-mento que o brasileiro possui mais gastos, é o da moradia. 29% das despesas são com alu-guel ou compra de imóveis, o que representa, em média, R$765,89. Logo em seguida vem a alimentação (16,1% da renda), transporte (16%), saúde (5,9%), poupança (5,8%) e edu-cação (2,5%). Os gastos médios com alimentação podem chegar até R$421,72 por mês e a edu-cação a R$64,81.

De acordo com a economis-ta Elaine Dmeterko, as despe-sas habitacionais são as mais altas porque grande parte dos brasileiros pagam aluguel ou financiamentos. “Além disso, ainda existem outros gastos que acredito que podem ser consi-derados como vinculados à mo-radia, como condomínio, luz, água, telefone, entre outros”, afirmou.

Brasileiros gastam mais com moradia, cerca de 29% do total de seus gastos são com este segmentoPerfil das famílias

Famílias que possuem uma pessoa de referência (que arca com a maior parte dos gastos) com idade entre 50 a 59 anos, são as que têm as maiores des-pesas correntes. Os gastos de 2009 atingiram 47,2% a mais do que o POF de 2002/2003, chegando a R$2.898,39 por mês. Para estas famílias, o cus-to médio de moradia representa R$873,97 (27,9%).

As famílias em que o chefe possui 70 anos ou mais che-gam a gastar 37,6% com mora-dia. Nas que são formadas por apenas uma pessoa, os gastos habitacionais chegam a 35,4% das despesas totais. Aquelas em que a pessoa de referência é uma mulher, que vive com os filhos, os gastos representam 32,4% do total. Famílias com-postas por casais com filhos são as que menos gastam com mo-radia, com 27,3%.

Outros gastos

Os gastos do brasileiro com a saúde aumentaram de 7% em 2002/2003 para 7,2% em 2008/2009. Nas regiões Sudes-te e Sul, os gastos aumentaram, passando de 7,5% para 7,9% e de 6,6% para 7% da renda total, respectivamente. Nas outras re-giões, os brasileiros passaram a gastar menos com a saúde, prin-cipalmente na região Norte, que apresentou a maior baixa, pas-sando de 5,4% para 4,9%. Em números absolutos, em 2009 a região Sudeste apresentava o maior gasto por mês, com

R$198,89, contra R$82,22 da Região Norte. Áreas urbanas e rurais também apresentaram di-ferenças. Enquanto os morado-res da cidade gastam R$167,58 por mês, os moradores do cam-po gastam R$79,19.

Quase metade (48,6%) dos gastos da saúde são com remé-dios, seguido pelos planos de saúde, que representam 29,8%. Outras despesas, como con-sultas e tratamentos dentários, hospitalização, entre outros, representam menos de 5% cada um. Os gastos com remédios e planos de saúde aumentaram, desde 2002. Antes eles repre-sentavam 44,9% e 25,9%, respectivamente. Segundo o economista Carlos Magno, o avanço da tecnologia farma-cêutica contribui para esses dados. “A indústria farmacêu-tica avançou muito e, para vi-ver por mais tempo, as pesso-as procurar remédios; somos de uma geração que combate muitas doenças, como stress, depressão, entre outras. Isso acaba ajudando para que os gastos nesta área aumentem”, disse.

As despesas com trans-porte registraram um aumen-to de 0,9% comparado à POF 2002/2003, sobretudo pelo au-mento das despesas dos casais e dos casais com filhos. As famílias compostas por casal com filhos obtiveram o maior peso, com 17,7%.

A alimentação teve gas-tos semelhantes para famílias brasileiras de diversos tipos. Para casais com filhos e ou-tros parentes a despesa chegou

a 18,2%, enquanto as famílias somente com casais com filhos registraram 16,3% do gasto fa-miliar.

A pesquisa também obteve resultados dos valores gastos com viagens. O brasileiro gas-tava, em média, R$50,16 por mês com viagens eventuais em 2008/2009. Os brasileiros com renda superior a R$3 mil gastam R$147,63 com viagens por mês, enquanto as famílias que possuem renda inferior a R$910 gastam apenas R$8,46. “As famílias com maiores ren-dimentos mensais gastaram o triplo da média nacional e qua-

se 18 vezes a quantia estimada para as famílias de menor ren-dimento”, afirma o pesquisador do IBGE José Mauro Freitas.

