manejopastagemanejo de pastagensns gomide

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UTILIZAÇÃO E MANEJO DE PASTAGENS José Alberto Gomide 1 Carlos Augusto de M. Gomide 2 1- Resumo A otimização da produção forrageira e da eficiência de uso da forragem produzida, visando ao desempenho animal e à produção animal por hectare, é o objetivo do manejo das pastagens. A perenidade e a estabilidade da pastagem dependem de práticas de manejo diversas dentre as quais a principal é a adoção de pressão de pastejo compatível com a capacidade de suporte da pastagem. Taxas de lotação muita acima e muito abaixo da capacidade de suporte resultam em subestimativas do desempenho animal e da produção animal por área. As faixas de IAF, disponibilidade de forragem e altura do relvado que caracterizam a condição de pressão ótima de pastejo estão ainda por serem estabelecidas para a maioria das pastagens tropicais. O desempenho animal é determinado principalmente pelo consumo de forragem que, por sua vez, depende de fatores vários, dentre os quais a oferta de forragem e a estrutura do relvado. A estrutura do relvado condiciona o comportamento ingestivo do ruminante, que reflete a intensidade de pastejo seletivo que ele realiza. Estreita relação folha/colmo e acúmulo de material morto ocorrem sob oferta excessiva de forragem e/ou longos períodos de descanso do ciclo de pastejo. A grande variação do desempenho animal e da produção animal por hectare, observada em pastagens tropicais, reflete a diversidade de fatores de meio e manejo que caracteriza cada realidade da pesquisa. 2- Introdução Com freqüência, gramíneas e leguminosas forrageiras constituem a principal fonte dos nutrientes essenciais ao crescimento, à saúde e à reprodução dos ruminantes. Assim, a exploração dos rebanhos depende, fundamentalmente, da produção de forragem, principalmente de gramíneas e leguminosas das pastagens. 1 – Pesquisador IA do CNPq ( [email protected] ) 2 – Doutorando do DZO-UFV

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UTILIZAO E MANEJO DE PASTAGENSJos Alberto Gomide1Carlos Augusto de M. Gomide21- ResumoAotimizaodaproduoforrageiraedaeficinciadeusodaforragemproduzida,visandoaodesempenhoanimaleproduoanimalporhectare,oobjetivodomanejodaspastagens.Aperenidadeeaestabilidadedapastagemdependem de prticas de manejo diversas dentre as quais a principal a adoo depresso de pastejo compatvel com a capacidade de suporte da pastagem. Taxas delotaomuitaacimaemuitoabaixodacapacidadedesuporteresultamemsubestimativas do desempenho animal e da produo animal por rea. As faixas deIAF, disponibilidade de forragem e altura do relvado que caracterizam a condio depressotimadepastejoestoaindaporseremestabelecidasparaamaioriadaspastagenstropicais.Odesempenhoanimaldeterminadoprincipalmentepeloconsumo de forragem que, por sua vez, depende de fatores vrios, dentre os quais aofertadeforragemeaestruturadorelvado.Aestruturadorelvadocondicionaocomportamento ingestivo do ruminante, que reflete a intensidade de pastejo seletivoqueelerealiza.Estreitarelaofolha/colmoeacmulodematerialmortoocorremsobofertaexcessivadeforrageme/oulongosperodosdedescansodociclodepastejo.Agrandevariaododesempenhoanimaledaproduoanimalporhectare, observada em pastagens tropicais, reflete a diversidade de fatores de meioe manejo que caracteriza cada realidade da pesquisa.2- IntroduoCom freqncia, gramneas e leguminosas forrageiras constituem a principalfontedosnutrientesessenciaisaocrescimento,sadeereproduodosruminantes.Assim,aexploraodosrebanhosdepende,fundamentalmente,daproduo de forragem, principalmente de gramneas e leguminosas das pastagens.1 Pesquisador IA do CNPq ([email protected])2 Doutorando do DZO-UFVO manejo correto da pastagem deve ter por objetivos:a)aproduoforrageira;b)eficinciadeusodaforragemproduzida;c)estabilidadedapastagem;d)odesempenhoanimal;ed)aproduoanimalporhectare.Aadequadaescolhadaespcieforrageira,facescondiesdemeio:pluviosidade, temperatura da regio e fertilidade do solo, constitui o ponto de partidaparaosucessodaexploraodapastagem.Entretanto,prticasdemanejocomo:adubao, irrigao, suplementao, sistema de pastejo e, sobretudo, a adoo detaxadelotaocompatvelcomacapacidadedesuportedapastagem,desempenham papel relevante.3- Dinmica da produo primria da pastagemA produtividade e a perenidade da pastagem decorrem de uma caractersticatpica das plantas forrageiras: a contnua emisso de folhas e perfilhos, que garanteareconstituiodareafoliardorelvadosobpastejo.Trstiposdefolhassofacilmentevisualizadosemumrelvado:folhassenescentes,folhasadultascompletamenteexpandidasefolhasemergentes,almdefolhasemexpanso,contidas no pseudocolmo, formado pelas bainhas das folhas adultas e senescentes.Almdasucessodefolhasemummesmoperfilho,ocorretambmoaparecimentodenovosperfilhosapartirdegemassubtendidasnasbainhasdasfolhasadultas.Trata-sedoprocessodeperfilhamento,cujaintensidadevariadeespcieparaespcie,decultivarparacultivar,econformeadisponibilidadedenutrientes