manual de licenciamento ambiental

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Manual Empresarial do SENAI Licenciamento Ambiental para Construção Civil

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manual Firjan de licenciamento ambiental na construção civil.

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Manual Empresarial do SENAILicenciamento Ambiental para Construo CivilFEDERAO DAS INDSTRIAS DO ESTADO DORIO DE JANEIRO FIRJANEduardo Eugenio Gouva Vieira PresidenteIsaac Plachta Presidente do Conselho Empresarial de Meio AmbienteAlexandre dos Reis Superintendente do SESI-RJ e Diretor Regional do SENAI-RJLuiz Ernesto de Abreu Guerreiro Diretor de Qualidade de VidaLus Augusto Azevedo Gerente Geral de Meio AmbienteEQUIPE TCNICAMariana Miranda Maia Lopes Analista de Meio AmbienteCarolina Zoccoli Especialista em Meio AmbienteAline Freitas Soares Estagiria em Engenharia AmbientalASSESSORIA JURDICAGustavo Kelly Alencar Consultor JurdicoASSESSORIA SETORIALRoberto da Cunha Especialista Tcnico SetorialSISTEMA FIRJANGMA Gerncia de Meio [email protected] (21) 2563-4157S474lSENAI. DepartamentoRegional do Rio de JaneiroLicenciamento Ambientalpara construo civil/SENAI.DepartamentoRegional do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro : [s.n],2015.57p. : il., color.- (Manual Empresarial do SENAI)Inclui bibliograa.1. Licenciamento ambiental 2.Poltica ambiental I. TtuloCDD 363.7SIGLAS E ABREVIATURAS6APRESENTAO7O QUE AVALIAR ANTES DE OPTAR POR UMEMPREENDIMENTO, REFORMAR, COMPRAROU ALUGAR UM IMVEL PARA CONSTRUO9LICENCIAMENTO AMBIENTAL23SISTEMA DE LICENCIAMENTODO ESTADO DO RIO DE JANEIRO (SLAM)27ANEXO46GLOSSRIO51REFERNCIAS53SUMRIOAA Autorizao AmbientalAAF Autorizao Ambiental de FuncionamentoAPA rea de Proteo AmbientalAPP rea de Preservao Permanente ASV Autorizao de Supresso de VegetaoAVB Documento de AverbaoCA Certido AmbientalCAR Cadastro Ambiental RuralCCL Certicado de Credenciamento de LaboratrioConama Conselho Nacional de Meio AmbienteConema Conselhos Estaduais de Meio AmbienteCRDH Certicado de Reserva de Disponibilidade HdricaCRFB/88 Constituio da Repblica Federativa do Brasil de 1988CTA Certicado AmbientalEIA-Rima Estudo de Impacto Ambiental / Relatrio de Impacto AmbientalFMP Faixa Marginal de ProteoIbama Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais RenovveisInea Instituto Estadual do AmbienteInepac Instituto Estadual do Patrimnio CulturalIphan Instituto do Patrimnio Histrico e Artstico Nacional LAR Licena Ambiental de RecuperaoLAS Licena Ambiental SimplicadaLC Lei ComplementarLI Licena de InstalaoLIO Licena de Instalao e de OperaoLO Licena de OperaoLOR Licena de Operao e RecuperaoLP Licena PrviaLPI Licena Prvia e de InstalaoOUT Outorga de Direito de Uso de Recursos Hdricos RAS Relatrio Ambiental SimplicadoRGI Registro Geral de ImveisSLAM Sistema de Licenciamento Ambiental do Estado do Rio de JaneiroSNUC Sistema Nacional de Unidades de Conservao da NaturezaTAC Termo de Ajustamento de CondutaTE Termo de EncerramentoZEI Zonas Estritamente IndustriaisSIGLAS E ABREVIATURASMANUAL DE LICENCIAMENTO AMBIENTALPARA A CONSTRUO CIVIL6|Sistema FIRJANO solo onde pretendemos instalar edicaes, empreendimentos e fazer qualquer interveno o mesmo que j pode ter tido outro uso ou ser dotado de diversos aspectos a serem considerados. Os aspectos natu-rais, legais e de ao humana podem interferir na opo de aquisio de imvel e do tipo de projeto a ser implantado.No meio ambiente, esto disponveis os recursos usados para desenvolver todas as atividades humanas. Esses recursos naturais no so ilimitados, muitasvezessoescassose,seligadosaalgunseventosnaturais,so capazes de impactar o nosso dia a dia. Existem instituies governamentais que so responsveis pela avaliao dos impactos que as atividades podem causar ao meio ambiente, bem como do impacto dos aspectos ambientais em relao atividade. So os chamados rgos ambientais: o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis (Ibama), de mbito federal; o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), de mbito estadual, do Estado do Rio de Janeiro; e as Secretarias Municipais de Meio Ambiente ou equivalente a estas.Quando tratamos de construo civil, no podemos esquecer que as questes relacionadas ao urbanismo e ao uso e ocupao do solo devem ser previamente analisadas, juntamente com os aspectos ambientais que podem inviabilizar determinadas intervenes humanas.O Manual de Licenciamento Ambiental para a Construo Civil tem por objetivo auxiliar o empresrio da construo civil, desde o momento da opopordeterminadareaatolicenciamentodoseuempreendi-mento, esclarecendo e sintetizando os principais passos a serem dados antes e durante o processo. um guia prtico e fundamental para qual-quer atividade em funcionamento ou que deseje se instalar no Estado do Rio de Janeiro.APRESENTAOO objetivo do licenciamento ambiental agir de forma preventiva, conciliando a realizao de todas as atividades com as questes ambientais.Sistema FIRJAN|7MANUAL DE LICENCIAMENTO AMBIENTALPARA A CONSTRUO CIVILAqui, sero abordadas questes de licenciamento ambiental para o setor da construo civil, mas tambm outros aspectos que precisam serobservadosantesmesmodesedecidirpelaaquisiodeum imvel ou pela execuo de um projeto.Esta publicao continuao do trabalho elaborado no Manual de Licenciamento Ambiental, reeditado tambm pelo Sistema FIRJAN no ano de 2015, visando orientar o setor industrial uminense.Desejamos que este manual seja um balizador e sirva como orien-tao para os empreendimentos de construo civil, lembrando que cadaMunicpiotemseusprocedimentoselegislao,devendoo empreendedor estreitar a relao com a municipalidade e conhecer os detalhes afetos a cada localidade.MANUAL DE LICENCIAMENTO AMBIENTALPARA A CONSTRUO CIVIL8|Sistema FIRJAN1Muitas questes devem inuenciar a opo por uma rea, j que diversos aspectos podem intervir na viabilidade tcnica e econmica de implan-tao do empreendimento.Citamoscomoexemplo:areaestarlocalizadaemumaUnidadede Conservao; a presena de nascentes ou cursos dgua; o tombamento; a existncia de passivo ambiental; o zoneamento urbanstico.No temos como tratar de licenciamento ambiental para a construo civil sem considerar os aspectos que afetam direta ou indiretamente na regularizao do empreendimento.Por isso, separamos alguns destes aspectos em tpicos.1.1 USO E OCUPAO DO SOLOA CRFB/88 atribuiu aos municpios a competncia para determinar o uso eocupaodosolo.IstosignicadizerquecadaMunicpioelaborar O QUE AVALIAR ANTES DE OPTAR POR UM EMPREENDIMENTO, REFORMAR, COMPRAR OU ALUGAR UM IMVEL PARA CONSTRUOSistema FIRJAN|9MANUAL DE LICENCIAMENTO AMBIENTALPARA A CONSTRUO CIVILnormas para o ordenamento do seu territrio, observando a vocao de cada microrregio. Isso porque ele est ligado de forma direta e imediata s questes locais.Quandofalamosemconservaodanatureza,defesadosoloedos recursosnaturais,proteodomeioambienteecontroledapoluio, todos os entes da federao (Unio, estados e municpios) podem legislar. OSistemaNacionaldeUnidadesdeConservaodaNatureza(SNUC) estabeleceu critrios e normas para a criao, implantao e gesto das UnidadesdeConservao,amdeproporcionarqueosdiversosusos ocorram de forma harmnica e ecaz com a denio de setores ou zonas.Por isso, apesar de o Municpio ter a competncia para denir o uso e aocupaodoseuespaoterritorial,podemserestabelecidosoutros limites de uso e ocupao do solo por Unidade de Conservao Federal, Estadual ou Municipal.As possibilidades de uso podem ser conitantes. Por isso, deve ser considerada a lei que denir o uso mais restrito.Na prtica, funciona assim: tanto o zoneamento municipal quanto o da UnidadedeConservaogerammapaseregrasquedenemqualo melhorusoparaassuasreas.Olhandoparaummapa,veremosuma mesma rea com dois zoneamentos, que podem ter seus possveis usos iguais, semelhantes ou completamente diferentes. Porisso,importanteprocuraraSuperintendnciadoInealocal(no caso do interior do estado) e a Prefeitura (Secretaria de Meio Ambiente, Urbanismo ou outra que cuide do assunto) e, com a imagem de locali-zao do imvel pretendido, tentar saber se h restrio para o uso que se pretende dar a rea.Em algumas prefeituras, possvel conseguir uma certido que esclarea os tipos de usos da rea pretendida e se h alguma restrio e limites de ordem urbanstica e/ou ambiental.Casovocjdisponhadeumprojeto,possvelterumaanlisemais precisa quanto viabilidade do empreendimento na rea.A apresentao da planta com a situao do imvel possibilita a indicao daprpriaviabilidadedeimplantaodoprojeto,levandoemconside-rao os aspectos ambientais limitadores da construo, como reas de preservao permanente, limite de ocupao e reas no edicantes.MANUAL DE LICENCIAMENTO AMBIENTALPARA A CONSTRUO CIVIL10|Sistema FIRJANZoneamento MunicipalO zoneamento municipal dene a vocao de cada regio, determinando as zonas que so domiciliares, de usos mistos, industriais, tursticas etc.Este zoneamento pode interferir na viabilidade do seu empreendimento.Por isso, vale a pena procurar saber qual o zoneamento municipal da rea pretendida.Unidade de ConservaoA