manual de controlo interno (4.ª versão) - ipca.pt · 2 / 180 manual de controlo interno...
TRANSCRIPT
MANUAL DE CONTROLO
INTERNO (4.ª versão) Aprovado pelo Conselho de Gestão, em reunião de 16 de maio de 2012.
www.ipca.pt
2 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
Preâmbulo
A Portaria n.º 794/2000, de 20 de Setembro, que aprovou o POC - Educação, estabelece no ponto 2.9 que as
entidades contabilísticas obrigadas a utilizar o POC - Educação “(…) adoptarão um sistema de controlo
interno, políticas, métodos, técnicas e procedimentos de controlo, bem como quaisquer outros a definir pelos
respectivos órgãos de gestão.”
Refere ainda que “(…) o sistema de controlo interno a adoptar pela instituição, compreende um conjunto de
procedimentos tendentes a garantir:
a) A salvaguarda dos activos;
b) O registo e actualização do imobilizado da Entidade;
c) A legalidade e a regularidade das operações;
d) A integralidade e exactidão dos registos contabilísticos;
e) A execução dos planos e políticas superiormente definidos;
f) A eficácia da gestão e a qualidade da informação;
g) A imagem fiel das demonstrações financeiras.”
Para além da definição dos objetivos do controlo interno, o POC - Educação refere também no seu ponto
2.9.3, que o controlo interno deverá incluir princípios básicos, a seguir mencionados, que lhe dão
consistência:
a) Segregação de funções, de forma a evitar que sejam atribuídas a mesma pessoa duas ou mais
funções concomitantes, com o objetivo de impedir ou dificultar a prática de erros ou irregularidades ou
a sua dissimulação;
b) Controlo das operações, consistindo na verificação ou conferência das operações, que de acordo
com o princípio da segregação de funções deve ser feita por pessoa (s) diferente (s) que interveio na
sua realização ou registo;
c) Definição de autoridade e de responsabilidade, nomeadamente níveis de autoridade e de
responsabilidade em relação a qualquer operação;
3 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
d) Pessoal qualificado, competente e responsável, devendo ter habilitações literárias e técnicas
necessárias e a experiencia profissional adequada ao exercício das funções que lhe são atribuídas;
e) Registo metódico dos factos, devendo ter em conta a observância das regras contabilísticas
aplicáveis e os comprovantes ou documentos justificativos;
f) Outros princípios: todas as operações devem ser autorizadas; o pessoal de cada departamento
deve ser sujeito a rotações periódicas entre si; todos os resultados deverão ser adequadamente
avaliados e deverá ser facultada formação permanente ao pessoal.
De forma a dar cumprimento ao POC-Educação, leis e regulamentos, são de salientar os seguintes
procedimentos ou decisões do IPCA com vista ao controlo interno:
a) Desde 13 de Maio de 2008 que o IPCA tem um Fiscal Único o qual, para além da normal certificação
das contas, colabora com a instituição em auditorias e na emissão de pareceres solicitados;
b) Os Serviços Financeiros, antes da autorização da realização da despesa e do respetivo pagamento,
verificam se todos os processos estão de acordo com as normas internas e com a Lei;
c) Em finais de 2009, a Comissão Instaladora aprovou o Plano Anticorrupção exigido pelo Tribunal de
Contas e que se encontra disponível na página internet do IPCA e que se anexa ao presente MCI;
d) Em Janeiro de 2010 foi criado um Gabinete de Auditoria Interna;
e) Em 20 de Janeiro de 2010 foi aprovado o 1º Manual de Controlo Interno do IPCA que incluía os
principais procedimentos administrativos e contabilísticos, define responsáveis e procedimentos de
controlo, a informação e comunicação e a supervisão de todos os processos de despesa e receita e
de alteração do património da Instituição;
f) Considerando a auditoria do Tribunal de Contas (2ª Seção), ao exercício de 2008, realizada entre 1 a
26 de Março e 5 a 14 de Abril de 2010, a qual apresentou algumas recomendações ao MCI em vigor
foi aprovado o 2º Manual de Controlo Interno;
g) Com a aprovação dos Estatutos Definitivos do IPCA, aprovados em 13 de Julho de 2010, publicados
no DR, 2ª série, n.º141, de 22 de Julho e com a tomada de posse do Presidente do IPCA em 03 de
Junho de 2011, o IPCA cessou o regime de instalação. Deste modo houve necessidade de alterar a 2ª
versão do MCI, dadas as alterações e responsabilidade dos órgãos de Gestão, tendo sido aprovado
em reunião de Conselho de Gestão de 29 de Agosto de 2011, a 3ª versão do MCI.
Em consequência da conjuntura económica portuguesa e implementação de novos mecanismos para tentar
combater a mesma, tem sido implementada com regularidade novas regras através de publicação em Diário
da República e normas internas, pelo que persiste a necessidade de reformar o atual Manual de Controlo
Interno.
Do exposto é aprovado a 4ª versão do Manual de Controlo Interno do Instituto Politécnico do Cávado e do
Ave o qual se rege pelas seguintes normas:
4 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
Artigo 1.º
Objetivos e âmbito de aplicação
1. A elaboração do Manual de Controlo Interno - MCI visa dar cumprimento ao estipulado no ponto 2.9 –
“Sistema de Controlo Interno” do POC – Educação, aprovado pela Portaria n.º 794/2000, de 20 de Setembro,
promovendo uma adequada uniformização dos princípios e procedimentos contabilísticos, com vista a uma
correta administração dos recursos financeiros públicos, segundo critérios da legalidade, economia, eficiência
e eficácia.
2. O presente MCI estabelece as regras gerais que disciplinam todas as operações relativas à gestão do
IPCA e respetivos Serviços e Unidade Orgânicas, nas suas diversas vertentes, nomeadamente,
administrativa, financeira, orçamental, contabilística, patrimonial, aquisição de bens e serviços, locações e
empreitadas.
3. Os dirigentes e responsáveis do IPCA, dos Serviços e das Unidades Orgânicas, deverão implementar e
fazer cumprir as normas definidas no presente MCI.
4. O presente MCI aplica-se aos SAS apesar da sua autonomia financeira, consagrados nos Estatutos do
IPCA, devendo, no entanto, ter um Manual de Procedimentos próprio, conforme estabelecido no artigo 8.º.
Artigo 2.º
Objeto
1. O MCI integra os procedimentos de controlo interno na área de receita, despesa, operações de
tesouraria, cadastro e inventário dos bens, auditoria interna e anexos ao presente manual, designadamente,
os procedimentos de Gestão de pessoal, e:
D01 - Despesas com pessoal;
D02 - Despesas com aquisição de bens, serviços e locação;
D03 – Despesas com contratos de tarefa e avença;
D04 - Despesas com empreitadas;
D05 – Despesas por fundo de maneio;
D06 – Subsídios.
2. São igualmente matérias referidas no presente MCI, os procedimentos de receita, de registo na
contabilidade patrimonial, garantias e cauções, prestação de contas, gestão do património, contabilidade
analítica e auditoria e controlo interno.
5 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
Artigo 3.º
Definição de funções de controlo
Na definição das funções de controlo e na nomeação dos respetivos responsáveis deve atender-se:
a) À identificação das responsabilidades funcionais;
b) Aos circuitos obrigatórios dos documentos e às respetivas verificações;
c) Ao cumprimento dos princípios da segregação de funções, nomeadamente para salvaguardar a
separação entre o controlo físico e o processamento dos correspondentes registos.
Artigo 4.º
Identificação funcional dos documentos administrativos
Os documentos escritos que integram processos administrativos, todos os despachos e informações sobre
eles exarados e os documentos do sistema contabilístico devem sempre identificar os dirigentes, data e
demais colaboradores que os subscrevem, bem como a qualidade em que o fazem, de forma legível,
referindo a delegação de competências sempre que aplicável e relevante fundamentação.
Artigo 5.º
Órgãos e Responsáveis
Por Despacho do Presidente do IPCA são identificados os órgãos e os responsáveis de cada procedimento
referido no MCI.
Artigo 6.º
Princípios, regras e procedimentos da despesa
1. Devem ser observados os princípios orçamentais, contabilísticos e patrimoniais, bem como todos os
procedimentos contabilísticos estabelecidos no POC - Educação e demais legislação aplicável.
2. As várias fases da execução orçamental da despesa são definidas no Decreto-Lei n.º 115/92, de
28 de Julho e Lei n.º 8/2012, de 21 de Fevereiro nos seguintes termos:
Registo do Cabimento prévio (artigo 13.º, do Decreto-Lei n.º 115/92) – “Para a assunção de
compromissos, devem os serviços e organismos adoptar um registo de cabimento prévio do qual
constem os encargos prováveis.”
Registo do Compromisso (artigo 5.º da Lei 8/2012, de 21 de Fevereiro)
6 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
Requisitos Gerais (n.º 1 do artigo 22.º, do Decreto-Lei n.º 115/92) – “A autorização de despesas fica
sujeita à verificação dos seguintes requisitos:
a) Conformidade legal;
b) Regularidade financeira;
c) Economia, eficiência e eficácia”
Processamento (artigo 27.º, do Decreto-Lei n.º 115/92) – “O processamento é a inclusão em suporte
normalizado dos encargos legalmente constituídos, por forma que se proceda à sua liquidação e
pagamento.”
Liquidação (artigo 28.º, do Decreto-Lei n.º 115/92) – “Após o processamento, os serviços e
organismos determinarão o montante exato da obrigação que nesse momento se constitui, a fim de
permitir o respectivo pagamento.”
Autorização de pagamento (artigo 29.º, do Decreto-Lei n.º 115/92) – “ 1- A autorização e a emissão
dos meios de pagamento competem ao dirigente do serviço ou organismo, com possibilidade de as
delegar e subdelegar. 2- Dada a autorização e emitidos os respectivos meios de pagamento, será
efetuado imediatamente o respectivo registo.”
Artigo 7.º
Princípios, regras e procedimentos da receita
Devem ser observados os princípios orçamentais bem como a demais legislação aplicável nesta matéria,
nomeadamente:
Verificação da inscrição orçamental (nenhuma receita poderá ser cobrada sem antes ter sido inscrita
no orçamento);
Liquidação através da emissão da fatura ou documento equivalente;
Cobrança, emissão de recibo ou documento equivalente.
Artigo 8.º
Serviços de Ação Social
1. Compete ao Diretor dos Serviços de Ação Social, propor ao Presidente do IPCA normas e procedimentos
sobre:
a) Bolsas de estudo;
b) Bolsas e prémios de mérito;
c) Alimentação;
d) Controlo de higiene e qualidade de cantinas e bares;
7 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
e) Transporte interno de estudantes;
f) Apoio ao associativismo e atividades desportivas e culturais.
2. O Manual de Procedimentos dos SAS é submetido à apreciação do Presidente do IPCA.
3. Compete ao Diretor dos SAS divulgar pelos estudantes, associações e colocar no sítio do SAS todas as
normas em vigor, bem como em todos os meios de comunicação institucionais.
Artigo 9.º
Escolas
1. No âmbito da autonomia administrativa, pedagógica e científica, compete a cada escola elaborar o seu
Manual de Procedimentos sobre:
a) Horários dos docentes e atendimento dos estudantes;
b) Faltas, férias e licenças;
c) Sumários, textos de apoio;
d) Marcação de exames, júris;
e) Gestão de material e de espaços.
2. O Manual de Procedimentos de cada escola é submetido à apreciação do Presidente do IPCA.
3. Compete ao Diretor de cada escola divulgar pelos estudantes, associações e colocar no sítio do IPCA
todas as normas em vigor.
Artigo 10.º
Violação do Manual de Controlo Interno
Por atos que contrariem o preceituado no presente MCI, respondem, diretamente, os responsáveis dos
serviços por si e pelos seus subordinados, sem prejuízo de posterior responsabilidade pessoal e disciplinar
do autor do ato.
Artigo 11.º
Alterações e casos omissos
1. O presente Manual pode ser alterado por deliberação do Presidente do IPCA, sempre que razões de
eficiência e eficácia o justifiquem, assim como dúvidas de interpretação e os casos omissos.
2. As alterações ao MCI devem ser divulgadas no dia útil seguinte à sua deliberação.
8 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
Artigo 12.º
Entrada em vigor
O presente manual foi aprovado em reunião ordinária do Conselho de Gestão, de 16 de maio de 2012.
Artigo 13.º
Entrada em vigor e revogação
O presente manual entra em vigor no dia seguinte à sua aprovação, revogando o MCI aprovado em 29 de
agosto de 2011.
9 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
ÍNDICE
PARTE I – Disposições Gerais ..................................................................................................................... 17
I. 1. Natureza jurídica .................................................................................................................................... 17
I. 2. Estrutura organizacional......................................................................................................................... 18
PARTE II – Enquadramento geral do Sistema de Controlo Interno .............................................................. 22
II. 1. Justificação ............................................................................................................................................ 22
II. 2. Controlo interno ...................................................................................................................................... 23
II. 3. Normas de auditoria ............................................................................................................................... 23
II. 4. Limitações .............................................................................................................................................. 24
II. 5. Comissão de prevenção e corrupção ................................................................................................... 245
PARTE III – Princípios e Regras Orçamentais .............................................................................................. 26
III.1. Princípios e regras orçamentais ............................................................................................................. 26
Anualidade ( artigo 4.º) .............................................................................................................................. 26
Unidade e universalidade ( artigo 5.º) ....................................................................................................... 27
Não compensação( artigo 6.º) ................................................................................................................... 27
Não consignação ( artigo 7.º) .................................................................................................................... 28
Especificação ( artigo 8.º) .......................................................................................................................... 28
Equilíbrio ( artigo 9.º) ................................................................................................................................. 29
Instrumentos de Gestão ( artigo 11.º) ....................................................................................................... 29
Publicidade ( artigo 12.º) ........................................................................................................................... 29
III. 2. Regras orçamentais ............................................................................................................................. 29
III.2.1.Execução do orçamento de despesas .............................................................................................. 29
III.2.2. Execução do orçamento de receitas ................................................................................................ 30
III.2.3. Compromissos e Pagamentos em atraso ........................................................................................ 30
III.3. Princípios Contabilísticos ....................................................................................................................... 33
Princípio da entidade contabilística ........................................................................................................... 33
Princípio da continuidade .......................................................................................................................... 34
Princípio da consistência .......................................................................................................................... 34
Princípio da especialização (ou do acréscimo) ......................................................................................... 34
Princípio do custo histórico ....................................................................................................................... 34
Princípio da prudência .............................................................................................................................. 34
Princípio da materialidade ......................................................................................................................... 35
Princípio da não compensação ................................................................................................................. 35
PARTE IV – Norma de Controlo Interno ....................................................................................................... 36
IV.1. Gestão de Pessoal ................................................................................................................................ 36
IV.1.1. Vínculos, Carreiras e Remunerações ............................................................................................... 36
IV.1.1.1. Mapa de pessoal .......................................................................................................................... 36
10 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
IV.1.1.2. Regimes de vinculação ............................................................................................................... 38
IV.1.1.3. Incompatibilidade e impedimentos ............................................................................................... 38
IV.1.1.4. Organização das carreiras ........................................................................................................... 40
IV.1.1.5. Alteração do posicionamento remuneratório (pessoal não docente) ........................................... 41
IV.1.1.6. Alteração do posicionamento remuneratório (pessoal docente) .................................................. 42
IV.1.1.7. Tipos de mobilidade ..................................................................................................................... 43
IV.1.2. Recrutamento de pessoal ................................................................................................................. 45
IV.1.2.1. Recrutamento de pessoal não docente ........................................................................................ 45
IV.1.2.2. Recrutamento de pessoal docente ............................................................................................... 46
IV.1.3. Regime jurídico-funcional .................................................................................................................. 46
IV.1.3.1. Faltas ............................................................................................................................................ 46
IV1.3.2. Férias ............................................................................................................................................ 48
IV.1.3.3. Abono do vencimento de exercício perdido ................................................................................. 49
IV.1.3.4. Licenças ....................................................................................................................................... 49
IV. 1.4.Formação de pessoal não docente ................................................................................................... 50
IV.1.5.Balanço social .................................................................................................................................... 51
IV. 1.6.Greve ................................................................................................................................................ 51
IV. 1.7.Publicitação de actos relativos aos colaboradores ........................................................................... 52
IV.2. Documentos previsionais ....................................................................................................................... 54
IV. 2.1.Aspectos gerais................................................................................................................................. 54
IV. 2.2.Plano de actividades ......................................................................................................................... 55
IV. 2.3.Mapa de pessoal ............................................................................................................................... 55
IV. 2.4.Orçamento ........................................................................................................................................ 55
IV. 2.5.Registos contabilísticos ..................................................................................................................... 56
IV. 2.6.Alterações orçamentais ..................................................................................................................... 57
IV. 2.7.Balanço previsional individual e consolidado .................................................................................... 57
IV 2.8.Demonstração de resultados individual e consolidado ...................................................................... 57
IV 2.9.Quadro de de Avaliação e Responsabilização ................................................................................... 57
IV.3. Execução do orçamento e contabilidade orçamental ............................................................................ 59
IV. 3.1.Regras gerais .................................................................................................................................... 59
IV. 3.2. Operações de despesas .................................................................................................................. 61
D01 – Despesas com Pessoal ....................................................................................................................... 61
01.1. Objectivo da norma ............................................................................................................................. 61
01.2. Campo de aplicação da norma ............................................................................................................ 61
01.3. Princípios gerais .................................................................................................................................. 61
01.4. Procedimentos sobre vencimentos ..................................................................................................... 62
01.5. Fases do processamento de vencimentos e outros abonos ............................................................... 64
01.6. Ajudas de Custos ................................................................................................................................ 65
01.7. Modelos ............................................................................................................................................... 69
11 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
D02 – Despesas com Aquisição ou Locação de Bens e Aquisição de Serviços ........................................... 74
02.1. Objectivo da norma ............................................................................................................................. 74
02.2. Princípios gerais .................................................................................................................................. 74
02.3. Procedimentos .................................................................................................................................... 82
02.3.1. Critério da escolha do procedimento em função do valor ............................................................... 82
02.3.2. Peças do Procedimento .................................................................................................................. 82
02.3.5. Ajuste Directo ................................................................................................................................. 84
02.3.6. Regras de formação do procedimento no regime simplificado (artigo 128.º do CCP) .................... 86
02.3.7. Regras de formação do procedimento no regime geral (artigo 112.º a 127.º do CCP) .................. 86
02.3.8. Regras de formação do procedimento no concurso público (artigo 130.º e seguintes do CCP) .... 87
02.3.9. Regras de aprovação dos procedimentos e adjudicação ............................................................... 88
02.3.10. Regras de validação de factura ou documento equivalente e pagamento ................................... 90
02.3.11. Regras de pagamento .................................................................................................................. 90
D03 – Despesas com Empreitadas ................................................................................................................ 92
03.1. Objectivo da norma ............................................................................................................................. 92
03.2. Campo de aplicação da norma ............................................................................................................ 92
03.3. Procedimentos pré-contratuais ............................................................................................................ 92
03.4. Procedimentos a adoptar após celebração do contrato ...................................................................... 95
03.5. Fluxogramas dos procedimentos ...................................................................................................... 100
03.5.1. Proposta de Aquisição - da requisição interna até à autorização ................................................. 100
03.5.2. Proposta de Aquisição – da autorização até à adjudicação ......................................................... 101
03.5.3. Regime Geral – procedimentos até adjudicação .......................................................................... 102
03.5.4. Concurso Público – procedimentos até adjudicação .................................................................... 103
03.5.5. Factura – validação e pagamento ................................................................................................. 104
D04 – Contratos de tarefa e avença ............................................................................................................ 105
04.1. Objectivo da norma ........................................................................................................................... 105
04.2. Campo de aplicação da norma .......................................................................................................... 105
04.3. Termos e tramitação processual ....................................................................................................... 106
04.4. Procedimentos nos contratos de tarefa e avença para leccionação < a €5.000 ............................... 107
04.5. Procedimentos nos contratos de tarefa e avença a €5.000 e a €75.000 ..................................... 109
04.6. Modelos ............................................................................................................................................. 112
D05 – Despesas por Fundo de Maneio ....................................................................................................... 124
05.1. Objectivo da norma ........................................................................................................................... 124
05.2. Campo de aplicação da norma .......................................................................................................... 124
05.3. Princípios Gerais ............................................................................................................................... 124
05.4. Fases ................................................................................................................................................. 125
05.5. Procedimentos .................................................................................................................................. 125
05.6. Prestação anual de contas ................................................................................................................ 127
05.7. Contabilização ................................................................................................................................... 127
12 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
05.8. Constituição e Responsabilização ..................................................................................................... 127
05.9. Modelos ............................................................................................................................................. 127
D06 – Subsídios ........................................................................................................................................... 130
06.1. Objectivo da norma ........................................................................................................................... 130
06.2. Campo de Aplicação ......................................................................................................................... 130
06.3. Requisitos substanciais ..................................................................................................................... 130
06.4. Requisitos formais ............................................................................................................................. 130
06.5. Autorização e Publicitação ................................................................................................................ 131
06.6. Procedimentos .................................................................................................................................. 131
IV. 3.3. Operações de receitas .................................................................................................................... 132
IV.3.3.1. Objectivo da norma .................................................................................................................... 132
IV.3.3.2. Serviços que geram receita ........................................................................................................ 132
IV.3.3.3. Meios de cobrança e postos de cobrança .................................................................................. 133
IV.3.3.4. Tabela de emolumentos ............................................................................................................. 133
IV.3.3.5. Entrega da Receita ..................................................................................................................... 134
IV.3.3.6. Registo contabilístico.................................................................................................................. 134
IV.3.3.7. Arquivo do processo de arrecadação da receita ........................................................................ 135
IV.3.3.8. Controlo de Receita .................................................................................................................... 135
IV.3.4. Regras gerais de controlo da Tesouraria ...................................................................................... 135
IV. 4. Contabilidade Patrimonial ................................................................................................................... 137
IV. 4.1. Princípios gerais ............................................................................................................................. 137
IV. 4.2. Bancos ............................................................................................................................................ 137
IV. 4.3. Dívidas a receber ............................................................................................................................ 137
IV. 4.4. Dívidas a pagar ............................................................................................................................... 138
IV. 4.5. Existências ...................................................................................................................................... 138
IV. 4.6. IVA .................................................................................................................................................. 139
IV. 4.7. IRS .................................................................................................................................................. 139
IV.5. Garantias e cauções ............................................................................................................................ 140
IV. 5.1. Objectivo da norma ......................................................................................................................... 140
IV. 5.2. Campo de aplicação da norma ....................................................................................................... 140
IV. 5.3. Procedimentos ................................................................................................................................ 140
IV. 5.4. Garantias e Cauções ...................................................................................................................... 140
IV. 6. Prestação de Contas .......................................................................................................................... 144
IV. 6.1. Objectivo da norma ......................................................................................................................... 144
IV. 6.2. Trabalhos de fim de exercício ......................................................................................................... 144
IV. 6.3. Prestação de Contas ...................................................................................................................... 144
IV. 6.4.Consolidação de Contas .................................................................................................................. 146
IV. 6.5. Relatório de Gestão ........................................................................................................................ 146
IV 6.6. Relatório de Actividades ................................................................................................................. 148
13 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
IV. 7. Gestão do Património ......................................................................................................................... 149
IV. 7.1. Objectivo da norma ......................................................................................................................... 149
IV. 7.2. Campo de aplicação da norma ....................................................................................................... 149
IV. 7.3. Princípios gerais ............................................................................................................................. 149
IV. 7.4. Inventário e cadastro ...................................................................................................................... 149
IV 7.5. Gestão e manutenção dos edifícios e mobiliário ............................................................................ 152
IV. 7.6. Gestão das viaturas ........................................................................................................................ 152
IV. 7.7. Seguros ........................................................................................................................................... 154
IV. 8. Contabilidade analítica ....................................................................................................................... 156
IV. 8.1. Objectivos ....................................................................................................................................... 156
IV. 8.2. Modelo de contabilidade analítica no IPCA .................................................................................... 156
IV. 8.3. Conceitos adoptados ...................................................................................................................... 157
IV. 8.4. Exercício económico ....................................................................................................................... 157
IV. 8.5. Plano de contas .............................................................................................................................. 157
IV. 8.6. Apuramento de custos e proveitos .................................................................................................. 158
IV. 8.7. Custos directos ............................................................................................................................... 158
IV. 8.8. Custos com o pessoal ..................................................................................................................... 158
IV. 8.9. Custos com funcionamento ............................................................................................................ 159
IV. 8.10. Amortizações do exercício ............................................................................................................ 159
IV. 8.11. Custos directos ............................................................................................................................. 160
IV. 8.12. Proveitos ....................................................................................................................................... 160
IV. 8.13. Procedimento de controlo ............................................................................................................. 160
IV. 8.14. Modelo de afectação de custos indirectos - Projectos de I&D do 7º PQ....................................... 160
Parte V – Auditoria e Controlo Interno ........................................................................................................ 163
V. 1. Objectivo da norma .............................................................................................................................. 163
V. 2. Competência ........................................................................................................................................ 163
V. 3. Dever de Colaboração ......................................................................................................................... 163
V. 4. Princípios gerais ................................................................................................................................... 164
V. 5. Procedimentos ..................................................................................................................................... 164
V. 6. Princípios dos relatórios ...................................................................................................................... 164
V. 7. Requisitos dos relatórios ..................................................................................................................... 165
V. 8. Audição do serviço auditado ................................................................................................................ 165
V. 9. Medidas correctivas ............................................................................................................................. 165
V. 10. Prova Documental ............................................................................................................................. 165
V. 11. Aplicação ............................................................................................................................................ 166
V. 12. Prazos ................................................................................................................................................ 169
V. 13. Fiscal Único ........................................................................................................................................ 169
V. 14. Auditoria externa ................................................................................................................................ 169
Parte VI – Legislação .................................................................................................................................. 170
14 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
VI 1. Legislação de enquadramento da actividade ....................................................................................... 170
VI. 1.1. Enquadramento Estatuário e Financiamento .................................................................................. 170
VI. 1.2. Enquadramento contabilístico e fiscal ............................................................................................. 170
VI. 1.3. Ajudas de Custo .............................................................................................................................. 173
VI. 1.4. Cadastro e Inventário dos Bens ...................................................................................................... 174
VI. 1.5. Enquadramento Recursos Humanos e contratação ....................................................................... 174
VI.2. Regulamentação interna ...................................................................................................................... 176
VI. 2.1. Geral ............................................................................................................................................... 176
VI. 2.2. Escolas ........................................................................................................................................... 179
VI. 2.3. SAS ................................................................................................................................................. 180
Parte VII – Anexos ...................................................................................................................................... 181
Anexo I - Pano de Gestão de Riscos de Corrupçãp e Infrações Conexas
Anexo II – Despacho (PR) n.º 39/2012, de 17 de Abril
15 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
RELAÇÃO DE SIGLAS
SIGLAS DESIGNAÇÃO
ANCP Agência Nacional de Compras Públicas, E.P.E.
APNOR Associação de Politécnicos do Norte
AQ Acordo Quadro
CCP Código dos Contratos Públicos
CET Curso de Especialização Tecnológica
CCISP Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos
CGD Caixa Geral de Depósitos
CIBE Cadastro e Inventário dos Bens do Estado
CPA Código de Procedimento Administrativo
DE Documento equivalente
DGO Direção Geral do Orçamento
DGES Direção Geral do Ensino Superior
DR Diário da República
ESG Escola Superior de Gestão
EST Escola Superior Tecnologia
FM Fundo de Maneio
FU Fiscal Único
FCT Fundação da Ciência e Tecnologia
FSE Fundo Social Europeu
GACI Gabinete de Auditoria e Controlo Interno
IGCP-TEI Instituto de Gestão da Tesouraria do Crédito Público -Transferência Eletrónica Interbancária
IPCA Instituto Politécnico do Cávado e do Ave
IRS Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares
IVA Imposto sobre o Valor Acrescentado
JOUE Jornal Oficial da União Europeia
LVCR Lei de Vínculos, Carreiras e Remunerações
MEC Ministério da Educação e Ciência
MCI Manual de Controlo Interno
MP Manual de Procedimentos
MCTES Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior
16 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
SIGLAS DESIGNAÇÃO
OE Orçamento de Estado
PAEF Programa de Assistência Económica e Financeira
PCI Processo de Controlo Interno
PEC Plano de Estabilidade e Crescimento
PIDDAC Plano de Investimento e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central
PLC Pedido de Libertação de Crédito
POC Plano Oficial de Contabilidade
POC-EDU Plano Oficial de Contabilidade para o sector da Educação
PRODEP Programa de Desenvolvimento Educativo para Portugal
PROTEC Programa de Apoio à Formação Avançada de Docentes do Ensino Superior Politécnico
QUAR Quadro de Avaliação e Responsabilização
RBIDES Registo Biográfico de Docentes do Ensino Superior
RCTFP Regime do Contrato de Trabalho em Funções Públicas
RH Recursos Humanos
RJIES Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior
SA Serviços Académicos
SAQ Serviço de Aquisições
SAS Serviços de Ação Social
SC Serviços Centrais
SCI Sistema de Controlo Interno
SF Serviços Financeiros
SIADAP Sistema Integrado de Avaliação do Desempenho da Administração Pública
SIBS Sociedade Interbancária de Serviços
UE União Europeia
UO Unidades Orgânicas
17 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
PARTE I – DISPOSIÇÕES GERAIS
I. 1. Natureza jurídica
O Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA), é uma instituição de ensino superior público, criada pelo
Decreto-Lei n.º 304/94, de 19 de Dezembro, e integra duas unidades orgânicas de ensino e investigação: a
Escola Superior de Gestão (ESG) e a Escola Superior de Tecnologia (EST).
O IPCA, enquanto instituição de ensino superior, obedece ao disposto no Regime Jurídico das Instituições de
Ensino Superior (RJIES), aprovado pela Lei n.º 62/2007, de 10 de Setembro, que regula, designadamente, a
sua constituição, atribuições e organização, o funcionamento e competência dos seus órgãos e, ainda, a
tutela e fiscalização pública do Estado sobre a mesma, no quadro da sua autonomia. Para a prossecução da
sua missão e atribuições, o IPCA dispõe dos meios humanos para o seu desempenho, incluindo pessoal
docente e não docente.
Os seus Estatutos Definitivos foram homologados pelo Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior,
através da publicação na 2.ª série do Diário da República do Despacho Normativo n.º 21/2010, de 22 de
Julho de 2010, entrando em vigor no dia seguinte ao da sua publicação.
O IPCA terminou o regime de instalação em 03 de Junho de 2010 com a efetiva entrada em função do
Presidente do IPCA estatutariamente eleito, homologado a 16 de Maio de 2011, pelo Ministro da Ciência,
Tecnologia e Ensino Superior, ao abrigo do disposto na alínea d) do n.º 2 do artigo 27.º do RJIES, publicitado
em Diário da República, 2.ª série, n.º 101, de 25 de Maio de 2011.
Os Serviços de Ação Social do IPCA passaram a ter autonomia financeira desde 01/01/2011, data em que é
atribuído a este serviço dotação orçamental autónoma do IPCA e código de Serviço atribuído pela DGO.
A natureza jurídica e autonomia do IPCA são definidas no artigo 5.º dos seus Estatutos do seguinte modo:
“Artigo 5.º Natureza jurídica e autonomia
1 — O IPCA é uma pessoa colectiva de direito público. 2 — O IPCA goza de autonomia estatutária, cultural, científica, pedagógica, patrimonial, administrativa, financeira e disciplinar, nos termos da lei. 3 — O IPCA, em tudo o que não contrariar o disposto no RJIES e demais leis especiais, está sujeito ao regime aplicável às demais pessoas colectivas de direito público de natureza administrativa, designadamente a lei quadro dos institutos públicos.”
18 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
São atribuições da Instituição de acordo com o inscrito nos Estatutos do IPCA:
I. 2. Estrutura organizacional
I. 2.1. Nos termos dos Estatutos do IPCA, artigo 14.º, são órgãos da Instituição:
Conselho Geral
Presidente
Conselho de Gestão
Conselho Académico
Conselho para Avaliação e Qualidade
Provedor do Estudante
I. 2.2. Com a nomeação do Presidente, através de ato eleitoral previsto no artigo 32.º dos Estatutos do
IPCA, homologada a sua eleição a 16 de Maio de 2011, pelo Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino
Superior, ao abrigo do disposto na alínea d) do n.º 2 do artigo 27.º do RJIES, publicitado em Diário da
República, 2.ª série, n.º 101, de 25 de Maio de 2011, a estrutura orgânica do IPCA nos termos do n.º 4 do
artigo 69.º, dos Estatutos, foi aprovada em reunião de Conselho de Gestão, de 29 de Setembro de 2011,
publicitada através do Despacho (PR) n.º 96/2011,de 30 de Setembro, representada de acordo com o
seguinte organograma:
“Artigo 3.º Atribuições
1 — O IPCA, como instituição de ensino superior pública, prossegue as atribuições definidas no artigo 8.º do RJIES com especial intervenção no vale do Cávado e no vale do Ave. 2 — São atribuições do IPCA a realização de ciclos de estudos visando a atribuição de graus académicos, bem como de cursos pós -secundários, de cursos de formação pós -graduada e outros, nos termos da lei. 3 — Compete ao IPCA, designadamente: a) Criar o ambiente educativo apropriado às suas finalidades; b) Estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico e do pensamento reflexivo, bem como estimular a formação intelectual e profissional dos seus estudantes; c) Assegurar as condições para que todos os cidadãos devidamente habilitados possam ter acesso ao ensino por si ministrado e à aprendizagem ao longo da vida; d) Formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em sectores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade portuguesa, bem como colaborar na sua formação contínua; e) Promover a mobilidade de estudantes e docentes, tanto a nível nacional como internacional, designadamente no espaço europeu de ensino superior; (…)”.
19 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
Presidente
Gabinete de Apoio à
Presidência
Gabinete de Assessoria
Jurídica
Gabinete de Relações
Internacionais e
Mobilidade
Gabinete de Auditoria e
Controlo Interno
Gabinete para Avaliação e
Qualidade
Serviços da Presidência Vice-Presidentes
Gabinete de
Comunicação e Imagem
Gabinete de Apoio ao
Emprego e ao
Empreendedorismo
Administrador Director da EST
Serviços FinanceirosServiço de Recursos
HumanosServiço de Aquisições
Serviço de Atendimento,
Expediente e Arquivo
Serviços Técnicos e de
ManutençãoServiços Académicos
Sector de
Manutenção de
Edifícios
Sector
Licenciaturas
Biblioteca Centro de Informática
Contabilidade e
Gestão Financeira
Sector dos
Vencimentos
Aquisições de
bens e
serviços
Atendimento Sector das Obras
Sector Pós-
graduações e
Mestrados
Difusão da
Informação
Gabinete de
Programação
e
Desenvolvime
nto
Património e
Inventário
Informação
Académica
Aquisição e
Renovação de
Assinaturas
ORGANOGRAMA DOS SERVIÇOS CENTRAIS DO IPCA
EmpréstimosAdministradore
s de Sistemas
Projectos Sector do
Pessoal
Sector de
Manutenção dos
Espaços
Exteriores
Sector CET
Tratamento
Técnico
Documental
Técnicos de
Informática
Tesouraria
(pagamentos e
receitas)
Sector da
ContrataçãoEmpreitadas
Expediente e
Arquivo
I. 2.3 A partir de 2 de Junho de 2009, passou a existir no IPCA, em cumprimento com a legislação em
vigor, um Provedor do Estudante, cuja ação se desenvolve em articulação com a associação de estudantes e
com os órgãos e serviços da instituição, tendo como função principal a defesa dos direitos e legítimos
interesses dos estudantes (nº 1 do artigo 46.º dos Estatutos).
20 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
I. 2.4. Os Serviços de Ação Social do IPCA têm por finalidade a execução das políticas de ação social de
modo a proporcionar a todos os estudantes, sobretudo aos socialmente desfavorecidos, melhores condições
de estudo, através de apoios e prestações de serviços, tais como, alimentação, serviços de saúde, apoio a
atividades culturais e recreativas, entre outros. A estrutura orgânica é representada da seguinte forma:
I. 2.5. São competências do diretor dos SAS, de acordo com o n.º 1 do artigo 68.º dos Estatutos do IPCA, a
gestão corrente dos serviços.
São ainda competências do diretor dos SAS:
“Artigo 46.º Provedor do estudante
(…) 3 - Compete ao provedor do estudante desenvolver as actividades e iniciativas que julgue adequadas ao bom desempenho do mandato, designadamente: a) Apoiar e promover a integração dos estudantes no IPCA, tendo em vista, nomeadamente, a promoção do sucesso escolar; b) Apreciar as reclamações apresentadas pelos estudantes devendo para o efeito actuar em colaboração com os órgãos e serviços competentes, emitindo recomendações; c) Proceder a todas as investigações, audiências e diligências que considere necessárias ou convenientes, podendo adoptar todos os procedimentos desde que não colidam com os direitos e interesses legítimos dos estudantes, docentes e não docentes; d) Emitir pareceres sobre quaisquer matérias relacionadas com a sua actividade ou a solicitação dos órgãos do IPCA ou das suas escolas; e) Ser ouvido antes da aprovação de regulamentos que versem sobre as actividades académicas, tais como, Regulamento de Inscrição, Avaliação e Passagem de Ano, de Bolsas de Estudos, calendário de exames; f) Criar e manter uma base de dados onde constem os processos, queixas e reclamações apresentadas pelos estudantes com vista a apurar o tipo de queixas/ processos e a conclusão dos mesmos; g) Colaborar com os órgãos e serviços competentes na procura das soluções mais adequadas aos interesses legítimos dos estudantes. (…)”
Presidente do IPCA
Diretor dos SAS Conselho de Ação Social
21 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
a) Colaborar com o presidente do IPCA na elaboração da proposta de orçamento, do plano de
atividades e mapa de pessoal;
b) Colaborar com o presidente do IPCA na elaboração da proposta da missão e dos objetivos do
serviço para o ano seguinte, no âmbito do SIADAP;
c) Colaborar com o presidente do IPCA na elaboração do relatório de atividades e de contas.
O presidente e o Conselho de Gestão do IPCA poderão delegar no diretor dos SAS as competências que
considerem adequadas ao melhor funcionamento dos serviços, nomeadamente:
a) Atribuição de apoios no quadro da ação social escolar:
Regras, procedimentos e operações técnicas tendentes a determinar o cálculo das bolsas
de estudo, dos complementos a atribuir aos estudantes deslocados e não deslocados e a
atribuição dos auxílios de emergência devendo obedecer ao disposto no Regulamento de
atribuições de bolsa a estudantes de estabelecimentos do Ensino Superior Público, nas
regras e procedimentos técnicos para o cálculo de bolsas de estudo da DGES e na Lei;
Publicitação no sítio da internet do IPCA as referidas regras e procedimentos;
Elaborar e enviar à DGES as listas mensais dos apoios atribuídos;
Controlar a dotação atribuída pela DGES e informar atempadamente sobre a previsão de
saldo negativo e a consequente necessidade de reforço orçamental para atribuição de
bolsas.
b) Execução dos planos aprovados;
c) Cumprimento das obrigações previstas nos contratos celebrados, no âmbito das funções da ação
social escolar;
d) Elaboração do plano atividades e relatório de atividades;
e) Prestar as informações legalmente exigidas no que diz respeito à execução orçamental,
patrimonial, gestão dos recursos humanos, elaboração do mapa de pessoal e avaliação do
pessoal afeto aos serviços.
I. 2.6. Face à homologação dos Estatutos do IPCA a 22 de Julho de 2010, os SAS gozam a partir de 1 de
Janeiro de 2011 de autonomia administrativa e financeira, nos termos e âmbito definidos por lei e nos
Estatutos, sendo a gestão financeira competência do Conselho de Gestão, de acordo com o n.º 1 e n.º 2 do
artigo 65.º dos Estatutos do IPCA;
Os SAS estão sujeitos à fiscalização exercida pelo fiscal único e as suas contas são consolidadas com as
contas do IPCA.
22 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
PARTE II – ENQUADRAMENTO GERAL DO SISTEMA DE CONTROLO INTERNO
II. 1. Justificação
O regime da Administração Financeira do Estado, instituído pela Lei de Bases de Contabilidade Publica, Lei
n.º 8/90, de 20 de Fevereiro, e legislação complementar, nomeadamente o Decreto-Lei n.º 155/92 de 28 de
Julho, veio estabelecer uma adequada uniformização dos princípios e procedimentos contabilísticos, com
vista a uma correta administração dos recursos financeiros públicos, segundo critérios da legalidade,
economia, eficiência e eficácia.
Eficiência, relaciona os recursos utilizados com as atividades desenvolvidas, muitas vezes denominada de
produtividade.
A eficácia, traduz-se na comparação dos efeitos face aos objetivos que foram fixados.
No âmbito desta reforma (Decreto-Lei n.º 155/92, de 28 de Julho), consagra-se um novo sistema de controlo
de gestão, definindo-se como formas de controlo da gestão orçamental as seguintes:
a) Auto – controlo, pelos órgãos competentes dos próprios serviços e organismos;
b) Controlo interno, sucessivo e sistemático, da gestão, designadamente através de auditorias a
realizar aos serviços e organismos;
c) Controlo externo, a exercer pelo Tribunal de Contas.
O Plano Oficial de Contabilidade Pública (POCP), aprovado pelo Decreto-Lei nº 232/97, de 3 de Setembro,
estabelece como principal objetivo a criação de condições para a integração de uma Contabilidade
orçamental, patrimonial e analítica numa Contabilidade moderna, dado que a Contabilidade publica clássica
se preocupava essencialmente com o controlo orçamental e a legalidade das despesas e receitas públicas.
Relativamente ao Controlo Interno, refere o POC-Educação:
1.1. Sistema de Controlo Interno no POC – Educação
“2.9 — Sistema de controlo interno” 2.9.1 — As entidades contabilísticas obrigadas a utilizar o POC-Educação adoptarão um sistema de controlo interno que englobe o plano de organização interno, políticas, métodos, técnicas e procedimentos de controlo, bem como quaisquer outros a definir pelos respectivos órgãos de gestão. 2.9.2 — O sistema de controlo interno compreende um conjunto de procedimentos tendentes a garantir:
a) A salvaguarda dos activos; b) O registo e actualização do imobilizado da entidade; c) A legalidade e a regularidade das operações; d) A integralidade e exactidão dos registos contabilísticos; e) A execução dos planos e políticas superiormente definidos; f) A eficácia da gestão e a qualidade da informação;
g) A imagem fiel das demonstrações financeiras.”
23 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
II. 2. Controlo interno
O "Sistema de Controlo Interno" representa todas as políticas e procedimentos (controlos internos) adotados
pela gestão de uma entidade que contribuam para a obtenção dos objetivos da gestão de assegurar, tanto
quanto praticável, a condução ordenada e eficiente da sua atividade, incluindo a aderência às políticas da
gestão, a salvaguarda de ativos, a prevenção e deteção de fraude e erros, o rigor e a plenitude dos registos
contabilísticos, o cumprimento das leis e regulamentos e a preparação tempestiva de informação financeira
credível.
O controlo interno é uma forma que pressupõe a existência de um plano e de sistemas coordenados
destinados a prevenir a ocorrência de erros e irregularidades ou a minimizar as suas consequências e a
maximizar o desempenho da entidade na qual se insere.
O controlo interno compreende o controlo contabilístico e administrativo. O controlo contabilístico visa
garantir a fiabilidade dos registos contabilísticos, facilitar a revisão das operações financeiras autorizadas
pelos responsáveis e a salvaguarda dos ativos. O controlo administrativo compreende o controlo hierárquico
e dos procedimentos e registos relacionados com o processo de tomada de decisões e, portanto, com os
planos, políticas e objetivos definidos pelos responsáveis.
A implementação de um sistema de controlo interno numa entidade pressupõe a existência de dois requisitos
prévios inerentes à atividade gestora: a autorização e registo das operações realizadas.
A autorização das operações pode assumir forma global e específica. A autorização é global quando é dada
para operações de carácter rotineiro, que não envolvam valores importantes ou não se integrem em
situações específicas.
A autorização é específica quando contempla operações sujeitas a tomadas de decisão, devidas quer à sua
própria natureza, quer às implicações legais e financeiras que a rodeiam.
