manual da cipa nr - 05 -...
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MANUAL DOS CIPEIROS
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EMPRESA RESPONSAVEL
M.G. M - ENG. DE PROD. E SEG. NO TRABALHO LTDA C.N.P.J: 02.152.507/0001-96
Rua. Néo Alves Martins, 1334,4º Andar - Sala 42 www.mgmengenhariadotrabalho.com.br e-mail:[email protected]
Telefax: (0xx44) 3226-9788 / 99869-4039 Maringá - Pr
Certidão de Registro
O Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Estado do Paraná-CREA-PR, certifica que o(a) profissional, encontra-se regularmente registrado(a) neste Conselho Regional, nos termos da Lei Federal nº 5.194/66, possibilitando-o(a) a exercer sua profissão no Estado do Paraná, circunscrita à(s) atribuição(ões) constantes de seu registro.
Atribuições profissionais
DA RESOLUCAO 359 - ARTIGO 04 de 31/07/1991 do CONFEA. Ao profissional em questão foi apostilado em 28/10/2002 o curso de Engenharia de Segurança do Trabalho.
Responsável Técnico ( Coordenador)
ILSO JOSÉ MANHONI Engenheiro Mecânico e Segurança do Trabalho
CREA/PR nº 29.865/D
Instrutor
Antônio Carlos de Souza Técnico de segurança do trabalho
Sesmt - reg. Nº 004516-0
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ÍNDICE
1. Introdução--------------------------------------------------------------------------------------- 05.
2. Histórica - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA---------------------- 06.
3. Objetivos da CIPA----------------------------------------------------------------------------- 06.
4. Estudo da NR - 5------------------------------------------------------------------------------- 06.
5. Acidente do Trabalho-------------------------------------------------------------------------- 16.
5.1 Cadeia do acidente-------------------------------------------------------------------- 18.
5.2 Acidentes e Doenças Ocupacionais ----------------------------------------------- 19.
5.3 Conceitos------------------------------------------------------------------------------ 20.
5.4 Legislação----------------------------------------------------------------------------- 21
5.5 Equiparação------------------------------------------------------------------ --------- 22
5.6 Classificação dos Acidentes do Trabalho-------------------------------- -------- 23
5.7 Causas dos Acidentes do Trabalho------------------------------------------------ 24
5.8 Conseqüências Causas dos Acidentes do Trabalho----------------------------- 28
5.9 Análise de Acidentes do Trabalho------------------------------------------------- 29
5.10 Investigação e Análise de Acidentes do Trabalho------------------------------ 30
5.11 Comunicado de Acidentes------------------------------------------------------- 31
5.12 Cadastro de Acidentes ------------------------------------------------------------ 36
5.13 Custo acidentes -------------------------------------------------------------------- 38
6. Riscos Ambientais------------------------------------------------------------------------------ 40
6.1 Agentes Químicos------------------------------------------------------------------- 42
6.2 Agentes físicos----------------------------------------------------------------------- 47
6.3 Agentes Biológicos------------------------------------------------------------------- 52
6.4 Agentes Ergonômicos ---------------------------------------------------------------- 54
6.5 Agentes Mecânicos------------------------------------------------------------------- 57
7. Medidas de controle------------------------------------------------------------ 58
7.1 Identificação das Causas dos Acidentes do Trabalho------------ 58
7.2 Inspeção de segurança------------------------------------------------ 58
7.3 Instrução de segurança operacional-------------------------------- 61
7.4 EPI‟s --------------------------------------------------------------------- 64
8. Mapa de risco ------------------------------------------------------------------- 68
8.1 Planejamento das Reuniões-----------------------------------------. 75
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9. Reunião da CIPA---------------------------------------------------------------- 75
9.1 Planejamento das Reuniões----------------------------------------- 75
9.2 Coordenação do Grupo---------------------------------------------- 75
9.3 .Participação----------------------------------------------------------- 75
9.4 .Avaliação dos Encontros-------------------------------------------- 76
9.5 Campanhas de Segurança-------------------------------------------76
9.6 Controle de Freqüência---------------------------------------------- 78
9.7 Como Secretariar uma Reunião------------------------------------ 78
9.8 Como redigir a Ata da Reunião------------------------------------- 80
9.9 Projeto de Trabalho da CIPA---------------------------------------- 83
10. Prevenção e Combate à Incêndios-------------------------------------- 89
11.1 Triângulo do Fogo--------------------------------------------------- 89
11.2 Temperatura--------------------------------------------------------- 91
11.3 Condições Favoráveis á Combustão--------------------------- 92
11.4 Classes de incêndio ---------------------------------------- -------- 92
11.5 Propagação do Fogo------------------------------------------------- 94
11.6 Tipos de Equipamentos para Combates à Combustão-------- 95
11. -Noções de Primeiros Socorros--------------------------------------------- 103
12.1 Conceito----------------------------------------------------------- 103
12.2 Indicadores de Emergência------------------------------------ 104
12.3 Procedimento gerais de atendimento------------------------- 105
12.4 Contato com a vitima------------------------------------------- 105
12.5 Avaliação da vitima---------------------------------------------- 105
12.6 Verificar as vias aérias----------------------------------------- 106
12.7 Ressucitação Cardiorespiratória------------------------------ 107
12.8 Reanimação em Crianças-------------------------------------- 109
12.9 Ferimento e hemorragias--------------------------------------- 111
12.10 Avaliação de queimaduras-------------------------------------- 114
12.11 Transporte de Acidentados-------------------------------------- 119
12.12 Tipos de Imobilização-------------------------------------------- 119
12.13 Envenenamento / Intoxicação---------------------------------- 122
12.14 Caixa de Primeiros Socorros------------------------------------ 123
12.15 Doenças Sexualmente Transmissíveis ----------------------- 124
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1. Introdução
O maior capital que a empresa possui é seu pessoal
Na preservação da integridade física desse pessoal, a CIPA,
desempenha papel preponderante. Dela são emanadas as práticas
prevencionistas, cujo fim é reduzir a infelicidade de um acidente e,
conseqüentemente, contribuir para a continuidade operacional e para
o aumento de produtividade.
É sabido que o cipista ocupa um cargo de responsabilidade. Mas,
o que é responsabilidade? Se pintarmos essa palavra e usarmos as
tonalidades de prevenção, veremos que responsável é aquele que
responde legal e/ou moralmente por sua segurança e a de outrem, é
aquele que tem compromisso, é aquele que crê num ideal e transmite-
o, é aquele que participa de maneira decisiva em um grupo.
Portanto, os cipistas indicados e eleitos, o foram devido à sua
demonstração e competência para a causa prevencionista e
principalmente responsabilidade. Vale a pena lembrar que a conduta
humana só é mudada pelo contato humano. Pessoas é que mudam pessoas,
e o cipista deve ser um multiplicador através do contato humano, do
companheirismo e amizade, que devem ser o ponto marcante na sua
empresa.
A prevenção de acidentes, é mais que uma necessidade, é um
dever, uma obrigação. Assim sendo, buscamos na elaboração desse
manual, de maneira singela, tratar do assunto de forma clara o
objetiva, procurando fazer com que você, futuro prevencionista, além
do conhecimento das Normas de Segurança, tenha consciência de suas
responsabilidades.
Lembre-se que a manutenção do ambiente de trabalho e a
conseqüente preservação da integridade física de cada companheiro de
trabalho, dependerá grande parte de sua conduta e modo de ação.
Portanto, não se omita. Realize seu trabalho com dedicação e
coragem, e o resultado será a certeza de haver colaborado
efetivamente na sua prevenção de acidentes.
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2. - Histórico - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA
Desde há muito tempo, técnicos e autoridades de diversos países, preocupam-se com
a questão dos acidentes e das doenças profissionais, no sentido de garantir aos empregados
o direito à segurança e medicina do trabalho.
As primeiras idéias surgiram com a Revolução Industrial, no século XVIII, que
marcou o advento da máquina.
No Brasil, medidas legais ganharam relevância em 1943, no capítulo V, da CLT, na
edição de 1943.
Outras medidas legislativas, como a Lei 6514, de 1977 e a Portaria 3214/78,
tornaram mais significativas às ações preventivas no campo da Segurança e Medicina do
Trabalho.
Foram de grande importância para a diminuição do número de acidentes, as Normas
Regulamentadoras, apresentadas pela Portaria 3214/78.
Dentre elas encontram-se a NR - 5 que organizou o funcionamento da CIPA nas
empresas.
Na continuação, outros dispositivos legais foram adotados com a mesma finalidade,
significando que o país tem dado ênfase especial ao assunto principalmente, porque o
número de acidentes no Brasil continua expressivo.
3. - Objetivo da CIPA
A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA – tem como objetivo a
prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível
permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do
trabalhador.
A CIPA constitui um órgão autônomo, que representa o empregador e os
empregados, e tem finalidade de fazer a prevenção de doenças e acidentes dentro da
empresa.
Prevenir o acidente significa visualizar as possibilidades de sua ocorrência,
realizando um trabalho no sentido de evitá-lo.
Cabe à CIPA, portanto, estudar as condições presentes na organização do trabalho,
que apresentam riscos para a saúde do trabalhador e para a segurança da instituição,
propondo medidas para eliminar ou reduzir seus efeitos nocivos.
4. - Estudo da NR 5 - Cipa
A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA - tem como objetivo a
prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível
permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do
trabalhador.
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DA CONSTITUIÇÃO
Devem constituir CIPA, por estabelecimento, e mantê-la em regular
funcionamento as empresas privadas, públicas, sociedades de economia mista, órgãos da
administração direta e indireta, instituições beneficentes, associações recreativas,
cooperativas, bem como outras instituições que admitam trabalhadores como
empregados.
As disposições contidas nesta NR aplicam-se, no que couber, aos trabalhadores
avulsos e às entidades que lhes tomem serviços, observadas as disposições estabelecidas
em Normas Regulamentadoras de setores econômicos específicos.
A empresa que possuir em um mesmo município dois ou mais estabelecimentos,
deverá garantir a integração das CIPA e dos designados, conforme o caso, com o objetivo
de harmonizar as políticas de segurança e saúde no trabalho.
As empresas instaladas em centro comercial ou industrial estabelecerão, através
de membros de CIPA ou designados, mecanismos de integração com objetivo de promover
o desenvolvimento de ações de prevenção de acidentes e doenças decorrentes do
ambiente e instalações de uso coletivo, podendo contar com a participação da
administração do mesmo.
DA ORGANIZAÇÃO
5.6 A CIPA será composta de representantes do empregador e dos empregados, de
acordo com o dimensionamento previsto no Quadro I desta NR, ressalvadas as alterações
disciplinadas em atos normativos para setores econômicos específicos.
5.6.1 Os representantes dos empregadores, titulares e suplentes serão por eles
designados.
5.6.2 Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, serão eleitos em
escrutínio secreto, do qual participem, independentemente de filiação sindical,
exclusivamente os empregados interessados.
5.6.3 O número de membros titulares e suplentes da CIPA, considerando a ordem
decrescente de votos recebidos, observará o dimensionamento previsto no Quadro I desta
NR, ressalvadas as alterações disciplinadas em atos normativos de setores econômicos
específicos.
5.6.4 Quando o estabelecimento não se enquadrar no Quadro I, à empresa
designará um responsável pelo cumprimento dos objetivos desta NR, podendo ser
adotados mecanismos de participação dos empregados, através de negociação coletiva.
5.7 O mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de um ano, permitida uma
reeleição.
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5.8 É vedada à dispensa arbitrária ou sem justa causa do empregado eleito para cargo
de direção de Comissões Internas de Prevenção de Acidentes desde o registro de sua
candidatura até um ano após o final de seu mandato.
5.9 Serão garantidas aos membros da CIPA condições que não descaracterizem suas
atividades normais na empresa, sendo vedada à transferência para outro estabelecimento
sem a sua anuência, ressalvado o disposto nos parágrafos primeiro e segundo do artigo
469, da CLT.
5.10 O empregador deverá garantir que seus indicados tenham a representação
necessária para a discussão e encaminhamento das soluções de questões de segurança e
saúde no trabalho analisadas na CIPA.
5.11 O empregador designará entre seus representantes o Presidente da CIPA, e os
representantes dos empregados escolherão entre os titulares o vice-presidente.
5.12 Os membros da CIPA, eleitos e designados serão empossados no primeiro dia
útil após o término do mandato anterior.
5.13 Será indicado, de comum acordo com os membros da CIPA, um secretário e
seu substituto, entre os componentes ou não da comissão, sendo neste caso necessária a
concordância do empregador.
5.14 Empossados os membros da CIPA, a empresa deverá protocolizar, em até dez
dias, na unidade descentralizada do Ministério do Trabalho, cópias das atas de eleição e
de posse e o calendário anual das reuniões ordinárias.
Protocolizada na unidade descentralizada do Ministério do Trabalho e Emprego, a CIPA
não poderá ter seu número de representantes reduzido, bem como não poderá ser
desativada pelo empregador, antes do término do mandato de seus membros, ainda que
haja redução do número de empregados da empresa, exceto no caso de encerramento das
atividades do estabelecimento.
DAS ATRIBUIÇÕES
5.16 A CIPA terá por atribuição:
a) identificar os riscos do processo de trabalho,
e elaborar o mapa de riscos, com a
participação do maior número de
trabalhadores, com assessoria do SESMT,
onde houver;
b) elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de problemas
de segurança e saúde no trabalho;
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c) participar da implementação e do controle da qualidade das medidas de prevenção
necessárias, bem como da avaliação das prioridades de ação nos locais de trabalho;
d) realizar, periodicamente, verificações nos ambientes e condições de trabalho visando
à identificação de situações que venham a trazer riscos para a segurança e saúde dos
trabalhadores;
e) realizar, a cada reunião, avaliação
do cumprimento das metas fixadas em
seu plano de trabalho e discutir as
situações de risco que foram
identificadas;
f) divulgar aos trabalhadores
informações relativas à segurança e
saúde no trabalho;
g) participar, com o SESMT, onde
houver, das discussões promovidas pelo
empregador, para avaliar os impactos de
alterações no ambiente e processo de
trabalho relacionados à segurança e
saúde dos trabalhadores;
h) requerer ao SESMT, quando houver, ou ao empregador, a paralisação de máquina ou
setor onde considere haver risco grave e iminente à segurança e saúde dos trabalhadores;
i) colaborar no desenvolvimento e implementação do PCMSO e PPRA e de outros
programas relacionados à segurança e saúde no trabalho;
j) divulgar e promover o cumprimento das Normas Regulamentadoras, bem como
cláusulas de acordos e convenções coletivas de trabalho, relativas à segurança e saúde
no trabalho;
l) participar, em conjunto com o SESMT, onde houver, ou com o empregador da
análise das causas das doenças e acidentes de trabalho e propor medidas de solução dos
problemas identificados;
m) requisitar ao empregador e analisar as informações sobre questões que tenham
interferido na segurança e saúde dos trabalhadores;
n) requisitar à empresa as cópias das CAT emitidas;
o) promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde houver a Semana Interna
de Prevenção de Acidentes do Trabalho - SIPAT;
p) participar, anualmente, em conjunto com a empresa, de Campanhas de Prevenção
da AIDS.
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5.17 Cabe ao empregador proporcionar aos membros da CIPA os meios necessários
ao desempenho de suas atribuições, garantindo tempo suficiente para a realização das
tarefas constantes do plano de trabalho.
5.18 Cabe aos empregados:
a) participar da eleição de seus representantes;
b) colaborar com a gestão da CIPA;
c) indicar à CIPA, ao SESMT e ao empregador situações de riscos e apresentar
sugestões para melhoria das condições de trabalho;
d) observar e aplicar no ambiente de trabalho as recomendações quanto à prevenção de
acidentes e doenças decorrentes do trabalho.
5.19 Cabe ao Presidente da CIPA:
a) convocar os membros para as reuniões da CIPA;
b) coordenar as reuniões da CIPA, encaminhando ao empregador e ao SESMT, quando
houver, as decisões da comissão;
c) manter o empregador informado sobre os trabalhos da CIPA;
d) coordenar e supervisionar as atividades de secretaria;
e) delegar atribuições ao Vice-Presidente;
5.20 Cabe ao Vice-Presidente:
a) executar atribuições que lhe forem delegadas;
b) substituir o Presidente nos seus impedimentos eventuais ou nos seus afastamentos
temporários.
5.21 O Presidente e o Vice-Presidente da CIPA, em conjunto, terão as
seguintes atribuições:
a) cuidar para que a CIPA disponha de condições necessárias para o desenvolvimento
de seus trabalhos;
b) coordenar e supervisionar as atividades da CIPA, zelando para que os objetivos
propostos sejam alcançados;
c) delegar atribuições aos membros da CIPA;
d) promover o relacionamento da CIPA com o SESMT, quando houver;
e) divulgar as decisões da CIPA a todos os trabalhadores do estabelecimento;
f) encaminhar os pedidos de reconsideração das decisões da CIPA;
g) constituir a comissão eleitoral.
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5.22 O Secretário da CIPA terá por atribuição:
a) acompanhar as reuniões da CIPA, e redigir as atas apresentando-as para aprovação
e assinatura dos membros presentes;
b) preparar as correspondências;
c) outras que lhe forem conferidas.
DO FUNCIONAMENTO
5.23 A CIPA terá reuniões ordinárias mensais, de acordo com o calendário
preestabelecido.
5.24 As reuniões ordinárias da CIPA serão realizadas durante o expediente normal
da empresa e em local apropriado.
5.25 As reuniões da CIPA terão
atas assinadas pelos presentes com
encaminhamento de cópias para todos os
membros.
5.26 As atas ficarão no
estabelecimento à disposição dos Agentes
da Inspeção do Trabalho - AIT.
5.27 Reuniões extraordinárias
deverão ser realizadas quando
a) houver denúncia de situação de risco grave e iminente que determine aplicação de
medidas corretivas de emergência;
b) ocorrer acidente do trabalho grave ou fatal;
c) houver solicitação expressa de uma das representações.
5.28 As decisões da CIPA serão preferencialmente por consenso.
5.28.1 Não havendo consenso, e frustradas as tentativas de negociação direta ou
com mediação, será instalado processo de votação, registrando-se a ocorrência na ata da
reunião.
5.29 Das decisões da CIPA caberá pedido de reconsideração, mediante
requerimento justificado.
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5.29.1 O pedido de reconsideração será apresentado à CIPA até a próxima reunião
ordinária, quando será analisado, devendo o Presidente e o Vice-Presidente efetivar os
encaminhamentos necessários.
5.30 O membro titular perderá o mandato, sendo substituído por suplente, quando
faltar a mais de quatro reuniões ordinárias sem justificativa.
5.31 A vacância definitiva de cargo, ocorrida durante o mandato, será suprida por
suplente, obedecida à ordem de colocação decrescente registrada na ata de eleição,
devendo o empregador comunicar à unidade descentralizada do Ministério do Trabalho e
Emprego as alterações e justificar os motivos.
5.31.1 No caso de afastamento definitivo do presidente, o empregador indicará o
substituto, em dois dias úteis, preferencialmente entre os membros da CIPA.
5.31.2 No caso de afastamento definitivo do vice-presidente, os membros titulares da
representação dos empregados, escolherão o substituto, entre seus titulares, em dois
dias úteis.
DO TREINAMENTO
5.32 A empresa deverá promover treinamento para os membros da CIPA, titulares
e suplentes, antes da posse.
5.32.1 O treinamento de CIPA em primeiro mandato será realizado no prazo máximo
de trinta dias, contados a partir da data da posse.
5.32.2 As empresas que não se enquadrem no Quadro I, promoverão anualmente
treinamento para o designado responsável pelo cumprimento do objetivo desta NR.
5.33 O treinamento para a CIPA deverá contemplar, no mínimo, os seguintes itens:
a) estudo do ambiente, das condições de
trabalho, bem como dos riscos originados
do processo produtivo;
b) metodologia de investigação e análise
de acidentes e doenças do trabalho;
c) noções sobre acidentes e doenças do
trabalho decorrentes de exposição aos
riscos existentes na empresa;
d) noções sobre a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida - AIDS, e medidas de
prevenção;
e) noções sobre as legislações trabalhista e previdenciária relativas à segurança e saúde
no trabalho;
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f) princípios gerais de higiene do trabalho e de medidas de controle dos riscos;
g) organização da CIPA e outros assuntos necessários ao exercício das atribuições da
Comissão.
5.34 O treinamento terá carga horária de vinte horas, distribuídas em no máximo
oito horas diárias e será realizado durante o expediente normal da empresa.
5.35 O treinamento poderá ser ministrado pelo SESMT da empresa, entidade
patronal, entidade de trabalhadores ou por profissional que possua conhecimentos sobre
aos temas ministrados.
5.36 A CIPA será ouvida sobre o treinamento a ser realizado, inclusive quanto à
entidade ou profissional que o ministrará, constando sua manifestação em ata, cabendo
à empresa escolher a entidade ou profissional que ministrará o treinamento.
5.37 Quando comprovada a não observância ao disposto nos itens relacionados ao
treinamento, a unidade descentralizada do Ministério do Trabalho e Emprego,
determinará a complementação ou a realização de outro, que será efetuado no prazo
máximo de trinta dias, contados da data de ciência da empresa sobre a decisão.
DO PROCESSO ELEITORAL
5.38 Compete ao empregador convocar eleições para escolha dos representantes
dos empregados na CIPA, até 60 dias antes do término do mandato em curso.
5.38.1 A empresa estabelecerá mecanismos para comunicar o início do processo
eleitoral ao sindicato da categoria profissional.
5.39 O Presidente e o Vice Presidente da CIPA constituirão dentre seus membros,
com no mínimo 55 dias do inicio do pleito, a Comissão Eleitoral - CE, que será a
responsável pela organização e acompanhamento do processo eleitoral.
5.39.1 Nos estabelecimentos onde não houver CIPA, a Comissão Eleitoral será
constituída pela empresa.
5.40 O processo eleitoral observará as seguintes condições:
a) publicação e divulgação de edital, em locais de fácil acesso e visualização, no mínimo
45 dias antes da data marcada para a eleição;
b) inscrição e eleição individual, sendo que o período mínimo para inscrição será de
quinze dias;
c) liberdade de inscrição para todos os empregados do estabelecimento,
independentemente de setores ou locais de trabalho, com fornecimento de comprovante;
d) garantia de emprego para todos os inscritos até a eleição;
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e) realização da eleição no mínimo trinta dias antes do término do mandato da CIPA,
quando houver;
f) realização de eleição em dia normal de trabalho, respeitando os horários de turnos e
em horário que possibilite a participação da maioria dos empregados.
g) voto secreto;
h) apuração dos votos, em horário normal de trabalho, com acompanhamento de
representante do empregador e dos empregados, em número a ser definido pela comissão
eleitoral;
i) faculdade de eleição por meios eletrônicos;
j) guarda, pelo empregador, de todos os documentos relativos à eleição, por um período
mínimo de cinco anos.
5.41 Havendo participação inferior a cinqüenta por cento dos empregados na
votação, não haverá a apuração dos votos e a comissão eleitoral deverá organizar outra
votação que ocorrerá no prazo máximo de dez dias.
5.42 As denúncias sobre o processo eleitoral deverão ser protocolizadas na
unidade descentralizada do MTE, até trinta dias após a data da posse dos novos
membros da CIPA.
5.42.1 Compete à unidade descentralizada do Ministério do Trabalho e Emprego,
confirmadas irregularidades no processo eleitoral, determinar a sua correção ou proceder
à anulação quando for o caso.
5.42.2 Em caso de anulação a empresa convocará nova eleição no prazo de cinco
dias, a contar da data de ciência, garantidas as inscrições anteriores.
5.42.3 Quando a anulação se der antes da posse dos membros da CIPA, ficará
assegurada a prorrogação do mandato anterior, quando houver, até a complementação
do processo eleitoral.
5.43 Assumirão a condição de membros titulares e suplentes, os candidatos mais
votados.
5.44 Em caso de empate, assumirá aquele que tiver maior tempo de serviço no
estabelecimento.
5.45 Os candidatos votados e não eleitos serão relacionados na ata de eleição e
apuração, em ordem decrescente de votos, possibilitando nomeação posterior, em caso de
vacância de suplentes.
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DAS CONTRATANTES E CONTRATADAS
5.46 Quando se tratar de empreiteiras ou empresas prestadoras de serviços
considera-se estabelecimento, para fins de aplicação desta NR, o local em que seus
empregados estiverem exercendo suas atividades.
5.47 Sempre que duas ou mais empresas atuarem em um mesmo estabelecimento,
a CIPA ou designado da empresa contratante deverá, em conjunto com as das
contratadas ou com os designados, definir mecanismos de integração e de participação
de todos os trabalhadores em relação às decisões das CIPA existentes no
estabelecimento.
5.48 A contratante e as contratadas, que atuem num mesmo estabelecimento,
deverão implementar, de forma integrada, medidas de prevenção de acidentes e doenças
do trabalho, decorrentes da presente NR, de forma a garantir o mesmo nível de proteção
em matéria de segurança e saúde a todos os trabalhadores do estabelecimento.
5.49 A empresa contratante adotará medidas necessárias para que as empresas
contratadas, suas CIPA, os designados e os demais trabalhadores lotados naquele
estabelecimento recebam as informações sobre os riscos presentes nos ambientes de
trabalho, bem como sobre as medidas de proteção adequadas.
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5. Acidente do Trabalho
Partindo da atividade predatória, evoluiu para a agricultura e pastoreiro, alcançou a
fase do artesanato e atingiu a era industrial.
Somente com a Revolução Industrial, é que o aldeão, descendente do troglodita,
começou a agrupar-se nas cidades. Deixou o risco de ser apanhado pelas garras de uma
fera, para aceitar o risco de ser apanhado pelas garras de uma máquina.
Somente com a Revolução Industrial, é que o
aldeão, descendente do troglodita, começou a
agrupar-se nas cidades. Deixou o risco de ser
apanhado pelas garras de uma fera, para
aceitar o risco de ser apanhado pelas garras
de uma máquina.
Entre 1760 e 1830, ocorreu na Inglaterra a
Revolução Industrial, marco inicial da moderna
industrialização que teve a sua origem com o
aparecimento da primeira máquina de fiar
Até o advento das primeiras máquinas de fiação e tecelagem, o artesão fora dono
dos seus meios de produção. O custo elevado das máquinas não mais permitiu ao próprio
artífice possuí-las. Desta maneira os capitalistas, antevendo as possibilidades econômicas
dos altos níveis de produção, decidiram adquiri-las e empregar pessoas pata faze-las
funcionar. Surgiram assim, as primeiras fábricas de tecidos e, com elas, o Capital e o
Trabalho.
A introdução da máquina a vapor, sem sombra de dúvida, mudou integralmente o
quadro industrial. A indústria que não mais dependia de cursos d´água. Veio para as
grandes cidades, onde era abundante a mão-de-obra.
A improvisação das fábricas e a mão-de-obra constituída não só de homens, mas
também de mulheres e crianças, sem quaisquer restrições quanto ao estado de saúde,
desenvolvimento físico, passaram a ser uma constante. Nos últimos momentos do século
XVII, o parque industrial da Inglaterra passou por uma série de transformações as quais,
se de um lado proporcionaram melhoria salarial dos trabalhadores de outro lado,
causaram problemas ocupacionais bastante sérios.
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O trabalho em máquinas sem proteção; o trabalho executado em ambientes
fechados onde a ventilação era precária e o ruído atingia limites altíssimos; a inexistência
de limites de horas de trabalho; trouxeram como consequência elevados índices de
acidentes e de moléstias profissionais.
Na Inglaterra, França e Alemanha a
Revolução Industrial causou um verdadeiro
massacre a inocentes e os que sobreviveram
foram tirados da cama e arrastados para um
mundo de calor, gases, poeiras e outras
condições adversas nas fábricas e minas.