Unidade de Conservao um ponto crtico para um empreendimento, pois dependendo do nvel de proteo que se concede rea, seu uso pode ser muito restringido.O seu entorno tambm pode car comprometido em funo da zona de amortecimento, dependendo do plano diretor ou plano de manejo de proteo legal.AsUnidadesdeConservaodividem-seemproteointegralede uso sustentvel.As Unidades de Conservao de proteo integral tm como objetivo principal a conservao da natureza, com uso signicativamente restrito. Atividades no compatveis com a Unidade levam desapropriao de reas particulares.PROTEO INTEGRAL USO SUSTENTVELEstao Ecolgica;Reserva Biolgica;Parque Nacional;Monumento Natural;Refgio de Vida Silvestre.rea de Proteo Ambiental (APA);rea de Relevante Interesse Ecolgico;Floresta Nacional;Reserva Extrativista;Reserva de Fauna;Reserva de Desenvolvimento Sustentvel; Reserva Particular do Patrimnio Natural(RPPN).ATENO! Este cuidado poder evitar obstculos e atrasos ao projeto!Sistema FIRJAN|11MANUAL DE LICENCIAMENTO AMBIENTALPARA A CONSTRUO CIVILEstasUnidadesdeConservaodeproteointegralsoconsideradas zona rural, bem como a sua zona de amortecimento. J as Unidades de uso sustentvel tm como principal caracterstica com-patibilizar a conservao da natureza com o uso sustentvel de parte dos seus recursos naturais.VALE SABERCaso a zona de amortecimento no seja estabelecida formalmente no plano de manejo, ela legalmente estabelecida como a rea circundante de uma Unidade de Conservao, num raio de 10 km.1.2 REAS DE MARINHAAs reas de marinha so reas que a Lei deniu como sendo da Unio, e exige-se registro na Secretaria do Patrimnio da Unio (SPU) para seu uso.H um mapa desenhando esta rea em toda a zona costeira do estado, considerando a linha de 33 metros da mdia entre as mars alta e baixa.Hoje, muitas reas distantes do mar so consideradas de marinha, pois a medio da linha da mar data de 1931, quando muitos aterramentos ainda no tinham sido realizados.MANUAL DE LICENCIAMENTO AMBIENTALPARA A CONSTRUO CIVIL12|Sistema FIRJANPor isso, verique o Registro Geral do Imvel (RGI) e verique a necessi-dade de regularizao junto SPU. A legtima ocupao desta rea pode ser uma exigncia do rgo ambiental para a anlise de seu pedido.1.3 TOMBAMENTOO tombamento visa a proteger bens de valor histrico, cultural, arquitet-nico, ambiental e de valor afetivo para a populao, impedindo que sejam destrudos ou descaracterizados.Podero ser tombados os chamados bens mveis ou bens imveis (edica-es, stios arqueolgicos e paisagsticos, ncleos urbanos e bens individuais).OtombamentopodeocorrernostrsnveisdafederaoNacional, Estadual ou Municipal sendo os rgos competentes para sua scali-zao o Instituto do Patrimnio Histrico e Artstico Nacional (Iphan) e o Instituto Estadual do Patrimnio Cultural (Inepac), em nvel nacional e estadual, respectivamente.O bem tombado ca sujeito vigilncia permanente do rgo competente, quesinalizarsobreapossi-bilidade de alguma alterao pretendida. O entorno de um bem imvel tombadotambmcaafeta-do, restringindo-se o seu uso. Comoexemplo:obrasno poderoimpediroureduzir a sua visibilidade, como tam-bm ser feita uma avaliao deimpactodaobrasobreo bem tombado.Porestarazo,valeidenti-carseobempretendido tombadoousehtom-bamento nas proximidades, poisoempreendimento pode car comprometido.VALE SABERAlgumas legislaes utilizam a linha de mar para determinao de zoneamento e denio de proteo ambiental.Sistema FIRJAN|13MANUAL DE LICENCIAMENTO AMBIENTALPARA A CONSTRUO CIVIL1.4 HISTRICO DO USO DA REAO histrico do uso da rea pode ser um determinante na escolha da rea a ser construda. Isto porque algumas atividades, em razo da sua prpria natureza (por exemplo, aterros sanitrios e postos de gasolina) deixam no ambiente o que chamamos de passivo ambiental.Tambm pode ocorrer de a atividade ser encerrada de forma inadequada, deixando o ambiente contaminado ou degradado.O passivo ambiental pode ser analisado sobre dois aspectos: fsico e legal. O legal aquele vinculado s normas ambientais, procedimentos e estudos tcnicos efetuados. J os aspectos fsicos esto diretamente relacionados aos usos anteriores da rea.PASSIVO AMBIENTALLEGAISFSICOSRegistros e cadastros junto s instituies governamentais;Cumprimento de legislaes;Elaborao de Estudos Ambientais;Conformidade das licenas ambientais;Pendncias de infraes, multas e penalidades;Aes judiciais (existentes ou possveis);Multas ou dvidas provenientes de inobservncia de requisitos legais;Acordos tcitos ou escritos com vizinhanas ou as comunidades;Medidas de compensao, indenizao ou minimizao pendentes; dentre outros.reas contaminadas por resduos nocivos tanto solo quanto guas superciais e subterrneas;Contaminao de solo, guas superciais e subterrneas por derramamento ou vazamento de produto qumico;Recuperao de reas degradadas no efetuadas;Supresso de vegetao no autorizada;Recomposio orestal no atendida;Falta de recuperao de bota-foras.ATENO! Voc pode estar se perguntando: A demora nesta anlise no vai inviabilizar o negcio, j que o proprietrio atual pode no querer esperar o tempo necessrio?Na verdade, este tipo de investigao est cada vez mais comum. O que se pode fazer estabelecer uma promessa de compra e venda ou de locao, concluindo o negcio aps a vericao da viabilidade tcnica e econmica do empreendimento.Os passivos de danos ambientais acompanham o imvel. Assim, em razo da solidariedade, aquele que adquire rea com passivo ambiental ca obrigado a repar-lo e arcar com as indenizaes que surjam, mesmo que no seja o responsvel direto pelo dano.MANUAL DE LICENCIAMENTO AMBIENTALPARA A CONSTRUO CIVIL14|Sistema FIRJAN EXEMPLO 01 Determinado terreno adquirido com o m de se implantar um condomnio multifamiliar. Na escavao para fundao, ocorre uma exploso por acmulo de gs metano. Investigando a rea, descobre-se que h mais de 20 anos foi encerrado um lixo no local. Mesmo que se busque o responsvel direto pelo dano (o proprietrio do antigo lixo), o novo proprietrio ter que tomar as medidas cabveis para a proteo do meio ambiente. Isto poder inviabilizar tcnica e economicamente o empreendimento.EXEMPLO 02Uma empreiteira adquire imvel edicado com o m de reforma e ampliao. Ao entrar com pedido de alvar na Prefeitura, surpreendido com a informao de que a rea no edicante e que deve ser demolida, ou de que a ampliao desejada invivel em funo do zoneamento de uma Unidade de Conservao, que impossibilita ampliaes de construes preexistentes naquela rea.Sistema FIRJAN|15MANUAL DE LICENCIAMENTO AMBIENTALPARA A CONSTRUO CIVILCasos como os citados so comuns, em graus e propores diferentes, e acabam trazendo ao empreendedor uma limitao ou obrigao pela reparaodeumdanoquenogerou.Odesdobramentopodeser administrativo ou mesmo judicial. possvel uma avaliao preliminar da rea, com a visualizao de ima-genshistricas,estudosdevizinhanaeavaliaodedocumentao como o RGI, certido de nus real e consultas aos portais pblicos dos rgos do governo.Emalgunsmunicpiospossvelsolicitarumachacadastraldoim-vel, que apresentar todo o histrico do imvel junto Prefeitura. Esta cha contempla tanto as questes fazendrias quanto a visualizao de processos administrativos abertos, multas etc.Uma vez identicado um uso anterior na rea ou no entorno que possa signicar potencial risco de dano ambiental, indicado que se faa uma avaliao completa com equipe qualicada.Hdanosambientaisquesodefcilvisualizao,comoocupao indevidadereanoedicante.Porm,hdanosquepodemestar ocultos,comoacontaminaodosolo,oquetornaainvestigao preliminar um instrumento valioso para minimizao dos impactos de passivos ambientais.VALE SABEROs rgos ambientais so importantes aliados nesta investigao, pois eles possuem o histrico das reas que j foram autuadas ou que possuem passivo ambiental conhecido, podendo inclusive indicar implicaes futuras em uma avaliao preliminar.Anterioridade LegalAlgumas situaes de passivo ambiental foram geradas em pocas em que a legislao ainda no previa restrio ambiental. primeira vista, a ocupao do solo pode parecer irregular e, por vezes, alvo de scalizao ambiental.sempreimportanteaveriguarohistricodasocupaesdareaeas evidncias desta ao humana.Caso a ocupao tenha acontecido em perodo em que no havia legisla-o ambiental que restringisse o seu uso ou ocupao, pode-se aplicar a MANUAL DE LICENCIAMENTO AMBIENTALPARA A CONSTRUO CIVIL16|Sistema FIRJANanterioridade legal para justicar a continuidade e legalidade do empreen-dimento naquele espao territorial.Assim, caso seja observada alguma aparente irregularidade ambiental, vale a pena conhecer a data em que rea sofreu transformao pelo homem (antropizao); dependendo disto, a ocupao pode ser considerada regular, j que uma lei posterior no pode atingir situaes consolidadas no passado.1.5 OCUPAO DE APPA ocupao das reas de Preservao Permanente (APP) so histricas e explicveis pela nossa prpria evoluo.MuitasunidadesimobiliriaspossuemedicaesemAPP.svezes,o imvel que se pretende ocupar envolve uma APP em posio estratgica, inviabilizando a edicao ou atividade pretendida.Desta forma, fundamental saber quais so os casos de APP para avaliar se