O registo contabilístico, simultaneamente meio de prova e meio de controlo, só constitui um requisito válido
do controlo interno quando está apoiado em documento justificativo probatório, é exato e completo, e satisfaz
as normas legais e as regras contabilísticas aplicáveis.
II. 3. Normas de auditoria
Decorrendo da sua constituição jurídica, o IPCA obriga-se a adotar e respeitar os princípios e regras
padronizadas nacionalmente e internacionalmente em matéria de auditoria, uma vez que não existe qualquer
regulamentação específica para a Administração Pública.
Deste modo, o IPCA compatibiliza as suas normas e regulamentos internos com as normas internacionais de
auditoria públicas emanadas pela INTOSAI – International Organization of Supreme Audit Institutions, pela
24 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
EUROSAI – European Organization of Supreme Audit Institutions, e pela IFAC – Internatiobnal Federation of
Accountants.
Em matéria de normas nacionais de auditoria pública, o IPCA aplica as normas técnicas de revisão/auditoria
(NTRA), que compreendem normas gerais, de trabalho de campo e de relato, suplementadas e
desenvolvidas por diretrizes de revisão/auditoria e supletivamente aplicáveis as normas e recomendações de
auditoria emitidas pela IFAC.
Em situação de dúvida na interpretação das normas nacionais e/ou internacionais, o IPCA recorre as normas
do Tribunal de Contas inscritas no Manual de Auditoria e de Procedimentos (volume I).
II. 4. Limitações
A implementação e manutenção de um SCI são uma das mais importantes responsabilidades do órgão de
gestão de qualquer organização. No entanto, a existência de um sistema de controlo interno, por mais
elaborado que seja, não pode por si só garantir a integridade e a exatidão dos registos contabilísticos.
Independentemente de estar bem concebido e funcionar eficazmente, o controlo interno pode apenas
proporcionar uma segurança aceitável à gestão e ao órgão de gestão em relação à obtenção dos objetivos
de controlo interno da entidade. Deste modo, não é possível através do sistema de controlo interno, garantir
a deteção de todos os erros.
Resultam algumas limitações a ele inerentes, das quais se salientam:
A segregação de funções dificulta, mas pode não evitar o conluio ou a cumplicidade;
Os poderes de autorização de operações por parte daqueles a quem os mesmos foram confiados,
podem ser usados de forma abusiva ou arbitrária;
A competência e a integridade do pessoal que executa as funções de controlo podem deteriorar-se
por razões internas ou externas, não obstante os cuidados postos na sua seleção e formação;
A própria direção do organismo pode em muitos casos ultrapassar ou ladear as técnicas de
controlo por si implantadas;
O controlo interno tem em vista geralmente operações correntes, não estando preparado para as
transações pouco usuais;
Por último, a própria existência do controlo só se justifica quando a relação custo/benefício é
positiva, isto é, quando o custo de determinado procedimento não é desproporcionado
relativamente aos riscos que visa cobrir.
25 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
II. 5. Comissão de Prevenção e Corrupção
Na sequência da criação do Conselho de Prevenção da Corrupção, através da Lei n.º 54/2008, de 4 de
Setembro, entidade independente que desenvolve a sua atividade no domínio da prevenção da corrupção e
infrações conexas, foi aprovado no IPCA o Plano de Gestão de Riscos e Infrações Conexas - PGRCIC em 31
de Dezembro de 2009, que se anexa ao MCI.
O PGRCIC do IPCA tem como fundamento os pilares institucionais, abstratos e concretos, designadamente:
Formação e aspetos gerais sobre os participantes envolvidos;
Identificação de ação de prevenção da corrupção e infrações conexas e de maximização da
diminuição dos inerentes riscos das temáticas envolvidas.
Deste modo, foi criada a Comissão de Prevenção de Corrupção -CPC, composta por 4 elementos, através do
Despacho Interno (PR) n.º 3/2010, de 19 de Fevereiro, alterado pelo Despacho (PR) n.º 39, de 17 de abril,
que se anexa ao presente MCI
26 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
PARTE III – PRINCÍPIOS E REGRAS ORÇAMENTAIS
III. 1. Princípios orçamentais
A Lei de Enquadramento Orçamental (Lei n.º 91/2001, de 20 de Agosto) aplica-se ao orçamento do Estado,
que inclui os orçamentos dos serviços que não dispõem de autonomia administrativa e financeira, dos
serviços e fundos autónomos e da segurança social, bem como às correspondentes contas, estabelecendo:
A Lei n.º 91/2001, de 20 Agosto, define os princípios que devem ser cumpridos na elaboração do Orçamento,
nos seus artigos n.os 4.º a 12.º, a seguir identificados:
III. 1.1. Anualidade ( artigo 4.º)
“1 - Os orçamentos dos organismos do sector público administrativo são anuais.
2 - A elaboração dos orçamentos a que se refere o número anterior deve ser enquadrada na
perspectiva plurianual que for determinada pelas exigências da estabilidade financeira e, em
particular, pelas resultantes das obrigações referidas no artigo 14º.
3 - Os orçamentos dos organismos do sector público administrativo podem integrar programas,
medidas e projectos ou acções que impliquem encargos plurianuais, os quais evidenciarão a despesa
total prevista para cada um, as parcelas desses encargos relativas ao ano em causa e, com carácter
indicativo, a pelo menos cada um dos dois anos seguintes.
4 - O ano económico coincide com o ano civil.
5 - O disposto no número anterior não prejudica a possibilidade de existir um período complementar
de execução orçamental, nos termos previstos na lei.”
“Artigo 1.º
Objecto
A presente lei estabelece:
a) As disposições gerais e comuns de enquadramento dos orçamentos e contas de todo o sector
público administrativo;
b) As regras e os procedimentos relativos à organização, elaboração, apresentação, discussão,
votação, alteração e execução do Orçamento do Estado, incluindo o da segurança social, e a
correspondente fiscalização e responsabilidade orçamental;
c) As regras relativas à organização, elaboração, apresentação, discussão e votação das contas do
Estado, incluindo a da segurança social.”
27 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
III. 1.2. Unidade e universalidade ( artigo 5.º)
III. 1.3. Não compensação( artigo 6.º)
“1 - O Orçamento do Estado é unitário e compreende todas as receitas e despesas dos serviços
integrados, dos serviços e fundos autónomos e do sistema de segurança social.
2 - Os Orçamentos das Regiões Autónomas e das autarquias locais são independentes do
Orçamento do Estado e compreendem todas as receitas e despesas das administrações, regional e
local, incluindo as de todos os seus serviços e fundos autónomos.
3 - O Orçamento do Estado e os Orçamentos das Regiões Autónomas e das autarquias locais devem
apresentar, nos termos do artigo 29º, o total das responsabilidades financeiras resultantes de
despesas de capital assumidas por via de compromissos plurianuais, decorrentes da realização de
investimentos com recurso a operações financeiras cuja natureza impeça a contabilização directa do
respectivo montante total no ano em que os investimentos são realizados ou os bens em causa
postos à disposição do Estado.”
“1 - Todas as receitas são previstas pela importância integral em que foram avaliadas, sem dedução
alguma para encargos de cobrança ou de qualquer outra natureza.
2 - A importância integral das receitas tributárias corresponde à previsão dos montantes que, depois
de abatidas as estimativas das receitas cessantes em virtude de benefícios tributários e os
montantes estimados para reembolsos e restituições, serão efectivamente cobrados.
3 - Todas as despesas são inscritas pela sua importância integral, sem dedução de qualquer
espécie.
4 - O disposto nos números anteriores não prejudica a possibilidade de os fluxos financeiros
associados a operações de gestão da dívida pública directa serem objecto de inscrição orçamental,
de acordo com as regras próprias estabelecidas no presente diploma e nas leis de enquadramento
orçamental das Regiões Autónomas ou das autarquias locais.”
28 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
III. 1.4. Não consignação ( artigo 7.º)
III. 1.5. Especificação ( artigo 8.º)
“1 - Não pode afectar-se o produto de quaisquer receitas à cobertura de determinadas despesas.
2 - Exceptuam-se do disposto no número anterior:
a) As receitas das reprivatizações;
b) As receitas relativas aos recursos próprios comunitários tradicionais;
c) As receitas do orçamento da segurança social afectas ao financiamento dos diferentes subsistemas;
d) As receitas que correspondam a transferências provenientes da União Europeia, de organizações internacionais ou de orçamentos de outras instituições do sector público administrativo que se destinem a financiar, total ou parcialmente, determinadas despesas;
e) As receitas que correspondam a subsídios, donativos ou legados de particulares, que, por vontade destes, devam ser afectados à cobertura de determinadas despesas;
f) As receitas que sejam, por razão especial, afectadas a determinadas despesas por expressa estatuição legal ou contratual.
3 - As normas que consignem certas receitas a determinadas despesas têm carácter excepcional e
temporário, em termos a definir em legislação complementar.”
“1 - As receitas previstas devem ser suficientemente especificadas de acordo com uma
classificação económica.
2 - As despesas são fixadas de acordo com uma classificação orgânica, económica e funcional,
podendo os níveis mais desagregados de especificação constar apenas dos desenvolvimentos, nos
termos da presente lei.
3 - As despesas podem ainda ser estruturadas, no todo ou em parte, por programas.
4 - A especificação das receitas cessantes em virtude de benefícios fiscais será efectuada de
acordo com os códigos de classificação económica das receitas.
5 - No orçamento do Ministério das Finanças será inscrita uma dotação provisional destinada a
fazer face a despesas não previsíveis e inadiáveis.
6 - São nulos os créditos orçamentais que possibilitem a existência de dotações para utilização
confidencial ou para fundos secretos, sem prejuízo dos regimes especiais legalmente previstos de
utilização de verbas que excepcionalmente se justifiquem por razões de segurança nacional,
autorizados pela Assembleia da República, sob proposta do Governo.
7 - A estrutura dos códigos da classificação económica das receitas e das classificações económica
e funcional das despesas é definida pelo Decreto-Lei n.º 26/2002, de 14 de Fevereiro.”
29 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
III. 1.6. Equilíbrio ( artigo 9.º)
III. 1.7. Instrumentos de Gestão ( artigo 11.º)
O IPCA está sujeito ao Plano Oficial de Contabilidade Pública para o Sector da Educação (POC – Educação),
empregando igualmente outros instrumentos necessários à boa gestão e ao controlo do orçamento, nos
termos previstos na lei.
III. 1.8. Publicidade ( artigo 12.º)
O IPCA assegura a publicação no sítio do IPCA de todos os documentos que se revelem necessários para
assegurar a adequada divulgação e transparência do seu orçamento e da sua execução.
III. 2. Regras orçamentais
III. 2.1.Execução do orçamento de despesas
Na execução do orçamento das despesas devem ser respeitados os seguintes princípios e regras:
Nenhuma despesa poderá ser assumida, autorizada e paga sem que, para além de ser legal:
a) esteja inscrita em orçamento a dotação adequada e tenha cabimento orçamental e
compromisso;
b) deve ocorrer em regra, pelo menos três meses antes da data prevista do pagamento;
c) tenha fundo disponível, de acordo com o disposto na lei n.º8/2012, de 21 de Fevreiro.
Os créditos orçamentais da despesa constituem o limite máximo a utilizar na sua realização;
“1 - Os orçamentos dos organismos do sector público administrativo prevêem as receitas necessárias
para cobrir todas as despesas, sem prejuízo do disposto no artigo 20º, artigo 22º e artigo 25º
2 - As Regiões Autónomas não poderão endividar-se para além dos valores inscritos no Orçamento do
Estado, nos termos da Lei das Finanças das Regiões Autónomas.
3 - O aumento do endividamento em violação do número anterior origina uma redução no mesmo
montante das transferências do Orçamento do Estado devidas no ano subsequente, de acordo com as
respectivas leis de financiamento.”
30 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
As despesas a realizar com a compensação em receitas legalmente consignadas podem ser
autorizadas até à concorrência das importâncias cobradas;
As despesas deverão ser autorizadas até 31 de Dezembro, terminando o prazo para o seu
pagamento no período complementar de execução orçamental, legal e anualmente estabelecido;
Os encargos regularmente assumidos relativos a anos anteriores serão satisfeitos de conta das
verbas adequadas do orçamento, que estiver em vigor no momento em que se proceda ao seu
pagamento.
No que diz respeito aos momentos da despesa deverá ser cumprida a Norma Interpretativa n.º 2/2001 da
Comissão de Normalização Contabilística da Administração Pública, publicada no DR, II Série, n.º 125, de 30
de Maio de 2001, através do Aviso n.º 7467/2001 (2ª série):
III. 2.2. Execução do orçamento de receitas
Na execução do orçamento de receitas devem ser respeitados os seguintes princípios e regras (regime
jurídico das receitas):
Princípio da legalidade, ou seja, as receitas, são criadas por lei ou obtidas na base da mesma;
“Orientação — Norma interpretativa n.º 2/2001 — Movimentação
da conta 25 do POCP”
(…) De harmonia com o disposto no Decreto-Lei n.º 155/92, de 28 de Julho, «após o
processamento, os serviços e organismos determinarão o montante exacto da obrigação que nesse
momento se constitui, a fim de permitir o respectivo pagamento» (artigo 28.º— liquidação da
despesa).
De acordo com o decreto-lei acima citado, a autorização e a emissão dos meios de pagamento
competem ao dirigente do serviço ou organismo, a que se segue o registo dos respectivos
pagamentos (artigo 29.º— autorização de pagamento), atendendo aos prazos previstos no mesmo
diploma (artigo 31.º— prazo).
Tendo em consideração o disposto na legislação em vigor e os objectivos inerentes à elaboração e
apresentação das demonstrações financeiras dos serviços e organismos públicos, com vista a
proporcionarem uma imagem verdadeira e apropriada da situação financeira, dos resultados e da
execução orçamental, a comissão executiva entende que os registos da autorização de pagamento
e da emissão dos meios de pagamento coincidem no tempo, para efeitos contabilísticos. (…)”
31 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
Princípio da renovação anual, que implica uma autorização orçamental anual;
As receitas liquidadas e não cobradas até 31 de Dezembro devem ser contabilizadas pelas
correspondentes rubricas do orçamento do ano em que a cobrança se efetuar;
Nenhuma receita poderá ser liquidada e arrecadada, se não tiver sido objeto de inscrição
orçamental adequada;
A cobrança das receitas pode ser efetuada para além dos valores inicialmente previstos no
orçamento;
Princípio da não compensação, que implica a inscrição das receitas na sua totalidade e sem
dedução de qualquer espécie;
Princípio da não consignação que proíbe a afetação de determinada receita para suportar
determinada despesa, sem prejuízo de legislação especial.
Deve-se ainda dar cumprimento ao estipulado na norma interpretativa n.º 2/2001 da Comissão de
Normalização Contabilística da Administração Pública, no que diz respeito a:
III. 2.3. Compromissos e Pagamentos em atraso (Lei n.º 8/2012, de 21 Fevereiro) - Conceitos
III 2.3.1 Compromissos
São as obrigações de efetuar pagamentos a terceiros em contrapartida do fornecimento de bens e serviços
ou da satisfação de outras condições. Os compromissos consideram-se assumidos quando é executada uma
ação formal pela entidade, como seja a emissão de ordem de compra, nota de encomenda ou documento
equivalente, ou a assinatura de um contrato, acordo ou protocolo, podendo também ter um carácter
permanente e estarem associados a pagamentos durante um período indeterminado de tempo,
nomeadamente, salários, rendas, eletricidade ou pagamentos de prestações diversas.
“(…) definição dos momentos da receita. Para este efeito consideram--se dois momentos: liquidação
(inclui auto-liquidação e liquidação prévia) e cobrança. A liquidação corresponde ao cálculo e
apuramento do montante a pagar pelo sujeito passivo, efectuada pelas entidades que administram a
receita, no caso da liquidação prévia, ou da responsabilidade do devedor, no caso de auto-liquidação.
A liquidação está indelevelmente associada à emissão do documento de divida. Assim, equipara-se à
facturação. Do ponto de vista patrimonial corresponde à consagração do direito a receber. A cobrança
dos valores apurados na liquidação correspondente ao ressarcimento da divida, total ou parcial,
através de meios monetários ou outros, pelas entidades legalmente autorizadas para o efeito”.
32 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
Data do compromisso – data da ordem de compra, nota de encomenda, ou documento equivalente e que
deve corresponder à data de registo nos sistemas contabilísticos locais, que deve ocorrer em regra, pelo
menos três meses antes da data prevista de pagamento, para os compromissos conhecidos nessa data.
Data de vencimento do compromisso – data em que o valor da fatura ou documento equivalente é exigível.
III 2.3.2 Compromissos plurianuais
Consistem na obrigação de efetuar pagamentos em mais do que um ano económico. Exigem autorização
prévia da entidade competente e registo no sistema informático central das entidades responsáveis pelo
controlo orçamental em cada um dos subsectores da Administração Pública.
III 2.3.3 Passivos
São as obrigações presentes da entidade proveniente de acontecimentos passados, cuja liquidação se
espera que resulte num exfluxo de recursos da entidade que incorporam benefícios económicos. Uma
característica essencial de um passivo é a de que a entidade tenha uma obrigação presente (constituída, por
exemplo, com a entrega de bens com a guia de remessa, contabilizados em receção e conferência - na
ausência destes a fatura; provisões; empréstimos).
Uma obrigação é um dever ou responsabilidade para agir ou executar de certa maneira e pode ser
legalmente imposta como consequência de:
a) Um contrato vinculativo (por meio de termos explícitos ou implícitos);
b) Legislação;
c) Requisito estatutário; ou
d) Outra operação da lei.
III 2.3.4 Contas a pagar
São o subconjunto dos passivos certos, líquidos e exigíveis (ex: fatura ou documento equivalente, notas de
abono, talões nos termos do CIVA).
III 2.3.5 Pagamentos em atraso
São as contas a pagar que permaneçam nessa situação mais de 90 dias posteriormente à data de
vencimento acordada ou especificada na fatura, contrato, ou documentos equivalentes.
III 2.3.6 Fundos disponíveis
São as verbas disponíveis a muito curto prazo. Os fundos disponíveis incluem, quando aplicável, e desde
que não tenham sido comprometidos ou gastos:
33 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
a) A dotação corrigida líquida de cativos, relativa aos três meses seguintes;
b) As transferências ou subsídios com origem no Orçamento do Estado, relativos aos três meses
seguintes;
c) A receita efetiva própria que tenha sido cobrada, ou recebida como adiantamento;
d) A previsão da receita efetiva própria a cobrar nos três meses seguintes;
e) O produto de empréstimos contraídos nos termos da lei;
f) As transferências ainda não efetuadas decorrentes de programas e projetos do QREN cujas faturas
se encontrem liquidadas e devidamente certificadas ou validadas;
g) Outros montantes autorizados nos termos do artigo 4.º da Lei dos Compromissos e Pagamentos em
Atraso.
Os fundos disponíveis em qualquer momento, é obtido através da seguinte fórmula:
+ + - +
Conforme Lei dos Compromissos, só podem ser assumidos novos compromissos se existir fundos
disponíveis.
III 2.3.7 Responsabilidades
Compete ao Presidente do IPCA por Despacho identificar os responsáveis de cada procedimento.
III. 3. Princípios Contabilísticos
A contabilidade do IPCA obedece aos seguintes princípios contabilísticos que devem conduzir à obtenção de
uma imagem verdadeira e apropriada da situação financeira, dos resultados e da execução orçamental da
entidade.
III. 3.1. Princípio da entidade contabilística
Constitui entidade contabilística todo o ente público ou de direito privado que esteja obrigado a elaborar e
apresentar contas de acordo com os planos de contabilidade pública sectoriais. Quando as estruturas
organizativas e as necessidades de gestão e informação o requeiram, podem ser criadas sub-entidades
contabilísticas, desde que esteja devidamente assegurada a coordenação com o sistema central.
Quando no mesmo “espaço institucional” de uma entidade, coexistam outras entidades (caso das unidades
orgânicas de uma universidade ou instituto politécnico ou serviços dependentes de uma direção regional de
educação) e todas estejam obrigadas a elaborar e apresentar contas de acordo com o referido plano, ou
seja, todas são “entidades contabilísticas”, o conjunto integrará um “grupo público”, ficando sujeitas às
Receitas que se prevê cobrar nos próximos 3 meses
Compromissos assumidos até à data (pagos ou a pagar)
Receitas arrecadadas
Saldo inicial
34 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
normas de consolidação de contas. Num “grupo público”, cabe à “entidade mãe” assegurar a coordenação do
processo de consolidação de contas, sem prejuízo da coordenação relativa a eventuais sub-entidades.
No caso do IPCA o grupo público é constituído por duas entidades contabilísticas, sendo o IPCA a entidade
mãe e os SAS a entidade consolidada, uma vez que estes serviços gozam de autonomia administrativa e
financeira.
III. 3.2. Princípio da continuidade
De acordo com este princípio, considera-se que o IPCA opera continuadamente, com duração ilimitada.
III. 3.3. Princípio da consistência
Entende-se que o IPCA não alterará as suas políticas contabilísticas de um exercício para o outro. Contudo
poderá fazê-lo desde que as alterações que tiverem efeitos materialmente relevantes, sejam devidamente
referidas de acordo com o anexo às demonstrações financeiras, do POC – Educação.
III. 3.4. Princípio da especialização (ou do acréscimo)
De acordo com este princípio, “os proveitos e os custos são reconhecidos quando obtidos ou incorridos,
independentemente do seu recebimento ou pagamento, devendo incluir-se nas demonstrações financeiras
dos períodos a que respeitem.” Consideram-se proveitos todas as operações contabilísticas registadas na
classe 7 do POC – Educação e consideram-se custos todas as operações contabilísticas registadas na
classe 6 do POC – Educação.
III. 3.5. Princípio do custo histórico
De acordo com este princípio, “os registos contabilísticos devem basear-se em custos de aquisição ou de
produção, quer a valores monetários nominais, quer a valores monetários constantes.” O IPCA, conforme
previsto no POC – Educação, efetua provisões para cobrança duvidosa das dívidas a receber e atualiza os
seus ativos fixos efetuando amortizações previstas no CIBE (Cadastro e Inventário dos bens do Estado).
As exceções ao registo com base no princípio do custo histórico encontram-se previstas no CIBE e carecem
de Despacho do Presidente do IPCA.
III. 3.6. Princípio da prudência
Para o integral cumprimento do princípio da prudência que determina “(…) que é possível integrar nas contas
um grau de precaução ao fazer as estimativas exigidas em condições de incerteza sem, contudo, permitir a
35 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
criação de reservas ocultas ou provisões excessivas ou a deliberada quantificação de activos e proveitos por
defeito ou de passivos e custos por excesso”, os SF propõem anualmente a criação de provisões e o registo
das mesmas na conta “Acréscimos e diferimentos”, com a devida fundamentação. Esta proposta carece de
Despacho do Presidente do IPCA.
III. 3.7. Princípio da materialidade
Considerando que “as demonstrações financeiras devem evidenciar todos os elementos que sejam
relevantes e que possam afectar avaliações ou decisões (…)” deve ser evitado o registo em contas residuais
(“Outros custos” / “Outros proveitos”), de modo a não desvirtualizar as demonstrações financeiras. Este
princípio deve ser tido em especial atenção na classificação das despesas de Fundo de Maneio, e na
aquisição de bens inventariáveis.
III. 3.8. Princípio da não compensação
Em rigor, “(…) não se deverão compensar saldos de contas activas com contas passivas (balanço), de
contas de custos e perdas com contas de proveitos e ganhos (demonstração dos resultados) e, em caso
algum, de contas de despesas com contas de receitas (mapas de execução orçamental)”. Contudo, desde
que devidamente fundamentado pelos SF, poderão ser autorizadas exceções a este princípio através de
Despacho do Presidente do IPCA. Sempre que ocorrerem exceções a este princípio, as mesmas devem ser
evidenciadas nos anexos às demonstrações financeiras.
36 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
PARTE IV – NORMA DE CONTROLO INTERNO
IV. 1. Gestão de Pessoal
IV. 1.1. Vínculos, Carreiras e Remunerações
A Lei n.º 12-A/2008, de 27 de Fevereiro (LVCR) define e regula os regimes de vinculação, de carreiras e de
remunerações dos trabalhadores que exercem funções públicas.
No IPCA, existem 3 mapas de pessoal:
Um do IPCA que contemplam pessoal dirigente, docente e pessoal não docente;
Um dos SAS.
IV. 1.1.1. Mapa de pessoal
a) Tendo em consideração a missão, as atribuições, a estratégia, os objetivos superiormente fixados,
as competências das unidades orgânicas e os recursos financeiros disponíveis, o IPCA planeia,
aquando da preparação da proposta de orçamento, as atividades de natureza permanente ou
temporária, a desenvolver durante a sua execução, as eventuais alterações a introduzir nas
unidades orgânicas flexíveis, bem como o respetivo mapa de pessoal docente e não docente. Estes
elementos acompanham a respetiva proposta de orçamento, devendo ser elaborados pelo
Administrador do IPCA (pessoal docente e não docente do IPCA) e pelo Diretor dos SAS (pessoal
afeto a esta unidade do IPCA);
b) Os mapas de pessoal contêm a indicação do número de postos de trabalho de que o IPCA e SAS
carecem para o desenvolvimento das respetivas atividades, caracterizados em função:
i) Do cargo ou da carreira e categoria que lhes correspondam;
ii) Da atribuição, competência ou atividade que o seu ocupante se destina a cumprir ou a
executar;
iii) Dentro de cada carreira e, ou, categoria, quando imprescindível, da área de formação
académica ou profissional de que o seu ocupante deva ser titular;
c) Os mapas de pessoal são aprovados, mantidos ou alterados pelo órgão competente para a
aprovação das propostas de orçamento e tornados públicos por afixação nos Serviços Centrais do
37 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
IPCA e nos SAS, nas Unidades Orgânicas e inseridos em página eletrónica, assim devendo
permanecer durante o ano económico;
d) As verbas orçamentais dos órgãos ou serviços afetas a despesas com pessoal destinam -se a
suportar os seguintes tipos de encargos:
a. Com as remunerações dos colaboradores que se devam manter em exercício de funções no
órgão ou serviço;
b. Com o recrutamento de colaboradores necessários à ocupação de postos de trabalho
previstos, e não ocupados, nos mapas de pessoal aprovados e, ou, com alterações do
posicionamento remuneratório na categoria dos colaboradores que se mantenham em
exercício de funções;
c. Com a atribuição de prémios de desempenho dos colaboradores dos órgãos ou serviços.
e) Compete ao Conselho de Gestão decidir sobre o montante máximo de cada um dos tipos de
encargos referidos na alínea d) do n.º 1 que se propõe suportar, podendo optar, sem prejuízo do
disposto no artigo 47.º da LVCR sobre alteração de posição remuneratória obrigatória, pela afetação
integral das verbas orçamentais correspondentes a apenas um dos tipos. Esta decisão é tomada no
prazo de 15 dias após o início de execução do orçamento;
f) Quando não seja utilizada a totalidade das verbas orçamentais destinadas a suportar os encargos
com o recrutamento, a parte remanescente acresce às destinadas a suportar os encargos relativos
a prémios de desempenho, salvo em situações de proibição expressas previstas nas Leis de
execução do orçamento do ano a que se referem;
g) Para efeitos do disposto anteriormente e controlo do pessoal, os Recursos Humanos deverão
manter atualizadas listagens de pessoal docente e não docente, onde deve constar as seguintes
informações:
i) Nome;
ii) Carreira e categoria;
iii) Início e termo de funções;
iv) Habilitações;
v) Acumulações;
vi) Número horas de lecionação (no caso de pessoal docente);
vii) Unidades curriculares e cursos onde lecionam (no caso de pessoal docente)
viii) Avaliação de desempenho;
38 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
ix) Estado civil;
x) Número de dependentes.
IV. 1.1.2. Regimes de vinculação
De acordo com a LVCR as relações jurídicas de emprego, a partir de 1 de Março de 2008, constituem-se nas
seguintes modalidades:
a) Comissão de serviço – para o exercício de cargos não inseridos em carreiras, designadamente
cargos dirigentes;
b) Nomeação – para o exercício de funções em carreiras cujo conteúdo funcional se insira no
cumprimento de atribuições, competências e atividades referidas no artigo 10.º (funções associadas
ao exercício de poderes de soberania e autoridade);
c) Contrato de trabalho – para o exercício de cargos e funções não abrangidas pelas alíneas anteriores
as relações jurídicas de emprego passam a constituir-se nos termos do disposto no artigo 9.º.
IV. 1.1.3. Incompatibilidade e impedimentos
As funções públicas, sejam elas quais forem, são, em regra, exercidas em regime de exclusividade.
A acumulação com outras funções públicas e com funções ou atividades privadas depende sempre da
autorização da entidade competente, ou seja, do Presidente do IPCA (artigos 25.º e seguintes da LVCR e o
Decreto-Lei n.º 151/2006, de 2 de Agosto), com base em requerimento do interessado que deve obedecer ao
disposto no artigo 29.º da LVCR.
À carreira especial de pessoal docente do ensino superior politécnico aplica-se ainda o disposto no
ECPDESP, que contém normas especiais que regulam o exercício de funções em acumulação por parte dos
docentes, a saber:
a) Docentes em regime de tempo integral podem, quando previamente autorizados pelo Presidente do
IPCA, acumular funções docentes noutro estabelecimento de ensino superior, até ao limite máximo
de 6 horas letivas semanais;
b) A acumulação de funções docentes em instituições de ensino superior privadas carece, para além
dos demais condicionalismos legalmente previstos, de comunicação:
i) Aos órgãos competentes das instituições de ensino superior respetivas, por parte do
docente;
ii) À Direção -Geral do Ensino Superior, pelos RH do IPCA, de acordo com o artigo 51.º da Lei
62/2007, de 10 de Setembro.
39 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
c) O IPCA pode celebrar com instituições de ensino superior públicas e privadas protocolos de
cooperação visando a acumulação de funções docentes nos termos e com os limites das alíneas
anteriores;
d) Os docentes em tempo integral no IPCA:
i) Não podem exercer funções em órgãos de direção de outra instituição de ensino superior;
ii) Podem ser vogais de conselhos científicos, técnico-científicos ou pedagógicos de outra
instituição de ensino superior;
e) O regime de dedicação exclusiva implica a renúncia ao exercício de qualquer função ou atividade
remunerada, pública ou privada, incluindo o exercício de profissão liberal. A violação do
compromisso implica a reposição das importâncias efetivamente recebidas correspondentes à
diferença entre o regime de tempo integral e o regime de dedicação exclusiva, para além da
eventual responsabilidade disciplinar;
f) Não viola o disposto na alínea anterior a perceção de remunerações decorrentes de:
i) Direitos de autor;
ii) Realização de conferências, palestras, cursos breves e outras atividades análogas;
iii) Ajudas de custo;
iv) Despesas de deslocação;
v) Desempenho de funções em órgãos da instituição a que esteja vinculado;
vi) Participação em órgãos consultivos de instituição estranha àquela a que pertença, desde
que com a anuência prévia desta última e quando a forma de remuneração seja
exclusivamente a de senhas de presença;
vii) Participação em avaliações e em júris de concursos ou de exames estranhos à instituição a
que esteja vinculado;
viii) Elaboração de estudos ou pareceres mandados executar por entidades oficiais nacionais,
da União Europeia ou internacionais, ou no âmbito de comissões constituídas por sua
determinação;
ix) Prestação de serviço docente em instituição de ensino superior pública diversa da
instituição a que esteja vinculado, quando, com autorização prévia desta última, se realize
para além do período semanal de trinta e cinco horas de serviço e não exceda quatro horas
semanais;
40 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
x) Atividades exercidas, quer no âmbito de contratos entre a instituição a que pertence e
outras entidades públicas ou privadas, nacionais, estrangeiras ou internacionais, quer no
âmbito de projetos subsidiados por quaisquer dessas entidades, desde que se trate de
atividades da responsabilidade da instituição e que os encargos com as correspondentes
remunerações sejam satisfeitos através de receitas provenientes dos referidos contratos ou
subsídios, nos termos de regulamento aprovado pela própria instituição de ensino superior;
g) A perceção da remuneração prevista na anterior subalínea x) só pode ter lugar quando a atividade
exercida tiver nível científico ou técnico previamente reconhecido pelo órgão de direção da
instituição de ensino superior como adequado à natureza, dignidade e funções destas últimas, e
quando as obrigações decorrentes do contrato ou da aceitação do subsídio não impliquem uma
relação estável;
h) As regras de dedicação exclusiva do Presidente do IPCA são as definidas no artigo 37.º dos
Estatutos do IPCA;
i) As regras de dedicação exclusiva dos Diretores das Escolas do IPCA são as definidas no n.º 3 do
artigo 51.º dos Estatutos do IPCA;
j) A exclusividade de docentes convidados está definida em Despacho (PR).
IV. 1.1.4. Organização das carreiras de pessoal não docente
a) São gerais as carreiras cujos conteúdos funcionais caracterizam postos de trabalho de que a
generalidade dos órgãos ou serviços carece para o desenvolvimento das respetivas atividades;
b) São especiais as carreiras cujos conteúdos funcionais caracterizam postos de trabalho de que
apenas um ou alguns órgãos ou serviços carecem para o desenvolvimento das respetivas
atividades;
c) São gerais as carreiras de:
c1) Técnico superior;
c2) Assistente técnico;
c3) Assistente operacional.
d) A cada carreira, ou a cada categoria em que se desdobre, corresponde um conteúdo funcional
legalmente descrito e a cada categoria das carreiras corresponde um número variável de posições
remuneratórias.
41 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
IV. 1.1.5. Alteração do posicionamento remuneratório (pessoal não docente)
a) Tendo em consideração as verbas orçamentais destinadas a suportar o tipo de encargos previstos na
alínea b) do n.º 1 do artigo 7.º da LVCR, o Presidente do IPCA decide, nos termos dos n.os 3 e 4 do
mesmo artigo, se, e em que medida, este se propõe suportar encargos decorrentes de alterações do
posicionamento remuneratório na categoria dos colaboradores do órgão ou serviço;
b) Preenchem os universos definidos nos termos da alínea anterior os colaboradores do órgão ou
serviço, onde quer que se encontrem em exercício de funções, que, na falta de lei especial em
contrário, tenham obtido, nas últimas avaliações do seu desempenho referido às funções exercidas
durante o posicionamento remuneratório em que se encontram:
i) Duas menções máximas, consecutivas;
ii) Três menções imediatamente inferiores às máximas, consecutivas; ou
iii) Cinco menções imediatamente inferiores às referidas na alínea anterior, desde que
consubstanciem desempenho positivo, consecutivas;
c) Há lugar a alteração obrigatória para a posição remuneratória imediatamente seguinte àquela em que
o colaborador se encontra, na falta de lei especial em contrário, tenha acumulado 10 pontos nas
avaliações do seu desempenho referido às funções exercidas durante o posicionamento
remuneratório em que se encontra, contados nos seguintes termos:
i) Três pontos por cada menção máxima;
ii) Dois pontos por cada menção imediatamente inferior à máxima;
iii) Um ponto por cada menção imediatamente inferior à referida na alínea anterior, desde que
consubstancie desempenho positivo;
iv) Um ponto negativo por cada menção correspondente ao mais baixo nível de avaliação;
d) Na falta de lei especial em contrário, a alteração do posicionamento remuneratório reporta -se a 1 de
Janeiro do ano em que tem lugar;
e) Ainda que não se encontrem reunidos os requisitos previstos na alínea a), o Presidente do IPCA,
ouvido o Conselho Coordenador da Avaliação, e nos limites fixados pela decisão referida nos n.os 2 e
3 do artigo 46.º, pode alterar, para a posição remuneratória imediatamente seguinte àquela em que se
encontra, o posicionamento remuneratório de colaborador em cuja última avaliação do desempenho
tenha obtido a menção máxima ou a imediatamente inferior;
f) Por restrições orçamentais do IPCA ou imposição do Governo definido no orçamento ou Programa de
Assistência Económica e Financeira (PAEF) , o Presidente do IPCA poderá não efetuar alterações de
posicionamento remuneratório em determinado ano.
42 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
IV. 1.1.6. Alteração do posicionamento remuneratório (pessoal docente)
a) O IPCA, cumprirá com as normas orientadoras do sistema de avaliação de desempenho do pessoal
docente, emanadas pelo Ministério da Educação e Ciência (anteriormente MCTES), pelo CCISP e por
normas internas;
b) Por Despacho (PR) n.º 55/2010, aprovado pela Comissão Instaladora do IPCA, em reunião de 8 e
Julho de 2010 e publicado no DR, através do Despacho n.º 11965/2010, de 23 de Julho foi aprovado o
Regulamento de Avaliação do Desempenho dos Docentes do IPCA, referindo no seu artigo 3.º:
c) Quanto às dimensões da avaliação, o artigo 6.º emana:
“Artigo 3.º
Periodicidade da Avaliação
1 — A avaliação tem um carácter regular e realizar-se-á obrigatoriamente de três em três anos.
2 — Os docentes contratados a termo certo ou por tempo indeterminado em período experimental são sempre avaliados, respectivamente, no final do período a que se refere o contrato ou do final do período a que se refere o contrato ou do final do período experimental.
3 — A classificação anual de cada um dos anos avaliados é que resulta do ciclo de avaliação.
4 — Na avaliação da dimensão pedagógica do desempenho, os resultados da avaliação de cada ano lectivo serão integralmente considerados na avaliação do ano civil em que o ano lectivo se conclua.
5 — A avaliação atribuída num determinado período pode ser revista, a requerimento do interessado, sempre que num dos dois períodos seguintes se tenha verificado a aprovação em provas de doutoramento ou de agregação, ou que um determinado contributo, cientifico ou qualquer natureza, produzido no período, venha a evidenciar nos períodos seguintes um impacto relevante, ou venha a ser objecto de especial reconhecimento
designadamente através de prémio nacional, estrangeiro ou internacional.”
“Artigo 6.º
Dimensões da Avaliação
1 — A avaliação dos docentes tem por base as funções gerais dos docentes e incide sobre as dimensões: (i) Técnico-Científica; (ii) Pedagógica; e, (iii) Organizacional. 2 — A diferenciação a que se refere o número anterior, deve contudo ser efectuada respeitando os seguintes limites nas suas dimensões:
a) Dimensão Pedagógica: 35%; b) Dimensão Técnico-Científica: 40%; c) Dimensão organizacional: 25%.
(…) 4 — Nos termos da alínea c) do n.º 2 do artigo 35.º - A do ECPDESP poderão os docentes solicitar a alteração das ponderações referidas no n.º 2 deste artigo, tendo em conta a especificidade da sua área disciplinar. 5 — A concretização da pretensão referida no número anterior deverá, mesmo assim, respeitar os seguintes limites máximos e mínimos:
a) Dimensão Pedagógica: mínimo 30% máximo 40%; b) Dimensão Técnico-Científica: mínimo 35% máximo 45%; c) Dimensão organizacional: mínimo 20% máximo 30%.
(…)”
43 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
d) Quanto aos intervenientes no processo de avaliação referem os artigos 13.º e 14.º:
e) De referir ainda que os docentes são semestralmente sujeitos a avaliação pedagógica, através de
inquéritos por questionário, por parte dos estudantes, sendo-lhes entregue os respetivos resultados,
os quais incluem a sua avaliação e posição para cada item em relação à média de todos os docentes
do curso. A distribuição, recolha e tratamento da avaliação é da responsabilidade do Gabinete de
Qualidade do IPCA;
f) Por restrições orçamentais do IPCA ou imposição do Governo definido no orçamento ou no Programa
de Assistência Económica e Financeira (PAEF), o Presidente do IPCA poderá não efetuar alterações
de posicionamento remuneratório em determinado ano.
IV. 1.1.7. Tipos de mobilidade
A mobilidade geral integra as seguintes modalidades conforme, artigos 58.º da LVCR e seguintes:
a) Cedência de interesse público:
i) Cedência de interesse público para entidade abrangida pela LVCR;
ii) Cedência de interesse público para entidade não abrangida pela LVCR;
b) Mobilidade interna:
“Artigo 13.º
Intervenientes
Intervêm no processo de avaliação de desempenho dos docentes, no âmbito do IPCA: d) O avaliado; e) O Conselho Coordenador de Avaliação do IPCA, o avaliador; f) O Conselho Pedagógico; g) O Conselho Técnico-científico, h) O Presidente do IPCA; i) A Comissão Paritária.
“Artigo 14.º Avaliado
1 — O docente tem direito à avaliação do seu desempenho, que é considerada para o seu desenvolvimento profissional. 2 — O docente tem direito a que lhe sejam garantidos os meios e condições necessárias ao seu
desempenho.”
44 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
i) Mobilidade interna na categoria na mesma atividade;
ii) Mobilidade interna na categoria noutra atividade;
iii) Mobilidade interna inter-carreiras;
iv) Mobilidade interna inter-categorias.
IV. 1.1.8. Duração da mobilidade
A mobilidade interna tem a duração máxima de um ano, exceto quando esteja em causa órgão ou serviço,
designadamente temporário, que não possa constituir relações jurídicas de emprego público por tempo
indeterminado, caso em que a sua duração é indeterminada.
Não pode haver lugar, durante o prazo de um ano, a mobilidade interna para o mesmo órgão, serviço ou
unidade orgânica de trabalhador que se tenha encontrado em mobilidade interna e tenha regressado à
situação jurídico-funcional de origem.
IV. 1.1.9. Consolidação da mobilidade na categoria
A mobilidade na categoria que se opere dentro do mesmo órgão ou serviço consolida-se definitivamente, por
decisão do respetivo dirigente máximo:
a) Independentemente de acordo do trabalhador, se não tiver sido exigido para o seu início, ou com o
seu acordo, no caso contrário, quando se tenha operado na mesma atividade;
b) Com o acordo do trabalhador, quando se tenha operado em diferente atividade.
“Artigo 60.º Modalidades de mobilidade interna
1 — A mobilidade interna reveste as modalidades de mobilidade na categoria e de mobilidade inter-carreiras ou categorias. 2 — A mobilidade na categoria opera -se para o exercício de funções inerentes à categoria de que o trabalhador é titular, na mesma actividade ou em diferente actividade para que detenha habilitação adequada. 3 — A mobilidade inter-carreiras ou categorias opera – se para o exercício de funções não inerentes à categoria de que o trabalhador é titular e inerentes:
a) A categoria superior ou inferior da mesma carreira; ou b) A carreira de grau de complexidade funcional igual, superior ou inferior ao da carreira em que se
encontra integrado ou ao da categoria de que é titular. 4 — A mobilidade inter-carreiras ou categorias depende da titularidade de habilitação adequada do trabalhador
e não pode modificar substancialmente a sua posição.”
45 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
A mobilidade na categoria que se opere entre dois órgãos ou serviços pode consolidar-se definitivamente,
por decisão do dirigente máximo do órgão ou serviço de destino, desde que reunidas, cumulativamente, as
seguintes condições:
a) Haja acordo do serviço de origem, quando este tenha sido exigido para o início da mobilidade;
b) A mobilidade tenha tido, pelo menos, a duração de seis meses ou a duração do período
experimental exigido para a categoria, caso este seja superior;
c) Haja acordo do trabalhador, quando tenha sido exigido para o início da mobilidade ou quando
envolva alteração da atividade de origem;
d) Seja ocupado posto de trabalho previsto previamente no mapa de pessoal.
A consolidação da mobilidade não é precedida nem sucedida de qualquer período experimental, na
consolidação da mobilidade na categoria é mantido o posicionamento remuneratório detido na situação
jurídico-funcional de origem.
