manual aulas praticas bioquimicas

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 UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS CURSO DE BIOMEDICINA DISCIPLINA: BIOQUÍMICA BÁSICA PROF a . M.Sc. DANIELLE FEIO ROTEIROS PARA AULAS PRÁTICAS DE BIOQUÍMICA BELÉM-PA 2014

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARCENTRO DE CINCIAS BIOLGICASCURSO DE BIOMEDICINADISCIPLINA: BIOQUMICA BSICAPROFa. M.Sc. DANIELLE FEIO

ROTEIROS PARAAULAS PRTICAS DE BIOQUMICA

BELM-PA2014

1. INTRODUO AO TRABALHO EM LABORATRIO

No Laboratrio de Bioqumica o aluno dever: Ser rigoroso na ateno, tcnica e disciplina, evitando desta forma, a ocorrncia de erros que invalidam parcial ou totalmente o trabalho realizado e acarretam em desperdcio de material, reagentes e tempo; No realizar experincias extras a ttulo de curiosidade, pois podem levar a reaes inesperadas; Afim de alcanar a eficincia desejada, necessrio ler as prticas com antecedncia; Colocar sobre a bancada apenas o material estritamente necessrio como lpis, borracha, caneta, rgua e apostila de trabalhos prticos. Demais objetos devero ser deixados fora da bancada de trabalho, em lugar designado; Conservar a bancada de trabalho sempre limpa, durante e ao trmino das aulas. Ao trmino da aula a bancada dever estar em condies de ser novamente utilizada. Reagentes e respectivas pipetas estaro dispostas junto aos mesmos, em uma bancada especifica e devero ser utilizadas com ateno para evitar trocas. Tambm devero ser transferidas alquotas dos reagentes para beckers para evitar contaminao. Sempre que necessrio, utilizar mscara, luvas, culos e/ou qualquer outro artigo de proteo indicado; No fumar no laboratrio; Cautela no trabalho com substncias custicas, txicas, cidos em geral, substncias inflamveis e vidraria; Os reagentes corrosivos ou txicos (cidos ou bases fortes, quando muito concentrados) no devero ser pipetados diretamente, sendo medidos em provetas ou, em alguns casos, em buretas ou com auxlio de uma pra; Evitar tocar, cheirar ou manusear produtos que tenham derramado ou extravasado de algum recipiente; Manter o rosto o mais distante possvel durante as operaes de mistura ou aquecimento de reagentes; No degustar nada no laboratrio; Ao acender o bico de Bunsen, ter o cuidado de no abrir a torneira do gs antes que tenha mo a chama que deve acend-lo; Terminado o uso do bico de Bunsen, verifique se as torneiras do gs esto bem fechadas, evitando assim exploses e intoxicaes; Cuidado com as substncias inflamveis (lcool, ter) nas proximidades de uma chama; Jamais aquecer um sistema completamente fechado; Os reagentes utilizados no devem retornar ao recipiente estoque; Use uma pipeta para cada reagente evitando a contaminaes; Antes de introduzir pipetas nas solues certifique-se de que esto limpas; Ao preparar solues de cidos fortes (sulfrico, clordrico, ntrico, etc.), deve-se verter o cido sobre a gua, nunca o contrrio pois provoca reao exotrmica violenta; Deve-se ter precauo ao preparar solues alcalinas (NaOH, KOH, etc.), pois a reao exotrmica e corrosiva. Mantenha o frasco em banho de gelo e no aspire os gases desprendidos; Quando preparar solues alcolicas, o lcool e gua devem ser medidos separadamente e depois reunidos, porque h reduo do volume total; Os dispositivos para a medio de volumes so calibrados com gua destilada a uma dada temperatura, conforme vem registrado (15, 20, 25C); Para medir volumes entre 0 e 1 ml deve-se usar pipetas de 1 ml graduada em centsimos. Entre 1 e 2 ml usar pipetas de 2 ml graduada em centsimos. Entre 2 e 5 ml usar pipetas de 5 ml graduada em dcimos. Entre 5 e 10 ml usar pipetas de 10 ml graduada em dcimos; As pipetas volumtricas so de maior preciso e so utilizadas para o preparo de solues padres; O lquido no interior de medidores de volume (pipetas, buretas, provetas, bales volumtricos, etc.) forma menisco. A leitura de ser feita na parte inferior do menisco e na altura da linha dos olhos.