Esses fatos logo se colocaram em evidência
pelos altos índices de mortalidade entre os
trabalhadores e especialmente entre as
crianças
No Brasil, podemos fixar por volta de 1930 a nossa revolução industrial e, embora
tivéssemos já a experiência de outros países, em menor escala, é bem verdade,
atravessamos os mesmos percalços, o que fez com que se falasse, em 1970, que o Brasil era
o campeão mundial de acidentes do trabalho.
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5.1. Cadeia do Acidente
A cadeia do acidente, que culmina com prejuízos materiais e/ou humanos, tem no
homem e no meio os dois únicos elementos inseparáveis e inevitáveis.
MEIO HOMEM
FATORES FATORES
MATERIAIS PESSOAIS
CONDIÇÃO ATOS
INSEGURAS INSEGUROS
ACIDENTE
LESÃO FÍSICA
OU DISTÚRBIO
FUNCIONAL NO
HOMEM OU
DANO MATERIAL
AO MEIO
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5.2. Acidentes e Doenças Ocupacionais
As empresas são centros de produção de bens materiais ou de prestação de serviços
que tem uma importância para as pessoas que a elas prestam colaboração, para as
comunidades que se beneficiam com sua produção e, também, para a nação que tem seus
fatores de progresso o trabalho realizado por essas empresas.
Nas empresas encontram-se presentes muitos fatores que podem transformar-se em
agentes de acidentes dos mais variados tipos. Dentre esses agentes podemos destacar os
mais comuns: ferramentas de todos os tipos; máquinas em geral; fontes de calor;
equipamentos móveis, veículos industriais, substâncias químicas em geral; vapores e fumos;
gases e poeiras, andaimes e plataformas, pisos em geral e escadas fixas e portáteis.
As causas, entretanto, poderão ser determinadas e eliminadas resultando na ausência de
acidente ou na sua redução, como será explicado mais adiante quando forem abordados os
Fatores de Acidente.
Desse modo muitas vidas poderão ser poupadas, a integridade física dos trabalhadores
será preservada além de serem evitados os danos materiais que envolvem máquinas, equipamentos
e instalações que constituem um valioso patrimônio das empresas.
Para se combater as causas dos acidentes e se implantar um bom programa de prevenção
necessário se torna, primeiramente, conhecer-se a sua conceituação.
ACIDENTE
É toda ocorrência indesejada que
interfere no andamento normal de
qualquer atividade
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5.3. Conceito:
Para a Medicina do Trabalho, são de grande importância o diagnostico e a prevenção
das doenças ocupacionais.
Pode-se definir Doença Ocupacional como sendo toda moléstia causada pelo trabalho
ou pelas condições do ambiente em que é executado.
A Legislação Brasileira define as doenças profissionais ou do trabalho no do Decreto
2.172, de 05 de março de 1997, artigo 132, incisos I e II, e do Anexo II, equiparando-a, para
todos os efeitos legais, ao acidente do trabalho. Diz ainda, no artigo 132, parágrafo 2o do
Decreto 2.172, que, em caso excepcional, constatando-se que uma doença não esteja
incluída na relação constante do Anexo II resultou de condições especiais em que o trabalho
é executado e com ele se relacione diretamente, a previdência social deve equipara-la ao
acidente do trabalho.
No anexo II, seguinte, reproduzimos a relação dos agentes patogênicos causadores de
doenças profissionais. As doenças ocupacionais causadas por tais agentes, se presentes nas
atividades constantes da listagem anexa, dispensam a necessidade de vistoria do local de
trabalho.
Devemos frisar que, embora sejam causados pelo trabalho, inúmeros casos de
doenças ocupacionais não estão na relação acima. Os mais importantes são os de
dermatoses (doenças de pele) ocupacionais, que correspondem a cerca de 50% dos
atendimentos em serviços de assistência medica a doenças profissionais, ou seja, são
inúmeros casos de irritação, alergias etc., que não estão no Anexo IV do Decreto 2.172. Há
ainda os casos e bronquite em trabalhadores sensíveis, causadas por substancias químicas,
e que estão também, evidentemente, relacionadas diretamente com o trabalho e não
constam do anexo. Esses quadros podem ser classificados como doença profissional quando
nexo entre a moléstia e o trabalho for estabelecido pelo médico.
Conceito Legal (De acordo com o artigo 19º da lei n.º 8213 de 24 de julho de 1991).
“Acidente do trabalho é aquele que ocorre no exercício do trabalho a serviço da
empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, ou perda,
ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho”.
Conceito Prevencionista: “acidente é a ocorrência imprevista e indesejável,
instantânea ou não, relacionada com o execício do trabalho, que provoca lesão pessoal ou
de que decorre risco próximo ou remoto dessa lesão”.
Diferença entre o Conceito Legal e o Conceito Prevencionista:
A diferença entre os dois conceitos reside no fato de que no primeiro é necessário
haver, apenas lesão física, enquanto que no segundo são levados em considerações, além
das lesões físicas, a perda de tempo e os materiais.
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5.4. Legislação:
Em nosso país, a primeira Lei de Acidente do Trabalho surgiu em 1919, e baseava-se
no conceito de "risco profissional", considerando esse risco como sendo natural à atividade
profissional. Essa legislação não estabelecia um seguro obrigatório mas, previa pagamento
de indenização ao trabalhador ou à sua família, calculada de acordo com a gravidade das
seqüelas do acidente, sendo que a prestação do socorro médico-hospitalar e farmacêutico
era obrigação do empregador. A comunicação do acidente de trabalho tinha que ser feita à
autoridade policial do lugar, pelo empregador, pelo próprio trabalhador acidentado, ou
ainda, por terceiros.
Desde então, a legislação brasileira sobre acidentes de trabalho sofreu importantes
modificações em 1934, 1944, 1967, 1976, 1984, 1991, 1992 e finalmente, em 1995. A
legislação atualmente em vigor é a Lei Nº 8.213, de 24 de julho de 1991, posteriormente
regulamentada pelo Decreto Nº 611, de 21 de julho de 1992 (Plano de Benefícios da
Previdência Social). De acordo com essa legislação, além de ser responsável pela adoção e
uso de medidas coletivas e individuais de proteção e segurança da saúde do trabalhador, a
empresa deve contribuir com o financiamento da complementação das prestações por
acidente de trabalho proporcionalmente ao grau de risco de acidentes de trabalho
correspondente à sua atividade econômica. Os percentuais, incidentes sobre o total das
remunerações pagas no decorrer do mês, eqüivalem à 1% (um por cento) para o grau de
risco leve, à 2% (dois por cento) para o grau médio e à 3% (três por cento) para o grau de
risco grave.
A empresa deverá comunicar o acidente de trabalho à Previdência Social, através da
emissão da Comunicação de Acidente de Trabalho - CAT, até o primeiro dia útil seguinte ao
da ocorrência e, em caso de morte, de imediato à autoridade policial competente. O
acidentado ou seus dependentes, bem como o sindicato a que corresponda a sua categoria,
deverão receber cópia fiel da CAT.
Na falta de comunicação por parte da empresa, poderão emitir a CAT o próprio
acidentado, seus dependentes, a entidade sindical competente, o médico que o assistiu ou
qualquer autoridade pública.
O acidente de trabalho deverá ser caracterizado:
Administrativamente, através do setor de benefícios do Instituto Nacional de Seguro
Social (INSS), que estabelecerá o nexo entre o trabalho exercido e o acidente;
Tecnicamente, através da perícia médica do INSS, que estabelecerá o nexo de causa
e efeito entre o acidente e a lesão.
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Em caso de acidente de trabalho, o acidentado e os seus dependentes têm direito,
independentemente de carência, às seguintes prestações:
Quanto ao segurado: auxílio-doença, auxílo-acidente ou aposentadoria por invalidez;
Quanto ao dependente: pensão por morte.
O auxílio-acidente será concedido ao trabalhador segurado quando, após
consolidação das lesões decorrentes da doença profissional ou acidente de trabalho, resultar
seqüela que implique em redução da capacidade laborativa. Esse auxílio é mensal e vitalício
e, corresponde a 50% do salário-de-contribuição do segurado, vigente no dia do diagnóstico
da doença profissional ou da ocorrência do acidente de trabalho.
A aposentadoria por invalidez será devida ao trabalhador que for considerado
incapaz para o trabalho e insuscetível de reabilitação, e corresponde a 100% do salário-de-
contribuição do segurado.
As ações referentes às prestações por acidentes de trabalho podem ser apreciadas na
esfera administrativa (INSS) e na via judicial (Justiça dos estados), e prescrevem em 5
(cinco) anos, contados da data do acidente.
Convém observar que o pagamento pela Previdência Social das prestações por
acidente de trabalho não exclui a responsabilidade civil da empresa ou de outrem. Da
mesma forma, os responsáveis técnicos (o engenheiro ou técnico de segurança, o médico do
trabalho, as chefias) podem ser chamados a responder criminalmente pelo dano à
integridade física do trabalhador. Por sua vez, o trabalhador segurado que sofreu acidente
de trabalho tem garantida, pelo prazo mínimo de 12 (doze) meses, a manutenção do seu
contrato de trabalho na empresa, após a cessação do auxílio-doença acidentário.
5.5. Equiparação:
Existem, de acordo com a lei, quatro espécies de EQUIPARAÇÃO ao acidente do
trabalho:
a) doença profissional;
b) acidente ou doença ligada ao trabalho (que embora não provocados diretamente
pelo trabalho, com ele tem relação=CONCAUSA). Por exemplo, ofensa física intencional no
local de trabalho;
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c) doença proveniente de contaminação acidental
do empregado no exercício de sua atividade (por
exemplo, um empregado que executa manutenção
de elevador de hospital e fica doente pela infecção
hospitalar);
d) acidente sofrido FORA do local de trabalho:
- na execução de ordem ou serviço a mando da empresa;
- em viagem a serviço da empresa;
- in itinere (deslocamento no itinerário-percurso de
casa para o trabalho e vice-versa;
5.6. Classificação dos Acidentes do Trabalho
Acidente do trabalho ou simplesmente acidente: É a ocorrência imprevista e
indesejável, instantânea ou não, relacionada com o exercício do trabalho, que
provoca lesão pessoal ou de que decorre risco próximo ou remoto desta lesão.
Acidente Sem Lesão: É o acidente que não causa lesão pessoal.
Acidente de Trajeto: É o acidente sofrido pelo empregado no percurso residência
para o trabalho ou deste para aquela.
Acidente Impessoal: É aquele cuja caracterização independe de existir
acidentado.
Acidente Inicial: É o acidente impessoal desencadeador de um ou mais
acidentes.
ACIDENTE TÍPICO
É o acidente que acontece no local e horário de
trabalho. Um acidente pode ser determinado
por vários fatores que agem ao mesmo tempo,
envolvendo tanto condições como atos
inseguros.
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5.7. Causas dos Acidentes do Trabalho
5.7.1. Causas Previsíveis Correspondem a 98% dos Acidentes
São os acidentes que poderiam ser evitados pela adoção de medidas preventivas,
quer pela empresa quer pelo empregado e estão diretamente relacionadas ás AÇÕES E
SITUAÇÕES de risco previsíveis de ocorrências:
. ato inseguro/ações fora do padrão;
. condição insegura/condições fora do padrão;
. fator pessoal de insegurança.
Ato inseguro ou ações fora do padrão: é tudo aquilo que o trabalhador faz,
voluntariamente ou não, e que pode provocar um acidente.
- o excesso de confiança dos que tem muita prática profissional
- a imperícia, isto é, a falta de habilidade para o desempenho da atividade (pode
decorrer de aprendizado e/ou treinamento insuficiente);
- as idéias preconcebidas como, por exemplo , a idéia de que o acidente acontecerá
por fatalidade, não sendo necessário cuidar de sua prevenção;
- o exibicionismo;
- a vontade de revelar-se corajoso ou indiferente ao perigo só para impressionar
os companheiros;
São atos imprudentes, inutilização, desmontagem ou
desativação de proteções de máquinas, recusa de
utilização de equipamento individual de proteção,
operação de máquinas e equipamentos sem
habilitação e sem treino, operação de máquinas em
velocidade excessiva, brincadeira, posição defeituosa
no trabalho, levantamento de cargas com utilização
defeituosa dos músculos, transporte manual de
cargas sem ter visão do caminho, permanência
debaixo de guindastes e de cargas que podem cair,
uso de fusíveis fora de especificação, fumar em
locais onde há perigo de fogo, correr por entre
máquinas ou em corredores e escadas, alterar o uso
de ferramentas, atirar ferramentas ou materiais para
os companheiros e muitos outros.
Condição insegura/condições fora do padrão
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São situações de risco presente no local de trabalho que podem causar acidente e
doenças aos funcionários.
As condições inadequadas de trabalho representam aproximadamente 30% dos
acidentes ocorridos nas empresas, e estão associados á falta de planejamento, prevenção ou
omissão de providencias relacionadas á organização, segurança e higiene na ambiente físico
do local de trabalho, que podem ser atividades da seguinte forma:
a) Ambiente:
Iluminação deficiente, excesso de ruído, temperatura extremas, etc.
b) Edificações:
Colunas e vigas mal dimensionadas, piso irregular, escadas inadequadas, etc.
c) Arranja Físico:
Equipamento mal posicionado, falta de sinalização, falta de organização, etc.
d) Maquinário:
Falta de proteção em parte móveis, deficiência da manutenção, etc.
e) Proteção dos Funcionários:
Falta de EPI, falta de treinamento, etc.
A falta de proteções adequadas a
máquinas e a outros equipamentos, que
evitem que as pessoas venham a ter
contato com pontos perigosos ou que
sejam atingidas em caso de qualquer
ocorrência anormal, é uma condição
insegura responsável por um número
elevado de acidentes de graves
conseqüências
São omissões, falhas ou erros técnicos, administrativos ou conceituais que geram ou
mantêm condições que comprometem a segurança do trabalho.
É necessário apurar esses fatores nas investigações de acidentes. Eles são as causas
indiretas dos acidentes, os que geram as condições propicias de acidentes. Não basta saber
que há uma condição insegura; é necessário apurar porque ela existe, como foi criada.
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Falta de proteção em máquinas e
equipamentos;
Proteções inadequadas ou defeituosas;
Deficiência em máquinas e ferramental;
Má arrumação;
Escassez de espaço;
Passagens perigosas;
Defeitos nas edificações;
Instalações elétricas inadequadas ou
defeituosas;
Iluminação inadequada;
Ventilação inadequada;
Fator pessoal de insegurança
É o que podemos chamar de “problemas pessoais” do individuo e que , agindo sobre
o trabalhador, podem vir a provocar acidentes, como por exemplo:
- problemas de saúde não tratados;
- conflitos familiares;
- falta de interesse pela atividade que desempenha;
- alcoolismo;
- uso de substâncias tóxicas;
- problemas diversos de ordem social e /ou psicologica
5.7.2. Causas Imprevisíveis Correspondem a 2% dos Acidentes
São causas de acidentes que não podem ser desconsideradas, porém prevenção é de
difícil adoção, haja vista que as causas imprevisíveis normalmente superam o
dimensionamento e planejamento preventivos.
Os principais exemplo são relacionados a fenômenos naturais, tais como:
- Descarga elétrica de um raio em quantidade superior á dimensionada pelo
dispositivo de para-raios de empresas, provocando choque elétrico em funcionários.
- Vendaval, quando o telhado não suporta a força do vento, que lança telhas que
acabam atingindo funcionários e clientes.
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5.7.3. Números de Acidente e Doença do Trabalho no Brasil
ANO TRABALHADORES ACIDENTES
DOENÇAS TOTAL ÓBITOS TÍPICOS TRAJETO
1980 18.686.355 1.404.531 55.967 3.713 1.464.211 4.824
1981 19.188.536 1.215.539 51.722 3.204 1.270.465 4.808
1982 19.476.362 1.117.832 57.874 2.766 1.178.472 4.496
1983 19.671.128 943.110 56.989 3.016 1.003.115 4.214
1984 19.673.915 901.238 57.054 3.233 961.575 4.508
1985 21.151.994 1.010.340 63.515 4.006 1.077.861 4.384
1986 22.163.827 1.129.152 72.693 6.014 1.207.859 4.578
1987 22.617.787 1.065.912 64.830 6.382 1.137.124 5.738
1988 23.661.579 926.354 60.202 5.025 991.581 4.616
1989 24.486.553 825.081 58.524 4.838 888.443 4.554
1990 23.198.656 632.012 56.343 5.217 693.572 5.355
1997 24.104.428 347.738 37.213 36.648 421.343 3.469
1998 24.491.635 347.738 36.114 30.489 414.341 3.793
1999 24.993.265 326.404 34.513 23.903 387.820 3.896
2000 25.530.254 287.500 37.362 19.134 343.996 3.094
“Aproximadamente 10 (dez) trabalhadores morrem por
dia, vitimas de acidente do trabalho no Brasil.”
POR QUE OS ACIDENTES ACONTECEM
CONDIÇÕES CAUSAS PREVISÍVEIS CAUSAS
IMPREVISÍVEIS
Origem Atos Inadequados Condições
Inadequadas
Ex.: Fenômenos
Climáticos E Atos
Terroristas.
Fator De Origem Humano Ambiente X
Participação
Percentual 70% Dos* Acidentes 30% Dos* Acidentes X
Incidências Das Causas
98% Dos Acidentes 2% Dos* Acidentes
(*) Percentuais Aproximados
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5.8. Conseqüências das Causas dos Acidentes do Trabalho
É o efeito do acidente, ou seja, são lesões sofridas pelo homem e ainda os danos materiais
e equipamentos.
Lesões pessoais
Perda de tempo
Danos Materiais
- Lesão Pessoal ou Lesão – é
qualquer dano sofrido pelo organismo
humano, como conseqüência do acidente
do trabalho.
- Natureza da lesão: é a
expressão que identifica a lesão. Ex.:
escoriação, choque elétrico..
- Localização da lesão: indica a
sede da lesão
- Lesão com perda de tempo – lesão pessoal que impede o acidentado de voltar ao
trabalho no dia imediato ao acidente.
- Lesão sem perda de tempo - é lesão pessoal que não impede o acidentado de voltar ao
trabalho no dia imediato ao do acidente
5.9. Analise de Acidentes
Todo acidente traz informações úteis para aqueles que se dedicam sua prevenção.
Sendo um acidente não comum, raro, pode revelar a existências de causas ainda não
conhecidas, causas que permaneciam ocultas e que não haviam sido notadas pelos
encarregados da segurança. Sendo um acidente comum, sendo a repetição de um
infortúnio, já ocorrido, pode revelar possíveis falhas nas medidas de prevenção que, por
alguma razão a ser determinada, não estão impedindo essa repetição.
Os principais objetivos da investigação e análise de um
acidente do trabalho são:
1º) Esclarecer a causa do acidente;
2º) Definir a adoção de medidas preventivas e corretivas,
de forma a prevenir a ocorrência de novos acidentes.
A investigação e Análise de Acidentes deve ser realizada
pelos membros da CIPA em conjunto com o SESMT, sendo
necessário a comunicação imediata do acidente aos representantes
de tais serviços.
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Para que a fase de investigação seja ampla em detalhes, o ideal é que se realiza logo após
a ocorrência, observando-se a seguinte ordem:
a) Presença no local do acidente dos membros designados para a investigação, tanto da CIPA
quanto do SESMT;
b) Se necessário, interditar temporariamente a área do acidente;
c) Quando possível, escutar a versão do(s) acidente(s);
d) Colher informações da chefia do setor e dos colegas de trabalho;
e) Inspecionar as máquinas ou equipamentos envolvidos;
f) Observe a presença de sinalização, EPCs e EPIs;
g) Descrever outros motivos que possam ter colaborado para ocorrência do acidente:
- Falta de treinamento,
- Uso de álcool ou drogas,
- Ritmos ou forma de trabalho,
- Outros riscos ambientais.
Após a fase de investigação do acidente e colhidas todas as informações necessárias,
deve-se analisar as causas de sua ocorrência, pois delas surgirão também possíveis medidas
preventivas e corretivas a serem adotadas.
Todas as conclusões sobre o fato devem ser descritas em relatório enviado ás chefias
competentes, definindo claramente os motivos do acidente e as possíveis soluções para evitar
novas ocorrências.
Os documentos gerados da investigação, análise, conclusões e relatório final devem ser
arquivados juntamente com a cópia da CAT – Comunicação de Acidente do Trabalho, pois estes
documentos poderão posteriormente ser solicitado pela DRT – Delegacia Regional do Trabalho,
bem como servir de elementos de defesa á empresa, no caso de processos de reparação movidos
pelo acidentado.
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5.10. Investigação e Análise dos Acidentes
A investigação e a Análise dos Acidentes do trabalho, constituem valiosa fonte de
informação para embasar as ações preventivas da CIPA.
Além disto, esta tarefa é uma responsabilidade da CIPA, do ponto de vista legal (NR - 5),
mesmo nas empresas que tem o Serviço Especializado em Segurança e Medicina do trabalho
(SESMT).
A CIPA deve ser comunicada pelo
setor onde ocorreu o acidente, o mais
rápido possível, para que se inicie o
levantamento dos dados necessários.
Em caso de acidente grave, a CIPA
deve analisar a ocorrência e, decidir em
reunião, quais as recomendações
necessárias, no prazo máximo de 48
horas
De acordo com a organização interna do grupo que compõe a CIPA, os membros
responsáveis pela tarefa devem entrar em contato com os envolvidos no acidente.
5.11. Comunicação de Acidentes
Objetivo
A CAT é um documento da Previdência Social, cujo objetivo é registrar a ocorrência de
acidente ou doença ocupacional sofrido por um empregado (sob o regime de trabalho regido
para CLT), sendo também um dos principais documentos que garantem a manutenção de
salário ao acidentado:
Nos 15(quinze) primeiros dias do acidente, o pagamento do salário é de responsabilidade
da empresa.
A partir do 16º (décimo sexto) dia, a manutenção do pagamento do salários (seguro
acidente do trabalho) é da Previdência Social até a alta médica do acidentado
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Comunicação
A comunicação de acidentes é obrigação
legal. Assim, o acidentado, ou quem possa
fazer isso por ele, deve comunicar o acidente
logo que se dê a ocorrência. Convêm lembrar
que nem todos os acidentes do trabalho
ocorrem no recinto da empresa. A empresa,
por sua vez, deve fazer a comunicação do
acidente à Previdência Social até o 1º (
primeiro) dia útil seguinte ao da ocorrência e,
em caso, de morte, de imediato à autoridade
competente, sob pena de multa variável, entre
o limite mínimo e o limite máximo do salário-
de-contribuição, sucessivamente aumentada
nas reincidências, aplicada e cobrada pela
Previdência Social.
O acidentado ou seus dependentes receberão cópia da comunicação, bem como o
sindicato da categoria. A comunicação deve conter informações pormenorizadas. Tudo
isso está na lei. Mas, comunicar o acidente à empresa, às pessoas encarregadas de
tomar providências na área da segurança tem importância especial. É que, conhecido o
fato, podem ser postas em execução as medidas imediatas e as de prazos maiores
destinadas a corrigir a situação que está provocando o acidente que atinge um
trabalhador e que pode atingir outros se não forem removidas, eliminadas as causas.
Mesmo o mais leve acidente pessoal deve ser comunicado e também os acidentes sem
lesão.
Deverão ser comunicadas ao INSS, mediante formulário “Comunicação de Acidente
do Trabalho – CAT”, as seguintes ocorrências:
Ocorrências: Tipos de CAT:
a) acidente do trabalho, típico ou de trajeto,
ou doença profissional ou do trabalho; CAT inicial;
b) reinicio de tratamento ou afastamento por
agravamento de lesão de acidente do
trabalho ou doença profissional ou do trabalho, já comunicado anteriormente ao
INSS;
CAT reabertura;
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c) falecimento decorrente de acidente ou
doença profissional ou do trabalho, ocorrido
após a emissão da CAT inicial.
CAT comunicação de óbito.
A comunicação será feita ao INSS por intermédio do formulário CAT, preenchido em
seis vias, com a seguinte destinação:
1ª via – ao INSS;
2ª via – à empresa;
3ª via – ao segurado ou dependente;
4ª via – ao sindicato de classe do trabalhador;
5ª via – ao Sistema Único de Saúde – SUS;
6ª via – à Delegacia Regional do Trabalho.
A entrega das vias da CAT compete ao emitente da mesma, cabendo a este
comunicar ao segurado ou seus dependentes em qual Posto do Seguro Social foi registrada a
CAT.
Tratando-se de trabalhador temporário, a comunicação referida neste item será feita
pela empresa de trabalho temporário.
No caso do trabalhador avulso, a responsabilidade pelo preenchimento e
encaminhamento da CAT é do Órgão Gestor de Mão de Obra – OGMO e, na falta deste, do
sindicato da categoria.
Para este trabalhador, compete ao OGMO e, na sua falta, ao seu sindicato preencher
e assinar a CAT, registrando nos campos “Razão Social/Nome” e “Tipo”(de matrícula) os
dados referentes ao OGMO ou sindicato e, no campo “CNAE”, aquele que corresponder à
categoria profissional do trabalhador.
No caso de segurado especial, a CAT poderá ser formalizada pelo próprio acidentado
ou dependente, pelo médico responsável pelo atendimento, pelo sindicato da categoria ou
autoridade pública.
São autoridades públicas reconhecidas para esta finalidade: os magistrados em
geral, os membros do Ministério Público e dos Serviços Jurídicos da União e dos Estados, os
comandantes de unidades militares do Exército, Marinha, Aeronáutica e Forças Auxiliares
(Corpo de Bombeiros e Polícia Militar).
Quando se tratar de marítimo, aeroviário, ferroviário, motorista ou outro trabalhador
acidentado fora da sede da empresa, caberá ao representante desta comunicar o acidente.
MANUAL DOS CIPEIROS
MGM – Engenharia de Segurança do Trabalho Ltda 33
Tratando-se de acidente envolvendo trabalhadores a serviço de empresas prestadoras
de serviços, a CAT deverá ser emitida pela empresa empregadora, informando, no campo
próprio, o nome e o CGC ou CNPJ da empresa onde ocorreu o acidente.
É obrigatória a emissão da CAT relativa ao acidente ou doença profissional ou do trabalho
ocorrido com o aposentado por tempo de serviço ou idade, que permaneça ou retorne à atividade
após a aposentadoria, embora não tenha direito a benefícios pelo INSS em razão do acidente,
salvo a reabilitação profissional.
Neste caso, a CAT também será obrigatoriamente cadastrada pelo INSS.
Tratando-se de presidiário, só caberá a emissão de CAT quando ocorrer acidente ou
doença profissional ou do trabalho no exercício de atividade remunerada na condição de
empregado, trabalhador avulso, médico-residente ou segurado especial.
Na falta de comunicação por parte da empresa, podem formalizá-la o próprio
acidentado, seus dependentes, o sindicato da categoria, o médico que o assistiu ou qualquer
autoridade pública prevista no subitem 1.6.1.
A comunicação a que se refere este item não exime a empresa da responsabilidade
pela falta de emissão da CAT.
Todos os casos com diagnóstico firmado de doença profissional ou do trabalho devem
ser objeto de emissão de CAT pelo empregador, acompanhada de relatório médico
preenchido pelo médico do trabalho da empresa, médico assistente (serviço de saúde
público ou privado) ou médico responsável pelo PCMSO (Programa de Controle Médico de
Saúde Ocupacional – previsto na NR nº 7), com descrição da atividade e posto de trabalho
para fundamentar o nexo causal e o técnico.
No caso de doença profissional ou do trabalho, a CAT deverá ser emitida após a
conclusão do diagnóstico.