IV. 1.2. Recrutamento de pessoal
IV. 1.2.1. Recrutamento de pessoal não docente
a) O recrutamento de pessoal não docente obedece ao disposto na LVCR e na Portaria n.º 83-A/2009,
de 22 de Janeiro, Orçamento de Estado, Decreto de execução orçamental e no disposto nas normas
internas;
b) A decisão de recrutamento de pessoal pelo Presidente do IPCA depende:
b1) Da prévia decisão sobre o montante máximo de cada um dos encargos com as remunerações
dos colaboradores que se devem manter em funções;
b2) Recrutamento de colaboradores e alteração de posicionamento remuneratório;
b3) Prémios de desempenho;
b4) Da existência de massa salarial.
c) O recrutamento de colaboradores necessários à ocupação de todos ou de alguns postos de trabalho
previstos, e não ocupados, nos mapas de pessoal aprovados, é publicitado o respetivo procedimento
concursal, designadamente através de publicação na 2.ª série do DR;
d) O procedimento concursal é simplificado e urgente, obedecendo aos seguintes princípios:
d1) O júri do procedimento é composto por colaboradores da entidade empregadora pública, de
outro órgão ou serviço e, quando a área de formação exigida revele a sua conveniência, de
entidades externas;
46 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
d2) Inexistência de atos ou de listas preparatórias da ordenação final dos candidatos;
d3) A ordenação final dos candidatos é unitária, ainda que lhes tenham sido aplicados métodos de
seleção diferentes;
d4) O recrutamento efetua-se pela ordem decrescente da ordenação final dos candidatos
colocados em situação de mobilidade especial e, esgotados estes, dos restantes candidatos.
e) Quando não seja utilizada a totalidade das verbas orçamentais destinadas a suportar os encargos
com o recrutamento, a parte remanescente acresce às destinadas a suportar os encargos relativos a
prémios de desempenho, salvo em situações de proibição expressas previstas nas Leis de execução
do orçamento do ano a que se referem.
IV. 1.2.2. Recrutamento de pessoal docente
O recrutamento de docentes obedece ao disposto no ECPDESP e nas normas internas aprovadas na
sequência da aprovação daquele diploma, nos termos do seu artigo 29-A.º, a saber:
IV. 1.3. Regime jurídico-funcional
Os sujeitos de uma relação jurídica de emprego público diferente da comissão de serviço e da nomeação,
são regidos na sua atividade pelo disposto no RCTFP.
IV. 1.3.1. Faltas
a) Ao abrigo do RCTFP falta é a ausência do colaborador no local de trabalho, durante o período
compreendido no seu horário de trabalho. O RCTFP fixa um elenco taxativo de justificações
“Artigo 29.º -A Regulamentos
1 — O órgão legal e estatutariamente competente de cada instituição de ensino superior aprova a
regulamentação necessária à execução do presente Estatuto, a qual abrange, designadamente, os
procedimentos, as regras de instrução dos processos e os prazos aplicáveis aos concursos e convites, no
quadro da necessária harmonização de regras gerais sobre a matéria.
2 — No que se refere aos concursos, os regulamentos devem abranger a tramitação procedimental,
designadamente as regras de instrução de candidaturas, os prazos, os documentos a apresentar, os
parâmetros de avaliação, os métodos e critérios de selecção a adoptar e o sistema de avaliação e de
classificação final.
3 — Os regulamentos a aprovar pelas instituições não podem afastar as disposições do presente Estatuto
47 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
atendíveis, ou seja, uma lista de situações típicas que justificam a não comparência ao trabalho. Com
exceção das faltas dadas pelos colaboradores eleitos para as estruturas de representação coletiva, o
regime de faltas é imperativo, ou seja, não podem ser previstos outros tipos de faltas, sendo
insuscetível de modificação por instrumento de regulamentação coletiva de trabalho ou contrato
individual;
b) Nos casos de ausência do trabalhador por períodos inferiores ao período de trabalho a que está
obrigado, os respetivos tempos são adicionados para determinação dos períodos normais de trabalho
em falta;
c) São consideradas faltas justificadas aquelas que constam do elenco legalmente previsto (n.º 2 do
artigo 185.º do RCTFP). São consideradas faltas injustificadas todas as que não se encontram
previstas na lei, ou que se verifiquem sem qualquer motivo ou quando as razões invocadas forem
comprovadamente falsas, ou, ainda, quando não forem apresentados os meios de prova solicitados
pelo dirigente competente;
“Artigo 185.º Tipos de faltas
2 - São consideradas faltas justificadas: a) As dadas, durante 15 dias seguidos, por altura do casamento; b) As motivadas por falecimento do cônjuge, parentes ou afins, nos termos do artigo 187.º; c) As motivadas pela prestação de provas em estabelecimento de ensino, nos termos da legislação especial; d) As motivadas por impossibilidade de prestar trabalho devido a facto que não seja imputável ao trabalhador, nomeadamente doença, acidente ou cumprimento de obrigações legais; e) As motivadas pela necessidade de prestação de assistência inadiável e imprescindível a membros do seu agregado familiar, nos termos previstos neste Regime e no anexo ii, «Regulamento»; f) As motivadas pela necessidade de tratamento ambulatório, realização de consultas médicas e exames complementares de diagnóstico que não possam efectuar-se fora do período normal de trabalho e só pelo tempo estritamente necessário; g) As motivadas por isolamento profiláctico; h) As ausências não superiores a quatro horas e só pelo tempo estritamente necessário, justificadas pelo responsável pela educação de menor, uma vez por trimestre, para deslocação à escola tendo em vista inteirar-se da situação educativa do filho menor; i) As dadas para doação de sangue e socorrismo; j) As motivadas pela necessidade de submissão a métodos de selecção em procedimento concursal; l) As dadas por conta do período de férias; m) As dadas pelos trabalhadores eleitos para as estruturas de representação colectiva, nos termos do artigo 293.º; n) As dadas por candidatos a eleições para cargos públicos, durante o período legal da respectiva campanha eleitoral; o) As que por lei forem como tal qualificadas, designadamente as previstas nos Decretos - Leis n.os 220/84, de 4
de Julho, 272/88, de 3 de Agosto, 282/89, de 23 de Agosto, e 190/99, de 5 de Junho.”
48 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
d) Os meios de prova ou os processos de justificação, em regra, estão previstos na lei relativamente a
cada situação. Nos casos em que a junção de meios de prova ou processos de justificação
específicos não estejam legalmente previstos, pode o dirigente competente exigir ao colaborador
prova dos factos invocados para a justificação, esta exigência deve ser efetuada nos 15 dias
seguintes à comunicação da ausência (n.º 1 do artigo 190.ºdo RCTFP);
e) As faltas justificadas, quando previsíveis, e salvo disposição especial, são obrigatoriamente
comunicadas ao dirigente do serviço com antecedência mínima de 5 dias. Quando imprevisíveis, as
faltas justificadas são obrigatoriamente comunicadas logo que possível;
f) Compete ao dirigente do serviço e Diretores das Escolas, efetuarem o controlo de faltas do pessoal
docente e não docente;
g) O envio das faltas justificadas e injustificadas é enviado aos RH no prazo máximo de dois dias;
h) Sempre que possível os RH devem efetuar os descontos das faltas, no vencimento do próprio mês.
IV. 1.3.2. Férias
a) O RCTFP mantém a duração do período de férias que em 31 de Dezembro de 2008 vigorava
genericamente na Administração Pública: 25 dias úteis de férias, sendo este período aumentado
progressivamente de acordo com a idade e a antiguidade do colaborador. O direito a férias:
i) É irrenunciável e, fora dos casos previstos na lei, o seu gozo efetivo não pode ser
substituído, ainda que com o acordo do colaborador, por qualquer compensação
(económica ou outra);
ii) Reporta-se, em regra, ao trabalho prestado no ano civil anterior;
iii) Não está condicionado à assiduidade ou efetividade de serviço;
iv) Adquire-se com a celebração do contrato e vence-se, em regra, no dia 1 de Janeiro de
cada ano civil;
v) A remuneração do período de férias corresponde à que o colaborador receberia se
estivesse em serviço efetivo, à exceção do subsídio de refeição;
vi) Além da remuneração do período de férias, o colaborador tem direito a um subsídio de
férias de valor igual a um mês de remuneração base mensal, que deve ser pago por inteiro
no mês de Junho de cada ano;
b) Por Despacho (PR), anualmente são definidas as regras a atender na formalização do pedido de
férias anual, assim como a identificação dos Dirigentes que as podem autorizar.
49 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
IV. 1.3.3. Abono do vencimento de exercício perdido
a) Enquanto for residualmente aplicável o disposto no Decreto-Lei n.º 100/99, de 31 de Março, aplica-se
o disposto no artigo 29.º, n.º 6, do mesmo diploma;
b) O Presidente do IPCA pode, a requerimento do interessado e tendo em conta a assiduidade e o
mérito evidenciado no desempenho das funções, nomeadamente através da última classificação de
serviço, autorizar o abono do vencimento de exercício perdido, nos termos e mediante a aplicação dos
procedimentos definidos por Despacho (PR) – 38/2011 – Recuperação de vencimento de exercício.
IV. 1.3.4. Licenças
Licença é a ausência prolongada do serviço mediante autorização prévia.
A Lei nº 59/2008, de 11 de Setembro, que aprovou o RCTFP, alterou significativamente as normas relativas
às licenças sem vencimentos dos ex-funcionários e agentes, regra geral, o regime antes regulado pelo
Decreto-Lei nº 100/99, de 31 de Março, deixou de se aplicar aos que agora se encontram com aquela
modalidade de relação jurídica de emprego. No entanto, as disposições deste diploma continuam a abranger
os funcionários nomeados de acordo com o elencado no artigo 10.º da Lei n.º 12-A/2008, de 27 de Fevereiro:
Aos trabalhadores com contrato de trabalho podem ser concedidas licenças sem remuneração, sendo as
mesmas reguladas pelos artigos 234.º e 235.º do RCTFP – Anexo I – à Lei nº 59/2008, de 11 de Setembro,
incluindo:
i) Licenças no interesse particular:
a) Regime Geral (sem prazo), n.º 1 do artigo 234.º do RCTFP – Anexo I;
“Artigo 10.º Âmbito da nomeação
São nomeados os trabalhadores a quem compete, em função da sua integração nas carreiras adequadas para
o efeito, o cumprimento ou a execução de atribuições, competências e actividades relativas a:
a) Missões genéricas e específicas das Forças Armadas em quadros permanentes;
b) Representação externa do Estado;
c) Informações de segurança;
d) Investigação criminal;
e) Segurança pública, quer em meio livre quer em meio institucional;
f) Inspecção.”
50 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
b) De longa duração para frequência de cursos de formação, n.os 2 a 4 do artigo 234.º
do RCTFP – Anexo I;
ii) Licenças no interesse da Administração:
c) Por circunstâncias de interesse público, n.º 5 do artigo 234.º do RCTFP – Anexo I;
d) Para acompanhamento do conjugue colocado no estrangeiro, n.º 5 do artigo 234.º
do RCTFP – Anexo I;
e) Para exercício de funções em organismos internacionais, n.º 5 do artigo 234.º do
RCTFP – Anexo I;
iii) Licenças no âmbito da proteção da maternidade e da paternidade:
f) Licença Parental complementar (Decreto-Lei n.º 89/2009, de 9 de Abril e Decreto-Lei
91/2009, de 9 de Abril);
g) Especial para acompanhamento de menores de 6 anos;
iv) Outras licenças.
A solicitação de licença é formalizada em requerimento pelo colaborador ao dirigente máximo do serviço, que
profere parecer e remete ao Presidente do IPCA para despacho, no qual deve indicar a duração bem como a
data em que a licença pode começar a ser gozada. No caso de licença prevista nos pontos i, ii, e iv,
solicitada por docente, esta deve ainda ser acompanhada de parecer do Diretor do Departamento e do
Conselho Técnico-científico.
IV. 1.4. Formação de pessoal não docente
a) De acordo com o disposto na LVCR e no RCTFP os colaboradores têm o direito e o dever de
frequentar, todos os anos, ações de formação e aperfeiçoamento profissional na atividade em que
exercem funções;
b) Compete aos RH divulgar os cursos e ações de formação através de inserção no link dos RH da
página eletrónica do IPCA;
c) De acordo com as disponibilidades financeiras do IPCA e das UO, compete aos dirigentes máximos
propor a realização de cursos e ações de formação pelos colaboradores que lhes estão afetos.
51 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
IV.1.5. Balanço social
a) O IPCA enquanto instituição de ensino superior caracterizado como instituto público e com mais de
50 colaboradores deve elaborar anualmente o seu balanço social com referência a 31 de Dezembro
do ano anterior;
b) Compete aos RH elaborar o balanço social, devendo a informação a incluir no balanço social ser a
prevista no formulário anexo ao Decreto-Lei n.º 190/96;
c) Elaborado o Balanço Social o mesmo deverá ser confrontando com outros documentos estatísticos
que reportam à data de 31 de Dezembro do ano anterior;
d) Após confrontação dos diversos documentos estatísticos os mesmos deverão ser verificados pelo
Administrador do IPCA antes do envio à entidade referida na alínea e);
e) O balanço social é levado ao conhecimento e apreciação do Ministério da tutela até 31 de Março do
ano seguinte àquele a que diz respeito;
f) O balanço social deve ser elaborado de forma a incentivar e garantir a efetiva participação dos
colaboradores de cada serviço ou organismo e deverá ser remetido pelos RH, acompanhado da
respetiva fundamentação até 31 de Março;
g) Até 15 de Abril devem ser enviadas cópias dos balanços sociais às organizações sindicais da função
pública que o solicitem;
h) Os RH devem divulgar o balanço social por todos os colaboradores do serviço ou organismo através
da sua afixação nos Serviços Centrais e UO, por forma bem visível, e através da inserção no link dos
RH da página eletrónica do IPCA.
IV. 1.6. Greve
Em caso de conhecimento de pré-aviso de greve, os RH devem providenciar pelo cumprimento dos
seguintes procedimentos:
a) Carregar a base de dados através do preenchimento de formulário eletrónico disponível em
www.dgaep.gov.pt, até às 11 horas e 30 minutos de cada dia de greve, devendo esta informação ser
atualizada até às 16 horas do mesmo dia;
b) Tomar públicos os mapas contendo os dados referidos na alínea anterior, em cada dia de greve, até
às 12 horas e 16 horas e 30 minutos, respetivamente, permitindo a sua acessibilidade a toda e
qualquer pessoa, da seguinte forma:
i) Por afixação nos Serviços e Centrais e UO;
ii) Por inserção no link dos RH da página eletrónica do IPCA;
52 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
iii) Por outros meios legalmente previstos e adequados ao livre acesso à informação
administrativa, designadamente o imediato envio aos órgãos de comunicação social,
quando solicitado;
c) Informar o Presidente do IPCA sobre o número de colaboradores com descontos efetuados até ao dia
22. Os SF devem comunicar esta informação à DGO até ao último dia do mês em que o
processamento de vencimentos deve refletir os descontos por ausência por motivo de greve.
IV. 1.7. Publicitação de actos relativos aos colaboradores
a) Compete aos RH, mediante as informações transmitidas pelos outros Serviços e pelas UO:
i) Preparar a inserção do mapa de pessoal aprovado, em lugar adequado na página
eletrónica do IPCA e respetivas alterações (artigo 5.º, n.º3, da LVCR);
ii) Publicar na 2.ª série do Diário da República (artigo 37.º, da LVCR), por extrato:
- Os atos que determinam, relativamente aos colaboradores contratados, mudanças definitivas
de órgão ou serviço e, ou, de categoria;
- As comissões de serviço e os atos de cessação da relação jurídica;
iii) Preparar a inserção, por extrato, em lugar adequado na página eletrónica do IPCA (artigo
38.º, da LVCR):
- Dos contratos a termo resolutivo, certo ou incerto, e as respetivas renovações;
- Dos contratos de prestação de serviços e as respetivas renovações;
- Das cessações das modalidades de vinculação referidas anteriormente;
iv) Preparar a inserção, por extrato, em lugar adequado na página eletrónica do IPCA, das
decisões de alteração da posição remuneratória (artigos 46.º, n.º 5 e 48.º, n.º 4, da LVCR);
v) Inserir, por extrato, em lugar adequado na página eletrónica do IPCA, as listas
nominativas de transição (artigo 109.º, da LVCR);
vi) Preparar e publicitar, em lugar adequado na página eletrónica do IPCA, os procedimentos
concursais que se encontrem a decorrer, os resultados da aplicação dos métodos de
seleção e a lista unitária de ordenação final, após homologação (Portaria n.º 83-A/2009,
de 22 de Janeiro);
vii) Preparar e publicitar decisões sobre atribuição de prémios de desempenho (artigo 119.º,
n.º 8, da Lei n.º 67-A/2007, de 31 de Dezembro, que aprovou o Orçamento de Estado para
2008);
53 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
b) Compete aos RH, mediante as informações transmitidas pelos outros Serviços e pelas UO, em
relação aos atos referentes especificamente ao pessoal docente:
i) Preparar a inserção do mapa de pessoal aprovado, em lugar adequado na página eletrónica
do IPCA e respetivas alterações (artigo 5.º, n.º 3, da LVCR);
ii) Preparar e publicitar os concursos realizados no âmbito do ECPDESP (artigo 29.º-B, n.º1):
- Na 2.ª série do Diário da República;
- Na bolsa de emprego público;
- Na página eletrónica do IPCA, nas línguas portuguesa e inglesa;
iii) Preparar e publicitar a contratação de docentes ao abrigo do ECPDESP, por concurso ou
por convite (artigo 29.º- B, n.º4):
- Na 2.ª série do Diário da República;
- Na página eletrónica do IPCA;
iv) Dar cumprimento ao demais exigido na LVCR sobre publicitação de atos, que tenha
aplicação no âmbito do ECPDESP;
c) Compete ainda ao RH, organizar e inserir os atos relativos à contratação de pessoal docente e não
docente na página eletrónica do IPCA da seguinte forma:
i) Na página eletrónica do IPCA, nos serviços RH, deve constar um link com o título
“Publicitação de atos relativos à contratação de colaboradores ”;
ii) Dentro desse link devem existir uma série de pastas, a saber:
- Procedimentos concursais de recrutamento de pessoal não docente;
- Concursos de recrutamento de pessoal docente no âmbito do ECPDESP;
- Celebração de contratos e renovação de contratos a termo resolutivo, certo ou incerto e
prestações de serviços;
- Contratação de pessoal docente no âmbito do ECPDESP, com contrato no IPCA;
- Cessação de contratos do ano em curso;
- Mapa de pessoal atual;
- Alteração de posição remuneratória;
- Transição de pessoal;
- Atribuição de prémios de desempenho;
54 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
- Formação de pessoal não docente;
- Balanço social;
- Greve.
IV. 2. Documentos previsionais
IV. 2.1. Aspetos gerais
IV. 2.1.1. Os documentos previsionais do IPCA, de elaboração anual, são:
Plano de atividades,
Mapa de pessoal;
Orçamento;
Balanço previsional individual e consolidado (n+1);
Demonstração de resultados previsional individual e consolidado (n+1);
Quadro de Avaliação e Responsabilização (QUAR);
Outros que sejam definidos por Lei ou aprovados pelo órgão interno competente.
IV. 2.1.2. Os documentos previsionais devem incluir o plano de atividades, o mapa de pessoal e o
orçamento dos SAS;
IV. 2.1.3. As fases do processo de elaboração dos mapas previsionais e respetivos responsáveis são os
constantes no quadro seguinte:
Fases Responsável Prazos Observação
Elaboração
Administrador do IPCA Início logo que o IPCA seja informado do PLAFOND do MEC
Os Diretores das Escolas, Diretor dos Serviços de Ação Social, Responsável pelos Serviços Financeiros, Serviços Académicos, Recursos Humanos e demais unidades, fornecer a informação necessária para a elaboração em tempo útil dos documentos previsionais.
Diretor dos SAS, documentos referidos em 2.1.2.
Aprovação Órgão Legalmente Competente
Pelo menos 3 dias antes do prazo para envio do Orçamento ao MEC
Conselho Geral
Envio à Tutela Administrador do IPCA No prazo definido pelo MEC
---------------------------
Colocação no site do IPCA
Administrador do IPCA Prazo máximo de 5 dias após aprovação pelo MEC
Plano de atividades
Mapa de Pessoal
Orçamento por classificação económica
55 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
IV. 2.2. Plano de atividades
IV. 2.2.1. O Plano de Atividades deverá ser elaborado de acordo com a legislação em vigor, Decreto-Lei n.º
183/96, de 27 de Setembro e com as instruções emitidas pelas entidades competentes;
IV. 2.2.2. Este documento é elaborado pelos Serviços Centrais (coordenado pelo Administrador do IPCA)
com contributos das unidades orgânicas, incluindo os SAS em capítulo próprio (este elaborado pelo Diretor
dos SAS), que devem apresentar todas as propostas de atividades para o ano civil/económico,
acompanhadas pela respetiva previsão de despesas e de receitas e os recursos humanos necessários;
IV.2.2.3. Compete ao Administrador do IPCA elaborar a estrutura do Plano de Atividades devendo a mesma
seguir a estrutura do Relatório de Atividades para efeitos de posterior análise entre as atividades realizadas e
as atividades previstas. O plano de atividades, deve incluir a seguinte informação:
Missão e objetivos estratégicos do IPCA;
Objetivos operacionais;
Atividades a desenvolver em ensino, investigação e prestação de serviços;
Recursos humanos necessários (pessoal docente, não docente, prestações de serviços);
Recursos materiais necessários (Recursos pedagógicos e científicos; Instalações e equipamentos;
Serviços de apoio);
Recursos Financeiros (orçamento por atividades).
IV. 2.3. Mapa de pessoal
IV. 2.3.1. O mapa de pessoal deve acompanhar as propostas de orçamento do IPCA para o ano n+1
devendo incluir um mapa de pessoal específico para os colaboradores dos SAS em capítulo autónomo.
IV. 2.3.2. O mapa de pessoal é aprovado pela entidade competente para a aprovação da proposta de
orçamento;
IV. 2.3.3. O recrutamento para novos postos de trabalho no ano n está condicionado à sua previsão no
mapa de pessoal com a respetiva caracterização dos postos de trabalho.
IV. 2.4. Orçamento
IV. 2.4.1. O IPCA deverá elaborar dois tipos de orçamentos:
56 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
Orçamento por atividades com receitas próprias e fontes de financiamento, onde são
apresentadas as despesas e receitas por atividades, nomeadamente mestrados, pós graduações,
cursos breves, organização de conferências, prestação de serviços;
Orçamento por classificação económica e fontes de financiamento, onde se apresenta a previsão
anual dos recebimentos e pagamentos do IPCA para o ano económico (conforme exigido pela
Direção Geral do Orçamento - DGO).
IV. 2.4.2. O IPCA deverá, para cada atividade constante no Plano de Atividades com receitas próprias,
proceder à elaboração de um orçamento, onde é apresentada a respetiva previsão das receitas e despesas.
IV. 2.4.3. A elaboração do orçamento do IPCA, por classificação económica deverá obedecer às seguintes
regras:
a) O orçamento deverá fundamentar-se no plano de atividades e no mapa de pessoal;
b) No que diz respeito a despesas de pessoal, o Orçamento deverá reger-se pela LVCR;
c) A prioridade, ao nível da dotação de despesas com pessoal, recai no pagamento das remunerações
do pessoal em exercício de funções e, só após estar coberta esta rubrica, é que se podem inscrever
verbas destinadas à cobertura dos encargos;
d) Devem ser seguidas as instruções anuais emitidas por circular da DGO (www.dgo.pt);
e) No lado da receita deve ter-se em conta:
As verbas atribuídas ao IPCA pelo MEC, correspondentes às dotações do OE e do PIDDAC;
As previsões sobre os contratos de investigação científica, de desenvolvimento tecnológico e/ou
de prestação de serviços;
Outras fontes de financiamento externo;
As previsões de receitas próprias, elaboradas com base no Plano de Atividades.
f) Nos termos da LVCR, as verbas que o IPCA inscreve nos projetos de orçamento relativas a despesas
com pessoal deve dar cobertura às três seguintes categorias de encargos:
As remunerações e outras despesas de natureza certa e permanente do pessoal em exercício de
funções no IPCA;
Os encargos associados ao recrutamento de pessoal necessário à ocupação de postos de
trabalho previstos nos respetivos mapas de pessoal e/ou às alterações do posicionamento
remuneratório na categoria do pessoal em exercício de funções; e
Os prémios de desempenho a atribuir aos colaboradores, incluindo a opção gestionária.
g) Devem ser cumpridos os princípios orçamentais definidos na Lei de Enquadramento Orçamental.
IV. 2.5. Registos contabilísticos
IV. 2.5.1. Após aprovação do orçamento pela tutela, os SF procedem à abertura do orçamento na
Contabilidade Orçamental, reportada à data de 1 de Janeiro, conforme POC-Educação;
57 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
IV. 2.5.2. Os SF devem ainda registar na Contabilidade Orçamental, com data de 1 de Janeiro os
compromissos de acordo com a legislação em vigor.
IV. 2.6. Alterações orçamentais
IV. 2.6.1. As alterações ao orçamento, por alterações nas rubricas orçamentais da despesa, sem alteração
do valor total do orçamento, devem obedecer às regras em vigor e aprovação do órgão legalmente
competente;
IV. 2.6.2. As alterações ao orçamento da despesa com alteração do valor total do orçamento só são
permitidas se existir aumento de receita em valor igual ou superior montante e devem ser aprovadas pelo
órgão legalmente competente;
IV. 2.6.3. As alterações ao orçamento de investimentos financiados pelo PIDDAC ou QREN ou outra fonte
devem obedecer às regras em vigor e aprovação do órgão legalmente competente;
IV. 2.6.4. Após aprovação de cada alteração orçamental, os SF do IPCA procedem ao registo contabilístico
na Contabilidade Orçamental, conforme POC-Educação.
IV. 2.7. Balanço previsional individual e consolidado
O balanço previsional do ano n+1 baseia-se:
no balanço previsional do ano n;
na demonstração de resultados previsional do ano n+1;
na proposta de orçamento para o ano n+1.
IV 2.8. Demonstração de resultados individual e consolidado
A demonstração de resultados por natureza previsional do ano n+1 baseia-se:
no balanço previsional do ano n;
na demonstração de resultados previsional do ano n;
na proposta de orçamento para o ano n+1.
IV 2.9. Quadro de Avaliação e Responsabilização - QUAR
De acordo com a Lei n.º 66-B/2007, de 28 de Dezembro, o sistema integrado de gestão e avaliação do
desempenho na Administração Pública (SIADAP) integra, entre outros, o subsistema de Avaliação do
Desempenho dos Serviços da Administração Pública (SIADAP 1).
58 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
A avaliação de desempenho de cada serviço assenta num Quadro de Avaliação e Responsabilização
(QUAR), sujeito a avaliação permanente e atualizado a partir dos sistemas de informação do serviço, no qual
se evidencia:
a) A missão do serviço;
b) Os objetivos estratégicos plurianuais determinados superiormente;
c) Os objetivos anualmente fixados e, em regra, hierarquizados;
d) Os indicadores de desempenho e respetivas fontes de verificação;
e) Os meios disponíveis, sinteticamente referidos;
f) O grau de realização de resultados obtidos na prossecução de objetivos;
g) A identificação dos desvios e, sinteticamente, as respetivas causas;
h) A avaliação final do desempenho do serviço.
59 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
IV. 3. Execução do orçamento e contabilidade orçamental
IV. 3.1. Regras gerais
Durante a execução do orçamento devem ser observadas as seguintes regras:
a) As operações de execução do orçamento das receitas e das despesas obedecem ao princípio da
segregação das funções. Deste modo:
O responsável pelo registo contabilístico não pode requisitar qualquer aquisição de bens ou
serviços;
O responsável pelos SF e o Tesoureiro não podem efetuar as reconciliações bancárias nem
requisitar qualquer aquisição de bens ou serviços;
O responsável pelos SF e o responsável pela Tesouraria do IPCA não podem participar em
júris de aquisição de bens e serviços;
b) As disposições necessárias à execução do OE são estabelecidas pelo Governo por Decreto-Lei de
execução orçamental e, em complemento, são emanadas instruções pela DGO, através de circulares;
c) No âmbito da gestão corrente, cabe ao órgão legalmente competente proceder às operações de
execução orçamental e prática dos atos de autorização de despesa e de autorização de pagamento,
salvo as competências delegadas em outros órgãos, obrigatoriamente publicados no DR;
d) A execução dos orçamentos do IPCA é da competência do Presidente, devendo ser utilizadas
prioritariamente as receitas próprias não consignadas por lei para a cobertura das respetivas
despesas;
e) O registo contabilístico das fases da execução da despesa é da responsabilidade dos SF devendo ser
executado no momento referido no quadro seguinte:
Contabilidade orçamental Contabilidade Patrimonial Contabilidade analítica
Cabimento
Proposta de aquisição de Bens e Serviços
--------- ---------
Despesa – compromisso – aquisição de bens e serviços
--------- ---------
Despesa – compromisso – pessoal
--------- ---------
Obrigação–aquisição de bens e serviços
--------- data da verificação da fatura Até último dia do mês
(quando custo)
Obrigação–pessoal --------- data de processamento de
vencimentos Até último dia do mês
60 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
f) O registo contabilístico das fases da receita é da responsabilidade dos SF devendo ser
executado no momento referido no quadro seguinte:
Contabilidade orçamental Contabilidade Patrimonial Contabilidade analítica
Liquidação de receita Data da liquidação Data da liquidação Até último dia do mês
(quando proveito)
Cobrança de receita Data do
depósito/recebimento
Data do
depósito/recebimento ---------------------
61 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
IV. 3.2. Operações de despesas
D01 – Despesas com Pessoal
IV. 1. Objetivo da norma
Estabelecer os procedimentos e os métodos de controlo associados às despesas com pessoal docente e não
docente, designadamente, pagamento de vencimentos, descontos e outros abonos.
IV. 2. Campo de aplicação da norma
Aplica-se no processo de pagamento dos vencimentos e outros abonos e respetivos descontos.
IV. 3. Princípios gerais
IV. 3.1. As despesas com pessoal pressupõem os seguintes registos contabilísticos:
a) Cabimento;
b) Compromisso;
c) Obrigação, na data do processamento de vencimentos, através das folhas de abonos;
d) Autorização de pagamento, na data em que a ordem de pagamento é autorizada;
e) Pagamento, na data da transferência bancária.
IV. 3.2. O registo contabilístico do cabimento deve ser efetuados no início do ano económico e normalizados
os ajustamentos sempre que se verifique nova admissão ou mudança de situação do colaborador, devendo
ser cabimentadas todas as despesas prováveis (Circular série A, n.º 1370, de 23 de Março de 2012);
IV. 3.3. O registo contabilístico do compromisso para despesas com caráter permanente, devem ser
registadas para um período de três meses (Circular série A, n.º 1370, de 23 de Março de 2012) e atualizados
mensalmente;
IV. 3.4. Os colaboradores com direito a subsídio de férias, é pago junto com o vencimento do mês de Junho
e os colaboradores com direito a subsídio de Natal é pago em Novembro, conforme legislação, salvo o caso
do último mês do contrato em que os subsídios a que tem direito e acertos devidos são pagos nesse mês;
IV. 3.5. As horas extraordinárias só poderão ser prestadas com prévia autorização do Presidente do IPCA,
até ao limite máximo legalmente previsto no RCTFP, mediante proposta fundamentada dos responsáveis dos
serviços ou unidades orgânicas;
IV. 3.5. Só pode ser efetuado um processamento extraordinário, mediante autorização prévia do Presidente
do IPCA;
IV. 3.6. A admissão de pessoal docente ou não docente tem efeitos a partir da data referida em Despacho
(PR) e depois de assinado o contrato;
62 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
IV. 3.7. O contrato referido no número anterior é elaborado em documento próprio do IPCA e deve referir
obrigatoriamente a data de início e fim do contrato, a categoria, o serviço a prestar e a remuneração mensal;
IV. 3.8. Os concursos de pessoal docente devem obedecer ao estabelecido no Estatuto da Carreira Docente
do Ensino Superior Politécnico, da legislação sobre a contratação pública e dos regulamentos internos do
IPCA;
IV. 3.9. Os concursos de pessoal não docente devem obedecer ao estabelecido na legislação sobre a
contratação pública e nos regulamentos internos do IPCA;
IV. 3.10. Os postos de trabalho colocados a concurso de pessoal docente e não docente devem estar
previstos no Mapa de Pessoal;
IV. 3.11. Compete aos Recursos Humanos comunicar ao Administrador do IPCA com, pelo menos, 90 dias
de antecedência os contratos de pessoal não docente que necessitam de autorização para renovação;
IV. 3.12. Compete aos Recursos Humanos comunicar aos Diretores das Escolas com, pelo menos, 60 dias
de antecedência os contratos de pessoal docente que necessitam de autorização para renovação;
IV. 3.13. São definidas, por Despacho PR, as regras sobre:
O processo de contratação, renovação de contratos e abertura de concursos de pessoal;
Reposição de vencimentos;
Pagamento de horas extraordinárias;
Abono para falhas;
As autorizações de atividades remuneradas em outras instituições;
Remunerações adicionais em prestação de serviços do IPCA e acumulação de funções;
Alterações de posicionamento remuneratório;
IV. 3.14. Os Despachos PR referidos no número anterior são divulgados pelos Recursos Humanos a todo o
pessoal docente e não docente, por e-mail e colocação no site do IPCA;
IV. 3.15. Compete ao GACI verificar periodicamente o cumprimento das obrigações por parte dos RH
apresentando um relatório ao Presidente do IPCA.
IV. 4. Procedimentos sobre vencimentos
IV. 4.1. Compete ao Serviço de Recursos Humanos:
a) Elaborar o mapa de vencimentos e outros abonos até ao dia 15 de cada mês, declarando que
todos os docentes e não docentes têm contrato assinado ou declaração de aceitação da minuta
de contrato;
b) Conferir e assinar os seguintes mapas de vencimento com o histórico de todos os meses do ano
devidamente conferidos, rubricados e datados por este serviço:
Mapa de vencimento, com o histórico de todos os meses do ano;
Mapa de transferência bancária;
63 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
Mapas de descontos da segurança social e caixa geral de aposentações;
Mapa de descontos facultativos, tais como sindicatos;
Outros mapas justificativos dos valores em causa.
c) Criar as seguintes folhas de vencimentos por tipo de pessoal:
Dirigentes e pessoal não docente;
Dirigente e pessoal não docente dos SAS;
Pessoal docente de carreira;
Pessoal docente convidado ou em mobilidade;
Pessoal docente em substituição (PROTEC);
Monitores;
Outros;
IV. 4.2. O GACI verifica todos os mapas de vencimento e outros abonos, e emite parecer até ao dia 21 de
cada mês;
IV. 4.3. Os SF integram o processamento de vencimentos e outros abonos. Caso seja necessário efetuar
correções, as mesmas deverão ser realizadas através de processamento manual;
IV. 4.4. Os SF efetuam a integração do processamento na contabilidade (fase da obrigação) e ao mesmo
tempo conferem este processamento através da folha de féria dos colaboradores (por tipo de pessoal), bem
como todos os documentos que lhe deram origem;
IV. 4.5. Após parecer positivo do GACI, os RH enviam ao órgão legalmente competente, para autorização de
pagamento, até ao dia 22 de cada mês, os elementos abaixo mencionados:
a) Mapa de vencimento, com o histórico de todos os meses do ano;
b) Mapa de transferência bancária;
c) Mapas de descontos da segurança social e caixa geral de aposentações;
d) Mapa de descontos facultativos, tais como sindicatos;
e) Outros mapas justificativos dos valores em causa;
IV. 4.6. O órgão legalmente competente autoriza os pagamentos – vencimentos e descontos - até ao dia 23
de cada mês;
IV. 4.7. A Tesouraria verifica se estes documentos autorizados em papel estão de acordo com o ficheiro de
upload no Homebanking do IGCP- TEI;
IV. 4.8. A Tesouraria procede ao pagamento, tendo em conta legislação emitida pelo Instituto de Gestão da
Tesouraria e do Crédito Público, I. P., nomeadamente os valores mensais destinados ao pagamento dos
vencimentos e subsídios referentes ao Ministério da Educação e Ciência, não poderão sair da Tesouraria
Central do Estado antes do dia 23, de acordo com o disposto no Aviso n.º 24173/2011, de 19 de Dezembro:
Os organismos e serviços com autonomia administrativa e financeira, não podem processar as
respetivas autorizações de pagamento para datas anteriores às previstas;
64 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
No caso do dia indicado coincidir com sábado, domingo ou feriado, os pagamentos em causa
passam para o dia útil imediatamente anterior;
É proibida, em qualquer situação, a antecipação do pagamento de vencimentos e subsídios;
IV. 4.9. Os Recursos Humanos colocam e submetem a informação relativa aos descontos obrigatórios na
plataforma da Segurança Social e da Caixa Geral de Aposentações (CGA), até ao dia 10 do mês seguinte,
em relação a cada um dos colaboradores ao serviço, o valor da remuneração que constitui a base de
incidência contributiva, os tempos de trabalho que lhes corresponde e a taxa contributiva aplicável;
IV. 4.10. O pagamento das contribuições e das quotizações à Segurança Social é mensal e é efetuado do
dia 10 até ao dia 20 do mês seguinte àquele a que as contribuições e quotizações dizem respeito pela
Tesouraria, de acordo com o artigo 43.º do Lei n.º 110/2009, de 16 de Setembro;
IV. 4.11. Quanto à CGA, a Tesouraria procede à transferência das verbas até ao dia 13 do mês seguinte;
IV. 4.12. A Tesouraria deve integrar os pagamentos dos vencimentos nos SF, até ao último dia útil anterior
ao do pagamento referente a cada mês;
IV. 4.13. Compete ao GACI verificar periodicamente o cumprimento das obrigações por parte dos RH, SF e
Tesouraria, apresentando os respetivos relatórios ao Presidente do IPCA.
IV. 5. Fases do processamento de vencimentos e outros abonos
Dando cumprimento à legislação em vigor, as fases do processamento de vencimentos e outros abonos
obedecem à segregação de funções, evitando que sejam atribuídas à mesma pessoa duas ou mais funções
concomitantes, com o objetivo de impedir ou dificultar a prática de erros ou irregularidades ou a sua
dissimulação. Assim, os procedimentos devem respeitar o princípio da segregação de funções os seguintes
intervenientes:
Ação Serviço Observações
1. Registo das faltas, férias, licenças de todos os colaboradores bem como as deduções aos vencimentos
RH O interveniente da ação
1 ≠ da ação 2
2. Processamento de mapa de vencimentos e outros abonos até ao dia 15 de cada mês por pessoa diferente que efetuou o registo das faltas, férias e licenças
RH O interveniente da ação
2 ≠ da ação 1
3. Verificação dos mapas de vencimento e envio dos mesmos ao GACI
RH Responsável pelos RH
4. Validação de todos os mapas de vencimentos e outros abonos
GACI -----
5. Integração informática do processamento de vencimentos e outros abonos até ao dia 22 de cada mês (módulo RH para módulo Contabilidade)
SF O interveniente da ação
5 ≠ da ação 8
6. Autorização de pagamento Órgão competente -----
7. Pagamento Tesouraria -----
8. Registo contabilístico do pagamento SF O interveniente da ação
8 ≠ da ação 5
65 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
IV. 6. Ajudas de Custos
IV. 6.1. Trata-se de um abono diário concedido a funcionários (docentes e não docentes) do Estado, quando
há necessidade de se deslocarem para realizar atividades em serviço oficial do Instituto, nas deslocações
que se realizem para além de 5 km do domicílio da Instituição e nas deslocações por dias sucessivos que se
realizem para além de 20 km do mesmo domicílio;
IV. 6.2. O IPCA aplica o regime das ajudas de custo emanado para os funcionários da administração pública
(Decreto-lei nº 106/98 de 24 de Abril e Decreto-lei n.º 192/95, de 28 de Julho) e cujos valores são revistos
anualmente por Portaria própria. Estes valores destinam-se a cobrir despesas com o alojamento e as duas
refeições principais, não sendo necessária a apresentação de documentos de despesa;
IV. 6.3. Ao subsídio de refeição e o abono das ajudas de custo, é aplicável o disposto no Decreto-lei nº
106/98 de 24 de Abril e Decreto-lei n.º 192/95, de 28 de Julho a Portaria n.º 1533-D/2008, de 31 de
Dezembro, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 137/2010, de 28 de Dezembro e devem
obedecer às orientações fixadas na Resolução do Conselho de Ministros n.º 51/2006, de 5 de Maio;
IV. 6.4. Quando as deslocações se realizam no país, esse abono é concedido em parcelas: 25% do abono
para suportar o encargo com almoço (onde é deduzido o valor do subsídio de refeição caso se trate de um
dia útil); 25% do abono destina-se a suportar o encargo com o jantar; 50% destina-se a suportar o encargo
com alojamento. Quando as deslocações são efetuadas fora do país o valor do abono é atribuído na
totalidade (100%) por cada dia de serviço prestado;
IV. 6.5. Nas deslocações diárias (aquelas realizadas num período de 24 horas ou que não impliquem
despesas suplementares) abonam-se as seguintes percentagens de ajudas de custo:
Deslocações Diárias
Período abrangido pela deslocação, ainda
que parcialmente Quantitativo das ajudas de custo
Entre as 13h00 e as 14h00 25%
Entre as 20h00 e as 21h00 25%
Se implicar alojamento 50%
66 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
IV. 6.6. Nas deslocações por dias sucessivos (que se efetivam num período de tempo superior a 24 horas)
abonam-se as seguintes percentagens de ajudas de custo:
IV. 6.7. O regime jurídico do abono de ajudas de custo e transporte ao pessoal da Administração Pública,
quando deslocado em serviço público em território nacional encontra-se fixado no Decreto-Lei n.º 519-M/79,
de 28 de Dezembro. Ao longo dos anos têm surgido alterações, mormente através do Decreto-Lei nº 192/95,
de 28 de Julho que disciplina o abono de ajudas de custo por deslocação em serviço ao estrangeiro, o
Decreto-Lei n.º 106/98, de 24 de Abril que estabelece normas relativas ao abono de ajudas de custo e de
transporte pelas deslocações em serviço público e a Portaria n.º 1553-D/2008, de 31 de Dezembro, que
estabelece as tabelas de ajudas;
IV. 6.8. A 28 de Dezembro de 2010, foi publicado o Decreto-Lei n.º 137/2010, que estabelece a redução dos
valores das ajudas de custo e do subsídio de transporte para todos os colaboradores que exercem funções
públicas. As alterações introduzidas através do artigo 4.º do Decreto-Lei n.º 137/2010, de 28 de Dezembro,
referentes à redução do valor das ajudas de custo e do subsídio de transporte são as seguintes:
Deslocações por dias sucessivos
Dia de partida
Período abrangido pela deslocação Quantitativo das ajudas de custo
Até às 13h00 100%
Depois das 13h00 e até às 21h00 75%
Depois das 21h00 50%
Dia de regresso
Período abrangido pela deslocação Quantitativo das ajudas de custo
Até às 13h00 0%
Depois das 13h00 até às 20h00 25%
Depois das 20h00 50%
67 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
IV. 6.9. O Decreto-Lei n.º 106/1998, de 24 de Abril, prevê no seu artigo 14.º a atribuição de ajudas de custo
a pessoal sem vínculo à função pública, sendo que através do Despacho n.º 9144/2010, de 28 de Maio, é
regulado pagamento de ajudas de custo e das despesas de transporte aos membros externos dos órgãos
das instituições de ensino superior e das suas unidades orgânicas, com a aplicação da taxa de redução
inscrita no n.º 2 do artigo 4.º do Decreto-Lei n.º 137/2010, de 28 de Dezembro de 2010;
IV. 6.10.Para ser processado o abono da ajuda de custo deverá ser apresentado, devidamente preenchido e
assinado, o Boletim Itinerário (Modelo nº 683 da Imprensa Nacional Casa da Moeda) e a justificação do
“Artigo 4.º
Redução do valor das ajudas de custo e do subsídio de transporte
1 — Os valores das ajudas de custo a que se refere o artigo 38.º do Decreto -Lei n.º 106/98, de 24 de Abril, fixados pelo n.º 2.º da Portaria n.º 1553 -D/2008, de 31 de Dezembro, são reduzidos da seguinte forma: a) 20 % no caso da subalínea i) da alínea b) do n.º 2.º da Portaria n.º 1553 -D/2008, de 31 de Dezembro; b) 15 % no caso das subalíneas ii) e iii) da alínea b) do n.º 2.º da Portaria n.º 1553 -D/2008, de 31 de Dezembro. 2 — Os valores das ajudas de custo fixados nos termos do disposto no artigo 14.º do Decreto -Lei n.º 106/98, de 24 de Abril, são reduzidos em 20 %. 3 — Os valores das ajudas de custo a que se refere o artigo 4.º do Decreto -Lei n.º 192/95, de 28 de Julho, fixados pelo n.º 5.º da Portaria n.º 1553 -D/2008, de 31 de Dezembro, são reduzidos da seguinte forma: a) 20 % no caso da alínea a) e da subalínea i) da alínea b) do n.º 5.º da Portaria n.º 1553 -D/2008, de 31 de Dezembro; b) 15 % no caso das subalíneas ii) e iii) da alínea b) do n.º 5.º da Portaria n.º 1553 -D/2008, de 31 de Dezembro. 4 — Os valores dos subsídios de transporte a que se refere o artigo 38.º do Decreto -Lei n.º 106/98, de 24 de
Abril, fixados pelo n.º 4.º da Portaria n.º 1553 -D/2008, de 31 de Dezembro, são reduzidos em 10 %.”