do solo (N e P) e intensidade e qualidade da radiao luminosa. Assim, ocapim-jaragueocapim-gorduraperfilhammaisintensamentequeocapim-colonio.Poroutrolado,acultivarTanzniachegaaapresentar15perfilhosporplanta,enquantooscultivaresMombaa,CentenrioeVencedordePanicummaximum alcanam dez perfilhos por planta (Gomide e Gomide, 2000).Oaumentodonmerodefolhasporperfilhoedeperfilhosporunidadederea resulta em crescimento do ndice de rea foliar (IAF) do relvado. Tal aumentodo IAF, que j por si mesmo incremento da produo de biomassa, contribui paraaumentaracapacidadefotossintticadorelvadoviaincrementodaintercepodaradiao luminosa. Entretanto, o percentual de intercepo de luz no determinadoapenaspeloIAFdorelvado,mas,tambm,pelascaractersticasdodosselcomongulo das folhas e suas propriedades fsicas, entre elas sua constante de absoroluminosa. Assim, a produo de forragem e o IAF da pastagem de capim-Mombaacrescerammuitoalmdaidadeemqueocorreuamximaintercepodeluz,porvolta dos 25 dias de crescimento (Gomide e Gomide, 2001). Tal fato se explica emfunodamaiorverticalidadedasfolhasemaisestreitarelaofolha/colmonasltimassemanasdocrescimentodorelvado.Assim,aproduoacumuladadeforragem de capim-Mombaa mostrou melhor correlao com o ndice de rea foliardo relvado (r= 0,97) do que com a intercepo da radiao fotossinteticamente ativa(r = 0,68) (Figura 1).Figura1Evoluodondicedereafoliar,daintercepodaradiaofotossinteticamente ativa e produo de forragem durante o perodo dedescanso da pastagem de capim-Mombaa.Apssuavidatil,afolhasenesceemorre;assim,oIAFtendeaseestabilizaremtornodeumvalorteto,prprioparacadaespcieoucultivarecondio de ambiente. Em razo da relao entre a vida til da folha e o intervalo deaparecimentodeduasfolhassucessivas,ocorreumadefasagementreastaxas607080901006101418222630343842Idade (dias)Intercepo (%)020004000600080000 10 20 30 40 50Idade (dias)Kg MS/ha 02468100 10 20 30 40 50Idade (dias)IAFmximasdeaparecimentoesenescnciafoliares;entretanto,apartirdomomentoemqueelasseigualam,onmerodefolhasverdesporperfilhopermanececonstante, conforme a espcie de gramnea.A vida til de folhas em cultivares de Panicum maximum foi de 29 dias para acultivar Centenrio e 36 dias para as cultivares Mombaa, Tanznia e Vencedor, e onmerodefolhasverdesporperfilhovarioude3,5at6,5,respectivamenteemMombaaeVencedor,queapresentaramtaxasdeaparecimentode0,10e0,22folhas/perfilho/dia, respectivamente (Gomide e Gomide, 2000).Aemergncia,oalongamentoeasenescnciaemortedefolhasdefinemofluxo de biomassa em um relvado e determinam o IAF da pastagem, juntamente comsuapopulaodeperfilhos.Porisso,suasrespectivastaxassoimportantesparmetrosnoestabelecimentodemodelosalternativosdemanejodapastagem,visandoaoaumentodeprodutividadeeeficinciadeutilizaodaforragemproduzida (Grant et al., 1988; Parsons e Penning, 1988). A Figura 2, de Chapman eLemaire (1993), resume a dinmica do fluxo de tecidos em um relvado sob os efeitosdefatoresdomeioedomanejo.Aquantificaodadinmicadofluxodetecidoesquematizada na Figura 3, adaptada de Davies (1993).Figura 2 Relao entre as variveis morfognicas e as caractersticas estruturaisdo relvado (Chapman e Lemaire, 1993).Pastagenssubmetidasalotaocontnuaealtapressodepastejocaracterizam-seporapresentarnumerososperfilhospequenosebaixoIAF;contrariamente, alto IAF e menor nmero de perfilhos grandes caracterizam relvadosob baixa presso de pastejo (Bircham e Hodgson, 1983; Grant et al., 1988; Penninget al., 1991).Opastejodealtalotaocontnua,assimcomoopastejorotacionadoobservando curto perodo de descanso, contribui para prevenir intenso alongamentode colmo, processo que intensifica a taxa de acmulo de forragem, mas comprometea estrutura do relvado, estreitando sua relao folha/colmo (Figura 4).Figura3-Relaesentreosdiferentescomponentesdofluxodebiomassa(Davies, 1993)Taxa deperda demat.mortoTaxa deaparec. defolhaTaxa dealong. defolhaTaxa deproduo deperfilhosTaxa demorte deperfilhosCrescimentoTecido foliarvi vog/cm defolhag/cm defolhaDesaparecimentoPeso porfolhaTaxa de perdade folhas/perfilhoTaxa de perdade folhas/perfilhoTaxa de perdade compr.foliarPopulaodeperfilhosTecidofoliar mortoSenescnciaPeso defolhaTaxa deproduo defolha/perfilhoPopul.deperfilhoTaxa deproduo deperfilhosTaxa demorte deperfilhosNmero de entre-ns> 2,5 cmFigura 4 Curvas de variao de peso seco da parte area (A); do colmo (B); dasfolhasverdes(C)efolhasmortas(D)duranteodesenvolvimentodocapim-elefante (Spain e Santiago, 1973).4- Desempenho AnimalOdesempenhoanimalsobpastejo,expressoemproduoporanimal,condicionadopordiferentesfatores,como:genticaanimalesuahistoriaprvia,consumodeforragem,valornutritivodaforragemeeficincianaconversodaforragem consumida.Diversosfatorescondicionamoconsumodeforragem,dentreelescitam-se:valor nutritivo (composio qumica e digestibilidade), estrutura de relvado, oferta deforragem e