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MANUAL DE BIOSSEGURANÇA DOS AMBULATÓRIOS DA
FACULDADE DE ODONTOLOGIA DA PUCRS
COMISSÃO DE BIOSSEGURANÇA
SEGUNDA EDIÇÃO REVISADA- 2006
ELABORAÇÃO E ORGANIZAÇÃO Este Manual foi elaborado e organizado pela Comissão de Biossegurança da Faculdade de odontologia da PUCRS, composta pelos seguintes membros: Prof. Dr. Rogério Miranda Pagnoncelli Regente da Disciplina de Traumatologia Presidente da Comissão de Biossegurança Prof. Dr. Hugo Mitsuo Silva Oshima Regente da Disciplina de Tecnologia dos Materiais Dentários III Membro da Comissão de Biossegurança Prof. Denis Marcelo Carvalho Dockhorn Regente das Disciplina de Odontologia Social I, II, III e IV Membro da Comissão de Biossegurança Prof. Kléber Ricardo Monteiro Meyer Prof. Assistente das Disciplinas de Prótese V, VI, VII e VIII. Membro da Comissão de Biossegurança Adriana Irene Sefferin de Mello Supervisora das Auxiliares de Clínica Odontológica Membro da Comissão de Biossegurança COLABORADORES
Prof. Marcos Túlio Mazini Carvalho Diretor da Faculdade de Odontologia da PUCRS Profa. Dra. Elaine Bauer Veeck Coordenadora Da Pós-Graduação “Lato Sensu”. REVISÃO Professores Coordenadores dos Departamentos de Graduação da FOPUCRS. Professores Coordenadores dos Cursos de Pós-Graduação da FOPUCRS.
INDICE
ITEM TITULO PÁGINA 1 JUSTIFICATIVA
2 OBJETIVOS
3 TERMINOLOGIA
4 ORIENTAÇÕES GERAIS
5 CENTRAL DE ESTERILIZAÇÃO
6 LIMPEZA E DESINFECÇÃO DE PISOS,
SUPERFÍCIES E EQUIPAMENTOS.
7 LIMPEZA DE SUPERFÍCIES COM MATÉRIA ORGÂNICA.
8 DESINFECÇÃO E ESTERILIZAÇÃO DE INSTRUMENTOS.
9 PROCEDIMENTOS DE ESTERILIZAÇÃO
10 PROCEDIMENTOS DE DESINFECÇÃO
11 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
12 POSTURAS INDIVIDUAIS DE PREVENÇÃO
13 ACIDENTE DE TRABALHO COM MATÉRIA BIOLÓGICO.
BIBLIOGRAFIA
ANEXO 1
ANEXO 2
ANEXO 3
ANEXO 4
ANEXO 5
ANEXO 6
ANEXO 7
1. JUSTIFICATIVA
O controle de infecções tem sido uma constante e crescente preocupação dos profissionais de saúde, iniciando-se na área hospitalar. Posteriormente, com a descoberta da AIDS, esta preocupação atingiu os consultórios médicos e odontológicos. A faculdade de Odontologia da PUCRS, como formadora de excelência acadêmica, tem valorizado e orientado seus alunos quanto ao risco de infecções cruzadas que podem ocorrem no intercurso do atendimento odontológico. Tem orientado quanto ao risco que correm os profissionais, alunos, pacientes que se submetem a tratamento, tentando minimizá-los. A falta de conhecimento, o uso de métodos de esterilização inadequados ou sem controle, a resistência de diversos tipos de vírus e bactérias e a falta de cuidado dos profissionais com situações de risco têm contribuído para o aumento do número de casos de infecções por vírus, principalmente da Hepatite e HIV, em profissionais e pacientes, adquiridos através de procedimentos médicos e odontológicos. Os dados epidemiológicos indicam que o risco de transmissão, para acidentes percutâneos é de 0,3 a 0,5% para HIV, 30% para Hepatite B e 10% para Hepatite C. Destas, a Hepatite C e a AIDS representam maiores riscos aos profissionais, pois não existem vacinas disponíveis para prevenir e/ou curar a infecção. Esta Instituição visa o preparo técnico/científico de profissionais aptos ao ato biosseguro. Por conseqüência, o estabelecimento de medidas de proteção é imperioso, traduzindo-se neste MANUAL DE BIOSSEGURANÇA. Todos os profissionais e alunos, lotados nos ambulatórios odontológicos deverão tomar ciência das normas contidas neste Manual, comprometendo-se ao cumprimento das mesmas, sob pena de se expor a risco desnecessário. 2. OBJETIVOS • Assegurar uma assistência odontológica segura e eficaz a todos os alunos,
pacientes e professores que procuram atendimento odontológico nos Ambulatórios da FOPUCRS.
• Implantar normas e rotinas que minimizem os riscos ocupacionais a que estão expostos os profissionais de saúde, estabelecendo-se as medidas preventivas.
• Criar uma consciência preventiva entre os profissionais de saúde, traduzindo-se em posturas voltadas para a biossegurança.
• Estabelecer protocolos de acompanhamento dos acidentes de trabalho com exposição aos materiais biológicos.