a rea pretendida atende ao seu projeto.ATENO! Apesar de ser um direito consolidado, pode haver discusso acerca da anterioridade da lei. Por isso, consulte o posicionamento do rgo ambiental.Sistema FIRJAN|17MANUAL DE LICENCIAMENTO AMBIENTALPARA A CONSTRUO CIVILREAS CONSIDERADAS APP PELO CDIGO FLORESTAL:SITUAO LARGURA MNIMA DA APPFaixas marginais de qualquer curso dgua naturalLargura do curso dgua< 10 m 30 m10 a 50 m 50 m50 a 200 m 100 m200 a 600 m 200 m> 600 m 500 mEntorno dos lagos e lagoas naturaisZonas rurais 50 ou 100 mZonas urbanas 30 mreas no entorno das nascentes e dos olhos dgua perenes 50 m (raio mnimo)Manguezais Toda a extensoVeredas 50 m em projeo horizontal a partir do espao permanentemente brejoso e encharcadoreas no entorno dos reservatrios dgua articiais, decorrentes de barramento ou represamento de cursos dgua naturaisEncostas ou partes destas com declividade superior a 45Restingas, como xadoras de dunas ou estabilizadoras de manguesTopo de morros, montes, montanhas e serrasreas em altitude superior a 1.800 mreas cobertas com orestas ou outras formas de vegetao, quando declaradas de interesse social por ato do Poder Executivo, destinadas s seguintes nalidades:1. Conter a eroso do solo e mitigar riscos de enchentes e deslizamentos de terra e de rocha;2. Proteger as restingas ou veredas;3. Proteger vrzeas;4. Abrigar exemplares da fauna ou da ora ameaados de extino;5. Proteger stios de excepcional beleza ou de valor cientco, cultural ou histrico;6. Formar faixas de proteo ao longo de rodovias e ferrovias;7. Assegurar condies de bem-estar pblico; 8. Auxiliar a defesa do territrio nacional, a critrio das autoridades militares.MANUAL DE LICENCIAMENTO AMBIENTALPARA A CONSTRUO CIVIL18|Sistema FIRJANO Decreto Estadual 42.356/2010 permite a utilizao de Faixa Marginal de Proteo (FMP) em casos restritos, quando houver perda da funo ecolgicadaFMPemreaurbanaconsolidada.Noscasosprevistos,o limite mnimo de APP xado pelo Cdigo Florestal pode ser reduzido para at 15 metros.A Constituio Estadual determina que a vegetao situada em APP dever ser mantida. Caso tenha ocorrido supresso da vegetao, o proprietrio da rea, possuidor ou ocupante a qualquer ttulo obrigado a promover a recomposio da vegetao.Paraocasodesupressonoautorizadadevegetaorealizadaaps22 de julho de 2008, a Constituio Estadual probe a concesso de novas autorizaes de supresso enquanto no for promovida a recomposio.1.6 OUTORGA PELO USO DA GUA possvel que a rea que se deseja adquirir no seja contemplada pelo sistema pblico de abastecimento ou coleta de esgoto.Nestecaso,oempreendimentoprecisarcaptarguadoriomaispr-ximo ou de um poo, bem como lanar seu esgoto, tratado ou in natura, diretamente no corpo hdrico.REAS CONSIDERADAS APP PELA CONSTITUIO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO:Lagos, lagoas, lagunas e reas estuarinas; Praias, vegetao de restingas quando fixadoras de dunas, dunas, costes rochosos e cavidades naturais subterrneas-cavernas;reas que abriguem exemplares ameaados de extino, raros, vulnerveis ou menos conhecidos, na fauna e ora, bem como aquelas que sirvam como local de pouso, alimentao ou reproduo;reas de interesse arqueolgico, histrico, cientco, paisagstico e cultural; Baa de Guanabara.ATENO! Outras reas podero ser declaradas como APP por lei.VALE SABERAPP so reas nas quais proibido construir. H casos de exceo, mas so muito restritosededifcilaplicabilidade.Comoexemplo,possvelinterviremAPPnas hipteses de utilidade pblica, de interesse social ou de baixo impacto ambiental.Sistema FIRJAN|19MANUAL DE LICENCIAMENTO AMBIENTALPARA A CONSTRUO CIVILDependendo da rea onde se pretende instalar o empreendimento, a bacia hidrogrca pode no comportar o volume de captao preten-dido, ou a gua subterrnea pode estar contaminada. Nestes casos, a outorgauminstrumentoobrigatrio,mesmoqueacaptaoseja considerada insignicante.Os casos a seguir esto dispensados da solicitao de Certido Ambiental de uso insignicante de recursos hdricos (Resoluo Inea n 84/2014):TIPO CONDIOUnidade no atendida por rede de gua ou com abastecimento intermitenteResidencial UnifamiliarMultifamiliar Captao em poo: at seis apartamentos ou 24 pessoasCaptao em curso dgua: at 12 apartamentos ou 48 pessoasComercial No possuir tanque de combustvelCaptao em poo: at 24 pessoasCaptao em curso d'gua: at 48 pessoasHotel/pousada Captao em poo: acomodao para at 24 pessoas, incluindo funcionriosCaptao em curso dgua: acomodao para at 48 pessoas, incluindo funcionriosSede de fazenda/stio Fins no comerciaisRega de hortas, jardins e pomares rea de at 500 mIrrigao Captao de gua subterrnea: reas de at 500 mCaptao de gua supercial: reas de at 3.000 mLimpeza de dependncias rea de at 200 mDessedentao de animaisLazer em corpos dguaCasonecessrio,adeclaraodeinexigibilidadepoderserobtidano portal do Inea.MANUAL DE LICENCIAMENTO AMBIENTALPARA A CONSTRUO CIVIL20|Sistema FIRJANEmcasodepreexistnciadecaptaodiretamentedocorpohdrico, verique se j h instrumento de outorga e qual a vazo autorizada para captao, observando se atende sua necessidade. Caso no haja outorga, lembre-se que ela ser necessria.Outra questo importante a ser avaliada a qualidade da gua captada. Dependendodousopretendido,umapossvelcontaminaodagua poder inviabiliz-lo.Por essas razes, a investigao sobre o tipo de abastecimento e regula-ridade ambiental so to importantes.1.7 RESERVA LEGALCaso sua pretenso seja utilizar uma rea emzonarural,importantesaberquea legislao exige que parte do imvel seja destinado chamada Reserva Legal. Trata-se de uma rea onde dever se man-ter a vegetao nativa ou recuperar a rea degradada, independentemente das regras sobre APP.Sobre este ponto, importante saber que a Reserva Legal:1.Podeestarlocalizadaemoutrapro-priedade;2.Deve ser registrada no Cadastro Ambi-ental Rural (CAR);3.Pode coincidir com APP;4.Deve ser conservada com cobertura de vegetao nativa pelo proprietrio do imvel rural, possuidor ou ocupan-teaqualquerttulo,pessoafsicaou jurdica, de direito pblico ou privado;5.Pode ser explorada economicamente, mediante manejo sustentvel.ATENO! Caso no seja possvel a captao diretamente do corpo hdrico, contemple no custo da sua atividade o abastecimento por fornecedores de gua (carros pipa, por exemplo).Sistema FIRJAN|21MANUAL DE LICENCIAMENTO AMBIENTALPARA A CONSTRUO CIVILCaso o imvel seja rural e no possua rea de reserva orestal aprovada pelo rgo ambiental, as regras do Cdigo Florestal devero ser atendidas.1.8 SUPRESSO DE VEGETAO Casooimvelpossuavegetaodensa,importanteidenticarsuas caractersticas: vegetao nativa ou extica; mata atlntica; estgio suces-sional; espcies.Istoporquedeterminadasespciestmsuasupressovedadaporlei. Em outros casos, o rgo ambiental solicitar a compensao relativa supresso, denindo outra rea para reorestamento.A competncia para autorizao de supresso de vegetao pode ser do Inea ou do rgo municipal, a depender das caractersticas da vegetaoMANUAL DE LICENCIAMENTO AMBIENTALPARA A CONSTRUO CIVIL22|Sistema FIRJAN22.1 O QUE A LICENA AMBIENTAL E POR QUE PRECISO OBT-LA?As atividades humanas so fruto de uma relao entre o homem e o meio em que vive, sendo necessrio retirarmos do meio ambiente os recursos naturais, dos quais dispomos para os mais variados usos. Dentre as diversas atividades humanas, damos destaque atividade industrial.Atualmente, sabemos que estes recursos so nitos e o seu uso irracional tornar insustentvel atividades futuras, j sendo observada a escassez de alguns recursos.A ideia de sustentabilidade surge para que seja garantida a existncia dos recursos naturais e a manuteno da qualidade ambiental para presentes e futuras geraes. neste contexto que surge o licenciamento ambiental, para que se concilie a realizao de todas as atividades de forma sustentvel. O licenciamento auxilia o poder pblico a ter uma viso de conjunto, conhecendo todas as atividades que usam recursos naturais e podem impactar o meio ambiente em uma regio. O licenciamento um instrumento de gesto dos rgos competentes que tem como objetivo agir preventivamente pela proteo do meio ambiente, bem comum da sociedade. um dos instrumentos da Poltica Nacional do Meio Ambiente. No processo, os rgos ambientais federal, estaduais e municipais avaliam os impactos que cada empreendimento causa ou causar ao meio ambiente, analisando a sua viabilidade ambiental e o seu enquadramento s normas ambientais cabveis. LICENCIAMENTO AMBIENTALSistema FIRJAN|23MANUAL DE LICENCIAMENTO AMBIENTALPARA A CONSTRUO CIVIL obrigao do empreendedor buscar a licena ambiental junto ao rgocompetente,desdeasetapasiniciaisdoplanejamentodo empreendimento e instalao at o incio efetivo da operao. O licenciamento ambiental um importante contato da empresa com o rgo ambiental.A Lei 6.938/81, que institui a Poltica Nacional do Meio Ambiente, prev o licenciamento como condio para que sejam exercidas as atividades empresariais: Art. 10 A construo, instalao, ampliao e funcionamento de estabelecimentos e atividades utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar degradao ambiental dependero de prvio