1.1 OBSERVAES

obrigatrio o uso de jaleco, sapato fechado e calas compridas, portanto no ser permitida a entrada do aluno no laboratrio sem estar usando-os. Alunos com cabelo comprido devero prende-los durante s aulas prticas para evitar acidentes com chamas e reagentes corrosivos. A pontualidade importante para a boa conduo dos trabalhos. Ser tolerado um atraso de 10 minutos do incio da prtica, aps o qual o aluno ser considerado ausente. No permitido assistir ou pagar aula em outra turma, pois todas as turmas esto completas com o nmero mximo de alunos.

2. COMO ELABORAR UM RELATRIO

Para orientar a elaborao de relatrios sero apresentados a seguir um roteiro e algumas sugestes prticas.Itens do relatrio:TTULO - o mesmo indicado no roteiro da prtica.INTRODUO - neste tpico deve constar o fundamento terico necessrio para o bom entendimento da experincia realizada, bem como dos resultados e discusso. Pode ser compilado de livros ou manuais existentes na literatura. Seja objetivo.MATERIAL E MTODOS - descrio da parte experimental, destacando os materiais e equipamentos usados.RESULTADOS- os resultados devem ser apresentados de maneira sucinta e clara. Tabelas, figuras e reaes podem ser usadas para melhor compreenso dos dados.DISCUSSO - O propsito da discusso interpretar os resultados e relat-los com base no conhecimento terico existente. Informaes dadas em outra parte do texto podem ser citadas mas no repetidas em detalhes na discusso.CONCLUSES- Esta parte do relatrio deve sumarizar as principais concluses obtidas no decurso do trabalho realizado.REFERNCIAS - livros, artigos, websites consultados, manuais utilizados na elaborao do relatrio devem ser relacionados (utilizar regras da ABNT).

3. RELAO DAS PRINCIPAIS VIDRARIAS E MATERIAIS UTILIZADOS EM LABORATRIO

A seguir so apresentadas as principais vidrarias e materiais utilizados no Laboratrio de Bioqumica para realizao de aulas prticas.

Balo volumtrico com fundo chato, com fundo redondo e com tampa:

Balo de Destilao, Balo de Erlenmeyer, e Kitassato:

Almofariz com Pistilo, Cadinho e Placa de Petri:

Funil de Buchner, Funil Haste Longa, Funil de Separao: Pisseta ou Frasco Lavador, Proveta Graduada e Bquer ou Becker

Pipetador tipo Pera, pipetador pi-pump e pipetador automtico:

Pipeta Graduada, Pipeta Pasteur e Pipeta Volumtrica:

4. ROTEIROS DE PRTICAS

4.1. Experimento 1 - Medidas de pH

Assunto: pH e tampes

Objetivos: Caracterizar as substncias por faixas de pH. Entender o pH como medida de concentrao. Familiarizao com o uso de fitas de indicador de pH.

Materiais: Trs tubos de ensaio; Fitas de indicador de pH (dois tipos de fita: uma de 0 a 6 e outra de 7 a 14); Substncias coletadas no permetro da UEPA; gua. Cadinho com basto

Procedimentos: Cada grupo ir apreender trs substncias para determinao do pH e diluir, em gua, estas substncias, uma em cada tubo de ensaio; as amostras de materiais slidos, se necessrio, devero ser maceradas no cadinho com o auxlio do basto, antes de serem diludas. OBS: Procurar materiais que possam ser dissolvidos ou macerados para soluo em gua. Evitar substncias com cores intensas, pois podem alterar a leitura. Mergulhar as fitas de indicador de pH no tubo de ensaio e esperar o resultado por 5 minutos. Anotar o resultado de cada substncia e pH. Selecionar uma substncia, dilu-la ainda mais (dobro da diluio utilizada) e medir novamente o pH. Sugestes para o relatrio: Agrupar as substncias por faixa de pH Correlacionar tipos de substncias e faixas de pH Avaliar a variao de pH em materiais presentes no dia a dia Relacionar o pH esperado com o pH encontrado (explicando os provveis motivos da discordncia). Entender e explicar como feita a leitura das fitas de medio de pH e quais os princpios qumicos usados nessas fitas. Explicar o efeito da diluio na medida de pH.

