manca is
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Mancais de Lubrificao Hidrodinmica
Kleber E. Bianchi
maio 2009
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atrito = energia dissipada
desgaste dos componentes
fadiga de contato
abraso ...
temperatura de operao = fadiga, degradao do prprio lubrificante...
objetivos da lubrificao reduzir:
Introduo - lubrificao
substncia inserida entre as superfcies mveis para diminuir atrito, desgaste e temperatura.
tipos mais comuns:
graxas
leos
lubrificante
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eixos e virabrequins
Exemplos de aplicao
http://www.tpub.com maio 2009
engrenagens
speedi-sleeve SKF maio 2009
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Viscosidade - definio
velocidade camada superior = U
camadas de fluido
velocidade camada inferior = zero.
viscosidade de Newton
A tenso de cisalhamento no fluido proporcional taxa de mudana de velocidade na direo y: dy
du
A
F
= viscosidade absoluta ou dinmica (constante que indica a resistncia do fluido ao
cisalhamento)
du/dy = gradiente de velocidades na direo y
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Viscosidade fluido newtoniano
se um fluido apresenta um gradiente de velocidades constante, ento:
neste caso o fluido dito newtoniano.
h
U
dy
du
unidade da viscosidade absoluta ou dinmica:
SI = [Pa.s] ou [N.s/m2]
inglesas (inch-pound-second) = [Reyn = lbf.s/in2]
ASTM (centmetro-grama-segundo) = [Poise = dyne.s/cm2] ou [1 centiPoise = 1Z = 103 Pa.s]
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Viscosidade cinemtica norma de ensaio de viscosidade ASTM
Viscosmetro universal Saybolt
a uma temperatura especificada, mede-se o tempo necessrio, em segundos, para um volume de 60 ml de lubrificante escoar por um tubo capilar de 17,6 mm de dimetro e 12,25 mm de comprimento.
Sistema muito conhecido e empregado
Unidades:
[SUV (Saybolt Universal Viscosity)] ou [segundo Saybolt]
[1 stoke = 1 cm2/s]
Desvantagem e impreciso do mtodo: um fluido de maior massa especfica ir fluir mais rpido do que um fluido de mesma viscosidade
absoluta, porm, mais leve.
Portanto: Viscosidade cinemtica = Viscosidade absoluta / Massa especfica
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SAE = Society of Automotive Engineers (no Brasil chamada de Sociedade da Tecnologia da Mobilidade, nome mais abrangente)
Graus de viscosidade: 0, 5, 10, 15, 20, 25, 30, 40, 50, 60 e 70
Quanto maior o grau SAE, mais viscoso o fluido.
Graus SAE 0W a 25W
W significa Winter = viscosidade mxima specificada para baixas temperaturas (5 a 35C).
visa proporcionar o acionamento fcil do motor em dias de inverno.
estes leos tm uma viscosidade mnima a 100C para permitir lubrificao satisfatria em altas temperaturas de operao.
Graus SAE 20 a 60
apenas tm especificao de viscosidade mnima a 100C
no so adequados para operao em baixas temperaturas.
exemplos: aplicao em motores navais = leos graduao SAE 30 a 40.
Especificao SAE para viscosidade absoluta
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Relao com a temperatura - ndice de Viscosidade
Nmero puro que indica a variao da viscosidade de um fluido em funo da
temperatura.
Um fluido com alto ndice de Viscosidade (90 ou mais) apresenta pequena
variao da viscosidade mesmo em altas temperaturas.
Os aditivos para elevao do ndice de Viscosidade so polmeros.
Exemplo nomenclatura SAE: o fluido SAE 20W 40 tem o valor de viscosidade
em baixas temperaturas correspondente ao SAE 20W e grau SAE 40 nas altas
temperaturas.
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1. hidrodinmica
Tipos de lubrificao
2. hidroesttica
University of Tennessee at Martin
Hydrodinamic Bearings Theory
maio 2009.