Quando a doença profissional ou do trabalho se manifestar após a desvinculação do
acidentado da empresa onde foi adquirida, deverá ser emitida CAT por aquela empresa, e na
falta desta poderá ser feita pelo serviço médico de atendimento, beneficiário ou sindicato da
classe ou autoridade pública definida no subitem 1.6.1.
MANUAL DOS CIPEIROS
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A CAT poderá ser apresentada no Posto do Seguro Social – PSS mais conveniente ao
segurado, o que jurisdiciona a sede da empresa, do local do acidente, do atendimento
médico ou da residência do acidentado.
Deve ser considerada como sede da empresa a dependência, tanto a matriz quanto a
filial, que possua matrícula no Cadastro Geral de Contribuintes – CGC ou no Cadastro
Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ, bem como a obra de construção civil registrada por
pessoa física.
Comunicação de reabertura
As reaberturas deverão ser comunicadas ao INSS pela empresa ou beneficiário,
quando houver reinicio de tratamento ou afastamento por agravamento de lesão de
acidente do trabalho ou doença ocupacional comunicado anteriormente ao INSS.
Na CAT de reabertura deverão constar as mesmas informações da época do acidente,
exceto quanto ao afastamento, último dia trabalhado, atestado médico e data da emissão,
que serão relativos à data da reabertura.
Comunicação de óbito
O óbito decorrente de acidente ou doença ocupacional, ocorrido após a emissão da
CAT inicial ou da CAT reabertura, será comunicado ao INSS através da CAT comunicação de
óbito, constando a data do óbito e os dados relativos ao acidente inicial. Anexar a certidão
de óbito e quando houver o laudo de necropsia.
Preenchimento do formulário CAT
Quadro I – EMITENTE
Informações relativas ao EMPREGADOR
Emitente – informar no campo demarcado o dígito que especifica o responsável pela
emissão da CAT, sendo:
(1) empregador;
(2) sindicato;
(3) médico assistente;
(4) segurado ou seus dependentes;
(5) autoridade pública (subitem 1.6.1 da Parte III).
MANUAL DOS CIPEIROS
MGM – Engenharia de Segurança do Trabalho Ltda 35
Tipo de CAT – informar no campo demarcado o dígito que especifica o tipo de CAT,
sendo:
(1) inicial – refere-se à primeira comunicação do acidente ou doença do
trabalho;
(2) reabertura – quando houver reinicio de tratamento ou afastamento por
agravamento da lesão (acidente ou doença comunicado anteriormente
ao INSS);
(3) comunicação de óbito – refere-se à comunicação do óbito, em
decorrência de acidente do trabalho, ocorrido após a emissão da CAT
inicial. Deverá ser anexada a cópia da certidão de óbito e quando
houver, do laudo de necropsia.
Quadro II – ATESTADO MÉDICO
Deverá ser preenchido por profissional médico. No caso de acidente com morte, o
preenchimento é dispensável, devendo ser apresentada a certidão de óbito e, quando
houver, o laudo de necropsia.
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5.12. Cadastro de Acidentados
O CADASTRO DE ACIDENTADOS é o conjunto de informações e de dados
sobre a ocorrência de acidentes em uma unidade industrial ou comercial.
Deve ser organizado de modo que permita analisar as causas, as
circunstâncias e as conseqüências de cada acidente.
Assim como, na empresa, existem preocupações com controles de qualidade,
produção, de estoque e de outros elementos da atividade produtiva, também com os
acidentes deve existir igual ou maior interesse.
O acompanhamento da variação na ocorrência do infortúnio exige que se façam
registros cuidadosos sobre acidentados com relatórios completos. Tais registros podem
colocar em destaque a situação dos acidentes por área da empresa por causa, por tipos
de lesões, por dias da semana, por idade dos acidentados e por muitos outros fatores.
Todos esses ângulos de visão, esses campos especiais de estudos vão-se complementar
nas estatísticas que devem satisfazer às exigências legais e também às necessidades dos
órgãos da empresa encarregados de resolver problemas de segurança. Os próprios
acidentes de trajeto devem merecer estatísticas especiais.
Dias Perdidos
Para um estudo mais cuidadoso a respeito de acidentes, é necessário juntar
dados e colocá-los em condições de se prestarem a comparações entre departamentos de
atividades semelhantes ou mesmo diferentes e entre empresas que possibilitem tais
comparações.
Um dos dados que se prestam aos cálculos que vão formar as estatísticas é o
relacionado aos dias perdidos nos acidentes. Trata-se dos dias em que o acidentado não
tem condições de trabalho por ter sofrido um acidente que lhe causou uma incapacidade
temporária. Os dias perdidos são contados de forma corrida, incluindo domingos e
feriados, a partir do dia seguinte ao do acidente até o dia anterior o da alta médica. No
acidente sem perda de tempo, caso em que o acidentado pode trabalhar no dia do
acidente ou no dia seguinte, não são contados dias perdidos.
Dias Debitados
Nos casos em que ocorre incapacidade parcial permanente ou capacidade total
permanente ou a morte, aparecem os dias debitados. Eles representam uma perda, um
prejuízo econômico que toma como base uma média de vida ativa do trabalhador
calculada em vinte (20) anos ou seis mil (6000) dias. É uma tabela aceita e utilizada
internacionalmente, que foi elaborada pela “International Association of Industrial
Accident Board and Comission”, e que está transcrita a seguir:
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QUADRO 1A
Tabela de dias debitados
Natureza Avaliação
Percentual
Dias
debitados
Morte 100 6000
Incapacidade total e permanente 100 6000
Perda da visão de ambos os olhos 100 6000
Perda da visão de um olho 30 1800
Perda do braço acima do cotovelo 75 4500
Perda do braço abaixo do cotovelo 60 3500
Perda da mão 50 3000
Perda do 1º quirodátilo (polegar) 10 600
Perda de qualquer outro quirodátilo (dedo) 5 300
Perda de dois outros quirodátilos (dedos) 12 ½ 750
Perda de três outros quirodátilos (dedos) 20 1200
Perda de quatro outros quirodátilos (dedos) 30 1800
Perda do 1º quirodátilo (polegar) e qualquer outro
quirodátilo (dedo)
20 1200
Perda do 1º quirodátilo (polegar) e dois outros quirodátilos
(dedos)
25 1500
Perda do 1º quirodátilo (polegar) e três outros quirodátilos (dedos)
33 ½ 2000
Perda do 1º quirodátilo (polegar) e quatro outros quirodátilos (dedos)
40 2400
Perda da perna acima do joelho 75 4500
Perda da perna no joelho ou abaixo dele 50 3000
Perda do pé 40 2400
Perda do pododátilo (dedo grande) ou de dois outros ou mais pododátilos (dedos do pé)
6 300
Perda do 1º pododátilo (dedo grande) de ambos os pés 10 600
Perda de qualquer outro pododátilo (dedo do pé) 0 0
Perda da audição de um ouvido 10 600
Perda da audição de ambos os ouvidos 50 3000
Horas - Homem
É o somatório das horas de trabalho, incluindo as horas extras, durante as quais
cada empregado fica à disposição do empregador.
Medidas de Avaliação de Freqüência e Gravidade
Taxa de Freqüência (TF)
Representa o número de acidentes com afastamento, que podem ocorrer em cada
milhão de homens/horas de exposição ao risco.
A fórmula é a seguinte:
TF= Número de Acidentados com afastamento x 1.000.000
Número de Horas/Homens de exposição ao risco.
Ex: Se numa fábrica houve em um mês 05 acidentes e nesse mês foram trabalhadas
100.000 (cem mil horas), o cálculo será feito da seguinte forma:
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TF= 5 x 1.000.000 = TF = 50
100.000
Observação: O resultado representa uma projeção de 50 acidentes que poderemos ter
ao atingir 1.000.000 de horas/homens de exposição ao risco, se a empresa mantiver a
mesma rotina.
Taxa de Gravidade (TG)
Representa a perda de tempo (dias perdidos + dias debitados) que ocorre em
conseqüência de acidentes em cada milhão de horas/homens de exposição ao risco.
A fórmula da TG é a seguinte:
TG = (dias perdidos + dias debitados) x 1.000.000
Horas/Homens de exposição ao risco
Há, portanto dois cálculos possíveis para a TG. Se numa indústria houve trinta (30)
dias perdidos com acidentes, em um mês com 100.000 horas/homens de exposição ao risco
a TG será calculada da seguinte forma:
TG = 30 x 1.000.000 TG = 300
100.000
Seriam 300 dias perdidos em 1.000.000 (um milhão) de horas trabalhadas.
Se num dos acidentes ocorreu uma lesão que provocou uma incapacidade parcial
permanente com 300 (trezentos) dias debitados (ver tabela na pág ), o cálculo passará a ser
este:
TG = (30 + 300) x 1.000.000 TG = 3.300
100.000
5.13. Custo Acidente / Real e Aparente
Todo o acidente causa prejuízo irreparável de tempo e dinheiro. Os acidentes podem
gerar grandes prejuízos materiais, causar mortes ou ocasionar incapacidades permanentes,
totais ou parciais. Todos os acidentes infringem sofrimentos às suas vítimas e às suas
famílias. Se são mortais ou ocasionam incapacidades permanentes, são uma desgraça na
vida das famílias. Ademais todo acidente constitui perda irreparável de tempo e dinheiro.
Geralmente se pensa que o que se paga de prêmio as instituições ou companhias de seguros
representa o custo total dos acidentes, o que é totalmente errado. O custo real de um
acidente se compõe de Custo Direto e Custo Indireto. As vezes o custo direto de um
acidente se constitui nos custos de indenização mais os custos de atendimento médico.
Estes custos diretos geralmente estão cobertos pelo seguro obrigatório. Os custos indiretos,
os custos não protegidos, são na realidade muito mais elevados do que se imagina
Custo Direto: Diz respeito a todas as despesas ligadas ao atendimento do
acidentado, as quais são de responsabilidade da entidade seguradora. Esse custo cobre:
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MGM – Engenharia de Segurança do Trabalho Ltda 39
a) despesas médicas, hospitalares e farmacêuticas, necessárias para recuperação do
trabalhador acidentado para que ele possa reassumir sua ocupação;
b) pagamento de diárias e benefícios ao acidentado;
c) transporte do acidentado do local de trabalho ao local de atendimento, etc.
Custo Indireto: Engloba todas as despesas, não atribuídas aos acidentes, mas que
se manifestam como conseqüência indireta dos mesmos. Não são de responsabilidade da
entidade seguradora, ficando seu ônus a cargo dos empregadores. Os principais itens do
custo indireto são:
1) custo do tempo perdido pelo trabalhador acidentado;
2) custo do tempo perdido por outros trabalhadores que suspendem seu trabalho devido a:
a) curiosidade – depois do acidente chegam trabalhadores que nada têm a ver com o local
onde ocorreu o acidente
b) simpatia – os mais chegados ao trabalhador acidentado se aproximam para ver o que
aconteceu com o seu amigo
c) ajuda – os mais experientes e que já estiveram em situações similares se aproximam
para dar sua ajuda ao acidentado.
3) Custo de tempo perdido pelo encarregado e pelos executivos da empresa, deflagrada pela
situação, como:
a) ajuda ao trabalhador lesionado
b) investigar as causas do acidente
c) fazer tudo o que é necessário para que continue a produção
d) selecionar, treinar outro trabalhador para substituir o acidentado
4) preparar os documentos oficiais de acidente e comparecer as audiências nos tribunais,
quando ocaso requer; custo de tempo, materiais e medicamentos empregados nos
primeiros socorros.
5) Custo de reparação ou reposição de máquinas/ferramentas/equipamentos
6) Custo de danos causados aos materiais
7) Custo acidental devido a:
a) interferências e distorções nas atividades laborais
b) falta de cumprimento no prazo de conclusão do serviço/obra
c) elevação nos custos
d) multas que podem incidir pelo descumprimento do prazo
e) indenizações por danos a terceiros
8) custos que a empresa tem que arcar conforme sistema de benefícios aos seus
empregados
9) custo de continuar pagando o salário do trabalhador acidentado, até mesmo quando o
seu rendimento não é pleno, por não estar suficientemente recuperado.
10) custo por conceito de perda de utilidades na produtividade do acidentado e de
máquinas/equipamentos ociosos.
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MGM – Engenharia de Segurança do Trabalho Ltda 40
11) custo dos danos subsequentes como resultado de um estado emocional, o moral
debilitado pela culpabilidade do acidente.
12) custo social e da imagem da empresa.
13) custos judiciais.
É muito discutível a proporção entre custo direto e custo indireto, mas técnicos
chegaram a um consenso que esta perda em relação ao custo indireto vem sendo em média
4 vezes maior que o custo direto.
O custo indireto varia na proporção descrita, mais a soma despendida no custo
direto que depende da gravidade da lesão, salário pago ao acidentado e da atividade
produtiva da empresa.
Para cálculo dos custos diretos e indiretos dos acidentes tomemos como base os
seguintes fatores:
Custo Direto: Salário pago ao trabalhador acidentado em horas perdidas pelo
acidentado mais encargos que estão agregados diretamente aos custos dos acidentes.
Consideremos aqui aleatoriamente um valor mínimo de 45 %(quarenta e cinco por cento)
que estão relacionados aos encargos em decorrência dos acidentes. Somando-se os valores
pagos em horas perdidas pelo acidentado mais os encargos teremos o total do custo direto
com o acidente.
Custos Indiretos: Representa a perda decorrente da redução e da geração de
impostos. Há uma fórmula, mundialmente aceita, para calcular o custo indireto, que é igual
ao custo direto, multiplicado por quatro.
Vejamos um exemplo:
Acidente ocorrido com o funcionário “Jamelão Laranja da Silva” percebendo salário mensal
de 970 reais com 12 dias perdidos.
Consideraremos todos os meses como sendo de 30 dias, a semana como sendo de seis dias
úteis e a jornada diária como sendo de 7,33 horas (sete horas e trinta e três minutos).
Então teremos:
Custo Direto
R$ 970,0030 = 32,3 / dia
32,37.33 = 4,36 / hora
12 7,33 = 88
884,36 = 383,68 = salário pago ao Jamelão
em 12 dias perdidos
383,6845% = 172,65 = encargos 383,68+172,65 =
556,33 (total dos custos diretos
Custo Indireto
383,684 = 1.534,72 (salário)
172,654 = 690,60 (encargos)
556,334 = 2.225,32 (total dos custos
indiretos)
2.225,32+556,33 = 2.781,65 (total geral do
acidente)
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6. - Riscos Ambientais
Conceitos sobre os Riscos Ambientais:
Pode-se definir riscos ambientais como sendo os agentes químicos, físicos,
biológicos, ergonômicos e mecânicos ou de acidentes, presentes nos ambientes de
trabalho e capazes de causar danos à saúde do trabalhador, em função de sua natureza
concentração ou intensidade e tempo de exposição.
.
GRUPO 1
VERDE
GRUPO 2
VERMELHO
GRUPO 3
MARRON
GRUPO 4
AMARELO
GRUPO 5
AZUL
RISCOS
FÍSICOS
RISCOS
QUÍMICOS
RISCOS
BIOLÓGICOS
RISCOS
ERGONÔMICOS
RISCOS
ACIDENTES
Ruídos
Vibrações
Radiações
ionizantes
Frio
Calor
Pressões
anormais
Umidade
Poeiras
Fumos
Névoas
Neblinas
Gases
Vapores
Substâncias,
compostos ou
produtos
químicos em
geral
Vírus
Bactérias
Protozoários
Fungos
Parasitas
Bacilos
Esforço físico
intenso
Levantamento e
transporte
manual de peso
Exigência de
postura
Inadequada
Controle rígido de
produtividade
Imposição de
ritmos excessivos
Trabalho em
turno e noturno
Jornadas de
trabalho
prolongadas
Monotonia e
repetitividade
Outras situações
causadoras do
STRESS físico
Arranjo físico
inadequado
Máquinas e
equipamentos sem
proteção
Ferramentas
defeituosas e
inadequadas
Iluminação
inadequada
Eletricidade
Probabilidade de
incêndio ou explosão
Armazenamento
inadequado
Animais
peçonhentos
Outras situações de
risco que poderão
contribuir para
ocorrência de
acidentes.
6.1. Agentes Químicos
São todas as substâncias orgânicas ou inorgânicas, natural ou sintética, que
durante os processos de fabricação, manipulação, transporte, armazenagem ou uso, podem
incorporar ao ambiente e afetar a saúde do ser humano.
Os diversos contaminantes químicos podem ser encontrados tanto na forma sólida,
como líquida ou gasosa. São classificados pela forma como se apresentam (classificação
física), ou pelos efeitos que provocam no organismo (classificação físiológica).
Os agentes químicos classificam-se em:
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Poeiras
É um termo bastante genérico usado para
designar partículas sólidas em suspensão no ar, num
espectro de tamanho muito amplo, ou seja, de 0,5 a
200 ( = micrômetro = 0,000001).
Os pós são originados de operações tais como:
esmerilhamento, trituração, impacto e outros processos
ou manejos de uma variedade de materiais como
metais, madeiras, grãos, minerais, etc
Neblinas
São partículas finas suspensas no ar, produzidas pela condensação de vapores.
Os riscos associados com as neblinas ocorrem durante o emprego de ácidos. Os
ácidos crômico, fluorídrico, nítrico, e sulfúrico são usados na forma diluída para limpeza em
banhos químicos e em operações de galvanoplastia. Todas as neblinas ácidas ao serem
inaladas irritam seriamente os pulmões. Alguns ácidos (tais como o nítrico), podem formar
gases venenosos ao reagirem com o metal e neblina de ácido crômico, produzindo úlceras
dolorosas ao entrarem em contato com a pele.
Nevoas
São pequenas gotas de líquido suspensas
no ar, produzidas mecanicamente (em
processo “spray” ). Um exemplo comum
de formação de névoas é o caso de
pinturas por pistola, onde esse fenômeno
ocorre e pode ser observado, e também
nos processos de lubrificação.
Fumos
São partículas sólidas suspensas no ar, geradas pelo processo de condensação de
vapores metálicos, produzidos pela sublimação (passagem diretamente do estado sólido para
o gasoso) de um metal. Geralmente é o produto da reação do vapor metálico com o oxigênio
do ar. Os fumos são produzidos em operações como fundição, corte com oxigênio, desbaste
com esmeril e solda. Os principais metais que apresentam riscos para a saúde são:
antimônio, arsênio, berílio, cádmio, cromo, cobalto, cobre, ferro chumbo, manganês,
mercúrio, selênio, telúrio, tálio, urânio, e outros.
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O chumbo é a fonte de um contaminante importante. Os sintomas aparecem no
corpo somente após a acumulação de uma quantidade expressiva. Pode-se passar meses
para que os níveis tóxicos de chumbo se desenvolvam no organismo, porém os sintomas de
envenenamento podem surgir da noite para o dia.
Os fumos metálicos o zinco e seus óxidos, se inalados podem provocar uma
enfermidade chamada febre de fumo metálico. Os sintomas geralmente desaparecem dentro
de um dia.
Os fumos metálicos de magnésio cobre e de outros elementos, também podem
provocar a mesma síndrome.
As fontes de zinco são principalmente a solda e o corte de latão, zinco ou outros
metais galvanizados e a limpeza abrasiva de superfícies galvanizadas.
FUMAÇA
As fumaças são produzidas pela combustão
incompleta de materiais orgânicos, como
madeira, carvão, produtos derivados de petróleo
ou plantas (como o tabaco)
Geralmente considera-se que a fumaça é
constituída de partículas menores de 0,1 e
portanto, menores que as partículas de poeiras. As
fumaças contém gases, gotículas e partículas
secas.
GASES
São substâncias que em condições normais de pressão e temperatura encontram-se
na forma gasosa, e podem ser liqüefeitos pela ação combinada de diminuição de
temperatura e aumento da pressão. São fluídos sem forma que ocupam qualquer espaço
disponível.
Os gases podem ser produzidos por solda a arco, combustão, decomposição de
matéria orgânica calcinada e outras reações químicas. Alguns exemplos de gases são: ar,
metano, dióxido de carbono, monóxido de carbono e dióxido de enxofre.
É importante conhecer as características particulares do gás que se está
manipulando, antes que se possa avaliar adequadamente os problemas que podem aparecer
com o seu uso.
VAPORES
Os vapores são definidos como a forma gasosa de substâncias que geralmente se
encontram em estado sólido ou líquido à temperatura e pressão normais.
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O importante é saber que se pode encontrar vapores nos lugares onde estejam suas
formas materiais sólidas ou líquidas. Em outras palavras, onde existe gasolina líquida,
pode-se encontrar vapores de gasolina.
Pode-se ainda encontrar
concentrações de vapores quando se
empregam solventes orgânicos, diluentes de
tintas, tira-manchas, agentes de limpeza e
agentes secantes. Os solventes mais comuns
são: álcool, tricloroetileno, xileno,
tetracloreto de carbono, cloreto de metileno,
etc.
PRODUTOS QUÍMICOS DIVERSOS
Podem englobar qualquer uma das formas de agentes químicos apresentados
anteriormente, bem como os produtos usados normalmente nas empresas: soda cáustica,
ácido clorídrico, ácido sulfúrico, carbonatos de sódio e cálcio e uma infinidade de outros
produtos encontrados sob as mais diversas marcas comerciais.
Os aspectos abordados até aqui, referem-se à classificação dos agentes químicos.
Por outro lado, eles também podem ser classificados de acordo com a sua ação sobre
o organismo humano (classificação fisiológica). Como a maioria dos agentes químicos
encontra-se em dispersão no ar, geralmente os efeitos fisiológicos mais freqüentes são
resultantes da absorção através das vias respiratórias.
A grosso modo, a classificação fisiológica é a seguinte:
IRRITANTES
São aquelas substâncias que devido a uma ação química ou corrosiva, tem a
propriedade de produzir inflamações nos tecidos com os quais entram em contato direto,
tais como a pele, a conjuntiva ocular, e as vias respiratórias, dissolvendo-se na água dos
tecidos úmidos. Os principais irritantes são: ácidos fortes, como ácido clorídrico e sulfúrico;
álcalis fortes como amônia e soda cáustica; formaldeído, dióxido de enxofre, cloro, ozônio,
gases nitrosos, acroleína, gases lacrimogênicos, gás sulfídrico, etc.
ASFIXIANTES
Essas substâncias tem a propriedade de deslocar o oxigênio do ambiente. O processo
de asfixia ocorre então, porque o trabalhador respira um ar com deficiência de oxigênio.
Sabe-se que o ar precisa ter, no mínimo, 18% de oxigênio para que a vida humana seja
mantida sem risco algum. Exemplo de substâncias desse grupo são: hidrogênio, hélio,
nitrogênio, metano, etano, acetileno, dióxido de carbono, monóxido de carbono, ácido
cianídrico, etc.
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ANESTÉSICOS
Os gases e vapores anestésicos ou narcóticos, incluem uma grande quantidade de
compostos de amplo uso industrial e doméstico.
A maioria dos solventes orgânicos pertence a este grupo.
Uma propriedade comum a todos eles é o efeito anestésico, devido à ação depressiva
sobre o sistema nervoso central. Esse efeito aparece em exposições a altas concentrações,
por períodos de curta duração. No entanto, exposições repetidas a baixas concentrações,
caso típico da exposição industrial, acarretam intoxicações sistêmicas, isto é, afetam os
diversos sistemas do corpo. Entre as substâncias anestésicas, encontramos: butano,
propano, eteno, ésteres, aldeídos, cetonas, tetracloreto de carbono, tricloroetileno,
percloroetileno, benzeno, tolueno, xileno, álcool etílico, álcool metílico, dissulfeto de carbono,
nitrotolueno, nitrito de etila, nitrobenzeno, anilina, toluidina.
VIAS DE INTRODUÇÃO
Os diversos agentes químicos podem poluir um local de trabalho e entrar em contato
com o organismo dos trabalhadores, podem apresentar uma ação localizada ou serem
distribuídos aos diferentes órgãos e tecidos, levados pelos fluídos internos (sangue e outros),
produzindo uma ação generalizada.
Assim, as vias de ingresso dessas substâncias no organismo são:
- Inalação,
- Absorção cutânea,
- Ingestão.
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6.2. Agente Físico
Na categoria dos agentes físicos, estão incluídos: ruído, vibração, temperaturas
extremas, radiação ionizante e não ionizante, pressões anormais, iluminação e umidade.
Ruído
Atualmente, devido à expansão acelerada que ocorre em todos os setores industriais,
observa-se, em muitos casos, que isto inevitavelmente contribui para agravar não só a
situação do operariado, como da população em geral, no que diz respeito ao ruído, pela
intensidade e freqüência com que ocorre nos centros industriais e urbanos. Estão aí , para
nosso conforto, os aviões, automóveis, trens, máquinas, eletrodomésticos e outras
engenhocas.
Quando se fala em ruído, logo se associa essa
palavra a outro termo: som. É importante
que se faça uma distinção entre esses dois
termos.
Som é a variação da pressão
atmosférica, dentro dos limites de amplitude
e banda de freqüência, aos quais o ouvido
humano responde.
Ruído é definido como qualquer som
indesejado
Efeitos do ruído (barulho) à saúde
O corpo humano começa a reagir ao barulho a partir de 70 dB podendo ocorrer
alterações físicas mentais e emocionais.
Efeitos no Trabalho:
Problemas na comunicação (o barulho atrapalha quando conversamos. Muitas vezes
precisamos erguer o volume da voz)
Baixa concentração (dificulta a realização de tarefas onde é necessário atenção
concentrada)
Desconforto (as pessoas se queixam do incômodo causado pelo barulho excessivo)
Cansaço (o trabalho sob condições de barulho excessivo causa cansaço (stress) e
indisposição)
Nervosismo (pessoas sujeitas ao barulho se irritam com mais facilidade)
Baixo rendimento (em função da dificuldade de concentração e do cansaço causado pelo
barulho é comum ocorrer queda no nível do trabalho)
Acidentes (todos estes fatores tornam o trabalhador mais sujeito a se acidentar)
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MGM – Engenharia de Segurança do Trabalho Ltda 48
Efeitos no organismo:
Estreitamento dos vasos sangüíneos (ficam comprimidos, diminuem o diâmetro)
Aumento da pressão sangüínea (em função do estreitamento dos vasos a velocidade de
circulação do sangue aumenta para poder percorrer todo o corpo)
Ansiedade e tensão (o barulho faz com que as pessoas fiquem ansiosas e tensas)
Alterações menstruais e impotência sexual (o barulho afeta as mulheres tornando o
período menstrual mais demorado, doloroso e irregular. Nos homens, o barulho diminui
o interesse pelo sexo tornando-o impotente. Falando no termo popular o barulho
“brocha!”).
Sinais de perda auditiva:
Zumbido (é um dos primeiros sinais dos efeitos do barulho à saúde. É geralmente ouvido
ao dormir ou em lugares silenciosos)
Incapacidade de ouvir sons baixos ou de alta freqüência
Dificuldade em ouvir e entender uma conversa ou falar ao telefone
Os sons são ouvidos de forma abafada.
Vibração
O número de trabalhadores que estão regularmente expostos a vibrações é bastante
elevado, em virtude da grande diversificação de máquinas e equipamentos motorizados que
são operados nas várias atividades
Tratores, máquinas de terrraplanagem, caminhões, marteletes pneumáticos, serras
manuais, rebitadeiras pneumáticas, etc., são exemplos bastante comuns de equipamentos
que submetem seus operadores a vibrações.
As vibrações podem ser classificadas em vibrações localizadas e vibrações de corpo
inteiro.
Efeitos das vibrações localizadas
As vibrações localizadas podem produzir danos físicos caso o tempo de exposição
seja suficientemente longo, podendo causar os seguintes efeitos:
Perda de sensibilidade tátil.
Problema nas articulações.
Problemas na circulação periférica.