licenciamento ambiental.LICENCIAMENTO AMBIENTALProcedimento administrativo destinado a licenciar atividades ou empreendimentos utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar degradao ambiental.Lei Complementar n 140/11LICENCIAMENTO AMBIENTALAto administrativo pelo qual o rgo ambiental competente estabelece as condies, restries e medidas de controle ambiental que devero ser obedecidas pelo empreendedor, pessoa fsica ou jurdica, para localizar, instalar, ampliar e operar empreendimentos ou atividades utilizadoras dos recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradao ambiental.Resoluo Conama n 237/97ATENO! Por meio das condicionantes de licena, o rgo licenciador passa instrues gerais a serem seguidas pela empresa em sua gesto ambiental. Cumpri-las a condio de validade para a manuteno,prorrogao ou renovao da licena ambiental.MANUAL DE LICENCIAMENTO AMBIENTALPARA A CONSTRUO CIVIL24|Sistema FIRJAN2.2QUAISPROBLEMASPOSSOENFRENTARPORATUARSEM LICENA AMBIENTAL?Construir e reformar sem licena ambiental so crimes previstos na Lei de Crimes Ambientais (Lei n 9.605/1998).A Lei Estadual 3.467/2000 complementa essa legislao, determinando a pena administrativa de multa de R$ 5 mil a R$ 1 milho para os casos de infraes relativas ao licenciamento ambiental, como iniciar obras ou atividade, construir, reformar, ampliar, instalar ou fazer funcionar estabe-Art. 60. Construir, reformar, ampliar, instalar ou fazer funcionar, em qualquer parte do territrio nacional, estabelecimentos, obras ou servios potencialmente poluidores, sem licenaou autorizao dos rgos ambientais competentes, ou contrariando as normas legaise regulamentares pertinentes:Pena deteno, de um a seis meses, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.Sistema FIRJAN|25MANUAL DE LICENCIAMENTO AMBIENTALPARA A CONSTRUO CIVILlecimentos, obras ou servios potencialmente poluidores, sem licena ou autorizao dos rgos ambientais competentes.Alm das multas e sanes penais, as obras sem licena ambiental esto sujeitas ao embargo, apreenso de material, demolio e suspenso das atividades, o que indesejvel e pode retardar em muito a sua concluso. Outra implicao de iniciar uma obra sem regularidade ambiental a impossibilidadedeseconseguirnanciamentoeincentivosgoverna-mentais de rgos pblicos ou de instituies nanceiras privadas. ATENO! Com a descentralizao do licenciamento ambiental e o aumento da competncia municipal, o processo de scalizao est mais efetivo e prximo dos empreendedores, aumentando o risco institucional para aqueles que optarem pela irregularidade ambiental.No deixe de buscar a sua regularidade ambiental. Ela poder ser o dife-rencial da sua empresa em relao s demais.2.3 QUE ATIVIDADES ESTO SUJEITAS AO LICENCIAMENTO?Muitas normas denem as atividades que devem se licenciar. Como exem-plo, citamos a Resoluo Conama n 237/97. No Estado do Rio de Janeiro, o Decreto n 44.820/2014 e Anexo II da Resoluo Conema n 42/2012 listam as atividades sujeitas ao licenciamento.INEXIGIBILIDADE DE LICENA Empresas cujas atividades no estejam elencadas nas normas como potencialmente poluidoras esto isentas de licenciamento ambiental, bem como as classicadas como de potencial poluidor insignicante.No entanto, o rgo ambiental pode denir que, mesmo no estando listado, um determinado empreendimento precise ser licenciado, por entender que a atividade gera algum risco ambiental naquela regio. Neste caso, o empreendedor dever atender ao rgo ambiental imediatamente e dar sequncia ao licenciamento da atividade, para no sofrer nenhuma penalidade por infrao administrativa em razo da instalao ou operao sem licena.MANUAL DE LICENCIAMENTO AMBIENTALPARA A CONSTRUO CIVIL26|Sistema FIRJAN3O licenciamento no Estado do Rio regulado pelo Decreto 44.820/2014, aplicvel aos licenciamentos de competncia estadual.Em 2011, a Lei Complementar 140 concedeu aos municpios a compe-tncia para licenciar as atividades que causem ou possam causar impacto ambientaldembitolocal,consideradosporte,potencialpoluidore natureza da atividade.Esta lei foi regulada, no Estado do Rio de Janeiro, pela Resoluo Conema n 42/2012, que em seu primeiro artigo deniu o que impacto ambiental de mbito local.SISTEMA DE LICENCIAMENTO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO (SLAM)IMPACTO AMBIENTAL DE MBITO LOCALQualquer alterao das propriedades fsicas, qumicas e biolgicas do meio ambiente que afetem: a sade, a segurana e o bem-estar da populao; as atividades sociais e econmicas; a biota; as condies estticas e sanitrias do meio ambiente; e/ou a qualidade dos recursos ambientais, dentro dos limites do Municpio.ATENO! O licenciamento no ser municipal se o empreendimento: ultrapassar os limites do Municpio; atingir ambiente marinho ou Unidades de Conservao do Estado ou da Unio (salvo APAs); tiver atividade listada em mbito federal ou estadual como sujeita elaborao de EIA-Rima.Sistema FIRJAN|27MANUAL DE LICENCIAMENTO AMBIENTALPARA A CONSTRUO CIVILO processo de licenciamento ambiental dever ser requerido em apenas um rgo, pois o licenciamento ocorre em um nico nvel de competncia.Processos que j estavam em andamento antes da mudana da legisla-o (2012) tero continuidade no rgo em que o empreendedor deu entrada inicialmente.O SLAM no se aplica s construes licenciveis pelos Municpios que possuam seu prprio sistema de licenciamento (ver anexo I).3.1 TIPOS DE LICENA DEFINIDOS PELO SLAM1. Licena Prvia (LP): concedida na fase inicial, quando ainda se planeja o empreendimento ou atividade, aprovando sua localizao e concepo, atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos bsicos e condicionantes a serem atendidos na prxima fase, implantao.2. Licena de Instalao (LI): concedida antes de iniciar a implantao do empreendimentoouatividade.Aquiautorizadaainstalaodeacordo com os planos, programas e projetos aprovados, incluindo as medidas de controle ambiental e outras condicionantes. Nesta fase pode ser autorizada a pr-operao para coletar dados e elementos de desempenho necessrios para a concesso da Licena de Operao (LO).3. Licena Prvia e de Instalao (LPI): em uma nica fase se atesta a via-bilidade ambiental e autoriza a implantao de empreendimentos ou ativi-dades, antes de iniciar-se a sua implantao. Apenas aos casos em que no seja necessrio elaborao de EIA-Rima ou RAS. Assim como a LI, poder autorizar a pr-operao da atividade.4.LicenadeOperao(LO):autorizaodaoperaodeatividadeou empreendimento. S concedida aps o cumprimento das exigncias das licenas anteriores. 5. Licena de Instalao e de Operao (LIO): em uma mesma fase o rgo ambiental aprova a instalao e a operao de empreendimento ouatividadedebaixoimpactoambiental.ALIOserconcedidaantes daimplantaoouparaampliaeseajustesemempreendimentosj implantados e licenciados.6.LicenaAmbientalSimplicada(LAS):paraempreendimentoseativi-dades de baixo impacto ambiental. Em fase nica aprovada a localizao e autorizada a sua implantao e operao. MANUAL DE LICENCIAMENTO AMBIENTALPARA A CONSTRUO CIVIL28|Sistema FIRJAN7. Licena de Operao e Recuperao (LOR): autorizao da operao da atividade ou empreendimento ao mesmo tempo em que se recuperam reas contaminadas. 8.LicenaAmbientaldeRecuperao(LAR):autorizarecuperaode reascontaminadas/degradadasemempreendimentosfechados,desa-tivados ou abandonados. As licenas s podero ser concedidas com a apresentao de certido ou declarao municipal de conformidade em relao legislao municipal de uso e ocupao do solo.Novas licenas s so concedidas, renovadas ou prorrogadas se as condicionantes das licenas anteriores forem cumpridas.PRAZOS DE VALIDADE DA LICENA AMBIENTAL:TIPO DE LICENA MXIMOLicena Prvia (LP) 5 anosLicena de Instalao (LI) 6 anosLicena de Operao (LO) 10 anosLicena Ambiental Simplicada (LAS) 10 anosLicena Prvia e de Instalao (LPI) 6 anosLicena de Instalao e de Operao (LIO) 10 anosLicena Ambiental de Recuperao (LAR) 6 anosLicena de Operao e Recuperao (LOR) 6 anosProrrogao e renovao de licena ambientalProrrogao de validade: se a licena houver sido concedida com prazo de validade inferior ao mximo, este prazo poder ser prorrogado. Renovao de licena: para licenas concedidas com o tempo m-ximo de validade, deve-se observar o mnimo de 120 dias de antece-dncia para solicitar a renovao.Nos dois casos, aps a solicitao do empreendedor, a licena ca prorro-gada at a manifestao denitiva do rgo ambiental.Se o empreendedor der entrada no pedido de prorrogao de licena no prazo e o rgo entender que no cabe prorrogao daquela licena, o Sistema FIRJAN|29MANUAL DE LICENCIAMENTO AMBIENTALPARA A CONSTRUO CIVILInea poder alterar o carter da solicitao e iniciar o processo de reno-vao da licena, desde que o empreendedor tenha atendido a todas as solicitaes do rgo ambiental no prazo durante o processo de anlise.Osempreendimentoseatividadesdemdiooualtoimpactodevero apresentarAuditoriasAmbientaisdeControlecomopartedoprocesso derequerimento,renovaoeprorrogaodaLO,LORouaverbao decorrente de ampliao.NOVOA renovao de uma Licena Ambiental Simplicada obedecer fase em que o empreendimento se encontrar. Isto porque, desde 2014, ela