4.2. Experimento 2 Utilizao de pH-metro

Assunto: pH e tampes

Objetivos: Entender e ambientar-se com a utilizao do pH-metro Caracterizar tamponamento e sua formao em solues de cidos fracos Praticar a titulao.

Materiais: pH-metro; 30 mL de soluo de NaOH 0,1mol/L; 30 mL de soluo de cido actico 0,1mol/L; Um bquer; Um basto de vidro; Uma pipeta.

Procedimentos: Transferir para um bquer com 30 mL de soluo de cido actico 0,1 M Medir o pH desta soluo com a utilizao de um pHmetro anotar o resultado verifique se o pHmetro j foi calibrado levantar a alavanca com o eletrodo do pHmetro CUIDADO FRGIL colocar em um bquer com gua destilada sob o eletrodo lavar o eletrodo com gua destilada Cuidado para no bater no bquer. colocar o bquer com a soluo a ser medida sob o eletrodo abaixar a alavanca com o eletrodo do pHmetro at mergulhar a ponta do eletrodo na soluo. Cuidado para no tocar no fundo do bquer. Ativar o boto para leitura e anotar o valor medido. Acrescentar, com o auxlio de uma pipeta, gradativamente 3,0 mL de uma soluo de NaOH 0,1M. Fazer a medio do pH. Repetir o procedimento (acrscimo de 3mL de NaOH) por 3 vezes e aps cada acrscimo fazer nova medio do pH. Antes de cada medida necessrio lavar o eletrodo (troque a gua destilada do bquer aps muitas medies para evitar que esta fique excessivamente contaminada pelos reagentes) 3 mL de NaOH Construir uma curva com os dados obtidos (equivalentes de H+ adicionados x pH) . Sugestes para o relatrio: Observar a variao de pH de uma soluo tampo devido ao acrscimo de uma base forte; Montar uma curva de titulao, mostrando a variao de pH identificando a faixa tamponante, o porqu de sua ocorrncia e sua importncia nos sistemas biolgicos; Entender a utilizao do pHmetro; Fazer o grfico da curva de titulao terica (com valores calculados) e comparar com a obtida na prtica.

