malária
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MALÁRIAEpidemiologia; Fisiopatologia; Tratamento; e Controle
CONCEITOS
Doença infecciosa;
Não contagiosa;
Evolução crônica, com episódios sintomáticos de caráter agudo;
Extensa distribuição geográfica;
Espécies do gênero Plasmodium; e
Transmissão via Anopheles.
CICLO EVOLUTIVO
Ciclo Biológico:
EPIDEMIOLOGIA
PATOLOGIA
Doença multissistêmica (cérebro, rins, pulmões, fígado, baço);
Expressão de proteínas de membrana (PfEMP1) e respectivos receptores endoteliais;
Sensibilização de células;
Fatores pró-inflamatórios (TNF, IFN-γ, e IL-1); e
Distribuição do traço Hbs semelhante à do P. falciparum.
PATOLOGIA
Congestão esplênica;
Fibrose do baço (cápsula espessa e trabéculas fibrosas);
Parênquima cinza/preto;
Hiperplasia de Células de Kupffer;
Presença de pigmento nestas células.
FISIOPATOLOGIA. APRESENTAÇÃO CLÍNICA
É variável, determinado por 2 fatores;
Infecção maligna: P. falciparum
Infecções benignas: P. vivax P. malariae P. ovale
MALÁRIA VIVAX Período de incubação de 12 a 16 dias;
Ataca reticulócitos;
Ocorrência de recidivas;
Inicialmente acessos febris diários (24h) e posteriormente acessos a cada 48h;
Acesso malárico: Calafrios violentos; Febre subsequente (4h a 8h de duração); Sudorese difusa prolongada; Cefaleia, náuseas, vômitos, mialgias; Palidez, icterícia discreta, hepatoesplenomegalia;
MALÁRIA MALARIAE Relativamente raras (foco amazônico);
Incubação de 30 a 40 dias;
Sinais e sintomas superponíveis ao da vivax;
Acessos febris a cada 72h;
Adquire cronicidade (pode persistir por anos em condição patente/subpatente);
Complicação renal;
Existem recidivas relatadas.
MALÁRIA FALCIPARUM
Período de incubação 8 a 12 dias;
Elevada parasitemia (1.000.000/mm3);
Induz alterações nas hemácias;
Pacientes semi-imunes apresentam quadro clínico similar à vivax;
Estes excepcionalmente evoluem para complicações graves.
MALÁRIA FALCIPARUM
Em pesquisa realizada para esta infecção, os principais sintomas encontrados foram: Febre – 97% Calafrios – 88% Sudorese – 77% Vômitos – 48% Diarreia – 30% Cefaleia – 30% Icterícia – 37% Palidez – 30% Hepatomegalia – 61% Esplenomegalia – 53%
MALÁRIA FALCIPARUM
Complicação cerebral: Pode ser gradual/súbito;
Cefaleia, delírio, desorientação, manifestações psíquicas, convulsões e coma são característicos
No coma malárico os níveis de lactato no LCR são altos;
Hemorragia retiniana é comum (associada a outros sinais de severidade);
Mortalidade atinge até 20 a 50% dos casos.
MALÁRIA FALCIPARUM
Insuficiência Renal Aguda: Hipovolemia, vasoconstrição, hemoglobinúria,
deposição de imunocomplexos e coagulação intravascular /parenquimatosa;
Oligúria progressiva;
Elevação de ureia, creatinina e potássio;
O volume urinário pode estar preservado.
MALÁRIA FALCIPARUM
Malária álgida: Extenso comprometimento do TGI;
Intenso prostratismo;
Colapso circulatório;
Choque por distúrbio hemodinâmico (septicemia p/ Gram-negativa)
MALÁRIA FALCIPARUM
Complicação pulmonar: Pouco comum;
Caracterizado por edema pulmonar (parasitemia↑, IR, gestação, reposição hídrica excessiva);
Deposição de imunocomplexos nos capilares pulmonares;
Letalidade > 80%.
DIAGNÓSTICO
Diagnóstico laboratorial: P. falciparum - ↑parasitemia, infecção múltipla,
trofozoítos visíveis, o eritrócito não aumenta de volume, e gametócitos em crescente poder ser vistos depois de 10-12 dias;
P. vivax – parasitemia moderada, todos os estágios são vistos, eritrócitos aumentados, trofozoítos mais largos que do falciparum;
P. malariae – parasitemia leve, todas as formas são vistas no esfregaço, trof. jovens forma faixas largas.
DIAGNÓSTICO
Diagnóstico direrencial: influenza ou outras viroses autolimitadas. (Zonas
endêmicas.);
Leishmaniose visceral, toxoplasmose aguda, febre tifóide, endocardite infecciosa, doença de Chagas aguda, tuberculose miliar;
Hepatites graves, leptospirose íctero-hemorrágica, febre amarela, septicemias e colangite;
Hepatopatias crônicas virais, trombose da veia porta, HPI, linfomas, anemis hemolíticas.
TRATAMENTO
Malária por P. vivax:
Cloroquina: 25mg/Kg dividida em 4 tomadas - 10mg/Kg; 5mg/Kg; 5mg/Kg; e 5mg/Kg ou em 3 tomadas – 10mg/Kg; 7,5mg/Kg; e 7,5mg/Kg.
Primaquina: 0,25mg/Kg/dia (15mg p/ adultos) durante 14 dias; ou 0,5mg/Kg/dia (30mg p/ adultos) durante 7 dias.
TRATAMENTO
Malária por P. falciparum:
Sulfato de quinino: 30mg/Kg/dia em 3 tomadas durante 3 dias e doxiciclina 200mg/Kg/dia em 2 tomadas durante 7 dias;
Mefloquina: 15 a 20mg/Kg/dia 1 ou 2 tomadas. (vida média de 20 dias);
Esquemas combinados: (1) artemeter/lumefantrina; (2) artesunato e amodiaquina; (3) artesunato e sulfadoxina/pirimetamina; (4) artesunato e mefloquina; e (5) amodiaquina e sulfadoxina/pirimetamina.
CONTROLE
Histórico Conduta Prevenção Vacinas
OBRIGADO!
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Veronesi: tratado de infectologia 3 ed. / editor científico Roberto Focaccia – São Paulo: Editora Atheneu, 2005;
Rey, luís: parasitologia 4 ed. – São Paulo: Editora Guanabara Koogan, 2008;
Robbins e Cotran: bases patológicas das doenças 8 ed. – São Paulo : Editora Elsevier, 2010.