manual parapente - wind

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  • MANUAL DE INICIAO AO PARAPENTE

  • Escola Grande rea Metropolitana de Lisboa e Setbal Instrutor Responsvel: Samuel Lopes Telemvel: 96 607 56 39 E-mail: [email protected]

    Escola Norte / Porto Mirandela Instrutor Responsvel: Marco Batista Telemvel: 96 366 74 15 E-mail: [email protected]

    Escola Norte / Montalegre Instrutor Responsvel: Lus Morais Telemvel: 91 999 76 10 E-mail: [email protected]

    Escola Centro / Torres Novas - Nazar Instrutor Responsvel: Pinto da Silva Telemvel: 96 616 97 79 E-mail: [email protected]

    Escola Sul / Loul - Portimo Instrutor Responsvel: Jos Rosado Telemvel: 96 370 98 75 E-mail: [email protected]

    Escola Madeira / Funchal Instrutor Responsvel: Samuel Lopes Telemvel: 96 607 56 39 E-mail: [email protected]

    Federao Portuguesa de Voo Livre Telefone: 21 852 28 85 E-mail: [email protected] Webpage: www.fpvl.pt

    - Escalada em Rocha (nvel I / II / III ) - Tcnicas Invernais (nvel I / II) - Escalada em Gelo (nvel I / II ) - Orientao

    - Manobras de Corda - Canorafting - Expedio (Alpinismo; Mergulho; Parapente)

    Nota: Os instrutores Monitores e Tcnicos do CENTRO DE ACTIVIDADES DE MONTANHA so credenciados pelas respectivas entidades oficiais (FPVL; FPC ENM; PADI; FPO)

    Equipa Tcnica (Instrutores) : Centro de Actividades de Montanha www.sam-cam.com

    Sede / Escola : Wind Centro de Actividades de Montanha Rua Eduardo Mondelane loja n 44 2835-116 Baixa da Banheira

    Delegaes da Escola / Contactos:

    Outros Contactos

    Outros Cursos Centro de Actividades de Montanha

  • Escolas Parapente Wind Manual Iniciao Parapente

    1

    ndice Captulo 1 ........................................................................................................................................ 4 Elementos Fundamentais Segurana ............................................................................................... 4

    Formao ...................................................................................................................................... 4 Legislao .................................................................................................................................... 4 Planeamento ................................................................................................................................. 4

    Captulo 2 ........................................................................................................................................ 6 Descrio Geral do Parapente ......................................................................................................... 6 Captulo 3 ........................................................................................................................................ 8 Iniciao ao parapente ..................................................................................................................... 8

    Consideraes sobre Escolas de Parapente .................................................................................. 8 Inscrio no Curso Bsico ........................................................................................................... 8 Fases do Curso Bsico ................................................................................................................. 8 Licena ......................................................................................................................................... 9

    Estatutos da Federao Portuguesa de Voo Livre ......................................................................... 10 Captulo 4 ...................................................................................................................................... 18 Lei Area ....................................................................................................................................... 18 REVISO DE CONHECIMENTOS DE LEI AREA ................................................................ 26 Captulo 5 ...................................................................................................................................... 30 Nomenclatura do Parapente .......................................................................................................... 30

    A Asa ......................................................................................................................................... 30 As Suspenses ............................................................................................................................ 30 Os Manobradores ou Comandos ................................................................................................ 31 O Arns/Cadeira ......................................................................................................................... 32

    Captulo 6 ...................................................................................................................................... 33 Conceitos Topogrficos ................................................................................................................. 33

    Orografia do terreno. .................................................................................................................. 33 Zonas de Voo. Caractersticas .................................................................................................... 34 Zona de Descolagem .................................................................................................................. 35 Zona de Aterragem .................................................................................................................... 35 Plano de evacuao .................................................................................................................... 35

    Captulo 7 ...................................................................................................................................... 36 Tcnica Bsica de Pilotagem ......................................................................................................... 36

    I Etapa Adaptao ................................................................................................................... 36 II Etapa Iniciao .................................................................................................................... 37 III Etapa Aperfeioamento ...................................................................................................... 37 Verificao e Preparao para o Voo ......................................................................................... 38

    Descolagem. Verificao .................................................................................................................................... 38 O Capacete .......................................................................................................................................................... 38 Ajuste da Cadeira ................................................................................................................................................ 38 Bandas e Manobradores. ..................................................................................................................................... 39