4.3. Experimento 3 Caracterizao de Protenas Assunto: Protenas Objetivos: Entender as propriedades das protenas e como essas influenciam na sua solubilizao. Entender alguns mtodos para identificao e quantificao de protenas Verificar o comportamento de diferentes grupos de biomolculas em diferentes solues. Materiais: ovo (1 p/ cada grupo) 1 Tubo de ensaio com 5 mL de tampo fosfato 0,1mol/L em pH7.8 Tubo 1; 1 Tubo de ensaio com 3 mL de soluo de ninhidrina 0,1% em tampo fosfato Tubo 2; 1 Tubo de ensaio com 3 mL de biureto Tubo 3; 1 Tubo de ensaio com 4 mL de gua destilada Tubo 4; 1 Tubo de ensaio com 6 mL de cloreto de sdio 1M Tubo 5; 1 Tubo de ensaio com 5 mL de sulfato de amnio 70% (p/v) - Tubo 6; 1 Tubo vazio 7; 1 Tubo de ensaio com 1 mL de tampo fosfato 0,1mol/L em pH7.8 Tubo 8; 1 Tubo de ensaio com 1 mL de gua destilada Tubo 9; 10 mg de Casena (eppendorf plstico) 1 Basto de vidro; 2 bqueres; 3 Pipetas graduadas de 5 mL; HNO3 1:1 (na bancada do professor); NaOH 5M (na bancada do professor); Banho-maria. Procedimentos: Reao da Ninidrina: 1. Abrir o ovo separando o seu contedo em dois bqueres (clara em um, gema em outro) sem romper a membrana que envolve a gema; 2. Transferir c/ pipeta aprox. 1 ml de clara para o Tubo 1 (tp. fosfato); 3. Transferir para o Tubo 2 (ninhidrina) 2 ml, com o auxlio de uma pipita, da soluo obtida no passo anterior (Tubo 1). 4. Colocar o Tubo 2 no banho-maria, deixando-o ferver por 5 minutos; 5. Registrar os dados obtidos. Reao do Biureto: 1. Pipetar 1 ml da soluo do Tubo 1 (sol. clara/ tp. fosfato) para o Tubo 3 (biureto); 2. Registrar os dados obtidos. Solubilizao (salting in): 1. Diluir 2mL de clara no Tubo 4 (H2O dest.), misturar suavemente; 2. Adicionar a soluo de cloreto de sdio do Tubo 5 ao Tubo 4 gota a gota at a solubilizao do material; 3. Registrar os dados. Precipitao sem desnaturao (salting out): 1. adicione soluo saturada de sulfato de amnio (Tubo 6) ao Tubo 4 gota a gota; 2. Registrar os dados. Reao xantoprotica: 1. Colocar 1 ml da clara do ovo do Tubo 1 no Tubo 7; 2. Adicionar os 10mg de casena ao tubo 8 e agitar suavemente para solubilizar; 3. Adicionar aos tubos 7,8 e 9 0,5 ml de cido ntrico (CUIDADO! Usar pipeta de 5 ou de 10 ml; aspirar c/ pra, usar luvas); 4. Ferver todos os tubos no banho-maria; 5. Anotar os resultados observados e adicionar gota a gota e agitando aps cada gota, 1mL de NaOH; 6. Anotar e analisar os resultados obtidos. Sugestes para o relatrio: Explicar o que so os reagentes Biureto e Ninhidrina e como eles interagem com protenas. Explicar as principais diferenas entre os mtodos utilizados para identificao de protenas e em que situaes deve ser usado cada um. Explicar os mecanismos de solubilizao e precipitao de protenas.

4.4. Experimento 4 - Desnaturao e Precipitao de Protenas: Atividade Enzimtica Presente no Suco do Abacaxi sobre Gelatina (Colgeno).

ObjetivoDemonstrar a atividade proteoltica presente no suco de abacaxi, o efeito da desnaturao protica por temperatura e o efeito da alterao de solubilidade protica, e consequente precipitao, provocados pela adio de lcool ou sal de amnio em soluo de gelatina (colgeno).Materiais 8 tubos de ensaio de 20 mL 1 tubo de ensaio de 30 mL Estante para tubos de ensaio Bquer de vidro de 100 mL (para aquecer gua) Bquer de 25 ou 50 mL (para gua destilada) Funil de vidro pequeno e papel de filtro, tesoura para cortar o papel de filtro Recipiente com gelo Almofariz e pistilo Pipetadores automticos de 1,0 mL e ponteiras, ou pipetas de vidro de 5,0 mL Faca ou estilete Luvas de ltex Basto de vidro (para dissolver a gelatina) Placa aquecida ou banho-maria 100C Banho-maria 60C Banho-maria 30C Balana

Reagentes: Soluo de sulfato de amnio 3 mol/L Etanol absoluto ou comercial 99,3 INPM Abacaxi maduro (1 fatia mdia) Gelatina incolor e sem sabor gua destilada

Procedimento:Parte 1: Atividade enzimtica do suco de abacaxi e desnaturao protica por aquecimento.Extrao do suco de abacaxiUma fatia de abacaxi deve ser cortada em pequenos pedaos. A extrao do suco ser feita macerando-se os pedaos utilizando almofariz e pistilo. O suco deve em seguida ser filtrado utilizando funil de vidro e papel de filtro em um tubo de ensaio de 20 mL. O tubo dever ser armazenado no gelo.Preparo da gelatinaPesar 2 g de gelatina incolor e sem sabor de qualquer marca comercialmente disponvel e dissolver em 20 mL de gua destilada, em tudo de ensaio de 30 mL, aps solubilizao a soluo de gelatina deve ser aquecida a 60C e mantida nessa temperatura at o uso.EnsaioPipetar os dois primeiros itens da tabela 1 nos tubos de ensaio de 20 mL. Incubar as amostras aquecidas (60C e fervido) em suas respectivas temperaturas por 5 minutos e resfriar no gelo imediatamente. Aps o resfriamento das amostras fervidas adicionar em todos os tubos a soluo de gelatina. Incubar as amostras por 10 minutos a 37C e em seguida resfriar todas as amostras no gelo por 15 minutos, observar e anotar o resultado.Tabela 1. Resumo do procedimento experimental.