• Garantir processos de desinfecção e esterilização adequados e eficazes. 3. TERMINOLOGIA • ANTISSEPSIA – É o procedimento que visa o controle de infecção a
partir do uso de substâncias microbiocidas de uso na pele ou mucosas. • ASSEPSIA – É o conjunto de métodos empregados para impedir que
determinado local, superfície, equipamento e/ou instrumental seja contaminado.
• ARTIGOS – São instrumentos de diversas naturezas que podem ser
veículos de contaminação. • ARTIGOS CRÍTICOS – São os artigos que penetram através da pele e
mucosas adjacentes, atingindo tecidos subepteliais e sistema vascular. Inclui materiais como agulhas, lâminas de bisturi, sondas exploradoras, sondas periodontais, material cirúrgico e outros. Exigem esterilização ou uso único (descartável).
• ARTIGOS SEMI-CRÍTICOS – São aqueles que entram em contato com
a pele não íntegra ou com mucosas íntegras, como condensadores de amálgama, espátulas de inserção de resinas, etc. Exigem desinfecção de alta atividade biocida ou esterilização.
• ARTIGOS NÃO CRÍTICOS – São aqueles que entram em contato com
apenas a pele íntegra do paciente, como refletor, macas, cadeiras, piso e mobiliário em geral. Exigem limpeza e desinfecção de atividade biocida intermediária.
• DESCONTAMINAÇÃO – É o método de eliminação parcial ou total de microorganismos dos artigos e superfícies.
• DESINFECÇÃO – Processo físico ou químico que elimina as formas
vegetativas de microorganismos, exceto os esporulados. • DESINFECÇÃO DE ATIVIDADE BIOCIDA ALTA – Quando os
desinfetantes são eficazes contra todas as formas vegetativas e destroem parcialmente os esporos.
• DESINFECÇÃO DE ATIVIDADE BIOCIDA BAIXA – Quando os
desinfetantes têm somente ação contra as bactérias vegetativas. • DESINFECÇÃO DE ATIVIDADE BIOCIDA INTERMEDIÁRIA –
Quando os desinfetantes não destroem esporos, têm ação sobre o bacilo da tuberculose, ampla ação sobre vírus e fungos, porém não destroem todos eles.
• ESTERILIZAÇÃO – é o processo de destruição de todas as formas de
vida microbiana, inclusive os esporulados, mediante aplicação de agentes físicos e/ou químicos.
• LIMPEZA – É a remoção mecânica e/ou química da sujidade, visando a
remoção de resíduos orgânicos, realizada anteriormente à desinfecção e à esterilização.
• MONITORIZAÇÃO – É o controle periódico de eficiência do processo,
garantindo que as especificações validadas para os processos estão dentro do padrão estabelecido.
• INFECÇÕES CRUZADAS –
4. ORIENTAÇÕES GERAIS 4.1 Todos os consultórios médicos, odontológicos e ambulatórios de enfermagem deverão estar providos de: • Sabão líquido, de preferência germicida, com mecanismo dispensador
que impeça o refluxo da solução. Os dispensadores (saboneteiras) deverão ser limpos semanalmente com água, sabão ou sabonete em barra.
• Papel toalha, sendo proibida a utilização de toalhas de pano (salvo se autoclavado, envelopado e esterilizado).
• Pote com tampa, com algodão cortado e seco, para limpeza de equipamentos.
• Dispensador com álcool a 70%, para limpeza de equipamentos. 4.2 É proibida a varredura seca das dependências físicas dos ambulatórios e
consultórios médicos. 4.3 O piso de todas as dependências físicas dos ambulatórios deve ser de
material liso, resistente, lavável e impermeável. 4.4 As paredes devem ser de cor clara, de materiais lisos, resistentes e
laváveis. 4.5 Todo consultório odontológico e sala de procedimentos devem estar
providos de recipiente adequado ao descarte de agulhas utilizadas, dos resíduos restauradores e orgânicos.
4.6 São proibidas a aquisições e utilizações de produtos químicos desinfetantes e esterilizantes que não estejam descritos neste manual (salvo se acompanhados de parecer prévio da Comissão).
4.7 A coleta do lixo dos consultórios médicos, odontológicos e ambulatórios de enfermagem deverá ser realizada em separado do lixo comum, conforme as normas determinadas pela Legislação Municipal.
4.8 Todo material que não possa ser submetido a esterilização química, física ou térmica deverá ser embalado em saco plástico e/ou filme de PVC, previamente ao atendimento e uso em paciente. Ex.: películas radiográficas e mangueiras de aspiração.
4.9 Todo o ambulatório que possuir autoclave e/ou estufa deverá seguir a normatização de preparo de material, que consta neste Manual, ficando a cargo da funcionária, nele lotada, a supervisão e execução destas medidas.
4.10 A Comissão de Biossegurança deve ser o fórum para discussão sobre novas tendências técnicas a serem seguidas na faculdade de Odontologia.
4.11 As aquisições de novos equipamentos ou substituição de rotinas técnicas ou medicamentosas que se relacionem com a Biossegurança devem ser também avaliadas pela Comissão de Biossegurança, que emitirá parecer técnico. As solicitações de pareceres devem ser realizadas por escrito, através de ofício com justificativa.
4.12 Canetas de alta rotação, com sistema Pusch Botom devem ser recomendadas para aquisição dos alunos pelos regentes das disciplinas clínicas.