outros.Dentreascaractersticasestruturaisdorelvado,condicionantesdoconsumopeloruminante,asprincipaisso:alturaepopulaodeperfilhos,densidadedebiomassa, relao folha/colmo, proporo de folhas mortas e inflorescncia.Oconjuntodestascaractersticasdeterminaafacilidadedepreensodeforragempeloanimaleda,ograudepastejoseletivopraticadoporeleeseucomportamento ingestivo (tempo de pastejo, ritmo de bocados, tamanho do bocado,tempoderuminao(Stobbs,1973;ChaconeStobbs,1976;Bakeretal.,1981;DoughertyeLauriault,1989;Doughertyetal.,1990;Penningetal.,1991e1994;Euclidesetal.,1994).Demodogeral,otamanhodobocadomostracorrelao 246 8 10 1214 16100908070605040302010Matria Seca (g/perfilho)ABCDnegativacomotempodepastejoecomoritmodebocados,ecorrelaopositivacom o tempo de ruminao e com o consumo dirio de forragem (Woodward, 1997).Conquantoaalturadorelvadosejasuacaractersticaestruturalmaisdeterminantedocomportamentoingestivoempastagenstemperadas(Hodgson,1985;Penningetal.,1991),adensidadedefolhas(kg/ha/cm),determinadapelapopulaodeperfilhosesuarelaofolha/colmo,oprincipalfatordocomportamentoingestivoempastagenstropicais(Stobbs,1973;Mott,1981).Empastagens de capim-braquiria (Brachiaria decumbens), capim-setria (S. anceps cv.Kazungula) e capim-de-rhodes (Chloris gayana), o tamanho do bocado cresceu comadensidadedebiomassaerelaofolha/colmo,masvariouinversamentecomaaltura de vegetao (Stobbs, 1973).Outrofatordeterminantedocomportamentoingestivoedoconsumodeforrageme,portanto,dodesempenhoanimal,aofertadeforragem,termoqueguarda estreita correlao negativa com a presso de pastejo. A oferta de forragem,definidacomoaquantidadediriadematriasecaoumatriaorgnicaporanimalou por unidade de peso vivo, mais apropriadamente se aplica situao de pastejointermitente,maisparticularmenteaopastejoemfaixas(Hodgson,1981).Paraascondies de pastejo sob lotao contnua, prefervel o conceito de disponibilidadede forragem, isto , kg/ha de matria seca de biomassa area, total ou de folhas. Oferta muito alta de forragem, comprometendo a digestibilidade de matria secaeaestruturadorelvado(Marsh,1979;Silvaetal.,1994),intensificaopastejoseletivo do animal e, portanto, resulta em menor eficincia de utilizao do relvado.Em pastagem de azevm e trevo-branco, a variao da oferta de forragem de3,0 at 7,5% do peso vivo propiciou aumento curvilneo no ganho dirio de peso vivodosnovilhos;todavia,comprometeuoganhoporhectare.Aindaempastagemdeazevm perene, a produo de leite cresceu com a oferta de forragem de 3 at 9%do peso vivo sem, entretanto, responder ao aumento da disponibilidade de forragemde 3.800 at 5.800 kg/ha de matria seca. O consumo de matria orgnica foi menorsob a maior oferta e, ou, disponibilidade de forragem (Combellas e Hodgson, 1979).Segundo Baker et al.(1981),odesempenhodasvacasrespondeumelhoralturaqueofertadeforragem;dequalquermodo,aproduodeleitecresceucomaofertadeforragemdeazevmperenede1,7at5,1%dopesovivo.Nesteparticular, Morris et al. (1993) relatam aumento curvilneo no consumo de forragem eganhodiriodepesovivodenovilhosemrespostavariaodealturadorelvadoentre 6 e 15 cm.SegundoPenningetal.(1994),oIAFeamassadefolhasverdessoosndicesquemelhordefinemataxadebocadoseoconsumodeforragemempastagens de azevm.Em gramneas tropicais Coastal bermuda e Kleingrass(Panicumcoloratum),Stuthetal.(1981)observaramestreitaassociaoentreofertaedesaparecimento(nonecessariamenteconsumo)dematriaseca,equedanaeficinciadeutilizao da forragem quando a oferta diria excedia de 6 a 9% do peso vivo.Incrementoslinearesnoganhodiriodepesovivodenovilhos(de0,5para1,2 kg) e na produo de peso vivo por hectare (de 259 para 572 kg) foi a resposta variao de oferta de forragem de 4 para 10% peso vivo de novilhos em pastagemdemilheto(MoraeseMaraschin,1988).Nesteestudo,nofoiobservadaalteraona capacidade de suporte da pastagem.Abaixadigestibilidadeeascaractersticasestruturaisdesfavorveisdorelvado, como estreita relao folha/colmo, e altas propores de colmos e materialmorto,comprometeramopastejoseletivoe,consequentemente,oganhodepesovivodiriodenovilhosempastagemdegrama-bermuda(Burnsetal.,1981).Semelhantemente, o consumo voluntrio de matria seca por novilhos em pastagemdecapim-colonio,capim-tanzniaecapim-tobiatapresentoucorrelaesnegativas com: percentagem de material morto, teor de FDN e correlaes positivascom matria seca verde total e de folhas; percentagem de folhas e relao matriaverde/material morto (Euclides et al., 1999).Arelevnciadarelaofolha/colmovariaconformeaespcieforrageira,sendomenoremespciesdecolmotenro,menoslignificado.Assimseentendeamelhor correlao dos ganhos dirios de peso vivo com a disponibilidade de matriaverdesecatotaldoquecomadematriaverdesecadefolhas,empastagensdeBrachiria decumbens e Brachiaria brizantha (Euclides et al., 1993). Por outro lado,antecipa-sequeapreensodaforragemempastagemdecapim-jaragu,capim-setaria e capim-elefante ano Mott seja mais dependente das relaes folha/colmo,tendoemvistaamaiorproporodeesclernquimaevasoslenhososlignificadosnoscolmosrelativamentesfolhasdaquelasgramneas(Queirozetal.,2000).Defato, a