Parte 2: Precipitao de protenas.Pipetar nos tubos de ensaio de 20 mL os reagentes conforme a tabela 2, realizar o experimento em temperatura ambiente (~ 25C). Observar e anotar o resultado para posterior discusso.Tabela 2. Resumo do procedimento experimental.

Anlise dos dados:1. Prepara uma tabela indicando os resultados observados de cada experimento.2. Tirar uma fotografia dos resultados para anexar ao relatrio como figura.3. Discutir o efeito do suco de abacaxi sobre o colgeno (gelatina).4. Discutir o efeito da temperatura sobre as enzimas (proteases) presentes no suco do abacaxi.5. Discutir o efeito do etanol e do sulfato de amnio sobre as protenas em soluo. Qual o princpio de cada efeito.Para discusso:1. Pesquisar: qual(is) protease(s) est(o) presente(s) no suco de abacaxi.2. Como poderia ser realizada a purificao dessa(s) protena(s)?3. A atividade das proteases pode ser otimizada? Como?4. Discuta o efeito da temperatura sobre a desnaturao de protenas no processo de cozimento dos alimentos, qual a importncia disso?5. Por que se pode utilizar abacaxi para amaciar carnes? Qual a relao entre o suco do abacaxi e os amaciantes de carnes comerciais.

4.5. Experimento 5 - Extrao e Caracterizao de Lipdios

Objetivos da aulaA aula apresenta como objetivo a extrao de leo de soja, a saponificao do leo extrado e a caracterizao das propriedades fsico-qumicas dos sabes. Para isso devero ser realizados os seguintes procedimentos:I- Extrao do leo de sojaII- Obteno de leo (triacilgliceris) a partir de sementes de soja.Determinao da solubilidade do leo de soja em diferentes solventes;II- Saponificao do leo extrado Obteno de sais de potssio de cido graxo (sabes) a partir da hidrlise alcalina dos triacilgliceris obtidos das sementes de soja.III- Caracterizao das propriedades fsico-qumicas dos sabes Precipitao de cidos graxos atravs de hidrlise cida; Purificao de sabo atravs de salificao; Propriedade emulsificante dos sabes; Ressaponificao a partir de cidos graxos.

Materiais:1. Reagentes leo de soja Soja moda e seca gua destilada Etanol ter etlico Clorofrmio Acetona Hidrxido de potssio Hidrxido de sdio Fenolftaleina cido clordrico Cloreto de Sdio Cloreto de Clcio2. Materiais e vidrarias Liquidificador Balana analtica Banho de aquecimento fervente ( 50C e 100 C) Estante para tubos de ensaio Pina de madeira Pipeta graduada de 10 mL Pipetador automtico e ponteiras de 1000 L Conta gotas ou pipeta de Pasteur Esptula para pesagem Proveta de 25 mL Tubos de ensaio Bquer de 100 mL Bquer de 10 mL Erlenmeyer de 125 mL Papel de filtro

3. Procedimento experimental3.1. Extrao de leo vegetal da soja. 1. Em um bquer de 100 mL (bquer A), pesar 10 g de soja moda e seca. 2. Adicionar 25 mL de acetona e agitar por 5 minutos. 3. Pesar um segundo bquer (bquer B) e anotar sua massa. 4. Utilizando o bquer B e papel de filtro, filtrar a soluo obtida no bquer A. 5. Lavar o resduo obtido com 10 mL de acetona uma vez. 6. Evaporar o filtrado em chapa de aquecimento (200C), com agitao constante, at a eliminao da acetona. Ao final, ser obtido um resduo amarelo e viscoso.7. Determinar o peso do produto obtido na etapa anterior e calcular o rendimento da extrao.3.2. Solubilidade do leo de soja. 1. Numere 5 tubos de ensaio e coloque 2 mL dos seguintes solventes: gua, etanol, ter etlico, clorofrmio e acetona.2. Adicione 1,0 mL de leo de soja a cada tubo e agite-os. Classifique os solventes segundo a solubilidade apresentada pelo leo de soja.