Deslocamento de nervos.
Degeneração gradativa do tecido muscular e nervoso.
Os níveis de vibração encontrados em muitas das ferramentas e equipamentos
usados nas indústrias, são suficientemente altos para causar danos quando operados
durante as jornadas normais de trabalho.
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Efeitos das vibrações de corpo inteiro
Os efeitos podem ser extremamente graves e entre eles incluem-se:
Visão turva; Perda de equilíbrio; Falta de concentração; Danificação permanente de
determinados órgãos do corpo.
Temperaturas extremas
Em diversas situações no campo das atividades humanas, o trabalhador pode ficar
exposto a condições extremas de temperatura, isto é, sujeito ao calor ou frio intensos.
A intensidade e o rigor dessas exposições profissionais dependerão, evidentemente,
de condições geográficas, climáticas e também de características ambientais inerentes ás
próprias atividades.
Tais fatores, quando considerados em conjunto com características físicas, raciais, e
mesmo sociais do trabalhador, permitirão uma compreensão melhor do problema e uma
quantificação mais precisa de suas possíveis implicações.
Efeitos do calor
Existe no organismo humano um centro termo-regulador, localizado no hipotálamo,
sensivel às variações da temperatura do ambiente. Esse centro é responsável por uma série
de alterações fisiológicas, cuja finalidade é manter a temperatura do corpo constante.
Conforme as condições ambientais, como temperatura e umidade do ar, ventilação,
existência de calor radiante, e também o tipo de trabalho executado, pode o organismo
sofrer alterações mais ou menos sérias.
Mesmo que não se manifestem estados patológicos de imediato nos trabalhadores,
estando estes submetidos continuamente a uma carga excessiva, a longo prazo, poderão vir
danos à saúde. Os principais problemas verificados pelo calor são: intermação ou insolação,
prostação térmica, cãibras de calor, catarata, desidratação e erupções na pele.
Efeitos do frio
O frio, à medida que vai ficando mais intenso, isto é, atingindo temperaturas mais
baixas, vai gradativament afetando o conforto e a eficiência do trabalhador, podendo chegar
a ameaçar sua saúde. O organismo humano reage ao frio, mediante uma série de respostas
fisiológicas de adaptação, também chamadas de “aclimatação”.
À medida que cem as temperaturas, a palidez toma conta e o trabalhador começa a
tremer, independentemente de sua vontade.
Se a tremedeira não for suficiente para produzir calor necessário, poderá ocorrer a
queda de temperatura do núcleo do corpo abaixo de 35 ºC. Esse fenômeno é chamado de
hipotermia e pode Ter conseqüências graves, conforme a queda de temperatura do núcleo do
corpo. Quando isso ocorre, poderão se manifestar sintomas como convulsão mental,
alucinações e até mesmo rigidez muscular.
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Se o indivíduo não for retirado do frio, a queda de temperatura do núcleo continuará,
ocasionando diminuição da pressão, arritmia e fibrilação auricular ao redor de 30 ºC. Entre
28 ºC e 25 ºC, ocorre à morte como conseqüência de fibrilação ventricular.
Além da hipotermia, vários outros estados patológicos, conhecidos como lesão do
frio, podem afetar o trabalhador. Entre os principais mencionam-se: enregelamento dos
membros, que pode levar à gangrena e amputação; pés de imersão; ulcerações do frio
(feridas, bolhas, rachaduras e necroses dos tecidos superficiais).
Iluminação
A determinação da necessária em um ambiente de trabalho tem por finalidade
adequar os níveis de iluminamento às atividades desenvolvidas.
A boa iluminação dos ambientes de trabalho, deve ser executada racionalmente,
considerando-se a grande importância dessas medidas de prevenção dos acidentes, na
prevenção da fadiga visual e no incremento da produção, tanto do ponto de vista
quantitativo, como do ponto de vista qualitativo. A utilização de uma iluminação adequada
proporciona um ambiente de trabalho agradável, melhorando as condições de visualização,
a qualidade do produto final, o bem-estar, diminuindo o número de acidentes do trabalho e
a fadiga visual. Como o homem necessita de boa iluminação para perceber pequenos objetos
e detalhes, deve-se proporcionar no ambiente de trabalho, uma iluminação adequada
também às características dos indivíduos que estão em seus postos de trabalho. A luz
tênue, nos casos de grande demanda visual, pode determinar efeitos agudos sobre a saúde,
tais como dores de cabeça, dores oculares, lacrimejamento e congestão ao redor da córnea.
O importante é que cada atividade tenha um nível de iluminação adequada às suas
características.
Pressões anormais
O homem está adaptado para viver na Terra, dentro de uma faixa de pressão
atmosférica normal. Ao nível do mar, a pressão atmosférica é igual a 760 mmhg = 1 atm =
101325 Pa. Entre as atividades que expõe o homem às condições de pressão superior a 1
atm, estão: mergulho, construção civil (tubulões pneumáticos e túneis pressurizados) e
medicina (oxigenioterapia hiperbárica e recompressão terapêutica).
Efeitos da pressão positiva
Os efeitos diretos ou primários da pressão no homem são os efeitos mecânicos da
pressão sobre as células e espaços corporais, particularmente no ouvido médio e nas
cavidades existentes na cabeça. As conseqüências são o barotrauma e embolia pelo ar.
Podem ocorrer intoxicações graves pelo CO² devido ao aumento da quantidade de gás
dissolvido nos tecidos.
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Efeitos da pressão negativa
São provenients da pressão barométrica diminuída, como no caso da ascensão a
grandes alturas. Sem compressão, as condições extremas de baixas pressões produzem
perigosos estados mentais, como excessiva confiança, falta de concentração e reações físicas
lentas. As mudanças de pressão de forma brusca, podem ocasionar uma série de
manifestações clínicas localizadas:
Pele e tecido celular sub-cutâneo: prurido;
Tendões, músculos e articulações: dores;
Aparelho digestivo: síncope e vômitos;
Aparelho respiratório: dispnéia;
Aparelho circulatório: síncopes raramente graves;
Sistema nervoso: embolia gasosa, paraplegia;
Ouvido: hemorragias, otites, ruptura do tímpano, problemas de labirinto;
Radiação ionizante e não ionizante
A radioatividade é a emissão espontânea de radiações, devido a alterações nos
núcleos dos átomos instáveis de alguns elementos químicos.
Radiação ionizante
Devido ao fato de que não se poder ver, ouvir, sentir ou provar, não se reconhece
antecipadamente o dano que a radiação pode causar. Pode-se passar dias, semanas, meses
ou inclusive anos, antes que se possa detectar os efeitos de um excesso de exposição.
A exposição à radiações ionizantes pode resultar em: queda de cabelos e pelos; lesões
na córnea e cristalino; queda brusca no número de leucócitos, provocando a perda de
imunidade; reações cutâneas, eritemas e degeneração cancerosa da pele, mutações
genéticas a longo prazo, com efeitos na geração futura, podendo aparecer tumores malignos
em vários pontos do organismo, que levam à morte.
Portanto, sempre que haja o risco, é importante existir alguma forma de
instrumentação capaz de detectar a radioatividade.
Radiação não ionizante
Essa radiação, que é do tipo eletromagnética, apresenta-se na forma de raios
infravermelhos, ultravioletas, microondas, e laser, provocando danos diferentes da radiação
ionizante. Podem queimar a pele ou as estruturas fundamentais do corpo, ou mesmo
provocar danos profundos, no caso das microondas.
A radiação infravermelha é empregada na secagem de tintas e vernizes, aquecimento
de partes metálicas, envelhecimento térmico, desidratação de carnes, vegetais e cerâmicas,
fundição e refinamento de minerais metálicos. O calor radiante eleva a temperatura da
superfície sobre a qual incide e não a do ar que o transporta. Portanto, a ventilação e a
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movimentação do ar não ajudam a controlar esse tipo de risco. Normalmente se usam
protetores de calor radiante, roupa refletiva e proteção visual com filtros infravermelhos
apropriados.
A radiação ultravioleta tem uma fonte comum de emissão, a luz solar. As fontes
industriais incluem a solda a arco e as lâmpadas ultravioletas empregadas para inspeção ou
esterilização.
As queimaduras ocasionadas nos processos de
solda, são uma queixa comum dos soldadores. A roupa
apropriada é um método fundamental de controle. Os
soldadores devem usar sempre camisas com mangas
longas, abotoadas no punho e colarinho, além do uso
de uma máscara com lente de filtragem adequada.
As radiações de microondas estão sendo empregadas cada vez mais para cozinhar,
secar em operações de colagem de madeiras e desidratar por congelamento. As microondas
produzem calor dentro de um material e representam um grave risco para a saúde, podendo
provocar cataratas e danos ao aparelho reprodutor.
O laser é composto por ondas luminosas paralelas que viajam na mesma direção,
tendo aplicações nas áreas de comunicação, solda, agrimensura, medições mecânicas,
holografia dimensional e no campo cirúrgico. A intensidade dos raios laser pode ser tão
grande, que podem resultar numa lesão grave, se for manipulado incorretamente. Os
reflexos do raio laser são tão perigosos como os raios diretos. O olho é a parte mais
vulnerável do corpo, porque o cristalino enfoca o laser num ponto único na retina,
aumentando a intensidade dos raios, podendo provocar lesões graves, inclusive a cegueira.
Umidade
Os trabalhadores expostos à umidade, são aqueles que exercem suas atividades em
locais alagados, encharcados ou com umidade excessiva. Nessa situação, pode ocorrer
estagnação do sangue, produzindo anoxia dos tecidos e paralisação dos pés e das pernas,
acompanhado de fortes dores. Podem também, ocorrer gripes, resfriados, bronquites e
pneumonias.
6.3. Agentes Biológicos
Existe um grande número de enfermidades que se transmitem facilmente dos
animais para o homem (zoonoses) e constituem uma grande preocupação para os
envasadores de carnes, pesquisadores de laboratório e veterinários. Algumas dessas
enfermidades são a leptospirose, a brucelose, e a tuberculose.
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AGENTES BIOLÓLOGICOS NO AMBNIENTE DE TRABALHO VÍRUS, BACTERIAS,
PROTOZOÁRIOS, FUNGOS PARASITAS, BACILOS.
a) A presença de água parada (não tratada)
favorece a ocorrência de:
- Mosquitos (através da larva do mosquito da
dengue)
- Ratos (através da urina dos ratos – leptospirose).
b) Presença de pombos e morcegos no telhado da
empresa, cujos resíduos de suas fazes poderão causar
doenças.
c) O consumo de água não tratada provoca
doenças, como, por exemplo:
- Febre tifóide
- Hepatite A.
d) Presença de cães de guarda não vacinado e tratado:
- Raiva
- Pulgas
e) A falta de higiene nos refeitórios:
- Mosca
- Ratos
- Baratas
f) Falta de higiene nos banheiros
- Fungos
- Bactérias.
g) Falta de higiene nos alojamentos:
- Piolhos (Pediculoses)
- Sarna (ascabiose)
- Micoses.
h) Ventilação inadequada:
- Vírus de gripe;
- Meningite.
i) Falta de higiene nos filtros de ar (central ou condicionado);
- Ácaros.
j) Presença de pregos e ferros enferrujados:
- Tétano.
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6.4. Agente Ergonômicos
RISCO ERGONÔMICOS: São os riscos gerados pela desarmonia entre o trabalhador e o
ambiente de trabalho. Refere-se á falta de conforto, segurança e eficiência em uma atividade.
Ergonomia – do grego ERGON (trabalho) e NOMOS(leis naturais do).
A ergonomia é uma ciência multidisciplinar que, baseado suas teorias na antropometria,
fisiológica, psicológica e engenharia, tem por principal objetivo a adaptação das condições de
trabalho ás características físicas e psicológicas do homem.
A ergonomia busca ELEVAR AO MÁXIMO POSSIVEL O NIVEL DE QUALIDADE
DOTRABALHO HUMANO, VISANDO Á EXECUÇÃO DAS MESMAS TAREFAS COMO O
MINIMO DE RISCO, ERRO E ESFORÇO.
O estudo dos agentes ergonômicos visa estabelecer parâmetros que permitam a
adaptação das condições de trabalho às características psico-fisiológicas dos trabalhadores, de
modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente.
As condições de trabalho relacionadas com a ergonomia, incluem aspectos ligados ao
levantamento, transporte e descarga de materiais, ao mobiliário, aos equipamentos e às condições
do posto de trabalho e à própria organização do trabalho.
Na avaliação dos agentes ergonômicos, a preocupação deve ser com as pessoas no
ambiente de trabalho, para entender as relações complexas entre trabalhadores, máquinas,
demandas e métodos de trabalho.
Todo trabalho, independentemente de
sua natureza, coloca uma tensão,
tanto física como mental no indivíduo
que o executa. Enquanto essas
tensões forem mantidas dentro de
limites razoáveis, o desempenho do
trabalho será satisfatório e a saúde do
trabalhador e seu bem-estar serão
mantidos.
Caso as tensões sejam excessivas, haverá resultados não desejados, manifestados em
forma de erros e acidentes, causando leões, danos à saúde, danos matérias e afetando a
qualidade da operação.
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Os casos mais comuns de problemas ergonômicos, nos diversos ramos de atividades
empresariais, são:
- Esforço físico intenso:
- Levantamento e transporte manual de peso;
- Exigência de postura Inadequada;
- Controle rígido de produtividade;
- Imposição de ritmos excessivos;
- Trabalho em revezamento de turnos;
- Jornadas de trabalho prolongadas;
- Monotonia e repetividade;
- Iluminação inadequada.
Observamos, nos itens anteriormente relacionados, a ocorrência de uma sobrecarga e
responsável pela ocorrência das DORT – Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho,
em que se destaca LER – Lesões por Esforços Repetitivos.
A LER resume uma série de doenças que atingem principalmente os músculos e tendões. É
uma inflamação provocada por atividades de trabalho que exige movimentos repetitivos,
continuados, rápidos, ou esforço físico durante um longo período de tempo, destacando-se as
seguintes:
- TENOSSINOVITE: inflamação do tecido que reveste
os tendões:
- TENDINITE: inflamação dos tendões;
- EPICONDILITE: inflamação das estruturas do
cotovelo;
- BURSITE: inflamação das bursas (pequenas bolsas que
se situam entre os ossos e tendões das articulações);
- MIOSITES: inflamação dos músculos;
- SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO: Compressão do nervo
mediano ao nível do punho.
Além das manifestações físicas no organismo SINDROME
DO, a sobrecarga profissional poderá provocar o ESTRESSE
Ocupacional, diminuindo em muito a capacidade produtiva e de
concentração do trabalhador.
Formas de prevenir a LER e o ESTRESSE Ocupacional
- Estudo ergonômico do posto de trabalho;
- Máquinas, equipamentos e ferramentas adequadas á
atividade;
- Respeito ao limite de capacidade produtiva do trabalhador;
- Implantação de Programa de Ginástica Laboral;
- Fornecimento de EPI´s e Uniforme confortáveis e compatíveis com a função:
- Proporcionar condições ambientais de trabalho adequadas a cada atividades.
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Efeitos dos agentes ergonômicos
Os locais de trabalho que não consideram os princípios ergonômicos em seus projetos, são
propensos a causar erros e acidentes, diminuindo a segurança e a eficiência da operação.
Máquinas, ferramentas, métodos e locais de trabalho projetados inadequadamente, podem
produzir entre outros, os seguintes efeitos:
- Dores nas juntas dos ombros, cotovelos, joelhos e mãos.
- Dores nas costas.
- Dores de cabeça.
- Problemas circulatórios.
- Ardência nos olhos.
- Nervosismo.
- Queda nos níveis de qualidade, produtividade e segurança
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6.5. Agentes Mecânicos (Risco De Acidente)
São os agentes que favorecem os acidentes do trabalho, com efeitos mais imediatos
como:
- Arranjo físico de máquinas, móveis, armários, depósitos, arquivos, telefone, etc.
Máquinas e equipamentos, sua instalação, a habilitação dos operadores, a ordem
dos dispositivos de segurança; os equipamentos individuais de proteção;
-Ferramentas, a usa adequação ao trabalho, conservação, ordem e manejo;
- Eletricidade, a instalação dos aparelhos, tomadas, fiação elétrica, periodicidade das
inspeções, qualificação dos funcionários responsáveis;
- Edificação como: piso, escadas, janelas, elevadores, rampas, portas, etc.;
- Incêndio, equipamento para combate, alarme, saídas de emergências, e
treinamento dos funcionários, etc.
6.6. 1 Lay Out Inadequado
Agrupamento de determinado número de máquinas e outros equipamentos em área ou pavilhão disponível, nem sempre com espaço suficiente;
Instalação de equipamentos adicionais, para aumento de produção, num local onde
o espaço já era o mínimo necessário para o trabalho racional;
Produção acima da previsão, exigindo a permanência no local de maior volume de
materiais e peças em fase de fabricação;
Falta de racionalização no fluxo de operações, causando acúmulo de materiais e
peças em determinadas estações de trabalho;
Tentativa de aproveitamento de espaço, com a instalação de máquinas muito perto
umas das outras;
Excesso de estoque de materiais e peças;
Coisas desnecessárias mantidas na área.
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7. Medidas de Controle
Sob o ponto de vista prevencionista, causa de um acidente é qualquer fato que se
removido à tempo, teria evitado o acidente.
Os acidentes são evitáveis, não ocorrem por acaso, e portando, passíveis de
prevenção.
Estudos técnicos, principalmente no campo da engenharia são capazes de com o
tempo, eliminar as condições inseguras.
Porém quando se fala do elemento homem, apenas técnicas não serão suficientes
para evitar uma falha nas suas atitudes.
Até o presente momento, nenhuma das máquinas constituídas, nenhum dos
produtos químicos obtidos por síntese e nenhuma das teorias sociais formuladas, alterou
fundamentalmente a natureza humana.
As formas de comportamento, que devem ser levadas em consideração no esforço de
prevenir atos inseguros, devem ser analisadas de maneira bastante abrangente.
Os processos educativos, a repetição das inspeções, as campanhas e outros
recursos se prestarão a reduzir sensivelmente a ocorrência de tais falhas.
7.1. Identificação das Causas dos Acidentes
Identificar as causas de acidentes consiste em localizar os pontos de riscos
responsáveis por eles. Os acidentes ocorrem, basicamente devido as causas ambientais e ao
comportamento humano.
No controle de identificação das causas dos acidentes, podemos considerar os
seguintes elementos:
Inspeções programadas de segurança;
Estudo de doenças ocupacionais;
Análise de segurança do trabalho;
Delimitação de área restrita;
Relatório de incidente/acidente;
Investigação de indente/acidente;
Permissão do trabalho.
7.2. Inspeção de Segurança
Inspeção de segurança consiste na observação cuidadosa dos ambientes de trabalho,
com o fim de descobrir, identificar riscos que poderão transformar-se em causas de
acidentes do trabalho e também com o objetivo prático de tomar ou propor medidas que
impeçam a ação desses riscos.
A inspeção de segurança se antecipa aos possíveis acidentes, mas quando repetidas,
alcançam outros resultados: favorecem formação e o fortalecimento do espírito
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prevencionista que os empregados precisam ter; servem de exemplo para que os próprios
trabalhadores exerçam, em seus serviços, controles de segurança; proporcionam uma
cooperação mais aprofundada entre os Serviços Especializados e CIPA‟s e os diversos
setores da empresa; dão aos empregados a certeza de que a direção da empresa e o poder
público (no caso das inspeções oficiais ) têm interesse na segurança do trabalho.
7.2.1. Tipos de Inspeção
Os tipos de inspeção variam quanto à origem, objetivos, métodos e agentes. Também
dentro dessas variações são considerados aspectos específicos.
Quanto à Origem
Interna (SESMT, Direção, CIPA, Manutenção);
Externa (órgãos oficiais,, seguradoras, serviços públicos).
Quanto aos objetivos
Periódicas;
extraordinárias
Quanto aos métodos
Formais;
Informais.
Quanto aos agentes
SESMT;
CIPA;
Instituições alheias.
Passos gerais
Uma inspeção de segurança implica necessariamente quatro passos gerais:
Preparação;
Realização;
Classificação dos riscos;
Estudo de soluções.
Instalações gerais
Locais; Pisos; Escadas; Passagens; Portas; Aberturas em paredes; Intervalos entre
máquinas; Ordem e limpeza; Sinalização; Iluminação; Ventilação, etc.
Condições ambientais
Vapores; Fumaças; Gases; Poeiras; Ruídos; Tempo de exposição;
Vibrações, etc.
Instalações de prevenção e combate a incêndios
Extintores; Hidrantes; Saídas de emergência; Alarme, etc.
Manutenção
Transportes: manual e automático;
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Maquinário: tempo de uso, proteções, comando, periodicidade, sistema de
segurança, etc.
EPI;
Recipientes sob pressão;
Trabalhos com riscos especiais: em lugares altos, com solda, com radiações, etc
7.2.2. Etapas
a) Planejamento
A CIPA deve decidir algumas questões básicas para organizar a ação e Inspeção:
Quais os objetivos da Inspeção?
Qual o método de inspeção mais indicado?
Como distribuir a tarefa entre os membros da CIPA?
Quais itens verificar?
Como avaliar e registrar estes itens?
Datas, horários, prazos e comunicados necessários para a realização da inspeção?
Periodicidade para a continuidade das inspeções.
b) Observação
Observar as condições de trabalho com a intenção de identificar falhas, implica em
perceber fatos, dando uma interpretação a estes fatos.
Para haver interpretação é preciso um certo conhecimento.
Muitas vezes, a simples observação de uma atividade não dá a base suficiente para
tirar conclusões.
Torna-se muito útil, portando, observar de forma ativa, usando a comunicação com
os funcionários para obter dados, explicações e opiniões sobre o trabalho e suas
dificuldades. Fazer visitas para observação direta dos postos de trabalho, quantas vezes
forem necessárias. Procurar ver e compreender a execução de cada tarefa.
c) Informação
A inspeção deve fluir como qualquer outro meio de comunicação dentro da
organização.
Quanto mais rápida, melhor será sua eficiência em termos de prevenção de acidentes
e doenças profissionais.
d) Registro
Os problemas identificados e as providências solicitadas devem ser registrados no
livro da CIPA, podendo ainda, seguir formulário elaborado para esta finalidade.
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MODELO FORMULARIO - INSPEÇÃO DE SEGURANÇA
De CIPA Para Data
Setor Descrição dos Problemas Recomendações
e) Encaminhamento
O resultado da inspeção deve ser encaminhado à Direção da Empresa, ao SESMT e
os responsáveis pelos setores inspecionados, para que sejam providenciadas as medidas
necessárias, como a manutenção de uma máquina, o treinamento de funcionários, a compra
de peças, etc.
No caso do mapa de Risco, o encaminhamento está descrito no capítulo III.
f) Acompanhamento
A CIPA deve participar até a finalização do problema identificado, zelando para que
os trabalhos preventivos e corretivos sejam executados corretamente dentro dos prazos
combinados.
7.3. Instruções de segurança operacional – Ordem de serviço
A rigor, todas as máquinas e equipamentos de uma empresa, assim como outras
operações, devem ter, por escrito, suas instruções de segurança operacional. Essas
instruções são previstas em leis e estão aplicadas mais adiante. “Ordem de Serviço” é a
denominação oficial para essas instruções. Apenas de ser uma obrigação legal das empresas
o preparo e expedição dessas instruções legal das empresas o preparo e expedição dessas
instruções, existe uma carência muito grande delas em muitas empresas e
estabelecimentos.
Uma pergunta que não cabe neste assunto: como conseguir desenvolver essas
instruções para cada máquina, equipamentos e operações manuais que podem chegar a
centenas num estabelecimento?
A resposta precisa ser dada em partes a partir da obrigação legal e respeito. As
empresas têm obrigação legal de desenvolver e expandir essas instruções e de passá-las aos
seus empregados, conforme a atividade de cada um. Cabe ao SESMT do estabelecimento a
obrigação de planejar suas atribuições, de modo que essas “Ordens de Serviço” venham a
existir para todas as atividades da empresa. Mas nem sempre o SESMT tem condições, em
matéria de tempo ou de disponibilidade de pessoal, de desenvolver o número de instr4uções
que seriam necessárias para a cobertura de todas as atividades do estabelecimento. A CIPA
MANUAL DOS CIPEIROS
MGM – Engenharia de Segurança do Trabalho Ltda 62
tem ainda menos condições por ser um órgão de composição transitória e por não dispor
oficialmente de um técnico no assunto.
Portanto, outros mais precisam participar de um mutirão para elaborar essas
normas, sendo esses outros os supervisores das atividades a serem contempladas com as
instruções. Cabe ao SESMT e mesmo à CIPA, caso a empresa não disponha de serviço
especializado, planejar e administrar esse mutirão, com a aprovação prévia da direção da
empresa.
A planilha mostra a seguir dá um exemplo de como se faz essa análise. A segurança
desses trabalhos passa a ser extremamente beneficiada quando se têm normas de
segurança operacional para os trabalhos passa a ser extremamente beneficiada quando se
têm normas de segurança operacional para ela.
Planilha para Registro de Análise de Segurança Operacional
Operação ou tarefa: Descarga de peças de ferro fundido (peso de 3 a 5 quilos) da esteira
transportadora E/9
Máquina/equipamento envolvido: Esteira transportadora E/9, estrado.
Regime de atividade: Continuo
Número de operadores: 1 (um)
Elemento da
Operação
Perigos observados
Recomendações
Nesta coluna é descrita a
operação ou tarefa,
dividida nos seus
elementos básicos
realizados pelo operador de
uma máquina ou que
esteja realizando outra
tarefa.
Entendo de uma forma
mais técnica, trata-se da
decomposição da
atividade, nos seus
elementos caracterizados
pelos movimentos do
trabalhador, com começo e
fim bem definidos.
Nesta coluna são anotados
os perigos observados em
cada elemento da operação,
tanto das máquinas ou
outros equipamentos em
uso, como das energias
empregadas, dos materiais
e produtos em
processamento e da
maneira de atuar do
trabalhador.
Aqui ficam registrados os
perigos de cada elemento ou
movimento da atividade
analisada.
Nesta coluna anotam-se as
medidas preventivas de
acidentes ou doenças
ocupacionais que cada
elemento requer.
Resumindo: nesta coluna
ficam registradas todas as
medidas de segurança para a
atividade analisada e basta
transcrevê-las em formato de
instrução para se ter a
correspondente norma de
segurança operacional.
MANUAL DOS CIPEIROS
MGM – Engenharia de Segurança do Trabalho Ltda 63
Exemplo de como usar a planilha numa análise de segurança operacional.
Planilha para Registro de Análise de Segurança Operacional
Operação ou tarefa: Descarga de peças de ferro fundido (peso de 3 a 5 quilos) da esteira
transportadora E/9
Máquina/equipamento envolvido: Esteira transportadora E/9, estrado.
Regime de atividade: Continuo
Número de operadores: 1 (um)
Elemento da
Operação
Perigos observados
Recomendações
1) Pegar uma peça e retirá-
la da esteira
2) Girar o corpo 90 graus e
dispor a peça no estrado
apoiado no piso.
3) Retornar à esteira.
Rebarbas cortantes e
cansaço dos braços e
coluna.
Queda da peça e lombalgia.
Nada especial
Usar luvas de raspa de couro
e promover revezamento de
operador.
Usar calçado de segurança,
girar o corpo movimentando
os pés para não torcer a
coluna e providenciar a
disposição do estrado à altura
de 0,80 m.
Nada especial
Análise feita por: ________________________________________
Data: __/__/__ Ass _______________________________
O exemplo acima é muito simples e apenas para mostrar que é trata-se de uma
atividade que pode ser exercida pelos supervisores de equipes de trabalho, desde que sejam
preparados para isso. O supervisor aprende a ver os trabalhos que supervisiona com olhos
analíticos em vez de simplesmente ver o que está sendo feito. Ele passa a perceber melhor
os movimentos que o trabalhador faz e identificar o perigo que pode existir em cada um.