Em relação à alimentação, a pesquisa concluiu que os bra-sileiros gastam com ela, em média, 16,2% do seu orçamen-to. Este valor varia entre os diferentes tipos de trabalhado-res. Empregados domésticos, por exemplo, chegam a gastar 23,3% de suas despesas com alimentação, mais do que o do-bro do que gastam os empresá-rios, que obtiveram 11,5% das suas despesas totais com comi-da.

Moradia é o maior gasto dos brasileiros, sendo aluguel ou compra de imóveis

Stephany Guebur

Curitiba, segunda-feira, 17 de setembro de 20124

Renata Silva Pinto

Mostra de profissões leva alunos para conhecer cursosVisitas guiadas mostram aos pré-vestibulandos o funcionamento dos cursos da UP

A mostra de profissões 2012 da Universidade Positi-vo (UP) leva estudantes para visitar seu curso de escolha. Nesta quarta, quinta e sábado aconteceram visitas guiadas no período da manhã (8h40 às 11h40) e tarde (14h15 às 17h15). No curso de Jornalis-mo, pré-vestibulandos visita-ram os veículos da Rede Teia e conheceram mais sobre o curso da UP.

Marcelo Lima, professor do curso de Jornalismo, acre-dita que é melhor fazer visi-tas do que colocar todos os alunos em um auditório. “Os jovens são muito protegidos, não possuem contato com

os profissionais e não sabem como as coisas acontecem”, explica Marcelo. Para o pro-fessor, com a visita os jovens podem entrar em contato com os professores e alunos do curso para descobrir como é a carreira que desejam.

Luis Felipe Tineu, estudan-te do 3º ano do ensino médio, achou muito interessante a visita. Acredita que a estrutu-ra é muito boa e possui pro-fissionais capacitados. Tineu destacou a experiência que ti-veram de gravar um programa de rádio nos estúdios da Rádio Teia. “Não é difícil de você se adequar ao trabalho, é bem in-teressante”, relata o aluno que também vai prestar vestibular para Administração.

Outra aluna que visitou o curso, Yasmin Souza, achou legal ver o laboratório de TV,

moderna, diferente das outras universidades que visitei”, disse Yasmin. A aluna ainda tinha interesse de conferir os cursos de Direito e Psicologia.

Para a coordenadora do curso, Zaclis Veiga, o mo-mento de conhecer os cursos é muito importante para os alunos descobrirem como é a área que pretende estudar e sobre a futura profissão. Além de ser o momento certo para tirar suas dúvidas. Zaclis acre-dita que este ano ocorreu um aumento de aproximadamente 40% de alunos procurando o curso de Jornalismo.

Dâmaris Souza de Cristo, orientadora profissional e co-ach da Central de Carreiras da Universidade Positivo, acre-dita que a feira é um momento muito importante no sentido

que o aluno do ensino médio geralmente tem dúvidas. “A gente busca trazer para esse momento da mostra vivências e práticas para ele entender como acontece de fato a reali-dade das profissões”, comple-mentou a psicóloga responsá-vel pelo evento.

O diferencial da mostra este ano é a palestra e bate-papo no sábado com humoris-ta Oscar Filho, integrante do CQC. A palestra foi mediada pela professora de jornalis-mo Ana Paula Mira e o aluno do 6º período, Pedro Lemos. Também no sábado aconteceu a feira de exposições dos cur-sos, coordenadores, professo-res e alunos, mostraram para os interessados quais são as profissões dos cursos que os candidatos pretendem.

como fazem os vídeos e as en-trevistas. “A Positivo é bem

Candidatos ao vestibular visitam o estúdio de TV do curso de jornalismo com a professora Sandra Nodari

Estudantes do ensino médio visitam a redação da Rede Teia de jornalismo com a estagiária Vitória Peluso

Daiane Nogoceke

Dai

ane

Nog

ocek

e