“Despacho n.º 9144/2010 (…) Ao abrigo do disposto no artigo 14.º e no n.º 8 do artigo 25.º do Decreto -Lei n.º 106/98, de 24 de Abril: Determinamos: 1 — Os membros externos dos órgãos das instituições de ensino superior públicas e das suas unidades orgânicas têm direito ao pagamento de ajudas de custo e de despesas de transporte nos termos do disposto no Decreto -Lei n.º 106/98, de 24 de Abril. 2 — O montante das ajudas de custo e o abono de transporte são os correspondentes aos devidos aos trabalhadores que exercem funções públicas com remunerações base superiores ao valor do nível
remuneratório 18. (...)”
68 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
serviço realizado (ex. convocatória para uma reunião, certificado de presença), devendo ainda referir
antecipadamente se pretende apresentar fatura do alojamento (hotel não superior a 3 estrelas), para que não
seja processada a percentagem correspondente ao alojamento no Boletim Itinerário;
IV. 6.11. As despesas decorrentes das deslocações, em serviço, carecem de autorização prévia;
IV. 6.12. Só em casos excecionais deverá ser permitido o uso de automóvel próprio do funcionário ou
agente ou o recurso ao automóvel de aluguer, sem prejuízo da utilização de outro meio de transporte que se
mostre mais conveniente, desde que em relação a ele esteja fixado o respetivo abono;
IV. 6.13. O recurso ao uso de automóvel próprio, apenas deverá ocorrer em casos de comprovado
interesse dos serviços. A entidade competente para autorizar, é sempre do Presidente do Instituto, podendo
as mesmas ser subdelegadas em outros dirigentes de serviço;
IV. 6.14. Esta autorização deverá ser sempre dada por despacho lavrado no modelo de ajudas de custo.
Na eventualidade de o ato ser praticado no exercício de uma competência delegada, deverá sempre ser
identificado o despacho de delegação;
IV. 6.15. O interessado que pretenda, por sua conveniência própria, utilizar veículo próprio em deslocações
de serviço, abonando-se o montante correspondente ao custo das passagens em transporte coletivo, deverá
juntar ao boletim itinerário uma tabela ou fotocópia de tabela atualizada do prestador do serviço de transporte
onde conste o preço do trajeto, caso este fosse efetuado utilizando transporte afeto ao serviço público;
IV. 6.16. Os quantitativos dos subsídios de transporte a que se refere o artigo 38.º do Decreto-Lei n.º
106/98, de 24 de Abril e com as alterações introduzidas pela Portaria n.º 30-A/2008, de 10 de Janeiro,
Portaria n.º 1553-D/2008, de 31 de Dezembro, são alterados, passando a vigorar o Decreto-Lei n.º 137/2010,
de 28 de Dezembro, resumidos no quadro seguinte:
Quantitativos dos subsídios de transporte
Nota: inclui despesas com portagens
IV. 6.17. As deslocações ao estrangeiro, seja qual for o montante das despesas decorrentes e/ou a sua
duração, carecem de autorização prévia e expressa;
IV. 6.18. Os funcionários (docentes e não docentes) após a deslocação no país ou no estrangeiro ficam
obrigados a apresentar a documentação justificativa das despesas realizadas, acompanhados da autorização
superior;
1 pessoa 2 pessoas 3 ou + pessoas
(km) (km) (km) (km/pessoa) (km/pessoa) (km)
€ 0,36 € 0,11 € 0,34 € 0,14 € 0,11 -
Viatura própria Carreiras de
Serviço Público
Automóvel de aluguer A pé
69 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
IV. 6.19. É obrigatório o preenchimento do Boletim Itinerário por mês, devendo ser enviado o mesmo para
os SF até ao 10º dia do mês seguinte;
IV. 6.20. É indispensável, que a pessoa designada pelo Diretor da ESG/EST ou pelo Responsável Serviço
efetue a confirmação do conteúdo de todas as colunas, e que, para além da assinatura, autentique o
documento com carimbo do serviço, bem como a legislação aplicável;
IV. 6.21. Apenas serão autorizados pagamentos de ajudas de custo e deslocações do próprio ano, exceto
as realizadas no mês de Dezembro, que poderão ser autorizadas no ano seguinte se entregues até ao dia 10
de Janeiro;
IV. 6.22. Na coluna de observações deve ser inscrito justificação caso seja pertinente;
IV. 6.23. Os documentos a apresentar são:
Boletim de Ajudas de custo;
Cópia da autorização do órgão competente;
Fotocópia dos talões de embarque ou bilhetes de avião em classe económica;
Documentos de despesa de transporte;
Certificado de participação em conferências;
Outros;
IV. 6.24. Compete aos SF verificar os documentos de despesa apresentados para reembolso, o correto
preenchimento do Boletim Itinerário, bem como os documentos que o acompanham e legislação em vigor;
IV. 6.25. Compete ao GACI efetuar auditorias periódicas para verificação do cumprimento desta norma,
devendo apresentar relatórios ao Presidente do IPCA.
IV. 7. Modelos
D01.1 – Ajudas de Custo;
D01.2 – Boletim Itinerário.
70 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
Modelo D01.1 - Ajudas de Custo
71 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
Modelo D01.2 - Boletim Itinerário
(2)
(1)
(4)
(3)
72 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
Modelo D01.2 - Boletim Itinerário
73 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
Nota explicativa de preenchimento do Boletim Itinerário
(1) Processe-se
A pessoa designada pelo Diretor da ESG/EST ou pelo Responsável
Serviço efetua a confirmação do conteúdo de todas as colunas do
BI, e que, para além da assinatura, autentique o documento com
carimbo do serviço, com indicação da legislação em vigor.
(2) Ministério da Educação e
Ciência
a) Direção Geral do Ensino Superior
b) Instituto Politécnico do Cávado e do Ave
(3) Observações Justificação que se considere pertinente
(4) O artigo 8.º do Decreto-Lei
n.º 106/98,de 24 de Abril,
estipula as condições de
atribuição:
1 – O abono da ajuda de custo corresponde ao pagamento de uma
parte da importância diária que estiver fixada ou da sua totalidade,
conforme o disposto nos números seguintes.
2 – Nas deslocações diárias, abonam-se as seguintes percentagens
da ajuda de custo diária:
a) Se a deslocação abranger, ainda que parcialmente, o período
compreendido entre as 13 e as 14 horas – 25%;
b) Se a deslocação abranger, ainda que parcialmente, o período
compreendido entre as 20 e as 21 horas – 25 %;
c) Se a deslocação implicar alojamento – 50%.
3 – As despesas de alojamento só são consideradas nas
deslocações diárias que se prolonguem para o dia seguinte, e
quando o funcionário não dispuser de transportes coletivos
regulares que lhe permitam regressar à sua residência até às 22
horas.
4 – Nas deslocações por dias sucessivos abonam-se as
percentagens de ajudas de custo diário inscritas no ponto 6.6 do
MCI.
74 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
D02 – Despesas com Aquisição ou Locação de Bens e Aquisição de Serviços
IV. 1. Objectivo da norma
Estabelecer os métodos de controlo associados à aquisição ou locação de bens móveis ou de aquisição de
serviços e o respetivo procedimento de realização da despesa.
Em conformidade com o estipulado no artigo 203.º do Código Civil:
Integram esta norma a aquisição de:
a) Bens móveis, isto é, bens não consumíveis, de duração superior a um ano, não destinados a venda;
b) Consumíveis, bens que têm duração inferior a um ano ou mesmo que se preveja a duração superior
a um ano, o seu valor é de tal forma reduzido que não justificam a sua inventariação nem tem valor
posterior de mercado (ex. pastas de arquivo, canetas, entre outros);
c) Livros e revistas cuja inventariação é da responsabilidade da Biblioteca do IPCA;
d) Aquisição de serviço docente e não docente.
IV. 2. Princípios gerais
IV. 2.1. O processo de aquisição ou locação de bens ou de aquisição de serviços observa as regras e
procedimentos constantes no CCP, publicado através do Decreto-Lei n.º 18/2008, de 29 de Janeiro;
IV. 2.2. Qualquer aquisição é precedida de um pedido de levantamento de necessidades dirigido ao órgão
competente para autorizar a aquisição e/ou a abertura do procedimento;
“…as coisas são imóveis ou móveis, simples ou compostas, fungíveis ou não fungíveis, consumíveis ou não consumíveis, divisíveis ou indivisíveis, principais ou acessórias, presentes ou futuras. São coisas imóveis:
a) Os prédios rústicos e urbanos; b) As águas; c) As árvores, os arbustos e os frutos naturais, enquanto estiverem ligados ao solo; d) Os direitos inerentes aos imóveis mencionados nas alíneas anteriores; e) As partes integrantes dos prédios rústicos e urbanos. f) É parte integrante toda a coisa móvel ligada materialmente ao prédio com carácter de
permanência.
Consideram-se bens móveis todas as coisas não compreendidas nas coisas imóveis.”
75 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
IV. 2.3. Os pedidos devem ser assinados pelo dirigente da Unidade Orgânica, conforme mapa seguinte:
Origem Responsável Documentos
Escola Superior de Gestão
Diretor solicita ou dá parecer
Modelo específico
Orçamentos (quando aplicável)
Preço base sem IVA
Escola Superior de Tecnologia e
Centro de Informática
SAS Diretor solicita ou dá parecer
Serviços Académicos, Biblioteca,
Serviços Centrais
Responsável pelo serviço
proponente, e parecer do
Administrador do IPCA
IV. 2.4. As aquisições só podem ser efetuadas após autorização do órgão legalmente competente para a
decisão de contratar e após verificação do cumprimento das normas legais aplicáveis, com exceção das
aquisições a realizar por Fundo Maneio de acordo com o ponto D05 – Despesas com o Fundo Maneio, desta
norma;
IV. 2.5. Nenhuma aquisição deverá ser autorizada sem que tenha sido efetuado o seu prévio cabimento e
compromisso, que deve ocorrer em regra, pelo menos três meses antes da data prevista do pagamento,
sendo a cabimentação obrigatoriamente precedida da verificação da respetiva cobertura na dotação
disponível, à exceção das aquisições a realizar por FM de acordo com o ponto D05, uma vez que este tipo de
despesas precede de um cabimento. A autorização da aquisição satisfaz obrigatoriamente o princípio da
economia, eficiência e eficácia;
IV. 2.6. Nenhuma compra ou contrato poderá ser efetuado sem a autorização prévia do órgão legalmente
competente ou de quem tenha competências delegadas;
IV. 2.7. É proibido o fracionamento da despesa com a intenção de a subtrair ao regime previsto no CCP,
nomeadamente no que diz respeito às regras de escolha do procedimento;
IV. 2.8. Não poderão integrar os júris dos procedimentos qualquer membro do Conselho de Gestão do IPCA,
os diretores das unidades orgânicas, o Administrador do IPCA, o Diretor dos SAS, o responsável pelos SF e
os colaboradores afetos à Tesouraria;
IV. 2.9. Não poderão ainda pertencer aos júris dos procedimentos os responsáveis pela apresentação das
propostas de aquisição de bens ou serviços, nem colaborador afeto do SAQ e GACI;
76 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
IV. 2.10. Deverá integrar uma pessoa externa no júri dos processos de aquisição ou locação de bens ou de
aquisição de serviços, quando superiores ou iguais a € 75 000, salvo em situações devidamente
fundamentadas;
IV. 2.11. Tem competência para designar os membros dos júris o órgão legalmente competente para a
decisão de contratar;
IV. 2.13. O IPCA, desde que estejam cumpridos os requisitos estabelecidos na lei, opta por uma das
regras do critério de adjudicação, o do preço mais baixo ou do economicamente mais vantajoso. Deverá ser
fundamentada qualquer uma das escolhas;
IV. 2.14. É exigido sempre o parecer técnico especializado em todas as aquisições de equipamento e
software informático, de equipamento eletrónico e de qualquer equipamento com especificidades técnicas
cuja avaliação careça de um parecer especializado;
IV. 2.15. Sempre que haja delegação de competências, é da responsabilidade das unidades orgânicas
proceder à aquisição de bens consumíveis, sendo da responsabilidade dos respetivos Diretores a verificação
do cumprimento da legislação, nomeadamente no que respeita aos bens e serviços aos quais a ANCP tenha
celebrado um AQ;
IV. 2.16. A entrega de bens deve ser efetuada no serviço interessado, onde se procede à conferência
física, qualitativa e quantitativa (preenchimento do modelo auto de receção ou na própria fatura),
confrontando com a respetiva fatura ou documento equivalente. Dando cumprimento ao estipulado no POC-
Educação, nomeadamente segregação de funções – “a conferência da recepção do bem adquirido tem de
ser efectuado por pessoa diferente, de quem propôs a sua aquisição” ;
IV. 2.17. Os bens duradouros serão objeto de inventariação, de acordo com as regras do CIBE e do ponto
C01 – Controlo e Inventariação do Imobilizado desta norma;
IV. 2.18. Compete ao SAQ garantir que os procedimentos de aquisição de bens e serviços são realizados
através das plataformas eletrónicas quando aplicável;
IV. 2.19. Nos termos do artigo 34.º, do CCP, compete aos SAQ preparar a elaboração dos anúncios de
pré-informação no JOUE, submetê-los a autorização superior e posterior envio, quando aplicável;
IV. 2.20. Dando cumprimento ao disposto no artigo 472.º, do CCP, sobre obrigações estatísticas, compete
aos SAQ preparar informação sobre os dados estatísticos relativos aos contratos de aquisição e locação de
bens e de aquisição de serviços e relativos aos contratos de empreitada de obras públicas, submetendo-a a
autorização superior e garantir o seu envio à ANCP, e ao Instituto da Construção e do Imobiliário, I. P.
(conforme o contrato em causa), até 31 de Março de cada ano, conforme modelo aprovado por portaria
conjunta dos Ministros responsáveis pelas áreas das finanças e das obras públicas;
IV. 2.21. O IPCA é entidade vinculada à ANCP, a qual criada pelo Decreto-Lei n.º 37/2007 de 19 de
Fevereiro, tem por objeto conceber, definir, implementar, gerir e avaliar o Sistema Nacional de Compras
Públicas (SNCP), com vista à racionalização dos gastos do Estado, à desburocratização dos processos
77 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
públicos de aprovisionamento, à simplificação e regulação do acesso e utilização de meios tecnológicos de
suporte e à proteção do ambiente;
IV. 2.22. O IPCA, não pode efetuar nenhuma compra ou celebrar nenhum contrato de bens ou serviços
aos quais a ANCP tenha um AQ em vigor, inclusivamente no que se refere a despesas de Fundo de Maneio.
São bens e serviços ao abrigo de AQ, os referidos em www.ancp.gov.pt., que na data de elaboração deste
MCI são os seguintes:
Fonte: http://www.ancp.gov.pt/PT/ComprasPublicas/AcordosQuadro/Pages/ResumodosAcordosQuadro.aspx
Ao abrigo do disposto no n.º 3 do artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 37/2007, de 19 de Fevereiro, e do n.º 2 do
artigo 2.º da Portaria n.º 772/2008, de 6 de Agosto, e nos termos da alínea a) do n.º 1.1 do Despacho n.º
383/2010, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 4, de 7 de Janeiro de 2010, a Portaria n.º 103/2001,
de 14 de Março, procede à revisão das categorias de bens e serviços cujos acordos quadro e procedimentos
de contratação da aquisição são celebrados e conduzidos pela ANCP, nos termos previstos nas alíneas a) e
b) do n.º 1 do artigo 5.º do Decreto -Lei n.º 37/2007, de 19 de Fevereiro.
A lista anexa à Portaria n.º 103/2001, de 14 de Março, substitui a que foi aprovada pela Portaria n.º 772/2008,
de 6 de Agosto, e revista pela Portaria n.º 420/2009, de 20 de Abril.
78 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
De acordo com a Portaria n.º 103/2011, de 14 de Março, são bens/serviços abrangidos pelos Acordos Quadro pela ANCP:
Serviço móvel terrestre
N.º AQ Ref. AQ Bens e serviços associados Data Início Data Fim
Comunicações móveis de voz
Integração fixo móvel
Comunicações móveis de dados
10-Set-08 09-Set-12AQ-SMT-2008AQ01
Código CPV
64210000-1 Serviços telefónicos e de transmissão de dados
Equipamento informático
N.º AQ Ref. AQ Bens e serviços associados Data Início Data Fim
Computadores pessoais
Computadores portáteis 30210000-4 Máquinas de processamento de dados (hardware)
Computadores servidores 30230000-0 Equipamento informático
Componentes 48820000-2 Servidores
Periféricos 31154000-0 Fontes de alimentação ininterruptas
Acessórios
Sistemas operativos
50310000-1 Manutenção e reparação de máquinas de escritório
50320000-4 Serviços de reparação e manutenção de computadores pessoais
51600000-8 Serviços de instalação de computadores e equipamento para
50343000-1 Serviços de reparação e manutenção de equipamento de vídeo
Videoprojector 38652120-7 Videoprojectores
Assistência técnica
01-Ago-11 31-Jul-15AQ06 AQ-EI-2011
Código CPV
Cópia e impressão
N.º AQ Ref. AQ Bens e serviços associados Data Início Data Fim
Impressoras pessoais
Impressoras de rede
Multifuncionais 30120000-6 Equipamento para fotocópia e impressão em offset
Acessórios 30232100-5 Impressoras e traçadores de gráficos
Consumíveis de impressão 30216110-0 Scanners para computadores
Assistência técnica 32581200-1 Equipamento para telecópia
Fax 50310000-1 Manutenção e reparação de máquinas para escritório
Digitalizadores
Impressoras portáteis
Serviços de impressão
AQ04 AQ-CI-2011 01-Abr-11 31-Mar-15
Código CPV
Papel, economato e consumíveis de impressão
N.º AQ Ref. AQ Bens e serviços associados Data Início Data Fim
Papel para fotocópia e impressão 30190000-7 Equipamento e material de escritório diverso
30141000-9 Máquinas de calcular
30125000-1 Peças e acessórios para fotocopiadores
Consumíveis de impressão 30234000-8 Suportes de memória
Código CPV
AQ-PECI-2011 01-Abr-11 31-Mar-15Economato (material de encadernação,
material de escritório e suportes digitais)AQ03
Licenciamento de software
N.º AQ Ref. AQ Bens e serviços associados Data Início Data Fim
Software de infra-estrutura
Software de desenvolvimento
Software aplicacional
AQ11 AQ-LS-2009 25-Set-09 24-Set-13
Código CPV
48000000-8 Pacotes de software e sistemas de informação
79 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
Combustíveis
N.º AQ Ref. AQ Bens e serviços associados Data Início Data Fim
Gasóleo 09134000-7 Gasóleos
Gasolinas 09132000-3 Gasolina
GPL 09133000-0 Gás de petróleo liquefeito (GPL)
Fuelóleo 09135000-4 Fuelóleos
Gás 09122000-0 Propano e butano
Código CPV
AQ02 AQ-CR-2008 30-Set-08 29-Set-12
Seguro de veículos
N.º AQ Ref. AQ Bens e serviços associados Data Início Data Fim
AQ07 AQ-SA-2011 Serviços de seguro automóvel 66514110-0 Serviços de seguro automóvel 20-Fev-11 19-Fev-15
Código CPV
Veículos rodoviários (aquisição e aluguer operacional)
N.º AQ Ref. AQ Bens e serviços associados Data Data Fim
34410000-4 Motociclos
34130000-7 Veículos a motor para transporte de mercadorias
34120000-4 Veículos a motor para transporte de 10 ou mais pessoas
34140000-0 Veículos a motor pesados
34110000-1 Automóveis de passageiros
50100000-6
34300000-0 Peças e acessórios para veículos e seus motores
Veículos rodóviários (aquisição e aluguer
operacional)05-Jun-09 04-Jun-12AQ10 AQ-VAM-2009
Código CPV
Serviços de reparação e manutenção de veículos e
equipamento afim e serviços conexos
Energia
N.º AQ Ref. AQ Bens e serviços associados Data Início Data Fim
Electricidade 09310000-5 Electricidade
Energias renováveis 09330000-1 Energia solar
Auditorias energéticas 713140000-2 Serviços relacionados com a energia e afins
Biomassa 09110000-3 Biomassa
Gás 09120000-6 Combustíveis gasosos
Código CPV
AQ18 AQ-ENE-2011 01-Nov-11 30-Nov-15
Vigilância e segurança
N.º AQ Ref. AQ Bens e serviços associados Data Início Data Fim
Serviços de vigilância e segurança 79710000-4 Serviços de segurança
35110000-8 Equipamento de combate a incêndios, socorro e segurança
35120000-1 Sistemas e dispositivos de vigilância e segurança
32323500-8 Sistemas de vigilância por vídeo
45312000-7 Instalação de sistemas de alarme e de antenas
AQ13
Código CPV
Equipamentos de vigilância e segurança15-Abr-10 14-Jan-14AQ-VS-2010
Higiene e limpeza
N.º AQ Ref. AQ Bens e serviços associados Data Início Data Fim
Serviços de limpeza e higiene 90910000-9 Serviços de limpeza
33760000-5 Papel higiénico, lenços, toalhas de mão e guardanapos
33772000-2 Artigos de papel descartáveis
AQ05 AQ-HL-2010 17-Ago-10 16-Ago-14
Código CPV
Produtos de higiene
80 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
Serviço de comunicações de voz e dados em local fixo
N.º AQ Ref. AQ Bens e serviços associados Data Início Data Fim
Serviço fixo terrestre 64210000-1 Serviços telefónicos e de transmissão de dados
Redes de comunicação de dados 32400000-7 Redes
32500000-8 Equipamento e material de telecomunicações
50330000-7 Serviços de manutenção de equipamentos de telecomunicações
Código CPV
29-Jun-10 28-Jun-14AQ-SVDLF-2010AQ14Equipamentos de comunicações
telefónicas e de transmissão de dados
Viagens e alojamento
N.º AQ Ref. AQ Bens e serviços associados Data Início Data Fim
Viagens 63510000-7 Serviços de agências de viagens e serviços similares
Alojamentos 55110000-4 Serviços de alojamento em hotéis
Transporte aéreo 60410000-5 Serviços de transporte aéreo regular
18-Set-15
Código CPV
AQ17 AQ-VA-2011 19-Set-11
Mobiliário de escritório
N.º AQ Ref. AQ Bens e serviços associados Data Início Data Fim
39110000-6 Assentos, cadeiras e produtos afins e peças associadas
Mobiliário de escritório 39120000-9 Mesas, aparadores, secretárias e estantes
Mobiliário de atendimento ao público 39130000-2 Mobiliário de escritório
Estantes de arquivo 39150000-8 Mobiliário e equipamento diverso
39170000-4 Mobiliário para estabelecimentos comerciais
Código CPV
AQ-MOB-2010AQ12 15-Mar-10 14-Mar-14
Plataforma eletrónica de contratação
N.º AQ Ref. AQ Bens e serviços associados Data Início Data Fim
AQ09 AQ-PEC-2009 Plataformas electrónicas de contratação pública 72416000-9 Fornecedores de aplicações 01-Jun-09 31-Mai-13
Código CPV
Refeições confecionadas
N.º AQ Ref. AQ Bens e serviços associados Data Início Data Fim
AQ15 AQ-RC-2010 Refeições confeccionadas 55520000-1 Serviços de fornecimento de refeições 28-Jul-10 27-Jul-14
Código CPV
Veículos elétricos
N.º AQ Ref. AQ Bens e serviços associados Data Início Data Fim
AQ16 AQ-VE-2011 Veículos eletricos 34144900-7 Veículos eletricos 12-Set-11 11-Set-14
Código CPV
IV. 2.23. Conforme o artigo 251.º do CCP “Acordo quadro é o contrato celebrado entre uma ou várias
entidades adjudicantes e uma ou mais entidades, com vista a disciplinar relações contratuais futuras a
estabelecer ao longo de um determinado período de tempo, mediante a fixação antecipada dos respectivos
termos.”. Assim, e enquanto vigorar o Decreto-Lei n.º 37/2007 de 19 de Fevereiro:
a) Independentemente do tipo de procedimento a realizar, para os bens e serviços ao abrigo dos AQ
apenas podem ser convidados os operadores económicos habilitados para o efeito pela ANCP;
b) Sempre que for necessário proceder à aquisição de um bem ou serviço ao abrigo de um AQ, deverá
ser consultado os catálogos disponibilizados para o efeito pela ANCP;
c) Nas situações em que seja necessário proceder à aquisição de um bem ou serviço integrado num
AQ mas que este não conste dos catálogos disponibilizados pela ANCP, deverá ser solicitado
81 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
autorização ao Ministro das Finanças e da Administração Pública, devendo fundamentar essa
necessidade;
d) Estão vedadas todas e quaisquer compras de bens e serviços ao abrigo dos AQ fora da plataforma
da ANCP;
e) Em caso de incumprimento incorrerá o responsável pela aquisição em responsabilidades
sancionatórias.
82 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
IV. 3. Procedimentos
IV. 3.1. Critério da escolha do procedimento em função do valor
a) As regras do procedimento são feitas em função do valor (artigos 19.º, 20.º e 21.º do CCP) ou em
função de critérios materiais (artigos 24.º ao 30.º do CCP);
b) Em matéria de valores, as regras dos procedimentos mais frequentes no IPCA são:
Procedimento Objeto Valor de despesa*
Ajuste direto simplificado Aquisição de bens, serviços ou locação < € 5 000,00
Ajuste direto
Planos, projetos, criações conceptuais de engenharia ou arquitetura
< € 25 000,00
Aquisição de bens, serviços ou locação < € 75 000,00
Empreitada de obras públicas < € 150 000,00
Concurso público ou limitado
Sem publicação no JOUE1 < € 193 000,00
Com publicação do JOUE3 ≥ € 193 000,00
* Valores apresentados com IVA excluído
IV. 3.2. Peças do Procedimento
a) As peças dos procedimentos diferem consoante o tipo de procedimento a realizar. No quadro seguinte
são elencadas as peças de cada um dos procedimentos, conforme definido no artigo 40.º do CCP;
Procedimento Peças Plataforma eletrónica
Ajuste direto simplificado Convite à apresentação de propostas Não obrigatório
Ajuste direto Convite à apresentação de propostas
Obrigatório2 Caderno de encargos
Concurso público Programa do procedimento
Obrigatório Caderno de encargos
1 REGULAMENTO (CE) n.º 1177/2009 da COMISSÃO, de 30 de Novembro de 2009 2 Salvo em situações devidamente fundamentadas e com autorização do Presidente do IPCA
83 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
b) O anúncio não constitui uma peça do procedimento;
c) Nas situações em que é obrigatório a publicitação da abertura do procedimento em DR, esta é efetuada
pelo SAQ. A publicação em DR está sujeito a pagamento, operação realizada pela Tesouraria após
autorização do órgão competente;
d) Sempre que se verificarem desconformidades ou contradições entre as diversas peças do
procedimento, as regras de prevalências são as definidas nos n os. 2 e 5 do artigo 96.º do CCP;
e) Deverá ser respeitado o determinado no Decreto-Lei n.º 197/99, de 8 de Junho no seu artigo 17.º,
quanto aos limites para autorizar a despesa, conforme o disposto na alínea f) do n.º 1 do artigo 14.º do
preâmbulo do Decreto-Lei n.º 18/2008, de 29 de Janeiro que aprova o Código dos Contratos Públicos;
Nota – Sublinhado nosso, valores apresentados em euros, utilizado a taxa de conversão legal.
f) Ao Presidente do IPCA foram-lhe delegadas pelo MCTES, através do Despacho n.º 26445/2009, de
4 de Dezembro, competências que vigoraram até 25 de Agosto de 2011;
“Artigo 17.º Competência para autorizar despesas
1 — São competentes para autorizar despesas com locação e aquisição de bens e serviços as seguintes entidades:
a) Até € 99.759,58, os directores-gerais ou equiparados e os órgãos máximos dos serviços com autonomia administrativa;
b) Até € 199.519,16, os órgãos máximos dos organismos dotados de autonomia administrativa e financeira, com ou sem personalidade jurídica;
c) Até € 3.740.984,23, os ministros; d) Até € 7.481.968,46, o Primeiro-Ministro; e) Sem limite, o Conselho de Ministros.
2 — As despesas devidamente discriminadas incluídas em planos de actividade que sejam objecto de aprovação ministerial podem ser autorizadas:
a) Até € 149.639,37, pelos directores-gerais ou equiparados e pelos órgãos máximos dos serviços com autonomia administrativa;
b) Até € 299.278,74, pelos órgãos máximos dos organismos dotados de autonomia administrativa e financeira, com ou sem personalidade jurídica.
3 — As despesas relativas à execução de planos ou programas plurianuais legalmente aprovados podem ser autorizadas:
a) Até € 498.797,90, pelos directores-gerais ou equiparados e pelos órgãos máximos dos serviços com autonomia administrativa;
b) Até € 997.595,79, pelos órgãos máximos dos organismos dotados de autonomia administrativa e financeira, com ou sem personalidade jurídica;(…)
c) Sem limite, pelos ministros e pelo Primeiro-Ministro.”
84 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
g) A 26 de Agosto de 2011, através do Despacho n.º 10688/2011, são delegadas no Presidente do
IPCA pelo MEC, as seguintes competências, entre outras:
h) Através do Despacho n.º 16586/2011, de 7 de Dezembro, publicado no Diário da República, 2.ª
série, é aditado o Despacho n.º 10688/2011, de 26 de Agosto “subdelego nos presidentes dos
institutos politécnicos e presidentes das escolas politécnicas não integradas, com a possibilidade de
subdelegar, a competência para aprovar as alterações orçamentais relativas a créditos especiais por
acréscimo de receitas próprias, salvo quando aquelas se destinem a reforçar rubricas sujeitas a
cativação.”.
IV. 3.5. Ajuste Direto
IV. 3.5.1. Conceito e modalidade
O ajuste direto é o procedimento em que a entidade adjudicante, no caso o IPCA, convida diretamente uma
ou várias entidades à sua escolha a apresentar proposta, podendo com elas negociar aspetos da execução
do contrato a celebrar:
(…) 1 — Subdelego, com a possibilidade de subdelegar, a competência para a prática dos seguintes actos, desde que, em todos os casos, esteja assegurada a prévia cabimentação orçamental, nos seguintes presidentes dos institutos politécnicos e das escolas politécnicas não integradas:
(…) d) Autorizar a contratação, o procedimento, a adjudicação e as despesas inerentes a empreitadas de obras públicas, relativas à execução de planos ou programas plurianuais legalmente aprovados cujo valor global não ultrapasse o limite de € 20 000 000, com exclusão da aprovação de programas preliminares e de projectos de execução; e) Autorizar a contratação, o procedimento, a adjudicação e as despesas inerentes a empreitadas de obras públicas e locação e aquisição de bens e serviços cujo valor global dos mesmos não ultrapasse o limite € de 3 740 984, com exclusão da aprovação de programas preliminares e de projectos de execução para empreitadas de valor superior a € 2 500 000;
(…)”
85 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
Ajuste direto
simplificado (< a € 5.000)
Convite a pelo menos uma
entidade (salvo Acordo Quadro)
Ajuste direto geral
Aquisição de bens, serviços ou locação
( € 5.000 e a € 75.000)
Planos, projetos, criações conceptuais de
engenharia ou arquitetura
( € 5.000 e a € 25.000)
Empreitadas
(< € 150.000)
Consulta a pelo menos 3
entidades (salvo em situações
excecionais devidamente
justificadas)
IV. 3.5.2. Princípios gerais
IV. 3.5.2.1. Qualquer modalidade de ajuste direto deve iniciar-se com a apresentação de uma proposta de
aquisição ou locação de bens ou de aquisição de serviços onde conste obrigatoriamente:
a) O fundamento legal para a proposta da escolha do procedimento;
b) O órgão competente para a decisão de contratar e o respetivo fundamento legal;
c) No caso do ajuste direto geral, a proposta das entidades a convidar e a proposta da constituição do
júri.
IV. 3.5.2.2. Na escolha das entidades a convidar devem ser observadas as seguintes regras:
a) Não podem ser convidadas entidades a apresentar propostas para a celebração de contratos cujo
objeto seja constituído por prestações do mesmo tipo ou idênticas às dos contratos já celebrados
com essas entidades no ano económico em curso e nos dois anos económicos anteriores, quando o
preço acumulado seja igual ou superior a €75 000;
b) Não podem ser convidadas empresas a apresentar propostas, quando a estas num mesmo ano
económico tenham sido adjudicadas objetos do mesmo tipo ou idênticos através de um
procedimento de ajuste direto simplificado, num valor acumulado igual ou superior a € 5 000;
c) Não podem ser convidadas a apresentar propostas entidades que tenham fornecido bens móveis ou
prestado serviços à entidade adjudicante, a título gratuito, no ano económico em curso ou nos dois
anos económicos anteriores;
d) Não podem ser convidadas a apresentar propostas entidades que tenham, a qualquer título,
prestado, direta ou indiretamente, assessoria ou apoio técnico na preparação e elaboração das
peças do procedimento;
e) No caso dos bens e serviços ao abrigo dos AQ celebrados pela ANCP apenas podem ser
convidados os operadores económicos habilitados por essa entidade.
IV. 3.5.2.3. Compete ao SAQ a verificação dos impedimentos referidos no ponto IV. 3.5.2.2..
86 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
IV. 3.6. Regras de formação do procedimento no regime simplificado (artigo 128.º do CCP)
IV. 3.6.1. O prazo de vigência do ajuste direto simplificado não pode ter a duração superior a um ano, a
contar da decisão de adjudicação, nem pode ser prorrogado e o preço contratual não é passível de revisão;
IV. 3.6.2. A proposta de aquisição ou locação de bens móveis ou de aquisição de serviços, deve ser
elaborada conforme as normas legais em vigor pelo serviço interessado, donde consta a justificação da
necessidade, devendo ser acompanhada com o preço estimado sem IVA do bem ou aquisição do serviço;
IV. 3.6.2. Da proposta consta parecer do Diretor da Escola, do Administrador do IPCA e do Diretor dos
SAS, conforme o caso, exceto quando os mesmos sejam responsáveis pela apresentação das propostas;
IV. 3.6.3. A proposta é remetida ao SAQ, que elabora uma proposta de aquisição ou locação de bens
móveis ou de aquisição de serviços, obedecendo às regras constantes no CCP;
IV. 3.6.4. De seguida, a proposta é remetida aos SF que anexam a conta corrente da entidade a adjudicar,
para efeitos de verificação do valor acumulado, antes da autorização do procedimento;
IV. 3.6.5. Os SF, depois de enquadrar a despesa no Programa, na Medida, na Fonte de Financiamento e
na Atividade correspondente, verificam o seguinte:
a) Existe disponibilidade orçamental na correspondente rubrica:
Nos SF é emitido o respetivo cabimento prévio e compromisso, que deve ocorrer em regra,
pelo menos três meses antes da data prevista do pagamento (sem entidade associada),
sempre que possível, no dia útil seguinte ao da sua receção;
Os documentos iniciais do processo juntamente com o cabimento prévio, devem ser
apresentados ao órgão competente, para autorizar o desencadear do respetivo
procedimento;
b) Não existe qualquer disponibilidade orçamental:
Os SF verificam a inexistência de dotação orçamental, apondo na documentação recebida,
essa mesma informação;
A documentação é submetida a apreciação do órgão legalmente competente.
IV. 3.6.6.A documentação é submetida a apreciação do órgão legalmente competente, que pode exarar um
dos seguintes despachos:
Autorizo;
Não Autorizo;
Proceder a alteração.
IV. 3.7. Regras de formação do procedimento no regime geral (artigo 112.º a 127.º do CCP)
IV. 3.7.1 A proposta de abertura do procedimento para aquisição ou locação de bens móveis ou de
aquisição de serviços deve ser elaborada conforme as normas legais em vigor pelo SAQ mediante
87 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
apresentação de proposta de aquisição efetuado pela pessoa/serviço interessado, donde consta a
justificação da necessidade (requisição interna - RI). Excluem-se as contratações de docentes e
investigadores, cujo procedimento pré-contratual se rege por normas próprias definidas no ponto IV. 1.
Gestão de Pessoal do presente MCI;
IV. 3.7.2. Das peças do procedimento que acompanham a proposta de abertura do procedimento, deve
constar o preço base, sem IVA, com o valor aproximado do bem ou da prestação de serviço;
IV. 3.7.3. Da RI consta parecer do Diretor da Escola, do Administrador do IPCA e do Diretor dos SAS,
conforme o caso, exceto quando os mesmos sejam responsáveis pela apresentação das propostas;
IV. 3.7.4. Os SF anexam a conta corrente da (s) entidade (s) a adjudicar, para efeitos de verificação do
valor acumulado, antes da autorização do procedimento;
IV. 3.7.5. Os SF, depois de enquadrar a despesa no Programa, na Medida, na Fonte de Financiamento e
na Atividade correspondentes, verificam o seguinte:
a) Existe disponibilidade orçamental na correspondente rubrica:
Nos SF é emitido o respetivo cabimento prévio e compromisso, que deve ocorrer em regra,
pelo menos três meses antes da data prevista do pagamento, sempre que possível, no dia
útil seguinte ao da sua receção;
Os documentos iniciais do processo juntamente com o cabimento prévio, devem ser
apresentados ao órgão competente, para autorizar o desencadear do respetivo
procedimento;
b) Não existe qualquer disponibilidade orçamental:
Os SF verificam a inexistência de dotação orçamental, apondo na documentação recebida,
essa mesma informação;
A documentação é submetida a apreciação do órgão legalmente competente.
IV. 3.7.6. A documentação é submetida a apreciação do órgão legalmente competente, que pode exarar um
dos seguintes despachos:
Autorizo;
Não Autorizo (carece de justificação);
Proceder a alteração.
IV. 3.8. Regras de formação do procedimento no concurso público (artigo 130.º e seguintes do CCP)
IV. 3.8.1. A proposta de abertura do procedimento para aquisição ou locação de bens móveis ou de
aquisição de serviços deve ser elaborada conforme as normas legais em vigor pelo SAQ, mediante proposta
de aquisição efetuada pela pessoa/serviço interessado, donde consta a justificação da necessidade;
IV. 3.8.2. Das peças do procedimento que acompanham a proposta de abertura do procedimento, deve
constar o preço base, indicado pelo responsável da proposta de aquisição, com base no valor aproximado do
88 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
bem ou da prestação de serviço, bem como o custo previsto para o ano económico em que o Concurso
Público é aberto;
IV. 3.8.3. Da proposta de aquisição consta parecer do Diretor da Escola, do Administrador do IPCA e do
Diretor dos SAS, conforme o caso, exceto quando os mesmos sejam responsáveis pela apresentação das
propostas;
IV. 3.8.4. Os SF, depois de enquadrar a despesa no Programa, na Medida, na Fonte de Financiamento e
na Atividade correspondentes, verificam o seguinte:
a) Existe disponibilidade orçamental na correspondente rubrica:
Nos SF é emitido o respetivo cabimento prévio e compromisso, que deve ocorrer em regra,
pelo menos três meses antes da data prevista do pagamento (sem entidade associada),
sempre que possível, no dia útil seguinte ao da sua receção;
Os documentos iniciais do processo juntamente com o cabimento prévio, devem ser
apresentados ao órgão competente, para autorizar o desencadear do respetivo
procedimento.
b) Não existe qualquer disponibilidade orçamental:
Os SF verificam a inexistência de dotação orçamental, apondo na documentação recebida,
essa mesma informação;
A documentação é submetida a apreciação do órgão legalmente competente.
IV. 3.8.5. A documentação é submetida a apreciação do órgão legalmente competente, que pode exarar um
dos seguintes despachos:
Autorizo;
Não Autorizo;
Proceder a alteração.
IV. 3.9. Regras de aprovação dos procedimentos e adjudicação
Independentemente do tipo de procedimento de contratação, as regras de aprovação do procedimento são
em muito semelhantes, a saber:
O órgão competente para autorizar a despesa despacha desfavoravelmente;
O órgão competente para autorizar a despesa despacha favoravelmente.
Existem dois momentos em que o órgão competente se pronuncia: um primeiro momento na autorização da
abertura do procedimento; e um segundo momento na adjudicação.
Estes momentos são coincidentes exclusivamente no ajuste direto simplificado.
IV. 3.9.1. Despacho desfavorável
IV. 3.9.1.1. Na fase da abertura do procedimento
89 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
Após informação de cabimento e compromisso, o órgão competente pronuncia-se sobre a Requisição Interna
– RI exarando o despacho de “não autorizo”.
A RI é devolvida aos SF, para que procederem em conformidade de acordo com o despacho aposto e
arquivo de todo o processo contabilístico em pasta específica para o efeito, e remetem a informação ao
responsável pela apresentação da proposta de aquisição e ao SAQ.
IV. 3.9.1.2. Na fase da adjudicação
Estando o procedimento concluído em termos de tramitação, o SAQ elabora uma proposta de adjudicação ou
de não adjudicação, a qual é remetida ao órgão competente exarando este órgão, o despacho de “não
autorizo”. O despacho desfavorável deverá ser sempre fundamentado, uma vez que existe um dever de
adjudicação definido no artigo 76.º do CCP. Os fundamentos da não adjudicação encontram-se regulados no
artigo 79.º do CCP, a saber:
IV. 3.9.2. Despacho favorável
IV. 3.9.2.1. Na fase de abertura do procedimento
Após informação de cabimento e compromisso, que deve ocorrer em regra, pelo menos três meses antes da
data prevista do pagamento, o órgão competente pronuncia-se sobre a Requisição Interna – RI, exarando o
despacho de “autorizo”.
A RI é remetida ao SAQ, para desencadear os procedimentos necessários.
IV. 3.9.2.2. Na fase da adjudicação
Estando o procedimento concluído em termos de tramitação, o SAQ elabora uma proposta de adjudicação
acompanhada da minuta de contrato, quando aplicável, a qual é remetida ao órgão competente para
autorizar a despesa exarando o despacho de “autorizo”, sendo remetido aos SF cópia do despacho de
autorização para eventuais ajustamentos, sendo também informado o júri e o serviço emissor da RI.
“1 — Não há lugar a adjudicação quando: a) Nenhum candidato se haja apresentado ou nenhum concorrente haja apresentado proposta; b) Todas as candidaturas ou todas as propostas tenham sido excluídas; c) Por circunstâncias imprevistas, seja necessário alterar aspectos fundamentais das peças do procedimento após o termo do prazo fixado para a apresentação das propostas; d) Circunstâncias supervenientes ao termo do prazo fixado para a apresentação das propostas, relativas aos pressupostos da decisão de contratar, o justifiquem; e) No procedimento de ajuste directo em que só tenha sido convidada uma entidade e não tenha sido fixado preço base no caderno de encargos, o preço contratual seria manifestamente desproporcionado; f) No procedimento de diálogo concorrencial, nenhuma das soluções apresentadas satisfaça as
necessidades e as exigências da entidade adjudicante. (…)”
90 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
Após apresentação dos documentos de habilitação e da prestação da caução, quando aplicável, pelo
adjudicatário, o SAQ redige o contrato para que a outorga do mesmo seja realizada.
