magazine esb 2.0
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jornal produzido pelos formandos PTE da ESBTRANSCRIPT
esb �.� a educação e a web
Este é um e-jornal sobre as possíveis relações entre a escola, o ensino, a aprendizagem e a web 2.0.
Resulta do trabalho dos formandos da turma da ESB, do Curso C: Competências Digitais (nível 1)
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Índice
editorial: A EDUCAÇÃO E A WEB .................................................................................................. 3
FORMAS DE COMUNICAÇÃO E COLABORAÇÃO ON-LINE-IMPLICAÇÕES NA EDUCAÇÃO ............ 4
OS MÚLTIPLOS PAPÉIS DO EDUCADOR ON-LINE ......................................................................... 5
AMBIENTES DE COMUNICAÇÃO SÍNCRONA NA WEB COMO RECURSO DE APOIO À
APRENDIZAGEM ........................................................................................................................... 6
A INTERACÇÃO NOS AMBIENTES VIRTUAIS ................................................................................. 7
DIFICULDADES NA EDUCAÇÃO ON-LINE ...................................................................................... 8
em foco: REÚNEM-SE DOCENTES E MINISTRA DA EDUCAÇÃO ................................................... 9
reportagem: ON-LINE…OFF-LINE…ON-LINE!?… ......................................................................... 11
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Este jornal resulta do
trabalho dos formandos
da turma da ESB para a
Certificação de
Competências Digitais,
nível 1, com base numa
situação de role-
playing.
Enquanto formadora,
foi um privilégio poder
trabalhar com este
grupo que, apesar das
dificuldades, se revelou
permeável ao
entusiasmo destas
ferramentas, novas
para uma geração já
instalada, mas parte
integrante da realidade
e quotidiano dos jovens
que hoje recebemos
nas nossas escolas.
A todos, um bem-haja.
M. João Raimundo
editorial a educação e a web
Actualmente, a comunidade educativa beneficia cada vez
mais da utilização das novas tecnologias, que permitem a
comunicação em ambientes flexíveis favorecendo a
aprendizagem dos alunos. Para isso, estão disponíveis dois
tipos de ferramentas de comunicação: síncrona (em tempo
real, permitindo a interactividade) e assíncrona (em diferido,
permitindo uma maior compreensão das ideias em
discussão).
Na verdade, assiste-se a uma redefinição do conceito de
educação, que se serve da informática e da Web para
possibilitar uma educação democrática e de qualidade, na
linha das pedagogias construtivistas. Nesta comunidade
virtual, todos cooperam e constroem “bens comuns”, isto é,
informações e conhecimentos reforçando relações
interpessoais afectivas.
Para que o educador consiga efectivar os novos desafios
pedagógicos on-line, tem que modificar o seu modelo de
ensino/aprendizagem, em que tudo é pensado em função da
sala de aula e no sentido de cima para baixo. Ao mesmo
tempo terá que acompanhar a evolução tecnológica para
melhor poder transmitir os conhecimentos científicos.
Ana Rosário
Jacinta Machacaz
João Figueiredo
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FORMASDECOMUNICAÇÃOECOLABORAÇÃOON-LINE-IMPLICAÇÕESNAEDUCAÇÃOPorManuelaSalgadoeRosaTeixeira
Tradicionalmente, as TIC eram utilizados como ferramentas de aprendizagem, baseadas em
métodos individuais de ensino.
Actualmente, a interacção social é reconhecida como fundamental para o processo de
aprendizagem, logo será um recurso a utilizar na educação.
Este tipo de comunicação assíncrona está a mudar a forma de ver a educação, no entanto
ainda não existem muitas comunidades activas e um caminho longo está por percorrer. Este
ensino chamado e-learning formou-se a partir de duas
disciplinas: a educação e a tecnologia, que podem ter
diversas visões, mas para crescerem em conjunto
necessitam de mais debate e discussão.
Os ambientes educativos que estimulam este tipo de
aprendizagem, onde se partilham objectivos, propostas
e projectos comuns, são uma vantagem na educação,
na medida em que se constroem ferramentas sócio-
cognitivas.
Na utilização destas tecnologias, por parte dos
docentes, permitem uma maior diversidade no seu conhecimento profissional, na medida em
que a troca de ideias, partilha de recursos e dúvidas permitem criar oportunidades para
melhorar os contextos de aprendizagem.