4.13 Na impossibilidade de, o aluno, possuir duas ou mais canetas de alta e baixa rotações, este deverá proceder a descontaminação com álcool 70% e a cobertura desta com filme PVC ou saco plástico.
5. CENTRAL DE ESTERILIZAÇÃO A Central de Esterilização da Faculdade de Odontologia devem apresentar as seguintes características gerais: - Atender alunos que necessitem esterilização de instrumental de uso nas
clínicas de graduação e pós-graduação em Odontologia. - Regime de funcionamento das 8h às 19h, de 2 a a 6a feira, podendo ser
ampliado conforme a necessidade e evolução da própria Faculdade. - Possuir rotinas de esterilização indicadas neste manual. - Possuir armários específicos e organizados para a armazenagem e
resfriamento das caixas metálicas submetidas a esterilização. - Possuir funcionário responsável pela organização e funcionamento deste
setor durante o turno de trabalho da Faculdade. - Possuir ambiente de preparo, envelopagem, etiquetação, restrito aos
funcionários ali lotados. - Estar localizado em área física térrea salubre e de fácil acesso a todas as
clínicas que dele dependam.
6. LIMPEZA E DESINFECÇÃO DE PISOS, SUPERFÍCIES E
EQUIPAMENTOS
MATERIAL PROCEDIMENTO PERIODICIDADE Escrivaninha e cadeira Limpeza com água e sabão neutro.
Fricção com álcool 70% Diária, após cada turno de trabalho
Macas e cadeiras de exames
Fricção com álcool 70%. Limpeza com água e sabão neutro.
Após cada paciente. Semanal
Escadas Limpeza com água e sabão neutro. Diária Telefone Fricção com álcool 70% Diária Piso Limpeza com água e sabão neutro.
Desinfecção com hipoclorito de sódio a 1%. Fricção.
Diária
Janelas, Luminárias e Paredes
Limpeza com água e sabão neutro. Semanal
Balanças (pediátricas e adultos)
Limpeza com água e sabão neutro e fricção com álcool 70%.
Diária, após cada turno de trabalho.
Armários e balcões Limpeza com água e sabão neutro. Diária Pias Limpeza com água e sabão neutro.
Desinfecção com hipoclorito de sódio a 1%. Fricção
Diária
Refletor Fricção com álcool a 70%. A cada atendimento Cuspideira Limpeza com água e sabão neutro.
Desinfecção com hipoclorito de sódio a 1%. Fricção
A cada atendimento
Equipo Odontológico Limpeza com água e sabão neutro. Desinfeção com hipoclorito de sódio a 1% ou fricção com álcool 70%.
A cada atendimento
Pontas (alta e baixa rotação, seringa tríplice, aparelho ultra-som, fotopolimerizador.
Limpeza com água e sabão neutro. Autoclave e álcool etílico 70%.
A cada atendimento
RX Limpeza com água e sabão neutro e desinfecção com álcool 70% - Fricção
A cada atendimento
7. LIMPEZA DE SUPERFÍCIES COM MATÉRIA ORGÂNICA
Superfícies com presença de matéria orgânica
Desinfecção Descontaminação
Retirar matéria orgânica com pano
ou papel
Aplicar o produto Aplicar o desinfetante
Após o tempo de ação, remover o
desinfetante da área
Após o tempo de ação, retirar
produto/resíduo com pano ou papel
Limpar com água e sabão o restante da área
Secar as superfícies
8. DESINFECÇÃO E ESTERILIZAÇÃO DE INSTRUMENTOS
MATERIAL PROCEDIMENTO PERIODICIDADE Otoscópios-Cabos Limpeza com água e
sabão neutro Diária, após cada turno de trabalho.
Cotonetes Limpeza com água e sabão neutro e fricção álcool 70%
Após uso
Estetoscópio Fricção com álcool 70% Após cada paciente Termômetro Fricção com álcool
70%. Guardar em lugar seco
Após cada paciente
Esfigmomanômetro Fricção com álcool 70% Trocar manguito sempre que o mesmo estiver sujo.
Diária, após cada turno de trabalho
Instrumental de aço Esterilizar em estufa ou autoclave
Após o uso
Instrumental de fibra ou plástico
Glutaraldeído 2% Após uso
Instrumental cirúrgico Esterilizar em estufa ou autoclave
Após o uso
Brocas de aço para cirurgia
Esterilizar em estufa ou autoclave
Após o uso
Brocas de aço para clínicas
Esterilizar em estufa ou autoclave
Após o uso
Moldeiras de alumínio ou aço
Esterilizar em estufa ou autoclave
Após o uso
Moldeiras de plástico Esterilizar em glutaraldeído 2%
Após o uso
Agulhas de aço para irrigação
Esterilizar em estufa ou autoclave
Após o uso
Moldes Descontaminar com spray de glutaraldeído 2%
Após o uso
Pontas montadas de pedra
Estufa ou autoclave
Discos, rodas, pontas, taças de borracha
Glutaraldeído 2% Após o uso
Nebulizador Limpeza com água e sabão neutro
Após o uso
Aparelhos e Máscaras 1a Limpeza prévia 2o Desinfeção com glutaraldeído por 30 min 3o Lavar em água corrente, secar e guardar em local seco e protegido.
Após o uso
Curativos Embalar em papel Kraft ou embalagem para autoclave
Conforme validade 15 dias.