IV. 3.10. Regras de validação de fatura ou documento equivalente e pagamento
IV. 3.10.1. Aquisição e locação de bens
IV. 3.10.1.1. Em caso de aquisição ou locação de bens, estes devem ser recebidos e conferidos quantitativa
e qualitativamente por um colaborador afeto ao serviço que propôs a aquisição, que deve ainda assinar e
datar o Auto de Receção onde anexa a Guia de Remessa e remete aos SF.
IV. 3.10.1.2. Aquando da receção da fatura ou documento equivalente, os SF procedem à verificação da
conformidade com o processo de aquisição e com o Auto de Receção, procedendo em seguida ao respetivo
processamento e emissão da Autorização de Pagamento, que será presente para aprovação do órgão
competente, acompanhado dos documentos que deram origem à despesa.
IV. 3.10.2. Aquisição de serviços
IV. 3.10.2.1. Em caso de aquisição de serviços, estes devem ser verificados quantitativa e qualitativamente
pelo coordenador do serviço em causa, através de emissão de parecer sobre o relatório ou documentos
contratualmente previstos no caso da lecionação ou formação.
IV. 3.10.2.2. Aquando da receção da fatura ou documento equivalente, os SF procedem à verificação da
conformidade com o processo de aquisição e com relatório ou documentos contratualmente previstos,
procedendo em seguida ao respetivo processamento e emissão da Autorização de Pagamento, que será
presente para aprovação do órgão competente, acompanhado dos documentos que deram origem à
despesa.
IV. 3.11. Regras gerais de pagamento
IV. 3.11.1. A Tesouraria, antes de submeter o processo para pagamento:
a) Valida a declaração de situação regularizada relativamente a dívidas às Finanças e Segurança Social,
mediante informação contida em base de dados criada para esse efeito (no caso de inexistência de
declaração ou caducidade das mesmas, devem ser efetuadas diligências para a sua obtenção e
atualização da base de dados);
b) No caso de resultar das declarações, existência de dívida às Finanças e Segurança Social, é retido o
montante em débito, nunca podendo a retenção exceder o limite de 25% do valor do pagamento a
efetuar, sendo este valor retido entregue nos cofres das entidades;
c) Junta cópia da ficha de publicitação, nos termos definidos nos artigos 127.º e 465.º do CCP e da
Portaria n.º 701-F/2008 de 29 de Julho;
d) Remete ao GACI para verificação.
91 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
IV. 3.11.2. Estando o processo completo, a Tesouraria remete o mesmo ao órgão competente para autorizar
o pagamento, nos termos definidos no presente manual;
IV. 3.11.3. Havendo autorização de pagamento, a Tesouraria desencadeia os procedimentos necessários na
aplicação Homebanking, de forma a dar inicio à transferência do valor em pagamento. Caso não se verifique
esta situação, por falta de informação que o permita fazer pelo sistema de Homebanking, a Tesouraria
procede à emissão do respetivo cheque;
IV. 3.11.4. Aquando do pagamento, a Tesouraria junta ao processo o comprovativo do meio de pagamento e
remete cópia do comprovativo ao adjudicatário para emissão de recibo quando aplicável;
IV. 3.11.5. O processo é arquivado com todos os documentos que conduziram a cada uma das fases da
execução orçamental, salvo os contratos reduzidos a escrito que são arquivados pelo SAQ.
IV. 3.12. Exceção às regras de pagamento- Regime Simplificado (artigo 128.º do CCP)
Em casos devidamente fundamentados, pode o Presidente do IPCA dispensar a apresentação de
comprovativos da regularidade da situação contributiva e fiscal em aquisições de bens e serviços em geral,
referentes a pagamentos inferiores a € 5.000, sendo estas, substituídas pela apresentação de uma
declaração de honra do fornecedor em como tem a sua situação regularizada com as referidas entidades.
92 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
D03 – Despesas com Empreitadas
IV. 1. Objetivo da norma
Por empreitada de obras públicas considera-se o contrato que tenha por objeto quer a execução quer,
conjuntamente, a conceção e a execução de uma obra pública que se enquadre nas subcategorias previstas
no regime de ingresso e permanência na atividade de construção, executadas por conta do IPCA (dono de
obra pública), aplicando-se o disposto no CCP e na legislação complementar sobre essa matéria.
IV. 2. Campo de aplicação da norma
Edifícios construídos, a construir ou a reabilitar, arranjos exteriores e interiores.
IV. 3. Procedimentos pré-contratuais
IV. 3.1 À formação de contratos de empreitada de obras públicas aplicam-se, com as necessárias
adaptações, o disposto na parte D02 – Despesas com Aquisição ou Locação de Bens e Aquisição de
Serviços deste MCI.
IV. 3.2 As especificidades a observar são as seguintes:
a) A escolha do procedimento a adotar no âmbito deste tipo de contrato de acordo com o critério do
valor consta no ponto 3.1 da D02 – Despesas com Aquisição ou Locação de Bens e Aquisição de
Serviços deste MCI;
b) Para efeitos do CCP, “(…) o valor do contrato é o valor máximo do benefício económico que, em
função do procedimento adoptado, pode ser obtido pelo adjudicatário com a execução de todas as
prestações que constituem o seu objecto, e no caso de um contrato de empreitada de obras
públicas, o benefício inclui ainda o valor dos bens móveis necessários à sua execução e que a
entidade adjudicante ponha à disposição do adjudicatário (…)”;
c) O caderno de encargos do procedimento de formação de contratos de empreitada de obras públicas
deve ser integrado pelos seguintes elementos da solução da obra a realizar, nos termos do artigo
43.º do CCP:
i) Programa;
ii) Projeto de execução;
iii) Mapa de quantidades de trabalho.
d) Quando a obra a executar assuma complexidade relevante ou quando sejam utilizados métodos,
técnicas ou materiais de construção inovadores, o projeto de execução referido no número anterior
93 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
deve ser objeto de prévia revisão por pessoa singular ou coletiva devidamente qualificada para a
elaboração desse projeto e distinta do autor do mesmo;
e) Em casos excecionais devidamente fundamentados, nos quais o adjudicatário deva assumir, nos
termos do caderno de encargos, obrigações de resultado relativas à utilização da obra a realizar, ou
nos quais a complexidade técnica do processo construtivo da obra a realizar requeira, em razão da
tecnicidade própria dos concorrentes, a especial ligação destes à conceção daquela, a entidade
adjudicante pode prever, como aspeto da execução do contrato a celebrar, a elaboração do projeto
de execução, caso em que o caderno de encargos deve ser integrado apenas por um programa;
f) Em qualquer dos casos previstos nas alíneas anteriores, o projeto de execução deve ser
acompanhado de:
i) Uma descrição dos trabalhos preparatórios ou acessórios, tal como previstos no artigo
350.º do CCP;
ii) Uma lista completa de todas as espécies de trabalhos necessárias à execução da obra a
realizar e do respetivo mapa de quantidades;
g) Em qualquer dos casos previstos nas alíneas anteriores, o projeto de execução deve ser
acompanhado, sempre que tal se revele necessário:
i) Dos levantamentos e das análises de base e de campo;
ii) Dos estudos geológicos e geotécnicos;
iii) Dos estudos ambientais, incluindo a declaração de impacto ambiental, nos termos da
legislação aplicável;
iv) Dos estudos de impacte social, económico ou cultural, nestes se incluindo a identificação
das medidas de natureza expropriatória a realizar, dos bens e direitos a adquirir e dos ónus
e servidões a impor;
v) Dos resultados dos ensaios laboratoriais ou outros;
vi) Do plano de prevenção e gestão de resíduos de construção e demolição, nos termos da
legislação aplicável;
vii) Do plano de segurança e saúde.
h) Em qualquer dos casos previstos nas alíneas anteriores, projeto de execução deve ainda ser
acompanhado do planeamento das operações de consignação, seja esta total ou parcial nos termos
do disposto nos artigos 358.º e 359.º, do CCP;
i) O conteúdo obrigatório dos elementos referidos nas alíneas c) e e) está fixado na Portaria n.º 701-
H/2008, de 29 de Julho;
j) O caderno de encargos é nulo quando:
i) Não seja integrado pelos elementos de solução de obra previstos na alínea c) e na parte
final alínea e);
ii) Seja elaborado em violação do disposto nas alíneas c), d) e f);
94 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
iii) O projeto de execução nele integrado não esteja acompanhado dos elementos previstos na
alínea g);
iv) Os elementos da solução da obra nele integrados não observem o conteúdo obrigatório
previsto na portaria referida na alínea i);
k) Na elaboração do caderno de encargos relativo à formação de contratos de empreitada de obras
públicas deve ser respeitado o formulário aprovado pela Portaria n.º 959/2009, de 21 de Agosto;
l) De acordo com o artigo 57.º, n.º 2, do CCP, a proposta além dos documentos previstos no n.º 1,
deve ser acompanhada dos seguintes documentos:
i) Uma lista dos preços unitários de todas as espécies de trabalho previstas no projeto de
execução;
ii) Um plano de trabalhos, tal como definido no artigo 361.º, do CCP, quando o caderno de
encargos seja integrado por um projeto de execução;
iii) O projeto de execução quando este tiver sido submetido à concorrência pelo caderno de
encargos;
m) O concorrente deve indicar na proposta os preços parciais dos trabalhos que se propõe executar
correspondentes às habilitações contidas nos alvarás ou nos títulos de registo ou nas declarações
emitidas pelo Instituto da Construção e do Imobiliário, I. P., nos termos do disposto na alínea a) do
n.º 5 do artigo 81.º, do CCP, para efeitos da verificação da conformidade desses preços com a
classe daquelas habilitações;
n) Quando o preço base for fixado no caderno de encargos, considera-se que o preço é anormalmente
baixo quando seja 40% ou mais inferior àquele (alínea a) do n.º 1 do artigo 71.º do CCP);
o) A exclusão de qualquer proposta com fundamento em preço anormalmente baixo (que não tenha
sido justificado ou a justificação não seja considerada) ou com fundamento na existência de fortes
indícios de atos, acordos ou práticas ou informações suscetíveis de falsear as regras de
concorrência, devem ser comunicadas pelo júri ou serviço responsável pelo procedimento ao SAQ
para comunicação imediata à Autoridade da Concorrência e ao pelo Instituto da Construção e do
Imobiliário, I. P.;
p) O adjudicatário, além dos documentos de habilitação previstos no artigo 81.º, n.º 1, do CCP, tem de
apresentar os alvarás ou os títulos de registo emitidos pelo Instituto da Construção e do Imobiliário,
I. P., contendo as habilitações adequadas e necessárias à execução da obra a realizar ou, no caso
de o contrato respeitar a um lote funcionalmente não autónomo, as habilitações adequadas e
necessárias à execução dos trabalhos inerentes à totalidade dos lotes que constituem a obra. Para
efeitos da verificação das habilitações referidas, o adjudicatário pode apresentar alvarás ou títulos
de registo da titularidade de subcontratados, desde que acompanhados de declaração através da
qual estes se comprometam, incondicionalmente, a executar os trabalhos correspondentes às
habilitações deles constantes, nos termos do artigo 81.º, n.º 2 e n.º 3 e artigo 126.º, n.º 3, do CCP;
95 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
q) A não apresentação dos documentos de habilitação, a não entrega da caução e a não outorga do
contrato, por facto imputável ao adjudicatário, determina a caducidade da adjudicação e a
comunicação ao Instituto da Construção e do Imobiliário, I. P.;
r) No caso do procedimento de concurso público sem publicação no JOUE, não pode ser fixado um
prazo para apresentação das propostas inferior a 20 dias a contar da data de envio para publicação
do anúncio, de acordo com o n.º 1 do artigo 135.º do CCP.
IV. 4. Procedimentos a adoptar após celebração do contrato
IV. 4.1. Compete ao SAQ a gestão dos processos de empreitada, nomeadamente:
a) Verificar e dar seguimento a todos os procedimentos após a celebração do contrato de empreitada
de obras públicas, como seja:
a. Verificar se o contrato se encontra sujeito a Visto Prévio do Tribunal de Contas e promover
o processo relativo à obtenção do comprovativo da concessão do Visto;
b. No prazo de 10 dias a contar da data da celebração do contrato de empreitada ou da
concessão de obras públicas, enviar o relatório de contratação ao Instituto da Construção e
do Imobiliário, I. P., de acordo com o modelo aprovado pela Portaria n.º 701-E/2008, de 28
de Julho;
b) Em caso de contratos adicionais, elaborar e remeter uma síntese histórica da empreitada, bem como
uma cópia dos contratos e respetivos adicionais, anteriormente celebrados;
c) Praticar atos e enviar relatórios relativos ao acompanhamento da empreitada definidos no MCI e
comunicação às entidades competentes, conforme previsto no artigo 466.º, do CCP;
d) Preparar o auto de consignação da empreitada e proceder às diligências necessárias à sua
aprovação;
e) Publicitar ficha contendo os elementos essenciais do contrato no portal único da Internet dedicado
aos contratos públicos (www.base.gov.pt), devendo anexar esta ficha ao processo e demais
relatórios necessários ao cumprimento do disposto no CCP e legislação complementar;
f) Preparar a receção provisória da empreitada e a receção final, em articulação com o diretor de
fiscalização da empreitada e encetar as diligências necessárias à liberação da caução.
IV. 4.2. Controlo da empreitada
IV. 4.2.1. Direção técnica da obra e representante do empreiteiro:
a) Durante a execução do contrato, o empreiteiro é representado por um diretor de obra, salvo nas
matérias em que, em virtude da lei ou de estipulação diversa no caderno de encargos ou no
contrato, se estabeleça diferente mecanismo de representação;
96 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
b) O empreiteiro obriga-se, sob reserva de aceitação pelo dono da obra, a confiar a sua
representação a um técnico com a qualificação mínima de Engenheiro Civil;
c) Após a assinatura do contrato e antes da consignação, o empreiteiro confirmará, por escrito, o
nome do diretor da obra, indicando a sua qualificação técnica e ainda se o mesmo pertence ou
não ao seu quadro técnico. Esta informação será acompanhada por uma declaração subscrita
pelo técnico designado, com assinatura reconhecida, assumindo a responsabilidade pela direção
da obra e comprometendo-se a desempenhar essa função com proficiência e assiduidade;
d) As ordens, os avisos e as notificações que se relacionem com os aspetos técnicos da execução
da empreitada são dirigidos diretamente ao diretor da obra;
e) O diretor da obra deverá acompanhar assiduamente os trabalhos e estar presente no local da
obra sempre que para tal seja convocado;
f) O dono da obra poderá impor a substituição do diretor da obra, devendo a ordem respetiva ser
fundamentada por escrito;
g) Na ausência ou impedimento do diretor de obra, o empreiteiro é representado por quem aquele
indicar para esse efeito, devendo estar habilitado com os poderes necessários para responder,
perante o diretor de fiscalização da obra, pela marcha dos trabalhos;
h) O empreiteiro designará um responsável pelo cumprimento da legislação aplicável em matéria de
segurança, higiene e saúde no trabalho.
IV. 4.3. Fiscalização e controlo da empreitada
IV. 4.3.1. Direção técnica da obra e representante do empreiteiro:
a) Durante a execução do Contrato, o empreiteiro é representado por um diretor de obra, salvo nas
matérias em que, em virtude da lei ou de estipulação diversa no caderno de encargos ou no
Contrato, se estabeleça diferente mecanismo de representação;
b) O empreiteiro obriga-se, sob reserva de aceitação pelo dono da obra, a confiar a sua
representação a um técnico com a qualificação mínima de Engenheiro Civil;
c) Após a assinatura do contrato e antes da consignação, o empreiteiro confirmará, por escrito, o
nome do diretor da obra, indicando a sua qualificação técnica e ainda se o mesmo pertence ou
não ao seu quadro técnico. Esta informação será acompanhada por uma declaração subscrita
pelo técnico designado, com assinatura reconhecida, assumindo a responsabilidade pela direção
da obra e comprometendo-se a desempenhar essa função com proficiência e assiduidade;
d) As ordens, os avisos e as notificações que se relacionem com os aspetos técnicos da execução
da empreitada são dirigidos diretamente ao diretor da obra;
97 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
e) O diretor da obra deverá acompanhar assiduamente os trabalhos e estar presente no local da
obra sempre que para tal seja convocado;
f) O dono da obra poderá impor a substituição do diretor da obra, devendo a ordem respetiva ser
fundamentada por escrito;
g) Na ausência ou impedimento do diretor de obra, o empreiteiro é representado por quem aquele
indicar para esse efeito, devendo estar habilitado com os poderes necessários para responder,
perante o diretor de fiscalização da obra, pela marcha dos trabalhos;
h) O empreiteiro designará um responsável pelo cumprimento da legislação aplicável em matéria de
segurança, higiene e saúde no trabalho;
IV. 4.3.2. Representação do dono de obra:
a) Durante a execução o dono da obra é representado por um fiscal da obra, salvo nas matérias em
que, em virtude da lei ou de estipulação distinta no caderno de encargos ou no contrato, se
estabeleça diferente mecanismo de representação;
b) O dono da obra notifica o empreiteiro da identidade do fiscal da obra que designe para a
fiscalização local dos trabalhos até à data da consignação;
c) O fiscal da obra tem poderes de representação do dono da obra em todas as matérias relevantes
para a execução dos trabalhos, nomeadamente para resolver todas as questões que lhe sejam
postas pelo empreiteiro nesse âmbito, excetuando as matérias de modificação, resolução ou
revogação do contrato, alterações de materiais ou de processos construtivos;
d) A obra e o empreiteiro ficam também sujeitos à fiscalização que, nos termos da lei, incumba a
outras entidades.
IV. 4.3. Pagamentos
IV. 4.3.1. Regras gerais
a) O pagamento ao empreiteiro dos trabalhos incluídos no contrato far-se-á por medição, no período
determinado no contrato, com observância do disposto nos artigos 387.º e seguintes do CCP;
b) As faturas e os respetivos autos de medição são elaborados de acordo com o modelo e
respetivas instruções fornecidos pelo diretor de fiscalização da obra;
c) Cada auto de medição deve referir todos os trabalhos constantes do plano de trabalhos que
tenham sido concluídos durante o mês, sendo a sua aprovação pelo diretor de fiscalização da
obra condicionada à realização completa daqueles;
d) No caso de falta de aprovação de alguma fatura em virtude de divergências entre o diretor de
fiscalização da obra e o empreiteiro quanto ao seu conteúdo, deve aquele devolver a respetiva
98 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
fatura ao empreiteiro, para que este elabore uma fatura com os valores aceites pelo diretor de
fiscalização da obra e uma outra com os valores por este não aprovados;
e) O pagamento dos trabalhos a mais e dos trabalhos de suprimento de erros e omissões é feito nos
termos previstos nos números anteriores, mas com base nos preços que lhes forem, em cada
caso, especificamente aplicáveis, nos termos do artigo 373.º do CCP;
f) O pagamento das faturas relativas a empreitadas e à revisão de preços só será efetuado depois
do auto de medição ter sido visado pelo diretor de fiscalização da obra e ter sido apresentado o
respetivo relatório de acompanhamento da empreitada.
IV. 4.3.2. Fluxo de procedimentos mensal
a) O adjudicatário, conforme previsto no contrato, deve elaborar a fatura e o auto de medições,
conforme instruções do diretor de fiscalização da empreitada;
b) De seguida, o adjudicatário deve apresentar os referidos documentos ao diretor de fiscalização da
empreitada, para aprovação;
c) Após esta aprovação, o diretor de fiscalização da empreitada remete a fatura e o auto de
medições com o seu parecer, bem como relatório mensal de acompanhamento da empreitada
que deve elaborar;
d) Após verificação do cumprimento de todos os requisitos previstos no contrato, informa-se e
remete-se os respetivos documentos (fatura, auto de medições e relatório) aos SF para
pagamento;
e) Aos SF compete:
Verificar os documentos apresentados;
Se tudo estiver conforme, propor superiormente a autorização de pagamento, com
cabimento prévio e compromisso;
f) À Tesouraria compete efetuar o pagamento no prazo máximo determinado no contrato após a
apresentação da respetiva fatura.
IV. 4.3.3. Liquidação da empreitada e relatório final
a) Na falta de estipulação contratual, a conta final da empreitada é elaborada, pelos SF em
articulação com o diretor de fiscalização da obra, no prazo de dois meses após a primeira revisão
ordinária de preços subsequente à receção provisória;
b) Se não houver lugar à revisão ordinária de preços, o prazo a que se refere o número anterior
inicia-se na data da receção provisória;
c) Os trabalhos e os valores em relação aos quais existam reclamações pendentes de decisão são
liquidados à medida que aquelas forem definitivamente decididas;
d) Da conta final da empreitada devem constar os seguintes elementos:
99 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
Uma conta corrente à qual são levados, por verbas globais, os valores de todas as
medições e revisões ou acertos decorrentes de reclamações decididas, o prémio por
cumprimento antecipado do contrato e as sanções contratuais aplicadas;
Um mapa dos trabalhos a mais, dos trabalhos de suprimento de erros e omissões e dos
trabalhos a menos, com a indicação dos preços unitários pelos quais se procedeu à sua
liquidação;
Um mapa de todos os trabalhos e valores sobre os quais subsistam reclamações ou
reservas do empreiteiro ainda não decididas, com expressa referência ao mapa da alínea
anterior, sempre que os mesmos também constem daquele;
e) Elaborada a conta final da empreitada, a mesma é enviada, depois de autorizada pelo órgão
legalmente competente, no prazo de 15 dias ao empreiteiro, podendo este, no mesmo prazo,
proceder à sua assinatura ou, discordando da mesma, apresentar reclamação fundamentada;
f) Para efeitos do disposto no número anterior, o empreiteiro pode consultar e examinar os
documentos de suporte à elaboração da conta final da empreitada;
g) O dono da obra comunica ao empreiteiro a sua decisão sobre a reclamação apresentada no
prazo de 30 dias a contar da receção desta;
h) Independentemente da assinatura da conta final da empreitada, a não apresentação, no prazo
fixado, da reclamação pelo empreiteiro equivale à aceitação da mesma, sem prejuízo das
reclamações pendentes;
i) No prazo de 10 dias a contar da data da assinatura da conta final ou da data em que a conta
final se considera aceite pelo empreiteiro, é enviado ao Instituto da Construção e do Imobiliário, I.
P., o relatório final da obra, de acordo com modelo aprovado por Portaria.
IV. 4.3.4. As despesas relativas a empreitadas pressupõem os seguintes registos contabilísticos:
a) Verificação da existência de cabimento;
b) Compromisso, que deve ocorrer em regra, pelo menos três meses antes da data prevista do
pagamento;
c) Obrigação, na data da conferência da fatura ou documento equivalente;
d) Autorização de pagamento, na data em que a Ordem de Pagamento é autorizada;
e) Pagamento, na data de transferência bancária ou da emissão do cheque.
100 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
IV. 5. Fluxogramas dos procedimentos
IV. 5.1. Proposta de Aquisição - da requisição interna até à autorização
Levantamento da necessidade de aquisição ou
locação de bens e serviços
(preenchimento de requisição interna)
Entrega da requisição aos Serviços Financeiros
Devolução à
origem
1. Verificar atribuição de verbas
2. Informação de cabimento e
compromisso
Envio ao Serviço de Aquisições para dar
sequência Anulação do cabimento e compromisso
pelos Serviços Financeiros
Data de entrada
NãoSim
Registo nos Serviços Financeiros
Despacho
SimNão
Pedido de Autorização de realização da despesa,
do tipo de procedimento e júri quando aplicável
Autorização do Dirigente do serviço para dar
sequência à requisição
Devolução à
origem
Não
Sim
Data e entrada
101 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
IV. 5.2. Proposta de Aquisição – da autorização até à adjudicação
Serviço de Aquisições
Devolução à
origem
Data de entrada
Não
Remessa aos Serviços
Financeiros e cópia ao serviço
emissor da requisição interna
Emissão da requisição
externa (ajuste direto
simplificado)
Elaboração das peçasOU
Verificação pelo GACI
Remessa ao SAQ para
envio da requisição externa
(ajuste direto simplificado)
Remessa ao órgão
legalmente competente para
aprovação das peças
Sim
Serviços Financeiros aguardam
a remessa da factura
Aprova (remessa ao SAQ
para dar início ao
procedimento)
Devolução ao SAQ
para proceder a
alterações
Data de entrada
102 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
IV. 5.3. Regime Geral – procedimentos até adjudicação
AJUSTE DIRETO
Regime Normal
(art.112.º a 127.º)
Apresentação das
propostas
Possibilidade de convidar
o concorrente a melhorar
a sua proposta
(n. 2 do art. 125.º)
Análise da proposta pelos
serviços da entidade adjudicante
1 proposta
Projeto de decisão final
Adjudicação pelo órgão competente
negociação
Análise preliminar das
propostas
+ 1 proposta
Sessão de Negociação
(art.118.º a 120.º)
Versão final propostas (art.
121.º)
Audiência Prévia (art. 123.º)
Relatório preliminar (art.
122.º)
Relatório Final
(art. 124.º)
Apresentação documentos
habilitação
(art. 126.º)
Sim
Não
Notificação da decisão de
adjudicação
Publicitação de ficha em
www.base.gov.pt (art. 127.º)
Autorização
Convite c/ caderno encargos a 1 ou +
entidades
(art. 115.º e n.º 1 do art. 114.º )
Autorização da despesa e de abertura do
procedimento pelo órgão competente
103 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
IV. 5.4. Concurso Público – procedimentos até adjudicação
CONCURSO PÚBLICO
(art. 130.º a 154.º)
Autorização da despesa e de abertura do
procedimento pelo órgão competente
Anúncio DR
(art. 130.º)
Consulta e fornecimento
das
peças do concurso
(art.133.º)
Prazo mínimo
para a
apresentação das
propostas =
art.135.º
Anúncio DR + JOUE
(art. 130.º e art. 131.º)
Consulta e fornecimento
das
peças do concurso
(art.133.º)
Apresentação
das propostas
Prazo mínimo
para a
apresentação das
propostas =
art.136.º
Apresentação
das propostas
Publica ̄o da Lista de Concorrentes em plataforma electrnica
utilizada pela entidade adjudicante (n.ᄎ 1 do art.ᄎ 138ᄎ)
no dia imediato ao termo do prazo para apresenta ̄o das propostas
Publicação da Lista de Concorrentes em plataforma eletrónica
utilizada pela entidade adjudicante (n..º 1 do art.138.º)
no dia imediato ao termo do prazo para apresentação das propostas
Avaliação das propostas
(art 70.º e 139.º)
Negociação
(art. 149.º)
Negociações
(art. 151.º)
Relatório preliminar
(art.152.º)
Audiência Prévia
(art. 153.º)
Relatório Final
(art.154.º)
Adjudicação pelo
órgão competente
Sim
Não
Autorização
Notificação da decisão de
adjudicação
Apresentação documentos
habilitação
(art. 83.º)
Celebração de Contrato
Publicitação de ficha em
www.base.gov.pt
104 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
IV. 5.5. Fatura – validação e pagamento
Receção da fatura ou documento
equivalente (DE)
Entrega fatura ou DE aos
Serviços Financeiros
Fatura ou DE em conformidade
com o documento de validação
Data de entrada
Registo na Contabilidade
Fase da Obrigação
Remessa ao órgão competente
para autorização de Pagamento
Verificação pelo GACI
Verificação do processo de
despesa pelo GACI
Sim
Devolução à
origem para
retificação
Não
Pagamento
Sim
Devolução à
origem para
retificaçãoTransferência
bancária ou
cheque
Bens Locação Serviços Empreitada
Validação da fatura ou
DE através do relatório
de fiscalização
Validação da fatura ou DE através
do auto de receção emitido pelo
serviço recetor do bem
Validação da fatura ou DE através
do relatório mensal emitido pelo
serviço responsável do bem
Validação da fatura ou DE
através do relatório do
serviço prestado
Fatura ou DE não conforme o
documento de validação
Devolução ao adjudicatário
para alteração em
conformidade com a
fundamentação apresentada
pelo IPCA
Não
Arquivamento do
processo
105 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
D04 – Contratos de tarefa e avença
IV. 1. Objectivo da norma
Estabelecer os procedimentos e os métodos de controlo associados aos contratos de tarefa e avença,
designadamente o pagamento de contratos de tarefa ou avença, nos termos do disposto no artigo 35.º, da
LVCR.
IV. 2. Campo de aplicação da norma
IV. 2.1. Aplica-se no processo de contratos de tarefa ou avença, incluindo despesas com formação;
IV. 2.2. Considera-se contrato de tarefa, aquele que tem como objeto a execução de trabalhos específicos,
de natureza excecional, não podendo exceder o termo do prazo contratual inicialmente estabelecido;
IV. 2.3. Considera-se contrato de avença, “(…) tem como objecto prestações sucessivas no exercício de
profissão liberal, com retribuição certa mensal, podendo ser feito cessar a todo o tempo, por qualquer das
partes, mesmo quando celebrado com cláusula de prorrogação tácita, com aviso prévio de 60 dias e sem
obrigação de indemnizar”, de acordo com o n.º 6 do artigo 35.º da Lei 12-A/2008, de 27 de Fevereiro;
IV. 2.4. A celebração dos contratos de tarefa e avença só podem realizar-se nas condições previstas na lei,
nomeadamente:
Decreto-Lei n.º 32/2012, de 13 de Fevereiro – estabelece as normas de execução do Orçamento do
Estado para 2012;
Lei n.º 64-B/2011, de 30 de Dezembro – Orçamento de Estado para 2012;
Despacho n.º 7015/2011, de 09 de Maio – Concede parecer genérico favorável à celebração ou
renovação de contratos de prestação de serviços de manutenção ou assistência a máquinas,
equipamentos ou instalações;
Despacho n.º 5564/2011, de 31 de Março – Regula o artigo 125.º da Lei n.º 62/2007, de 10 de
Setembro (regime jurídico das instituições de ensino superior);
Lei n.º 55-A/2010, de 31 de Dezembro – Orçamento de estado para 2011;
Decreto-Lei n.º 72-A/2010, de 18 de Junho – estabelece as normas de execução do Orçamento do
Estado para 2010;
Decreto-Lei n.º 18/2008, de 29 de Janeiro – Aprova o Código dos Contratos Públicos, que
estabelece a disciplina aplicável à contratação pública e o regime substantivo dos contratos públicos
que revistam a natureza de contrato administrativo;
Lei n.º 12-A/2008, de 27 de Fevereiro – Estabelece os regimes de vinculação, de carreiras e de
remunerações dos trabalhadores que exercem funções públicas;
106 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
Despacho n.º 16066/2008, de 12 de Junho de 2008 – Regulamenta os termos e a tramitação do
parecer prévio vinculativo dos membros do Governo responsáveis pelas áreas das Finanças e da
Administração Pública.
IV. 2.5. Os contratos de tarefa de formadores devem obedecer às regras estabelecidas em Despacho (PR)
n.º 1/2012, de 5 de Janeiro; ao Despacho (PR) n.º 31/2012, de 27 de Março e Circular Adm n.º3/2012, de 8
de Março.
IV. 3. Termos e tramitação processual
IV. 3.1. O campo de ação dos contratos de prestação de serviços referenciado na Lei n.º 12-A/2008, de 27
de Fevereiro, no seu artigo 35.º inclui:
IV. 3.2. A tramitação inscrita no Despacho n.º 5564/2011, de 31 de Março, diploma que regula o artigo 125.º
da Lei n.º 62/2007, de 10 de Setembro (Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior), no seu n.º 3
estabelece que as instituições de ensino superior devem enviar trimestralmente ao Ministério de Estado e
das Finanças e Ministério da Educação e Ciência, a informação relativa a despesas com a celebração ou
renovação de contratos de aquisição de serviços, designadamente nas modalidades de tarefa e avença, bem
como cuja objeto seja a consultoria técnica, acompanhada dos seguintes elemento:
a) Descrição do contrato e seu objeto, demonstrando não se tratar de trabalho subordinado;
b) Demonstração de cabimento e compromisso, que deve ocorrer em regra, pelo menos três meses antes
da data prevista do pagamento;
c) Indicação e fundamentação da escolha do procedimento de formação do contrato;
“Artigo 35.º Âmbito dos contratos de prestação de serviços
1 - Os órgãos e serviços a que a presente lei é aplicável podem celebrar contratos de prestação de serviços,
nas modalidades de contratos de tarefa e de avença, nos termos previstos no presente capítulo.
2 - A celebração de contratos de tarefa e de avença apenas pode ter lugar quando, cumulativamente:
a) Se trate da execução de trabalho não subordinado, para a qual se revele inconveniente o recurso a
qualquer modalidade da relação jurídica de emprego público;
b) O trabalho seja realizado, em regra, por uma pessoa colectiva;
c) Seja observado o regime legal da aquisição de serviços;
d) O contratado comprove ter regularizadas as suas obrigações fiscais e com a segurança social.
3 - Considera-se trabalho não subordinado o que, sendo prestado com autonomia, não se encontra sujeito à
disciplina e à direcção do órgão ou serviço contratante nem impõe o cumprimento de horário de trabalho.”
107 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
d) Informação sobre a contraparte, designadamente no que respeita à relação ou à participação de ex -
colaboradores do órgão ou serviço, bem como do respetivo cônjuge, algum parente ou afim em linha reta
ou até ao 2.º grau da linha colateral, ou de qualquer pessoa com quem viva em economia comum;
e) Demonstração do cumprimento e aplicação da redução remuneratória prevista no artigo 19.º da Lei n.º
55 -A/2010, de 31 de Dezembro, juntando elementos e cálculos relevantes, face ao contrato em
renovação ou anteriormente celebrado sempre que a prestação de serviços tenha idêntico objeto e, ou
contraparte.
IV. 3.3. É obrigatória a comunicação dos elementos referidos, a efetuar pelo SAQ, dos serviços contratados
pelo IPCA, independentemente da sua redução a escrito, até ao final do mês seguinte ao do encerramento
do trimestre, através dos endereços eletrónicos contratacaoserviç[email protected] e
IV. 3.4. As instituições de ensino superior devem manter organizados os processos de aquisição de serviços
de forma a poder avaliar -se a observância do regime legal e para efeitos, designadamente, do disposto no
n.º 4 do artigo 125.º da Lei n.º 62/2007, de 10 de Setembro.
IV. 4. Procedimentos nos contratos de tarefa para lecionação < a €5.000
IV. 4.1. As propostas de contratação deverão ser remetidas ao SAQ, com a antecedência prévia de 10 dias
úteis em relação ao início da prestação de serviços, devendo ser acompanhadas dos seguintes elementos:
a) Formulário, donde consta a concordância da entidade formadora;
b) Minuta da ata do conselho científico;
c) Curriculum Vitae;
d) Certificado de habilitações.
IV. 4.2. Os elementos descritos no ponto anterior, com a exceção da alínea a), são substituídos por uma
declaração do Diretor da Unidade Orgânica, referenciado que esses documentos se encontram arquivados
na respetiva Escola;
IV. 4.3. É dispensada a entrega do Curriculum Vitae nas propostas de contratação de tarefa e avença
quando, em ano em curso e/ou no ano imediatamente anterior, o formador proposto tiver colaborado com a
instituição e, decorrente dessa colaboração, já tiver sido apresentado Curriculum Vitae;
IV. 4.4. A apresentação do prenunciado na alínea d) do ponto 4.1., é dispensado nas seguintes situações:
a) Formadores que obtiveram o curso no IPCA;
b) Formadores que já entregaram o certificado de habilitações em contratos anteriores;
c) Formadores com vínculo em outras instituições de ensino superior, nomeadamente verificação no
REBIDES.
IV. 4.5. As propostas de contratação, devem obedecer aos preceitos estabelecidos em Despacho PR, em
vigor à data do seu envio;
108 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
IV. 4.6. O SAQ, no prazo de dois dias úteis:
a) Analisam toda a proposta;
b) Verificam se têm todos os elementos exigidos em anexo;
c) Inserem informação na base de dados e anexam listagem dos contratos de prestação de serviços
relativa à entidade em causa.
IV. 4.7. Os SF, no prazo de dois dias úteis:
a) Analisam se está em conformidade com o Despacho (PR) n.º 1/2012, de 5 de Janeiro, relativos ao
valor hora a pagar e outras normas internas;
b) Informam a dotação disponível (informação de cabimento) e compromisso;
c) Anexam a conta corrente do prestador de serviços.
IV. 4.8. O GACI, no prazo de dois dias úteis, emite opinião acerca da composição do processo e envia-o ao
Administrador do IPCA;
IV. 4.9. O Administrador do IPCA remete o processo para emissão de parecer prévio favorável ao Presidente
do IPCA;
IV. 4.10. Às propostas, depois de autorizadas pelo órgão legalmente competente, deverão ser anexos
extratos da decisão de autorização;
IV. 4.11. Compete ao SAQ:
Inserir na base de dados do “balanço social”, n.º de efetivos e outros questionários e informações solicitadas
a nível de pessoal existente e publicitar na página eletrónica do IPCA ao abrigo da LVCR.
IV. 4.12. É dispensada a celebração de contrato, nas aquisições de serviços relativas a Seminários e
Conferências, cabendo a instrução destes processos e o respetivo arquivo aos Diretores das Unidades
Orgânicas;
IV. 4.13. O Administrador do IPCA remete o original de todo o processo completo e autorizado aos SAQ,
ficando arquivado nestes serviços na capa de Prestações de Serviços a aguardar o recibo verde/ato isolado,
relatório (quando aplicável), registos de assiduidade, sumários e elementos de avaliação;
IV. 4.14. O serviço requisitante, no fim da prestação de serviços, envia aos SF os respetivos documentos
de despesa (recibo verde/ato isolado), verificados pela pessoa indicada para o efeito, acompanhados dos
seguintes elementos:
a) Relatório (quando aplicável);
b) Registos de assiduidade, sumários e elementos de avaliação, podendo ser substituídos por uma
declaração do Diretor da Unidade Orgânica, certificando que os documentos se encontram
arquivados no respetivo dossier pedagógico,
c) Formulário para autorização de pagamento, com a confirmação do responsável pelos SA em
como a pauta de avaliação encontra-se naquele serviço.
109 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
IV. 4.15. Os SF analisam os documentos e anexam todo o processo de despesa que está arquivado e
procedem ao registo contabilístico da fase da Obrigação e emitem uma ordem de Pagamento, que enviarão
para a Tesouraria (processo de despesa) e que deverá ser constituído pelos seguintes documentos:
a) Documento que originou a cabimentação;
b) Documento que originou o compromisso;
c) Documento que originou a obrigação;
d) A declaração de não dívidas das finanças;
e) A declaração de não dívidas à Segurança Social;
f) Extrato da contabilidade analítica relativa ao projeto (quando aplicável).
IV. 4.16. Quando se trate de entrada em funcionamento de qualquer curso de CET, Pós-Graduação,
Mestrado, etc., deve ser integrado uma listagem de todos os docentes/formadores a contratar (nome e
habilitações académicas) com o respetivo número de horas e valor a pagar;
IV. 4.17. A proposta é objeto de cabimento orçamental e compromisso, para posterior aprovação pelo
Conselho de Gestão, dispensando assim o cumprimento das formalidades infra referenciadas;
IV. 4.18. O órgão legalmente competente autoriza o pagamento, assinando no carimbo “Autorizo o
Pagamento” e devolve o processo à Tesouraria, para processamento do pagamento;
IV. 4.19. Os pagamentos a efetuar pela Tesouraria podem ser por dois meios:
a) Transferência bancária (por regra);
b) Cheque (casos excecionais, devidamente fundamentados).
IV. 4.20. A Tesouraria aquando o pagamento, junta ao processo de despesa o documento comprovativo do
pagamento (cópia do cheque ou documento justificativo da transferência) e envia às entidades, por e-mail o
comprovativo do pagamento;
IV. 4.21. A Tesouraria, imprime as notas de pagamento para juntar ao processo, arquiva por número de
Diário de Pagamento. O processo é arquivado com todos os documentos que conduziram ao registo de cada
uma das fases da execução orçamental nos SF;
IV. 4.22. Não podem ser contratados serviços a quem num mesmo ano económico tenham sido
adjudicados objetos do mesmo tipo ou idênticos através de um procedimento de ajuste direto simplificado,
num valor acumulado igual ou superior a € 5 000.
IV. 5. Procedimentos nos contratos de tarefa e avença a €5.000 e a €75.000
IV. 5.1. Compete ao serviço requisitante e aos demais serviços dar cumprimento ao disposto no ponto 4.3.
da parte D02 – Despesas com Aquisição ou Locação de Bens ou de Aquisição de Serviços e observar o
cumprimento de todos os procedimentos ali estabelecidos, com as necessárias adaptações, até à fase de
autorização da adjudicação e da realização da despesa;
110 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
IV. 5.2. As propostas de autorização da adjudicação e da realização da despesa deverão ser remetidas ao
SAQ, com a antecedência prévia mínima de 20 dias úteis em relação ao início da prestação de serviços,
devendo ser acompanhadas dos seguintes elementos:
a) Processo de ajuste direto [( convite, proposta (s), relatório preliminar (se for aplicável), audiência
prévia (se for aplicável), relatório final (se for aplicável)];
b) Formulário, donde consta a concordância da entidade formadora, de acordo com modelo em
anexo;
c) Minuta da ata do Conselho Científico (no caso de lecionação de formação);
d) Curriculum Vitae;
e) Certificado de habilitações (à exceção da lecionação em seminários e conferências), e/ou
certificação legalmente exigida;
f) Minuta de contrato (à exceção da lecionação em seminários e conferências), de acordo com o
modelo em anexo.
IV. 5.3. Os elementos descritos no ponto anterior, com a exceção da alínea a) e b), podem ser substituídos
por uma declaração do Diretor da Unidade Orgânica, em como os referidos documentos se encontram
arquivados na respetiva Escola;
IV. 5.4. É dispensada a entrega do Curriculum Vitae nas propostas de contratação de tarefa e avença
quando, em ano em curso e/ou no ano imediatamente anterior, o formador proposto tiver colaborado com a
instituição e, decorrente dessa colaboração, já tiver sido apresentado Curriculum Vitae;
IV. 5.5. A apresentação do certificado de habilitações prenunciado na alínea e) do ponto 5.2., é dispensado
exclusivamente nas seguintes situações:
a) Formadores que obtiveram o curso no IPCA;
b) Formadores que já entregaram o certificado de habilitações em contratos anteriores;
c) Formadores com vínculo em outras instituições de ensino superior, nomeadamente através de
verificação no REBIDES.
IV. 5.6. O SAQ, no prazo de dois dias úteis:
a) Analisam toda a proposta;
b) Verificam se têm todos os elementos exigidos em anexo;
c) Inserem informação na base de dados e anexam listagem dos contratos de prestação de serviços
relativa à entidade em causa;
IV. 5.7. Os SF, no prazo de dois dias úteis:
a) Analisam se está em conformidade com o Despacho (PR), relativos ao valor hora a pagar e e
outras normas internas e outras normas internas;
b) Informam a dotação disponível (informação de cabimento) e compromisso;
c) Anexam a conta corrente do prestador de serviços.
111 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
IV. 5.8. O GACI, no prazo de dois dias úteis, emitem opinião acerca da constituição do processo e envia-o
ao Administrador do IPCA;
IV. 5.9. O Administrador do IPCA remete o processo para autorização do órgão competente;
IV. 5.10. Às propostas, depois de autorizadas pelo órgão legalmente competente, deverá ser anexo extrato
da decisão de autorização, incluindo extrato de ata do Conselho Técnico-Científico e contrato assinado;
IV. 5.11. Compete ao SAQ:
a) Notificar o adjudicatário e todos os concorrentes da adjudicação, acompanhada do relatório final
(se aplicável);
b) Notificar o adjudicatário da minuta do contrato (se aplicável), para aprovação, e para proceder à
entrega dos documentos de habilitação exigidos nas peças do procedimento a fim de completar o
processo de aquisição, nomeadamente, comprovativos de situação regularizada por dívidas às
finanças e segurança social;
c) Notificar os outros concorrentes da entrega dos documentos de habilitação (se aplicável);
d) Cumprir os procedimentos necessários à outorga do contrato por ambas as partes, se for o caso;
IV. 5.12. Compete ainda ao SAQ:
a) Inserir na base de dados do “balanço social”, n.º de efetivos e outros questionários e informações
solicitadas a nível de pessoal existente e publicitar na página eletrónica do IPCA ao abrigo da
LVCR;
b) Publicitar a ficha contendo os elementos essenciais do contrato no portal único da Internet
dedicado aos contratos públicos (www.base.gov.pt), devendo anexar esta ficha ao processo e
demais relatórios necessários ao cumprimento do disposto no CCP e legislação complementar;
c) Depois do contrato original estar assinado por ambas as partes, deverá o SAQ enviar uma cópia
aos SF e ao serviço requisitante e informar o júri (caso exista);
IV. 5.13. O Administrador do IPCA deve remeter o original de todo o processo completo e autorizado ao
SAQ, ficando arquivado nestes serviços na capa de Prestações de Serviços a aguardar a documentação
referida no ponto 5.14.;
IV. 5.14. O serviço requisitante, no fim da prestação de serviços, deve enviar aos SF os respetivos
documentos de despesa (recibo verde/ato isolado), verificados pela pessoa indicada para o efeito,
acompanhados dos seguintes elementos:
a) Relatório (no caso das prestações gerais);
b) Registos de assiduidade, sumários e elementos de avaliação (no caso da lecionação de
formação), substituídos por uma declaração do Diretor da Unidade Orgânica, em como estes
documentos encontram -se arquivados no respetivo dossier pedagógico;
c) Formulário para autorização de pagamento, com a confirmação do responsável pelos SA em
como a pauta de avaliação encontra -se naquele serviço.