anatomia da folha e a proporo de material morto no dossel, determinando aresistnciadasfolhasaorasgamento,temreflexosobreotamanhodobocado(Hodgson,1985).Semelhantemente,diferenasanatmicasdasfolhaspodemdeterminar diferenas na cintica da digesto ruminal (Burns et al.,1981; Euclides etal.,2000),propiciandodiferenasdeconsumoedesempenhoanimal.Assim,omenorganhodepesovivodenovilhoempastagemdacvMassaidePanicummaximumfoiatribudopresenadeestruturagirderemsuasfolhas(Euclideset.al.,2000),AltacorrelaoentreteordeFDNeasproporesdetecidosdesustentao como esclernquima e tecidos dos vasos lignificados em folhas do topo relatada por Queiroz et al. (2000b).Ensaio de pastejo rotacionado em capim-elefante ano Mott com trs ofertasde forragem: 12-9; 9-6; e 6-3% PV, respectivamente entrada e sada de vacasHZ,noreveloudiferenadeconsumodematriasecadeforragem(2,20%),nemde produo de leite (13,2 kg/dia) por vaca, recebendo, ainda, 2 kg de concentradopordia,senonaproduoporhectarequevarioude5.565a8.880 kg, durante operodoexperimental,inversamentecomaoferta(Silvaetal.,1994b).Afaltadeefeito sobre o consumo e a produo diria de leite por vaca atribuda diferenanaestruturadavegetao(Quadro1),emqueseobserva,principalmente,maislarga relao folha/colmo e mais alto percentual de folhas nos diferentes estratos dorelvado sob a menor oferta (6-3%) relativamente maior oferta (Silva et al., 1994a).Entretanto, aps trs anos de ensaio, os piquetes sob a oferta mais baixa sedegradaram,manifestandointensainvasoporBrachiariadecumbens,enquantogrande acmulo de material morto e colmocaracterizou a vegetao do relvado demais alta oferta.Assim,osautoresconcluramserrecomendvelobservaraofertade 9-6% de forragem em pastagem do cultivar Mott sob pastejo rotacionado.Talconclusoconsistentecomobservaesdequeoconsumodiriodematria seca por ovelhas cresce assintoticamente, Figura 5, at o nvel de oferta de7%dopesovivonvelcrticoalcanandovalormximoquandoaofertadiriacorresponde a quatro vezes o potencial de ingesto de matria seca da ovelhasobpastejo. Para vacas leiteiras, com potencial de ingesto de 2,2 a 2,5% do peso vivo,onvelcrticodeofertade4a6%(Hoggson,1981).TambmMott(1980,1984)relata crescimento assinttico do desempenho animal e, ou, seu consumo dirio deforragem,segundoaequaoY=A+B e-CX,emqueXaofertadiriaouadisponibilidadedeforragem,cujafaixacrticaseriade1.200a1.600kg/ha,emrespostaaoaumentodeofertadiriadeforragem,comvalorcrticode4a6%dopeso vivo, que corresponde a aproximadamente duas vezes o potencial de ingestode matria seca pelo ruminante, em pastagem cultivada de alta qualidade.Quadro 1 - Biomassadefolhaecolmo,relaofolha/colmo(F/C),percentagemedensidade(D)defolhasporestratoaolongodoperfildeperfilhosdecapim-elefante ano Mott sob pastejo rotativo e ofertas de 12-9 e 6-3%do PV.Folha Colmo FolhasOferta(%)Estrato(cm) ------------- kg/ha ---------------F/C(%) (D)> 80 1.078 148 7,28 88 2480-60 955 392 2,44 71 4860-40 909 734 1,24 55 4512-640-20 695 1.251 0,56 36 35> 80 614 0 - 100 2880-60 833 8 104,12 99 4260-40 998 109 9,16 90 506-340-20 649 321 2,02 67 32Figura 5 Relao entre oferta e consumo de forragem (Hodgson, 1981).403020100 408012016020050% ReduoConsumomximo10% de ReduoOferta de forragem (g/Kg PV.dia)Consumo de forragem (g/kg PV.dia)Deensaiodepastejorotativo,observando14diasdepastejoe24diasdedescanso,empastagensdediferentesacessosdegrama-estrela(Cynodonspp.),Adjei et al. (1980) relatam ganhos dirios mximos sob oferta entre 6-8% PV, assimcomo ineficincia da utilizao de forragem sob ofertas mais altas.Aoseestabeleceronveldeofertadiriadeforragem,procedeconsiderarsuas implicaes do ponto de vista do animal, assim como da pastagem.O mximo desempenho animal depende do nvel de consumo de forragem edaeficinciadeconversodaforragemconsumida(Blaser,1982).Conquantosereconheaqueoconsumodeforragemcrescecomaoferta,ofertamuitoaltarepresenta desperdcios de forragem (Adjei et al., 1980; Hodgson, 1981; Stuth et al.,1981) e, conseqentemente, comprometimento da produo por hectare. De fato, fcil compreender que se a oferta quatro vezes o consumo de MS realizado peloanimal, ela representa desperdcio dedaforragemofertada,cujoacmulodirioconduzaintensaperdaporsenescnciaemortedefolhaseperfilhosquepodealcanar at 50 Kg MS/ha.dia, e intenso alongamento de colmos, o que comprometeovalornutritivoeascaractersticasestruturaisdorelvado.Nestascondies,odesempenhoanimaldeterminadopelograudepastejoseletivocaracterizadoporprolongadotempodepastejoealtastaxasdebocado,afimdecompensaropequenotamanhodebocadorealizado(Woodward,1997).Talsituaoantecipadaempastagensdegramneastropicaiscespitosasdeportealto,comocapim-elefante,capim-colonio,capim-andropogon,capim-jaragu,cujoscolmosdificilmente contribuem para a dieta do ruminante.Vale mesmo ressaltar que o aumento da oferta de forragem at representar odobrodoseunvelcrtico(7%),resultaemapenas10%deincrementonoganhodirio