Instrumental e Gazes Esterilizar em estufa a 160o por 120 min. Guardar em lugar seco Não deixar imerso em solução
Balcões e Bandejas Desinfecção com álcool 70%
Diária
Suporte de soro e apoio para braço
Limpeza com água e sabão neutro
Diária
Re............ de vidro e Caixa plásticas
Limpeza com detergente neutro
Ao término da validade da promoção ou a cada 7 dias.
Autoclave Limpeza com detergente neutro Trocar água destilada.
Semanal Diária
Estufa Limpeza com detergente neutro
Semanal
9. PROCEDIMENTOS DE ESTERILIZAÇÃO 9.1 DESINFECÇÃO PRÉVIA, LIMPEZA E SECAGEM • Antes de qualquer processo, o material deverá sofrer descontaminação
através de imersão em produto químico ( Glutaraldeído 2%) por 10 min. • A limpeza deve ser realizada através de fricção mecânica com água e
sabão líquido neutro. Usar EPI (luvas de borracha) • A secagem deve ser realizada com papel toalha ou pano limpo e seco. 9.2 AUTOCLAVE • EMBALAGEM – Utilizar invólucro de papel Kraft, tecido de algodão
cru duplo, papel grau cirúrgico, filme poliamida entre 50 e 100 micras de espessura.
• IDENTIFICAÇÃO – Rotular o material com fita crepe termossensível, indicando a data da esterilização, a data da validade e o tipo de material.
• CONTROLE BIOLÓGICO – Bacillus Stearothermophilus, 1 vez por mês e após cada manutenção.
• TEMPO DE ESTERILIZAÇÃO – 30 minutos a 127o C. • VALIDADE DE ESTERILIZAÇÃO – 15 dias, ou menor, se o invólucro
estiver em más condições. • RECOMENDAÇÕES DE USO – Observar recomendações do fabricante
em relação aos dispositivos de segurança, limpeza e reposição da água no reservatório. Dispor o material na autoclave de forma a permitir a penetração e circulação do vapor e a eliminação do ar, utilizando 80% da capacidade. Abrir gradualmente a porta da autoclave para evitar a condensação do vapor residual.
• ARMAZENAMENTO – O material esterilizado deve ficar em local seco, com umidade relativa do ar entre 30 a 60%, temperatura em torno de 25oC. Evitar a remoção dos artigos esterilizados de dentro da estufa ou autoclave antes do total resfriamento, evitando diminuir a resistência das embalagens, especialmente as de papel Kraft.
9.3 ESTUFA • EMBALAGEM – Utilizar caixa metálicas, papel laminado de alumínio e
papel Kraft. • IDENTIFICAÇÃO – Rotular o material com fita crepe termossensível,
indicando a data da esterilização, a data da validade e o tipo de material. • CONTROLE BIOLÓGICO – Bacillus Subtilis, 1 vez por mês e após
cada manutenção. • TEMPO DE ESTERILIZAÇÃO – 120 minutos a 160oC ou 60 minutos a
170oC. • VALIDADE DE ESTERILIZAÇÃO – 15 dias, ou menor, se o invólucro
estiver em más condições. • RECOMENDAÇÕES DE USO – A contagem de tempo de esterilização
somente deve ser iniciada após a estabilização da temperatura no ponto desejado. Deve-se usar sempre o termômetro de mercúrio, para controle de temperatura, pois o termostato nem sempre oferece regulagem correta. A estufa não deve ser sobrecarregada. Fechas as caixa metálicas dentro da câmara da estufa antes de retirá-las, evitando contato com o ambiente e recontaminação.
• ARMAZENAMENTO – O material esterilizado deve ficar em local seco, com umidade relativa do ar entre 30 a 60%, temperatura em torno de 25oC. Evitar a remoção dos artigos esterilizados de dentro da estufa ou autoclave antes do total resfriamento, evitando diminuir a resistência das embalagens, especialmente as de papel Kraft.
9.4 ESTERILIZAÇÃO QUÍMICA Para que a esterilização por meio químico seja eficaz, fazem-se necessários os seguintes cuidados: • Imergir o artigo na solução adequada, preenchendo o interior das
tubulações e reentrâncias com auxílio de seringa, evitando a formação de bolhas de ar.
• Usar EPI (luvas de borracha, óculos de proteção e máscara) e manter o ambiente arejado, com boa ventilação local.
• Observar e respeitar o tempo de exposição indicado, mantendo o recipiente tampado.
• Enxaguar artigos submetidos, inclusive o interior das tubulações, com água esterilizada e técnica asséptica. Recomendam-se múltiplos enxágües para eliminar os resíduos do produto utilizado.
• Secar externamente os artigos, com técnica asséptica e compressa estéril. • Acondicionar o artigo processado em recipiente adequado e estéril. • O único esterilizante químico autorizado é o glutaraldeído 2%, devendo
ser utilizado com imersão total por 8 a 10 horas. Além de ser observado o prazo de validade, devem ser observadas as condições do produto, com rediluição e presença de sujidade.
• A esterilização química deve ser utilizada somente para produtos termossensíveis, como artigos de acrílico, plástico, nylon, tubos de borracha e silicone.
• Na utilização de glutaraldeído, não misturar artigos de materiais diferentes, pois pode haver corrosão eletrolítica. Utilizar a solução em recipientes plásticos ou de vidro, sempre tampados. Materiais porosos podem reter o produto, devendo ser enxaguados rigorosamente.