112 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
IV. 5.15. Os SF analisam os documentos e anexam todo o processo de despesa que está arquivado e
procedem ao registo contabilístico da fase da Obrigação e emitem uma Ordem de Pagamento, que enviarão
para a Tesouraria (processo de despesa) e que deverá ser constituído pelos seguintes documentos:
a) Documento que originou a cabimentação;
b) Documento que originou o compromisso;
c) Documento que originou a obrigação;
d) A declaração de não dívidas das finanças;
e) A declaração de não dívidas à Segurança Social;
f) Extrato da contabilidade analítica relativa ao projeto (quando aplicável);
g) Cópia da ficha de publicitação (contendo os elementos essenciais do contrato no portal único da
Internet dedicado aos contratos públicos (www.base.gov.pt)).
IV. 5.16. Quando se trate de entrada em funcionamento de qualquer curso de CET, Pós-Graduação,
Mestrado, etc., deve ser integrado uma listagem de todos os docentes/formadores a contratar (nome e
habilitações académicas) com o respetivo número de horas e valor a pagar (discriminando o custo/hora de
lecionação e o valor das deslocações se aplicável);
IV 5.17. O órgão legalmente competente autoriza o pagamento, assinando no carimbo “Autorizo o
pagamento” e devolve os processos à Tesouraria, para processamento do pagamento;
IV. 5.18. Os pagamentos a efetuar pela Tesouraria podem ser por dois meios:
Transferência Bancária (por regra);
Cheque (casos excecionais, devidamente fundamentados);
IV. 5.19. A Tesouraria aquando o pagamento, junta ao processo de despesa o documento comprovativo do
pagamento (cópia do cheque ou documento justificativo da transferência) e envia às entidades o
comprovativo como fez o pagamento;
IV. 5.20. A Tesouraria, imprime as notas de pagamento para juntar ao processo, arquiva por número de
Diário de Pagamento. O processo é arquivado com todos os documentos que conduziram ao registo de cada
uma das fases da execução orçamental nos SF.
IV. 6. Modelos
D04.1 – Proposta de Contrato de prestação de Serviços para Formação;
D04.2 – Proposta de Ajudas de Custo para comparticipação de alojamento e deslocações;
D04.3 – Minuta do Contrato;
D04.4 – Declaração de aceitação dos termos do contrato;
D04.5 – Ficha de Identificação do Formador;
D04.6 – Prestação de Serviços de Formação (Autorização de Pagamento).
113 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
Modelo D04.1 – Proposta de Contrato de Prestação de Serviços para Formação
PROPOSTA DE CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PARA FORMAÇÃO
Escola Superior de Gestão Escola Superior de Tecnologia
IDENTIFICAÇÃO DO CONTRATO
Não foi ultrapassado com a contraparte o montante anual de 5.000€ X
E (colocar um “x” no que se aplica)
Ação de formação não ultrapassa as 90 horas/ano
A UC a lecionar não tem duração superior a 3 meses
Palestra, Seminário, conferência ou curso breve com duração ≥ 5 horas
DESCRIÇÃO DO CONTRATO
(colocar um “x” no que se aplica)
MODALIDADE Tarefa
CONTRAPARTE
Pessoa singular
Pessoa coletiva
Sociedades unipessoais
OBJECTO DO CONTRATO Formação
IDENTIFICAÇÃO DA CONTRAPARTE3
Nome do formador:_____________________________________________________________________________
Ex-colaborador do IPCA: Sim/Não
Cônjuge de ex-colaborador do IPCA: Sim/Não
Parente ou afim em linha reta ou até 2.º grau da linha colateral de ex-colaborador do IPCA: Sim/Não
Pessoa que viva em economia comum com ex-colaborador do IPCA: Sim/Não
Docente com contrato ao abrigo do ECDESP: Sim/Não
DESCRIÇÃO DO OBJECTO DO CONTRATO
Os docentes da Escola Superior de Gestão (ESG) ou Escola Superior de Tecnologia (EST) têm uma
carga letiva completa. A ESG/EST vai lecionar cursos de especialização tecnológica/mestrado/outro,
existindo a necessidade da contratação da prestação de serviços no regime de tarefa para lecionar
parte das unidades curriculares.
O presente contrato tem como objeto a prestação de serviços para a lecionação de ações de
formação em unidade curricular com (indicar o número) horas. O trabalho a executar tem natureza
autónoma e o recurso à aquisição da prestação de serviços justifica-se pelo facto de ser menos
oneroso do que o recurso à aquisição de serviço docente através do regime de contrato de trabalho
em funções públicas nos termos do ECPDESP.
O presente contrato não tem duração superior a 3 meses, nem o número de horas de formação
ultrapassa as 90 horas.
3 Estes campos são de preenchimento obrigatório pelo que deverá ser assinalada a situação concreta
114 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
IDENTIFICAÇÃO DA AÇÃO DE FORMAÇÃO
(caso se aplique)
Curso e Edição Unidade Curricular Horas
totais
Local da
prestação
serviço
PERÍODO DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇO
Início: __/__/______ Termo: __/___/______
ESCOLHA DO PROCEDIMENTO
A escolha do procedimento da formação do contrato, nos termos do Código dos Contratos Públicos
(CCP), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 18/2008, de 29 de Janeiro e alterado pelo Decreto-Lei n.º 40/2011,
de 22 de Março, será o ajuste direto, regime simplificado, uma vez que a prestação de serviço é inferior
a 5.000,00€, nos termos dos artigos 17.º, 18.º, 20.º, n.º 1 al. a), 128.º e 129.º do CCP.
VALOR DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇO
Valor da prestação sem
IVA:_______________________€
Valor do
IVA:_________________€
Valor total com IVA:_______________€
Valor máximo das deslocações e alojamento a pagar: _____________________________€
Valor total a pagar:_________________________€
Anexos DECLARAÇÃO (1)
a) Minuta/Parecer da Ata do CTC
b) Currículo do Prestador de Serviços
c) Minuta Contrato
d) Certificado de Habilitações
e) Declaração de aceitação da minuta de
contrato
f) Ficha de identificação do formador
Declaro que os documentos referidos nas alíneas
a), b) e d) se encontram arquivados nos na
Escola Superior de
_______________________________________
O Diretor da ESG/EST
_______________________
(1)Em substituição da apresentação dos documentos referidos nas
alíneas a), b) e d).
115 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
Barcelos, _____________de _______________de 20 ,
O Diretor da ESG/EST
___________________________________________
SERVIÇOS FINANCEIROS
N.º de Cabimento
Fundos Disponíveis nos termos da lei n.º 8/2012, de 21
de Fevereiro
AUTORIZAÇÃO DO PRESIDENTE DO IPCA
Aprovado em / /2012
O Presidente do IPCA
_______________________________
(João Baptista da Costa Carvalho)
116 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
Modelo D04.2 – Proposta de Ajudas de Custo para comparticipação de alojamento e deslocações
117 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
Modelo D04.3 – Minuta do Contrato
MINUTA DE CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
(Cabimento n.º_______)
Aos -- dias de -- de 2012,
Entre
Instituto Politécnico do Cávado e do Ave, com o número de identificação fiscal 503 494 933, com sede na
Av. Dr. Sidónio Pais, n.º222, 4750-333 Barcelos, representado pelo seu Presidente, Prof. Doutor João Batista
da Costa Carvalho portador do Bilhete de Identidade n.º 3455865, emitido em 25 de janeiro de 2006, pelos
Serviços de Identificação Civil de Braga, nomeado pelo Despacho n.º 20557/2006 (2.ª série), Diário da
República, de 10 de outubro e adiante designado por Primeiro Outorgante,
e
--, portador do bilhete de identidade/cartão de cidadão n.º --, emitido pelos Serviços de Identificação de
Braga, residente na Rua --, contribuinte fiscal n.º--, adiante designado como Segundo Outorgante
Considerando
a) A decisão de adjudicação de --/--/2012 proferida pelo Presidente do Instituto Politécnico do Cávado
e do Ave;
b) O subsequente ato de aprovação da minuta do contrato que ocorreu em --/--/2012, praticado pelo
Presidente do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave;
c) A despesa inerente ao contrato será satisfeita por dotação orçamental na rubrica 02.02.15 –
Formação.
É celebrado o presente contrato, livremente e de boa-fé, para prestação de serviços em regime de tarefa ao
abrigo do artigo 35.º da Lei n.º 12-A/2008, de 27 de fevereiro e do disposto no Código dos Contratos
Públicos, que se rege pelas seguintes cláusulas:
CLÁUSULA 1ª
(Objeto)
1. O presente contrato tem por objeto a prestação, pelo segundo outorgante, da sua atividade como
formador, no âmbito do __________________(identificar o curso onde se insere a atividade formativa).
2. O presente contrato não confere a qualidade de trabalhador que exerce funções públicas.
CLÁUSULA 2ª
118 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
(Duração e Vigência)
1. A prestação referida na cláusula anterior tem a duração de ------- horas, decorrendo no local e nas datas
a indicar pelo primeiro outorgante ao segundo outorgante, produzindo efeitos entre --/--/2012 e --/--
/2012, para o início e termo da prestação, respetivamente.
2. Qualquer dos outorgantes poderá, no entanto, resolver o presente contrato por incumprimento de
alguma das cláusulas contratuais imputável ao outro outorgante, nos termos gerais de direito,
salvaguardando-se, porém, o disposto na cláusula 7ª.
CLÁUSULA 3ª
(Responsabilidade na execução do contrato)
1. No âmbito da execução do presente contrato, incumbe ao primeiro outorgante:
a) Colocar à disposição do segundo outorgante os meios necessários à concretização das atividades
para que foi contratado;
b) O pagamento da contraprestação monetária devida ao segundo outorgante pela realização da
atividade.
2. O segundo outorgante realizará a sua prestação de serviços, assegurando na sua execução zelo,
dedicação e boa colaboração com o primeiro outorgante e com os formandos, nomeadamente, ao nível
da :
a) Lecionação das -- horas de formação, de acordo com o horário estipulado;
b) Elaboração de material de apoio pedagógico à lecionação da referida formação;
c) Preparação e implementação de elementos que permitam avaliar os formandos.
CLÁUSULA 4ª
(Coordenação)
A coordenação da execução do presente contrato de prestação de serviços será assegurada pelo(a) Prof. --,
Diretor do Curso, da Escola Superior de do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave.
CLÁUSULA 5ª
(Custos e Condições de Pagamento)
1. O primeiro outorgante obriga-se a pagar ao segundo outorgante, pela aquisição de serviços objeto do
presente contrato, o valor de --------€ (------- euros), a que acresce IVA à taxa legal em vigor, nas
seguintes condições: no prazo de 30 dias.
2. O pagamento deverá obedecer ao disposto no art.º 19 da Lei n.º 55-A/2010, de 31 de Dezembro, em
conjugação com o disposto no art.º 26, da Lei n.º 64-B/2011, de 30 de Dezembro, referente a aplicação
da redução remuneratória, nos seguintes termos:
a) 3,5 % sobre o valor total das remunerações superiores a (euro) 1500 e inferiores a (euro) 2000;
119 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
b) 3,5 % sobre o valor de (euro) 2000 acrescido de 16 % sobre o valor da remuneração total que
exceda os (euro) 2000, perfazendo uma taxa global que varia entre 3,5 % e 10 %, no caso das
remunerações iguais ou superiores a (euro) 2000 até (euro) 4165;
c) 10 % sobre o valor total das remunerações superiores a (euro) 4165
3 O local da prestação de serviço é em Barcelos, no Campus do IPCA em Vila-Frescainha, e o valor é o
referido no número anterior, que inclui todas as deslocações e ajudas de custo.
4 O pagamento referido no número anterior deve efetivar-se no final da prestação de serviço e após a
entrega de cópia dos seguintes documentos:
a) Registo de assiduidade;
b) Registo de sumários;
c) Elementos de avaliação.
5 A emissão de recibo verde eletrónico/ato isolado deverá mencionar no campo “descrição” o n.º de
cabimento atribuído pelos Serviços Financeiros do IPCA.
CLÁUSULA 6ª (Propriedade)
Os resultados e trabalhos dos serviços prestados, objeto do presente contrato, considerar-se-ão, em todo o
seu conteúdo, propriedade do primeiro outorgante.
CLÁUSULA 7ª (Dever de Sigilo)
O segundo outorgante fica vinculado pelo dever de sigilo relativamente às informações de que venha a ter
conhecimento no âmbito da prestação dos serviços.
CLÁUSULA 8ª
(Resolução de Conflitos) 1 Os outorgantes comprometem-se a resolver entre si, quaisquer dúvidas, lacunas ou dificuldades de
interpretação que possam resultar da execução do presente contrato.
2 No caso de não ser possível, os outorgantes estipulam o foro do lugar da sede do primeiro outorgante em
caso de litígio resultante deste contrato.
CLÁUSULA 9ª
(Pareceres e Autorizações)
1. O presente contrato foi proposto pelo Diretor da Escola Superior de ____________ e a sua celebração
obedeceu às regras de contratação previstas na Lei e no Despacho (PR) n.º 31/2012, de 27 de Março e
120 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
teve parecer favorável do Conselho Técnico-científico da Escola Superior de ____________ datado de
___/____/___.
2. Conforme informação dos Serviços Financeiros do IPCA, o presente contrato tem o cabimento orçamental
n.º ______________ e compromisso n.º ______________________ e não excede os fundos
disponíveis referidos na alínea f) do artigo 3.º da Lei n.º 8/2012, de 21 de Fevereiro.
Os outorgantes aceitam o presente contrato, com todas as suas condições, das quais tomaram
conhecimento e a cujo cumprimento se obrigam nos termos neste expresso.
O presente contrato é redigido em duplicado, em 4 folhas, ficando cada outorgante na posse de um
exemplar.
Pelo Primeiro Outorgante
_______________________________
João Batista da Costa Carvalho
Segundo Outorgante
_________________________________
--
121 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
Modelo D04.4 – Declaração de aceitação dos termos do contrato
Declaração de aceitação dos termos do contrato
Nome do docente/formador4, _____________________, declara para os devidos efeitos legais que aceita os
termos do contrato de prestação de serviço em regime de tarefa/contrato de prestação de serviço docente
nos termos do ECDESP5 que lhe foi apresentado pela Escola Superior de ________________, do Instituto
Politécnico do Cávado e do Ave para lecionar a Unidade Curricular de ______________________ no período
de ___________ a __________________ no curso_________________________________.
_______, ____ de _______ de 201
O Formador
____________________________________
4 Selecionar o tipo de contrato a celebrar. Pode ser substituída pela apresentação de um outro documento (e-mail) a confirmar a aceitação dos termos de contratação propostos
5 Selecionar o tipo de contrato a celebrar antes de enviar ao prestador de serviço/docente a contratar
122 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
Modelo D04.5 – Ficha de Identificação do Formador
(Anexo III)
Identificação do Formador/Conferencista
Formador
Externo EST ESG
Nome: Nacionalidade: Habilitações Literárias
Endereço:
BI/CC Data de emissão Serviços de Identificação de Validade
NIF Nº Segurança Social Data de Nascimento
Telm: E-mail
Entidade Empregadora: Categoria Profissional:
Curso
Tipo Contrato
X Prestação Serviço Formação
Serviço passivo de IVA: Retenção de IRS: Apresentação de:
Sim taxa Sim taxa Recibo Verde
Não Não Acto Isolado
Outro: Qual?
Modalidade de pagamento: Cheque
Transferência bancária
NIB:
Nota:
FICHA IDENTIFICAÇÃO FORMADOR
Telef.
/ /
Não se aplica
U.C./Sem.N.º horas
Não se aplica
% %
Elementos necessários para se proceder ao pagamento da remuneração:
Observações
1 - entrega nos Serviços da Escola dos elementos ficha curricular da uc; registo assiduidade; registo de sumários; elementos de avaliação, inclusivé pautas, que fazem parte do dossier
pedagógico da uc
2 - apresentação de declarações não dividas, actualizadas, à segurança social e finanças
123 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
Modelo D04.6 – Prestação de Serviços de Formação(Autorização de Pagamento)
Escola Superior de Gestão Escola Superior de Tecnologia
CET Mestrado Curso de Pós-Graduação
Nom e
Data de In ício / / Data de Fim / /
de / / / /
Form ador In terno Form ador Externo
de / / / /
Dec laração
a) Cópia do registo de assiduidade
b) Cópia dos sumários
c) Cópia dos elementos de avaliação (enunciados de testes, pautas de avaliação)
d) Outros documentos julgados pertinentes para constar do processo da prestação de serviços
Diretor da ESG/EST: ____________________________
Confirmo que as pautas de avaliação foram rececionadas nos Serviços Académicos
Data : / / Responsável pelos Serv iços Académicos :
Processo em condições de autorização de pagamento.
Processo não se encontra em condições de autorização de pagamento pelo seguinte motivo:
Data : / / Responsável pelo GACI:
Nome do Formador
Unidade Curricular/Formação
N.º Total de Horas
C - Identif icação do Formador
F - Gabinete de Auditor ia e Controlo Interno
E - Serv iços Académicos
Local de Funcionam ento
até
D - Diretor da Escola
Valido a informação supra e declaro que se encontram arquivados no dossier pedagógico da unidade curricular os seguintes documentos:
Prestação de Serviços de Formação (autorização de pagamento)
atéN.º Total de Horas Lecionadas
A - Identif icação da Ação
B - Identif icação da Unidade Cur r icular /Formação
124 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
D05 – Despesas por Fundo de Maneio
IV. 1. Objetivo da norma
Estabelecer os métodos de controlo associados a constituição, reposição e reposição final de fundo de
maneio e despesas inferiores a 100 € (cem euros) pagas mediante fundo de maneio.
IV. 2. Campo de aplicação da norma
Aplica-se no processo constituição, reposição e reposição final dos fundos de maneio.
IV. 3. Princípios Gerais
IV. 3.1. Considera-se que o fundo de maneio é uma pequena-caixa para pagamentos de baixo montante,
urgentes e inadiáveis cuja movimentação é da exclusiva competência do responsável para o efeito;
IV. 3.2. Consideram-se de baixo montante as despesas de valor igual ou inferior a 100 € (cada despesa por
si só não poderá exceder este montante), nomeadamente:
a) Despesas com correspondência, que não possam ser incluídas na avença;
b) Despesas com combustível, nas situações em que o abastecimento não possa ser realizado em
posto convencionado;
c) Despesas com almoços e jantares (até ao limite máximo total por pessoa de € 17,50, IVA
incluído);
d) Despesas com material de manutenção (chaves, carimbos, lâmpadas, tomadas, cabos,
parafusos, vidros, etc);
e) Despesas com a organização de eventos e reuniões (arranjos de flores, água, café e bolachas);
f) Despesas de farmácia;
g) Despesas com jornais e revistas, que não possam ser adquiridas através de outro procedimento
(assinatura periódica);
IV. 3.3. As escolas e serviços do IPCA, a quem tenha sido atribuído fundo de maneio, têm que pagar as
despesas inferiores a 100 € por fundo de maneio, com exceção das despesas referidas no número seguinte;
IV. 3.4. Não poderão ser efetuados pagamentos por fundo de maneio relativos às seguintes despesas:
a) Ajudas de custo;
b) Recibos verdes;
c) Aquisições de bens duradouros sujeitos a inventário, incluindo livros;
d) Material diverso de valor superior a 100 € para o qual deverá seguir os procedimentos legais de
aquisição de bens e serviços;
125 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
e) Toda e qualquer despesa que não se enquadre no princípio que regula a atribuição do fundo de
maneio, a saber, inadiável e urgente;
f) Aquisições com AQ em vigor;
IV. 3.5. Deve ser elaborada uma folha de caixa onde se regista o saldo inicial e os diferentes gastos que vão
sendo justificados e as subsequentes reposições;
IV. 3.6. Os responsáveis pelos fundos de maneio respondem pelo cumprimento das formalidades legais
aplicáveis à realização das despesas ali incluídas bem como pelo respetivo pagamento;
IV. 3.7. Compete ao Presidente do IPCA a definição anual de um valor máximo a atribuir como fundo de
maneio, para cada escola ou serviço.
IV. 4. Fases
O FM percorre três fases:
a) Constituição:
No início do ano económico com base na legislação em vigor é constituído o FM em nome
do responsável pelo fundo;
b) Reconstituição:
De acordo com as necessidades de serviço procede-se à reconstituição mensal do FM com
base nas despesas já efetuadas através do seu registo contabilístico;
c) Liquidação:
No prazo fixado anualmente no Decreto-Lei de Execução Orçamental, procede-se à
liquidação do FM;
Segundo o n.º 1 do artigo15.º do Decreto-lei nº 41/2008, esse valor não pode ultrapassar um
duodécimo da dotação do respetivo orçamento.
IV. 5. Procedimentos
IV. 5.1. Constituição
IV. 5.1.1. O requerimento de constituição deve ser apresentado até 20 de Janeiro de cada ano económico
através do modelo (MD05.1);
IV. 5.1.2. Após publicitação do Decreto - lei de execução orçamental, o Presidente do IPCA delibera e
informa da autorização de constituição do FM;
IV. 5.1.3. Após a deliberação de autorização de constituição do FM, o impresso (MD05.1) com o despacho
do Presidente do Instituto segue para a Tesouraria;
IV. 5.1.4. A Tesouraria emite o cheque, endossado ao responsável, pelo valor atribuído. O cheque
devidamente assinado e autenticado com selo branco segue para o responsável pelo fundo através do
126 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
correio interno, que deverá ser levantado de imediato, constituindo deste modo um valor em caixa, sobre a
responsabilidade do seu titular.
IV. 5.2. Reposição
IV. 5.2.1. Os FM devem ser regularizados mensalmente, até ao dia 6 do mês seguinte;
IV. 5.2.2. A reposição deve ser feita com base no mapa de reposição de FM que deverá acompanhar o
conjunto dos documentos de despesa;
IV. 5.2.3. A Tesouraria emite o cheque, endossado ao responsável, pelo valor de reposição. O cheque
devidamente assinado e autenticado com selo branco segue para o responsável pelo fundo através do
correio interno, que deverá ser levantado de imediato, constituindo deste modo um valor em caixa, sendo da
responsabilidade do seu titular;
IV. 5.2.4. Princípios relativamente à reposição de FM:
a) Todos os pedidos de reposição de FM carecem de uma autorização de despesa, que deverá ser
dada por quem tem competência para tal, ou então a quem o responsável tenha delegado;
b) A reposição do FM não deverá incluir documentos com datas anteriores à última reposição;
c) Os documentos de suporte terão de ser obrigatoriamente vendas a dinheiro, faturas/recibos e
faturas acompanhadas do respetivo recibo e devidamente discriminadas com o tipo de bens
adquiridos (tipo de despesa);
d) Todos os documentos devem estar devidamente autorizados e assinados pelo responsável que
deverá indicar porque foi efetuada a despesa;
e) Não poderá ser feita uma reposição periódica de FM superior ao FM atribuído inicialmente;
IV. 5.2.5. Caso o valor de despesa não atinja 30% do montante do FM atribuído, a Tesouraria pode optar
por apenas repor o FM no mês seguinte;
IV. 5.2.6. A reconstituição do FM é efetuada por cheque nominativo à pessoa responsável;
IV. 5.2.7. Todos os documentos de despesa apresentados pelo responsável do FM, cuja natureza não se
enquadre na definição de despesa de FM, ou o documento não obedeça às regras contabilísticas e fiscais
em vigor, não serão pagos.
IV. 5.3. Reposição final
IV. 5.3.1. Os FM devem ser depositados na conta n.º 0035 0135 00077863431 07 pelo responsável até 22
de Dezembro de cada ano económico, devendo os documentos de despesa e respetivo comprovativo de
depósito, dar entrada na contabilidade até dia 5 do mês seguinte;
IV. 5.3.2. O FM a repor no final do ano económico deve ser igual ao FM atribuído inicialmente. Esta
reposição poderá ser feita através de numerário, documentos de despesa ou ambos e deve ser efetuada
utilizando o mapa de reposição de FM;
127 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
IV. 5.3.3. Caso não haja documentos de despesas, o numerário que constituem o FM inicial ou a sua
diferença devem ser entregues na Tesouraria, que procederá ao seu depósito. Desta forma o talão de
depósito deverá igualar a reposição do FM inicial.
IV. 6. Prestação anual de contas
Devem ser elaborados pelo SF, os mapas de FM, conforme modelo apresentado nas Instruções nº 1/2004,
de 14 de Fevereiro, do Tribunal de Contas.
IV. 7. Contabilização
A contabilidade procede aos seguintes registos, sendo considerada uma operação de tesouraria até ao
momento da entrega de documentos de despesa:
Débito Credito
Pela Constituição 118 – Fundo maneio 121 – Depósito à ordem
Pelo processamento e reposição
023 XX XX XX - Dotações disponíveis 026 XX XX XX - Cabimentos
026 XX XX XX - Cabimentos 027 XX XX XX - Compromissos
622 – Fornecimento e serviços 26892 Credores diversos (Fundo maneio)
26892 - Credores diversos (fundo maneio)
2521 XX XX XX - Orçamento do exercício - fornecimentos e serviços
2521 XX XX XX - Orçamento do exercício - fornecimentos e serviços
121 – Depósito à ordem
Pela restituição no final do ano
Documentos de despesa
023 XX XX XX - Dotações disponíveis 026 XX XX XX - Cabimentos
026 XX XX XX - Cabimentos 027 XX XX XX - Compromissos
622 – Fornecimento e serviços 26892 - Credores diversos (fundo maneio)
26892 - Credores diversos (fundo maneio)
2521 XX XX XX - Orçamento do exercício - fornecimentos e serviços
2521 XX XX XX - Orçamento do exercício - fornecimentos e serviços
118 – Fundo maneio
em numerário
121 – Depósito à ordem 118 – Fundo maneio
XX XX XX – classificação económica respetiva
IV. 8. Constituição e Responsabilização
No início de cada ano civil são fixados os montantes do FM, bem como os responsáveis pelo mesmo, através
de Despacho (PR).
IV. 9. Modelos
D05.1 – Constituição de Fundo de Maneio;
D05.2 – Mapa de Fundo de Maneio.
128 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
Modelo D05.1 – Constituição Fundo de Maneio
Constituição de Fundo de Maneio
Exmo. Senhor
Presidente do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave
Nome: Escola / Serviço:
Vem por este meio solicitar a V. Exa. a constituição do fundo de maneio para o ano de ____, no montante de
_____ euros, conforme regulamento, para fazer face a pequenas despesas de carácter urgente e inadiável.
O responsável do fundo de maneio é___________________________, com a
categoria___________________________________.
O Responsável pelo Serviço,
Data: ___/ ___ /_____ Assinatura: __________________________________________________
Parecer do Administrador
Autorização do Presidente
Data __/__/____
Assinatura: ________________________________
Data __/__/____
Assinatura: ________________________________
129 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
Modelo D05.2 – Mapa de Fundo de Maneio
Mapa de Fundo de Maneio
Escola / Serviço: Montante atribuído:___________ Euros
Mês: ____________ de 20___
Dia/Mês Nº Documento
Despesas
Designação Descritivo Valor [€] Justificação da despesa *
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
Total (B)
Montante Existente (A) Total da Despesa (A) Saldo Final (A-B)
Data: / / € Data: : / / € Data: / / €
O Responsável do Fundo Maneio,
Data: / / Assinatura:____________________________________
Nota: O Impresso é remetido aos SC até dia 7.
Contabilidade Tesouraria
Visto
Em: / /
Reconstituição
Em: / / Valor €
Por: Cheque n.º
Banco
* Manual de Controlo Interno – D05 – Despesas por Fundo Maneio – alínea d) do n.º 5.2.4.- Todos os documentos devem estar devidamente autorizados e assinados pelo responsável que deverá indicar porque foi efetuada a despesa.
130 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
D06 – Subsídios
IV. 1. Objetivo da norma
Estabelecer os métodos de controlo associados à atribuição de apoios financeiros pelo IPCA, nomeadamente
Associação de Estudantes e outros grupos académicos do IPCA.
IV. 2. Campo de Aplicação
O Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior (RJIES), aprovado pela Lei n.º 62/2007, de 10 de
Setembro, no seu artigo 21.º, refere que as Instituições de Ensino Superior devem “estimular actividades
artísticas, culturais e científicas e promover espaços de experimentação e de apoio ao desenvolvimento de
competências extracurriculares, nomeadamente de participação colectiva e social.”.
O âmbito de atribuição de apoios financeiros a entidades, visam a melhoria e a contribuição para o
desenvolvimento sustentável da Instituição.
IV. 3. Requisitos substanciais
Fundamentação no interesse público, conforme o artigo 4.º do Decreto-lei n.º 442/91, de 15 de
Novembro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 6/96, de 31 de Janeiro, formula o princípio da prossecução
do interesse público.6;
Respeito pelos princípios da transparência, da concorrência e da imparcialidade, conforme o artigo
13.º da Lei n.º 18/2003, de 11 de Junho 7;
Existência de cabimento e fundo disponível na conta SAS.
IV. 4. Requisitos formais
Os subsídios a conceder a entidades, deverão revestir a forma de contrato-programa ou de protocolo, no
qual é obrigatoriamente deve constar:
a) Identificação completa da entidade;
b) Os objetivos;
6 “Artigo 4.º Princípio da prossecução do interesse público e da protecção dos direitos e interesses dos cidadãos - Compete aos órgãos administrativos prosseguir o interesse público, no respeito pelos direitos e interesses legalmente protegidos dos cidadãos.” 7 “Artigo 13.º Auxílios de Estado - 1 — Os auxílios a empresas concedidos por um Estado ou qualquer outro ente público não devem restringir ou afectar de forma significativa a concorrência no todo ou em parte do mercado. 2 — A pedido de qualquer interessado, a Autoridade pode analisar qualquer auxílio ou projecto de auxílio e formular ao Governo as recomendações que entenda necessárias para eliminar os efeitos negativos desse auxílio sobre a concorrência. 3 — Para efeitos do disposto no presente artigo, não se consideram auxílios as indemnizações compensatórias, qualquer que seja a forma que revistam, concedidas pelo Estado como contrapartida da prestação de um serviço público.
131 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
c) As finalidades específicas;
d) As modalidades e formas de auxílio (com quantificação da respetiva despesa, que ao abrigo do
disposto no artigo 22.º do Decreto-Lei n.º 155/92, de 28 de Julho, só poderá ser autorizada quando
devidamente inscrita, classificada e cabimentada);
e) A forma de avaliação dos resultados alcançados (através da apresentação de um relatório
financeiro, de atividades desenvolvidas ou de mera informação da consumação dos objetivos
pretendidos).
IV. 5. Autorização e Publicitação
a) Os apoios financeiros a conceder carecem de autorização do Presidente do IPCA e parecer do
diretor dos SAS;
b) Os apoios financeiros são objeto de publicitação, em conformidade com a Lei n.º 26/94, de 19 de
Agosto, pelo serviço a designar pelo Presidente do IPCA e diretor dos SAS;
c) Em nenhuma circunstância será autorizado financiamento de atividades já realizadas.
IV. 6. Procedimentos
a) A associação ou outro grupo académico quando solicita um subsídio, o mesmo deve ser
obrigatoriamente acompanhado de justificação, atividades a desenvolver, calendário e orçamento;
b) O Diretor dos SAS emitem parecer;
c) O responsável pelos SF informa da existência ou não de cabimento e compromisso, que deve
ocorrer em regra, pelo menos três meses antes da data prevista do pagamento;
d) O Conselho de Gestão ou Presidente do IPCA autoriza/não autoriza a despesa;
e) O Diretor dos SAS informa a entidade do Despacho;
f) Os pedidos de pagamento são obrigatoriamente acompanhados de relatório e comprovativos de
despesa.
132 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
IV. 3.3. Operações de receitas
IV. 3.3.1. Objectivo da norma
Estabelecer os métodos de controlo associados à arrecadação de receitas.
IV. 3.3.2. Serviços que geram receita
IV. 3.3.2.1. Existem vários Serviços do IPCA geradores de receitas, designadamente os que se apresentam
no quadro seguinte onde também se identificam os momentos de liquidação e cobrança:
UO/Serviços Tipo de receita Momentos Postos de
cobrança Liquidação Cobrança
SA
Propinas Data da matrícula Data de pagamento
Delegação da Tesouraria no
Campus
Taxas de candidaturas; inscrição/matrícula, exames, reclamações, recurso, melhoria nota, equivalências/creditações; registo de reconhecimentos de graus estrangeiros, multas;
Data da matrícula/inscrição e requerimento
Data da matrícula/inscrição
Certificados/certidões; diplomas/cartas de curso
Data da matrícula/inscrição e requerimento
Data da matrícula/inscrição
Seguro escolar Data da matrícula/inscrição Data da matrícula/inscrição
Juros de propinas Último dia de cada mês em dívida
Data de pagamento
Biblioteca Multas Data de entrega do livro Data de entrega do livro
Tesouraria do
Campus
Cartões de Fotocopias Data da aquisição Data da aquisição
Carregamento de plafond de senhas de refeição
Data de carregamento Data de carregamento
Taxas de Candidatura a Mestrados, Pós-Graduações e CET’s
Data da candidatura Data da candidatura
Inscrição em Seminários, Congressos, Palestras, Conferências e Cursos livres
Data da inscrição Data da inscrição
Centros de Investigação, Comissões de Eventos
Prestações de serviços Documento específico (Fatura)
Data da transferência Bancária
Tesouraria
SC
Inscrição em Seminários, Congressos, Palestras, Conferências
Data da inscrição Data da inscrição
Patrocínios Documento específico (Fatura)
Data da transferência Bancária
Serviços centrais
Provenientes de financiamento: OE e PIDDAC
Data do envio do PLC Data da transferência Bancária
Provenientes de financiamento: PROTEC, FCT, FSE e outros
Data aceitação do projeto Data da transferência Bancária
Juros Data do movimento Data do movimento
Rendas de concessão de espaços Contrato Data da transferência Bancária/ Cheques
IV. 3.3.2.2. Na liquidação é obrigatório a emissão de uma fatura ou documento equivalente autorizado pelo
órgão competente.
IV. 3.3.2.3. Compete ao SF:
a) A emissão de faturas e faturas/recibos ou envio de software fiscalmente aceite às diferentes
unidades ou serviços;
133 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
b) Informar dos serviços que devem liquidar IVA, quando este for legalmente devido;
IV. 3.3.2.4. Compete às unidades ou serviços referidos em 3.3.2.1. a liquidação das receitas, nomeadamente
cálculo do valor, data limite de cobrança, informação ao cliente, aluno ou utente;
IV. 3.3.2.5. Compete ainda às unidades referidas em 3.3.2.1. informar os SF das faturas ou documentos
equivalentes emitidos devendo referir:
a) Unidade ou Serviço;
b) Tipo receita;
c) Nome do estudante e curso no caso de cobrança de propinas.
IV. 3.3.3. Meios de cobrança e postos de cobrança
IV. 3.3.3.1. Os meios de pagamento são:
a) Compras e Serviços (pagamentos via SIBS)
b) Multibanco;
c) Transferência bancária;
d) Numerário;
e) Cheque;
IV. 3.3.3.2. Compete aos serviços ou unidades referidas em 3.3.2.1. verificar as cobranças efetuadas via
SIBS, multibanco ou transferência bancária;
IV. 3.3.3.3. Qualquer pagamento a efetuar, de acordo com o inscrito no ponto 3.3.3.1., é obrigatoriamente
efetuado na delegação da tesouraria no campus do IPCA, com a exceção das receitas referenciadas nos
Serviços Centrais.
IV. 3.3.4. Tabela de emolumentos
IV. 3.3.4.1. A tabela de emolumentos e taxa a aplicar na arrecadação da receita é aprovada através de
Despacho (PR) anualmente, afixada no site do IPCA;
IV. 3.3.4.2. O valor das propinas é fixado pelo órgão legalmente competente, divulgado por Despacho (PR) e
afixados no sítio do IPCA;
IV. 3.3.4.3. São também fixados pelo órgão legalmente competente:
a) O valor das multas, por proposta do responsável dos SA e Biblioteca, de acordo com a legislação
aplicável;
b) O valor do seguro escolar, por proposta do Diretor dos SAS, de acordo com a legislação aplicável;
c) O valor das senhas de refeição, por proposta do Diretor do SAS, de acordo com a legislação
aplicável.
134 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
IV. 3.3.5. Entrega da Receita
IV. 3.3.5.1. As unidades ou serviços entregam semanalmente lista das cobranças por SIBS, Multibanco ou
transferência bancária devendo referir:
a) Unidade ou serviço;
b) Tipo de receita;
c) Nome do estudante e curso no caso de cobrança de propinas;
IV. 3.3.5.2. A delegação da Tesouraria no Campus do IPCA remete, diariamente, os documentos relativos à
receita cobrada no dia seguinte com o comprovativo do depósito diário do numerário e do depósito dos
cheques, assim como os duplicados dos recibos emitidos, devendo ainda informar:
a) Unidade ou serviço;
b) Tipo de receita;
c) Nome do estudante e curso no caso de cobrança de propinas;
IV. 3.3.5.3. O depósito das receitas cobradas é da responsabilidade da delegação da Tesouraria no campus
do IPCA.
IV. 3.3.6. Registo contabilístico
IV. 3.3.6.1. A fase de lançamento da receita na aplicação informática envolve duas fases: a liquidação e a
cobrança da receita;
a) A “liquidação da receita” tem subjacente a classificação na contabilidade orçamental
(classificação da receita em rubrica da classificação económica de receitas). Após a execução
desta tarefa, a aplicação informática gera os movimentos contabilísticos, após a seleção dos
respetivos artigos;
b) A execução da tarefa “cobrança de receitas” tem subjacente o registo do recebimento de fundos
de tesouraria. Em função das equivalências com as contas bancárias e as contas do plano de
contas, a aplicação informática gera automaticamente os movimentos contabilísticos adequados
a serem registados na classe 1 (disponibilidades) e 2 (terceiros), incluindo os movimentos nas
sub contas 25 (devedores pela execução do orçamento).
IV. 3.3.6.2. Compete aos SF o registo contabilístico da receita, de acordo com o seguinte quadro:
Patrimonial Analítica
Débito Crédito Crédito
Liquidação Classe 2 Classe 7 ou
conta 27 Classe 9
Cobrança Classe 1
Conta 25
Classe 2
Conta 25 ---
IV. 3.3.6.3. Serão considerados proveitos diferidos:
a) As receitas de propinas correspondentes a:
135 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
Valor a cobrar x n.º de meses de formação no ano n+1 n.º de meses de formação
b) As receitas de capital ou PIDDAC correspondentes na sua totalidade, com excepção do valor
previsto de amortização (desvalorização) do bem no ano N.
IV. 3.3.7. Arquivo do processo de arrecadação da receita
O processo físico constituído pelos elementos que deram origem à arrecadação da receita, bem como os
duplicados dos recibos, faturas/recibos devem ser arquivado nos SF por Diário de receitas e por data de
recebimento.
IV. 3.3.8. Controlo de Receita
IV. 3.3.8.1. Compete aos serviços que liquidam as receitas o cumprimento destas normas, e informar os
clientes, alunos e utentes, preferencialmente via e-mail;
IV. 3.3.8.2. O GACI deve elaborar pelo menos uma auditoria por ano a cada unidade ou serviços responsável
por liquidar receitas;
IV. 3.3.8.3. Nos locais de atendimento ao público, onde, habitualmente, se façam cobranças, deve ser
afixada, em local bem visível, a seguinte informação “Por toda e qualquer importância entregue é obrigatória
a exigência do respectivo recibo.” Independentemente da exigência ou não, do recibo, por parte de quem
paga, este documento deve ser emitido sempre que se efetuem cobranças.
IV. 3.4. Regras gerais de controlo da Tesouraria
IV. 3.4.1. As funções da Tesouraria radicam na salvaguarda dos valores à sua guarda, devendo ter em
atenção no seu controlo:
a) Segregação de funções: adequada segregação, sempre que possível;
b) Saídas e entradas de valores: todas as saídas e entradas de valores devem estar devidamente
documentadas e serem devidamente contabilizadas;
c) Movimentos de caixa e pagamentos a dinheiro: reduzido ao indispensável, privilegiando-se o
movimentos por bancos (cheques, transferências, ordens de pagamento, etc);
d) Numeração de cheques e transferências: cheques e transferências bancárias devem ser registados
sequencialmente;
e) Contagens físicas: devem ser efetuadas contagens físicas dos valores disponíveis em cofre, por
colaboradores independentes à Tesouraria;
f) Requisitos de pagamento por cheques: os cheques são nominativos, cruzados, assinados na
presença dos documentos a pagar, aos quais será aposto o carimbo de PAGO com indicação do
meio utilizado;
g) Cheques não utilizados: devem estar à guarda da Tesouraria, em lugar seguro;
136 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
h) Cheques nulos: os cheques anulados devem ser arquivados depois de se lhe destruírem as
assinaturas, no caso do mesmo já estar assinado, devendo ser escrito “ anulado”(a vermelho);
i) Cheque em trânsito: proceder ao respetivo cancelamento junto do banco decorridos que sejam seis
meses, contados do termo do prazo de apresentação e regularização contabilística, de acordo com
o artigo 52.º da Lei Uniforme do Cheque. A Tesouraria verificando que um cheque se encontra em
transito à pelo menos três meses deve contactar o portador do mesmo por carta ou e-mail
reportando a situação;
j) Não compensação: os cheques não podem ser compensados com os recebimentos (recebimentos
têm de ser integralmente depositados);
k) Depósitos: todos os valores recebidos devem ser diária e integralmente depositados, sendo o
movimento registado diariamente. Ao talão de depósito deverão ser anexos cópias dos recibos
emitidos ou documento equivalente;
l) Acesso: o acesso aos meios de pagamento deve ser restrito ao tesoureiro e a quem mais o órgão
legalmente competente designar;
m) Abertura de contas bancárias: sujeita a prévia deliberação do órgão legalmente competente,
tituladas pela entidade obrigatoriamente por dois elementos, sendo assinatura obrigatória do
Presidente, respeitando obrigatoriamente o Princípio da Unidade da Tesouraria;
n) Encerramento de contas bancárias: sujeita a prévia deliberação do órgão competente mediante
proposta da tesouraria de contas tituladas pela entidade, não movimentadas, desde que todos os
recebimentos ou reembolsos afetos às mesmas estejam concluídos
IV. 3.5. Abono para falhas
IV. 3.5.1. Têm direito a um suplemento remuneratório designado "abono para falhas" os trabalhadores que
manuseiem ou tenham à sua guarda, nas áreas de tesouraria ou cobrança, valores, numerário, títulos ou
documentos, sendo por eles responsáveis;
IV. 3.5.2. O direito a "abono para falhas" pode ser reconhecido a mais de um trabalhador por cada órgão ou
serviço, quando a atividade de manuseamento ou guarda referida no primeiro parágrafo abranja diferentes
postos de trabalho;
IV. 3.5.3. Os trabalhadores que têm direito a "abono para falhas", são determinadas por despacho do
Presidente do IPCA;
IV. 3.5.4. O montante pecuniário do "abono para falhas" é fixado por portaria;
IV. 3.5.5. O abono para falhas, sendo um suplemento remuneratório, constitui uma das prestações
pecuniárias que, nos termos da alínea a) do n.º 4 do artigo 19.º da Lei n.º 55-A/2010, de 31 de Dezembro,
integram as remunerações totais ilíquidas mensais sujeitas a redução remuneratória.