Feito isto em planilha apropriada, ele obtém automaticamente o roteiro das instruções de
segurança do trabalhador, da maquinaria e a produtividade.
As instruções devem ser sempre expandidas pelo SESMT e na ausência deste, pela
CIPA, para ter respaldo legal, pois são esses os órgãos que têm a incumbência de orientar
todas as atividades prevencionistas nos estabelecimentos em que funcionam. A chancela de
algum dirigente da empresa é também importante do ponto de vista administrativo em cada
instrução expandida.
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MGM – Engenharia de Segurança do Trabalho Ltda 64
7.4. EPI’s - Equipamento de Proteção Individual
Equipamento de proteção é toda medida ou dispositivo que pode reduzir ou eliminar
uma condição insegura de trabalho.
Pode ser:
Coletivo (EPC) - permite uma ambiente de trabalho seguro para todos
indistintamente.
Exemplos: exaltares de gases e vapores, proteção em escadas, corredores, esteiras,
esmeril, máquinas, etc.
Individual (EPI) - protege apenas a pessoa que opera o equipamento ou utiliza o EPI.
Exemplos: máscara, capacetes, etc.
7.4.1. Exigência Legal Para a Empresa Seção IV, Capítulo V da CLT
Art. 166 - A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente,
equipamento de proteção individual adequado ao risco e em perfeito estado de conservação
e funcionamento, sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção
contra os riscos de acidentes e danos à saúde dos empregados.
Art. 167 - O equipamento de proteção só poderá ser posto à venda ou utilizado com a
indicação do Certificado de Aprovação do Ministério do Trabalho.
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Por outro lado, a regulamentação de segurança e medicina do trabalho, em sua
Norma Regulamentadora 6, cuida minuciosamente do Equipamento de Proteção Individual,
incluindo, entre outras coisas, as informações citadas abaixo:
A recomendação ao empregador, quanto ao EPI adequado ao risco existente em
determinada atividade, é de competência:
Do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho -
SESMT;
Da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes CIPA nas empresas desobrigadas de
manter o SESMT.
Nas empresas desobrigadas de possuir a CIPA, cabe ao empregador, mediante
orientação técnica, fornecer e determinar o uso de EPI adequado à proteção da integridade
física do trabalhador.
Obrigações do Trabalhador
Obriga-se o empregador, quanto ao EPI, a:
Adquirir o tipo adequado à atividade do empregado;
Fornecer ao empregado somente EPI aprovado pelo MTb;
treinar o trabalhador sobre o seu uso adequado;
tornar obrigatório o seu uso;
substituí-lo, imediatamente, quando danificado ou extraviado;
responsabilizar-se pela sua higienização e manutenção periódica;
comunicar ao MTb qualquer irregularidade observada no EPI adquirido.
Obrigações do Empregado
Obriga-se o empregado, quanto ao EPI, a:
usá-lo apenas para a finalidade a que se destina;
responsabilizar-se por sua guarda e conservação;
comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para
uso.
Obrigações do Fabricante
Obriga-se o fabricante quanto ao EPI;
comercializar somente o equipamento portador do Certificado de Aprovação
CA;
renovar o CA, quando vencido o prazo de validade estipulado pelo MTb (5 anos);
requerer novo CA, quando houver alterações das especificações do equipamento
aprovado.
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MGM – Engenharia de Segurança do Trabalho Ltda 66
7.4.2. Tipos de EPI’s
Proteção para:
Ouvidos: em trabalhos em que o ruído é intenso.
Vias respiratórias: em
trabalhos que exalam poeiras, gases, vapores, etc.
Mãos e Braços: em trabalhos com produtos químicos; materiais cortantes, pesados,
quentes, ásperos, com eletricidade; solda elétrica, etc.
Olhos: em trabalhos em que há risco de contato com materiais sólidos, líquidos e gasosos; em atividades em que haja radiação e luminosidade.
Pernas e Pés: em operações de soldagem; com líquidos corrosivos; em ambientes
úmidos; onde haja risco de cortes, escoriações, choques, etc.
Prevenir Quedas: em lugares altos ou com risco de queda por desequilíbrio.
.
As luvas protegem a parte do corpo com maior risco de exposição: as mãos;
A luvas mais recomendadas são de borracha nitrílica ou neoprene, pois servem para todos os tipos de formulação
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8. MAPA DE RISCO
Objetivo
O Mapa de Risco como objeto identificar e
qualificar a presença dos ambientais na empresa, mas
também envolver direta e indiretamente todos os
funcionários quanto a sua elaboração e cumprimento das
normas de segurança.
Conceito
O Mapa de Risco é formado de comunicação
visual que, simbolicamente, através de círculos coloridos,
identifica a presença de determinado risco ambiental no
local de trabalho.
8.1. LEGISLAÇÃO
A Portaria n. 5, de 17.8.1992, do Ministério do Trabalho, determina a obrigatoriedade da
elaboração do Mapa de Risco Ambientais, delegando á CIPA a responsabilidade da elaboração,
divulgação e fixação.
0 mapa de riscos é a representação gráfica dos riscos de acidentes nos diversos locais de
trabalho, inerentes ou não ao processo produtivo, de fácil visualização e afixada em locais
acessíveis no ambiente de trabalho, para informação e orientação de todos os que ali atuam e de
outros que eventualmente transitem pelo local, quanto as principais, áreas de risco
GRUPO I: VERDE
GRUPO
II:VERMELHO GRUPO III: MARROM
GRUPO IV: AMARELO
GRUPO V: AZUL
Riscos Físicos Riscos Químicos Riscos Biológicos Riscos
Ergonômicos Riscos de Acidentes
GRADUAÇÃO DOS RISCOS ENCONTRADOS
A mensuração de gravidade da exposição aos riscos ambientais é dividida em 3
graduações: Pequena, Média e Grande. É informado no interior do circulo o número de
funcionários expostos.
MANUAL DOS CIPEIROS
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8.2. Classificar a Gravidade dos Riscos:
Outra questão: como classificar a gravidade dos riscos em pequenos, médios e
grandes, para selecionar o tamanho dos círculos? Essa classificação é subjetiva, uma vez
que depende do entendimento dos trabalhadores. Pode-se usar como roteiro de auxílio,
os seguintes parâmetros:
risco grande: É aquele que possui potencial para causar uma lesão ou
incapacidade permanente, perda de vida ou de parte do corpo.
risco médio: É aquele que possui potencial para causar uma lesão ou doença
grave.
risco pequeno: É aquele que possui potencial para causar uma lesão ou doença
leve, não incapacitante.
O tamanho do círculo representa o grau do risco. (Segundo a portaria ministerial,
o risco pequeno é representado menor, o médio por um círculo médio e o grande, por um
círculo maior.) E a cor do círculo representa o tipo de risco.
8.3. ETAPAS DO MAPA DE RISCOS AMBIENTAIS
Para que o mapeamento de Riscos de sua empresa tenha finalidade prática, deve-
se planejar as etapas de sua ELABORAÇÃO, EXECUÇÃO E ACOMPANHAMENTO, pois
pouco vale o tempo e envolvimento despendidos pela elaboração de um Mapa de Riscos
sem que a qualidade das informações e a forma de divulgação não sejam eficazes.
Primeira Etapa
ELABORAÇÃO
Todo trabalho planejado e organizado quanto aos objetivos e forma de atuação
tem grande possibilidade de êxito, ou seja, o atendimento dos objetivos a que se propõe.
Ao elaborar um Mapa de Riscos, precisamos seguir uma ordem de informações, um
roteiro, conforme sugerido abaixo:
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MGM – Engenharia de Segurança do Trabalho Ltda 70
ROTEIRO DA ELABORAÇÃO
a) Definir o objetivo do trabalho – levantamento de risco ambientais de um setor.
b) De forma realizar – entrevistando os funcionários, pesquisando os acidentes e
doenças profissionais ocorridas nos últimos meses e realizando inspeção de
segurança.
c) Dividir o trabalho em grupos – considerar o numero de cipeiros a setores da
empresa.
d) Definir as ferramentas de trabalho – modelos sugerindo: “ANEXO.01”.
e) Definir os prazos para o levantamento – utilizar o modelo sugerido: “ANEXO 02”.
f) Marcar nova reunião dos cipeiros para discutir as informações obtidas,
identificando os quando a sua gravidade e dificuldade de solução, ordenando-os,
assim, quanto a sua gravidade e dificuldade de utilizar o modelo sugerido:
ANEXO. 03”.
g) Definir as possíveis soluções para os risco ambientais encontrados e encaminhar
relatórios á Diretoria da empresa.
Setor / Área: N° no
mapa
Localização Descrição resumida
dos agentes
Observações Agente Código
P M G
1) Classificados os agentes de riscos, pode-se começar a organizar o mapa. É necessário
cuidar para evitar confusão na classificação dos agentes e definição dos símbolos -
tamanho e cor dos círculos.
2) Para facilitar o preparo e a disposição dos símbolos, pode ser usado um formulário
para o resumo dos agentes de riscos levantados.
3) Completando o resumo dos riscos levantados já se tem idéia de como o mapa, sobre
uma planta baixa ou um esboço da área, em tamanho suficiente para distribuição dos
círculos-códigos.
4) Dependendo do número de riscos levantados, decide-se pelo uso de círculos
individuais para cada risco ou pelo agrupamento, como demonstrado no modelo.
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Segunda Etapa
EXECUÇÃO
Concluída a primeira etapa de elaboração do mapa de risco, precisamos
transformar os dados obtidos em informações contidas no Mapa de cada Setor:
Observe exemplos abaixo:
MAPA DE RISCOS – GERAL
É a representação dos riscos ambientais informados nas entrevistas e pesquisas
sobre o layout (planta baixa) de todos os departamentos da empresa.
MAPA DE RISCOS – SETORIAL
É a representação dos riscos informados nas entrevistas e pesquisas sobre o
layout (planta baixa) de um determinado setor da empresa.
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SETOR DE COSTURA WC
FEM Risco Médio
WC Físico / Ruído
FEM Nº Func: 16
Risco Médio
Físico / Calor
Acidente / Iluminação
Nº Func: 16
Risco Pequeno
Químico / Poeira
Nº Func: 16
Risco Grande
Físico / Calor
Ergonomico / Postura incorreta
e rítmo de produtividade.
Nº Func: 15.
WC WC Oficina Concerto das
F M Máquinas de Costura.
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9. Reuniões da CIPA
De acordo com a NR 5, a comissão pode ter três tipos de reuniões: ordinária,
extraordinária e preparatória.
Seguir esta determinação legal, não significaria um problema para os integrantes da
CIPA ou para a empresa se, as reuniões fossem sempre produtivas.
Mas na maioria das vezes, e não só nos encontros de trabalho das CIPAS, as
reuniões tendem a ser desorganizadas, muito longas e pouco objetivas.
Conseqüentemente, a empresa e os empregados, passam a evitar esta atividade.
Os legisladores distribuíram algumas tarefas aos membros da CIPA, orientando a
operacionalização das reuniões mas, para que as mesmas se tornem meios eficientes de
trabalho, é importante colocar em prática o s seguintes aspectos:
9.1. - Planejamento das Reuniões
É o momento de parar e decidir como será a reunião: quais os assuntos eu serão
discutidos, como serão abordados, por quem e qual material conduzir para a reunião?
Convém elaborar uma circular ou um edital de convocação, com alguns dias de
antecedência, divulgando a organização e o conteúdo da reunião, para que as pessoas
possam se preparar com sugestões, material de apoio, etc. É importante motivar a
participação esclarecendo que todos podem incluir assuntos na pauta, com devida
antecedência
9.2. Coordenação do Grupo
São funções do coordenador:
esclarecer os objetivos para cada tópico específico;
apresentar ou solicitar a apresentação dos dados sobre o assunto;
organizar a discussão no grupo;
sintetizar as conclusões da comissão;
quando necessário, auxiliar o grupo a preparar planos de trabalho e distribuir
tarefas;
controlar a hora e a duração marcadas.
9.3. - Participação
CIPA significa comissão, ou seja, um grupo de pessoas encarregadas de tratar de
determinado assunto.
Existem algumas diferenças na distribuição das tarefas inerentes à CIPA, entre seus
membros mas, todos possuem a mesma responsabilidade em relação aos seus objetivos e,
nenhum de seus membros possuir maior poder de voto em relação às decisões da CIPA.
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Disto resultam aspectos muito importantes para serem observados por todos os
integrantes da comissão.
compromisso com o grupo e seus resultados;
participação e interesse;
união para chegar ao consenso;
objetividade nas ações.
9.4. Avaliação dos Encontros
Programar um tempo, no final da reunião para assuntos gerais e avaliação da
reunião.
Avaliar em grupo a participação geral, coordenação, resultados, pontualidade,
horários e outros fatores que os participantes considerem importantes.
Periodicamente, o trabalho da CIPA pode ser avaliado como um todo, aproveitando o
tempo da reunião para esta atividade.
9.5. Campanhas de Segurança
As Campanhas der Segurança tem como finalidade:
divulgar conhecimentos e auxiliar a educação de segurança;
aumentar conhecimentos acerca de segurança;
desenvolver a consciência da importância em eliminar acidentes;
criar uma atitude vigilante, que permita reconhecer e corrigir condições e práticas
que podem provocar acidentes.
I) Campanha Nacional de Prevenção de Acidente do Trabalho (CANPAT)
Tem como finalidade divulgar conhecimentos técnicos e ministrar ensinamentos
práticos de prevenção de acidentes, segurança, higiene e medicina do trabalho.
Suas atividades obrigatórias são:
o Congresso Nacional de prevenção de Acidente do Trabalho;
a Semana de prevenção de Acidentes do trabalho - SPAT;
a concessão da medalha do Mérito da Segurança do Trabalho aos que se
distinguirem na prevenção de acidentes, segurança, higiene e medicina do
trabalho;
a promoção de simpósios, conferências, seminários, palestras e aulas;
a divulgação educativa, através da imprensa;
a confecção e distribuição de cartazes, folhetos, normas de segurança, cartilhas,
boletins, revistas e demais impressos relacionados com os objetivos da CANPAT;
a realização de exposição sobre prevenção de acidentes, segurança, higiene e
medicina do trabalho.
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II) Semana de Prevenção de Acidentes (SPAT)
Semana oficial comemorada anualmente e patrocinada pelas Delegacias Regionais do
Trabalho (DRTs); quando é dada ênfase à segurança, higiene e medicina do trabalho,
realizada em todo o País, na quarta semana de maio de cada ano.
Realizam-se exposições, cartazes, e equipamentos referentes à prevenção de
acidentes, segurança, higiene e medicina do trabalho.
Promovem-se os cursos que visam despertar atenção dos trabalhadores para os
perigos de acidentes e doenças do trabalho e meios de prevenção.
Distribuem-se cartazes, folhetos, regras de segurança, cartilhas, calendários,
flâmulas, plásticos e outros impressos.
Realizam-se entrevistas, palestras, reportagens; escrevem-se artigos e fazem-se
recomendações de segurança, através da imprensa.
Realizam-se Convenções das Comissões Internas de Prevenção de Acidentes - CIPAs,
das empresas sediadas em cada Estado.
Entregam-se as medalhas do Mérito da Segurança do Trabalho àquele que a elas
fizeram jus.
III) Semana Interna de Prevenção de Acidentes na Empresa (SIPAT)
Com a mesma finalidade da SPAT internamente cada empresa, independentemente
do ramo de atividade, deve promover anualmente a sua Semana de prevenção de Acidente,
comunicando à Delegacia Regional do Trabalho, sua realização e observando
principalmente:
palestras com temas variáveis;
exposição dos EPI‟s - Equipamento de proteção Individual;
concursos e/ou competições diversas que abrangem Prevenção de Acidentes;
Exposição de cartazes e material audio visual, etc.
IV) Campanha Interna de Prevenção da Aids
A portaria nº 3195 (de 10 de agosto de 1988) institui em âmbito nacional a
Campanha Interna de Prevenção da AIDS, com a finalidade de divulgar conhecimentos e
estimular no interior das empresas e em todos os locais de trabalho a adoção das medidas
preventivas contra a Síndrome de Imunodeficiência Adquirida.
Definiu que seria de responsabilidade das Comissões Internas de Prevenção de
Acidentes - organizar campanhas de prevenção contra a AIDS.
V) Campanha Antitabagista
Visando desestimular o vício do tabagismo, as CIPAs foram incumbidas, através da
portaria nº 3257 (de 22 de setembro de 1988) de desenvolver atividades educativas para
demonstrar os efeitos nocivos do fumo.
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9.6. - Controle de Freqüência
Este controle de freqüência dá-nos subsídios para verificarmos a participação do
membro titular na reunião „tem 5.6 da NR e também serve como controle de mandato dos
membros conforme o ítem, 5.5.6
CONTROLE DE FREQÜÊNCIA E MANDATO
Presidente:....................................................................................
1º Secretário:................................................................................
2º Secretário:................................................................................
Gestão ___/___/___ à ___/___/___
Representantes
do
Empregador
Mandato Reuniões Ordinárias Extra
1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª 9ª 10ª 11ª 12ª 1ª 2ª 3ª
Respectivos Suplentes
Representantes
dos
Empregados
Respectivos
Suplentes
9.7. Como Secretariar uma Reunião
a) Preparar a Agenda
Dispor com antecedência, idéias racionais e objetivas. A agenda deve definir com
clareza os assuntos a serem abordados motivando assim, a participação de todos.
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b) Distribuir a Agenda
Para evidenciar a participação do cipista nas reuniões, a agenda lhe será
encaminhada com antecedência, informando-lhe sobre os assuntos que serão discutidos e
também, o tempo determinado para a enunciação de cada item. Por isso, caso o cipista
queira apresentar algum tema, deve entrar em contato com a secretária, que em conjunto
com o Presidente, vão definir o prazo para a entrega do assunto e o tempo necessário para a
sua exposição.
c) Exemplo de Agenda
Agenda Para Reunião da CIPA
1. Abertura Presidente
Objetivos à alcançar;
Apresentação de convidados.
Tempo: 4 minutos
2. Verificação de Presenças Secretário(a)
Confirmação de presenças;
Justificativas para ausências.
Tempo: 1 minuto
3. Análise de Acidentes - Relatório de Investigação
leitura do relatório;
Debates; Levantamento de Fatores;
Recomendações.
Tempo: 20 minutos
4. Registro de Inspeção de Segurança - RIS
Identificação dos riscos;
Sugestões dos agentes da inspeção;
Parecer da CIPA
Tempo: 30 minutos
5. Preleção
a) Tema: Limpeza e desinfecção de Caixa d‟água.
Tempo: 15 minutos
6. Encerramento
Breve comentário;
Agradecimentos.
Tempo: 5 minutos
TEMPO TOTAL: 1 hora 15 minutos
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9.8. Como Redigir a Ata da Reunião
A Ata é um documento de valor jurídico onde se registra, de forma detalhada e exata,
tudo o que se fez e disse numa reunião.
Deve ser estruturada e redigida de tal forma a impedir alterações posteriores,
obedecendo, para tanto, as seguintes características:
Escrevem-se as datas por extenso. Exemplo: “Aos dez ias do mês de Março de Mil
Novecentos e Noventa e Nove...”
Não se fazem parágrafos;
Não se admitem rasuras. Para corrigir equívocos redacionais devem ser utilizadas
as expressões: “ou melhor, ou ainda digo...”. No caso de ser constatado o erro após
concluída a redação, pode-se corrigi-lo através da expressão: “em tempo, procedendo
a correção a ser registrada”. Caso seja notado erro de expressão ou palavras no
momento da aprovação da Ata, pode-se fazer correção na Ata seguinte. Exemplo: “Na
Ata de (data) onde se lê (citar o erro), leia-se (fazer a correção).
A Ata de conter basicamente:
Introdução:
I) Dia, Mês, Hora e Local;
II) Identificação das Pessoas, Indicando os Membros Titulares, Secretário (a)
da CIPA e Convidados;
Meio:
I) Registro com Detalhes dos Assuntos Tratados;
Fim:
I) Encerramento pelo Presidente.
O que comentamos, apesar de rotineiro, está voltado à lavratura da Ata no Livro
Oficial, conforme exemplo a seguir:
9.8.1 - Modelo de Ata
Às oito horas do dia treze de fevereiro de mil novecentos e noventa e nove, na sala de
reuniões da empresa Pesadelo & Sonho Ltda, situada na Rua Paraíso, s/nº, na cidade de
Monguaguá - RO, foi realizada a oitava reunião ordinária da CIPA nº 0001 referente a gestão
99/2000, com a presença dos seguintes cipistas e convidados: Composição: Presidente João Joelho
Santo; Secretário Régis Concórdia; Vice - Presidente pedro Jumbo Gogó; Representantes do
Empregador: Jamelão Laranja da Silva, Pepino Bravo, Sebastião Mandioca e Jorilda Espinafre
Sarará. Representantes dos Empregados: Izilândia Cortina de Fumaça, Sabatina Nota Zero e
Stanheger Mistura Fina. Ausência não justificada de Tomo Casca Grossa. Convidados: Aquidaban
Roncador dos Santos - Empreiteira Novo Amanhã Dinovo, Alcalino Branco Mendes - psicólogo da
Empresa Éramos Seis; Representante da Empresa Pesadelo & Sonho Júnior Filho do Pai dos
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Santos - Técnico de Segurança do trabalho. O Sr. Presidente iniciou os trabalhos cumprimentando
a todos, determinando a mim que procedesse a leitura da ata da reunião anterior. Após lida e
colocada a apreciação de todos foi aprovada com as seguintes ressalvas: a) Deve-se ser
acrescentado o nome da Sra. Oliva Olívia de Oliveira na relação de convidados, presente na
sétima reunião ordinária da CIPA; b) À pedido do Sr. Stanheger Mistura Fina, deve ser alterado o
item que fala sobre as palestras realizadas na 1ªO, digo, Décima SIPAT, onde se lê queimaduras,
leia-se doenças sexualmente transmissíveis. Correspondência recebidas./ Cópia dos registros das
atas para divulgação interna das seguintes unidades 5ª reunião da, ou melhor, ata da 5ªreunião
ordinária da CIPA Nº 3200 de Kaloré; ata da 9ª Reunião ordinária da CIPA Nº 0032 de Karimbó,
ata da 1ª Reunião extraordinária da CIPA Nº 00008 de Faxinal dos Viajantes. C.I do
departamento de CDF solicitando revisão no sistema de aquecedores de ambientes.
Correspondências expedidas: Convite para a nova reunião da CIPA Nº 0001. Carta de elogio a
Empreiteira Novo Amanhã Dinovo pelas atitudes prevencionistas que tem demonstrado quando
em trabalho integrado com empregados de nossa empresa, Carta a DRT - Delegacia Regional do
trabalho, informando a alteração ocorrida no calendário anual de reuniões, referente ao horário de
realização das reuniões. Análise de acidentes no período. Acidentes com empreiteiras. Não houve
acidentes no período. Análise de Incidentes. Incidente com empregado Gordinaldo Fino Magro.
Registro Nº 0150, admitido em dezenove de outubro de mil novecentos e noventa e sete na função
de mecânico de manutenção com doze anos na função. Histórico da ocorrência: O que aconteceu?
Às 10 horas e trinta minutos do dia 23 de janeiro decorrente, efetuava manutenção corretiva na
extrusora, bomba hidráulica. Segurando o pistão com a mão esquerda, tentava soltar os anéis de
vedação de borracha com o auxílio de uma chave de fenda. Como aconteceu? Com o esforço
executado, ocorreu o desligamento da chave de fenda quase lhe atingindo o joelho direito.
Informações adicionais: A viscosidade do óleo sobre os anéis de borracha tornam a chave de fenda,
uma ferramenta perigosa para a utilização com uma só mão e por isso, Gordinaldo Fino Magro
deveria estar seno auxiliado. A tampa da bomba está com a rosca desgastada. Segundo
informações do encarregado do setor, houve manutenção preventiva na mesma. Como poderia ter
sido evitado o incidente? a) utilizando ferramenta não pontiaguda. Ex: espátula; b) Enxugando
com estopa o óleo contido nos anéis de vedação. Proposta sugerida para o caso: Estabelecer um
programa de manutenção preventiva em todas as máquinas. Viabilizar a substituição de peças
desgastadas por peças novas. O relatório de investigação desse incidente foi elaborado pelos
cipistas Izilândia Cortina de Fumaça e Pepino Bravo. A comissão analisou as recomendações
dadas pelos investigadores no item proposta sugerida para o caso, optando unanimemente pelo
encaminhamento para a direção da empresa e posterior definição do mesmo. Foi comentado pelo
Sr. Presidente, o quadro estatístico de acidentes, referente ao mês de janeiro do corrente ano,
destacando que a CIPA nossa encontra-se em primeiro lugar na classificação por CIPAS. Nossos
coeficientes de gravidade e freqüência estão com índices razoavelmente bons. Contudo podemos e
devemos melhorá-los, disse o Sr. Presidente. O cipista Stanheger Mistura Fina comentou e fez
sugestões quanto a participação de suplentes em conjunto com os titulares nas reuniões. O
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Técnico de Segurança Júnior Filho, disse que não há problemas desde que estes participem na
condição de convidados, e que a participação na reunião da CIPA não está restrita apenas aos
membros da Comissão, dela podendo participar qualquer empregado. Inspeção de Segurança
realizado pelos cipistas Sebastião Mandioca e Jorilda Espinafre Sarará, no dia 05 de fevereiro de
1999.A) Pintar de vermelho a área do piso abaixo dos extintores as quais não poderão ser
obstruídas em hipótese alguma. Essa área deverá ser no mínimo de 01m x 01m. Os extintores
deverão ser colocados em local de fácil visualização, fácil acesso e onde haja a menor possibilidade
possível do fogo bloqueá-lo; B) Todo e qualquer material armazenado deverá ser disposto de forma
a evitar a obstrução de portas, escadas, equipamentos, etc. Para tanto, recomenda-se providenciar
um novo “Lay-Out” que elimine as condições locais de insegurança; C) Dar treinamento técnico e
de segurança aos empregados do local inspecionado para maior consciência dos riscos de
acidentes; D) A supervisão deve engajar-se ao treinamento, colaborando para que o empregado
adquira o hábito espontâneo de proteger-se contra os acidentes. Esse parecer foi encaminhado ao
empregador para conhecimento, e conclusões, cópia do RIS - Registro de Inspeção de Segurança
em posse desta secretária. Acompanhamento das recomendações. As recomendações feitas na
reunião anterior, foram prontamente aceitas pelo empregador e estão em fase final de conclusão.
RIS Nº 06. O Sr. Presidente deixou a palavra livre para aqueles que quisessem fazer suas
considerações finais. Posteriormente fez um breve retrospecto dos trabalhos realizados pela
comissão. Disse que o trabalho está sendo gratificante mas que nós podemos realizar muito mais.
Agradecendo a presença de todos, o Sr. Presidente, às 09 horas e 27 minutos deu por encerrada a
reunião e para constar, mandou fosse lavrada a ata por mim assinada Régis Concórdia, Secretário
e pelo presidente João Joelho dos Santos, a qual após lida e aprovada será assinada pelos
membros titulares presentes, e se houver interesse, será assinada também pelos convidados.
Monguaguá, treze de fevereiro de mil novecentos e noventa e nove. Em tempo: no item
recomendações onde se lê RIS 06, leia-se RIS 07.