3. elastohidrodinmica 4. contorno ou limtrofe
5. filme slido
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Mancais de rubi / safira
Mancais que operam com baixssima ou sem lubrificao
Mancais de deslizamento ou frico
Grafite
home.watchprosite.com dez 2013
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Lubrificao hidrodinmica - ao de bombeamento
mancal seco no incio da rotao
o eixo tende a escalar a parede da bucha no sentido contrrio ao sentido de giro
mancal com alimentao de leo
o giro do eixo bombeia o fluido para baixo do munho
forma-se uma cunha de espessura hO no sentido de rotao do eixo
observa-se uma excentricidade entre os centros do munho e da bucha.
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3. lubrificao hidrodinmica (estvel)
o munho passa a flutuar no filme de fluido
o filme de fluido formado pelo movimento de giro do munho
valem as equaes de Petroff condio de filme espesso
Zonas de Lubrificao curva de Stribeck
filme instvel:
1. lubrificao de contorno
contato entre munho (eixo)
e bucha (mancal)
2. lubrificao mista
contato intermitente entre
munho e bucha
P
N.
1 2
3
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Condio para filme espesso e lubrificao estvel
Por sua importncia, a relao chamada de parmetro do munho.
Na qual:
= viscosidade do fluido
N = taxa de rotao
P = carga unitria (carga atuante dividida pela rea projetada do munho)
P
N.
condio para filme espesso lubrificao estvel:
O parmetro de munho = 0,15 corresponde ao ponto de inflexo entre as regies 2 e 3 da curva de Stribeck.
15,0P
N.
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Fatores associados no Parmetro do Mancal
viscosidade :
Quanto maior a viscosidade, menor a velocidade de rotao necessria para a flutuao do munho, sob determinada carga.
Porm, uma viscosidade excessiva causa maior nvel de atrito no mancal.
Velocidade de rotao N:
Quanto mais alta a velocidade, menor ser a viscosidade necessria para que ocorra a flutuao no munho.
Aps formada a pelcula espessa, velocidades maiores causam aquecimento do mancal.
Carga unitria P (carga atuante / rea projetada do munho):
Quanto menor a carga unitria do mancal, menor a rotao e viscosidade necessrias para que ocorra a flutuao.
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Significado da lubrificao estvel
a partir do ponto em que :
Um aumento na temperatura >> diminuio da viscosidade >> diminuio do parmetro do mancal >> menor atrito >> diminuio da
temperatura.
Portanto, h um efeito natural de auto-correo.
Ou seja, se bem projetado e construdo, mesmo com razovel variao de carga, um mancal hidrodinmico opera com:
Temperatura estvel
Baixssimo coeficiente de atrito
15,0P
N.
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Condies de projeto/operao para uso de mancais de munho
Vimos que, para lubrificao estvel:
Portanto, para que um mancal de munho opere satisfatoriamente, deve
ocorrer o seguinte arranjo de parmetros:
Viscosidade suficiente (mesmo com aumento da temperatura de
operao ou ambiente)
Velocidade suficiente (a menor velocidade de operao ainda deve ser
suficiente para manuteno da espessura de filme mnima)
Carga unitria dentro da faixa para a qual o mancal foi dimensionado
15,0P
N.
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Exemplo de aplicao de mancais hidrodinmicos
motores de combusto interna
a viscosidade mantida em nveis aceitveis por meio de
aditivos ao lubrificante.
A velocidade de operao flutuante, porm, num nvel
elevado.
As cargas pulsadas, geradas pela combusto, apresentam
perodos muito curtos,
absorvidos pela inrcia do
conjunto volante/virabrequim
e pelo amortecimento dos
mancais.
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Exemplos onde o regime hidrodinmico no estabelecido
Prensas e martelos de forja
A velocidade de operao no suficientemente elevada
As cargas sobre os mancais (estticas e dinmicas) so de
grande magnitude.