3.3. Reao de saponificao. 1. Preparar uma soluo de potassa alcolica 20% em um erlenmeyer de 125 mL, misture 10 mL de soluo aquosa de hidrxido de potssio (KOH) 40% a 10 mL de etanol.2. Adicionar 5,0 mL de leo vegetal a soluo de potassa alcolica e aquecer o sistema em banho-maria fervente durante 30 minutos. 3. Em um tubo de ensaio, adicionar 2 gotas da soluo obtida a 2,0 mL de gua destilada. 4. Agitar. Observe se h ou no formao de espuma e explique.5. Esquematize a reao de hidrlise alcalina de um triacilglicerol na presena de hidrxido de sdio e, alternativamente, na presena de hidrxido de potssio.6. Esquematize uma molcula de sabo.3.4. Separao de cidos graxos.1. Transferir 4,0 mL do erlenmeyer contendo o sabo para um tubo de ensaio.2. Adicionar 1 gota de fenolftalena (indicador de pH). 3. Manter o tubo de ensaio em agitao e colocar, gota a gota, cido clordrico (HCl) concentrado at que a soluo mude de colorao (rosa para incolor) indicando a viragem do indicador.4. Observe a diviso da mistura em duas fases. Que compostos representam cada uma das duas fases? Esquematize a reao ocorrida.5. Reserve a soluo para teste posterior (item 3.5)3.5. Ressaponificao.1. Transferir 4 gotas da soluo obtida no item 3.4 para um tubo de ensaio contendo 5 mL de gua destilada quente.2. Adicionar, gota a gota, soluo de hidrxido de sdio (NaOH) 1 mol.L-1 at que seja solubilizada a parte oleosa.3. Agitar o tubo e verificar se h formao de espuma. 4. Explicar a reao qumica ocorrida, seu mecanismo de ao e indicar o produto formado.3.6. Propriedades emulsificantes dos sabes.1. Agitar 5 gotas de leo de soja num tubo de ensaio contendo 5 mL de gua. Observe a formao temporria de uma emulso gua-leo.2. Repetir o mesmo teste, adicionando 5 gotas de sabo (obtido no item anterior) antes de agitar. O que acontece com a emulso gua-leo?3. Comparar a aparncia das duas emulses obtidas no 1 e 2 passos.

Anlise dos dados1) Tabela apresentada no item 3.1 com os respectivos valores de solubilidade do leo de sojas nos diferentes solventes utilizados.2) Resultado do rendimento da reao de extrao de leo da soja. Esquematizar frmula utilizada para o clculo.3) Esquema da reao de saponificao do leo de soja em presena de KOH.4) Esquematizar uma molcula de sabo e discutir suas propriedades fsico-qumicas: Mostrar a reao de formao de cidos graxos a partir de sabes em meio cidos. Mostrar a reao de precipitao de sabes em solues rica em sal. Esquematizar uma molcula de sabo e discutir suas propriedades fsico-qumicas. Esquematizar e caracterizar uma reao de ressaponificao.

4.6. Experimento 6 - Determinao de Vitamina C em Alimentos.

Objetivo:Reconhecer a presena da Qumica no controle de qualidade de alimentos. Determinar a quantidade de vitamina C em alguns produtos alimentcios e comparar os resultados obtidos com os teores fornecidos pelo fabricante.