______________________________ ___________________________
Presidente Secretário(a)
TITULARES SUPLENTES
______________________________ ___________________________
______________________________ ___________________________
MANUAL DOS CIPEIROS
MGM – Engenharia de Segurança do Trabalho Ltda 83
10. - Projeto de Trabalho da CIPA
Apresentação
A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes desempenha um papel essencial nas
empresas para manutenção das condições necessárias à Segurança no Trabalho.
O conhecimento das técnicas em Prevenção de Acidentes facilita a adequada utilização
dos equipamentos em cada posto de trabalho, evitando riscos de acidentes e desperdícios de
capital empregado.
O ponto crítico da Segurança é o treinamento. Tanto o empresário como o trabalhador
devem ser estimulados a prevenir os acidentes, uma vez que é o do treinamento e cuidado de cada
um que depende a segurança de todos.
Este projeto destina-se ao desenvolvimento da realização do trabalho da CIPA para
gestão ___/___, cuja realização deverá ser aprovada da Direção da empresa, compreendendo
atividade prioritária, capaz de contribuir de maneira significativa para a maior eficácia dos
trabalhos da CIPA.
Justificativas
A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA - da empresa
____________________________________________________, tendo em vista cumprir as
determinações da NR-05 e considerando a necessidade de manter o espírito prevencionista no
quadro de funcionários, montou o presente projeto, como imperativo para serem alcançados estes
objetivos.
A introdução de uma nova mentalidade na quadro funcional, deverá contar
incondicionalmente com o apoio e compreensão de direção da empresa, no que se refere a
realização de treinamentos que visem eliminar os atos inseguros que são geralmente definidos
como causas de acidentes do trabalho que residem exclusivamente no fator humano, isto é ,
aqueles que decorrem da execução das tarefas de forma contrária às normas de segurança, ou
seja, a violação de um procedimento aceito como seguro, que pode levar a ocorrência de um
acidente. Um outro fator que contribui para a ocorrência de acidentes são as condições
inseguras. São aquelas que presentes no ambiente de trabalho, comprometem a segurança do
trabalhador e a própria segurança das instalações e dos equipamentos.
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MGM – Engenharia de Segurança do Trabalho Ltda 84
Objetivo Geral:
Orientar e acompanhar a realização de trabalhos que ofereçam riscos de acidentes.
Objetivos Específicos:
Relatar condições perigosas;
Investigar o acidente do trabalho, isoladamente ou em grupo, e discutir os acidentes
ocorridos;
Cuidar para que as atribuições da CIPA sejam cumpridas durante a respectivas gestão;
Despertar o interesse dos demais empregados pela prevenção de acidentes e de doenças
ocupacionais e estimulá-los permanentemente a adotar comportamento preventivo durante o
trabalho;
Elaborar condições e sugestões de modificação que visem diminuir o número de
acidentes;
Fazer estudos referentes à prevenção de acidentes, incluindo o aperfeiçoamento e a
atualização dos conhecimentos sobre legislação de acidentes;
Participar à direção da empresa e a outros interessados as medidas de segurança que
devem ser adotadas.
Principais Atribuições da Cipa
1º Passo – Identificar todos os riscos de acidentes ou
doenças ocupacionais existentes no processo de trabalho da
empresa.
A leitura do PPRA – Programa de Prevenção de Riscos
Ambientais irá agilizar o reconhecimento dos riscos existentes;
a colaboração do SESMT – Serviços especializados em
Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho da empresa
(quando existir) é de grande importância para a CIPA, pois os
profissionais do SESMT (Técnicos, Engenheiros e Médicos do
Trabalho) têm conhecimento específico para orientar e auxiliar
os Cipeiros quanto à melhor interpretação do PPRA.
A realização de uma INSPEÇÃO GERAL DE
SEGURANÇA nas dependências da empresa tornará mais eficaz
o entendimento do PPRA.
2º Passo – Qualificar e quantificar os riscos ambientais por meio do mapa de riscos.
3º Passo – Elaborar uma plano de trabalho para a CIPA, em que fique estabelecido a
ordem a ser seguida para resolução dos problemas (riscos) encontrados.
4º Passo Promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde houver, a Semana
Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho – SIPAT.
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PLANO DE TRABALHO DA CIPA
A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA da empresa “Ind e Com. de
Equipamentos Ltda”, tendo em vista cumprir as determinações da NR 5 e considerando a
necessidade de manter o espírito prevencionista no quadro de funcionários, montou seu plano de
trabalho (item 5.16 “alínea b”), para que as questões de segurança possam acontecer
sistematicamente, de forma muito objetiva e envolvendo a todos que tem sua parcela de
responsabilidade. Existem algumas diferenças na distribuição das tarefas inerentes a CIPA entre
seus membros, mas todos possuem a mesma responsabilidade em relação aos seus objetivos e
nenhum membro possui maior poder de voto em relação às decisões da CIPA.
Com a finalidade de não sobrecarregar apenas alguns membros, a cada mês teremos
coordenadores que se responsabilizarão pelos assuntos, distribuídos no plano de trabalho. Esses
coordenadores terão funções específicas:
- esclarecer os objetivos para cada tópico específico;
- apresentar ou solicitar a apresentação de dados sobre o assunto;
- organizar a discussão no grupo;
- sintetizar as conclusões da comissão;
- controlar a hora e a duração do tempo de apresentação. Deve-se ter objetividade.
Para se ter resultados positivos, alguns aspectos muito importantes deverão ser
observados por todos os integrantes da comissão:
- compromisso com o grupo e seus resultados;
- participação e interesse;
- união para se chegar a um consenso;
- objetividade nas ações.
Observações Importantes:
1) Todos os procedimentos realizados pela CIPA, deverão ser registrados em ata e uma cópia da
ata deverá ser encaminhada para a direção da empresa e para os líderes de setor;
2) Para os acidentes com afastamento, em que haja abertura da CAT (Comunicação de Acidentes
de Trabalho), solicitar do Departamento de Pessoal a comunicação da alta médica, para fins
de elaboração de dados estatísticos (custo direto, indireto, freqüência e gravidade) e
preenchimento dos anexos III, IV, V e VI da NR 4*. Para os acidentes sem afastamento,
preencher a Ficha de Analise de Acidente (F.A.A) com o acompanhamento do líder do setor
onde ocorreu o acidente.
3) Qualquer alteração ocorrida na CIPA, deverá ser comunicada com a maior brevidade possível,
afim de que esta seja oficializada junto ao Ministério do Trabalho, o que evitará transtornos
para a empresa.
4) O SESMT (próprio ou terceiro) existe para dar todo suporte no esclarecimento de dúvidas e
orientações que for necessário, porém aquilo que for atribuição da CIPA deverá ser feito pela
CIPA.
MANUAL DOS CIPEIROS
MGM – Engenharia de Segurança do Trabalho Ltda 86
MODELO - PLANO DE TRABALHO DA CIPA - GESTÃO 2008/2009
EMPRESA:
Presidente:
Vice-Presidente:.
Secretária(o):
Plano de Ação Atividade a ser Desenvolvida Coordenadores Data
Planejamento
das ações.
Elaborar plano de trabalho que
possibilite a ação preventiva na
solução de problemas de segurança e
saúde no trabalho;
Traçar as metas de trabalhos que
deverão ser realizadas pela comissão.
Distribuição de tarefas entre os
integrantes da Comissão.
A coordenação dos
trabalhos ficará a cargo
de:
Todos os integrantes
da Comissão
(titulares e
suplentes).
1ª Reunião .
Programação da
SIPAT
Definição de data, horário e temas
que serão discutidos na SIPAT;
O programa a ser elaborado e
desenvolvido para a SIPAT deverá
contemplar assuntos que faça parte
das atividades, do cotidiano da
empresa.
A coordenação dos
trabalhos ficará a cargo
de:
ª Reunião
Elaboração
e/ou
reavaliação
do Mapa de
Riscos
O trabalho de elaboração do mapa
devera ser distribuído entre os
membros da comissão por categoria de
risco.
A coordenação dos
trabalhos ficará a cargo
de:
ª Reunião
Elaborar as
Ordens de
Serviços.
A CIPA em conjunto do o SESMT devera elaborar as “Ordem de
Serviços” e aplicar aos colaboradores;
As ordens devem conter instruções detalhadas sobre a atividade a ser
desenvolvida, com o objetivo de evitar
acidentes.
A coordenação dos
trabalhos ficará a cargo
de:
ª Reunião
Análise do PPRA e
PCMSO
A comissão deverá fazer uma
análise criteriosa das propostas
apresentadas no PPRA com relação a
realização das melhorias de acordo com
as datas estipuladas. O mesmo deverá
acontecer com o PCMSO, quanto aos
exames médicos e o relatório anual.
A coordenação dos
trabalhos ficará a cargo
de:
ª Reunião
Inspeção
de EPI’s
Inspeção geral nos equipamentos de
proteção individual, verificando as
fichas individuais de entrega dos
equipamentos e a relação de estoque no
almoxarifado.
A coordenação dos
trabalhos ficará a cargo
de:
ª Reunião
MANUAL DOS CIPEIROS
MGM – Engenharia de Segurança do Trabalho Ltda 87
Auditoria da CIPA
Itens Abordados Sim Não
As atribuições da CIPA estão sendo cumpridas de acordo com o item
5.16?
Os riscos já foram levantados para elaboração do Mapa de Riscos?
Houve participação dos demais trabalhadores na identificação dos
riscos?
O SESMT acompanhou o levantamento de riscos?
Foi elaborado plano de trabalho que vão embasar as ações preventivas
da CIPA?
As ações recomendadas pela CIPA estão sendo encaminhadas para
resolução dos problemas?
As solicitações de melhorias estão sendo passadas por escrito para
quem de direito?
A CIPA tem participado da implementação e do controle da qualidade das medidas de prevenção adotadas?
A CIPA tem dado prioridade nas questões que envolvam maior risco de
acidente procurando eliminar o risco?
De acordo com o plano de trabalho a CIPA tem realizado periodicamente
inspeções nos locais de trabalho?
As situações de risco encontradas são informadas e solicitado medidas
para sua eliminação?
As inspeções são registradas e encaminhadas para as devidas
providências?
A CIPA tem determinado prazos para a resolução dos problemas
levantados e acompanhado sua execução?
Estão sendo avaliadas as metas fixadas pela CIPA em seu plano de
trabalho?
Estão sendo tomadas medidas efetivas para a solução das situações de
riscos levantadas pela CIPA?
Os trabalhadores estão sendo informados sobre as condições de risco no
seu setor de trabalho?
Os trabalhadores se mostram receptivos às recomendações e orientação passadas pela CIPA?
Nas situações de risco grave e iminente de acidente, a CIPA tem
solicitado ao SESMT/Empregador a paralisação de máquina ou setor?
As recomendações tem sido acatadas pelo SESMT/Empregador?
A não observância das recomendações da CIPA estão sendo registradas
em ata?
A CIPA tem colaborado na implementação do PCMSO e PPRA?
A CIPA tem em seu poder, juntamente com o livro de atas cópias dos
programas PPRA/PCMSO?
A CIPA já promoveu a discussão do PPRA?
MANUAL DOS CIPEIROS
MGM – Engenharia de Segurança do Trabalho Ltda 88
Auditoria da CIPA
Itens Abordados Sim Não
De acordo com as recomendações apresentadas no PPRA, a CIPA
já programou os treinamentos de conscientização necessários?
As normas e procedimentos de segurança que requerem a
participação da CIPA, são feitos através de Ordem de Serviço?
A CIPA tem requisitado junto ao Departamento Pessoal cópias da
CAT‟s emitidas?
Os Acidentes e/ou doenças do trabalho estão seno investigados e
analisados pela CIPA?
Após a análise dos acidentes/doenças a CIPA tem proposto medidas para
a solução dos problemas identificados?
A CIPA tem encaminhado ao empregador as informações
necessárias para a tomada de decisão na solução dos problemas?
O empregador tem sido receptivo às informações prestadas pela
CIPA sobre as questões que tenham interferido na segurança e saúde dos trabalhadores?
A CIPA já promoveu sua Semana Interna de Prevenção de
Acidentes de Trabalho – SIPAT?
A CIPA promoveu a Campanha de Prevenção da AIDS?
O empregador tem proporcionado aos membros da CIPA os meios
necessários para o desempenho de suas atribuições?
O tempo proporcionado é suficiente para a realização das tarefas
constantes no seu plano de trabalho?
A composição da CIPA esta composta de acordo com o dimensionamento previsto no quadro I da Norma?
Existe uma seqüência lógica de procedimentos para a constituição
da CIPA?
A organização da pasta de arquivos da CIPA está feita de forma
que facilite seu manejo e compreensão?
O empregador está informado sobre os procedimentos de
alteração da CIPA, de forma a evitar transtornos futuros com a dispensa arbitrária de membros?
Todos os membros da CIPA foram treinados através de curso
específico em prevenção de acidentes?
_________________________________
Presidente da CIPA
_____________________________
Membro da CIPA
________________________________
Diretoria
______________________________
Gerencia
MANUAL DOS CIPEIROS
MGM – Engenharia de Segurança do Trabalho Ltda 89
11. Prevenção e Combate à Incêndio
O fogo para poder existir, necessita, em conjunto, de oxigênio, calor e combustível.
Esses componentes são representados pela figura de um triângulo equilátero, chamado
“Triângulo do Fogo”, onde cada um desses elementos forma um dos seus lados.
Se qualquer um deles for eliminado ou isolado dos
demais, o triângulo ficará desfeito e será extinta a
existência do fogo; este é o princípio fundamental e
básico do combate à incêndios.
11.1. Triângulo do Fogo
Vejamos primeiro a extinção do fogo pela eliminação do combustível.
Diversos exemplos podem ser apresentados. Um deles é praticado a todo momento
pelas donas de casa, ao apagarem o fogo de um fogão à gás. Fechando-se o gás - que neste
caso representa o combustível - o mesmo deixa de fluir ao queimador e a chama deixa de
existir.
Outra situação que serve como exemplo é a de incêndios em florestas. Devido ao
grande perigo que representa a extinção de um incêndio nessas condições, e à falta de
equipamentos adequados para combatê-lo, faz com que as equipes de combate preparem
aceiros e derrubadas, com a finalidade de ser evitada a propagação do sinistro.
Portanto, em caso de incêndio, além das providências normais ao alcance para sua
extinção, as equipes de combate devem remover, sempre que possível, todo material
combustível que existir nas proximidades do fogo e, dependendo de sua localização, devem
deixar o material atingido consumir-se, evitando apenas a propagação do fogo.
Agora vamos ver a extinção do fogo, eliminando somente o calor, que, como vimos,
é outro dos lados do triângulo.
O fogo iniciado gera calor, que pode provocar a combustão ou fusão dos materiais
atingidos, ou mesmo causar danos, provocando trincas, rachaduras, com o conseqüente
enfraquecimento das estruturas metálicas e outras. O início de um incêndio nem sempre é
violento, e um simples pedaço de papel incendiado pode chegar ao ponto de destruição
dessas estruturas, devido à progressão do calor que, aumentando cada vez mais sua
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MGM – Engenharia de Segurança do Trabalho Ltda 90
intensidade, vai atingindo graus mais elevados, até alcançar a temperatura de fusão desses
metais.
Para que haja propagação de um incêndio é necessário que as labaredas alcancem
certos materiais que estiverem nas proximidades, sendo suficiente a simples irradiação do
calor.
A água é um dos principais agentes extintores; age eliminando o calor e pode
ser pulverizada, havendo porém certas restrições ao seu uso.
A água em fornos e sobre metais em ponto de fusão poderá provocar explosões.
Sobre o carbureto provocará aumento de calor e avivará a chama, e se atirada de encontro a
instalações elétricas ligadas, poderá trazer conseqüências fatais.
O leigo muitas vezes terá estranhado a atitude dos bombeiros, jogando água em
paredes ou em materiais colocados a certa distância do fogo, mas eles estão, com essa
providência, evitando que o incêndio se alastre através da propagação do calor.
Após extinto um incêndio, dependendo do material envolvido, torna-se necessária a
efetivação do chamado rescaldo, ou seja, a eliminação de focos de calor que possam
transformar-se em brasas. Com o recebimento de maior quantidade de oxigênio, as brasas
transformam-se em chamas e o fogo é ativado.
Já tivemos oportunidade de verificar que fogo pode ser extinto pela eliminação do
calor ou do combustível.
O terceiro lado do triângulo é o representado pelo oxigênio.
O oxigênio é encontrado na atmosfera na proporção de 21%. No caso em que essa
porcentagem seja eliminada, ou reduzida à 15%, o fogo deixará de existir.
Um exemplo muito comum na extinção do fogo pela eliminação do oxigênio é o ato de
se apagar uma espiriteira à álcool, colocando-se a tampa sobre o pavio aceso.
Por esse motivo é que as latas com tintas inflamáveis, e outras, devem ser mantidas
fechadas quando fora de uso.
Segundo a mesma técnica, é de boa prática o uso de tampas com dobradiças nas
bocas das latas de lixo, de modo que se fechem automaticamente após a introdução dos
resíduos.
Desse modo, qualquer início de incêndio que se origine dentro de uma dessas latas
não poderá progredir, provocando, no máximo, grande quantidade de fumaça, sem permitir
a formação de labaredas.
Em treinamentos práticos de incêndios é muito comum atear-se fogo em um
recipiente contendo inflamáveis, apagando-se a seguir com o uso de um simples cobertor
que, cobrindo toda a boca do recipiente, impede a entrada de oxigênio.
Ultimamente, vem sendo apresentado um quarto elemento, ou seja a Reação em
Cadeia, que transforma o conhecido triângulo em quadrado. Neste trabalho, porém, vamos
limitar-nos ao “Triângulo do Fogo”, pois o seu conhecimento é mais do que suficiente para a
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MGM – Engenharia de Segurança do Trabalho Ltda 91
Prevenção e Combate à Incêndios. Este quarto elemento é a manifestação conjunta dos
outros três componentes.
11.2. Temperatura:
Ainda que a temperatura seja uma propriedade bastante familiar, é difícil encontrar-
se uma definição exata para ela. Estamos acostumados à noção de temperatura antes de
mais nada pela sensação de calor ou frio quando tocamos um objeto. Além disso
aprendemos pela experiência, que ao colocarmos um corpo quente em contato com um
corpo frio, o corpo quente se resfria e o corpo frio se aquece.
A temperatura de um corpo representa seu estado térmico com relação a sua
possibilidade de transmitir calor a outros corpos.
Para a medição da temperatura, criaram-se escalas térmicas, tais como, Celsius ou
Centígrada, Fahrenheit, Kelvin, etc. A escala utilizada no Brasil é a Celsius ou Centígrada.
Ponto de Fulgor:
É a temperatura mínima em que um
combustível começa a desprender vapores
que, se entrarem em contato com alguma
fonte externa de calor, se incendeiam. Só
que as chamas não se mantêm, não se
sustentam por não existirem vapores
suficientes
Ponto de Combustão:
Na experiência da madeira se o aquecimento
prosseguir, a quantidade de gás expelida do
tubo aumentará. Entrando em contato com a
chama do fósforo ocorrerá a ignição, que
continuará , mesmo que o fósforo seja retirado.
A queima, portanto , não para. Foi atingido o
“ponto de combustão”, isto é, a temperatura
mínima a que esse combustível sólido, a
madeira . sendo aquecido, desprende gases que,
em contato com a fonte externa de calor, se
incendeiam, mantendo-se as chamas.
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Temperatura de Ignição:
Continuando o aquecimento da madeira os
gases, naturalmente, continuarão se
desprendendo. Em certo ponto, ao saírem do
tubo, entrando em contato com o oxigênio
(comburente), eles pegarão fogo sem
necessidade da chama do fósforo
11.3. Condições Favoráveis à Combustão
Os três elementos do triângulo do fogo estão presentes na maioria das situações de
vida. Só ocorrerá a reação entre eles, se as condições do ambiente fizerem os elementos
entrarem em contato, em quantidades proporcionais e, de acordo com as características de
cada material.
Se uma pessoa trabalha em um escritório iluminado com uma lâmpada
incandescente de 100 watts e, além disso, ela fuma, haverá no ambiente:
Combustível: mesa, cadeira, papel, etc.;
Comburente: oxigênio presente na atmosfera;
Calor: representado pela lâmpada incandescente ligada e pelo cigarro aceso.
Apesar desses três elementos estarem presentes no ambiente, só ocorrerá incêndio,
se, por distração da pessoa que está trabalhando, uma folha de papel, por exemplo,
encostar no cigarro aceso.
11.4. Classes de Incêndios
Os ensinamentos sobre os métodos de Combate à Incêndios, que normalmente
mencionavam três classes, ou seja, as Classes “A”, “B” e “C”, identificando do mesmo modo
também os extintores passaram a mencionar outra classe, ou seja, a “D”.
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Classe “A”
Na primeira classe, comumente conhecida como classe “A”, enquadram-se os
incêndios em materiais que, ao se queimarem, deixam resíduos, como o papel, o algodão, a
madeira e outros. Para essa classe de incêndio é necessário o uso de um extintor que tenha
poder de penetração e que elimine ou reduza o calor existente.
A água é o principal agente extintor para essa classe de incêndio, eliminando o fogo
por resfriamento. Os extintores portáteis recomendados são o Carga Líquida e Água com
CO2.
Materiais que queimam em superfície e em profundidade.
Ex.: Madeira, papel, tecido, ...
Classe “B”
Na segunda classe, ou “B”, são classificados os materiais que, ao se queimarem, não
deixam resíduos, como acontece com o líquidos inflamáveis em geral, tintas óleos e graxas.
A técnica na extinção de incêndios pertencentes à classe “B” requer o uso de um extintor
que possa agir por abafamento ou, melhor, que elimine o oxigênio. Os extintores indicados
são os de Espuma, Gás Carbônico (CO2) e Pó Seco.
É muito importante que todos saibam que a Espuma comum, usada na maioria dos
extintores desse tipo, Não Serve, para apagar incêndios em Álcool, que exige um tipo de
Espuma especial.
Os líquidos inflamáveis. Queimam na superfície. Ex.: Alcool, gasolina, querosene, ...
Classe “C”
A terceira classe, ou “C”, envolve os incêndios em equipamentos elétricos ligados e
que exigem um tipo de extintor que não haja condutor de eletricidade, sendo recomendados
os extintores de Gás carbônico (CO2) ou Pó Seco.
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Equipamentos elétricos e eletrônicos energizados. Ex.: Computadores, TV, motores, ...
Classe “D”
Nesta classe estão incluídos os incêndios em metais pirofóricos e que exigem agentes
especiais para a extinção. Esses agentes extintores têm a propriedade de se fundirem em
contato com o metal combustível, formando uma capa que o isola do ar, interrompendo a
combustão.
Materiais que requerem agentes extintores específicos. Ex.: Pó de zinco, Sódio, magnésio,
11.5. Propagação Do Fogo
O calor é um dos principais causadores do alastramento de um fogo, ele pode, caso
não seja impedido, ser transmitido até mesmo a grandes distâncias, das seguintes formas:
IRRADIAÇÃO, CONDUÇÃO, CONVECÇÃO.
Irradiação
É a transmissão de calor através de raios e
ondas que ocorrem em espaços vazios. Um
exemplo diário deste fenômeno é o calor do sol
(fonte) irradiado através do espaço até a terra
(corpo); e como o caso do sol, existem inúmeras
outras formas de irradiação que poderão
contribuir para a propagação do fogo.
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MGM – Engenharia de Segurança do Trabalho Ltda 95
Condução
É transmissão do calor que ocorre de uma fonte para um
corpo, através de um material que seja um bom condutor
de calor. Se pegarmos um pedaço de ferro e segurarmos
numa das pontas com a mão e colocarmos a outra ponta
em contato com uma fonte de calor, vamos perceber após
alguns segundo que todo o ferro está quente, indo aquecer
conseqüentemente a nossa mão, e se ao invés de nossa
mão, tivesse tendo contato com outro combustível
qualquer, este iria queimar.
Convecção
É a transmissão do calor através do ar e dos
líquidos, ocorre devido ao fato de o ar como os
líquidos podem ser aquecidos quando em contato
com o fogo. O ar quente sempre sobre e leva
consigo o calor que poderá entrar em contato com
o combustível e propagar o fogo.
11.6. Tipos de Equipamento para Combate
à Incêndios
Os mais utilizados são:
extintores;
hidrantes;
chuveiros automáticos.
Tipos de Extintor
É preciso conhecer muito bem cada tipo de extintor, pois para cada classe de
incêndio há um agente extintor mais indicado.
a) Extintor de Espuma
Funciona a partir da reação química entre duas substâncias: o sulfato de alumínio e
o bicarbonato de sódio dissolvidos em água. A figura mostra, de modo simplificado esse
extintor. Dentro do aparelho estão o bicarbonato de sódio e um agente estabilizador de
espuma, normalmente o alcaçuz; num cilindro menor, é carregado o sulfato de alumínio. Ao
ser virado o extintor, as duas misturas vão encontrar-se, acontecendo a reação química.
O manejo do extintor de espuma é bem simples:
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o operador aproxima-se do fogo com o extintor na posição normal;
inverte a posição do extintor;
ataca o fogo da classe A dirigindo o jato para a sua base, e o fogo de classe B,
dirigindo o jato para a parede do recipiente.
b) Extintor de Água
O agente extintor é a água. Há dois tipos comerciais:
Pressurizado
É um cilindro com água sob pressão. O gás que dá a pressão que impulsiona a água,
geralmente é o gás carbônico ou o nitrogênio. Existem alguns à ar.
O extintor de água pressurizada deve ser operado da seguinte forma:
o operador leva o extintor ao local do fogo;
retira a trava ou o pino de segurança;
empunha a mangueira;
ataca o fogo (classe A), dirigindo o jato d‟água para a sua base.
Extintor de água - gás
O extintor de água à pressurizar (água - gás) deve ser operado da seguinte forma:
o operador leva o extintor ao local do fogo;
abre o cilindro de gás;
empunha a mangueira;
ataca o fogo (classe A), dirigindo o jato d‟água para a sua base.
Como usar o aparelho extintor de água pressurizada
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MGM – Engenharia de Segurança do Trabalho Ltda 97
Retirar o pino de segurança.
- Empunhar a mangueira e apertar o gatilho, dirigindo o jato para a base do fogo. - Só usar
em madeira, papel, fibras, plásticos e similares.
- Não usar em equipamentos elétricos.
c) Extintor de Gás Carbônico (CO2)
O gás carbônico é encerrado num cilindro com uma pressão de 61 atmosferas.
Ao ser acionada a válvula de descarga, o gás passa por um tubo sifão, indo até o
difusor, onde é expelido na forma de nuvem.
Como há possibilidade de vazamentos, este extintor deverá ser pesado a cada 3 (três)
meses, e toda vez que houver perda de mais de 10% (dez por cento) no peso, deverá ser
descarregado e recarregado novamente (a norma técnica estabelece o prazo de 6 (seis) meses
para a pesagem).
Como não deixa resíduos, é ideal para equipamentos elétricos comuns. São
fornecidos extintores portáteis de 1 Kg até carretas de 50 Kg ou mais.
Ao utilizar o extintor de gás carbônico (CO2), o operador:
- Remover o pino de segurança quebrando o lacre.
- Segurar o difusor com a mão direita e comprimir o gatilho da válvula com a mão
esquerda.
- Acionar a válvula dirigindo o jato para a base
do fogo.
- Pode ser usado em qualquer tipo de incêndio
- ataca o fogo, procurando abafar toda a área
atingida.
d) Extintor de Pó Químico Seco
Utiliza bicarbonato de sódio não higroscópico (que não absorve umidade) e um
agente propulsor que fornece a pressão, que pode ser o gás carbônico ou o nitrogênio. É
MANUAL DOS CIPEIROS
MGM – Engenharia de Segurança do Trabalho Ltda 98
fornecido para uso manual ou em carretas, pode ser sob pressão permanente (pó químico
seco pressurizado) ou com pressão injetada (pó químico seco à pressurizar).