    Inflado e Controle da Asa .......................................................................................................... 39 Controle da Asa .......................................................................................................................... 40 Manobra Anti Arraste .............................................................................................................. 40 Recuperao do Equipamento .................................................................................................... 41 Descolagem ................................................................................................................................ 42 Aco dos Manobradores ........................................................................................................... 42 Voo Recto e Nivelado ................................................................................................................ 43 Viragens ..................................................................................................................................... 43 Rumo, Rota e Deriva .................................................................................................................. 44 Manobras de Aproximao ........................................................................................................ 45 Aproximao e aterragem .......................................................................................................... 46 Aproximao Final ..................................................................................................................... 47

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    Aterragem .................................................................................................................................. 47 Problemas mais comuns na Aterragem ............................................................................................................... 47

    Voo Solto (sem qualquer apoio via rdio) ................................................................................. 48 Voo Dinmico ............................................................................................................................ 48 Voo em Trmica ........................................................................................................................ 49

    Captulo 8 ...................................................................................................................................... 50 Segurana em Voo ........................................................................................................................ 50

    Normas de Segurana em Escola ............................................................................................... 50 Relao Instrutor Piloto .......................................................................................................... 50 Cdigo de Trfego Areo ........................................................................................................... 51 Prioridades em voo .................................................................................................................... 51 Homologao de Parapentes ...................................................................................................... 53 Classificao de Segurana ........................................................................................................ 53 Etiquetas de Homologao ........................................................................................................ 53 Perigos Fisiolgicos da Altitude ................................................................................................ 53 Sobre o Paraquedas de Emergncia ........................................................................................... 54 Reviso do Equipamento ........................................................................................................... 54

    Captulo 9 ...................................................................................................................................... 55 Incidentes em voo .......................................................................................................................... 55

    Antes de Descolar ...................................................................................................................... 55 Em Voo ...................................................................................................................................... 55 Queda Sobre rvores ................................................................................................................. 59 Queda sobre Cabos de Electricidade .......................................................................................... 59 Impactos Contra a Pendente ....................................................................................................... 59 Amaragem .................................................................................................................................. 59

    REVISO DE CONHECIMENTOS DE SEGURANA ............................................................ 61 Captulo 10 .................................................................................................................................... 64 Aerodinmica Bsica ..................................................................................................................... 64

    Perfil de uma asa. Partes ............................................................................................................ 64 Asa. Parmetros ......................................................................................................................... 64 Movimentos no espao: ............................................................................................................. 65 Teorema de Bernouilli. Efeito Venturi ...................................................................................... 66 Fundamento Fsico do Voo ........................................................................................................ 67 A Perda ....................................................................................................................................... 68 Carga Alar .................................................................................................................................. 68 Rendimento ................................................................................................................................ 68 Polar de uma asa ........................................................................................................................ 69 Estabilidade ................................................................................................................................ 71 Manobras .................................................................................................................................... 72

    REVISO DE CONHECIMENTOS AERODINAMICA ............................................................ 74 Captulo 11 .................................................................................................................................... 78 Meteorologia Bsica ...................................................................................................................... 78

    Atmosfera. Parmetros ............................................................................................................... 78 Estabilidade Atmosfrica ........................................................................................................... 78 Vento. Medio .......................................................................................................................... 79 Gradiente Vertical do Vento ...................................................................................................... 79 Nuvens. Tipos ............................................................................................................................ 80 Informao de um Mapa Meteorolgico .................................................................................... 83 Frentes ........................................................................................................................................ 84

    Captulo 12 .................................................................................................................................... 87 Aerologia ....................................................................................................................................... 87

    Brisas de Mar e de Terra ............................................................................................................ 90 Brisas do Vale e de Montanha ................................................................................................... 90

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    Turbulncias ............................................................................................................................... 91 Medio e Avaliao das Condies ......................................................................................... 92

    REVISO DE CONHECIMENTOS METEOROLOGIA ........................................................... 93 Captulo 13 .................................................................................................................................... 97 Comprar o Equipamento ............................................................................................................... 97

    Dados a considerar antes de eleger o seu parapente .................................................................. 97 O seu nvel de experincia .................................................................................................................................. 97 Que tipo de voo pretende fazer? .......................................................................................................................... 97 O tamanho da asa em funo do piloto ............................................................................................................... 97 A Qualidade do parapente ................................................................................................................................... 97 Parapentes em Segunda mo (usados) ................................................................................................................ 97