de ovelhas; em outras palavras, a reduo de 50% na oferta correspondenteao ganho mximo, compromete o desempenho animal em apenas 10%, ( Figura 5),conforme Hodgson (1981).Os ganhos dirios de peso vivo de novilhosempastagemdecapim-elefanteMott, da ordem de 0,83, 1,01, 1,04 e 1,03 kg/nov., em resposta a nveis de oferta defolhasverdesde3,8;7,5;10,2e14,0%(Almeidaetal.,2000),confirmamestapreviso,vistoqueoganhoobservadosobaofertade3,8%representa90,9%daqueleobservadosobaofertade7,5%quepossibilitoudesempenhomximo.Semelhantemente,SollenbergeJones(1989)relatamganhosdiriosde0,97kg/novilhoempastagemdamesmagramneasobpastejorotacionado,eofertade4,9% do peso vivo.5- Manejo de Pastagemavaliaodaproduoanimalsobpastejointeressamdiversosaspectos,dentreosquais,sobressaem:odesempenhoanimal,acapacidadedesuportedapastagem,aproduoanimalporhectare,acomposiobotnicadapastagem,bem como a estabilidade da cobertura vegetal.O desempenho animal, isto , a produo de leite ou l ou o ganho de pesovivo por animal, reflete o valor nutritivo da forragem consumida, sendo, portanto, umaspecto qualitativo do estudo.A capacidade de suporte da pastagem, sua caracterstica intrnseca, estima aquantidadedeforragemconsumidaporhectare,emkg/hadeNDT,embora,maisfreqentemente,emanimais/haoudias-animal/ha(Mott,1980,1981);refere-se,portanto, ao aspecto quantitativo da avaliao da pastagem.Aproduoanimalporunidadederea,obtidacomooprodutododesempenho animal pela capacidade de suporte da pastagem, combina os aspectosqualitativo e quantitativo (Mott, 1980, 1981).Kg de leite/vaca x vacas/ha = kg leite/haKg de leite/dia/vaca x dias-vaca/ha = kg leite/haKg de PV x novilhos/ha = kg PV/haKg de PV/dia/novilho x dias-novilho/ha = kg PV/haAproduoanimalporhectarereflete(estima)aquantidadedeforragemcolhida (consumida), uma frao de produo primria total de forragem por hectare(Mott, 1980, 1981) e tem por complemento as perdas de forragem por senescncia emortedefolhaseperfilhos,perdasporpisoteioeoresduodeforragemquecaracteriza a quantidade de biomassa disponvel.Emoutraspalavras,aquantidadedeforragemconsumida(desaparecida)menor que a biomassa area disponvel, a diferena correspondendo ao resduo deforragemquesustentaofluxodetecidosnorelvadoegaranteadinmicadaproduo primria da pastagem. Obviamente, a magnitude deste resduo varia comapressodepastejoaplicada,gerandocondiesdesubpastejoousuperpastejo,conforme sejaa capacidade de suporte da pastagem.Tantoosubpastejocomoosuperpastejoviciamasestimativasdodesempenhoanimal,dacapacidadedesuporteedaproduoanimalporhectare(Mott, 1980, 1981). Ambos resultam em subestimativa da produo por animal e porhectare (Figura 6), alm disso, o superpastejo conduz a um rpido comprometimentoda produo primria, levando completa degradao da pastagem.Figura 6 Relao entre a presso de pastejo e a produo animal, por cabea epor rea, em pastagem (Mott, 1960).Osubpastejopropiciagrandesperdasdeforragem,caracterizadasporacmulodematerialmorto,deinflorescncia,ebaixarelaofolha/colmo,conferindoaorelvadoumaestruturaincompatvelcomoeficientecomportamentoingestivodoruminante.Talcondioinduzoanimalaopastejoseletivoquelhegarantadietamaisricaqueaforragemdisponvel,maspodecomprometeroconsumo dirio de forragem (Adjei et al., 1980; Burns et al., 1991).Acapacidadedesuportedapastagem,fundamentalmentedeterminadapelogentipo da espcie forrageira cultivada, dependente de condies de ambiente soloeclimaquepodemsermelhoradasporprticasdemanejo:adubao,irrigao,suplementao.Tambm,decisessobreataxadelotao,jogapapelpreponderante. A presso tima de pastejorefere-se taxa de lotao que conciliaproduoeconsumodeforragem(Mott,1980,1981).Elavariacomascondiesclimticas prprias de cada estao do ano.Oconceitodepressotimadepastejocarregaconsigocertograudesubjetividadequeotornavariveldepessoaparapessoa.Felizmente,apesquisatemestabelecidocertosparmetrosprticoseteisaobalizamentodapressotimadepastejo;taisso:IAF,alturadorelvado,biomassadisponvel,relaofolha/colmo,disponibilidadedebiomassaverdetotaloudefolhas,ofertadeforragem.Arelevnciadaofertadeforragemparaaproduoanimalempastagemjfoiespecificamenteabordada(Euclidesetal.,1999;Hodgson,1980,1981;Mott,1980, 1984). A disponibilidade de biomassa verde, considerada em diferentes trabalhos,tem revelado correlaes positivas com consumo e desempenho animal (Almeida etal., 2000; Euclides et al., 1999), rea foliar por perfilho (Rodrigues et al., 1987), taxadecrescimentodeforragemtotaledefolha(Veigaetal.,1985a),valornutritivodadieta(Veigaetal.,1985b).Assim,paraapastagemdecapim-elefanteanoMott,Veiga et al.