Estes extintores são mais eficientes que os de gás carbônico, tendo seu controle feito
pelo manômetro e, quando a pressão baixa, devem ser recarregados. São semelhantes, no
aspecto, aos extintores de água.
Os extintores de pó químico seco devem ser operados da seguinte forma:
Pressurizado:
o operador leva o extintor ao local do fogo;
retira a trava ou o pino de segurança;
empunha a mangueira;
ataca o fogo procurando formar uma nuvem de pó, a fim de cobrir a área atingida.
À pressurizar
o operador leva o extintor ao local do fogo;
abre o cilindro de gás;
empunha a mangueira;
ataca o fogo procurando formar uma nuvem de pó, a fim de cobrir a área atingida.
O pó químico comum é fabricado com
95% de bicarbonato de sódio,
micropulverizado e 5% de estearato de
potássio, de magnésio e outros, para
melhorar sua fluidez e torná-lo repelente à
umidade e ao empedramento.
Age por abafamento e, segundo teorias
mais modernas, age por interrupção da
reação em cadeia de combustão,
Como usar o aparelho extintor de pó químico seco
e) Hidrantes
As empresas que possuem sistemas de hidrantes - instalações de água com
reservatórios apropriados - normalmente têm direito à descontos na tarifa de seguro -
incêndio. Para tanto, devem estar enquadrados nas especificações do IRB (Instituto de
Resseguros do Brasil) e posteriores recomendações da Susep.
Devem ser distribuídos de forma que protejam toda a área da empresa por meio de
dois jatos simultâneos, dentro de um raio de 40 metros (30m das mangueiras e 10m do
jato).
Além da tubulação (1 ½ ou 2 ½ ), dos registros e das mangueiras (30m ou 15m),
devem-se escolher requintes que possibilitem a utilização da água em jato ou sob a forma de
neblina (requinte tipo universal).
MANUAL DOS CIPEIROS
MGM – Engenharia de Segurança do Trabalho Ltda 99
As mangueiras devem permanecer desconectadas - conexão tipo engate rápido - ser
enroladas convenientemente e sofrer manutenção constante.
Deve ser proibida a utilização indevida das instalações.
f) Chuveiros Automáticos (“Sprinklers”)
O sistema de extinção de incêndios por chuveiros automáticos consiste na
distribuição de encanamentos cujos diâmetros diminuem à proporção que se afastam do
equipamento central. Os bicos, sensíveis ao calor, à fumaça ou a gases resultantes de um
princípio de combustão são distribuídos pelas instalações industriais. Abrem-se
automaticamente, permitindo a passagem do agente extintor, que pode ser água, ou gás
carbônico ou halogenado.
g) Sinalização dos Extintores
- Os locais destinados aos extintores devem ser assinalados por um retângulo
vermelho no piso.
- Nos casos onde houver dificuldades de visualização imediata dos extintores devem
ser colocadas, em locais visíveis setas vermelhas, indicando as localizações exatas dos
extintores.
- Deve ser pintado de vermelho uma área de 1x1m2 no piso localizado em baixo do
extintor a qual não deve ser obstruída de forma nenhuma.
g) Utilização de Extintores
Classe de Tipo de Extintor
Incêndio Água Espuma CO2 Pó Químico
Seco
“A”
- Papel;
- Madeira;
- Tecidos;
- Fibras
SIM
SIM
NÃO
**
NÃO
***
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MGM – Engenharia de Segurança do Trabalho Ltda 100
Classe de
Incêndio
Tipo de Extintor
Água Espuma CO2 Pó Químico
Seco
“B”
- Óleo;
- Gasolina;
- Graxa;
- Tinta;
- G.L.P.
NÃO
*
SIM
SIM
SIM
“C”
-
Equipamentos
- Elétricos;
- Energizados.
NÃO
NÃO
SIM
SIM
“D”
- Magnésio;
- Zircônio;
- Titânio.
NÃO
NÃO
NÃO
SIM
OBS: Pó
Químico
especial
Nota: Variante para classe “D”: usar o método de abafamento por meio de areia seca
ou limalha de ferro fundido.
* Não é utilizada como jato pleno, porém pode ser usada sob a forma de
neblina.
** Pode ser usado em seu início.
*** Existem pós químicos especiais (tipo ABC).
11.7. Inspeção
Inspeção dos Equipamentos de Combate (NR 23.4)
a) Recarga
Regra geral, os extintores devem ser recarregados anualmente, por empresas
credenciadas na ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). As datas para controle
do serviço são indicados em etiquetas e selos afixados no extintor e de fácil visualização.
Os extintores de CO2 e as ampolas de pressurização de alguns extintores devem ser
pesados e a cada 6 (seis) meses, devendo ser recarregados sempre que houver uma perda de
peso superior a 10%.
b) Reteste
A cada 5 (cinco) anos os extintores devem sofrer um teste hidrostático, em firma
idônea. Através desta verificação, é possível saber se o cilindro do extintor resiste à pressão
que se forma dentro dele, ao ser utilizado.
MANUAL DOS CIPEIROS
MGM – Engenharia de Segurança do Trabalho Ltda 101
c) Manômetro
É o indicador da pressão interna do extintor quando o mesmo estiver fora da faixa
verde, recomenda-se uma avaliação técnica e, provavelmente, a recarga do extintor.
d) Aspectos Gerais
Ferrugem;
Selos danificados;
Lacres rompidos;
Bicos entupidos;
Mangotes quebrados.
Mensalmente, estes ítens devem ser verificados e, se necessário, encaminhados à
manutenção.
Todo extintor deverá ter uma ficha de controle de inspeção, para registro de reparos,
datas e firmas contratadas.
e) Distribuição, Sinalização e Acesso
Os extintores são distribuídos nos ambientes de acordo com as normas técnicas (NR
23.15 e 16). É necessário inspecionar se não ocorreram alterações não autorizadas,
examinando os documentos da empresa que tratam do assunto.
Os locais destinados aos extintores devem ser assinalados por um círculo vermelho,
ou por uma seta larga vermelha com bordas amarelas. Deverá ser pintada de vermelho uma
área mínima de 1m x 1m, embaixo do extintor, a qual não poderá ser obstruída.
f) Hidrantes
Mensalmente, é necessário pesquisar se as mangueiras permanecem desconectadas,
enroladas corretamente, encaminhadas para a manutenção periódica e usadas
adequadamente. Observar também, se as caixas de hidrantes estão em bom estado de
conservação.
g) Sistemas de Alarme
Os estabelecimentos de riscos elevados ou médios devem ter um sistema de alarme,
capaz de dar sinais perceptíveis em todos os locais da construção (NR 23.18).
Convém a CIPA verificar se há necessidade de instalar alarme, e caso esteja
instalado, se ocorre a devida manutenção do sistema.
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MGM – Engenharia de Segurança do Trabalho Ltda 102
8.7.1 - Inspeção das Condições Ambientais para Emergências
a) Saídas
Os locais de trabalho devem dispor de saídas em número suficiente e, distribuídas
de forma a permitir rapidez e segurança no abandono das áreas.
Muitos ítens devem ser observados com este objetivo, cabendo à CIPA pesquisar a
NR 23, que dispõe sobre proteção contra incêndios.
b) Treinamento dos Funcionários
Ainda conforme a norma citada acima, as empresas são obrigadas a manter no
quadro de funcionários, pessoas treinadas em combate de incêndios.
São voluntários, que necessitam de avaliação médica criteriosa e treinamento,
inclusive com simulações e condicionamento físico.
A CIPA deve conscientizar os níveis de decisão da empresa, da necessidade destes
trabalhos e, solicitar a assessoria de técnicos para conduzir a implantação.
Nas empresas que possuem SESMT, a CIPA solicita ao mesmo, o encaminhamento
do treinamento.
c) Exercícios de Alerta
Todos os funcionários devem receber treinamento para as situações de emergência.
Passando periodicamente por exercícios de simulação (NR 23.8).
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MGM – Engenharia de Segurança do Trabalho Ltda 103
12. Noções de Primeiros Socorros
12.1. Conceito
São cuidados prestados de imediato e provisoriamente em casos de acidentes, até
que haja providenciado o transporte da vítima a um serviço de atendimento médico
especializado.
É importante que o socorrista tenha iniciativa e uma certa liderança ao atuar junto à
vítima. O atendimento deve estar baseado numa rápida avaliação das necessidades, que
indica ao socorrista suas prioridades. A avaliação das necessidades faz-se com as técnicas
que se seguem.
A observação da vítima pode nos revelar vários fatos:
alteração ou ausência da respiração;
hemorragias externas;
deformidades de partes do corpo;
coloração diferente da pele;
presença de suor intenso;
inquietação;
expressão de dor.
A palpação do corpo da vítima pode nos indicar presença ou ausência e vários
elementos:
batimentos cardíacos;
fraturas;
pele úmida;
temperatura alta ou baixa;
mãos e pés frios
A tentativa de diálogo com a vítima permite-nos várias avaliações:
nível de consciência;
sensação e localização da dor;
incapacidade de mover o corpo ou parte dele;
perda de sensibilidade em alguma parte do corpo.
Uma vez definida e analisada uma situação, a ação do socorrista deve, de acordo
com as necessidades, ser dirigida para:
restabelecer a respiração e os batimentos cardíacos;
controlar hemorragias;
prevenir o estado de choque;
verificar a existência de lesões menos graves e tratá-las;
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preparar a vítima para remoção segura;
providenciar transporte e tratamento médico.
As situações de emergência são quase sempre imprevisíveis. Podem variar desde um
simples corte até uma parada cardíaca e, neste caso, a vítima estará correndo risco de vida.
Num caso grave, a altitude do socorrista pode significar a vida ou a morte da pessoa
socorrida (vítima). Uma das providências importantes que ele pode tomar é evitar o pânico,
afastando os curiosos das proximidades da vítima e facilitando os trabalhos de atendimento
de emergência.
12.2. Indicadores de Emergência
Pulsação
É o movimento de contração e dilatação do coração e das artérias.
Um indivíduo adulto realiza, em média, de 60 a 80 batimentos cardíacos por minuto.
Através da pulsação podemos detectar a taquicardia (batimentos rápidos),
bradicardia (batimentos lentos) ou ausência de batimentos cardíacos (parada cardíaca).
Respiração
Um movimento respiratório compreende de uma inspiração (entrada do ar) e de uma
expiração (saída do ar).
A respiração de uma pessoa adulta pode variar de 16 à 20 movimentos respiratórios
por minuto.
A ocorrência de:
Taquipnéia (respiração rápida e superficial) pode indicar estado de choque.
Dispnéia (respiração profunda e penosa) pode indicar obstrução de vias respiratórias
ou patologia cardíaca.
Hemoptise (eliminação de sangue pelo nariz ou boca) com presença de tosse pode
indicar lesão pulmonar causada por contusão torácica com ou sem fratura de
costelas.
Apnéia (parada respiratória) pode indicar obstrução total de vias respiratórias,
intoxicação por gases ou envenenamento.
Coloração da Pele
A cianose (coloração azulada) indica a queda de oxigenação sangüínea, ocorrida
nas paradas cardiorrespiratórias e obstrução das vias respiratórias.
MANUAL DOS CIPEIROS
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A coloração avermelhada cedendo lugar à cianose pode indicar intoxicação por
gases.
A palidez é um indicador de circulação sangüínea insuficiente em conseqüência
de estado de choque ou de patologias cardíacas.
Diâmetro Pupilar
Na ocorrência de:
Miose bilateral (pupilas contraídas) podem indicar vício de drogas ou patologias
do sistema nervoso central (doenças neurológicas).
Midríase bilateral (pupilas dilatadas) indicam estado de inconsciência causado por
ingestão de produtos químicos ou ataque cardíaco.
Pupilas desiguais podem indicar Traumatismo Crânio - Encefálico (TCE) ou
Acidente Vascular Cerebral (AVC).
12.3. Procedimentos Gerais no Local do Atendimento
1. Adotar as precauções universais no contato com a vítima (EPI apropriado);
2. Utilizar EPI e EPR específicos de acordo com o tipo de atendimento de bombeiro que exijam ações de salvamento;
3. Avaliar e assegurar a cena de emergência, precavendo-se, isolando ou eliminando riscos para si e para a vítima;
4. Avaliar a Cinemática do Trauma e prever possíveis lesões nas vítimas de trauma;
5. Prestar informações imediatas sobre a situação encontrada e solicitar o apoio necessário para a solução da ocorrência;
12.4. Contato Com a Vítima
Se a vítima estiver consciente o socorrista deve.
Apresentar-se, dizendo seu nome e que esta para ajudar a socorrer;
Indagar se pode ajudá-la (obtenha o consentimento).
Questionar sobre o ocorrido;
Questionar a sua queixa principal;
Informar que vai examiná-la e a importância de fazê-lo.
12.5. - Ao avaliar a vítima observe
1. Seqüência sistemática de avaliação da vítima (Análise Primária e Secundária);
2. Sinais e sintomas específicos de emergência médica ou de trauma apresentados
pela vítima;
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3. Indícios de lesão na coluna vertebral, sempre que a vítima sofrer um trauma, ou
ainda quando for encontrada inconsciente;
4. Conduta e/ou comportamento da vítima, atentando para qualquer alteração em
suas condições em quaisquer das etapas de avaliação.
12.6. Verificar se as vias aéreas estão pérvias
1. Manobra de Elevação da Mandíbula: (executada por equipe de Resgate em vítima
de trauma).
a. Posicionar-se atrás da cabeça da vítima;
b. Colocar as mãos espalmadas lateralmente a sua cabeça, com os dedos voltados
para frente, mantendo-a na posição neutra;
c. Posicionar os dedos indicadores e médios das mãos, em ambos os lados da cabeça
da vítima, no ângulo da mandíbula;
d. Posicionar os dois dedos polegares sobre o mento (queixo) da vítima;
e. Simultaneamente, fixar a cabeça da vítima com as mãos, elevar a mandíbula com
os indicadores e médios, abrindo a boca com os polegares.
Observação
Esta manobra aplica-se a todas as vítimas,
principalmente em vítimas de trauma, pois
proporciona ao mesmo tempo liberação das vias
aéreas, alinhamento da coluna cervical e
imobilização.
2. Manobra de Tração do Queixo: (executada por socorrista atendendo isoladamente
uma vítima de trauma).
a. Apóie com uma das mãos a testa da vítima evitando que a cabeça se mova;
b. Segurar o queixo da vítima com o polegar e o indicador da outra mão e tracioná-lo
para cima e em seguida efetuar a abertura da boca.
Observação
Assim que possível, obtenha auxílio de outro
socorrista para auxiliar na manutenção da abertura
das vias aéreas e na estabilização da coluna cervical.
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3. Manobra de Extensão da Cabeça: (executada em vítimas em que não há suspeita
de lesão raquimedular):
a. Posicionar uma das mãos sobre a testa e a outra com os dedos indicador e médio
tocando o mento da vítima;
b. Mantendo apoio com a mão sobre a testa, elevar o mento da vítima;
c. Simultaneamente, efetuar uma leve extensão do pescoço;
d. Fazer todo o movimento de modo a manter a boca da vítima aberta.
Observação
Este procedimento aplica-se apenas às vitimas que
não possua indícios de ter sofrido trauma de coluna
vertebral, especialmente, lesão cervical.
12.7-Ressuscitação Cardiorespiratória
Parada Respiratória
As causas em que ocorre a parada respiratória podem ser: choque elétrico,
afogamento, inalação de gases tóxicos, obstrução das vias aéreas (boca, nariz e garganta)
por corpo estranho, envenenamento e outros acidentes. Podem provocar dificuldade ou
parada respiratória.
a) Como se manifesta
ausência de movimentos respiratórios;
inconsciência total ou parcial;
lábios, língua e unhas arroxeados (cianóticos).
b) Como proceder
coloque a vítima em decúbito dorsal (deitada de costas);
afrouxe-lhe as roupas, deixando livre o pescoço, tórax e abdome;
desobstrua a boca e a garganta da vítima,
fazendo tração da língua, retirando corpos
estranhos e secreção;
com uma das mãos sob o pescoço e a outra sobre a testa,
incline a cabeça para trás para manter livre o canal
respiratório
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aperte as narinas com os dedos
polegar e indicador da mão que
está sobre a testa, a fim de evitar o
escape de ar;
inspire profundamente. Coloque
sua boca bem aberta sobre a boca
da vítima e sopre até notar a
expansão do tórax;
retire sua boca da boca da vítima para facilitar a saída o ar insuflado nos
pulmões;
aplique a respiração de socorro de 15 à 18 vezes por minuto;
continue aplicando a respiração de socorro por mais algum tempo, mesmo depois
que a vítima volte a respirar;
troque de socorrista se necessário, sem interromper o ritmo da respiração;
mantenha a respiração de socorro ao transportar o acidentado;
verifique, após seis insuflações, se os movimentos respiratórios foram
restabelecidos. Caso a vítima continue com parada respiratória, observe se há
ausência de pulso e se as pupilas estão dilatas (sinais indicativos de parada
cardíaca).
Parada Cardíaca
As batidas do coração e os movimentos respiratórios estão intimamente ligados;
cessada a respiração, logo depois o coração pára. É necessária a imediata recuperação dos
movimentos cardiorrespiratórios, antes que o tempo determine lesões irreparáveis do
sistema nervoso e, conseqüentemente, a morte.
a) Como se manifesta
inconsciência;
parada respiratória;
ausência de pulso;
dilatação das pupilas;
extremidades arroxeadas.
b) Como proceder
coloque a vítima em decúbito dorsal (deitada de costas) sobre superfície dura;
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continue ou inicie a respiração de socorro pelo método boca - a - boca;
ponha suas mãos sobrepostas sobre a metade inferior do externo, mantendo os
dedos ligeiramente levantados e abertos;
comprima vigorosamente o tórax da vítima
com os membros superiores estirados, sem
flexionar os cotovelos, pressionando o
coração de encontro à coluna vertebral;
descomprima em seguida, mantendo as
mãos na posição inicial. Repita a manobra
cinco vezes seguidas e mantenha o ritmo.
Para manter o ritmo, pronuncie, ao iniciar
cada pressão, os números 101, 102, 103,
104, 105, 106;
em caso de ressucitação cardiorespiratória, a manobra deve ser iniciada pela
respiração boca - a - boca, sendo que as demais respirações de socorro devem ser
aplicadas na quinta compressão, caso seja realizada por dois socorristas. Se a
ressucitação for executada por um socorrista apenas, aplicar a respiração boca -
a - boca logo após a quinta compressão;
continue executando, sem interrupção, a respiração de socorro e a massagem
cardíaca externa, até recuperar a vítima ou entregá-la ao hospital;
execute a massagem cardíaca em crianças pressionando o tórax com uma das
mãos, e em bebês, apenas com os dedos indicador e médio.
12.8 - REANIMAÇÃO EM CRIANÇAS
Felizmente é raro que o coração de uma criança pare, mas há perigos relacionados a
bloqueio das vias respiratórias e dificuldade de respiração. Podem-se utilizar as técnicas de
respiração artificial e compressão cardíaca com criança mais velhas, da mesma forma que
em adultos, porem com um pouco mais de rapidez e menos pressão. No caso de bebês e
crianças pequenas, essas técnicas precisam de algumas adaptações.
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Verifique a respiração do bebê
Desobstrua a passagem de ar erguendo levemente o queixo e inclinando a cabeça para trás.
Olhe, ouça e sinta a respiração
NÃO toque na parte posterior da garganta da
criança, ao tentar a desobstrução da boca
com o dedo. Se ela tiver alguma infecção nas
vias respiratórias, pode ocorrer inchaço, com
possibilidade de bloqueio total.
Verificar a circulação do bebê
É difícil sentir a pulsação da carótida de
uma criança de colo, portanto recorra à
pulsação braquial, tocando a parte interna
do antebraço, entre o ombro e o cotovelo.
Coloque os dedos indicador e médio na
parte interna do braço e pressione
levemente contra o osso. Fica mais fácil se
colocar o polegar na parte externa do braço.
Permaneça nessa posição durante 5
segundos, antes de constatar ausência de
pulsação.
Respiração artificial em bebês
A respiração artificial em bebês deve ser
aplicada com o dobro da rapidez usada para
adultos e crianças, utilizando a técnica de
respiração boca-a-boca-nariz.
Coloque sua boca, sem deixar frestas, sobre
a boca e o nariz da criança. Sopre até que o
peito se eleve.
Deixe o peito abaixar. Continue soprando
uma média de 20 minutos.
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12.9 - FERIMENTOS E HEMORRAGIAS
Qualquer ruptura anormal da pele ou superfície do corpo é chamada de ferimento.
Esses são em sua maioria extensos – com rompimento da pele por onde se pode perder
sangue e outros fluidos, e pelo qual pode penetrar germes que provocam infecções.
O ferimento interno faz com que o sangue saia do sistema circulatório, mas não do
corpo – condição conhecida como hemorragia ou sangramento interno.
O tipo de ferimento depende da força com que é provocado, o que determina o
tratamento a ser aplicado.
TIPOS DE FERIMENTOS
Incisão
Corte bem definido feito por material cortante, como laminas ou
cacos de vidro. Como os vasos da borda do ferimento são rompidos
pode haver sangramento intenso. Nos membros, as incisões podem
danificar outras estruturas, como os tendões.
Laceração
Ruptura irregular causada por esmagamento ou dilaceração, como
as provocadas por máquinas. As lacerações talvez sangrem menos
do que as incisões, mais levam muito mais os tecidos. Podendo ser
contaminada por germes, é maior o risco de infecção.
Abrasão (escoriação)
Ferimento leve em que as camadas mais superficiais da pele são
raspadas, deixando a região sensível e em carne viva. É a mais
comumente provocada por quedas ou ficção. Também existe o
perigo de infecção causada por partículas estranhas.
Contusão (equimose)
Qualquer golpe brusco, como um soco, pode romper os vasos
capilares. O sangue escapa para os tecidos, provocando
equimoses. Muitas vezes a pele não se rompe. Uma contusão grave
pode ocultar danos mais profundos, com fratura ou lesão interna.
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Ferimento perfurante
Pisar num prego espeta-se com agulha ou levar uma facada, por
exemplo, resultam em perfurações. Tem pequenas aberturas externa,
mas grandes lesões interna; com a sujeira e os germes pode penetrar
mais profundamente, o risco de infecção é bem maior.
Ferimentos à bala
Uma bala ou qualquer outro projétil pode penetrar ou atravessar o
corpo, causando lesões internas graves e introduzindo germes que
o contaminam. A abertura do ferimento pode ser pequena e limpa,
pode ser irregular e muito maior.
Tipos De Hemorragias
As hemorragias são classificadas de acordo com tipo de vaso danificado: artéria, veia ou
vasos capilares.
A hemorragia da artéria pode impressionar, mas a hemorragia venosa abundante é
potencialmente mais grave.
Hemorragia arterial
O sangue quando bem oxigenado, é vermelho – vivo e, com a pressão da batida do coração,
sai do ferimento em jato que acompanham essas batidas. Uma artéria lesada pode produzir
grandes jatos de sangue, esvaziando rapidamente o suprimento necessário à circulação no
organismo.
Hemorragia venosa
O sangue venoso, já destituído de oxigênio, é vermelho – escuro. Tem menos pressão do que
o sangue arterial, mais com as paredes das veias tem grande capacidade de distensão, o
sangue pode acumular-se dentro delas; assim o sangue de uma veia importante rompida
pode jorrar em profusão.
Hemorragia capilar
Esse tipo de sangramento que sai em gotas ocorre em todos os ferimentos. Embora seja
abundante no inicio, a perda de sangue é em geral desprezível. Uma pancada brusca pode
romper as capilares sob a pele, causando sangramento no interior dos tecidos (hematoma).
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Como O Corpo Reage Para Controlar As Hemorragias
Quando os vasos são rompidos, suas extremidades danificadas se contraem a fim de
minimizar a perda de sangue. Ao mesmo tempo, o sangue que escapa de um vaso lesado
começa rapidamente a coagular-se. A coagulação é um processo complexo que envolve
vários fatores, e caso um deles não esteja presente (como na hemofilia), a coagulação pode
ser retratada.
Se esta reação local for insuficiente para conter a perda do sangue, reações mais
generalizadas no sistema circulatório entram em ação.
Estes diagramas mostram as etapas principais da formação de um coágulo sanguíneo.
1. qualquer dano nas paredes dos vasos faz com que as
plaquetas se concentrem no local da lesão. Elas não só
auxiliam a fechar o ferimento, mais também liberam fatores
de coagulação, que, Por sua vez, desencadeiam a conversão
de uma das substâncias do sangue, o fibrinogênio, em uma
proteína, a fibrina.
2. a fibrina forma uma rede densa que reúne mais
plaquetas, formando um coágulo gelatinoso. Este processo
leva normalmente cerca de 10 minutos.
3. o coágulo começa imediatamente a se escolher,
liberando uma substancia aquosa (soro). Esta possui
anticorpos que combatem as infecções e também células
especializadas, que dão inicio ao processo de reparação. O
soro se acumula nos tecidos ao redor do ferimento,
causando inchaço
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12.10 - AVALIAÇÃO DE QUEIMADURA
Há muitos fatores a serem considerados quando se avalia a gravidade de uma
queimadura e a melhor forma de tratá-la. É preciso determinar sua causa, profundidade e
extensão, alem de verificar se as vias respiratórias foram afetadas.
A extensão da queimadura lhe dará elementos para concluir a probabilidade de estado de
choque, pois o fluxo dos tecidos (soro) vaza da região queimada e é repouso por fluxos do
sistema respiratório.
Quanto maior sua extensão, mais grave será o estado de choque. A causa da
queimada é um fator que pode ajudá-lo a ficar atento a outras possíveis complicações.
As queimadas também acarretam sérios riscos de infecção, e quanto mais extensas e
profundas forem, maior será o perigo. Os danos à pele causados por queimaduras rompem a
barreira natural do corpo, deixando-o vulnerável aos germes.
Profundidade da queimadura
Queimaduras Superficiais
Envolvem apenas a camada externa da pele e se
caracterizam por inchaço, vermelhão e sensibilidade. São as
queimaduras solares leves e as provocadas por chá e café
quente. Cicatrizam com facilidade se houver atendimento
rápido de primeiro socorros. Não exigem cuidados médicos,
a menos que sejam muito extensas.
Queimaduras parciais Queimaduras que atingem uma espessura parcial da pele
exigem tratamento médico. A pele fica em carne viva e depois
aparecem as bolhas. Em geral cicatrizam com facilidade, mais
se forem muito extensas podem se tornar graves. Quando
este tipo de queimadura afeta mais de 50% da superfície do
corpo, pode ser fatal.
Queimaduras profundas
Em queimaduras profundas todas as camadas da pele são
atingidas, e pode haver danos, afetando os nervos, músculos
e gordura. A pele fica branca, viscosa e às vezes
carbonizada. Nesse caso qualquer que seja a extensão da
queimadura, há necessidade de cuidados médicos imediatos
e tratamento especializados.
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Queimaduras Graves
Os critérios de profundidade, extensão e eventualmente a circunstância em que
ocorre a queimadura o alertarão sobre a gravidade do caso. A prioridade é esfriar o local,
pois quanto mais tempo à queimadura ficar sem atendimento, mais gravemente a vitima
será lesada. Siga os procedimentos de reanimação só após ter começado a esfriar a
queimadura. Lembre-se, também, de que todas as queimaduras graves acarretam o perigo
de estado de choque..
1 Deixe a vitima se possível protegendo
a região queimada do contato com
o chão
3 Enquanto estiver esfriando a queimadura,
verifique as vias respiratórias, a respiração e o
pulso. Prepare-se para a reanimação, se
necessário.