s ser concedida quando o rgo ambiental puder vericar as trs fases do empreendimento: aprovao de localizao, implantao e operao. Isto signica dizer que, caso o empreendimento j esteja em andamento, a LAS ser transformada em LI ou LO, conforme o caso.MANUAL DE LICENCIAMENTO AMBIENTALPARA A CONSTRUO CIVIL30|Sistema FIRJAN3.2 DESCOBRINDO A QUEM COMPETE A EMISSO DA LICENAAo iniciar o processo de licenciamento ambiental, importante iden-ticar o rgo ambiental competente. De acordo com a Constituio Federal, Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios devem proteger o meio ambiente e combater a poluio em qualquer de suas formas.Como regra, o licenciamento ambiental de obras de competncia municipal.No entanto, h situaes em que a competncia para o licenciamento transferida. O licenciamento no ser de competncia municipal caso a rea a ser construda se localize em Unidades de Conservao da Unio ou do Estado. A exceo a APA, quando o Municpio poder licenciar, cabendo aos outros rgos opinarem no processo de licenciamento.OMunicpiotambmnolicenciasenopossuircapacidadetcnica acorde ao exigido pela legislao competente. O Anexo I deste Manual apresenta as classes de empreendimentos que podem ser licenciados por cada municpio do Rio de Janeiro. Almdisso,olicenciamentotambmnomunicipalnoscasosde competncia denida pela LC 140/2011, quando o empreendimento:Tiver rea de inuncia direta que ultrapasse os limites do Municpio;Atingir ambiente marinho;Tiver atividade listada em mbito federal ou estadual como sujeita elaborao de EIA-Rima;Localizar-se ou for desenvolvido conjuntamente no Brasil e em pas limtrofe; Localizar-se ou for desenvolvido em terras indgenas; Localizar-se ou for desenvolvido em dois ou mais estados; For de carter militar;Fordestinadoapesquisar,lavrar,produzir,beneciar,trans-portar,armazenaredispormaterialradioativoouqueutili-zeenergianuclearemqualquerdesuasformaseaplicaes. Atos do Poder Executivo podem denir outros empreendimentos que sejam de licenciamento exclusivo da Unio ou do Estado. Por exemplo, o Decreto n 8.437/2015 trouxe vrias atividades que devem obrigatoriamente ser licencia-das pelo Ibama, como as rodovias, ferrovias e hidrovias federais e instalaes porturias de grande movimentao.Por m, a competncia dos municpios limitada em funo da classe do empreendimento. importante conhecer as classes para identicar o rgo licenciador.Sistema FIRJAN|31MANUAL DE LICENCIAMENTO AMBIENTALPARA A CONSTRUO CIVILIdentificao da classe da atividade / empreendimentoO SLAM divide as atividades e empreendimentos em seis classes para ns de licenciamento ambiental, de acordo com o porte e potencial poluidor das atividades ou empreendimentos. O enquadramento varia das classes 1A a 6C. Esta classicao feita automaticamente pelo sistemadoPortaldoLicenciamento,bastandoumasimulaono portal para identicar a sua classicao.A classicao determinar o custo de anlise dos pedidos de licenas ambientaisedenirosempreendimentosquenoprecisarode licena ou que passaro por processo de licena simplicada.O potencial poluidor de uma atividade pode ser alto, mdio, baixo ou insignicante; o porte do empreendimento, mnimo, pequeno, mdio, grande ou excepcional. Asatividadestmcritrioseclculosespeccosparaadenio deseuporte.Conhecendoopotencialpoluidordesuaatividadee seu porte, possvel descobrir a classe do empreendimento dentro do SLAM. De acordo com o Decreto 44.820/14 (Tabela 1, art. 23), o impacto ambiental classicado como alto, mdio, baixo ou insigni-cante, em funo de sua classe. O empreendedor tem o direito de solicitar ao rgo ambiental, se julgar adequado, a alterao do seu enquadramento de porte e/ou potencial poluidor.MANUAL DE LICENCIAMENTO AMBIENTALPARA A CONSTRUO CIVIL32|Sistema FIRJANPORTE POTENCIAL POLUIDORInsignicante Baixo Mdio AltoMnimoClasse 1AImpacto InsignicanteClasse 2ABaixo ImpactoClasse 2BBaixo ImpactoClasse 3AMdio ImpactoPequenoClasse 1BImpacto InsignicanteClasse 2CBaixo ImpactoClasse 3BBaixo ImpactoClasse 4AMdio ImpactoMdioClasse 2DBaixo ImpactoClasse 2EBaixo ImpactoClasse 4BMdio ImpactoClasse 5AAlto ImpactoGrandeClasse 2FBaixo ImpactoClasse 3CMdio ImpactoClasse 5BAlto ImpactoClasse 6AAlto ImpactoExcepcionalClasse 3DBaixo ImpactoClasse 4CMdio ImpactoClasse 6BAlto ImpactoClasse 6CAlto ImpactoINEXIGIBILIDADE So dispensados do licenciamento ambiental construes e obras enquadradas como classe 1 impacto insignicante, isto : com rea menor a 2.000m, captao de gua de rede pblica, coleta pblica de esgoto, sem canteiro de obras e fora de Unidade de Conservao.A Certido Ambiental de Inexigibilidade poder ser solicitada ao Inea pelo empreendedor, caso ele deseje comprovar a outras instituies sua regularidade em licenciamento ambiental. Ela no elimina a obrigao da empresa de atender s outras questes ambientais e solicitar ao rgo documentos obrigatrios, como Certides, Autorizaes e Certicados Ambientais.Passo a passo da obteno da licena1 passo Acessar o Portal do LicenciamentoOIneacolocouoPortaldoLicenciamentodisposio daquelesquedesejamdescobrirseseuempreendimento deve ser licenciado.NoPortal,oempreendedorpodeinseririnformaescomolocalizao, tipo e principais aspectos da sua atividade. Para o setor de construo civil, a simulao pedir que o empreendedor informe caractersticas do projeto, como a sua rea ou extenso, o volume de corte e aterro, a existncia de canteiro de obras, a coleta e tratamento de esgoto sanitrio, a necessidade de terraplenagem e a fonte de abastecimento de gua.1Sistema FIRJAN|33MANUAL DE LICENCIAMENTO AMBIENTALPARA A CONSTRUO CIVILO resultado da simulao o direcionamento do empreendedor ao rgo am-biental para iniciar o processo de licenciamento: Unio, Inea ou rgo municipal.CasoacompetnciasejadoInea,sofornecidasinformaesadicionais, comodocumentaoaseranexadaaoprocesso.Almdisso,imediata-mente emitida a guia para pagamento das custas com a anlise.A simulao em www.inea.rj.gov.br gratuita e pode ser feita quantas vezes o empreendedor julgar necessrio.ATENO! O preenchimento das informaes no site do Portal do Licenciamento no vincula o empreendedor a nenhuma obrigao. Isto porque o site no envia nenhuma informao ao sistema do Inea; apenas simula a situao do empreendimento, direcionando o interessado a buscar o rgo competente caso tenha interesse em buscar a regularizao ambiental.2 passo Identicar o tipo de licena ambientalDe acordo com a fase do empreendimento ou atividade e da deniodesuaclasse/magnitudedeimpactoambiental, possvel identicar o tipo de licena a ser solicitada ao rgo.Para fazer a simulao no Portal do Licenciamento voc dever saber o que deseja solicitar, por isso importante identicar em qual fase encontra-se o seu empreendimento.O Portal do Licenciamento a porta de entrada para qualquer processoousolicitaoaoInearelacionadoalicenciamento, incluindo certides e declaraes.LICENA AMBIENTAL SIMPLIFICADA Aplicvel s obras e construes classicadas como de baixo impacto ambiental (classe 2Aa 3D), desde que solicitada quando o empreendimento ainda est em fase de planejamentoe seja possvel aprovar a sua localizao e concepo.Obras simples, com corte de talude ou aterro em volume de at 5.000m, com rede pblicade esgoto e gua e rea acima de 500.000m, sero classicados, provavelmente, comode baixo impacto.CERTIDO DE REGULARIDADE AMBIENTALDestinada a empreendimentos que se instalaram sem a devida licena ou autorizao ambiental. Ser emitida aps aplicao de sano e cumprimento das obrigaes ambientais determinadas pelo rgo.2MANUAL DE LICENCIAMENTO AMBIENTALPARA A CONSTRUO CIVIL34|Sistema FIRJANTIPO DE LICENA AMBIENTAL A SER REQUERDAEIA/RIMAO Estudo e o Relatrio de Impacto Ambiental (EIA/Rima) so uma exigncia legal, instituda pela Resoluo Conama n 001/86, para a implantao de projetos com signicativo impacto ambiental. O EIA deve identicar, prever a magnitude e valorar os impactos ambientais de um projeto e suas alternativas, a partir de estudos e atividades cientcas especcas para ns de sua elaborao. O Rima o documento que consubstancia, de forma objetiva, as concluses do EIA, elaborado em linguagem corrente adequada sua compreenso pelas comunidades afetadas e demais interessados.RASO Relatrio Ambiental Simplicado (RAS) ser solicitado pelo rgo ambiental a alguns empreendimentos, como subsdio para a concesso da Licena Prvia (LP). Ser elaborado a partir de estudos dos aspectos ambientais relativos sua localizao, instalao, operao e ampliao e conter as informaes relativas ao diagnstico ambiental da regio de insero do empreendimento, sua caracterizao, a identicao dos impactos ambientais e das medidas de controle, de mitigao e de compensao, entre outras. O RAS previsto para alguns casos pela Lei Estadual 1.356/88 e tem seus procedimentos vinculados elaborao, anlise e sua aprovao denidos pela Resoluo Conema n 29/11.Licena Ambiental Simplicada (LAS)Licena Prvia (LP)Licena Prvia e de Instalao (LPI)Licena deInstalao (LI)Licena de Operao (LO)Licena de Instalao e de Operao (LIO)Certido Ambiental de inexigibilidade de licenciamentoLicena Ambiental de Recuperao (LAR)O empreendimento/atividade est denido como baixo