    Vesturio/Equipamentos de Voo ............................................................................................... 98 Capacete .............................................................................................................................................................. 98 Botas ................................................................................................................................................................... 98 Fato Voo.............................................................................................................................................................. 98 Luvas ................................................................................................................................................................... 99 Paraquedas Emergncia ...................................................................................................................................... 99

    Instrumentos de Voo .................................................................................................................. 99 Anemmetro ....................................................................................................................................................... 99 Varimetro ........................................................................................................................................................ 100 Rdio ................................................................................................................................................................. 100 GPS (alguns modelos so simultaneamente GPS e Varimetro) ...................................................................... 100

    Captulo 14 .................................................................................................................................. 101 Variedades do Parapente ............................................................................................................. 101

    Para-Esqui ................................................................................................................................ 101 Traccionado .............................................................................................................................. 101 Bilugar ...................................................................................................................................... 101 Paramotor (actualmente inserido na FPA Federao Portuguesa Aeronutica) ................... 102

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    Captulo 1 Elementos Fundamentais Segurana

    A formao adequada nos cursos e o desenvolvimento tcnico dos equipamentos so pensados e concorrem preferencialmente para investir na segurana e prazer de voar. Todo o praticante de voo livre recreativo, pretende o fascnio e o prazer de desfrutar com segurana a magia do Mundo do Silncio.

    Ningum vai voar com a inteno ntida de arranjar problemas ou criar situaes difceis. Estas aparecem como consequncia da falta de formao e orientao, falta de bom senso na avaliao de vrios factores, rotina ou excesso de confiana, falta de reciclar ou actualizar, desconhecimento ou ignorncia das regras fundamentais de segurana ou simplesmente inexperincia. Em suma ERRO HUMANO. So por isso conflitos perfeitamente evitveis. Cerca de 80% dos acidentes de parapente, com pilotos de recreao, acontecem a pessoas no certificadas, em princpio, desconhecedoras da tcnica e das mais elementares regras de segurana.

    Para incrementar desde j a prtica segura do voo livre, que todos desejamos, vamos sistematizar os elementos fundamentais de segurana.

    Formao

    uma atitude fundamental. A aprendizagem correcta e bem orientada das matrias e exerccios bsicos de um curso so o grande pilar onde tudo comea e a base da segurana de cada um.

    Ningum aprende e domina tudo no fim do curso. Os voos a seguir ao curso, se bem orientados, do consistncia aos conhecimentos adquiridos e tendem a facilitar todas as tcnicas e prticas necessrias ao bom desempenho da actividade.

    Ningum faz uma formao superior, seja em que rea for, numa s vez. importante passar por vrias etapas ou nveis, de forma a alcanar com xito os objectivos pretendidos. A formao continua para nveis mais avanados (alm do nvel 3 de piloto autnomo, no parapente existem os nveis 4 e 5 que so considerados nveis avanados) permite atingir conhecimentos e experincia correctos, possibilitando o desenvolver da tcnica individual, aumentando a eficcia e segurana ao voar.

    Legislao

    Depois de formados necessrio que se filiem num clube e tenham o processo anual federativo legal (seguro e exame mdico). Devem tambm cumprir as regras locais dos stios onde costumam voar. Esta a melhor maneira de no arranjar problemas.

    Planeamento

    Um planeamento correcto implica pensar - preparar - cumprir. Estas atitudes devem ser levadas muito a srio em relao a cinco factores:

    Local ao escolher o local deve tentar obter o mximo de informaes sobre o local escolhido (descolagens, aterragens, meteorologia local, etc.)

    Companheiro nunca deve voar sozinho. No voe adoentado, angustiado ou demasiado nervoso. Procure conhecer as pessoas com quem voa.

    Tcnica tenha perfeita noo de qual o seu nvel de pilotagem e avalie muito bem se as condies se adequam a esse mesmo nvel.

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    Equipamento verifique sempre o seu equipamento antes de descolar e se possui todo o equipamento de segurana adequado para o tipo de voo que pretende realizar

    Preveno mais uma vez reforamos o facto de que nunca se deve voar sozinho. Cumprir com zelo todos os procedimentos segurana aprendidos durante o curso bsico e usar o bom senso para avaliar as condies de voo. Estes aspectos fundamentam a mais importante ideia no voo:

    PREVENO=SEGURANA=PRAZER

    No fim terminamos com uma frase que nos permite reflectir e concluir pela necessidade da preveno/formao:

    O VOO NO PERIGOSO. O PILOTO SIM, PERIGOSO

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    Captulo 2 Descrio Geral do Parapente

    Em Junho de 1978, trs praquedistas franceses sobem a colina de Portuisset, junto povoao de Mieussy. Ocorreu-lhes levar os seus paraquedas planos para tentar descer com eles vertente abaixo. Se isto fosse possvel tinham encontrado uma forma econmica de entrar nas suas competies de preciso sem necessidade de utilizar avies. Seus nomes: JeanClaude Bentemps Andr Bohn e Grard Bosson.