A viscosidade do leo baixa, devido alta temperatura.
www.kobelco.co.jp - 2011
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Exemplos onde o regime hidrodinmico no estabelecido
Mancais ferrovirios ou de veculos fora de estrada
A velocidade de operao baixa
As cargas sobre os mancais (estticas e dinmicas) so
de grande magnitude.
Alternativa rolamentos:
www.timken.com - 2011
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Lubrificao hidrodinmica - nomenclatura
c = folga radial (diferena dos
dimetros de munho e bucha)
c = 0 mancal ajustado
c > 0 mancal com folga radial
e = excentricidade (distncia
entre centros de munho e
bucha)
hO = espessura mnima de filme
(ocorre na linha de centros)
= ngulo da bucha
< 2 = mancal parcial
= 2 = mancal completo
razo de excentricidade do mancal:
c
e
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Equao de Petroff
Premissas:
eixo vertical rodando em um mancal de guia (no h influncia do peso do eixo).
o eixo concntrico em relao ao filme de fluido.
as cargas suportadas so muito pequenas.
fluido newtoniano.
Parmetros:
r = raio do eixo [mm]
c = luz do mancal [m]
l = comprmto mancal [mm]
N = rotao do eixo [rps]
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equao de Petroff fluido newtoniano
tenso de cisalhamento:
na qual: a rea do eixo na regio do mancal.
fora necessria para cisalhar o fluido:
convertendo em torque:
c
N..r.2
h
U
A
F
c
N.l.)r2(l.r.2.
c
N..r.2
c
A.N..r.2A.F
2
rl2A
c
N.l.r4FrT 32
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Equao de Petroff Fluido Newtoniano
Tenso de cisalhamento:
Sendo: = rea do eixo na regio do mancal
A fora para cisalhar o fluido:
convertendo em torque para cisalhar o fluido:
c
N..r.2
h
U
A
F
Ac
NrAF
...2.
rl2A
c
N.l.r4FrT 32
c
Nlrlr
c
NrF
..)2()..2(
...2 2
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equao de Petroff aplicao de uma pequena carga W
gera-se aumento na presso interna:
na qual:
a fora de atrito resultante no mancal :
na qual f = coeficiente de frico
torque de atrito resultante:
igualando ao torque de cisalhamento do fluido:
isolando o coeficiente de frico:
l.r.2
WP
mancaldoprojetadareal.r.2
W.fFa
PlfrrPlrfrWfrFT a ...2)....2.(... 2
c
N.l.r4P.l.f.r2T 322
c
r
P
Nf .
..2 2
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equao de Petroff parmetros adimensionais
razo de folga radial
parmetro do mancal
c
r
P
N.
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Nmero de Sommerfeld ou Nmero Caracterstico do Mancal
parmetro muito importante:
observa-se que:
P
N..
c
rS
2
)(74,1922. 22
2 SSc
r
P
N
c
rf
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Teoria hidrodinmica Tower & Reynolds
premissas do modelo matemtico:
1. fluido newtoniano
velocidade da camada em contato com o munho = U
velocidade da camada em contato com a bucha = 0
2. desconsidera-se a inrcia do lubrificante
no instante em anlise, o somatrio de foras e momentos igual a zero.
3. o fluido considerado incompressvel
4. a viscosidade do fluido constante em todo o filme (direes x, y e z).
5. a presso no varia na direo axial (coord. z)
bucha e munho infinitos ponto de anlise intermedirio.
6. a presso no varia na direo radial (coord. y).
7. a velocidade de qualquer partcula de lubrificante funo apenas de x e y.
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Teoria hidrodinmica mancal plano deslizante
Reynolds observou que o filme gerado num mancal hidrodinmico apresenta
espessura muito pequena em relao ao raio do eixo
a curvatura do eixo pode ser desconsiderada e substituda por um
mancal plano deslizante
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Teoria hidrodinmica equao do equilbrio das foras
0dz.dx.dyy
dz.dx.dz.dy.dxdx
dppdz.dy.pFx
o que se reduz a: ydx
dp
lembrando a equao da tenso de cisalhamento do fluido: y
)y,x(u.
