lucas frederico - g1
DESCRIPTION
Trabalho desenvolvido para a disciplina DSG1302 - Tendências em comunicação visual, em 2015.2, por Lucas Frederico, turma 1AB.TRANSCRIPT
PUC-Rio - Departament
o de Artes e
Design
DSG1302 - TendE
ncias em CV
Lucas Freder
ico - 1AB^
Análise da capa
UNCANNY X-MEN #136
A imagem que escolhi é a capa da edição da revista em quadrinhos
Uncanny X-Men #136, de John Byrne, lançado em outubro de 1980. Selecionei esta capa para análise pela história que ela adquiriu através da influência
direta e indireta que exerceu em muitas outras capas até hoje.
A posição dos personagenscentrais, o homem em sofrimento
segurando a mulher morta nos braços, se tornou uma tendência nas capas de revistas em quadrinhos que pretenderam
passar uma mensagem como esta.Surgiram capas semelhantes, algumas por coincidência, e também releituras.
Na capa de X-Men: A canção derradeira da Fênix #4, de Greg Land e Matt Ryan, foi feita uma releitura do desenho original do mesmo personagem, que antes segurava sua esposa morta, agora segura sua atual cônjuge desmaia-da. A releitura não só demonstra a influência que a capa original possui, como mostra como as mensagens po-dem ganhar mais força ao se trocar elementos originais por outros, dependendo das histórias tratadas em cada revista, e destaca a importância destes personagens.
Há uma longa tradição em quadrinhos de um herói que segura um companheiro, amante ou amigo caído em poses semelhantes. Essas edições, algumas de editoras diferentes, são alguns exemplos.
Adaptação feita na imagem da capa original
para relançamento em edição especial.
Em termos de hierarquia imagética, obviamente o casal ao centro representa o maior peso visual e o restante dos personagens direcionam o olhar do espectador para o centro da peça, o que contribui para o drama da mensagem.
A hierarquia textual deixa o título em destaque, com um peso grande para tentar compensar o peso da imagem dopersonagem central.
O design da capa reflete bem a estética dos quadrinhos da época em que foi produzida. Traz cores chapadas, e quando há degradações, são feitas somente pelo ritmo dos traços pretos, que eram limitações técnicas daquele tempo, e o jeito com o qual os artistas lidaram com isso nos permite observar a esté-tica que adotaram. Esse carácter histórico também é denunciado pelo biotipo dos personagens e suas vestimentas, com elemen-tos que remetem a roupas dos anos 80, com ombreiras e faixas.
O fator histórico é ainda mais evidenciado quando olhamos para a releitura que mencionei. Ela exibe um refinamento da ilustração muito mais sofisti-cado, com gradações de cor, sobreposições e efeitos blur. Pode-se observar que estes artistas sofrem muito menores limitações técnicas e dispõem de aparato tecnológico mais sofisticado para o desenvolvi-mento da capa.
FONTESJONES, Ryan.“COVERING THE X-MEN (a look at the X-Men’s Most Influential Covers)”.Disponível em: http://www.uncannyxmen.net/miscellaneous/covering-the-x-men-a-look-at-the-x-men%E2%80%99s-most-influential-covers.Acesso em 2 de Setembro às 12:00h.