impacto?O empreendimento depende de EIA/Rima ou RAS?O empreendimento classicado como de baixo impacto ambiental?O empreendimento ir operar concomitantemente recuperao de rea contaminada?A situao de recuperao de reas contaminadas em empreendimentos/atividades fechados ou desativados ou abandonados ou de reas degradadas? O empreendimento est pronto para iniciar fase de instalao ou obras?O empreendimento j est instalado, aguardando incio de operao?NONONONONONONONONOSIMSIM SIMSIMSIMSIMSIMSIMSIMO empreendimento/atividade est denido como classe 1/impacto insignicante?O empreendimento est em fase de planejamento?O empreendimento / atividade j est implantado e licenciado e necessita de licena para realizar ampliao ou ajuste da atividade?Licena de Operao e Recuperao (LOR)Licena Ambiental de Recuperao (LAR)SIMMANUAL DE LICENCIAMENTO AMBIENTALPARA A CONSTRUO CIVIL36|Sistema FIRJAN3 passo Levantar os documentos necessriosNo m da simulao, o Portal do Inea indicar o Procedimento paradarentradanolicenciamento.Asinformaesalicons-tantes sero o roteiro, informaes e documentos mnimos para serem anexados ao processo de licenciamento. Oroldedocumentosdivididoemdoisgrupos:documentosgen-ricos e documentos especcos. O Inea disponibiliza os formulrios de requerimento e de entrega de documentos impressos e em meio digital. Ateno s regras de apresentao e ao contedo solicitado pelo rgo: issopoderfazerdiferenanotempodeanlisedoprocesso,jque facilita a visualizao para o analista e evita perda de tempo por ausncia de informao fundamental.ATENO! O processo de licenciamento s ser aberto com a apresentao de toda a documentaoe com o efetivo pagamento do boleto.Casooseuempreendimentosejalicencivelpelorgomunicipal, recomenda-se a impresso da pgina nal da simulao feita no Portal do Licenciamento. Antes de se dirigir ao rgo municipal, entre em contato para conhecer oprocedimentoedocumentosnecessriosparaaberturadoprocesso de licenciamento. Por m, caso o seu processo seja de competncia do Ibama, acesse o site para mais informaes: servicos.ibama.gov.br.ROL DOS DOCUMENTOS ESPECFICOS PARA CONSTRUO CIVILMemorial descritivo da rea do projeto e do empreendimento;Projetos executivos;Projeto de infraestrutura de saneamento e sistema de abastecimento;Projeto de esgotamento sanitrio;Planta geral, plantas baixas, cortes e detalhes das unidades;Declarao do rgo competente sobre a possibilidade da coleta de resduos slidos, tratamento dos euentes e resduos a serem gerados na obra;Projeto paisagstico;Planta de situao do empreendimento;Cronograma fsico de implantao;Estudos Ambientais (EIA/RIMA, RAS, outros) eventualmente necessrios.3MANUAL DE LICENCIAMENTO AMBIENTALPARA A CONSTRUO CIVIL37|Sistema FIRJAN4 passo Abrir o processoCaso a competncia para o licenciamento seja do Inea, junte todaadocumentao,formulriosderequerimentoedo CadastroIndustrial,declaraeseoboletopagoeagendeumavisita na Superintendncia Regional mais prxima ou, se preferir, na Sede do Inea, por telefone ou na Gerncia de Atendimento pelo Portal do Licen-ciamento. Os documentos so conferidos pelo atendente e do origem a um processo administrativo.Caso a competncia seja municipal, identique a melhor forma de abrir o seu processo para licenciamento ambiental.H municpios em que o processo inicia-se para a avaliao urbanstica e passa por todos os rgos interessados. Quando o alvar para cons-truo emitido, o rgo ambiental j se manifestou pela inexigibilidade ou pelo licenciamento e suas condicionantes.Em outros, o processo de aprovao da obra seguir no rgo compe-tente para tal (Obras, Urbanismo etc.) e, paralelamente, o interessado ter que buscar o licenciamento ambiental.Muitosmunicpiosfuncionamcomumprotocologeral.Assim,aps juntar todos os documentos solicitados pelo rgo municipal compe-tente, o interessado deve dirigir-se ao Protocolo Geral da Prefeitura ou da Secretaria Municipal.SUPERINTENDNCIAS REGIONAIS LOCALIZAOSuperintendncia Regional da Baa da Ilha Grande SUPBIGAngra dos ReisSuperintendncia Regional Baa de Sepetiba SUPSEP ItaguaSuperintendncia Regional do Mdio Paraba do Sul SUPMEPVolta RedondaSuperintendncia Regional do Piabanha SUPPIB PetrpolisSuperintendncia Regional Lagos So Joo SUPLAJ AraruamaSuperintendncia Regional Rio Dois Rios SUPRID Nova FriburgoSuperintendncia Regional Maca e Rio das Ostras SUPMAMacaSuperintendncia Regional do Baixo Paraba do Sul SUPSULCampos dos GoytacazesServio de Apoio ao Noroeste SEAN Santo Antnio de Pdua4Sistema FIRJAN|38MANUAL DE LICENCIAMENTO AMBIENTALPARA A CONSTRUO CIVILATENO! Fique atento aos impactos ambientais que sua atividade pode causar. Por exemplo:Supresso de vegetao;Corte de talude / movimentao de terra;Terraplanagem;Emisso de poluentes atmosfricos;Captao de gua de corpo hdrico;Lanamento de euente em corpo hdrico;Gerao de resduos da construo civil;Localizao em Unidade de Conservao;Proximidade a APP.Cabe ao Inea a concesso de Autorizao de Supresso de Vegetao (ASV) de Mata Atlntica primria e secundria em estado de regenerao avanado. O rgo municipal competente pode autorizar a supresso, com a concor-dncia do Inea, de vegetao da mata atlntica secundria em estgio inicial e mdio de regenerao em rea urbana.Corte de talude, movimentao de terra e corte de rochas em que a terra ou pedras permanecerem no prprio local e forem utilizadas na prpria rea no so considerados atividade minerria (Portaria DNPM n 441/2009). Assim, independe da outorga de ttulo minerrio ou de qualquer manifestao prvia do Departamento Nacional de Produo Mineral (DNPM). A Declarao de Dispensa de Ttulo Minerrio emitida por esse Departamento pode ser exigida quando houver movimentao de terras ou material minerrio in natura para fora do site da obra.IMPORTANTEA ausncia de manifestao na questo ambiental no isenta a parte por buscar a sua regularidade. Isto , caso o municpio deixe de apreciar o seu processo na seara ambiental, por erro ou omisso, provoque esta manifestao, para garantir que no h infrao ambiental.A emisso do alvar de obra no assegura a regularidade ambiental, a no ser que haja manifestao ocial no processo pela inexigibilidade de licenciamento. Com o alvar de obra em mos, procure o rgo competente para o licenciamento ambiental.5 passo Realizar Estudos AmbientaisNo caso da construo civil, a elaborao de estudos ambientais ser cobrada apenas de grandes obras.5MANUAL DE LICENCIAMENTO AMBIENTALPARA A CONSTRUO CIVIL39|Sistema FIRJANDe acordo com a Lei Estadual n 1.356/1988, a elaborao de Estudos de Impacto Ambiental (EIA) e do respectivo Relatrio de Impacto Ambiental (Rima) ser exigida na implantao da ampliao das seguintes instala-es e/ou atividades:Estradas de rodagem com duas ou mais pistas de rolamento;Ferrovias;Portos e terminais de minrio, petrleo e produtos qumicos;Aeroportos, conforme denidos na legislao pertinente;Oleodutos,gasodutos,minerodutoseemissriossubmarinosde esgotos sanitrios ou industriais;Linhas de transmisso de energia eltrica com capacidade acima de 230 kW;Barragens e usinas de gerao de energia eltrica com capacidade igual ou superior a 10 mW;Abertura e drenagem de canais de navegao, drenagem ou irriga-o, reticao de cursos dgua, abertura de barras e embocaduras, transposio de bacias, construo de diques;Aterros sanitrios, processamento e destino nal de resduos txicos ou perigosos;Complexos ou unidades petroqumicas, cloroqumicas, siderrgicas e usinas de destilao de lcool;Distritos industriais e Zonas Estritamente Industriais (ZEI);Projetos de desenvolvimento urbano e explorao econmica de madeira ou lenha em reas acima de 50 hectares ou menores quando confrontantes com Unidades de Conservao ou em reas de interes-se especial ou ambiental, conforme denidas pela legislao em vigor.Com base em justicativa tcnica adequada e em funo de magnitude dasalteraesambientaisefetivasoupotenciaisdecorrentesdesua implan tao, o rgo ambiental estadual poder determinar a elaborao do EIA-Rima para o licenciamento de outros projetos.6 passo Cumprir as publicaes necessriasA empresa dever publicar o pedido de licenciamento, sua reno-vao e a respectiva concesso no Dirio Ocial do Estado do Rio de Janeiro e em dirio eletrnico mantido pelo rgo licenciador.Para os processos mais complexos que dependem de EIA-Rima, a publi-cao tambm deve ser feita em jornal de grande circulao. A cpia da publicao dever ser encaminhada ao Inea, passando a fazer parte do seu processo. O extrato de publicao (modelo e formato do texto) fornecido pelo prprio rgo ambiental.6Sistema FIRJAN|40MANUAL DE LICENCIAMENTO AMBIENTALPARA A CONSTRUO CIVIL7 passo Acompanhar a tramitao do processoDepois de formalizada a abertura, o processo de licenciamento passa pelo trmite interno do rgo ambiental. Em algumas prefeituras, ele faz parte do uxo de um processo de licena urbanstica (pedido de alvar, habite-se etc.) para instalao de empreendi-mento e anlise pelo rgo ambiental municipal. Nestes casos, no processo administrativo sero feitas as exigncias ambientais a serem cumpridas para receber o alvar de obra e o habite-se. Caso o empreendimento dependa de licena ambiental, ela ser