(1985) e Rodrigues et al. (1986) recomendam a observncia de resduode forragem da ordem de 2.000 kg/ha de folhas verdes e altura do relvado de 58 cm,sob pastejo contnuo. Estes autores reportam reduodo nmero de perfilhos e degemasaxilaresporplantaedaalturadorelvadopara22cm,sobpastejopesadodeixando resduo ps pastejo de 500 kg/ha de folhas.Empastagemdeclimatemperadocompredominnciadeazevm-pereneetrevo-branco,amximataxadeacmulodeforragemocorrenumalargafaixadeIAF (de 2 a 4), altura do relvado (3 a 6 cm) e disponibilidade de biomassa (1.000 a1.500 kg/ha de matria orgnica) (Bircham e Hodgson, 1983). Nestas condies, osautoresconcluemserpequenaaoportunidadeparafazervariaraprodutividadedaquele tipo de pastagem por meio de manipulao daqueles fatores via alteraesdapressodepastejonormalmenteadotadas.Observa-se,tambmnaFigura6,uma faixa correspondente presso de pastejo tima.Pesquisas sobre o acmulo lquido de forragem em pastagens tropicais, aindaincipientes(Gomideetal.,1997,2000;Pintoetal.,2001),muitopodemcontribuirparaadefiniodapressotimadepastejoemtermosdebiomassadisponvel,altura e, ou, IAF do relvado de pastagens tropicais.Altataxadelotaocontribuiparareduzirasperdasdefolhasporsenescncia e prevenir o intenso alongamento de colmo em gramneas tropicais, oquefavoreceascaractersticasestruturaisdorelvado.Sobpastejorotacionado,arelaofolha/colmodorelvadodependetambmdacombinaodosefeitosdaduraodoperododedescansoedaalturapspastejodorelvado.Aintensadesfolha do relvado, sob pastejo rotacionado, contribui para utilizao mais eficienteda forragem e reduo das perdas por senescncia. Entretanto, pode comprometeroconsumodeforragemeodesempenhoanimal(Woodward,1997).Talfatoantecipadoparapiquetesdegramneastropicaispropensasaapresentarestreitarelaofolha/colmo,como,porexemplo,ascultivaresdePanicummaximumePennisetumpurpureum.Assim,emcapim-Mombaasobpastejorotacionado,oganhodiriodepesovivovariouinversamentecomaduraodoperododedescanso, que mostrou correlao negativa com a relao folha/colmo do relvado.Adefiniodaduraodoperododedescansodeveatenderaaspectosdiversoscomo:restauraodareafoliaredasreservasorgnicas,aintercepode luz (95%), a taxa mdia de crescimento forrageiro, a vida til das folhas de modoa minimizar as perdas por senescncia, assim como a relao folha/colmo.Areconstituiodareafoliardemandaenergiaeesqueletocarbnico.Nosprimeiros dias do perodo de descanso ocorre acentuada queda no nvel de reservasorgnicas,seguidaderecuperaoaonvelanteriordesfolha.Arecuperaodoteordecarboidratosno-estruturaisocorreuaps21diasemcapim-colonio(Gomide e Zago, 1980) e aps 28 dias em capim-jaragu (Botrel e Gomide, 1981).Orendimentoforrageirodurantearebrotao,inicialmenteproporcionalrea foliar e percentagem de meristemas apicais remanescentes aps a desfolha(GomideeZago,1980;BotreleGomide,1981),intensifica-semedidaqueaumentam o ndice de rea foliar do relvado, e, com ele, ao intercepo da radiaoluminosa.Duranteoperododepastejodociclodepastejo,oIAFdorelvadoexperimenta rpida reduo, e sua recomposio ocorre progressivamente duranteo perodo de descanso subseqente.Imediatamenteapsasadadosanimais,orelvadoapresentabaixoIAFepredominnciadefolhasbaixeiras,maisvelhas(L3);apsosprimeirosdiasdedescanso,observa-sepredominnciadefolhasemergentes(L1)e,subseqentemente, de folhas recm-expandidas (L2). Substancial predominncia defolhasadultaseaumentonaproporodefolhasvelhasealtoIAFocorremmaistarde.Assim,aproporodefolhasevoluidarelao:% folhasemergentes>%folhasrecm-expandidas>%folhasvelhasparaarelao:%folhasrecm-expandidas>%falhasvelhas>%folhasemergentes(Figura7),medidaqueseprolonga o perodo de descanso.Figura 7 Evoluo da proporo de folhas de diferentes idades em um relvado deazevm durante o perodo de repouso do pastejo rotacionado (Parsons etal, 1988).Conseqentemente,ataxadefotossntesebrutadodossel(gCO2/m2solo/hora)cresceassintoticamentecomoperododedescanso,refletindoocrescimentodoIAF(Kingetal.,1984;Parsonsetal.,1988)eoavanodaidademdiadareafoliar.Nosprimeirosdiasdoperododedescanso,afotossntesebrutadodosselfoiinferiorquelaobservadaemrelvadosobpastejocontnuopesado (IAF = 1,0) mas igualou-a rapidamente, excedendo-a aps 15 dias, quandono relvado predominavam as folhas recm-expandidas (Figura 8).Aestabilizaodafotossntesebrutadodossel(Figura9)atribuveladiversosfatores:reduzidaeficinciafotossintticadareafoliardecorrentedesuaidadeavanada,mtuosombreamentodasfolhas(WoledjeeLeafe,1976),plenaintercepo da radiao luminosa (Parsons et al., 1983) .Figura 8 Evoluo da fotossntese bruta do dossel durante o perodo de descansodo azevm perene sob pastejo rotacionado () e sob pastejo contnuo (---) mantendo IAF=1,0 (Parsons et al, 1988).Segundo Parsons et al. (1983), a taxa de produo bruta de forragem, isto ,fotossntese lquida do relvado de azevm perene, alcana valor mximo durante operododedescanso,quando95%daradiaoluminosainterceptada.Nestemomento,orelvadoapresentariatambmamximataxadeproduolquidadeforragem e IAF teto, visto que a partir de ento, as perdas de folha por senescnciaemorteigualariamaproduodefolhas(Figura9).Empastagemdecapim-Mombaa, o crescimento acumulado e o IAF cresceram linearmente alm da idadeemqueaintercepoderadiaofotossinteticamenteativaseestabilizouem95%(Figura 1). Tal constatao consistente com relatos de valores de taxa de assimilaolquida da ordem de 5 g/m2.dia e de taxa de