137 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
IV. 4. Contabilidade Patrimonial
IV. 4.1. Princípios gerais
Todos os documentos contabilísticos são registados pelas contas do plano oficial de contabilidade
pública, POC – Educação, sendo as contas que integram as classes 1 a 5 referentes a contas do
balanço, e as classes 6, 7 e 8 às contas de custos, proveitos e resultados. A classe 9 analítica, destina-se
ao sistema de Contabilidade de Custos.
IV. 4.2. Bancos e Caixa
a) Por regra não é permitido a existência de valores em caixa, expeto Fundo de Maneio;
b) No final de cada ano económico faz-se a circularização dos saldos bancários (preparação de um
ofício para cada uma das instituições financeiras, as quais devem ser assinadas por quem tenha
poderes suficientes para obrigar a Entidade);
c) A abertura e encerramento de contas bancárias é sujeita a prévia deliberação do órgão legalmente
competente;
d) As contas bancárias são tituladas pela entidade e movimentadas obrigatoriamente, por dois
elementos, sendo obrigatória, a assinatura do Presidente do IPCA;
e) Todos os cheques são cruzados;
f) Os cheques são assinados na presença dos respetivos documentos de suporte, previamente
conferidos devendo a primeira pessoa que assina verificar, rubricando, a concordância do valor e
do beneficiário;
g) Os cheques em branco encontram-se à guarda do Tesoureiro em lugar seguro;
h) Os cheques já emitidos mas que, por qualquer motivo, foram anulados, encontram-se arquivados
depois de se lhe destruírem as assinaturas, no caso de o mesmo já estar assinado;
i) Findo o período de validade dos cheques em trânsito, procede-se ao respetivo cancelamento junto
à instituição bancária, efetuando-se os necessários registos contabilísticos de regularização.
j) Para controlo das contas bancárias são elaboradas as reconciliações bancárias, por pessoal afeto
aos SF que não tenham acesso à conta corrente, respeitando, desta forma a segregação de
funções. O modelo adotado é preconizado nas instruções do Tribunal de Contas;
IV. 4.3. Dívidas a receber
a) O controlo das dívidas a receber é feito mensalmente pelos Serviços Financeiros, e consiste na
confrontação entre o balancete da aplicação da contabilidade e o balancete da aplicação de
gestão de Tesouraria;
b) No registo das receitas a contabilização, como proveito do exercício deve ter-se em conta o
princípio da especialização dos exercícios;
138 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
c) Compete aos SF:
i. Elaborar mensalmente a relação de dívidas (contendo o n.º da fatura, valor em dívida,
nome do devedor, etc.) com base nas diversas faturas e recibos;
ii. Averiguar mensalmente se os saldos introduzidos nas contas dispostas pelo programa
informático de contabilidade, correspondem aos valores determinados pelo documento
elaborado na aplicação de Tesouraria;
iii. Elaborar em Janeiro do ano seguinte a circularização de dívidas a receber (preparação
de um ofício para cada um dos clientes selecionados pelo Fiscal Único, o qual deverá
ser acompanhada de um impresso-resposta e de um envelope devidamente selado);
iv. Com base nas decomposições dos saldos das contas correntes, elaborar,
semestralmente, um balancete por antiguidades, permitindo:
Detetar os clientes que se vão atrasando nos pagamentos;
O planeamento do fluxo de recebimentos a curto prazo;
v. Determinar anualmente o valor de dívidas de cobrança duvidosa e do cálculo da
provisão para cobrança duvidosas;
IV. 4.4. Dívidas a pagar
a) O controlo das dívidas a pagar é feito mensalmente pelos SF, e consiste na confrontação entre o
balancete da aplicação da contabilidade e o balancete da aplicação de gestão de tesouraria;
b) Compete aos SF:
i. Elaborar mensalmente uma relação das dívidas a pagar (contendo o n.º da fatura, valor em
dívida, nome do fornecedor ou outro credor, etc.);
ii. Averiguar mensalmente se os saldos introduzidos nas contas dispostas pelo programa
informático de contabilidade, correspondem aos valores determinados pelo documento
elaborado na aplicação de tesouraria;
iii. Informar o Presidente do IPCA de dívidas superiores a 60 dias.
IV. 4.5. Existências
a) O IPCA deve possuir apenas um stock mínimo de consumíveis de escritório, pelo que qualquer
aquisição deste tipo de bens deve ser registada como um custo;
b) No entanto, caso a existência final a 31 de Dezembro seja materialmente relevante, deve efetuar o
ajustamento transferindo o custo do exercício para custo diferido existências (classe 3);
c) Considera-se materialmente relevante aquisições cujo stock é superior a 30% do valor total das
compras anuais do bem.
139 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
IV. 4.6. IVA
a) O IPCA é um sujeito passivo misto porque desenvolve:
i. Operações isentas que não conferem o direito de dedução do imposto (isenção simples),
nomeadamente as referentes à atividade escolar propriamente dita, ou seja as
respeitantes ao ensino;
ii. Operações tributáveis que conferem direito à dedução de imposto, nomeadamente a
prestação de serviços;
b) A periodicidade para a entrega periódica do IVA depende do enquadramento do Instituto tendo em
conta o limite do volume de negócios:
i. Até 500 000 euros - trimestral;
ii. Superior a 500 000 euros - mensal;
c) O tratamento contabilístico do IVA deverá seguir as instruções emanadas pelas circulares da
DGO;
d) Compete aos SF informar as diferentes unidades ou serviços que liquidam receitas, se a receita
está ou não isenta de IVA;
e) Compete aos SF propor ao órgão legalmente competente a opção pela afetação real ou pelo pró-
rata;
f) Compete aos SF o apuramento do IVA, bem como o preenchimento das declarações obrigatórias;
g) O IPCA utiliza obrigatoriamente a conta “IVA SUPORTADO”, transferindo mensalmente para
custos o “IVA SUPORTADO” não dedutível e para “IVA DEDUTIVEL” o “IVA SUPORTADO”
dedutível.
IV. 4.7. IRS
a) O IRS dos colaboradores dependentes é processado pelos RH em simultâneo com o
processamento de salário, observando o estipulado na tabela de retenção de IRS publicada
anualmente em DR. Os RH efetuam as declarações anuais de rendimentos dos colaboradores
dependentes, e anualmente elaboram o “Modelo 10” a entregar ao Ministério das Finanças no
prazo estipulado no ordenamento jurídico;
b) O IRS dos colaboradores independentes é retido pelos SF, caso exista, tem de ser acionada até
ao prazo para entrega do imposto retido nos cofres do Estado, ou seja, até ao dia 20 do mês
seguinte, tendo em conta a taxa indicada no documento legalmente exigido entregue pelo
prestador do serviço. A declaração anual deste tipo de rendimentos é efetuada pelos SF;
c) A retenção de IRS das rendas é da responsabilidade dos SF, sendo entregue nos cofres do
Estado até ao dia 20 do mês seguinte.
140 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
IV. 5. Garantias e cauções
IV. 5.1. Objetivo da norma
Identificação e registo das operações relativas às garantias e cauções.
IV. 5.2. Campo de aplicação da norma
Aplica-se nas operações de tesouraria (Contabilidade Orçamental), de fornecedores e de Bancos
(Contabilidade patrimonial).
IV. 5.3. Procedimentos
IV 5.3.1. São consideradas operações de tesouraria, nomeadamente:
a) Os descontos em abonos;
b) As garantias e cauções recebidas em dinheiro, ou transferidas para uma conta do IPCA criada
para o efeito;
c) Os descontos relativos a Impostos ou Taxas retidas e a entregar ao Estado, com exceção do
IVA;
d) Outras operações de tesouraria.
IV. 5.4. Garantias e Cauções
IV. 5.4.1. No caso de contratos que impliquem o pagamento de um preço pela entidade adjudicante,
deve ser exigida ao adjudicatário a prestação de uma caução destinada a garantir a sua celebração, bem
como o exato e pontual cumprimento de todas as obrigações legais e contratuais que assume com essa
celebração;
IV. 5.4.2. É exigível obrigatoriamente a prestação de caução:
a) Quando o preço contratual igual ou superior a € 200 000;
b) Em serviço de Arquitetura e Fiscalização de Obras;
c) Em serviço de exploração de bar e cantina;
d) Em serviço de limpeza, vigilância e contratos de manutenção superiores a 1 ano.
IV. 5.4.3. Quando, no caso previsto no número anterior, não tenha sido exigida a prestação de caução,
pode a entidade adjudicante, se o considerar conveniente, proceder à retenção de até 10 % do valor dos
pagamentos a efetuar, desde que tal faculdade seja prevista no caderno de encargos;
IV. 5.4.4. O valor da caução é de 5 % do preço contratual;
IV. 5.4.5. Quando o preço total resultante da proposta adjudicada seja considerado anormalmente
baixo, o valor da caução a prestar pelo adjudicatário é de 10 % do preço contratual;
141 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
IV. 5.4.6. Quando, em contratos que não impliquem o pagamento de um preço pela entidade
adjudicante, for exigida a prestação de caução, o valor desta não pode ser superior a 2 % do montante
correspondente à utilidade económica imediata do contrato para a entidade adjudicante;
IV. 5.4.7. As cauções podem ser prestadas mediante depósito em dinheiro ou em títulos, ou mediante
garantia bancária ou seguro caução;
IV. 5.4.8. Em caso de depósito do montante da caução em conta à ordem do IPCA, o comprovativo do
depósito fica arquivado nos SF, que registará nas contas de ordem e promoverá a sua liberação nos
termos previstos no contrato e no artigo 295.º do CCP;
IV. 5.4.9. Em caso de entrega de uma Garantia Bancária, que é emitida por uma instituição financeira
(normalmente um banco), e que permite ao IPCA, em caso de incumprimento do fornecedor exigir junto
da instituição financeira o montante da garantia, o comprovativo da garantia fica arquivado nos SF, que
registará e promoverá a sua liberação nos termos previstos no contrato e no artigo 295.º do CCP;
IV. 5.4.10. No caso dos contratos de empreitadas de obras públicas, os SF, para reforço da caução
prestada com vista a garantir o exato e pontual cumprimento das obrigações contratuais, deduzem às
importâncias que o empreiteiro tiver a receber em cada um dos pagamentos parciais previstos o
montante correspondente a 5 % desse pagamento, salvo se o contrato fixar percentagem inferior ou
dispensar tal dedução. A dedução pode ser substituída por títulos emitidos ou garantidos pelo Estado, por
garantia bancária à primeira solicitação ou por seguro--caução, nos mesmos termos estabelecidos para a
caução destinada a garantir o exato e pontual cumprimento das obrigações contratuais;
IV. 5.4.11. Os montantes deduzidos são depositados em contas bancárias específicas, com a
identificação de cada contrato de empreitada de obras públicas;
IV. 5.4.12. As cauções prestadas pelo cocontratante podem ser executadas pelo IPCA, mediante decisão
do Presidente do IPCA, sem necessidade de prévia decisão judicial ou arbitral, para satisfação de
quaisquer importâncias que se mostrem devidas por força do não cumprimento por aquele das
obrigações legais ou contratuais, designadamente as seguintes:
a) Sanções pecuniárias aplicadas nos termos previstos no contrato;
b) Prejuízos incorridos pelo IPCA, por força do incumprimento do contrato;
c) Importâncias fixadas no contrato a título de cláusulas penais;
IV. 5.4.13. A execução parcial ou total de caução prestada pelo cocontratante implica a renovação do
respetivo valor, no prazo de 15 dias após a notificação dos SF para esse efeito;
IV. 5.4.14. As contas de ordem destinam-se a registar os montantes relativos a valores titulados como as
garantias e cauções apresentadas por terceiros e os recibos para cobrança debitados à Tesouraria,
sendo efetuados os seguintes registos contabilísticos:
142 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
a) Garantias prestadas por fornecedores ou outros credores:
i. Momento da entrega da garantia
091 - Garantias e cauções prestadas
0921 – Credores por Garantias e cauções
X X
ii. Garantias Devolvidas
0921 – Credores por Garantias e cauções
094- Garantias/Cauções devolvidas
X X
iii. Garantias Acionadas
0921 – Credores por Garantias e cauções
093- Garantias/Cauções acionadas
X X
b) Cauções prestadas por fornecedores, fornecedores de imobilizado ou outros credores
i. Momento da entrega
091 - Garantias e cauções prestadas
0922 - Cauções prestadas
X X
12- Bancos 22/26 – Fornecedores ou
credores
X X
143 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
ii. Cauções Devolvidas
0922 - Cauções prestadas 094- Garantias/Cauções
devolvidas
X X
12- Bancos 22/26 – Fornecedores ou
credores
X X
iii. Cauções Acionadas
0922 - Cauções prestadas 093- Garantias/Cauções
acionadas
X X
12- Bancos
22/26 – Fornecedores ou credores
X X
144 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
IV. 6. Prestação de Contas
IV. 6.1. Objetivo da norma
Identificar e efetuar, adequadamente, os trabalhos de fim de exercício ao nível das contabilidades
orçamental, patrimonial e analítica.
IV. 6.2. Trabalhos de fim de exercício
IV. 6.2.1. Constituem trabalhos de fim de exercício os que a seguir se indicam:
a) Trabalhos preparatórios de apuramento e regularização das contas;
b) Apuramento dos resultados orçamentais, económicos e financeiros;
c) Elaboração dos documentos de prestação de contas;
IV. 6.2.2. Considera-se “fim de exercício”:
a) O dia 31 de Dezembro de cada ano, para a contabilidade patrimonial;
b) O dia 31 de Dezembro acrescido do período complementar, para a contabilidade orçamental;
c) O dia 31 de Agosto para a contabilidade analítica;
IV. 6.2.3. Constituem trabalhos preparatórios para a elaboração do Balanço, Demonstração de
Resultados e anexos:
a) O inventário geral das existências e o apuramento das existências finais e dos custos das
matérias consumidas e das mercadorias vendidas;
b) O Inventário do imobilizado;
c) O cálculo do montante de provisões e amortizações;
d) As operações relativas ao cumprimento do princípio da especialização dos exercícios;
IV. 6.2.4. Nos trabalhos preparatórios referidos no número anterior deve ter-se em conta os princípios
contabilísticos, os critérios de valorimetria e os lançamentos de regularização enunciados no POC -
Educação.
IV. 6.2.5. Constituem trabalhos para a elaboração dos Mapas da Contabilidade Analítica:
a) Imputação dos custos indiretos;
b) Cálculo das amortizações;
c) Operações relativas ao cumprimento do princípio da especialização dos exercícios;
IV. 6.3. Prestação de Contas
IV. 6.3.1. As contas do IPCA devem ser organizadas e documentadas de acordo com:
a) Os documentos de prestação de contas, mapas e anexos às demonstrações financeiras
conformem os modelos definidos no POC-Educação;
b) Outros documentos considerados necessários nos termos da resolução do Tribunal de
Contas, n.º 1/2004.
145 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
IV. 6.3.2. O parecer do órgão fiscalizador referido e previsto no nº 3 do artigo 50.º do Decreto-Lei nº
155/1992, de 28 de Julho, deverá ser acompanhado por uma certificação legal das contas;
IV. 6.3.3. Os documentos de prestação de contas devem ser um espelho dos atos económicos, e/ou
financeiros passados, deve servir para controlar a gestão e a execução do orçamento;
IV. 6.3.4. Os documentos de Prestação de Contas exigidos pelo POC-Educação e pelo Tribunal de
Contas são os seguintes:
Designação Mapa POC-Educação
Balanço 5
Demonstração de resultados 6
Controlo orçamental – Despesa 7.1
Controlo orçamental – Receita 7.2
Fluxos de caixa 7.3
Situação financeira 7.4
Descontos e retenções 7.5.1
Entrega de descontos e retenções 7.5.2
Desenvolvimento das despesas com o pessoal 7.6
Orçamento - Despesa 7.7.1
Orçamento – Receita 7.7.2
Decomposição das dívidas de terceiros
Orçamento financeiro – Aplicação de fundos próprios
Orçamento financeiro – Origem de fundos próprios
Orçamento económico – Custos e perda
Orçamento económico – Proveitos e ganhos
Caracterização da entidade 8.1
Notas ao balanço e à demonstração de resultados por natureza 8.2
Alterações orçamentais - Despesa 8.3.1 - 1
Alterações orçamentais - Receita 8.3.1 - 2
Contratação administrativa - Situação dos contratos 8.3.2 - 1
Contratação administrativa - Formas de adjudicação 8.3.2 – 2
Execução de programas e projetos de investimento 8.3.3
Transferências correntes - Despesa 8.3.4 – 1
Transferências de capital - Despesa 8.3.4 – 2
Subsídios concedidos 8.3.4 – 3
Transferências correntes - Receita 8.3.4 – 4
Transferências de capital - Receita 8.3.4 – 5
Subsídios obtidos 8.3.4 – 6
Ativos de rendimento fixo 8.3.5 – 1
Ativos de rendimento variável 8.3.5 – 2
Situação e evolução da dívida e juros 8.3.6
Relatório de gestão 13
OUTROS DOCUMENTOS
Guia de remessa
Relação nominal de responsáveis
Ata da reunião de apreciação das contas pelo órgão competente
Norma de controlo interno (d) 2.9
Relação dos documentos de receita e de despesa
Certidões ou extratos dos saldos bancários reportados ao fim do exercício
Certidões dos juros obtidos no exercício
Certidões das verbas recebidas de outras entidades
Reconciliações bancárias
Síntese das reconciliações bancárias
Relação de acumulação de funções
Balancetes sintéticos antes e após o apuramento dos resultados, devidamente identificados
Relatório e parecer do órgão de fiscalização e cópia da certificação legal de contas, quando emitidos
146 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
IV. 6.3.5. Estes documentos deverão ser apresentados ao Conselho de Gestão até 15 de Abril:
a) O Presidente deve enviar ao Conselho Geral, de acordo com o artigo 16.º dos Estatutos do
IPCA os seguintes documentos, devendo os restantes estar disponibilizados para consulta:
Balanço consolidado;
Controlo orçamental consolidado – Despesa;
Controlo orçamental consolidado – Receita;
Notas ao balanço e demonstração de resultados consolidado;
Indicadores consolidados referidos em 6.5.1.;
Parecer do ROC;
b) Aos organismos ou entidades a quem devam legalmente ser apresentados ou que tenham
competência para os exigir.
IV. 6.3.6. As contas serão remetidas pelos SF ao Tribunal de Contas até 30 de Abril do ano seguinte
àquele a que respeitem (nos termos do n.º 4 do artigo 52.º da Lei n.º 98/97, de 26 de Agosto - Lei de
Organização e Processo do Tribunal de Contas;
IV. 6.3.7. Os documentos referidos anteriormente deverão ser assinados órgão legalmente competente
para a sua apresentação e enviados às entidades competentes em suporte informático.
6.4. Consolidação de Contas
IV. 6.4.1. Sempre que o IPCA tiver participações financeiras deverá proceder à consolidação de contas
na ótica patrimonial obedecendo às regras estabelecidas pelo POC – Educação ou seja, Direção Geral
do Orçamento e Tribunal de Contas;
IV. 6.4.2. As contas dos SAS são, na ótica orçamental, apresentadas de forma autónoma e
consolidadas na Contabilidade Patrimonial do IPCA.
IV. 6.5. Relatório de Gestão
IV. 6.5.1. No relatório de gestão deve constar a evolução de alguns indicadores, nomeadamente:
147 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
Valor de Bolsas PagoValor de Propinas
Valor de Bolsas PagasN.º de alunos Bolseiros
Despesas CorrentesN.º de Diplomados
Despesas QRENReceitas QREN
Receitas PropinasReceitas Próprias
Despesas PIDDACReceitas PIDDAC
Valor de Propinas por cobrarValor de Propinas cobrados
N.º de alunos BolseirosN.º de alunos
Receitas PropinasReceitas Totais
Indicadores Orçamentais
Receitas OEReceitas Total
Despesas CorrentesDespesasTotais
Despesas de CapitalDespesas Totais
Despesas com PessoalDespesas Totais*
Ano n-2 Ano n -1 Ano n
Despesas com PessoalReceitas OE
Receitas PrópriasReceitas Total
Despesas Capital PIDDACReceitas Capital PIDDAC
Despesas CorrentesN.º Alunos matriculados
* Orçamento Estado + Receitas Próprias (não inclui PIDDAC ou outras despesas consignadas)
148 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
Amortizações Acumuladas
Valor Bruto Imobilizado
Ano n-2 Ano n -1 Ano nIndicadores Económicos (DR)
Custos com Pessoal
Amortizações do Exercicio
Valor Bruto Imobilizado
Venda e Prestações de Serviços
Proveitos Totais
Fornecimentos e Serviços externos
Custos Totais
Custos Totais
Indicadores Patrimoniais (Balanço)
Subsídios ao investimento
Investimento Total
Ano n-2 Ano n -1 Ano n
Prazo Médio de Pagamentos Ano n-2 Ano n -1 Ano n
Dívidas a Pagar
Compromissos assumidos e faturados
IV. 6.5.2. No Relatório de Gestão deve também constar:
a) Os Mapas da Contabilidade Analítica, previstos no POC-Educação – com a descrição de custos
e proveitos por actividade;
b) O Mapa do CIBE (Cadastro do Inventário dos Bens do Estado).
IV 6.6. Relatório de Atividades
a) O Relatório de Atividades pretende registar o percurso da atividade anual do IPCA, descrição da
atividade, avaliando os resultados atingidos em relação ao desempenho planeado, quanto à
missão e visão, estratégias, objetivos específicos e quanto à satisfação de necessidades e
expectativas estabelecidas pelo IPCA;
b) Até ao dia 31/11/N, os responsáveis das Unidades Orgânicas, Serviços Centrais e Serviços de
Ação Social, remetem aos Serviços de Apoio à Presidência toda a informação oportuna, de forma
que o Relatório de Atividades do IPCA seja elaborado e apresentado à comunidade no dia do seu
aniversário, sem prejuízo de correções decorrentes de atividades desenvolvidas até 31/12/N.
c) Caso ocorram alterações dignas de registo após a elaboração do Relatório de Atividades até á
data de 31/12/N, as mesmas deverão ser objeto de correção;
d) Os dados inscritos no Relatório de Atividades, Relatório de Gestão e Balanço Social referentes a
ano anterior são objeto de confrontação e verificação pelo Administrador do IPCA.
149 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
IV. 7. Gestão do Património
IV. 7.1. Objetivo da norma
Estabelecer as responsabilidades e os métodos de controlo e inventariação do Imobilizado do IPCA.
IV. 7.2. Campo de aplicação da norma
Aplica-se na aquisição, inventariação e restantes operações respeitantes ao imobilizado corpóreo.
IV. 7.3. Princípios gerais
Os princípios gerais de Inventário e Cadastro, nomeadamente, o registo, abatimentos, reavaliações,
cessão, transferências, avaliação de bens móveis, imóveis e veículos, do Instituto Politécnico do Cávado
e do Ave, obedecem à Portaria nº 671/2000, publicada em Diário da República – II Série, nº 91 de 17 de
Abril de 2000, que veio aprovar as instruções regulamentadoras do CIBE – Cadastro de Inventário dos
Bens do Estado, respetivo classificador geral, bem como os modelos que lhe são anexos.
IV. 7.4. Inventário e cadastro
IV. 7.4.1. Aquisição
Todas as aquisições do imobilizado serão efetuadas de acordo com a lei vigente.
IV. 7.4.2. Receção
Após conferência do serviço requisitante, os SF rececionam cópia da autorização de pagamento e cópia
da fatura.
IV. 7.4.3. Identificação do bem
IV. 7.4.3.1. Para efeitos de inventariação, os bens móveis identificam-se a partir da sua designação,
marca, modelo, e atribuição do respetivo código correspondente do classificador geral, número de
inventário, data e custo de aquisição, custo de produção ou valor de avaliação;
IV. 7.4.3.2. Os veículos identificam-se através da matrícula, marca, modelo, combustível, cilindrada e
atribuição do número de inventário, número de registo, tipo de veículo, ano e custo de aquisição, valor de
avaliação;
IV. 7.4.3.3. Os imóveis identificam-se com a atribuição do número de inventário; distrito, concelho e
freguesia; e, dentro desta morada; confrontações; denominação do imóvel; domínio (público ou privado)
espécie de móvel; natureza dos direitos de utilização; classificação; caracterização física; ano de
150 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
construção das edificações; inscrição matricial; registo na conservatória; custo de aquisição, de
construção ou de avaliação;
IV. 7.4.3.4. Os bens do ativo imobilizado estão individualmente sujeitos a uma ficha de identificação do
bem;
IV. 7.4.3.5. Na ficha de identificação, inscreve-se toda a informação relevante para a caracterização do
bem, eventuais alterações e outros factos patrimoniais que ocorram ao longo do período de vida útil de
cada bem. Cada ficha tem associado, sequencialmente um número de inventário;
IV. 7.4.3.6. O IPCA considera que um bem deve ser capitalizado no imobilizado, quando cumpre os
seguintes critérios:
a) Destino – os bens detidos com continuidade ou permanência que não se destinam à venda;
b) Durabilidade – a duração dos bens seja superior a um ano;
c) Custo – o valor unitário do bem seja igual ou superior a € 100.
IV. 7.4.3.7. Consequentemente, por regra podem ser considerados custo, e não imobilizado, as despesas
que, obedeçam cumulativamente aos seguintes requisitos:
a) Valor inferior a € 100,00, salvo se em cumprimento do princípio da importância relativa, existe
várias aquisições do mesmo bem cujo valor global é superior a € 500 (por exemplo aquisições
de várias cadeiras);
b) Durabilidade inferior a um ano.
IV. 7.4.3.8. Anualmente, deve-se atualizar a informação relativa à localização e estado de conservação
dos bens;
IV. 7.4.3.9. Qualquer alteração de valor dos bens do ativo imobilizado deve constar nas fichas de
inventário, devidamente especificada (grandes reparações, beneficiações, valorizações ou
desvalorizações extraordinárias, avaliações ou reavaliações);
IV 7.4.3.10. O GACI deve proceder às conferências físicas, coordenar as verificações periódicas e
parciais, de acordo com as necessidades do serviço e em cumprimento do plano anual de atividade.
Estas conferências poderão ser testes substantivos, que poderão incidir sobre o universo dos bens ou a
uma amostragem desse universo;
IV. 7.4.3.11. Essas verificações físicas das quantidades existentes e do estado de conservação dos
bens, deverão ocorrer com a maior regularidade possível;
IV. 7.4.3.12. O resultado da verificação deverá permitir a atualização do ficheiro dos bens, de modo a que
haja perfeita concordância entre o registo e o verificado no ato de conferência;
IV. 7.4.3.13. Caso se verifiquem situações anómalas (bens não localizados, danificados, em mau estado
de conservação) dever-se-á proceder à sua correção, ou no caso de não ser possível, no relatório de
verificação recomendar-se-á superiormente as medidas necessárias à resolução dos casos identificados.
151 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
IV. 7.4.4. Registo
IV. 7.4.4.1. Aquando da aquisição de bens de imobilizado corpóreo, deve-se proceder à introdução dos
bens no programa informático, nas fichas respetivas, tendo em conta as seguintes informações:
a) Classificação: operação que consiste na repartição dos bens por cada classe;
b) Identificação: operação que consiste na identificação das características do bem;
c) Localização: operação que consiste na localização do bem, por edifício;
d) Avaliação: operação que consiste na atribuição de um valor ao bem.
IV. 7.4.4.2. Após preenchimento dos campos obrigatórios é atribuído sequencialmente um número ao
bem, que permite a sua identificação. De modo a facilitar a identificação do bem é colada no mesmo, uma
etiqueta de código de barras com o respetivo número do bem. Quando não é possível a colagem da
etiqueta no próprio bem, esta deve ser colada na própria ficha;
IV. 7.4.4.3. Para cada bem introduzido no programa informático é gerado uma ficha, à qual é anexada a
cópia da fatura do bem;
IV. 7.4.4.4. Em caso de destruição das etiquetas identificativas de bens do ativo imobilizado, compete ao
Responsável do Serviço onde o mesmo se verificou, informar sem prejuízo do apuramento de posteriores
responsabilidades.
IV. 7.4.5. Política de amortização de imobilizado
IV. 7.4.5.1. Em regra, todos os bens do ativo imobilizado deverão sofrer amortizações sistemáticas ao
longo do seu período de vida útil, traduzindo o desgaste ou a desvalorização do bem imobilizado,
derivado da sua atividade;
IV. 7.4.5.2. O critério utilizado no IPCA para o cálculo das amortizações é o das quotas constantes,
obedecendo também ao regime duodecimal. Este cálculo obedece às taxas previstas pela Portaria n.º
671/2000, de 17 de Abril, que regulamenta o CIBE;
IV 7.4.5.3. Os bens do ativo imobilizado de reduzido valor, ou seja, cujo valor de aquisição do bem seja
inferior a 80% do índice 100 da escala salarial das carreiras do regime geral do sistema remuneratório da
função publica, são totalmente amortizados no primeiro ano de utilização (31 de Dezembro), com a
exceção de lotes e grupos de bens iguais.
IV. 7.4.6. Política de abate
IV. 7.4.6.1. Qualquer situação em que se verifique o abate, deverá ser previamente autorizada pelo órgão
legalmente competente do IPCA;
IV. 7.4.6.2. Deve-se proceder ao abate de um bem nas seguintes situações:
a) Alienação, se autorizada pelo órgão legalmente competente;
b) Furtos, incêndios, roubos, comunicados pelo responsável pela utilização do bem;
c) Destruição, comunicados pelo responsável pela utilização do bem;
152 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
d) Cessão, se autorizada pela órgão legalmente competente;
e) Declaração de incapacidade do bem, comunicado pelo responsável do Bem;
f) Troca, se autorizada pelo órgão legalmente competente.
IV. 7.4.6.3. É da competência do órgão legalmente competente a autorização do abate dos bens
imobilizados ao inventário respetivo, que regulamenta a aquisição, gestão e alienação dos bens móveis
do domínio privado do Estado;
IV. 7.4.6.4. Os processos de alienação, devem ser todos acompanhados, sejam eles a título gratuito ou
oneroso dos bens móveis e imóveis do IPCA;
IV. 7.4.6.5. No caso de cedência de bens, a título definitivo, a outras entidades, deverá ser lavrado um
auto de cessão. No caso de cedências temporárias (empréstimos) deve preencher-se uma ficha de saída.
IV 7.5. Gestão e manutenção dos edifícios e mobiliário
A gestão, conservação e manutenção dos edifícios, mobiliário e equipamento, são da responsabilidade
do funcionário afeto a essa atividade, ao qual compete:
a) Informar sobre a necessidade de reparação;
b) Propor a manutenção;
c) Propor aquisições
IV. 7.6. Gestão das viaturas
IV. 7.6.2. As viaturas afetas ao IPCA, só podem ser conduzidas por colaboradores habilitados e
posicionados na carreira de motoristas ou outros, nos termos do disposto no n.º 2, do artigo 1.º e n.º 3 do
artigo 2.º, do Decreto-Lei nº 490/99, de 17 de novembro, respetivamente, no caso de carência de
motoristas no serviço ou, da existência de uma permissão genérica de condução.
Os colaboradores, devidamente autorizados a conduzir as viaturas do IPCA respondem civilmente
perante terceiros, nos mesmos termos que os motoristas.
A condução de viaturas, não constitui fundamento para atribuição de qualquer subsídio, abono ou
suplemento.
IV. 7.6.2. As deslocações nas viaturas oficiais do IPCA são registadas em boletim itinerário da viatura
pela pessoa responsável pela sua utilização;
IV. 7.6.3. As viaturas podem ser conduzidas pelo motorista do IPCA e por quem por Despacho (PR)
seja autorizado.
IV. 7.6.4. Condução da viatura
a) Os condutores das viaturas deverão respeitar, rigorosamente, o Código da Estrada e demais
legislação em vigor;
153 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
b) Os condutores das viaturas são responsáveis pelas infrações ao Código da Estrada e demais
legislação em vigor, cometidas no exercício da condução, nomeadamente pelo pagamento de
coimas;
c) Os condutores das viaturas aos quais foram aplicadas sanções inibitórias de conduzir, ou foram
sujeitos a proibição médica de o fazer, deverão de imediato, comunicar esse facto ao seu
superior hierárquico;
d) O condutor é responsável pela viatura competindo-lhe, nomeadamente:
i) Zelar pelo cumprimento dos planos de revisão e de lubrificação;
ii) Zelar pela boa conservação da viatura, promovendo a sua lavagem exterior e limpeza
interior sempre que necessário;
iii) Verificar se a viatura tem a documentação e acessórios necessários para poder
circular;
iv) Participar, de imediato, ao seu superior hierárquico qualquer dano, anomalia ou falta
de componentes detetada;
v) Antes de iniciar a condução verificar o nível do óleo, da água e a pressão dos pneus;
e) Acidente - entende-se por acidente qualquer ocorrência com uma viatura oficial do IPCA de que
resultem danos materiais e/ou corporais:
i) Compete ao SAQ a averiguação detalhada dos acidentes na prossecução dos
seguintes objetivos:
- Minimizar custos;
- Obter indemnizações;
- Atribuir responsabilidade civil;
- Comunicar o sinistro e enviar declaração amigável, propor companhia de seguros
dando conhecimento ao Administrador do IPCA;
- Detetar indícios de responsabilidade disciplinar e propor à consideração superior a
abertura de inquérito;
- Prevenir a ocorrência de futuros acidentes;
ii) Os condutores devem prestar toda a colaboração necessária para o apuramento dos
factos;
iii) Em caso de acidente deverá sempre o condutor da viatura ter o seguinte procedimento
e desde que não seja possível a intervenção das autoridades:
- Preenchimento no local do acidente da declaração amigável de acidente automóvel,
com o outro interveniente, o duplicado desta deve ser entregue no mais breve curto
espaço de tempo ao superior hierárquico, nunca podendo ultrapassar as 48 horas;
154 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
- Obtenção no momento e no local do acidente de dados dos intervenientes e todos os
elementos necessários ao completo preenchimento dos documentos citados nas
alíneas anteriores, bem como identificação de testemunhas;
iv) O condutor da viatura deverá solicitar a intervenção dos representantes da autoridade
com carácter obrigatório nas situações abaixo discriminadas:
- O terceiro não apresente documentos da sua identificação, da viatura ou da
Companhia de Seguros;
- O terceiro se ponha em fuga sem se identificar, devendo ser logo anotados todos os
dados que permitam a sua posterior identificação, nomeadamente a matrícula do seu
veículo;
- O terceiro manifeste comportamento perturbado pelo álcool ou por qualquer outra
razão anómala;
- O terceiro não queira assinar a declaração amigável de acidente automóvel (por não
concordar com a sua responsabilidade, caso seja este o caso).
f) Quando é detetada uma avaria deve ser prestada informação pelo condutor da viatura ao
SAQ;
g) Se o veículo puder continuar a circular sem agravamento dos danos ou perigosidade para a
condução, o SAQ comunicará a situação ao Administrador do IPCA de modo a ser
programada a intervenção de reparação para um dia próximo, devendo ser informado o
condutor;
h) Se a viatura não puder deslocar-se à garagem em razão da avaria, deverá o seu condutor
informar o SAQ que comunicará a situação ao Administrador do IPCA, para que, com a maior
brevidade, seja avisada a garagem que promoverá o seu reboque;
i) No caso de ocorrer o furto de uma viatura, ou de qualquer acessório, deve o seu condutor no
momento participar de imediato ao superior hierárquico por telefone, confirmando
posteriormente por escrito com relatório circunstanciado de que conste o dia, a hora, o local,
identificação de testemunhas e outros dados que possam contribuir para o esclarecimento dos
factos;
IV. 7.6.5. A gestão das viaturas obedece ao regulamento em vigor, aprovado por Despacho PR.
IV. 7.7. Seguros
Ao abrigo das disposições conjugadas do artigo 109.º, 110.º e 111.º, n.º 3, do RJIES, a competência para
autorizar a realização de despesas com a aquisição de seguros de bens móveis, desde que cobertas por
receitas próprias, incluindo seguro de “danos próprios” com viaturas oficiais, é do Presidente do IPCA.
155 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
O IPCA sendo uma entidade vinculada à ANCP, não pode celebrar nenhum contrato de bens ou serviços
aos quais a ANCP tenha um AQ em vigor, inclusivamente aquisição de seguros de bens móveis.
Compete ao SAQ comunicar qualquer acidente havido com a viatura ao Administrador do IPCA e remeter
a respetiva declaração amigável à Companhia de Seguros.
156 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
IV. 8. Contabilidade analítica
IV. 8.1. Objetivos
Segundo a Portaria de criação do POC – Educação, a contabilidade analítica tem como objetivos a
obtenção do valor dos custos dos serviços públicos que tem como contraprestação um preço, uma taxa
ou uma propina de forma a fundamentar esse valor exigido ao utilizador desses serviços públicos.
Assim, a contabilidade analítica do IPCA tem como objetivos específicos:
a) Calcular o custo dos serviços internos, o custo por curso, unidade curricular e estudante, o custo
de cada projeto de investigação e o custo de outras atividades internas, bem como da prestação
de serviços a comunidade;
b) Calcular os custos, proveitos e resultados de atividades, produtos ou serviços suportados
integralmente pelo comprador (por exemplo um serviço especializado a comunidade externa da
entidade);
c) Apoiar a adoção de decisões sobre a entrega a unidades externas da produção de bens ou
prestação de serviços;
d) Justificar a aplicação de receitas provenientes de atividades externas e destinadas a uma
atividade específica;
e) Valorizar os ativos circulantes destinados a venda e os ativos fixos produzidos pela entidade, para
efeitos de registo na Contabilidade Patrimonial;
f) Analisar a eficiência na utilização dos recursos financeiros públicos, obtendo-se informação se os
objetivos previstos foram alcançados e quais os desvios entre os custos previsionais e os custos
reais, bem como entre os proveitos previsionais e os proveitos reais para o caso das atividades;
g) Proporcionar informação adequada que permita elaborar indicadores de eficiência, eficácia e
economia, a incluir no relatório de gestão;
h) Proporcionar informação adequada que permita a elaboração do Mapa de Demonstração de
custos por funções ou atividades, bem como os outros quadros apresentados no ponto 8.4 “notas
sobre a contabilidade analítica” do anexo as demonstrações financeiras.
IV. 8.2. Modelo de contabilidade analítica no IPCA
a) O IPCA utiliza a contabilidade analítica, por atividades (Sistema ABC).
b) Compete aos SF apresentar anualmente a lista das atividades principais e auxiliares.
157 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
IV. 8.3. Conceitos adoptados
Custos diretos – são custos imputados diretamente a uma determinada atividade;
Custos indiretos – são comuns a várias atividades, não podendo deste modo ser imputados a
uma única atividade;
Atividades intermédias ou auxiliares – são os serviços ou tarefas de apoio a concretização dos
objetivos finais da entidade, tais como os serviços centrais, serviços académicos, biblioteca, etc;
Atividades finais ou principais – são as que constituem os outputs da Instituição e que se
agrupam em ensino, investigação e serviços externos.
IV. 8.4. Exercício economic
a) Conforme o POC-Educação, no ponto 2.8.5, o exercício económico é o do ano letivo ou escolar,
devendo no entanto permitir informação dos custos e proveitos de atividades, produtos ou serviços
com duração não coincidente com o exercício económico;
b) Para efeitos da contabilidade analítica o ano letivo decorre de 1 de Setembro de n a 31 de Agosto
de n+1;
c) Compete aos serviços financeiros:
a) Obter o valor inicial dos custos por atividades não concluídas;
b) Imputar mensalmente às atividades as amortizações de bens móveis e imóveis, bem
como os custos com férias, subsídio de férias e de natal e seguros anuais.
IV. 8.5. Plano de contas
a) Compete aos SF apresentar a 1 de Setembro de cada ano o plano de contas da classe 9;
b) O plano de contas da classe 9 pode ser ajustado e atualizado sempre que se justifique,
nomeadamente sempre que haja reestruturação dos serviços ou sempre que forem criadas novas
atividades;
c) A cada atividade é atribuída uma conta analítica desagregada por cinco tipos de custos:
Pessoal docente;
Pessoal não docente;
Funcionamento;
Amortizações;
Outros.
158 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
d) Além desta desagregação, devem as contas ser desagregadas por anos letivos, nas atividades
cuja duração é superior a 12 meses.
e) No caso das licenciaturas deve ser apurado o custo por disciplina ou unidade curricular.
IV. 8.6. Apuramento de custos e proveitos
a) Os custos dos bens para venda, dos serviços prestados e das atividades, corresponde aos
respetivos custos diretos e indiretos, incluindo os custos Serviços Centrais, Serviços Académicos,
Biblioteca, etc.
b) A classe 9 referida no ponto 5 deve identificar, por contas os custos diretos, indiretos, custos
incorporáveis e não incorporáveis.
c) Os custos não incorporados deverão ser transferidos para a demonstração de custos por funções.
IV. 8.7. Custos diretos
Conforme esquematizado no circuito da despesa, após a confirmação das faturas, estas dão entrada nos
Serviços Financeiros para o seu registo contabilístico, passando deste modo pela pessoa responsável
pela contabilidade analítica, que procede à sua analise e dá a informação de qual ou quais contas
analíticas a imputar. Esta informação é dada através de um carimbo onde é referida a conta e o ano letivo
em causa.
IV. 8.8. Custos com o pessoal
a) Na aplicação dos recursos humanos a cada colaborador é atribuída uma conta analítica;
b) Mensalmente após o processamento dos vencimentos, na aplicação dos recursos humanos,
procede-se à exportação do lançamento para a contabilidade e simultaneamente o lançamento é
refletido nas contas da analítica;
c) Os custos com pessoal não docente são imputados diretamente ao serviço a que está afeto que
corresponde normalmente a uma atividade auxiliar;
d) Os custos com pessoal docente são imputados conforme atividade desenvolvida por cada docente,
devendo ser apresentada uma proposta no início do ano ou no início da celebração do contrato,
obedecendo às seguintes regras:
Os custos com pessoal docente a tempo parcial ou sem exclusividade devem ser imputados
diretamente às disciplinas ou unidades curriculares que leciona ou vai lecionar;
159 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
Os custos com pessoal docente em exclusividade devem ser imputados em função da
atividade proposta e tendo em conta a percentagem da atividade de ensino, investigação e
gestão definidas na avaliação anual do docente.
IV. 8.9. Custos com funcionamento
a) Os custos relativos a funcionamento, suportados por contratos anuais e adjudicações de serviços
pontuais, são normalmente comuns a diversas atividades a que respeitam;
b) Compete aos SF identificar no início do ano os vários custos de funcionamento e sua imputação
devendo utilizar-se os seguintes critérios:
Custos Critério de imputação
Eletricidade % Área
Água % Área
Gás % Área
Limpeza % Área
Comunicações N.º de pessoas afetas a cada serviço
Vigilância % Área
Outros A definir anualmente
IV. 8.10. Amortizações do exercício
a) No momento do registo do bem na aplicação do Património deve estar associada uma conta
analítica referente à atividade a que está o bem afeto.
b) O cálculo das amortizações é efetuado mensalmente – na aplicação do património exportado para
a contabilidade no respetivo lançamento contabilístico. Aquando a exportação das amortizações
para o lançamento contabilístico na contabilidade é simultaneamente refletido o valor das
amortizações por analíticas.