    Atrs do xito dos primeiros intentos, Bosson funda o primeiro clube Les Choucas de um desporto que ao princpio se chamou Voo de Pendente, depois paraquedismo de montanha e por ltimo Parapente. Os seus primeiros scios eram paraquedistas.

    Os paraquedas utilizados pelos Choucas so de 7 clulas grande espessura e pouca superfcie. Pouco a pouco vo sendo modificados: bandas de suspenso mais estreitas, Arns/Cadeira mais confortvel, maior calado...Em 1984 utilizam o primeiro modelo de 9 Clulas: o Dragonfly, mais leve e com um desenho que lhe permite ganhar altitude!!

    A partir de ento, mudam completamente os conceitos: o parapente j no uma forma de descer mais devagar, mas sim uma forma de voar. O rectngulo flexvel passa de uma superfcie de travagem a uma Aeronave sem motor que utilizar as tcnicas do voo livre.

    O arns clssico de paraquedas produz inflamao nas pernas aps a primeira hora de voo, Richard Trinquier instala uma tbua no arns do Surfair, modelo de 11 clulas, o qual permite voar 5 horas e 20 minutos com total comodidade: nasce o arns/cadeira.

    Em Setembro de 1988 Jean Marc Boivin voa em parapente desde o Everest e Jean-Yves Fauste bate o recorde de permanncia sobre um stio no Hawai:11 horas e 23 minutos.

    Surgem novos construtores e novos desenhos cujas caractersticas superam as dos anteriores. Saint Hilaire (Frana) rene os pioneiros do parapente Europeu.

    A partir desse ano produz-se um BOOM do parapente, registando-se no final de 1989 uma cifra 10 vezes maior de desportistas federados que no ano anterior.

    Actualmente o parapente evolui to rapidamente que se pode considerar como uma verdadeira revoluo no mundo do voo desportivo: aproximadamente 40 marcas; 500 modelos e centenas de milhar de aficionados em todo o mundo podem prov-lo!

    Em Portugal, a actividade de parapente rege-se pelo Decreto-lei n 238/2004 de 18 de Dezembro, que regula a utilizao de aeronaves civis de voo livre e ultraleves. No Capitulo I artigo 2 pode ler o seguinte:

    Capitulo I Artigo 2 Definio

    1 - Para os efeitos do presente diploma, consideram-se aeronaves de voo livre quaisquer aeronaves que sejam transportveis pelo prprio piloto e cujas descolagem e aterragem sejam efectuadas recorrendo a energia potencial e aco motora dos membros inferiores daquele.

    2 - Sem prejuzo das caractersticas definidas no nmero anterior e da respectiva classificao como aeronave de voo livre, possvel recorrer ao auxlio de uma fora externa, como o guincho ou reboque.

    3 - .. 4 - Os diversos tipos ou classes de aeronaves de voo livre e ultraleves so definidos em

    regulamentao complementar a emitir pelo Instituto Nacional de Aviao Civil (INAC).

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    A asa de parapente definida como Aeronave semirgida, sem motor que descola desde a superfcie terrestre sem fase de queda livre, sendo por isso inserido na classe de aeronaves de voo livre.

    Ainda que o parapente tenha nascido do misto Paraquedismo /montanhismo e empregue tcnicas similares ao voo livre um desporto basicamente distinto com caractersticas muito distintas. As pessoas alheias cultura aeronutica confundem com certa frequncia o desporto do parapente com os saltos de queda livre com utilizao de paraquedas. O parapente nada tem a ver com esse tipo de actuaes espectaculares. Decerto incorrecta a expresso saltar j que o voo se deve iniciar mediante uma zona de descolagem desde uma superfcie com inclinao no superior a 45 graus.