emitida no mesmo processo.Tambmhmunicpiosemqueosprocessoscorremseparadamente. Nesse caso, a obrigao de abrir o processo junto ao rgo ambiental municipal do empreendedor. importante que o empreendedor esteja pronto a atender a qualquer solicitao do rgo ambiental na anlise das principais etapas do seu processo. Lembre-se de que cada rgo ambiental tem o seu prprio uxo interno.PRINCIPAIS ETAPAS DO PROCESSO DE LICENCIAMENTOAnlise: documentos e estudos ambientais so analisados pelos tcnicos;Vistoria: tcnicos realizaro visita tcnica a m de vericar as condies do empreendimento ou atividade e o cumprimento das determinaes ambientais; Parecer tcnico e emisso da licena: aps o cumprimento das exigncias, o rgo emitir parecer tcnico, deferindo ou no a licena solicitada. Se deferido, o parecer encaminhado para as devidas assinaturas e emisso da licena;Publicao: concedida a licena ambiental, a empresa deve publicar nota sobre seu recebimento no Dirio Ocial, em peridico regional ou local de grande circulao, ou em meio eletrnico de comunicao mantido pelo rgo ambiental competente, num prazo de 30 dias.O rgo ambiental tem at 6 meses para decidir sobre o licenciamento, a partir do dia de entrada do processo, ou 12 meses a partir desse protocolo nos casos em que houver EIA/Rima ou audincia pblica. importante lembrar que estes so os prazos de resposta do rgo ambiental desde que o empreendedor atenda, no tempo estipulado pelo rgo, a todas as demandas durante o processo.7MANUAL DE LICENCIAMENTO AMBIENTALPARA A CONSTRUO CIVIL41|Sistema FIRJANAlguns municpios j disponibilizam informaes sobre o andamento do processo para consulta virtual. No caso do Inea, o andamento pode ser acompanhado no Portal do Licenciamento andamento de processos Central de Atendimento, ou junto s Superintendncias Regionais. Tenha em mos o nmero do processo gerado no momento da abertura.Custos de anliseOs custos de anlise so diferenciados entre os diversos rgos licen-ciadores, havendo municpios que no efetuam cobrana para a anlise de processos.importantemantercontatocomorgoambientalpara conhecerpossveisdemandasnumcurtoespaodetempoe responderaelasomaisrpidopossvel.Issofardiferenano tempo da anlise do seu processo.Sistema FIRJAN|42MANUAL DE LICENCIAMENTO AMBIENTALPARA A CONSTRUO CIVILSe o seu licenciamento junto ao Inea, o custo diferenciado pela classe do empreendimento e tipo de licena solicitada, havendo a reduo de 50% do valor para as micro e pequenas empresas. O mesmo critrio aplicado a algumas empresas do setor agropecurio e agrossilvopastoril.O Inea poder reduzir o valor dos custos com a regularizao ambi-ental para empreendimentos ou atividades que implementem planos eprogramasdeproduoeconsumosustentveisouprojetosde controle ambiental.Os custos com anlise e processamento dos requerimentos das licenas, certicados,autorizaesecertidesambientaisjuntoaoIneaesto denidos na Norma Operacional NOP-INEA-02.R-1.Caso o rgo competente para anlise do seu processo seja o Inea, a guia para o pagamento gerada automaticamente no Portal do Licenciamento.3.3. RECOMENDAES APS A OBTENO DA LICENA AMBIENTALAps a publicao, o empreendimento ou atividade estaro devidamente licenciados.importanteteratenosquestesabaixo,paraquea licena seja mantida:1.Ascondiesdevalidade(condicionantes)listadasnalicenaam-biental devem ser observadas e seguidas. O no cumprimento pode resultar no cancelamento da licena.2.O prazo de validade deve ser acompanhado para que o empreen-dedor no deixe de solicitar sua prorrogao (60 dias) ou renovao (120 dias) com a antecedncia devida.3.Qualquer ampliao ou modicao no projeto deve ser previamente comunicada ao rgo licenciador.4.Caso alguma informao constante na licena ambiental (ou outro instrumentodoSLAM)sejamodicada,deversersolicitadoum Documento de Averbao (AVB); 5. importante manter uma cpia autenticada da licena ambiental no local da obra, para ns de scalizao.A licena ambiental pode ser cancelada pelo rgo ambiental caso seja vericada ocorrncia de irregularidade.Sistema FIRJAN|44MANUAL DE LICENCIAMENTO AMBIENTALPARA A CONSTRUO CIVIL3.4. OUTROS INSTRUMENTOS PREVISTOS NO SLAMO Sistema de Licenciamento Ambiental do Estado do Rio de Janeiro prev outros instrumentos / documentos que o empreendedor precisa conhecer. Eles esto dispostos no Decreto 44.820/2014, dos artigos 16 a 22. So eles:Autorizaes Ambientais (AA): servem para denir condies para implantao ou realizao de empreendimentos, atividades, pesquisas e servios ou para execuo de obras emergenciais de interesse pblico. So 21 tipos de autorizaes e o prazo de validade de no mximo de dois anos, podendo variar com base em justicativa tcnica do rgo ambiental. Exemplos: Perfurao ou tamponamento de poos tubulares em aquferos; Supresso de vegetao nativa, nos casos previstos na legislao; Interveno em APP; Implantao de Programas de Recu-perao Ambiental que no estejam previstos em licenas ambientais.Autorizao Ambiental de Funcionamento (AAF): autoriza o funciona-mento da atividade para a sua adequao s normas de controle ambien-tal com a elaborao de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), pelo prazo de durao do Termo. O m do TAC cancela a autorizao. Certides Ambientais (CA): declaram, atestam, certicam determina-das informaes de carter ambiental. Como exemplo: atestado de cumprimento de condicionantes de licenas; atestado de regularidade ambiental de atividades e empreendimentos que se instalaram sem a devida licena ou autorizao ambiental.Certicado Ambiental (CTA): serve para atestar procedimentos espe-ccos. Exemplo: certicado de credenciamento de laboratrio (CCL); certicado de reserva de disponibilidade hdrica (CRDH).Outorga de Direito de Uso de Recursos Hdricos (OUT): autorizao do uso de recursos hdricos, superciais ou subterrneos, por prazo determinado.Termo de Encerramento (TE): atesta a inexistncia de passivo ambiental quando do encerramento de uma atividade ou aps a concluso do procedimento de recuperao, estabelecendo as restries de uso da rea.Documento de Averbao (AVB): altera dados da Licena Ambiental.IMPORTANTE importante solicitar Averbao se, aps a obteno da licena ambiental, sua empresa passarpor alguma das alteraes a seguir:Titularidade (razo social);Inscrio no Cadastro Nacional da Pessoa Jurdica (CNPJ) ou no Cadastro de Pessoas Fsicas (CPF);Endereo do representante legal do empreendimento ou atividade;Tcnico responsvel;Modicao da atividade, desde que no seja alterado seu enquadramento, nem o escopoda atividade principal, nem a descaracterize.Modicao nas condies de validade da licena, com base em parecer tcnicodo rgo ambiental;Alterao do prazo de validade da licena;Erro na confeco da licena.MANUAL DE LICENCIAMENTO AMBIENTALPARA A CONSTRUO CIVIL45|Sistema FIRJAN4ANEXO:MUNICPIOS HABILITADOS PARA REALIZAR LICENCIAMENTOE FISCALIZAO AMBIENTAIS DAS ATIVIDADES DE IMPACTO LOCAL**Municpios habilitados at outubro de 2014. Para obter informao atualizada, vericar novos convnios no item Licenciamento Ambiental Apoio ao Licenciamento Municipal Gesto Ambiental Municipal, no site do Inea.Sistema FIRJAN|46MANUAL DE LICENCIAMENTO AMBIENTALPARA A CONSTRUO CIVILMANUAL DE LICENCIAMENTO AMBIENTALPARA A CONSTRUO CIVIL47|Sistema FIRJANMUNICPIO CONTATOCLASSE DE IMPACTO2A 2B 2C 2D 2E 2F 3A 3B 3C 3D 4A 4B 4C 5A 5B 6A 6B 6CAngra dos Reis (24) 3368-4435 / 6393Aperib (22) 3864-0643Araruama (22) 2673-4930 / 99839-7759Areal No habilitadoArmao dos Bzios (22) 2623-0196Arraial do Cabo (22) 2622-2330Barra do Pira (24) 2443-2013Barra Mansa (24) 2106-3408 / 3324-4768Belford Roxo (21) 3663-1235Bom Jardim No habilitadoBom Jesus do Itabapoana No habilitadoCabo Frio (22) 2645-3131Cachoeiras de Macacu (21) 2649-6443Cambuci No habilitadoCampos dos Goytacazes No habilitadoCantagalo No habilitadoCarapebus No habilitadoCardoso Moreira No habilitadoCarmo No habilitadoCasimiro de Abreu (22) 2778-1732Comendador L. Gasparian No habilitadoConceio de Macabu No habilitadoCordeiro No habilitadoSistema FIRJAN|48MANUAL DE LICENCIAMENTO AMBIENTALPARA A CONSTRUO CIVILMUNICPIO CONTATOCLASSE DE IMPACTO2A 2B 2C 2D 2E 2F 3A 3B 3C 3D 4A 4B 4C 5A 5B 6A 6B 6CAngra dos Reis (24) 3368-4435 / 6393Aperib (22) 3864-0643Araruama (22) 2673-4930 / 99839-7759Areal No habilitadoArmao dos Bzios (22) 2623-0196Arraial do Cabo (22) 2622-2330Barra do Pira (24) 2443-2013Barra Mansa (24) 2106-3408 / 3324-4768Belford Roxo (21) 3663-1235Bom Jardim No habilitadoBom Jesus do Itabapoana No habilitadoCabo Frio (22) 2645-3131Cachoeiras de Macacu (21) 2649-6443Cambuci No habilitadoCampos dos Goytacazes No habilitadoCantagalo No habilitadoCarapebus No habilitadoCardoso Moreira No habilitadoCarmo No habilitadoCasimiro de Abreu (22) 2778-1732Comendador L. Gasparian No habilitadoConceio de Macabu No habilitadoCordeiro No habilitadoMUNICPIO CONTATOCLASSE DE IMPACTO2A 2B 2C 2D 2E 2F 3A 3B 3C 3D 4A 4B 4C 5A 5B 6A 6B 6CDuas Barras No habilitadoDuque de Caxias (21) 2773-6243 / 8520 / 8493Eng. Paulo de Frontin No habilitadoGuapimirim (21) 2632-2252Iguaba Grande (22) 2624-3275 r: 224 / 221 / 208Itabora (21) 3639-1908 r: 207Itagua (21) 