10. PROCEDIMENTOS DE DESINFECÇÃO Os agentes químicos para desinfecção nos ambulatórios e consultórios deve ser aqueles registrados no Ministério da Saúde como desinfetantes hospitalares. Devem ser efetivas contra o bacilo da tuberculose, suas atividades virucida deve incluir vírus hidrofílicos, como o herpes simples 1 e 2, Influenza, HIV, Lipofílicos, Rotavírus e Polivírus. Estas especificações devem constar no rótulo do produto. Os produtos autorizados para serem utilizados nos Ambulatórios da FOPUCRS são:
� Compostos clorados – São liberadores de cloro ativo, sendo o mais utilizado o HIPOCLORITO DE SÓDIO. É indicado para desinfecção de nível intermediário de artigos nas concentrações que variam de 0,02 a 1%, devendo o artigo ficar submerso por um período de 20 a 60 minutos. Sua atividade é dificultada pela presença de altas temperaturas. O cloro é altamente corrosivo para metais.
O Hipoclorito de Sódio deve ser colocado em recipiente plástico escuro com tampa, devendo ser utilizado imediatamente após a diluição e desprezado em 24 horas. Diluição: Normalmente, as águas sanitárias são comercializadas em uma concentração de 2,5%. Para desinfecção, utiliza-se uma concentração de 1%. Realizamos a seguinte diluição: Relação de 25 partes de água para 1 parte de Hipoclorito de Sódio a 2,5%. Exemplo: 25 copos de água destilada para 1 copo de Hipoclorito de Sódio ou 960 ml de água destilada para 40ml de Hipoclorito de Sódio.
� Álcoois: O produto a ser utilizado é o Álcool Etílico a 70%. Os álcoois são bactericidas de baixa potência, destroem o bacilo da tuberculose e o vírus da herpes simples, mas não o vírus da hepatite B. São irritantes à pele quando deixados por períodos prolongados e causam seu ressecamento.
O álcool evapora rapidamente sendo que os materiais devem ser friccionados na superfície. Não é aconselhável imergir os materiais em álcool, devido a sua evaporação e pela dificuldade de ação quando em contato com o material. Não pode ser utilizado em acrílico, borracha e tubos plásticos.
� Glutaraldeído: A concentração mais utilizada é 2%, sendo efetivo contra todos os microorganismos ( bactericida, viruscida, micobactericida e fungicida). É um desinfetante de alto nível e esterilizante, mas não pode ser utilizado como anticéptico, pois provoca irritação da pele.
É utilizado na desinfecção de objetos sensíveis ao calor, os quais devem ser submersos em solução por 30 minutos. O produto deve ser ativado (após ativado, o prazo de validade varia de 14 a 28 dias, conforme o fabricante). Devem ser observados os mesmos cuidados com o produto, conforme descrição no item 9.4.
11. EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL Todos os profissionais de saúde e alunos, devem utilizar os seguintes equipamentos de proteção individual e uniforme: • LUVAS – cirurgias estéreis, utilizadas a cada paciente, sempre que
houver risco de contato da pele das mãos e antebraços com sangue, secreções ou mucosas durante o atendimento ou na manipulação de instrumentos ou superfícies. Deverão ser observados os seguintes cuidados: a) não manipular objetos fora do campo de trabalho enquanto estiver de
luvas (canetas, fichas, maçanetas e telefones); b) retirar as luvas após o término do tratamento do paciente, sem tocar na
parte externa das luvas; c) lavar as mãos assim que retirar as luvas; d) utilizar dois pares de luvas de procedimentos cirúrgicos de longa
duração ou com sangramento profuso, para maior proteção. • MASCARAS – descartáveis, não devendo ficar pendurada no pescoço,
necessita ser trocada a cada paciente ou sempre que ficar úmida. • GORRO – descartável, trocando a cada paciente, sempre que houver
risco de respingar sangue ou secreções. • ÓCULOS DE PROTEÇÃO E PROTETORES FACIAIS – tem por
objetivo proteger a mucosa ocular e face, de secreções contaminantes. É de uso individual, devendo ser limpo e desinfetado com glutaraldeído a 2% a cada paciente.
• AVENTAL – deve ser usado sempre, podendo ser de pano ou descartável. Deverá ser trocado periodicamente ou sempre que contaminado por fluídos corpóreos.
• EMBALAGEM PLÁSTICAS TIPO SACO PARA TALHERES – diâmetro de 4cm e/ou filmes de PVC.
Todo empregado deverá, ao receber o equipamento de proteção individual, assinar seu recebimento, conforme modelos de recibos anexos e ser arquivado na Secretaria. • Todo aluno deverá providenciar seu equipamento de proteção individual.
12. POSTURAS INDIVIDUAIS DE PREVENÇÃO � É terminantemente proibido comer, beber ou fumar nas áreas restritas a
atendimentos a pacientes. � As mãos devem ser lavadas antes do atendimento de cada paciente, antes
de calçar as luvas, imediatamente após a remoção das luvas e quando as mãos forem contaminadas em caso de acidentes.