Para os alunos, ao utilizarem tecnologia em rede, assíncrona, poderá proporcionar-lhes a
oportunidade de desenvolverem competências sociais, leitura, comunicação e colaboração
entre eles. Quando se cria a possibilidade de reflectirem, sobre os conhecimentos adquiridos,
uma discussão on-line, estamos a proporcionar-lhes uma maior exposição de opiniões e
perspectivas, permitindo alargar os seus horizontes e até alterar o seu ponto de vista.
A utilização destas ferramentas deve ser usada para melhorar a qualidade de vida de todos de modo a:
• alargar os horizontes de conhecimentos;
• facilitar o processo de comunicação e interacção
São muitas as vantagens de se usarem estas ferramentas e formas de comunicação, mas é
necessário alertar os jovens para o perigo que podem trazer se não houver precaução, não
nos devem conduzir nunca a um mundo apenas virtual!!!
Quando estas tecnologias ajudam a uma vida mais cómoda cada vez são mais usadas , logo
cabe aos docentes ajudar os alunos a entender como usá-las no dia a dia e também a serem
usuais positivamente nos contextos educativos.
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OSMÚLTIPLOSPAPÉISDOEDUCADORON-LINEPorEsterAssis,MªJoséPeixotoePaulaBalisa
Hoje em dia, o professor terá que se adaptar,
constantemente, às novas situações e às propostas que lhe
são sugeridas pela nova educação on-line.
A aula presencial continua a ser importante, mas novos
desafios pedagógicos on-line vão surgindo e o professor
terá que se envolver de uma forma mais activa nessa nova
interacção pedagógica.
Actualmente não basta ter somente conhecimentos
científicos, o professor terá de aprender a trabalhar com
tecnologias sofisticadas mas simples, deverá saber utilizar a
internet de banda larga ou com conexão lenta, com
videoconferência multiponto, teleconferência, softwares
comerciais e livres, etc...
As aulas tanto podem ser presenciais como à distância, em
pequenos grupos personalizados como em grandes grupos
de actividades elaboradas à distância via internet.
Na era da tecnologia o papel do professor é
multifacetado e terá de adaptar-se às novas
metodologias e práticas pedagógicas que o
futuro on-line exige. Quanto mais variadas
forem as práticas realizadas, melhor estará
preparado para os diferentes papéis.
Professorsofre…
A aula presencial
continua a ser
importante, mas
novos desafios
pedagógicos on-
line vão surgindo e
o professor terá
que se envolver de
uma forma mais
activa nessa nova
interacção
pedagógica.
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AMBIENTESDECOMUNICAÇÃOSÍNCRONANAWEBCOMORECURSODEAPOIOÀAPRENDIZAGEMPorCidáliaMadeira,MarianaCourinha,MiguelFernandeseTeresaAfonso
As tecnologias de informação e
comunicação estão a ser cada vez mais
utilizadas como recurso de apoio à
aprendizagem. A nossa comunicação tem
como objectivo realçar as potencialidades
e os constrangimentos da utilização das
ferramentas de comunicação síncrona -
comunicação em tempo real.
Quando se pensa em recursos de
comunicação síncrona de apoio à
aprendizagem, o mais referido nos
documentos que foram consultados é
aquele vulgarmente designado por chat.
A utilização deste recurso de apoio à
aprendizagem deve ter em conta o perfil
dos alunos envolvidos de modo a que o
professor possa adequar o ambiente
virtual às necessidades da turma.
Atendendo às características particulares
do chat, a sua implementação apresenta
potencialidades e constrangimentos. Nas
potencialidades e citando Morais,
2000:334-335: “O tipo de interacção
desenvolvido indicia que a estratégia
referida responde à necessidade dos
alunos interagirem uns com os outros e
proporciona novas formas de sentirem a
aula, na qual podem cultivar modos de
participação e de se relacionarem.
Enquanto que na interacção relacionada
com a tarefa evidencia-se a disponibilidade
dos alunos colaborarem com os colegas na
execução das tarefas propostas, na
interacção não relacionada com a tarefa
mostra-se o desejo dos alunos
manifestarem a sua existência na aula
como elementos de um grupo, a turma, no
qual a interacção manifestada através da
comunicação constitui um elo de união
entre os seus membros.”