    O parapente um desporto apto para quase todos e de fcil assimilao. O voo de parapente (ainda que no totalmente isento de algum nvel de risco) agradvel, cmodo e muito gratificante. Sem qualquer dvida se pode assegurar quelas pessoas que pensam encontrar no parapente emoes fortes com muita adrenalina, que esto enganados ao eleger este desporto. No entanto aps alguns anos de prtica e se a pessoa revelar jeito para acrobacias, ai sim o parapente provoca verdadeiras descargas de adrenalina. Existem no mercado (a escola tambm possui) vdeos onde se v dos melhores pilotos do mundo a praticar acrobacias bastante arrojadas.

    As acrobacias so feitas com asas prprias para o efeito.

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    Captulo 3 Iniciao ao parapente

    Consideraes sobre Escolas de Parapente

    sombra das escolas, dignas desse nome, surgem pseudo-instrutores e pseudo-escolas que normalmente sem meios nem garantias, se dedicam ao ensino com fins mais lucrativos que desportivos ou profissionais. A maior percentagem de incidentes e acidentes devem-se sem dvida ignorncia e pouca experincia dos prprios pilotos, que por sua vez se deve m qualidade de instruo recebida, quer por negligncia ou por insuficiente nvel tcnico dos instrutores. A instruo que deveria ser uma formao contnua conforme o nvel do piloto vai evoluindo, muitas vezes cinge-se a umas meras aulas de iniciao que em nada preparam o aluno para futuras situaes de pilotagem.

    Inscrio no Curso Bsico

    O limite mnimo de idade para iniciao os 16 anos (o menor tem de ter uma autorizao dos pais). Quanto aos adultos o nico requisito encontrarem-se em plena forma fsica para a prtica de desportos aeronuticos e no sofrer de doenas de tipo fsico ou psquico que possam impedir a dita prtica desportiva.

    Ao inscrever-se na sua escola devero entregar-lhe: - Documentao bsica terica de utilidade para o curso. - Informao sobre seguros e prestaes de assistncia a que tenha direito. - Informao sobre o programa de aprendizagem, materiais a utilizar, zonas de voo e

    calendrio de curso.

    Fases do Curso Bsico

    Segundo a Federao Portuguesa de Voo Livre FPVL (entidade que sem dvida se pode considerar a mais autorizada em matria de parapente) recomendvel que a formao de um aluno seja no mnimo de trs semanas de aprendizagem para obter um adequado nvel de autonomia.

    Isto sem dvida apenas um carcter de orientao, j que depende tanto da capacidade de assimilao do piloto na sua prvia orientao terica, do nmero e tipo de voos que efectue, etc.

    O que est claro que a formao do parapente se deve basear na autonomia do piloto, ou seja: que este possa voar sem ajuda de ningum em condies normais, conhecendo exactamente quais so as suas prprias limitaes e as da sua aeronave, bem como as normas elementares de segurana em voo.

    Durante os voos efectuados em prticas da I etapa os pilotos tero obrigatoriamente de levar rdio e estar em contacto permanente com o seu instrutor. Estes voos so uma fase preparatria para os voos de altura, estando estabelecido que tero de ser efectuados 10 voos para concluir a I etapa do curso, conjuntamente com trabalho de solo. Uma vez assimiladas estas manobras bsicas passa-se a voar em desnveis superiores, devendo efectuar-se 15 voos com estas caractersticas e assimilar correctamente as instrues pr definidas pelo instrutor.

    Quando o instrutor percebe que o aluno j assimilou as prticas da II etapa, o aluno passa para a III etapa onde dever preparar o seu primeiro voo solto, no qual manter o rdio em silncio e em que o instrutor s dever intervir quando estritamente necessrio.

    O voo solto consegue-se quando o piloto faz correctamente o seu primeiro voo sem rdio, supondo a superao da III etapa e a qualificao de piloto de nvel III (piloto autnomo). Para completar o curso, normalmente ser necessrio um nmero mnimo de voos em altitude (15 a

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    20). Estes, somados fase terica (superada atravs de um teste/exame), e s prticas das III etapas do curso, sero aproximadamente de 20 dias, ainda que prazo varie de acordo com as caractersticas da zona, condies atmosfricas, etc.

    Em relao compra de equipamento prprio habitual e aconselhado (no sendo no entanto obrigatrio) que o aluno o faa no final da II etapa inicio da III etapa, por duas razes principais:

    1 No final da II etapa, o instrutor j conhece as capacidades e motivaes do aluno o que lhe permite aconselhar o equipamento mais adequado para o mesmo

    2 tambm aconselhado que o aluno faa a III etapa do curso com o seu prprio equipamento, pois desta forma habitua-se a voar com a sua prpria asa o que facilita a aprendizagem e passagem para piloto autnomo.