� Na lavagem das mãos, proceda da seguinte forma: - Retire anéis, relógios, pulseiras, fitas ou adesivos quaisquer; - Ensaboe as mãos e a metade dos antebraços por, no mínimo, 10
segundos; - Enxágüe em abundante água fria; - Seque com toalha de papel; - Feche a torneira sem tocar na mesma, através de acionador de pedal,
cotovelo ou papel toalha; - Quando for realizado procedimento cirúrgico, a técnica deve incluir
escovação, uso de anticéptico e secagem das mãos com compressas estéreis.
� Os materiais descartáveis não podem ser reutilizados, devendo ser
desprezados adequadamente, imediatamente após o uso. � As agulhas descartáveis utilizadas jamais devem ser recapadas. Todo sangue derramado deve ser imediatamente limpo conforme rotina estabelecida no item 6. � A Direção da Faculdade deve engajar-se e viabilizar programas de
vacinação de professores, alunos e funcionários para o controle da hepatite e Tétano. A comprovação (carteira de vacinação por exemplo) deve ser encaminhada a Secretaria antes do início das atividades com pacientes.
� A existência de doença infecto-contagiosa deve ser comunicada prontamente à Direção, objetivando evitar a perda de conteúdo e conseqüente comprometimento do semestre letivo dos alunos.
13. ACIDENTE COM MATERIAL BIOLÓGICO 13.1 TIPOS DE ACIDENTE Consideramos acidentes com material biológico, que devem ser notificados, os seguintes tipos de acidentes: • Ferimentos com objetos perfuro-cortantes contaminados ou suspeitos de
contaminação, por sangue ou outros produtos biológicos humanos (secreções e excreções);
• Ferimentos com objetos perfuro-cortantes não contaminados por sangue ou outros produtos biológicos humanos, mas que abriram a barreira cutânea, podendo permitir sua entrada durante a atividade normal;
• Respingos de sangue ou outros produtos biológicos humanos em mucosas;
• Contaminação de lesões cutâneas previamente existentes com produtos biológicos humanos.
13.2 CUIDADOS NO MOMENTO DO ACIDENTE • Em caso de ferimentos perfuro-cortantes: fazer sangrar a lesão, lavar
durante 5 a 10 minutos com água e sabão, enxaguar e realizar antissepsia com álcool a 70% ou PVP-I (POLI VINIL PIRROLIDONA – IODO);
• Em casos de projeção sobre as mucosas: lavar abundantemente com água ou soro fisiológico;
• Em caso de contato com apele lesada: limpar com água e sabão e realizar antissepsia com PVP-I.
13.3 COMUNICAÇÃO DO ACIDENTE • Em todos os ambulatórios deverão ser disponibilizados os formulários de
Acidente com Material Biológico. • Todo acidente que ocorra com os empregados e alunos, lotados nos
ambulatórios, onde haja exposição do empregado a fluídos corporais (sangue, secreções, etc.) bem como com material biológico, deve ser imediatamente comunicado à Secretaria da Faculdade, conforme normas em vigor;
• Ao realizar a comunicação, a Supervisão do Ambulatório deverá identificar os seguintes itens:
- nome completo do paciente-fonte (se for dependente, incluir o nome do familiar);
- nome do profissional ou aluno exposto; - data, hora e lugar da exposição; - tipo de exposição (descrição do acidente) • A Secretaria, com base nos dados acima, preencherá a ficha de
Encaminhamento por Acidente com Material Biológico, conforme modelo anexo, adotando as seguintes providências:
- Encaminhar ao Prontopuc (Hospital São Lucas) para pronto atendimento. - Coletar material necessário para exames laboratoriais do paciente-fonte,
mediante autorização por escrito do mesmo; - Coletar material necessário para exames laboratoriais do profissional; - Indicação do tratamento e acompanhamento necessário, conforme rotinas
do haspital são Lucas e Setor de Infectologia. • Recomenda-se que o profissional utilize preservativo nas relações sexuais
e não faça doação de sangue durante o período de acompanhamento. • Para utilização de medicação antiretroviral, o médico do trabalho ou
especialista deverá preencher o formulário específico do Ministério da saúde, para solicitação dos medicamentos.
• Além dos procedimentos acima, deverão ser preenchidos os formulários CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho) e LISA (Levantamento Interno Sobre Acidente), mesmo que o acidente seja de pequena monta e não houver afastamento do trabalho, no caso do acidentado ser funcionário da PUCRS.
ANEXO 1
COMPROVANTE DE RECEBIMENTO DE EQUIPAMENTO DE
PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI
NOME DO EMPREGADO____________________________________________
CARGO: __________________________________LOTAÇÃO: _____________
MATRÍCULA: __________________________
Declaro que recebi o(s) EPI abaixo relacionado(s) e estou ciente da sua importância e de que devo: • Usar o equipamento somente para o fim a que se destina; • Dispensar os cuidados devido quanto à sua guarda, conservação e
funcionamento; • Comunicar ao chefe imediato qualquer ocorrência relacionada com a
utilização ou extravio do EPI; • Responsabilizar-me pela danificação do EPI, pelo uso inadequado ou fora
das atividades a que se destina.