crescimento relativo da ordem de 0,04 g/g.diaemcapim-Mombaaporvoltados60diasdecrescimento(GomideeGomide,1999e2001).Em razo da dinmica dos processos fisiolgicos pertinentesrecomposiodorelvado,observa-sevariaonastaxasdecrescimento.AFigura10ilustraanaturezasigmoidaldocrescimentoacumulado(W)easvariaesdataxadecrescimento instantneo (dW/dt) e da taxa mdia de crescimento [(W - Wo)/t],emazevm-perene (Parsons e Penning, 1988). Observa-se que o valor mximo da taxade crescimento instantneo antecede o valor mximo da taxa mdia de crescimento,ambos acontecendo durante a fase linear do crescimento acumulado.Figura9Variaesnastaxasdefotossntesebruta,perdasrespiratrias,senescnciaemortedostecidoseacmulodeforragemdurantearestaurao do IAF do piquete (Parsons et al, 1983).Sendoobjetivodomanejomaximizarorendimentoforrageiroporcorte,ouciclo de pastejo, este deveria acontecer no momento de mximo valor da taxa mdiade crescimento. Este critrio alm de no ser de aplicao prtica, no se aplicarianadefiniodoperododepastejodegramneastropicaisdegrandeporte,poispropiciariagrandeproporodecolmonacomposiodaforragem,conformesededuz da Figura 4, e do Quadro 2.Figura10Crescimentoacumulado(W),variaesnataxadecrescimentoinstantneo (dW/dt) e taxa mdia de crescimento (W-Wo)/t durante operodo de descanso do piquete (Parsons e Penning, 1988).Onmeroconstantedefolhasverdesporperfilho,apartirdomomentoemqueataxadesenescnciaigualaataxadeaparecimentodefolhas,constituiriacritrioobjetivoaserobservadonadefiniodoperododedescansodociclodepastejo (Fulkerson e Slack, 1995; Grant et al., 1988). A partir deste critrio, o perododedescansonoexcederiaavidatildafolha,cujaduraovariaconformeaespciee,paraumamesmaespcie,variacomaestaodoano.Entretanto,emrelvadosdeespciesderpidoalongamentoelignificaodocolmo,operododedescansodeveriasermenorafimdepreservarascaractersticasdorelvadoquefavorecem o comportamento ingestivo e o desempenho animal. Assim, resultados depesquisa em andamento indicam ganhos de peso vivo de novilhos mestios HZ de532a322 g/dia/novilho conforme a durao do perodo de descanso dos piquetesdecapim-Mombaavarioude2,5a4,5folhasverdesporperfilhooquetambmresultouemmodificaonascaractersticasdorelvado,resumidasnoQuadro2.Acredita-se que o principal fator determinante da diferena observada de ganho depesovivosejaadiferenanarelaofolha/colmoquevarioude4,6para1,7,inversamente com a durao do perodo de descanso. Na medida em que o menorganho de peso vivo representa menor consumo de forragem, possvel inferir maiorquantidadedeforragemcolhida,isto,maiorproduoanimalporhectarecomaadoo do menor perodo de descanso; cuja menor produo primria de forragempor ciclo de pastejo seria compensada pelo maior nmero de ciclos, combinado coma mais eficiente utilizao de forragem de seu relvado com caractersticas estruturaismais favorveis, alm do melhor desempenho animal.Quadro 2 caractersticas estruturais do relvado de capim-Mombaa sob diferentesperodos de descansoPDNo de FolhaAltura(cm)Biomassa(kg/ha/ciclo)RelaoFolha/ColmoPerfilhos(No/m2)IAF2,5 79 4.570 4,6 240 9,13,5 98 5.580 3,7 176 8,94,5 117 7.340 1,7 148 10,9Fonte: Gomide e Gomide (2001).Durante o perodo de pastejo (perodo de ocupao do piquete), a presso depastejocrescediaapsdia,apesardaconstnciadataxadelotao,emdecorrnciadaprogressivadesfolhadorelvado.Nestascondies,oconsumodeforragem nos ltimos dias de pastejo duplamente comprometido: menor oferta deforragem,ecaractersticasestruturaismenosfavorveispreensodeforragempeloanimal.Assim,aprogressivadesfolhadorelvadocomprometeocomportamentoingestivoeodesempenhodosanimais(ChaconeStobbs,1976;Dougherty et al., 1990; Woodward, 1997).AFigura11,adaptadadeChaconeStobbs(1976),ilustraaevoluodadisponibilidadedefolhas,colmosematerialmortonorelvadoedacomposiodadietadenovilhosduranteoperododepastejoempastagemdecapim-setriaKazungula. Neste estudo, o tamanho do bocado caiu e o ritmo de bocados cresceujuntamente com o tempo de pastejo, com o decorrer dos dias de pastejo. DiasDiasFigura 11 Disponibilidade mdia de matria seca total (o), de folhas (x), colmo ()e material morto () no relvado de Setaria kazungula(A)ecomposiodadietadenovilhos(B),nodecorrerdoperododepastejo(ChaconeStobbs, 1976).A B MS disponvel (102 kg ha-1)% de folha, Colmo e Material MortoFolhaColmoMat.mortoSemelhantesvariaesnotamanhodobocadoenoritmodebocadosemrespostaprogressivadiminuionadisponibilidadedeforragemverdetotaledefolhas so relatados por Dougherty e Lauriault (1989) e Dougherty et al. (1990).Asinconveninciasdelongosperodosdepastejodevemserconsideradastambmdopontodevistadorelvado,vistoqueaumentariaaprobabilidadederepetio de desfolha dos perfilhos, o que representaria um escondido curto perodode descanso.De fato, a literatura registra comprometimento do sistema radicular, do teor decarboidratos e reserva e produo de folhas em decorrncia da repetio de cortes acurtosintervalos(Corra,1981;Rodriguesetal.,1987).Entretanto,nopareceplausvelaocorrnciaderealprejuzocapacidadederebrotadaplantaemdecorrncia