)y,x(uuy
u
ydx
dp2
2
sendo
derivando:
integrando duas vezes em relao a y: 212 CyCy
dx
dp
2
1u
condies de contorno:
Uuhyp
uyp
/
00/
-
Teoria hidrodinmica equao da distribuio de velocidade
yh
Uhyy
dx
dp
2
1)y,x(u 2
aplicando as condies de contorno:
primeiro termo: distribuio parablica
segundo termo: distribuio linear
para mancais com presses elevadas
yh
Uu
dx
dp 0
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Teoria hidrodinmica fluxo do lubrificante na direo x
Relembrando o conceito de vazo:
Na forma diferencial:
Considerando uma largura z unitria, ento:
Integrando:
Cujo resultado :
dAzyudQ ),(
Vazo = (Velocidade) (rea)
hh
dyyh
Uhyy
dx
dpudyQ
0
2
02
1
udydyyudQ )1)((
dx
dphUhQ
122
3
-
Teoria hidrodinmica Equao de Reynolds
Para um fluido incompressvel: 0dx
dQ
Ento, derivando a equao de Q e igualando a zero, obtm-se a equao de Reynolds para fluxo unidimensional:
dx
dhU6
dx
dph
dx
d0
dx
dp
12
h
dx
d
dx
dh
2
U
dx
dQ 33
ou
-
Relaes para espessura de filme no mancal
)1(ch
)1(ch
c
e
)cos.1.(c)(h
mnimo
mximo
0
dadeexcentriciderazo
:qual na
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Sommerfelf - soluo aproximada da equao de Reynolds
a equao de Reynolds no possui soluo analtica !
Sommerfeld obteve uma soluo aproximada baseada numa estimativa de h(x)
espessura do filme aproximao de Sommerfeld: )D
x2cos.1.(c)x(h
aplicando h(x) na equao de Reynolds, obtm-se:
p = presso no filme lubrificante em funo do ngulo
po = presso no ponto = 0
r = raio do munho
0o
222p
)cos.1).(2(
cos.2.sen.6
c
U.r.)(p
esta soluo vlida para mancal infinitamente longo soluo para mancal longo
mancal longo (vazamentos laterais so desconsiderados) razo l/d 4
-
Ockvirk e DuBois - soluo para mancais curtos - razo l/d entre 1/4 e 2
equao de Reynolds para mancais curtos
considera-se os vazamentos laterais
Soluo:
0
3
22
2 )cos.1(
sen.3z
4
l
c.r
U.)(p
x
hU6
z
ph
zx
ph
x
33
Distribuio
de presso
no mancal:
-
Comparao Sommerfeld x Ockvirk e DuBois
-
Mancais de deslizamento consideraes de projeto (Shigley 8 ed)
Grupo de variveis pr-estabelecidas ou que podem ser modificadas pelo projetista dados de entrada:
= viscosidade
usual que a viscosidade seja um dado de entrada, por ser utilizado em aplicaes semelhantes ( desejvel que o nmero de itens de
estoque seja mnimo)
N = velocidade de giro do eixo [rev/s]
usualmente um dado de entrada, no podendo ser alterada pelo projetista
P = carga por unidade de rea projetada
r, c, e l = dimenses do mancal
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Projeto baseado em desempenho
Grupo de variveis dependentes:
f = coeficiente de frico
T = elevao da temperatura
Q = vazo do leo no mancal
hO = espessura mnima do filme de fluido
Estas variveis esto associadas ao desempenho do mancal e, portanto, so chamadas de fatores de desempenho.
Procedimento usual:
1. Estabelecer faixas ou limites mximos para cada fator de desempenho,
associadas aos materiais e ao lubrificante.
2. Realizar o procedimento de dimensionamento, variando os dados de
entrada.
3. Proceder escolha da melhor soluo, por meio de um processo
decisrio (figura de mrito ou matriz de deciso).