DATA EQUIPAMENTO ENTREGA VALIDADE
_____________________, ________DE __________________ DE 200 .
ASSINATURA DO EMPREGADO
ANEXO 2
RECOMENDAÇÕES PARA QUIMIOPROFILAXIA APÓS A
EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AO HIV
TIPO DE EXPOSIÇÃO
MATERIAL FONTE PROFILAXIA (1) ESQUEMA ANTI-RETROVIRAL(2)
PERCUTÂNEA a) Sangue (3) - risco mais elevado - risco aumentado - sem risco aumentado b) Líquido orgânico contendo sangue visível, outro líquido ou tecido potencialmente infeccioso(5). c) Outro líquido corporal (por exemplo urina)
Recomendar Recomendar Oferecer Oferecer Não oferecer
AZT+3TC+IP(4) AZT+3TC+IP(4) AZT+3TC AZT+3TC
DE MUCOSA b) Sangue (3) - risco mais elevado - risco aumentado - sem risco aumentado b) Líquido orgânico contendo sangue visível, outro líquido ou tecido potencialmente infeccioso(5). c) Outro líquido corporal (por exemplo, urina)
Oferecer Oferecer Não oferecer
AZT+3TC=IP(4) AZT+3TC
DE PELE, RISCO AUMENTADO
c) Sangue (3) - risco mais elevado - risco aumentado - sem risco aumentado b) Líquido orgânico contendo sangue visível, outro líquido ou tecido potencialmente infeccioso(5). c) Outro líquido corporal (por exemplo, urina)
Oferecer Oferecer Não oferecer
AZT+3TC+IP(4) AZT+3TC
ANEXO 2 (CONTINUAÇÃO) (1) Recomendar: A profilaxia pós-exposição deve ser recomendada ao
profissional exposto, com aconselhamento. Oferecer: A profilaxia pós-exposição deve ser oferecida ao profissional exposto, com aconselhamento. Não oferecer: A profilaxia pós-exposição não deve ser oferecida, pois não houve exposição ocupacional ao HIV.
(2) Esquema Anti-retroviral: AZT 200mg três vezes ao dia; 3TC 150mg
duas vezes ao dia; Indinavir 800mg três vezes ao dia por 4 semanas. A opção pelo Indinavir deve-se a sua tolerância. Na falta ou impossibilidade de seu uso, deve-se preferir o Ritonavir 600mg, duas vezes ao dia, por 4 semanas, ao saquinavir, devido à baixa biodisponibilidade deste último.
(3) Risco mais elevado: Presença de ambos, maior volume de sangue (por
exemplo, ferimentos por agulha de grosso calibre) e sangue contendo alto teor de HIV (por exemplo, doença retroviral aguda ou AIDS terminal). Risco aumentado: Presença de um dos dois: maior volume de sangue ou sangue contendo alto teor de HIV. Sem Risco Aumentado: Ausência de ambos os fatores de risco.
(4) IP: Inibidor de protease , com opção pelo Indivanir devido ao fato de ser melhor tolerado. Na impossibilidade do seu uso, recomenda-se Ritonavir.
(5) Inclui: Sêmem, secreção vaginal, líquor, líquido sinovial, peritoneal,
pericárdio e amniótico. (6) Pele: Para a pele, o risco é maior para exposição que envolva uma alta
carga de HIV, contato prolongado, área extensa, ou uma área na qual a integridade da pele está visivelmente comprometida; para exposição de pele sem maior risco, o risco de toxicidade ultrapassa o benefício da profilaxia pós-exposição.
Observações: • Em situações em que a condição do paciente-fonte não for conhecida,
deve-se:
- iniciar esquema anti-retroviral de acordo com a graduação do risco de acidente;
- solicitar sorologia para HIV do paciente-fonte e, caso este seja negativo, suspender a quimioprofilaxia.
• Deve-se solicitar sorologia para HIV, imediatamente após o acidente,
para todo indivíduo que sofra exposição ocupacional ao HIV. Caso o resultado do teste seja positivo, encaminhar para acompanhamento específico.
ANEXO 3
FICHA DE REGISTRO DE ACIDENTE DE TRABALHO COM MATERIAL BIOLÓGICO NA FACULDADE DE ODONTOLOGIA DA PUCRS
Nome do profissional exposto: _____________________________________________ ( ) aluno ( ) funcionário
( ) professor Nome do Paciente-fonte:__________________________________________________________________ Data do acidente:____________ Hora: ___________ Clínica:________________ Departamento:________ Descrição da exposição: ( ) cortante ( ) Perfurante ( ) Outros
______________________________________________________________________________________ Situação de imunização do profissional exposto: (Hospital São Lucas – Prontopuc) Não vacinado Vacinado, anti-Hbs não documentado Vacinado sabidamente, anti-Hbs Vacinado, anti-Hbs não documentado negativo há menos de 1 ano Tipo de exposição: Percutâneo Mucosa pele Pele Tipo de material: Sangue Fluído contendo sangue visível Outros líquidos orgânicos Exames do paciente-fonte: Tipo de exame Data da realização Resultado Laboratório HBS Ag ______________ __ _________________
_______________________
Anti-Hbg ______________ __ _________________
_______________________
Anti-HCv ______________ __ _________________
_______________________
Anti-HIV ______________ __ _________________
_______________________
HIV - PCR ______________ __ _________________
_______________________
Uso de Medicação Retroviral: Sim Não Médico__________________ CRM: _________ Recomendações:________________________________________________________________________ Responsável pelo preenchimento:______________________________ Matrícula: ___________________
ANEXO 4
AVALIAÇÃO DO ACIDENTE COM MATERIAL BIOLÓGICO
Paciente-fonte Estado vacinal do profissional
exposto
Sorologia solicitada para profissional exposto DIA
ZERO
Resultados
Tratamento e
Acompanhamento
Hbs-Ag + ou desconhecido
Não vacinado Hbs-Ag Anti-Hbs
Anto Hbs + Nenhum
Possível Hbs-Ag +
Vacinado sabidamente
Anti-Hbs
Hbs-Ag
Anti-Hbs
Hbs-Ag +
Anti-Hbs -
Acompanhamento com especialista
Vacinado
Anti-Hbs não documentado
Hbs-Ag
Anti-Hbs
Anti-Hbs +
Anti-Hbs -
Nenhum
Imunogoblina para Hepatite B e 1a dose
da vacina Solicitar Hbs-Ag, anti-Hbc de 3 em 3 meses até completar 1 ano.