de repetio de desfolha durante o perodo de ocupao de 5 a 7 dias.Talafirmativatememvistaasseguintesconsideraes:paraamaioriadasespcies, o intervalo de aparecimento de folhas maior de seis dias; translocaodeassimiladosdasfolhasadultasparaasfolhasemexpansodemesmoperfilho(RyleePowell,1975),translocaodeassimiladosdeperfilhosintactosparaperfilhosdesfolhadosdemesmaplanta(Matches,1966;MarshalleSagar,1968);apenas a desfolha total da planta atrasa (diminui), a produo de novo tecido foliar(Davies, 1974; Gomide e Gomide, 1999).6 Produo animal em pastagens tropicaisAsestimativasdodesempenhoanimaledaproduoanimalporhectare,resultantes de pesquisas em pastagens tropicais, revelam grande variao (Quadro3).Emgrandeparte,talvariaosedevenoapenasdiversidadedeespciesecultivaresestudadas,comotambmsdiferentescondiesdemeioemanejo,jdiscutidas, pertinentes a cada experimento.Demodogeral,aadubaonitrogenadanotrazbenefcioaodesempenhoanimal,senocapacidadedesuportedapastageme,assimproduoporhectare(Quinnetal.,1961,1963;Gomideetal.,1984).Entretanto,Gomideetal.(1984)relatammelhoriadoganhodepesodenovilhosempastagemdecapim-jaraguemrespostaaplicaode60Kg/hadenitrognio,quetambmresultouemelevaodoteorproticodagramnea.SegundoQuinnetal.(1963),oincrementodacapacidadedesuporteresultantedaadubaonitrogenadavariouconformeaespcieforrageira.Assim,oincrementofoide100%empastagemdegramacoastcross,de72%empastagemdecapim-colonioecapim-jaragu,masfoi nulo em pastagem de capim-gordura.Poroutrolado,asuplementaoeaconsorciaodepastagemcomleguminosafavorecemprincipalmenteodesempenhoanimal(Gomideetal.,1984,Euclides et al., 1988a, b).OganhodiriodepesovivodebezerrosdesmamadosempastagensdeBrachiariadecumbens,nasguas,variouemfunodeseuregimealimentarnasecaanterior.Emgeral,asuplementaocomconcentradofavoreceuoganhodepeso vivo na seca; entretanto, esta vantagem desapareceu parcialmente nas guasseguintes, expressando o ganho compensatrio (Euclides et al., 1998b).Emdecorrnciadoincrementonodesempenhoanimal,aproduoporhectaretambmrespondepositivamentesuplementaoeconsorciaodapastagem. Em razo da estacionalidade da produo primria das pastagens, a produoanimal em pastagem depende fortemente das prticas de conservao de forragem:fenao e ensilagem. A matria prima para a produo de feno e/ou silagem podevir do excesso de forragem da estao das guas, conforme a espcie forrageira dapastagem. Sem dvida, culturas anuais de milho e sorgo so as mais recomendadaspara produo de silagem.Tambmocultivodecapineirasdecanadeacarecapim-elefante,assimcomoodelegumineiras,constituialternativaimportanteparacomplementarobommanejo das pastagens.Quadro3Desempenhoanimaleproduoanimalporhectareempastagenstropicais.Peso VivoEspcies N(kg/ha)g/dia.nov kg/ha RefernciaCapim-colonio 0 540 307 Quinn et al. (1961)Capim-colonio 200 490 702 Quinn et al. (1961)Capim-colonio 0 768 214 Quinn et al. (1963)Capim-colonio 100 731 356 Quinn et al. (1963)Capim-jaragu 0 804 250 Quinn et al. (1963)Capim-jaragu 100 813 422 Quinn et al. (1963)Capim-gordura 0 877 80 Quinn et al. (1963)Capim-gordura 100 733 121 Quinn et al. (1963)Grama coastcross 0 609 103 Quinn et al. (1963)Grama coastcross 100 657 215 Quinn et al. (1963)Capim-colonio 0 790 224 Gomide et al. (1984)Capim-colonio 60 860 381 Gomide et al. (1984)Capim-jaragu 0 603 163 Gomide et al. (1984)Capim-jaragu 60 862 248 Gomide et al. (1984)Capim-colonio(exclusivo)--- 792 224 Gomide et al. (1984)Capim-colonio +Siratro eCentrosema--- 928 347 Gomide et al. (1984)Brachiaria spp. --- 491 308 Euclides et al. (1998b)Brachiaria spp +Calopognio--- 530 332 Euclides et al. (1998b)Oferta(%PV)Capim-elefanteMott4,9 970 483 Sollenberger e Jones(1989)Capim-elefanteMott3,8 830 1410 Almeida et al. (2000)Capim-elefanteMott7,5 1010 1167 Almeida et al. (2000)Capim-elefanteMott14,0 1030 767 Almeida et al. (2000)Produo de leitekg/vaca.dia Kg/hCapim-elefanteMott12 - 9 13,2 5565* Silva et al. (1994)Capim-elefanteMott9 - 6 13,2 5716* Silva et al. (1994)Capim-elefanteMott6 - 3 13,2 8880* Silva et al. (1994)Grama coastcross --- 16,6 20720** Vilela e Alvim (1996) * Produo parcial das guas, suplementao com 2 Kg de rao/vaca.dia ** Produo anual, suplementao com 3 Kg de rao/vaca.diaREFERNCIAS BIBLIOGRFICASAdjei,M.B.,Mislevy,P.,Ward,C.Y.Responseoftropicalgrassestostockingrate.Agron. J., 72: 863-868, 1980.Almeida,E.X.,Maraschin,G.E.,Harthmann,D.E.L.etal.Ofertadeforragemdecapim-elefante ano Mott e o rendimento animal.Rev. Soc. Bras.Zoot.,29(5):1288-1295, 2000.Baker,R.D.,Alvarez,F.,Ledu,Y.L.P.Theeffectofherbageallowanceupontheherbage intake and performance of suckler cows and calves.GrassandForageSci., 36(3): 189-199, 1981.Bircham,J.S.,Hodgson,J.Theinfluenceofswardconditiononratesofherbagegrowth and senescence in mixed swards under continuous stocking management.Grass and Forage Sci., 38(4): 323-331, 1983.Blaser, R.E. 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