2688-8633 / 1548Italva No habilitadoItaocara No habilitadoItaperuna No habilitadoItatiaia No habilitadoJaperi No habilitadoLaje do Muria No habilitadoMaca (22) 2796-1280 / 1380 / 2762-4802Macuco No habilitadoMag No habilitadoMangaratiba (21) 2789-6000 / 6006 r: 244 a 247Maric (21) 2637-3835Mendes (24) 2465-4796Mesquita (21) 2696-1065Miguel Pereira No habilitadoMiracema No habilitadoNatividade No habilitadoNilpolis (21) 2692-3951MANUAL DE LICENCIAMENTO AMBIENTALPARA A CONSTRUO CIVIL49|Sistema FIRJANMUNICPIO CONTATOCLASSE DE IMPACTO2A 2B 2C 2D 2E 2F 3A 3B 3C 3D 4A 4B 4C 5A 5B 6A 6B 6CNiteri (21) 2613-2283Nova Friburgo (22) 2525-9107 / 9101 / 9164Nova Iguau (21) 2667-1252 / 3770-5990Paracambi (21) 2683-1897Paraba do Sul (24) 2263-8695Paraty No habilitadoPaty do Alferes (24) 2485-2741/ 8865-5634Petrpolis (24) 2246-8961 / 8964Pinheiral No habilitadoPira (24) 2431-9978Porcincula No habilitadoPorto Real (24) 3353-1481 / 1009Quatis No habilitadoQueimados (21) 2665-7794 / 7919Quissam No habilitadoResende (24) 3354-7792 / 8663Rio Bonito (21) 2734-0192Rio Claro (24) 3332-1717 r: 444Rio das Flores No habilitadoRio das Ostras (22) 2760-6739 / 2764-1078Rio de Janeiro (21) 2976-3185 / 1253Santa Maria Madalena No habilitadoSanto Antnio de Pdua No habilitadoSistema FIRJAN|50MANUAL DE LICENCIAMENTO AMBIENTALPARA A CONSTRUO CIVILMUNICPIO CONTATOCLASSE DE IMPACTO2A 2B 2C 2D 2E 2F 3A 3B 3C 3D 4A 4B 4C 5A 5B 6A 6B 6CNiteri (21) 2613-2283Nova Friburgo (22) 2525-9107 / 9101 / 9164Nova Iguau (21) 2667-1252 / 3770-5990Paracambi (21) 2683-1897Paraba do Sul (24) 2263-8695Paraty No habilitadoPaty do Alferes (24) 2485-2741/ 8865-5634Petrpolis (24) 2246-8961 / 8964Pinheiral No habilitadoPira (24) 2431-9978Porcincula No habilitadoPorto Real (24) 3353-1481 / 1009Quatis No habilitadoQueimados (21) 2665-7794 / 7919Quissam No habilitadoResende (24) 3354-7792 / 8663Rio Bonito (21) 2734-0192Rio Claro (24) 3332-1717 r: 444Rio das Flores No habilitadoRio das Ostras (22) 2760-6739 / 2764-1078Rio de Janeiro (21) 2976-3185 / 1253Santa Maria Madalena No habilitadoSanto Antnio de Pdua No habilitadoMUNICPIO CONTATOCLASSE DE IMPACTO2A 2B 2C 2D 2E 2F 3A 3B 3C 3D 4A 4B 4C 5A 5B 6A 6B 6CSo Fidlis No habilitadoS. Francisco de Itabapoana No habilitadoSo Gonalo (21) 2199-6511So Joo da Barra No habilitadoSo Joo de Meriti (21) 2651-2370 / 2751-1881So Jos de Ub (22) 3866-1210S. Jos do Vale do Rio Preto No habilitadoSo Pedro da Aldeia (22) 2621-3413So Sebastio do Alto No habilitadoSapucaia No habilitadoSaquarema (22) 2651-1350Seropdica (21) 3787-8876Silva Jardim No habilitadoSumidouro No habilitadoTangu (21) 3749-1105 / 1130Terespolis (21) 3641-5870 / 5619 / 2742-7763Trajano de Moraes No habilitadoTrs Rios (24) 2255-2323 / 2251-7400Valena No habilitadoVarre-Sai No habilitadoVassouras (24) 2491-9005 / 9003Volta Redonda (24) 3350-7123 / 7004 / 7281rea de Preservao Permanente (APP): rea protegida, coberta ou no por vegetao nativa, com a funo ambiental de preservar os recursos hdricos, a paisagem, a estabilidade geolgica e a biodiversidade, facilitar o uxo gnico de fauna e ora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populaes humanas.reas no edicantes: reas em que proibido efetuar construes.Curso dgua: para a proteo legal, qualquer corpo de gua uente, independente da sua largura.Faixa Marginal de Proteo (FMP): so faixas de terra necessrias prote-o, defesa, conservao e operao de sistemas uviais e lacustres. determinada em projeo horizontal em relao amargem do curso dgua.Outorga: um dos instrumentos de gesto de recursos hdricos, que tem como principal objetivo gerenciar o controle qualitativo e quantitativo dos usos da gua, bem como o efetivo exerccio dos direitos de acesso a ela.Nascente ou olho dgua: o local onde aora naturalmente, mesmo que de forma intermitente, a gua subterrnea. Pode ou no ser a nascente de um curso dgua. Passivo Ambiental: o encargo advindo de uma ao humana, que macula determinada rea legal ou sicamente, podendocriar uma obrigao para o gerador do problema, para o proprietrio atual e para futuros adquirentes.Reserva Legal: rea localizada no interior de imvel rural, com a funo de assegurar o uso econmico de modo sustentvel dos recursos natu-rais do imvel rural, auxiliar a conservao e a reabilitao dos processos ecolgicos e promover a conservao da biodiversidade, bem como o abrigo e a proteo de fauna silvestre e da ora nativa.Unidade de Conservao: espao territorial e seus recursos ambientais, com caractersticas naturais relevantes, legalmente institudo pelo Poder Pblico, com objetivos de conservao e limites denidos, sob regime espe-cial de administrao, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteo.GLOSSRIOMANUAL DE LICENCIAMENTO AMBIENTALPARA A CONSTRUO CIVIL51|Sistema FIRJANZonadeAmortecimento:oentornodeumaUnidadedeConservao, onde as atividades humanas esto sujeitas a normas e restries especcas, com o propsito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade. Toda Unidade de Conservao deve ter uma zona de amortecimento, exceto a rea de Proteo Ambiental e a Reserva Particular do Patrimnio Natural.Zoneamento de rea: instrumento amplamente utilizado nos planos dire-tores, atravs do qual a cidade dividida em reas sobre as quais incidem diretrizes diferenciadas para o uso e a ocupao do solo, especialmente os ndices de uso e ocupao do solo.Sistema FIRJAN|52MANUAL DE LICENCIAMENTO AMBIENTALPARA A CONSTRUO CIVILCONAMA. Resultado da 9 reunio da Cmara Tcnica de Atividades Mine-rrias, Energticas e de Infra-Estrutura. Braslia: 2007.LIMAESILVA,P.P.de;GUERRA,A.J.T.;MOUSINHO,P.(orgs).Dicionrio Brasileiro de Cincias Ambientais. Rio de Janeiro: Thex, 1999.MINISTRIO DO MEIO AMBIENTE. Passivos ambientais na atividade minerria. Proposta de Denio de Passivo Ambiental na Minerao. Braslia: 2007LEGISLAO FEDERALConstituio da Repblica Federativa do Brasil de 1988.Lei 6.938 de 31/08/1981 Dispe sobre a Poltica Nacional do Meio Ambi-ente, seus ns e mecanismos de formulao e aplicao.Resoluo Conama n 1 de 23/01/1986 Dispe sobre critrios bsicos e diretrizes gerais para a avaliao de impacto ambiental.Lei n 9.605 de 12/02/1988 Dispe sobre as sanes penais e adminis-trativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente.Decreto n 99.274 de 06/06/1990 Regulamenta a Lei n 6.902 de 27/05/1981, e a Lei n 6.938 de 31/08/1981, que dispem sobre a criao de Estaes Ecolgi-cas e reas de Proteo Ambiental e sobre a Poltica Nacional do Meio Ambiente.Resoluo Conama n 13 de 06/12/1990 Dispe sobre a autonomia de cada Unidade de Conservao na denio de atividades que possam afetar a biota da Unidade de Conservao.Decreto n 9.760 de 05/02/1996 Dispe sobre os bens imveis da Unio.Resoluo Conama n 237 de 22/12/1997 Regulamenta os aspectos de licenciamento ambiental estabelecidos na Poltica Nacional do Meio Ambiente.Portaria n 441 de 11/12/2009 DNPM Dispe sobre os trabalhos de movimentao de terras e de desmonte de materiais in natura necessrios abertura de vias de transporte, obras gerais de terraplenagem e de edi-caes de que trata o 1 do art. 3 do Decreto-Lei n 227 de 28/02/1967.REFERNCIASMANUAL DE LICENCIAMENTO AMBIENTALPARA A CONSTRUO CIVIL53|Sistema FIRJANLei Complementar n 140 de 08/12/2011 Fixa normas para a cooperao entreaUnio,osEstados,oDistritoFederaleosMunicpiosnasaes administrativas decorrentes do exerccio da competncia comum relativas proteo das paisagens naturais notveis, proteo do meio ambiente, ao combate poluio em qualquer de suas formas e preservao das orestas, da fauna e da ora.Lei n 12.651 de 25/03/2012 Dispe sobre a proteo da vegetao nativa.LEGISLAO ESTADUALConstituio do Estado do Rio de Janeiro de 1989.Lein1.356de03/10/1988Dispesobreosprocedimentosligados elaborao, anlise e aprovao dos estudos de impacto ambiental.Lei n 3.467 de 14/09/2000 Dispe sobre as sanes administrativas deri-vadas de condutas lesivas ao meio ambiente no Estado do Rio de Janeiro. Decreto n 42.356 de 16/03/2010 Dispe sobre o tratamento e a demar-cao das faixas marginais de proteo nos processos de licenciamento am-biental e de emisses de autorizaes ambientais no Estado do Rio de Janeiro.ResoluoConeman29de04/04/2011Estabeleceprocedimentos vinculados elaborao, anlise e aprovao de Relatrio Ambiental Simplicado RAS.Resoluo Conema n 42 de 17/08/2012 Dispesobre as atividades que causam ou possam causar impacto ambiental local e xa normas gerais de cooperao federativa nas aes administrativas decorrentes do exerccio da competncia comum relativas proteo das paisagens naturais notveis, proteo do meio ambiente e ao combate poluio em qualquer de suas formas, conforme previsto na Lei Complementar n 140/2011.Resoluo Inea n 84 de 28/01/2014 Aprova os critrios que estabelecem aconcessodeinexigibilidadededocumentosdeusoinsignicantede recursos hdricos.Decreto n 44.820 de 02/06/2014 Dispe sobre o Sistema de Licencia-mento Ambiental SLAM.NOP-Inea-02.R-1 Indenizao dos custos de anlise e processamento dos requerimentos das licenas, certicados, autorizaes e certides ambientais.Sistema FIRJAN|54MANUAL DE LICENCIAMENTO AMBIENTALPARA A CONSTRUO CIVIL