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Velocidade significativa
mancal (cubo) fixo
carga atuante fixa
eixo rotativo
Velocidade angular significativa para desempenho hidrodinmico do mancal
Este o valor de velocidade que deve ser empregado no dimensionamento.
Caso mais comum:
-
Velocidade significativa casos menos comuns
Carga girante
com o eixo e
mancal esttico
Mancal (bucha)
girando junto
com o eixo
Carga gira com
metade da
velocidade do
mancal (bucha)
-
Critrios de projeto de mancais, segundo Tumpler apud Shigley
Espessura mnima de filme
espessura necessria para evitar que as partculas metlicas, presentes no lubrificante, causem danos importantes na regio de filme mnimo.
frmula emprica:
Exemplos: d = 50 mm h0 7 m
d = 500 mm h0 25 m
Temperatura mxima admissvel
a exposio do fluido a temperaturas elevadas durante longos perodos causa aumento na viscosidade, pois os hidrocarbonetos de baixo peso
molecular volatilizam.
a elevao da viscosidade causa aumento da temperatura de trabalho e maior dissipao de energia
valor de referncia para a temperatura admissvel:
][)(1040051,0 50 mmdh x
CT o120max
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Demais critrios, segundo Tumpler apud Shigley
Carga especfica mxima
valores elevados de carga especfica causam desgaste excessivo das buchas (usualmente de bronze, lato ou outro metal de baixo coeficiente de
atrito com o ao) no incio do movimento h contato metal-metal.
por tal motivo, no adequado aplicar mancais hidrodinmicos nas seguintes situaes:
operao intermitente (o eixo desligado e novamente acionado com elevada freqncia)
grande flutuao na velocidade de operao, com freqentes perodos de retomada cada nova retomada aumenta o desgaste das buchas.
valor de referncia para a carga especfica:
Observao importante: Tumpler aconselha que seja aplicado um fator de projeto igual a 2 para a carga em operao, pois perodos de vibrao
intensa so usuais em equipamentos mecnicos. O mesmo autor no aplica
este fator para a carga de acionamento.
MPaP 2
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Procedimento de dimensionamento segundo Raimondi & Boyd
Os autores elaboraram dados extensos, baseados na soluo da equao de Reynolds por mtodos numricos iterativos.
Parmetros a serem estimados priori:
Temperatura mdia do fluido no mancal (o fludo passa pelo mancal e sua temperatura se eleva, causando diminuio da viscosidade)
Para especificao da viscosidade do fluido, necessrio calcular uma temperatura mdia.
Equao:
T1 = temperatura com que o fluido entra no mancal
T = incremento de temperatura do fluido ao passar pelo mancal
21
TTTav
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Diagrama Viscosidade x Temperatura
Processo de tentativa e erro:
Uma viscosidade inicialmente adotada ex. SAE 30
Estima-se a temperatura de entrada do leo no mancal - ex: T1 = 80
oC
Estima-se o incremento de temperatura com a passagem do fluido pelo mancal ex: T = 2oC
Velocidade mdia: Tav=80+2/2=81oC
Do grfico: = 12 mPa.s
Porm, a estimativa de elevao de temperatura, para esta viscosidade
(procedimento que ser visto mais
adiante) T = 12oC resultando em Tav=80+12/2=86
oC
Plotando essa nova temperatura no grfico, obtida uma viscosidade = 10 mPa.s mais prxima do leo SAE 20.
Com este novo parmetro de viscosidade o procedimento repetido at que a
equao de Tav esteja dentro do esperado.
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Nomenclatura de Raimondi & Boyd
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Diagrama da espessura de filme h0
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Exemplo
Determinar h0 e e para o seguinte caso de mancalizao hidrodinmica:
Carga suportada: W = 2500 N
Velocidade mnima: N = 35 rev/s
Viscosidade: = 28 mPa.s
Raio do munho: 20 mm
Comprimento do munho: l = 50 mm
Folga radial: c = 0,04 mm
MParl
WP 25,1
)05,0)(02,0(2
2500
2
Carga por unidade de rea projetada:
50004,0
20
c
r Razo de folga radial:
7
61084,7
1025,1
)35)(028,0( xxP
N
Caracterstica do mancal:
196,0
2
P
N
c
rS
Nmero de Sommerfeld:
25,1d
l Relao de medidas do munho:
Do diagrama: e 53,00
c
h47,0
c
e
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Diagrama da espessura de filme h0
-
Avaliao do resultado
Valor de h0:
Tnhamos visto que o valor mnimo de h0 :
Portanto, a espessura mnima do filme de fluido suficiente.