2 Banhe a queimadura com uma
grande quantidade de liquido frio. O
resfriamento pode levar 10 minutos
ou mais, mais nem por isso deve-se
retardar a remoção da vitima
para o hospital.
5 Cubra a lesão com faixa esterilizada
especial para queimaduras ou outro
material apropriado.
(queimaduras no rosto não precisam ser
cobertas. Mantenha o resfriamento para
aliviar a dor)
6 certifique-se de que a ambulância
está a caminho. Enquanto espera trate
a vitima de estado de choque. Controle
e registre a respiração, se isso vier a se
tornar necessário.
4 Remova com cuidado anéis,
relógio, cinto, sapatos e roupas
queimadas da região afetada, antes
que ela comece a inchar. Tenha
muito cuidado ao tiras as roupas, e
só o faça se não estiverem colocadas
à pele.
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QUEIMADURAS POR PRODUTOS QUÍMICOS
Certos produtos químicos podem irritar ou danificar a pele. Quando absorvidos por ela,
causam danos generalizados e às vezes fatais para o organismo. Diferentemente das
queimaduras térmicas, os sinais provocados por produtos químicos demoram a aparecer.
Contudo, os princípios de primeiros socorros a serem utilizados são os mesmos.
A maior parte dos agentes corrosivos fortes são encontrados na indústria, embora as
queimaduras químicas também possam ser causadas por agentes de uso doméstico, tais
como produtos para a limpeza de forno e solventes. Essas lesões são sempre graves, e
podem exigir tratamento hospitalar urgente. É aconselhável descobrir e anotar o nome ou a
marca do produto. Preserve-se ao aproximar-se para tratar de tais lesões; algum desses
produtos químicos exalam gases letais.
RECONHECIMENTO
Pode haver:
Forte dor e ardência.
Avermelhamento e manchas, bolhas e escamação quase imperceptíveis do início.
TRATAMENTO
1. Banhe a região afetada com muita água para dispensar
a substância química e interromper o processo de
queimadura. Certos produtos químicos requerem que
se lave a região por 20 minutos.
2. Banhe a região afetada com muita água para dispensar a
substância química e interromper o processo de
queimadura. Certos produtos químicos requerem que se
lave a região por 20 minutos.
3. Leve a vitima para o hospital, sem deixar de observar o
estado das vias respiratórias e a respiração.
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QUEIMADURA NOS OLHOS
Quando um produto químico espirra nos olhos, a lesão pode se tornar grave se não for
tratada com rapidez. Esses produtos danificam a superfície dos olhos, resultando em
marcas e até cegueira. Tome cuidado quando estiver lavando os olhos da vitima, que a água
contaminada não espirre em você ou nela. Use luvas protetoras, se houver.
TRATAMENTO
1. Mantenha o olho atingido sob água corrente fria
(jato não muito forte) por pelo menos 10 minutos.
2. Se o olho se fechar num espasmo de dor, abre a
pálpebras com cuidado, mas firmemente. Tome
cuidado para que a água contaminada não
espirre no olho não lesado.
3. Cubra o olho com um tampão esterilizado ou
outro material limpo e não felpudo.
4. Encaminhe a vítima o mais rápido possível pra o
hospital.
QUEIMADURAS SUPERFICIAIS
As queimaduras leves ocorrem mais comumente em acidentes domésticos, e não exigem
outros cuidados além dos primeiros socorros. Cicatrizam naturalmente, mas, se tiver dúvida
quanto à gravidade da lesão, procure orientação médica.
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TRATAMENTO
1 molhe a parte lesada com água fria por cerca de 10
minutos para interromper a queimadura e aliviar a dor.
Se não tiver água ou leite, use qualquer bebida
engarrafada (pois passa pelo processo de esterilização).
2 Remova com cuidado jóias, relógios e roupas da área
lesada.
3 cubra a queimadura com gaze esterilizada ou material limpo
não felpudo. Sacos plásticos ou papel filme servem para cobrir
temporariamente a lesão.
12.11 - Transporte de Acidentados
Antes de transportar o acidentado, observe bem do que ele está acometido, para
decidir se deve ser dado imediatamente os primeiros socorros. Isso vai depender da gravidade
do caso.
Ao fazer-se o transporte, deve-se lembrar que uma manipulação sem cuidado ou mal
feita pode causar problemas, às vezes até irreversíveis para a vítima, principalmente se houver
ferimentos na coluna, tórax, bacia ou crânio.
Ao socorrer a vítima que tenha caído de uma altura considerável ou tenha sido
atropelada, devemos sempre considerar a possibilidade de fraturas, hemorragias, parada
cardíaca ou respiratória e, portanto, devemos tomar muito cuidado para transportá-la ou
mudá-la de posição. Só se pode iniciar o transporte, conhecendo-se o estado da vítima.
O transporte de acidentado com suspeita de lesão na coluna exige sempre muito
cuidado. O indivíduo com fratura de coluna pode apresentar dor intensa, impossibilidade de
movimentação do tronco, formigamento ou paralisia nas extremidade (braços e pernas) e
dificuldade de respiração.
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O transporte poderá ser realizado por três ou cinco pessoas, como mostra o desenho:
12.12 - Tipos de Imobilização
Em caso de:
Fratura de Crânio:
a) Como se manifesta
perda de sangue pelas narinas ou ouvidos;
inconsciência ou não;
náusea e vômito podem surgir imediatamente ou horas depois do acidente
b) Como proceder
mantenha a vítima em repouso e deitada de costas;
aplique compressa gelada ou saco de gelo na região atingida;
estanque a hemorragia;
evite o estado de choque;
inicie a respiração de socorro, se a vítima apresentar parada respiratória;
execute a massagem cardíaca externa associada à respiração de socorro, se a
vítima apresentar ausência de pulso e dilatação das pupilas;
envolva o pescoço da vítima com panos, até oferecer apoio à cabeça, e coloque
lateralmente travesseiros ou almofadas, a fim de impedir movimentos laterais;
remova imediatamente a vítima para o hospital mais próximo.
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Fratura de Coluna Vertebral
a) Como se manifesta
dor local, após forte traumatismo;
dormência ou sensação de formigamento nos membros;
paralisia.
b) Como proceder
mantenha a vítima em repouso absoluto;
evite o estado de choque;
utilize uma superfície dura - maca, tábua, porta, etc. - para o transporte do
acidentado;
solicite ajuda de pelo menos cinco pessoal, para transferir o acidentado do local
em que foi encontrado para a maca.
movimente o acidentado em decúbito dorsal (deitado de costas) ou em decúbito
ventral (deitado de barriga para baixo), preenchendo as curvaturas do corpo, com
panos dobrados, a fim de impedir a movimentação da coluna;
evite paradas e freadas bruscas do veículo, durante o transporte;
solicite, se possível, a assistência de um médico na remoção da vítima.
Fratura da Bacia
a) Como se manifesta
dor local, após forte traumatismo, que se agrava com a movimentação.
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b) Como proceder
mantenha a vítima em repouso em decúbito dorsal (deitada de costas);
utilize uma superfície dura - maca, tábua, porta, etc. - para transportar o
acidentado;
solicite ajuda de pelo menos cinco pessoal para transferir o acidentado, para a
maca;
proteja lateralmente a bacia, usando travesseiros, almofadas ou cobertores
dobrados;
coloque entre as pernas da vítima pano dobrando;
imobilize a bacia com faixa bem larga ou com lençol, ficando o acidentado à maca;
amarre com uma faixa de pano o tórax, os joelhos e os tornozelos, para maior
firmeza da imobilização;
evite o estado de choque;
remova imediatamente a vítima para o hospital mais próximo.
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12.13 - Evenenamento / Intoxicação
O envenenamento ou intoxicação é a penetração de substância tóxica, nocivas no
organismo. Geralmente, dá-se pela ingestão de venenos químicos, porém pode ainda o veneno
penetrar pela pele, pulmões ou outras vias de absorção.
Nos casos de envenenamento, proceder da seguinte forma:
se o veneno não for corrosivo e o paciente estiver consciente, provocar
imediatamente o vômito, ou mesmo com o dedo;
no caso do veneno ingerido ser de origem cáustica (soda cáustica, detergente,
etc.) e o paciente estar consciente, dar à vítima bastante água com vinagre e
não provocar vômito.
se a vítima estiver inconsciente, não fazê-la ingerir nada e não provocar
vômito;
se o envenenamento se der através da pele, proveniente de pesticida ou
inseticida, lavar abundantemente a parte atingida com água limpa, sem
friccionar;
levar imediatamente o envenenamento ao médico;
não dar álcool, azeite ou óleos, leite se não souber qual foi o agente
responsável pelo envenenamento ou pela intoxicação;
Não deixar a vítima andar;
12.14 -Caixa de Primeiros Socorros
A caixa de primeiros socorros deve estar sempre presente em locais de fácil acesso.
Por medida de precaução, não conveniente trancá-la, facilitando, assim, seu manuseio. No
interior, há uma série de materiais, que devem ser bem acondicionados, organizados e
rotulados para facilitar a atuação do socorrista.
Ao deixar de usar a caixa de primeiros socorros, é preciso não só arrumá-la, mas
também repor o material utilizado, a fim de poupar dissabores a outros socorristas. As
soluções devem ser sempre vistoriados, para verificar o prazo de sua validade. Uma caixa
bem organizada trará sempre benefícios a quem dela precisar.
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Abaixo segue uma relação do conteúdo de uma caixa de primeiros socorros:
Algodão hidrófilo, atadura de crepe, água boricada, álcool etílico 70%,
esparadrapo, gaze, luvas descartáveis, soro fisiológico, tesoura, termômetro e band - aid.
Além da caixa de primeiros socorros podem ser providenciados materiais de apoio,
como: talas de madeira, bolsa de água quente, bolsa de gelo, coxins e outros.
Cuidados Gerais
Afastar os curiosos para evitar que os mesmos demonstrem a gravidade da situação;
Manter-se calmo, evitando opinar sobre o estado da vítima;
Conversar com a vítima enquanto estiver prestando o atendimento;
Sempre que possível, lavar as mãos antes de atender à vítima;
Quando for necessário, remover as peças do vestuário, utilizando uma tesoura para
tal procedimento, expondo a região lesada;
Salvo em pequenos ferimentos, proteger a(s) lesão(ões) com um pano limpo até
chegar ao local de atendimento adequado;
Não dê nenhum líquido para a vítima ingerir em estado de inconsciência, pois
poderá ocasionar bronco - aspiração;
Mantenha a cabeça da vítima fixa no chão, com uma das mãos, para evitar
movimentos de flexão e rotação do pescoço e um agravamento, caso haja fratura de
região cervical;
Mobilize as áreas com suspeita de fratura.
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13 Doenças Sexualmente Transmissíveis
13.11 - AIDS
Conceito
Síndrome (uma variedade de sintomas e manifestações) causado pela infecção crônica do
organismo humano pelo vírus HIV (Human Imunodeficiency Virus).
O vírus compromete o funcionamento do sistema imunológico humano, impedindo-o de
executar sua tarefa adequadamente, que é a de protegê-lo contra as agressões externas (por
bactérias, outros vírus, parasitas e mesmo por células cancerígenas).
Com a progressiva lesão do sistema imunológico o organismo humano se torna cada vez
mais susceptível a determinadas infecções e tumores, conhecidas como doenças oportunísticas,
que acabam por levar o doente à morte.
A fase aguda (após 1 a 4 semanas da exposição e contaminação) da infecção manifesta-se
em geral como um quadro gripal (febre, mal estar e dores no corpo) que pode estar acompanhada
de manchas vermelhas pelo corpo e adenopatia (íngua) generalizada (em diferentes locais do
organismo). A fase aguda dura, em geral, de 1 a 2 semanas e pode ser confundida com outras
viroses (gripe, mononucleose etc) bem como pode também passar desapercebida.
Os sintomas da fase aguda são portanto inespecíficos e comuns a várias doenças, não
permitindo por si só o diagnóstico de infecção pelo HIV, o qual somente pode ser confirmado pelo
teste anti-HIV, o qual deve ser feito após 90 dias (3 meses) da data da exposição ou provável
contaminação.
Sinônimos
SIDA, Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, HIV-doença.
Agente
HIV (Human Immunodeficiency Virus), com 2 subtipos conhecidos : HIV-1 e HIV-2.
Complicações/Consequências
Doenças oportunísticas, como a tuberculose miliar e determinadas pneumonias, alguns tipos de
tumores, como certos linfomas e o Sarcoma de Kaposi. Distúrbios neurológicos.
Transmissão
Sangue e líquidos grosseiramente contaminados por sangue, sêmem, secreções vaginais e leite
materno.
Pode ocorrer transmissão no sexo vaginal, oral e anal.
Os beijos sociais (beijo seco, de boca fechada) são seguros (risco zero) quanto a transmissão do
vírus, mesmo que uma das pessoas seja portadora do HIV. O mesmo se pode dizer de apertos de
mão e abraços.
Os beijos de boca aberta são considerados de baixo risco quanto a uma possível transmissão do
HIV.
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Período de Incubação
De 3 a 10 (ou mais) anos entre a contaminação e o aparecimento de sintomas sugestivos de AIDS.
Tratamento
Existem drogas que inibem a replicação do HIV, que devem ser usadas associadas, mas ainda não
se pode falar em cura da AIDS.
As doenças oportunísticas são, em sua maioria tratáveis, mas há necessidade de uso contínuo de
medicações para o controle dessas manifestações.
Prevenção
Na transmissão sexual se recomenda sexo seguro: relação monogâmica com parceiro
comprovadamente HIV negativo, uso de camisinha.
Na transmissão pelo sangue recomenda-se cuidado no manejo de sangue (uso de seringas
descartáveis, exigir que todo sangue a ser transfundido seja previamente testado para a
presença do HIV, uso de luvas quando estiver manipulando feridas ou líquidos potencialmente
contaminados). Não há, no momento, vacina efetiva para a prevenção da infecção pelo HIV.
É necessário observar que o uso da camisinha, apesar de proporcionar excelente proteção, não
proporciona proteção absoluta (ruptura, perfuração, uso inadequado etc). Repito, a maneira mais
segura de se evitar o contágio pelo vírus HIV é fazer sexo monogâmico, com parceiro(a) que fez
exames e você saiba que não está infectado(a).
13.12 CANCRO MOLE
Conceito
Ulceração (ferida) dolorosa, com a base mole, hiperemiada (avermelhada), com fundo purulento e
de forma irregular que compromete principalmente a genitália externa mas pode comprometer
também o ânus e mais raramente os lábios, a boca, língua e garganta. Estas feridas são muito
contagiosas, auto-inoculáveis e portanto, frequentemente múltiplas. Em alguns pacientes,
geralmente do sexo masculino, pode ocorrer infartamento ganglionar na região inguino-crural
(inchação na virilha). Não é rara a associação do cancro mole e o cancro duro (sífilis primária).
Sinônimos
Cancróide, cancro venéreo simples, "cavalo".
Agente
Haemophilus ducreyi
Complicações/Consequências
Não tem. Tratado adequadamente, tem cura completa.
Transmissão
Relação sexual
Período de Incubação
2 à 5 dias
Tratamento
Antibiótico.
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Prevenção
Camisinha. Higienização genital antes e após o relacionamento sexual. Escolha do(a) parceiro(a).
13.13 CANDIDIASE
Conceito
A candidíase, especialmente a candidíase vaginal, é uma das causas mais freqüentes de infecção
genital. Caracteriza-se por prurido (coceira), ardor, dispareunia (dor na relação sexual) e pela
eliminação de um corrimento vaginal em grumos brancacentos, semelhante à nata do leite. Com
frequência, a vulva e a vagina encontram-se edemaciadas (inchadas) e hiperemiadas
(avermelhadas). As lesões podem estender-se pelo períneo, região perianal e inguinal (virilha). No
homem apresenta-se com hiperemia da glande e prepúcio (balanopostite) e eventualmente por um
leve edema e pela presença de pequenas lesões puntiformes (em forma de pontos), avermelhadas
e pruriginosas. Na maioria das vezes não é uma doença de transmissão sexual. Em geral está
relacionada com a diminuição da resistência do organismo da pessoa acometida. Existem fatores
que predispõe ao aparecimento da infecção : diabetes melitus, gravidez, uso de contraceptivos
(anticoncepcionais) orais, uso de antibióticos e medicamentos imunosupressivos (que diminuem as
defesas imunitárias do organismo), obesidade, uso de roupas justas etc.
Sinônimos
Monilíase, Micose por cândida, Sapinho
Agente
Candida albicans e outros.
Complicações/Consequências
São raras. Pode ocorrer disseminação sistêmica (especialmente em imunodeprimidos).
Transmissão
Ocorre transmissão pelo contato com secreções provenientes da boca, pele, vagina e dejetos de
doentes ou portadores. A transmissão da mãe para o recém-nascido (transmissão vertical) pode
ocorrer durante o parto.
A infecção, em geral, é primária na mulher, isto é, desenvolve-se em razão de fatores locais ou
gerais que diminuem sua resistência imunológica.
Período de Incubação
Muito variável.
Tratamento
Medicamentos locais e/ou sistêmicos.
Prevenção
Higienização adequada. Evitar vestimentas muito justas. Investigar e tratar doença(s)
predisponente(s). Camisinha.
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13.14 HERPES SIMPLES GENITAL
Conceito
Infecção recorrente (vem, melhora e volta) causadas por um grupo de vírus que determinam
lesões genitais vesiculares (em forma de pequenas bolhas) agrupadas que, em 4-5 dias, sofrem
erosão (ferida) seguida de cicatrização espontânea do tecido afetado. As lesões com frequência
são muito dolorosas e precedidas por eritema (vermelhidão) local. A primeira crise é, em geral,
mais intensa e demorada que as subsequentes. O caráter recorrente da infecção é aleatório (não
tem prazo certo) podendo ocorrer após semanas, meses ou até anos da crise anterior. As crises
podem ser desencadeadas por fatores tais como stress emocional, exposição ao sol, febre, baixa
da imunidade etc.
A pessoa pode estar contaminada pelo virus e não apresentar ou nunca ter apresentado sintomas
e, mesmo assim, transmití-lo a(ao) parceira(o) numa relação sexual.
Sinônimos
Herpes Genital
Agente
Virus do Herpes Genital ou Herpes Simples Genital ou HSV-2. É um DNA vírus.
Observação: Outro tipo de Herpes Simples é o HSV-1, responsável pelo Herpes Labial. Tem
ocorrido crescente infecção genital pelo HSV-1 e vice-versa, isto é, infecção labial pelo HSV-2,
certamente em decorrência do aumento da prática do sexo oral ou oro-genital.
Complicações/Conseqüências
Abôrto espontâneo, natimorto, parto prematuro, baixo peso, endometrite pós-parto. Infecções
peri e neonatais. Vulvite. Vaginite. Cervicite. Ulcerações genitais. Proctite. Complicações
neurológicas etc.
Transmissão
Frequentemente pela relação sexual. Da mãe doente para o recém-nascido na hora do parto.
Período de Incubação
1 a 26 dias. Indeterminado se se levar em conta a existência de portadores em estado de latência
(sem manifestações) que podem, a qualquer momento, manifestar a doença.
Tratamento
Não existe ainda tratamento eficaz quanto a cura da doença. O tratamento tem por objetivo
diminuir as manifestações da doença ou aumentar o intervalo entre as crises.
Prevenção
Não está provado que a camisinha diminua a transmissibilidade da doença. Higienização genital
antes e após o relacionamento sexual é recomendável. Escolha do(a) parceiro(a).
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13.15 GONORRÉIA
Conceito
Doença infecto-contagiosa que se caracteriza pela presença de abundante secreção purulenta
(corrimento) pela uretra no homem e vagina e/ou uretra na mulher. Este quadro frequentemente
é precedido por prurido (coceira) na uretra e disúria (ardência miccional). Em alguns casos podem
ocorrer sintomas gerais, como a febre. Nas mulheres os sintomas são mais brandos ou podem
estar ausentes (maioria dos casos).
Sinônimos
Uretrite Gonocócica, Blenorragia, Fogagem
Agente
Neisseria gonorrhoeae
Complicações/Consequências
Abôrto espontâneo, natimorto, parto prematuro, baixo peso, endometrite pós-parto. Doença
Inflamatória Pélvica. Infertilidade. Epididimite. Prostatite. Pielonefrite. Meningite. Miocardite.
Gravidez ectópica. Septicemia, Infecção ocular (ver foto abaixo) , Pneumonia e Otite média do
recém-nascido. Artrite aguda etc. Assim como a infecção por clamídia, é uma das principais
causas infecciosas de infertilidade feminina.
Transmissão
Relação sexual. O risco de transmissão é superior a 90%, isto é, ao se ter um relacionamento
sexual com um(a) parceiro(a) doente, o risco de contaminar-se é de cerca de 90%. O fato de não
haver sintomas (caso da maioria das mulheres contaminadas), não afeta a transmissibilidade da
doença.
Período de Incubação
2 a 10 dias
Tratamento
Antibióticos.
Prevenção
Camisinha. Higiene pós-coito.
13.16 HEPATITE
Conceito
Infecção das células hepáticas pelo HBV (Hepatitis B Virus) que se exterioriza por um espectro
de síndromes que vão desde a infecção inaparente e subclínica até a rapidamente progressiva e
fatal.
Os sintomas, quando presentes, são : falta de apetite, febre, náuseas, vômitos, astenia, diarréia,
dores articulares, icterícia (amarelamento da pele e mucosas) entre os mais comuns.
Sinônimos
Hepatite sérica.
Agente
HBV (Hepatitis B Virus), que é um vírus DNA (hepadnavirus)
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Complicações/Consequências
Hepatite crônica, Cirrose hepática, Câncer do fígado (Hepatocarcinoma), além de formas agudas
severas com coma hepático e óbito.
Transmissão
Através da solução de continuidade da pele e mucosas. Relações sexuais. Materiais ou
instrumentos contaminados: Seringas, agulhas, perfuração de orelha, tatuagens, procedimentos
odontológicos ou cirúrgicos, procedimentos de manicure ou pedicure etc. Transfusão de sangue e
derivados. Transmissão vertical : da mãe portadora para o recém-nascido, durante o parto (parto
normal ou cesariana). O portador crônico pode ser infectante pelo resto da vida.
Período de Incubação
30 à 180 dias (em média 75 dias).
Tratamento
Não há medicamento para combater diretamente o agente da doença, tratam-se apenas os
sintomas e as complicações.
Prevenção
Vacina, obtida por engenharia genética, com grande eficácia no desenvolvimento de níveis
protetores de anticorpos (3 doses). Recomenda-se os mesmo cuidados descritos na prevenção da
AIDS, ou seja, sexo seguro e cuidados com a manipulação do sangue
13.17 CONDILOMA ACUMINADO “HPV”
Conceito
Infecção causada por um grupo de vírus (HPV - Human Papilloma Viruses) que determinam lesões
papilares (elevações da pele) as quais, ao se fundirem, formam massas vegetantes de tamanhos
variáveis, com aspecto de couve-flor (verrugas).
Os locais mais comuns do aparecimento destas lesões são a glande, o prepúcio e o meato uretral
no homem e a vulva, o períneo, a vagina e o colo do útero na mulher.
Em ambos os sexos pode ocorrer no ânus e reto, não necessariamente relacionado com o coito
anal.
Com alguma frequência a lesão é pequena, de difícil visualização à vista desarmada, mas na grande
maioria das vezes a infecção é assintomática ou inaparente (sem nenhuma manifestação
detectável pelo paciente).
Sinônimos
Jacaré, jacaré de crista, crista de galo, verruga genital.
Agente
Papilomavirus Humano (HPV) - DNA vírus. HPV é o nome de um grupo de virus que inclue mais de
100 tipos. As verrugas genitais ou condilomas acuminados são apenas uma das manifestações da
infecção pelo virus do grupo HPV e estão relacionadas com os tipos 6,11 e 42, entre outros. Os
tipos (2, 4, 29 e 57) causam lesões nas mãos e pés (verrugas comuns). Outros tipos tem um
potencial oncogênico (que pode desenvolver câncer) maior do que os outros (HPV tipo 16, 18, 45 e
56) e são os que tem maior importância clínica.
O espectro das infecções pelos HPV é muito mais amplo do que se conhecia até poucos anos atrás
e inclui também infecções subclínicas (diagnosticadas por meio de peniscopia, colpocitologia,
colposcopia e biópsia) e infecções latentes (só podem ser diagnosticada por meio de testes para
detecção do virus).
Alguns trabalhos médicos referem-se a possibilidade de que 10-20% da população feminina
sexualmente ativa, possa estar infectada pelos HPV.
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A principal importância epidemiológica destas infecções deriva do fato que do início da década de
80 para cá, foram publicados muitos trabalhos relacionando-as ao câncer genital, principalmente
feminino.
Complicações/Conseqüências
Câncer do colo do útero e vulva e, mais raramente, câncer do pênis e também do ânus.
Transmissão
Contacto sexual íntimo (vaginal, anal e oral). Mesmo que não ocorra penetração vaginal ou anal o
virus pode ser transmitido.
O recém-nascido pode ser infectado pela mãe doente, durante o parto.
Pode ocorrer também, embora mais raramente, contaminação por outras vias (fômites) que não a
sexual : em banheiros, saunas, instrumental ginecológico, uso comum de roupas íntimas, toalhas
etc.
Período de Incubação
Semanas a anos. (Como não é conhecido o tempo que o virus pode permanecer no estado latente e
quais os fatores que desencadeiam o aparecimento das lesões, não é possível estabelecer o
intervalor mínimo entre a contaminação e o desenvolvimento das lesões, que pode ser de algumas
semanas até anos ou décadas).
Tratamento
O tratamento visa a remoção das lesões (verrugas, condilomas e lesões do colo uterino).
Os tratamentos disponíveis são locais (cirúrgicos, quimioterápicos, cauterizações etc). As
recidivas (retorno da doença) podem ocorrer e são freqüentes, mesmo com o tratamento
adequado.
Eventualmente, as lesões desaparecem espontaneamente.
Não existe ainda um medicamento que erradique o virus, mas a cura da infecção pode ocorrer por
ação dos mecanismos de defesa do organismo.
Já existem vacinas para proteção contra alguns tipos específicos do HPV, estando as mesmas
indicadas para pessoas não contaminadas.
Prevenção
Camisinha usada adequadamente, do início ao fim da relação, pode proporcionar alguma proteção.
Ter parceiro fixo ou reduzir numero de parceiros. Exame ginecológico anual para rastreio de
doenças pré-invasivas do colo do útero. Avaliação do(a) parceiro(a). Abstinência sexual durante o
tratamento.
Em 2006 foi aprovada pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) a utilização da
Vacina Quadrivalente produzida pelo Laboratório Merck Sharp & Dohme contra os tipos 6,11,16 e
18 do HPV, para meninas e mulheres de 9 a 26 anos que não tenham a infecção. Esta vacina
confere proteção contra os vírus citados acima, os quais são responsáveis por 70% dos casos de
câncer do colo do útero (tipos 16 e 18) e 90% dos casos de verrugas (condilomas) genitais (tipos 6
e 11).
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13.18 OUTRAS DST’S
Cancro duro (Sífilis)
Linfogranuloma Venéreo
Granuloma Inguinal
Pediculose do Púbis
Infecção por trichomonas
Infecção Clamídia
Infecção por ureaplasma
Infecção por Gardnerella
Molusco Contagioso
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14 Bibliografia
1. IOB - Informações Objetivas - 7ª Edição
Segurança e Saúde no Trabalho
2. CIPA - Manual de Prevenção de Acidentes do Trabalho - 6ª
Edição
SENAC - Departamento Regional de Maringá
3. Manual Para Secretária de CIPA
Companhia Paranaense de Energia - Devani Alves Leme
Adelur Villaca Torres