Vacinado, Anti-Hbs
documentado num intervalo maior de 1 ano
Anti-Hbs opcional
AntiHbs + Nenhum
Anti-HCV + ou desconhecido possível anti-
HCV +
Anti-HCV Anti-HCV +
Anti-HCV -
Acompanhamento com especialista
Solicitar anti-HCV de
3 em 3 meses até completar 1 ano
Anti-HIV + ou desconhecido possível Anti
HIV +
Anti-HIV Anti-HIV +
Anti-HIV -
Acompanhamento com especialista
Solicitar Anti-HIV no
2o, 4o, 6o e 12o mês
� A imunogoblina para Hepatite B deve ser aplicada o mais cedo possível
preferencialmente até 24 horas da exposição, uma única dose (0,06 ml/Kg) IM. � A quimioprofilaxia para o vírus da imunodeficiência deve ser iniciado imediatamente
após o acidente e somente ser suspensa após o resultado dos exames.
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Faculdade de Odontologia – Comissão de Esterilização e Biossegurança
Protocolo para Encaminhamento em Caso de Acidentes Punctórios, Lacerantes e Lancetados que apresentam Solução de Continuidade e são suspeitos de riscos de contaminação por HIV, HbV e demais patologias infecto-contagiosas. A Faculdade de Odontologia da PUCRS, encaminha o(a) Aluno(a)........................................................................................ para receber Atendimento no Serviço ................................................................................... tendo em vista acidente, de sua responsabilidade, com risco à contaminação a DTS-AIDS e demais Patologias Infecto-Contagiosas durante atividade prática-profissional, nesta Escola. Porto Alegre, ............de ................................. de ........... ....................................................................... Professor responsável
FACULDADE DE ODONTOLOGIA
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE ODONTOLOGIA
COMISSÃO DE BIOSSEGURANÇA
ESQUEMA PADRÃO MEDICAMENTOSO
PROTOCOLO PADRÃO / ANTIBIÓTICOS Terapêutica: Amoxicilina comprimidos 500mg 8/8 horas por 7 dias. Alérgicos: Clindamicina comprimidos 300mg 8/8 horas por 5 dias. Metronidazol (Flagyl) comprimidos 400mg 6/6 horas por 7 dias. Profilaxia: Amoxicilina comprimidos 2 g dose única 2 horas antes do procedimento. Profilaxia: Amoxicilina comprimidos 2g dose única 2 horas antes do procedimento Alérgicos: Clindamicina comprimidos 600mg dose única 2 horas antes do procedimento. Metronidazol (Flagyl) comprimidos lg dose única 2 horas antes do procedimento. PROTOCOLO PADRÃO / ANTIINFLAMATÓRIOS Terapêutica: Diclofenaco de Sódio 50mg comprimidos 6/6 horas por 05 dias ou a critério. Alérgicos: Cetoprofeno (Profenid)100mg comprimidos 8/8 horas por 05 dias ou a critério. PROTOCOLO PADRÃO / ANALGÉSICOS Terapêutica: Paracetamol 750mg drágeas 4/4 horas por 24 horas, ou a critério. Alérgicos: Ibuprofeno (Motrin) 300mg comprimidos 6/6 horas por 24horas, ou a critério. PROTOCOLO PADRÃO / COLUTÓRIOS Terapêutica: Benzidamina (Flogoral) frasco (diluir uma colher de sopa em ½ copo de água) bochechar 3 a 4 vezes ao dia, por 07 dias, ou a critério. Clorexidina 0,012% bochecho 1 vez ao dia por 7 dias, ou a critério (uso prolongado provoca manchamento nos dentes (reversível) e nas restaurações estéticas (por vezes irreversível). Alérgicos: Cloreto de Cetilpiridínio (Cepacol) bochechos 2 a 3 vezes dia, por 7 dias, ou a critério. Observação:
• Todas as medicações devem ser prescritas por via oral e registradas no prontuário do paciente. • Variações deste protocolo devem ser justificados no prontuário pelo professor orientador do caso. • A ocorrência de reações adversas devem, obrigatoriamente, serem registradas na Comissão de Biossegurança e posterior encaminhamento ao Programa de Farmacovigilância – ANVISA (formulário próprio).
Dr. Rogério Miranda Pagnoncelli Presidente da Comissão de Biossegurança
Rep. Programa de Farmacovigilância Fac. Odontologia PUCRS