Caso h0 no fosse suficiente (e considerando que a velocidade de operao no pudesse ser alterada):
1. Aumentar as dimenses do mancal (acarreta aumento do espao ocupado pelo munho, o que nem sempre possvel)
2. Aumentar a viscosidade do fluido (o que acarreta maior atrito e aquecimento)
mmch 0212,0)04,0(53,0)(53,00
mmdh mnimo 007,0)40(00004,00051,0001,00051,00
Valor de e: mec
e 19)04,0(47,047,0
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Discusso do resultado e de possveis alteraes
H duas curvas tracejadas no diagrama da espessura mnima de filme:
1. Curva da esquerda: zona correspondente ao menor atrito
2. Curva da direita: zona correspondente maior capacidade de carga
No exerccio anterior: o ponto plotado no diagrama est prximo da curva de mxima capacidade de carga:
Esta uma condio adequada para mancais sujeitos a picos de carga elevados e freqentes.
Caso a flutuao da carga no seja intensa, interessante adotar um valor de viscosidade menor.
Relembrando: quanto menor a viscosidade, tanto menor a dissipao de energia por atrito e, consequentemente, menores so as temperaturas de operao. Valores amenos de temperatura proporcionam maior vida do fluido.
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Diagrama do coeficiente de frico f
50004,0
20
c
r
Para os dados do exerccio anterior:
Do diagrama:
196,0
2
P
N
c
rS
0086,0500/3,4
3,4
f
fc
r
-
Extenso do resultado
Torque de atrito:
Perda de potncia associada ao atrito:
NmrWfTa 43,0)02,0)(2500(0086,0))((
Wrev
radNTP adis 95)2)(35(43,0
][
][2)(
-
Diagrama para determinao da presso mxima de filme
Para os dados do exerccio anterior: MPaP
S
25,1
196,0
MPap
p
P125,34,0/25,1max44,0
maxobtemos:
-
Diagrama para determinao da elevao de temperatura
Para os dados do exerccio anterior: MPaP
S
25,1
196,0
CT
MPaP
CT oo
6,1512,0/)25,1)(5,1(5,1][
][12,0
obtemos:
-
Voltando ao diagrama Viscosidade x Temperatura
Sabendo-se que a temperatura de entrada do fluido no mancal de aproximadamente 65oC:
Incremento de temperatura calculado:
T = 15,6 oC um tanto elevado !
Viscosidade do fluido: = 28 mPa.s
A viscosidade adotada inicialmente intermediria entre o SAE 40 e 50
Vimos que este mancal apresenta elevada capacidade de carga e a gerao de calor alta.
Prximos passos:
Adotar o leo SAE 40 (ou inferior)
Reiniciar todo o dimensionamento
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Influncia da Folga c
Quando a folga excessiva:
A vazo de fluido dentro do mancal elevada
A presso no filme de fluido no suficiente para sustentar o munho
Quando a folga muito pequena:
O fluido sofre grande restrio ao fluxo dentro do mancal
A presso, a temperatura e o coeficiente de atrito so elevados
Recomendao de Shigley:
Mancal apertado (quando h necessidade de suportar carga elevada): H8 / f7
Passagem livre: H9 / d9
No exemplo anterior: d = 20 mm passagem livre
Faixa d9 : afastamento superior = -0,065 / afastamento inferior: - 0,117
d mnimo = 19,883 mm c = 0,117/2=0,0585
d mximo = 19,935 mm c = 0,065/2=0,0325