Porém, estes ambientes síncronos
implicam a utilização de contribuições
breves e rápidas que são muitas vezes
superficiais. Essas contribuições
apresentam-se numa sequência linear
cronológica e não por sequência de
assunto, pelo que a transcrição poderá
parecer fracturada e algo incoerente.
Outros problemas podem ocorrer como: o
uso do teclado para comunicar pode
provocar aborrecimento e falta de
interactividade; a dificuldade em redigir
pode inibir a participação; a velocidade da
discussão aliada à participação de várias
pessoas em simultâneo pode levar a que os
participantes se sintam meio perdidos com
tanta informação, mesmo que seja do
mesmo assunto. Estes constrangimentos
podem, contudo, ser superados com
recursos assíncronos permitindo assim
uma reflexão mais profunda sobre o
mesmo tema.
Ainda dentro dos recursos de comunicação
síncrona, poderemos referir outras
ferramentas, nomeadamente SKYPE que
permite a utilização de texto, voz e
imagem em tempo real e com qualidade.
As desvantagens podem residir na
aquisição dos equipamentos necessários.
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AINTERACÇÃONOSAMBIENTESVIRTUAISPorAnaVicente,LuísaSubtileTeresaMateus
Com o surgir e o
desenvolvimento de
Ambientes Virtuais de
Aprendizagem (AVA) houve a
necessidade de uma
reestruturação da Educação -
uma Educação mais actualizada
que interaja com a informática
e o uso de internet.
No Processo de Ensino e
Aprendizagem, os AVA podem
ser um instrumento que
possibilite uma Educação democrática e de qualidade.
Dado que a aprendizagem é produto de um emaranhado de acções, reacções e
interpolações de fenómenos e acontecimentos psico-político-sócio-culturais, as relações
interpessoais são fundamentais. Como é possível existirem relações interpessoais nos
AVA e como podem elas interferir na aprendizagem?
De acordo com alguns autores, nomeadamente Garrison, estas relações interpessoais em
rede, online, podem ser explicadas/fundamentadas pelo modelo “comunidade de
inquirição”. Segundo este modelo, esta comunidade é construída por um grupo de
sujeitos que interagem, que comunicam através de perguntas e respostas. Aqui os
autores são os professores e alunos que, desempenhando actividades diferenciadas, são
ambos promotores do conhecimento. A Educação mediada por computadores é capaz de
facilitar relações interpessoais afectivas, sendo criada uma comunidade virtual em que
todos os membros que a integram cooperam na construção de “bens comuns”
(informação/conhecimento, entretenimento, etc.).
Segundo Rheingold, a escrita utilizada nos ambientes virtuais é um dos factores
preponderantes na significação dos sujeitos e na construção dos seus locais colectivos.
As experiências de vida são manifestações de cultura que podem ser partilhadas e
potencializadas em ambientes virtuais.
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DIFICULDADESNAEDUCAÇÃOON-LINEPorCristinaSerraeRitaPote
A educação on-line
ainda é difícil de
aceitar. Tudo é
pensado em função
da sala de aula e no
sentido de cima
para baixo.
Os professores
ainda têm em
mente um modelo
de ensino
aprendizagem que
foi o seu, em que o
professor
fala/ensina e o
aluno
escuta/aprende, de
forma passiva.
Alunos e professores reconhecem necessidade de mudança, mas a sua operacionalização
é difícil, pois, além do peso da tradição, não há muitas experiências inovadoras que
possam servir de referência.
Quer no ensino presencial, quer no virtual, é difícil manter a motivação dos alunos sem os
envolver, de uma forma participativa, no processo. Em sala de aula, o feedback das
aprendizagens e dificuldades é mais fácil, enquanto no virtual, o contacto é mais frio.
Atendendo à força dos modelos tradicionais e à actual dispersão da vida urbana, a
autonomia e organização pessoal tornam-se difíceis. Logo, o aluno desorganizado
desmotiva-se facilmente perante o ensino a distância.
A maior parte dos cursos presenciais e on-line continua a focar-se nos conteúdos e na
interacção professor/aluno. Hoje, o que se pretende é que cada um contribua com a sua
parte para a construção do conhecimento no sentido grupal.