PARTE EXPERIMENTALMateriais utilizados: Comprimido efervescente de vitamina C (500 mg) Tintura de iodo a 2% (comercial) Sucos de frutas variados (limo, laranja, maracuj) Proveta de 50 mL Bureta de 50 mL 01 fonte de calor (aquecedor eltrico, bico de Bunsen ou lamparina a lcool) erlenmeyer de 125 mL 01 colher de ch de farinha de trigo ou amido de milho Bquer de 50 mL ou 100 mL Balo Volumtrico de 500 mL gua filtrada ou destilada Procedimento Experimental:1- Colocar 200 mL de gua filtrada ou destilada em um bquer de 500 mL. Em seguida, aquecer o lquido at uma temperatura prxima a 50C, cujo acompanhamento poder ser realizado utilizando um termmetro ou atravs da imerso de um dos dedos da mo (nessa temperatura difcil permanecer com o dedo imerso por mais de 3 segundos). 2- Colocar uma colher de ch cheia de amido de milho (ou farinha de trigo) na gua aquecida, agitando sempre a mistura at que alcance a temperatura ambiente. 3- Colocar gua fervida, ou destilada, temperatura ambiente em um balo volumtrico de 500mL e o comprimido de vitamina C previamente triturado. Tampar o balo e agitar, at que todo comprimido tenha se dissolvido. 4- Colocar 30 mL de soluo de iodo comercial a 2% m/v em uma proveta de 50 mL e transferir para um bquer de 100 mL . Na mesma proveta colocar 30 mL de lcool e adicionar a soluo de iodo no bquer. Essa a soluo de iodo 1% m/v. 5- Fixar a bureta no suporte universal, fechar a torneira e transferir a soluo de iodo a 1% m/v para a bureta, com o auxlio de um funil de vidro. Caso se formem bolhas dentro da bureta, retir-las da seguinte maneira: coloque um bquer limpo sob a bureta, abra a torneira deixando a soluo escoar e ao mesmo tempo d algumas batidas com a palma da mo na abertura superior da bureta. Assim que as bolhas se desfizerem, feche a torneira novamente e com a soluo recolhida volte a preencher a bureta novamente, de forma que o nvel da soluo no interior fique exatamente na marca de 0,00 mL. 6- Colocar em uma proveta 25 mL da soluo de vitamina C e transferir para um erlenmeyer de 125 mL. Adicionar ao erlenmeyer 05 gotas de soluo de amido e colocar o erlenmeyer sob a bureta e embaixo do erlenmeyer uma folha de papel branca para facilitar a observao da mudana de cor. 7- Abrir lentamente a torneira da bureta deixando a soluo de iodo escoar gota a gota para o erlenmeyer, agitando-o constantemente. 8- Adicionar a soluo de iodo at aparecer uma cor azul intensa na soluo do erlenmeyer e ao agitar esta cor permanecer por mais de 15 segundos. Quando ocorrer alterao permanente da cor fecha-se a torneira interrompendo-se a adio de iodo. 9- Anotar o volume de iodo gasto que reagiu completamente com os 25 mL da soluo de vitamina C 1% m/v. 10- Transferir essa soluo de vitamina C para um bquer ou tubo de ensaio e conservar para comparar a cor com os testes dos demais sucos. 11- Preencher a bureta novamente com a soluo de iodo at a marca 0,00 mL e iniciar a anlise dos sucos, repetindo o mesmo procedimento substituindo a soluo de vitamina C do erlenmeyer, por 25 mL de cada suco a ser analisado. 12- Anotar o volume da soluo de iodo gasto para reagir com a vitamina C presente em cada amostra de suco, utilize a tabela abaixo.

13- Ao final do experimento, retirar a soluo de iodo restante na bureta e lav-la vrias vezes com gua de torneira, enxaguando com gua fervida ou destilada. Retirar a bureta do suporte e fix-la de forma invertida no suporte para secar. 14- Descartar os resduos e solues conforme instrues do professor, lavar todo material e organizar sua bancada.

Faa o relatrio abordando as seguintes questes, baseadas no experimento que acabou de realizar: 1 - Qual a frmula molecular do cido ascrbico (vitamina C)? 2 - Qual a funo do amido adicionado as amostras analisadas? 3 - O que acontece quando o cido ascrbico (vitamina C) est presente na soluo e adiciona-se o iodo? 4 - Em qual das amostras o teor de vitamina C encontrado foi maior? Este resultado era esperado para o tipo de amostra analisada (suco fresco, suco industrializado, vegetal cozido ou cru)? 5 O erro relativo obtido para as amostras foram positivos ou negativos? A que voc atribui esta diferena entre o valor nominal e o valor experimental?