160 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
IV. 8.11. Custos diretos
a) Conforme previsto no ponto 2.8.3 do POC-Educação entende-se que o número de horas de cada
atividade em relação ao total de horas de trabalho do exercício económico deve ser a base
principal de repartição dos custos indiretos;
b) No final do ano letivo, e de modo a preencher os mapas finais (POC-EDU-8.4) deve proceder-se à
distribuição dos custos das atividades auxiliares e custos indiretos pelas diversas atividades
principais utilizadoras desses recursos, devendo ser previamente elaborado um mapa sobre os
critérios de repartição dos custos indiretos;
c) Para a imputação dos Custos indiretos utilizam-se as seguintes fórmulas:
Repartição dos Custos Indiretos N.º de Horas de cada Atividade
Total de Horas Atividade do IPCA
Repartição dos Custos Indiretos pelas
disciplinas ou unidades curriculares
N.º de alunos de cada disciplina
Total de Alunos do IPCA
IV. 8.12. Proveitos
Os proveitos diretos são lançados em simultâneo com o registo contabilístico da receita. A cada artigo da
receita, definido na aplicação de tesouraria, define-se a conta analítica respetiva.
IV. 8.13. Procedimento de control
Mensalmente o responsável pela contabilidade analítica deve proceder à emissão de extratos por
analíticas e conferir através dos documentos os lançamentos nas contas da classe 9.
IV. 8.14. Modelo de afetação de custos indiretos - Projetos de I&D do 7º PQ
O sétimo Programa-Quadro (7 PQ) é o principal instrumento de financiamento de investigação e
desenvolvimento tecnológico da União Europeia no período de 2007 a 2013. As instituições que
161 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
pretendam concorrer a projetos de IDT, no âmbito deste programa, deverão dispor de estruturas de
custos que possibilitem o financiamento segundo o modelo de custos totais, “Full cost Model”. Os custos
diretos e indiretos devem ser apurados de acordo com sistemas de contabilidade analítica/custeio real e
imputados pelo beneficiário ao projeto.
Atualmente o IPCA conta com uma unidade de investigação científica, o Centro de Investigação em
Contabilidade e Fiscalidade (CICF) da Escola Superior de Gestão, reconhecida pela Fundação para a
Ciência e Tecnologia (FCT), em 18 de Junho de 2009, no âmbito de uma avaliação levada a cabo por
esse organismo.
O CICF é composto por uma equipa de investigadores, docentes internos externos e tem afeto a este,
uma sala a 100%, localizada na Escola Superior de Gestão
IV. 8.14.1. Metodologia dos relatórios Projetos de I&D do 7º PQ
Relativamente aos elementos que deverão constar na metodologia dos relatórios projetos de I&D do 7º
PQ, enumeram-se os seguintes:
Data de início da certificação;
Custo com o pessoal:
a) Carga horária produtiva (corresponde à carga horária anual efetivamente trabalhada, deduzida
de férias, baixas por doença e feriados);
b) Indicação das atividades/tarefas desenvolvidas;
c) Alocação de tempos às tarefas/projetos/atividades;
d) Mecanismos criados para evitar dupla imputação de pessoal afeto a vários projetos;
e) Os custos com o pessoal deverão envolver apenas as remunerações fixas standard e os
encargos patronais (Segurança Social, ADSE, seguros, quotas, etc.), excluindo as remunerações
adicionais resultantes da alocação a projetos;
f) Calcular a taxa de acordo com uma das seguintes hipóteses:
Custos reais por funcionário / Nº de horas produtivas por funcionário;
Custos reais por funcionário / Média do nº de horas produtivas e
Custo médio por funcionário / Média do nº de horas produtivas.
Custos indiretos
A chave de imputação deve:
a) Incluir apenas os custos que não podem ser diretamente imputados às atividades/projetos e que
dizem respeito ao funcionamento de toda a instituição;
b) Não incluir custos de outras atividades que não a de investigação, como o ensino, etc.
162 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
IV. 8.14.2. Sistema Contabilístico
O sistema contabilístico deverá permitir a identificação e eliminação dos custos indiretos não elegíveis,
tais como: impostos indiretos (IVA); direitos aduaneiros; provisões; diferenças de câmbio e outras
despesas entretanto consideradas não elegíveis.
IV. 8.14.3. Responsáveis
a) Compete a cada centro de investigação colaborar com os SF.
b) Compete aos SF criar o modelo de afetação de custos indiretos para certificação pelo Revisor
Oficial de Contas.
163 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
PARTE V – AUDITORIA E CONTROLO INTERNO
V. 1. Objetivo da norma
Estabelecer os métodos de controlo dos processos, responsabilidades à realização de operações de
verificação de conformidades nos procedimentos de controlo interno, bem como de verificação
obrigatórias.
V. 2. Competência
O GACI é o serviço de controlo interno da atividade dos serviços do IPCA, competindo-lhe proceder às
auditorias internas e processos de meras averiguações designadamente nas áreas de:
a) Despesas com o pessoal;
b) Contas bancárias;
c) Dívidas a pagar;
d) Dívidas a receber;
e) Compras de bens e serviços;
f) Imobilizado;
g) Reconciliações bancárias;
h) Avaliar o grau de eficiência e eficácia da cobrança das receitas;
i) Supervisão da despesa;
j) Elaborar parecer sobre medidas tendentes a melhorar a eficiência dos serviços e a modernização
do seu funcionamento, dirigindo-o ao órgão legalmente competente;
k) Assegurar que as auditorias internas sejam programadas, planificadas, dirigidas e registadas de
acordo com os procedimentos estabelecidos;
l) Outros processos que forem determinados pelo Presidente do IPCA.
V. 3. Dever de colaboração
V. 3.1. Os colaboradores e os responsáveis pelos serviços do IPCA têm o dever de colaborar com o
GACI, facultando toda a informação de que disponham e que lhes seja solicitada;
V. 3.2. A informação, a que se refere o número anterior deve ser facultada dentro dos prazos
determinados pelo GACI.
164 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
V. 4. Princípios gerais
V. 4.1. O GACI deve exercer a sua atividade com independência, competência, diligência, objetividade,
imparcialidade, confidencialidade e responsabilidade;
V. 4.2. O GACI deve respeitar as leis, exercer a sua atividade com zelo profissional e com rigor;
V. 4.3. O GACI deve, de igual modo, proceder em todas as relações com os dirigentes, responsáveis,
funcionários e colaboradores do IPCA, com urbanidade, correção e cortesia e não comprometer a sua
independência e isenção;
V. 4.4. O disposto nos números anteriores é igualmente aplicável a qualquer outro colaborador ou
agente que, não estando afeto ao GACI, integre, enquanto elemento e a qualquer título, uma equipa de
auditoria, sindicância, ou processo de meras averiguações.
V. 5. Procedimentos
O GACI, na realização das auditorias, deve observar, nomeadamente, os seguintes procedimentos:
a) Estabelecer um programa de auditoria;
b) Preparar e conduzir a auditoria;
c) Informar o serviço a auditar da realização da auditoria;
d) Elaborar Proposta de Relatório Final e Relatório Final de Auditoria;
e) Notificar o serviço a auditar para exercer o direito do contraditório;
f) Apresentar o Relatório Final ao Presidente do IPCA;
g) Dar acompanhamento às medidas corretivas;
V. 6. Princípios dos relatórios
V. 6.1. Os relatórios devem ser abrangentes de modo a mencionar os objetivos da auditoria, definir o
seu alcance e descrever a metodologia utilizada, bem como incluir, conclusões e expressar de forma
inequívoca uma opinião sobre as constatações verificadas, quer sejam negativas ou positivas e
mencionar os esforços desenvolvidos para corrigir quaisquer deficiências observadas;
V. 6.2. Os relatórios devem ser suficientemente claros, facilmente inteligíveis, não conterem
ambiguidades, redigidos de forma simples e os factos serem descritos de forma exata e lógica, para
facilitar a sua compreensão;
V. 6.3. Os relatórios devem ser concisos e ter a extensão necessária e suficiente para transmitir os
factos verificados e os resultados a que o auditor chegou;
V. 6.4. Os relatórios devem ser objetivos, elaborados com imparcialidade e os resultados serem
apresentados de forma equilibrada e apropriada, devendo evitar qualquer tendência para adjetivar
observações;
165 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
V. 6.5. Os relatórios devem ser suficientemente persuasivos devendo apresentar informação
considerada suficiente para justificar a validade das constatações, a razoabilidade das conclusões e o
interesse das recomendações;
V. 6.6. Os relatórios devem ser exatos e apresentar informação fiável, devendo as suas constatações e
conclusões, estar apoiadas em evidências relevantes, devidamente documentadas.
V. 7. Requisitos dos relatórios
Os relatórios a que se refere o artigo anterior devem conter, nomeadamente, os seguintes elementos:
a) O âmbito da auditoria;
b) A designação dos auditados;
c) O objeto da auditoria;
d) A metodologia, os documentos analisados e elaborados;
e) O desenvolvimento das atividades incrementadas;
f) As não conformidades detetadas;
g) As conclusões;
h) As recomendações;
i) As medidas corretivas.
V. 8. Audição do serviço auditado
V. 8.1. A proposta do relatório final da auditoria, deve ser remetido ao auditado para que este, querendo,
se pronuncie sobre o mesmo no prazo máximo de 15 dias;
V. 8.2. Findo o prazo definido no número anterior, deve o GACI, remeter o mesmo à consideração do
órgão legalmente competente do IPCA, no prazo máximo de 10 dias.
V. 9. Medidas corretivas
V. 9.1. O GACI deve acompanhar a aplicação das medidas corretivas, mediante audição do auditado,
verificação de documentação e demais procedimentos complementares considerados necessários;
V. 9.2. O GACI procederá à publicação e divulgação do relatório final da auditoria, bem como dos
relatórios referentes às medidas corretivas, sempre que tal seja determinado pelo órgão legalmente
competente do IPCA.
V. 10. Prova Documental
Como prova de que as auditorias foram executadas de acordo com os princípios básicos no que
concerne à programação, às áreas verificadas, ao trabalho realizado e às constatações delas resultantes,
o auditor deve documentar os factos que sejam relevantes e ainda:
166 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
a) Confirmar e apoiar as opiniões e os relatos do GACI;
b) Tornar a auditoria mais transparente e eficaz;
c) Provar que o GACI aplicou os princípios e os procedimentos de auditoria;
d) Facilitar a programação e a supervisão da auditoria;
e) Conservar as provas do trabalho realizado.
V. 11. Aplicação
V. 11.1. Despesas com pessoal
V. 11.1.1. O GACI deverá proceder mensalmente à conferência, verificação e registo inerentes às
despesas efetuadas pelo Serviço de Recursos Humanos relativamente ao processamento de
vencimentos, nomeadamente se as mesmas obedecem ao conjunto de normas e disposições legais
aplicáveis;
V. 11.1.2. O GACI poderá consultar no serviço de Recursos Humanos ou requisitar, para exame e
verificação, toda a documentação relacionada com a realização das despesas com pessoal;
V. 11.1.3. Os processos que não se apresentem legalizados, ou por defeituosa organização não
forneçam os necessários elementos de verificação serão devolvidos à precedência com a informação
indicativa dos motivos da devolução, devendo sempre que possível ser indicado o modo de superar as
deficiências detetadas;
V. 11.1.4. É sempre da responsabilidade da entidade processadora a demora na conferência e
pagamento das despesas que, por falta de preenchimento de formalidades legais ou erro de operação,
não possam ser pagas nos prazos estabelecidos;
V. 11.1.5. Anualmente, e por amostra deverão ser auditadas 30% das declarações elaboradas pelos RH
para efeitos de IRS.
V. 11.2. Contas bancárias
A auditoria às contas bancárias visa assegurar:
a) A abertura de contas bancárias é sujeita a prévia deliberação do órgão legalmente competente, e
que as contas bancárias são tituladas pela entidade e movimentadas, obrigatoriamente por dois
elementos, sendo obrigatória, a assinatura do Presidente;
b) Todos os cheques são cruzados;
c) Os cheques são assinados na presença dos respetivos documentos de suporte, previamente
conferidos devendo a primeira pessoa que assina verificar, rubricando, a concordância do valor e
do beneficiário;
d) Os cheques em branco encontram-se à guarda do responsável designado para o efeito, e em
lugar seguro;
167 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
e) Os cheques já emitidos mas que por qualquer motivo, foram anulados, encontram-se arquivados
depois de se lhe destruírem as assinaturas, no caso de o mesmo já estar assinado;
f) Findo o período de validade dos cheques em trânsito, procede-se ao respetivo cancelamento junto
à instituição bancária, efetuando-se os necessários registos contabilísticos de regularização.
V. 11.3. Compras de bens e serviços
V. 11.3.1. A auditoria às compras de bens e serviços deve assegurar que o processo de compra é
composto por diversas fases previstas no CCP e verificar se existem:
a) Faturas recebidas e não contabilizadas;
b) Devoluções a fornecedores não acreditadas e não contabilizadas e em consequência, pagamento
da fatura integralmente;
c) Duplicação de pagamentos;
d) Compras em condições não autorizadas;
e) Processamento de valores incorretos.
V. 11.3.2. O GACI deve dar parecer sobre todos os processos de compras de bens e serviços antes da
autorização de pagamento.
V. 11.4. Imobilizado
V. 11.4.1. O GACI deve realizar auditorias internas, anualmente, na qual deve efetuar:
a) Reconciliações entre os registos das fichas do imobilizado e os registos contabilísticos quanto aos
montantes de aquisições e das amortizações acumuladas;
b) Uma verificação física dos bens do ativo imobilizado, por meio de testes de amostragem e se
confira os registos, devendo proceder-se à regularização a que houver lugar e ao apuramento de
responsabilidades, quando for o caso.
V. 11.4.2. A auditoria ao imobilizado deve permitir, designadamente, assegurar que:
a) As fichas individuais dos bens de imobilizado se encontram permanentemente atualizadas;
b) Os critérios de inventariação, avaliação e atualização obedecem aos princípios estabelecidos no
CIBE;
c) As aquisições de imobilizado efetuam-se com base em deliberações do órgão legalmente
competente, através de requisições externas ou documento equivalente, designadamente
contrato, emitido pelos responsáveis designados para o efeito, após verificação do cumprimento
das normas legais aplicáveis, nomeadamente em matéria de empreitadas e fornecimentos;
d) A destruição do imobilizado ou alienações e abates estão autorizados por quem de direito;
e) Existe controlo das obras de beneficiações/manutenção do imobilizado.
f) O Gabinete de Auditoria Interna deverá confrontar o total das fichas elaboradas de acordo com o
CIBE com todas as contas da Contabilidade Patrimonial, nomeadamente quanto ao custo de
168 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
aquisição ou produção, às amortizações do exercício, às amortizações acumuladas, bem como os
abates verificados no exercício, com o objetivo de detetar bens que tenham sido abatidos e/ou
adquiridos sem que se tenha procedido à atualização dos registos ou que os valores registados no
CIBE não coincidam com os valores registados na Contabilidade Patrimonial.
V. 11.4.3. Também deverá efetuar, por amostra aleatória, a verificação física dos bens do ativo
imobilizado e a sua operacionalidade, conferindo com os registos, para que se proceda à regularização a
que houver lugar e ao apuramento de responsabilidades, quando for o caso;
V. 11.4.4. O órgão legalmente competente do IPCA pode ainda solicitar auditorias autónomas ao Fiscal
Único.
V. 11.5. Elaboração de reconciliações bancárias
V. 11.5.1. O GACI deverá realizar periodicamente reconciliações bancárias, para o que lhe deverão ser
remetidos os respetivos extratos bancários;
V. 11.5.2. Após a análise das reconciliações os SF devem proceder ao registo de todas as
regularizações contabilísticas necessárias, autorizadas superiormente. Cabe ao GACI verificar se as
diferenças verificadas nas reconciliações bancárias, são averiguadas e prontamente regularizadas.
V. 11.6. Supervisão dos processos de receita
O GACI poderá consultar nos serviços ou requisitar, para exame e verificação, toda a documentação
relacionada com a arrecadação da receita, devendo verificar e se existe:
a) Prestações de serviços sem faturação ou Guia de Recebimento;
b) Falta de registo de algumas cobranças;
c) Prestações de serviços em condições não autorizadas;
d) Erros na emissão de Guias de recebimento (clientes, preço, etc.);
e) Erros de contabilização;
f) Atrasos incobráveis não detetados.
V. 11.7. Supervisão dos processos de despesa
V. 11.7.1. O GACI deverá antes da autorização de pagamento proceder à conferência, verificação e
registo inerentes à realização de todas as despesas efetuadas pelos serviços nomeadamente se as
mesmas obedecem ao conjunto de normas e disposições legais aplicáveis e às regras de instrução de
processos sujeitos a fiscalização prévia do Tribunal de Contas;
V. 11.7.2. Os processos de despesa que se não apresentem legalizados, ou que por defeituosa
organização não forneçam os necessários elementos de verificação serão devolvidos à procedência, com
a informação indicativa dos motivos da devolução, devendo, sempre que possível, ser indicado o modo
de superar as deficiências detetadas.
169 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
V. 11.8. Registo das operações
V. 11.8.1. A auditoria interna ao registo das operações deve assegurar que:
a) Existe segregação entre o controlo e o processamento dos correspondentes registos;
b) Os registos contabilísticos são claros e encontram-se processados informaticamente;
c) O acesso aos registos está protegido com medidas de segurança, nomeadamente passwords
pessoais e intransmissíveis e encontra-se vedado com exceção daqueles que tenham por função
a sua conferência e validação.
V. 11.8.2.Periodicamente, podem efetuar-se contagens físicas aleatórias aos fundos de maneio das
diversas escolas ou serviços (que consiste na confrontação do dinheiro e dos documentos existentes).
Este controlo é efetuado pelo GACI ou pelo fiscal único, donde resultam relatórios de trabalho de campo.
V. 12. Prazos
A periodicidade das ações a desenvolver pelo GACI, é fixada pelo Presidente do IPCA.
V. 12. Fiscal Único
V. 12.1. O Fiscal Único é o órgão responsável pelo controlo da legalidade, da regularidade e da boa
gestão financeira e patrimonial do IPCA;
V. 12.2. As competências do Fiscal Único são as fixadas no artigo 28.º da Lei-Quadro dos Institutos
Públicos, Lei n.º 3/2004, publicada no Diário da República, 1ª série – A, de 15 de Janeiro de 2004;
V. 13. Auditoria externa
V. 13.1. A Auditoria Externa tem em vista um exame independente, objetivo e competente de um
conjunto de demonstrações financeiras de uma entidade, sendo conduzido com o objetivo de exprimir
uma opinião sobre se as Demonstrações Financeiras apresentam de forma verdadeira e apropriada a
posição financeira da entidade;
V. 13.2. O IPCA, sendo uma instituição de ensino superior público e sem prejuízo das auditorias
mandadas realizar pelo Estado, deve promover a realização de auditorias externas de dois em dois anos,
devendo uma delas reportar-se à primeira metade do mandato do presidente e a seguinte preceder em
três meses o final do mandato correspondente, conforme está estabelecido no artigo 118.º do Regime
Jurídico das Instituições do Ensino Superior (RJIES).
170 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
PARTE VI – LEGISLAÇÃO
VI.. 1. Legislação de enquadramento da atividade
VI. 1.1. Enquadramento Estatuário e Financiamento
Lei n.º 67/2007, de 31 de Dezembro – Regime da Responsabilidade Civil Extracontratual do
Estado e Demais Entidades Públicas
Lei n.º 62/2007, de 10 de Setembro – Regime jurídico das instituições de ensino superior
Lei n.º 3/2004, de 15 de Janeiro, alterada pelo Decreto-Lei n.º 105/2007, de 3 de Abril, e pela Lei
n.º 51/2005, de 30 de Agosto – Aprova a Lei-Quadro dos Institutos públicos
Lei n.º 37/2003, de 22 de Agosto, alterada pela Lei n.º 49/2005, de 30 de Agosto – Estabelece as
bases do financiamento do Ensino Superior
Lei n.º 98/97, de 26 de Agosto, alterada pelas Leis n.º 35/2007, de 13 de Agosto e n.º 48/2006, de
29 de Agosto - Lei de Organização e Processo do Tribunal de Contas
Decreto-Lei n.º 280/2007, de 7 de Agosto – que rege a gestão dos bens imóveis do domínio
público e privado do Estado e do domínio privado dos institutos públicos
Decreto-Lei n.º 191/99, de 5 de Junho – Regime de Tesouraria do Estado
Decreto-Lei n.º 183/96, de 27 Setembro – Instrumentos de Gestão
Portaria n.º 1174/2003, de 6 de Outubro – Financiamento do ensino superior
Código do Procedimento Administrativo
Estatutos do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave, aprovados pelo Despacho Normativo n.º
21/2010 (2ª série), de 22 de Julho
Despacho n.º 11809/2009 (2.ª série), do Senhor Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino
Superior, publicado no D.R., de 15 de Maio, sobre tratamento de reclamações dirigidas às IES
Plano de Gestão de Riscos de Corrupção e Infrações Conexas
VI. 1.2. Enquadramento contabilístico e fiscal
Lei n.º 8/2012, de 21 de Fevereiro – Aprova as regras aplicáveis à assunção de compromissos e
aos pagamentos em atraso das entidades públicas
Lei n.º 64-B/2011, de 30 de Dezembro – Aprova o Orçamento de Estado para 2012
171 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
Lei n.º 55-A/2010, de 31 de Dezembro – Aprova o Orçamento de Estado para 2011
Lei n.º 31/2009, de 3 de Julho - Aprova o regime jurídico que estabelece a qualificação profissional
exigível aos técnicos responsáveis pela elaboração e subscrição de projetos, pela fiscalização de
obra e pela direção de obra, que não esteja sujeita a legislação especial, e os deveres que lhes
são aplicáveis e revoga o Decreto n.º 73/73, de 28 de Fevereiro
Lei n.º 91/2001, de 20 de Agosto, com a redação dada pela Lei n.º 48/2004, de 29 de Setembro –
Enquadramento orçamental
Lei n.º 8/90, de 20 de Fevereiro – Bases da Contabilidade Pública
Decreto-Lei n.º 32/2012, de 13 de Fevereiro – Estabelece as disposições necessárias à execução
do Orçamento de Estado para 2012
Decreto-Lei n.º 29-A/2011, de 1 de Março – Estabelece as disposições necessárias à execução do
Orçamento de Estado para 2011
Decreto-Lei n.º18/2008, de 29 de Janeiro – Aprova o Código dos Contratos Públicos, retificado
pelo Decreto de Retificação n.º18-A/2008, de 28 de Março e alterado pelo Decreto-Lei n.º
278/2009, de 2 de Outubro e pelo Decreto-Lei n.º223/2009, de 11 de Setembro
Decreto-Lei n.º 143-A/2008, de 25 de Julho - Estabelece os termos a que deve obedecer a
apresentação e receção de propostas, candidaturas e soluções no âmbito do Código dos
Contratos Públicos
Decreto-Lei n.º 37/2007, de 19 de Fevereiro – Aprova a criação da Agência Nacional de Compras
Públicas, E.P.E.
Decreto-Lei n.º 199/2004, de 18 de Agosto – Estabelece medidas de carácter extraordinário tendo
em vista a regularização da situação jurídica do património do Estado e dos Institutos públicos
Decreto-Lei n.º 26/2002, de 14 de Fevereiro – Código de Classificação Económica das Despesas
e Receitas Públicas
Decreto-Lei n.º 155/92, de 28 de Julho – Regime de Administração Financeira do Estado;
Portaria n.º 1379/2009, de 30 de Outubro - Regulamenta as qualificações específicas profissionais
mínimas exigíveis aos técnicos responsáveis pela elaboração de projetos, pela direção de obras e
pela fiscalização de obras
Portaria n.º 959/2009, de 21 de Agosto - Aprova o formulário de caderno de encargos relativo aos
contratos e empreitadas de obras públicas e revoga a Portaria n.º 104/2001, de 21 de Fevereiro
Portaria n.º 701-A/2008, de 29 de Julho - Estabelece os modelos de anúncio de procedimentos
pré-contratuais previstos no Código dos Contratos Públicos a publicitar no Diário da República
Portaria n.º 701-D/2008, de 29 de Julho - Aprova o modelo de dados estatísticos
172 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
Portaria n.º 701-E/2008, de 29 de Julho - Aprova os modelos do bloco técnico de dados, do
relatório de formação do contrato, do relatório anual, do relatório de execução do contrato, do
relatório de contratação e do relatório final de obra
Portaria n.º 701-F/2008, de 29 de Julho - Regula a constituição, funcionamento e gestão do portal
único da Internet dedicado aos contratos públicos (Portal dos Contratos Públicos)
Portaria n.º 701-G/2008, de 29 de Julho - Define os requisitos e condições a que deve obedecer a
utilização de plataformas eletrónicas pelas entidades adjudicantes, na fase de formação dos
contratos públicos, e estabelece as regras de funcionamento daquelas plataformas
Portaria n.º 701-H/2008, de 29 de Julho - Aprova o conteúdo obrigatório do programa e do projeto
de execução, bem como os procedimentos e normas a adotar na elaboração e faseamento de
projetos de obras públicas, designados «Instruções para a elaboração de projetos de obras», e a
classificação de obras por categorias
Portaria n.º 701-I/2008, de 29 de Julho - Constitui e define as regras de funcionamento do sistema
de informação designado por Observatório das Obras Públicas
Portaria n.º 701-J/2008, de 29 de Julho - Define o regime de acompanhamento e fiscalização da
execução dos projetos de investigação e desenvolvimento e cria a respetiva comissão
Portaria n.º 794/2000, de 20 de Setembro – POC Educação
Resolução n.º 14/2011 do Tribunal de Contas – Diário da República, 2.ª Série, n.º 156, de 16 de
Agosto – Instrução e tramitação dos processos de fiscalização prévia
Resolução n.º 1/93 do Tribunal de Contas – Diário da República, 1.ª Série B, n.º 17, de 21 de
Janeiro - Instruções e requisitos na organização e documentação das contas
Regulamento nº 330/2009, de 30 de Julho - Regulamento do Sistema Nacional de Compras
Públicas
Regulamento nº 329/2009, de 30 de Julho - Regulamento de gestão do parque de veículos do
Estado
Regulamento (CE) n.º 1177/2009 da Comissão, de 30 de Novembro de 2009 - Altera as Diretivas
2004/17/CE, 2004/18/CE e 2009/81/CE do Parlamento Europeu e do Conselho no respeitante aos
seus limiares de aplicação no contexto dos processos de adjudicação de contratos;
173 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
Despacho Normativo n.º 35-A/2008, de 29 de Julho - Aprova o Regulamento de Publicação de
Atos no Diário da República. Revoga o despacho normativo n.º 38/2006, de 30 de Junho
Norma Interpretativa (CNCAP) n.º 1 – Período complementar
Norma Interpretativa (CNCAP) n.º 2 – Movimentação conta 25 do POCP
Circular Série A n.º 1314 – DGO – IVA contabilização como operação extra – orçamental
Despacho n.º 16586/2011, (2.ª série), publicado em D.R., de 7 de Dezembro – Delegação de
competências do MEC, nos Presidentes dos Institutos Politécnicos
Despacho n.º 10688/2011, (2.ª série), publicado em D.R., de 16 de Agosto – Delegação de
competências do MEC, nos Presidentes dos Institutos Politécnicos
Despacho n.º 26445/2009 (2.ª série), publicado em D.R., de 4 de Dezembro – Delegação de
competências do MCTES no Presidente do IPCA
Circular Série A n.º1370, de 26 de Março de 2012 - Instruções complementares ao Decreto-Lei de
Execução Orçamental para 2012
Circular Série A n.º 1369, de 18 de Novembro de 2011 - Instruções sobre informação POCP / POC
– Educação, a enviar pelos serviços e fundos autónomos
Circular Série A n.º 1368, de 09 de Setembro de 2011 - Instruções sobre cabimentos,
compromissos e pagamentos em atraso
VI. 1.3. Ajudas de Custo
Decreto – Lei n.º 137/2010, de 28 de Dezembro – Disciplina um conjunto de medidas adicionais de
redução de despesa com vista à consolidação orçamental prevista no Programa de estabilidade e
Crescimento (PEC) para 2010-2013
Decreto-Lei n.º 106/98, de 24 de Abril - Estabelece normas relativas ao abono de ajudas de custo
e de transporte pelas deslocações em serviço público
Decreto-lei n.º 192/95, de 28 de Julho – Disciplina o abono de ajudas de custo por deslocação em
serviço ao estrangeiro
Resolução do Conselho de Ministros n.º 51/2066, de 5 de Maio - Abono de ajudas de custo e
transporte
174 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
Portaria n.º 1553-D/2008, de 31 de Dezembro de 2008 – Revisão anual das tabelas de ajudas de
custo, subsídios de refeição e de viagem bem como dos suplementos remuneratórios, para os
colaboradores em funções públicas;
VI. 1.4. Cadastro e Inventário dos Bens
Decreto-Lei n.º170/2008, de 26 de Agosto – Regime jurídico do parque de veículos do Estado
Decreto-Lei n.º 280/2007, de 7 de Agosto – Reforma do regime do património imobiliário público
Decreto-Lei n.º 153/2001, de 7 de Maio - Estabelece as regras em matéria de alienação a título
gratuito de equipamento de informática pelos organismos da Administração Central no quadro dos
respetivos processos de reequipamento e atualização de material de informática
Decreto-Lei n.º490/99, de 17 de Novembro – Condução de viaturas oficiais
Decreto-Lei n.º 307/94, de 21 de Dezembro – Estabelece o regime de aquisição, gestão e
alienação dos bens móveis do domínio privado do Estado
Portaria n.º 671/2000, de 17 de Abril – Cadastro e Inventário dos Bens do Estado (CIBE);
VI. 1.5. Enquadramento Recursos Humanos e contratação
Lei n.º 3-B/2010, de 28 de Abril – aboliu a regra da contratação de pessoas coletivas no caso de
prestação de serviços abrangidos pela Lei n.º 12-A/2008, de 27 de Fevereiro
Lei n.º 110/2009, de 16 de Setembro – Código dos Regimes Contributivos do Sistema Previdencial
de Segurança Social
Lei n.º 59/2008, de 11 de Setembro – que aprova o Regime do Contrato de Trabalho em Funções
Públicas
Lei n.º 58/2008, de 9 de Setembro – Estatuto dos Colaboradores que exercem funções públicas
Lei n.º 12-A/2008, de 27 de Fevereiro, retificada pela Declaração de Retificação n.º 22-A/2008, de
24 de Março - Estabelece os regimes de vinculação, de carreiras e de remunerações dos
colaboradores que exercem funções públicas
Decreto-Lei n.º 205/2009, de 31 de Agosto – procede à alteração do Estatuto da Carreira Docente
Universitária, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 448/79, de 13 de Novembro
175 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
Decreto-Lei n.º 206/2009, de 31 de Agosto – que aprova o regime jurídico do título de especialista
Decreto-Lei n.º 151/2006, de 2 de Agosto - Atribui aos reitores, aos presidentes dos institutos
superiores politécnicos e aos diretores ou presidentes dos conselhos diretivos dos
estabelecimentos de ensino superior não integrado a competência para autorizar a acumulação de
funções e cargos públicos com outras funções públicas ou privadas
Decreto-Lei n.º 190/96, de 9 de Outubro – Balanço social para organismos públicos
Decreto-Lei n.º 4/89 de 6 de Janeiro de 1989 – Abono para falhas
Decreto-Lei n.º185/81, de 1 de Julho – Estatuto da Carreira do Pessoal Docente do Ensino
Superior Politécnico, alterado pelo Decreto -Lei n.º 69/88, de 3 de Março e pelo Decreto-Lei
n.º207/2009, de 31 de Agosto;
Portaria n.º 9/2012, de 10 de Janeiro - Termos e tramitação do parecer prévio vinculativo dos
membros do Governo responsáveis pelas áreas das Finanças e da Administração Pública
Portaria n.º 371-A/2010, de 23 de Junho – regulamentação e tramitação do parecer prévio
vinculativo dos membros do Governo responsáveis pelas áreas das finanças e da Administração
Portaria n.º 83-A/2009, de 22 de Janeiro – que regulamenta a tramitação do procedimento
concursal
Portaria n.º 1553-C/2008 de 31 de Dezembro de 2008 – que aprova a tabela remuneratória única
dos colaboradores que exercem funções públicas
Decreto Regulamentar n.º 1-A/2011, de 3 de Janeiro de 2011 - Procede à regulamentação do
Código dos Regimes Contributivos do Sistema Previdencial de Segurança Social, aprovado pela
Lei n.º 110/2009, de 16 de Setembro
Decreto Regulamentar n.º 14/2008, de 31 de Julho de 2008 - Níveis remuneratórios das carreiras
gerais
Despacho n.º 2221/2010 (2.ª série), publicado no Diário da República de 2 de Fevereiro –
permissão genérica de condução das viaturas oficiais do IPCA
Despacho n.º 15409/2009, de 8 de Julho de 2009 – Abono para falhas
Despacho n.º 16066/2008, de 12 de Junho de 2008 – Prestação de Serviços
Despacho do Senhor Ministro de Estado e das Finanças de 15 de Maio de 2007 – Greve
176 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
VI. 2. Regulamentação interna
VI. 2.1. Geral
Despacho (PR) – 33/2012 – Marcação de Férias em 2012
Despacho (PR) – 31/2012 – Contratação de pessoal docente a tempo parcial e em regime de
prestação de serviços
Despacho (PR) – 28/2012 – Processo de autorização de funcionamento e de pagamento de
despesas relativas a projetos com receitas próprias
Despacho (PR) – 16/2012 – Permissão genérica de condução de viaturas afetas ao IPCA
Despacho (PR) – 14/2012 – Responsáveis pelo fundo de maneio do IPCA para o ano de 2012
Despacho (PR) – 12/2012 – Pagamento de propina de doutoramento a docentes com bolsa
PROTEC.
Despacho (PR) – 10/2012 – Avaliação de desempo 2011 (SIADAP 3)
Despacho (PR) – 4/2012 – Constituição do Conselho Coordenador do Conselho de Avaliação do
pessoal não docente do ao Instituto Politécnico do Cávado e do Ave
Despacho (PR) – 1/2012 – Cumprimento da regra do equilíbrio orçamental para 2012
Despacho (PR) – 120/2011 – Delegação de competências no Vice-Presidente Mestre José
Agostinho Veloso da Silva
Despacho (PR) – 119/2011 – Delegação de competências na Vice-Presidente Prof.ª Doutora
Agostinha Patrícia Gomes
Despacho (PR) – 118/2011 – Permissão genérica de condução de viaturas afetas ao Instituto
Politécnico do Cávado e do Ave
Despacho (PR) – 115/2011 – 1ª Edição do Programa de estágios do IPCA – ano letivo 2011/2012
Despacho (PR) – 103/2011 – Delegação de competências no Presidente, na Administradora e na
Vice-Presidente do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave
Despacho (PR) – 101/2011 – Nomeação da Prof.ª Doutora Agostinha Patrícia Gomes para o cargo
de Vice-Presidente do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave
Despacho (PR) – 100/2011 – Nomeação do Mestre José Agostinho Veloso da Silva para o cargo
de Vice-Presidente do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave
Despacho (PR) – 99/2011 – Afetação dos funcionários às unidades orgânicas e serviços do
Instituto Politécnico do Cávado e do Ave
Despacho (PR) – 97/2011 – Nomeação da Administradora do Instituto Politécnico do Cávado e do
Ave
177 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
Despacho (PR) – 96/2011 – Estrutura orgânica do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave
Despacho (PR) – 95/2011 – Valor da propina a cobrar pela matrícula e inscrição nos cursos de
mestrado em associação no âmbito da APNOR
Despacho (PR) – 93/2011 – Atualização da tabela de emolumentos a praticar pela Biblioteca do
Instituto Politécnico do Cávado e do Ave
Despacho (PR) – 92/2011 – Programas de estágios do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave
Despacho (PR) – 91/2011 – Procedimentos de avaliação dos trabalhadores em período
experimental no Instituto Politécnico do Cávado e do Ave
Despacho (PR) – 88/2011 – Valor de taxa a cobrar pelos pedidos de prorrogação dos prazos de
entrega de dissertação/trabalho de projeto/estágio dos cursos Mestrado do IPCA e cursos de
Mestrado em associação no âmbito da APNOR
Despacho (PR) – 87/2011 – Valor da propina a cobrar pelas readmissões nos cursos de Mestrado
Despacho (PR) – 86/2011 – Valor da propina a cobrar pela matrícula e inscrição em unidades
curriculares isoladas integradas nos cursos de graduação do Instituto Politécnico do Cávado e do
Ave
Despacho (PR) – 85/2011 – Valor de propina a cobrar pela matrícula e inscrição nos cursos de
Mestrados do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave
Despacho (PR) – 84/2011 – Valor de propina a cobrar pela matrícula e inscrição nos cursos de
Licenciaturas do IPCA, para o ano 2011/2012
Despacho (PR) – 76/2011 – Regulamento de taxas a praticar pelos Serviços Académicos e
atualização da tabela de Emolumentos
Despacho (PR) – 73/2011 – Delegação de competências na Vice-Presidente Instituto Politécnico
do Cávado e do Ave
Despacho (PR) – 70/2011 – Delegação de competências em matéria de recursos humanos dos
Serviços centrais na Administradora do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave
Despacho (PR) – 69/2011 – Delegação de competências no Presidente, na Administradora e na
Vice-Presidente do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave
Despacho (PR) – 66/2011 – Dispensa do serviço docente da senhora Provedora do Estudante
Despacho (PR) – 65/2011 – Nomeação do Presidente do Conselho Coordenador do IPCA
Despacho (PR) – 60/2011 – Delegação de competência na Senhora Vice-Presidente do IPCA
Despacho (PR) – 59/2011 – Nomeação da Prof.ª Doutora Irene Maria Portela para o cargo de
Provedora do Estudante
Despacho (PR) – 58/2011 – Nomeação da Prof.ª Doutora Maria Manuela Cruz da Cunha para o
cargo de Vice-Presidente do IPCA
Despacho (PR) – 38/2011 – Recuperação de vencimento de exercício
178 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
Despacho (PR) – 37/2011 – Alteração dos procedimentos de reembolsos da ADSE
Despacho (PR) – 36/2011 – Alteração do regulamento das provas de avaliação da capacidade de
maiores de 23 anos para frequência dos cursos superiores do IPCA
Despacho (PR) – 35/2011 – Provas de avaliação de capacidades de Maiores de 23 anos
2011/2012
Despacho (PR) – 34/2011 – Regulamento dos Concursos Para Recrutamento de Professores da
Carreira Docente do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave
Despacho (PR) – 32/2011 – Constituição da Comissão Paritária do pessoal docente
Despacho (PR) – 31/2011 – Constituição da Comissão Paritária do pessoal não docente
Despacho (PR) – 28/2011 – Dever de informação sobre as remunerações auferidas (adenda do
PR_04_2011)
Despacho (PR) – 26/2011 – Eleição da Comissão Paritária (docentes)
Despacho (PR) – 19/2011 – Alteração do regulamento de propinas
Despacho (PR) – 6/2011 – Procedimentos despesas PROTEC
Despacho (PR) – 5/2011 – Redução dos valores e pagamento de ajudas de custo e subsídio de
transporte
Despacho (PR) – 4/2011 – Dever de Informação sobre as remunerações auferidas
Despacho (PR) – 10/2010 – Regulamento do Fundo de Maneio
Despacho (PR) – 8/2010 – Viatura do IPCA afeta aos Serviços da Presidência
Despacho Interno (PR) n.º8/2010 – Viatura afeta aos Serviços da Presidência
Despacho Interno (PR) n.º3/2010 – Criação da Comissão de Prevenção da Corrupção do IPCA
(CPCIPCA) e designação dos seus membros
Despacho (PR) – 4/2008 – Regras sobre preenchimento de boletins itinerários e pagamento de
deslocações a formadores de CET
Circular Adm n.º 03/2012 – Fluxograma de procedimentos da contratação de formadores
Circular Adm n.º 02/2012 – Fluxograma de procedimentos da atribuição do Título Especialista
Circular Adm n.º 01/2012 – Autorização e cabimentação prévia das despesas
Informação - 1/2009 – Pagamento de ajudas de custo no âmbito de serviço de júri
179 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
VI. 2.2. Escolas
Despacho (PR) – 40/2012 – Aprovação do Regulamento de Fundo de Emergência
Despacho (PR) – 20/2012 – Afetação de verbas às Escolas – Ano Civil 2012
Despacho (PR) – 9/2012 – Discussão pública dos Estatutos da ESG e EST
Despacho (PR) – 78/2011 – Regras para a contratação de docentes para o ano letivo 2011/2012
Despacho (PR) – 75/2011 – Delegação de competências do Presidente na Diretora da Escola
Superior de Gestão
Despacho (PR) – 74/2011 – Delegação de competências do Presidente no Diretor da Escola
Superior de Tecnologia
Despacho (PR) – 72/2011 – Delegação de competências na Diretora da Escola Superior de
Gestão
Despacho (PR) – 71/2011 – Delegação de competências no Diretor da Escola Superior de
Tecnologia
Despacho (PR) – 57/2011 – Nomeação da Prof.ª Doutora Soraia Marla Ferreira Gonçalves para o
cargo de Diretora da ESG
Despacho (PR) – 56/2011 – Nomeação do Prof. Doutor Nuno Miguel Feixa Rodrigues para o cargo
de Diretor da EST
Despacho (PR) – 8/2011 – Delegação de competências no Diretor da Escola Superior de
Tecnologia
Despacho (PR) – 7/2011 – Delegação de competências no Diretor da Escola Superior de Gestão
Despacho (PR) – 6/2011 – Procedimentos despesas PROTEC
Despachos (PR) - 93/2010 – Projeto de Regulamento dos Concursos para Recrutamento de
Professores de Carreira Docente do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave
Despachos (PR) - 80/2010 – Manutenção, conservação e funcionamento das instalações da
Escola Superior de Gestão do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave
Despachos (PR) - 55/2010 – Aprovação do Regulamento de Avaliação do desempenho dos
Docentes do IPCA
Despachos (PR) - 48/2010 – Regimento do Conselho Técnico-Científico da EST
Despachos (PR) - 46/2010 – Aprovação do Regulamento para atribuição do título de especialista
no IPCA
Despachos (PR) - 43/2010 – Criação do Centro de Investigação Jurídica Aplicada (CIJA)
Despachos (PR) - 33/2010 – Regimento do Conselho Técnico-Científico da ESG
180 / 180
MANUAL DE CONTROLO INTERNO
Despachos (PR) - 8/2010 – Regime de exercício de funções dos docentes em PROTEC
Despacho (PR) - 61/2009 – Autorização de contratação de docentes e alteração de equiparação
(em vigor, na parte que não viola o ECPDESP)
Despacho (PR) - 8/2008 – Regras sobre lecionação de CET
VI. 2.3. SAS
Despacho (PR) – 125/2011 – Nomeação da Dr.ª Sofia Coelho para integrar o Conselho de Gestão
do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave
Despacho (PR) – 122/2011 – Delegação de competências em matéria de recursos humanos na
Diretora dos SAS
Despacho (PR) – 110/2011 – Delegação de competências em matéria de bolsas de estudo na
Diretora dos SAS
Despacho (PR) – 98/2011 – Nomeação do dirigente dos Serviços de Ação Social do Instituto
Politécnico do Cávado e do Ave
Despacho (PR) – 68/2011 – Delegação de competências em matéria de recursos humanos dos
Serviços de Ação Social na Administradora do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave
Despacho (PR) – 67/2011 – Delegação de competências em matéria dos Serviços de Ação Social
na Administradora do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave
Despacho (PR) – 9/2011 – Delegação de competências na Administradora dos SAS
Despacho (PR) – 7/2011 – Delegação de competências na administradora dos Serviços de Ação
Social do IPCA
Despacho n.º 8137/2010 (2ª série de 10 de Maio) – Regulamento de atribuição de Bolsa de Estudo
para mérito de Estudantes do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave
Despachos (PR) - 82/2010 – Manutenção, conservação e funcionamento das instalações do
edifício dos Serviços de Ação Social do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave
Despachos (PR) - 68/2010 – Regulamento da creditação na determinação do aproveitamento
escolar e no cálculo do aproveitamento mínimo de estudantes para efeitos de atribuição de bolsa
de estudos
Despacho (PR) – 52/2010 – Pagamento das senhas de refeição pelos estudantes inscritos em
cursos de formação Pós-graduada
Despacho (PR) – 47/2010 – Aprovação do Regulamento de atribuição de Bolsas de estudo por
mérito a estudantes do IPCA