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emfoco:REÚNEM-SEDOCENTESEMINISTRADAEDUCAÇÃO
ENSINO DIGITAL EM BREVE
Por Amarília Ferreira e Ângela Ferreira
Realizou-se ontem um congresso, nas instalações da Fil , em Lisboa, sobre a educação e a
web 2.0. Com a presença da Sra. Ministra da Educação, debateu-se a implementação na
escola da utilização de recursos on-line em oposição ao dogma de que só a educação
presencial é de qualidade.
Actualmente, a interacção social é reconhecida como fundamental para o processo de
aprendizagem.
Nesta era da tecnologia, o papel do professor é multifacetado e terá de adaptar-se às
novas metodologias e práticas pedagógicas que o futuro on-line exige. A utilização destas
tecnologias permite aos docentes, uma maior diversidade no seu conhecimento
profissional e aos alunos, a oportunidade de desenvolverem competências sociais, leitura,
comunicação e colaboração entre eles.
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O chat é o recurso de apoio à aprendizagem mais usado como comunicação síncrona,
este tem vantagens como por exemplo, o tipo de interacção desenvolvido. No entanto
também apresenta desvantagens, pois implicam a utilização de contribuições breves e
rápidas que são muitas vezes superficiais.
A emergência dos Ambientes Virtuais de Aprendizagem influenciou a educação
contribuindo para a sua actualização e, assim, uma maior interacção entre o ensino e a
informática. Alguns consideram que a Educação mediada por computadores é capaz de
facilitar relações interpessoais afectivas, sendo criada uma comunidade virtual em que
todos os membros que a integram cooperam na construção de “bens comuns”
(informação/conhecimento, entretenimento, etc.).
Outros, dizem ainda que a educação online ainda não é completamente viável, devido á
dificuldade quer na aceitação quer na operacionalização. Constata-se que alunos e
professores sentem a necessidade de mudança mas existe ainda o peso da tradição, e não
há muitas
experiências
inovadoras que
possam servir de
referência.
O ensino chamado
e-learning formado
a partir da
educação e da
tecnologia,
necessitam de
mais debate e
discussão antes de
ser implementado.
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ON-LINE…
OFF-LINE…
ON-LINE!?
Por Catarina Pereira, Cláudio Cardoso e Margarida Pires
Decorre nas instalações da FIL, em Lisboa, no dia 1 de Abril, um congresso sobre a educação e
a Web 2.0, em que se discute principalmente a implementação nas escolas da utilização de
recursos on-line e o impacto que daí advém para o processo de ensino/aprendizagem.
No terreno, encontra-se uma equipa de reportagem onde em directo se questiona os painéis
que decorrem ao longo de todo o dia e apresentados pela Sra. Ministra da Educação.
Os repórteres de serviço são a Margarida Pires, Catarina Pereira e Cláudio Cardoso que farão
questões pertinentes sobre o painel de comunicação “Dificuldades de Comunicação on-line” e
que com certeza levantarão à Sra. Ministra alguma polémica.
Estes jornalistas concluíram que as questões mais pertinentes e que poderiam levar a um
melhor esclarecimento do público alvo da estação televisiva recentemente implementada
pelo Ministério da Educação: “Educar, sempre mais e melhor” e em directo, no seu horário
nobre, são as seguintes:
Painel sobre “Dificuldades de Comunicação on-line”
Na vossa opinião a mudança de paradigma que levaria à formação “de professores online”
poderia acontecer? Quais as vantagens e desvantagens?
Numa geração que cresceu numa rede global de informação porque não encarar “on-line”,
como uma técnica de trabalho com possibilidade de criar uma empatia de interacção,
cooperação e valorização maior do aluno?
Quando referem” poucas experiencias inovadoras que possam servir de referência”, não lhes
parece que possa soar como uma desculpa “à velho do Restelo”, e uma forma de ser
entendida como uma resistência à mudança?
No mundo de hiperligações em que tudo se passa por sistemas informáticos e redes sociais, a
visão de frieza referida na vossa exposição não será um estigma apenas da vossa geração e
não dos alunos da escola actual?
No caso dos alunos desorganizados ou com mais dificuldades, o papel do professor, também
aqui será, o de facilitador de todo o processo, de apoiar e ajudar os alunos a ultrapassar as
dificuldades/obstáculos, reforçando os esforços e os progressos obtidos pelo aluno?
RE
PO
RT
AG
EM
Produção e Edição