    Aps a concluso do curso bsico o piloto deve continuar a sua formao avanada, devendo para tal inscrever-se em cursos de aperfeioamento, onde desfruta de uma formao cuidada e segura.

    Durante o curso todo o material tcnico cedido pela escola. Tendo em conta que o parapente um desporto que se pratica ao ar livre e normalmente em zona de montanha recomendvel utilizar roupa cmoda e que proteja as pernas de arranhes, e calado prprio para a modalidade:

    Na escola pode encontrar todo o material aconselhado e certificado para a prtica do parapente, sendo ele:

    - Asa - Cadeira / Arns - Botas - Capacete - Rdio - Luvas - Fato Voo - Paraquedas Reserva - Instrumentos voo - Varimetro, GPS, etc.

    Todos estes equipamentos so de segurana, utilizados consoante o nvel de pilotagem do piloto. Equipamentos como capacete, botas, luvas, fato e rdio devem ser utilizados por qualquer piloto, independentemente do seu nvel de pilotagem.

    Licena

    A licena um documento subscrito pelo desportista e pela federao (atravs do respectivo clube ou escola) mediante o qual o titular acolhe os direitos e deveres estabelecidos na lei geral de desportos, e respectivos regulamentos em vigor.

    A licena federativa inclui como prestaes directas ao titular: - Seguro de responsabilidade civil (danos a terceiros) - Servios de mutualidade geral desportiva.

    Os clubes e escolas que gerem as licenas tm a obrigao de informar os seus pilotos sobre as caractersticas das ditas prestaes e como aceder a elas em caso de necessidade. (ver fig.2)

    (fig. 2)

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    Estatutos da Federao Portuguesa de Voo Livre

    CAPTULO I

    Denominao Natureza e Sede Objectivo e Distintivos

    Artigo 1 Denominao e Natureza

    A FPVL Federao Portuguesa de Vo Livre, tambm designada abreviadamente por F P V L, uma pessoa colectiva de direito privado, constituda por tempo indeterminado, sem fins lucrativos para, na sua condio de nica entidade reconhecida como Autoridade Nacional e no quadro da legislao desportiva nacional, promover, representar e dirigir, tcnica e disciplinarmente as modalidades de Vo Livre em Portugal.

    Artigo 2- Sede

    A F.P.V.L. tem a sua Sede Social na Avenida Cidade de Loureno Marques, Mdulo 2, Praceta B, em Lisboa. A sede da F.P.V.L. poder ser mudada por simples deliberao da Assembleia-geral.

    Artigo 3- Objecto

    A Federao Portuguesa de Vo Livre tem como objecto:

    3.1 . Ser a federao desportiva das actividades aeronuticas de Asa Delta e Parapente .

    3.2. Promover, regulamentar e dirigir a nvel nacional, a prtica do Vo Livre, nomeadamente nas suas modalidades de Asa Delta e Parapente, ._

    3.3. Representar perante a Administrao Pblica, o Comit olmpica Portugus e outros organismos desportivos supra-federativos, o desporto de Vo Livre e seus associados,

    3.4. Representar, como nica Autoridade Nacional, o Vo Livre racional junto das organizaes estrangeiras ou internacionais, designadamente na F.A.I - Fedration Aeronutique Internacional.

    3.5. Promover, regulamentar e fiscalizar a seleco e a participao das representaes nacionais de Vo Livre em competies internacionais, designando ou sancionando essas representaes.

    3.6. Fomentar o Associativismo como forma de desenvolvimento da modalidade.

    3. 7. Promover, junto de entidades pblicas e privadas, obteno de recursos ou de patrocnios necessrios para a consecuo dos seus fins.

    Artigo 4 - Distintivos

    Os distintivos da Federao Portuguesa de Vo Livre so descritos no seu regulamento Geral.

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    CAPTULO II

    Associados

    Artigo 5 - Categorias de Associados

    A Federao Portuguesa de Vo Livre, composta pela seguinte categoria de associados:

    5.1. Associados Honorrios

    5.2 Associados de Mrito;

    5.3. Associados Efectivos:

    5.3.1. Associaes Regionais de Aeroclubes, Clubes ou Associaes que integrem seces desportivas de Vo Livre, nomeadamente em Parapente ou Asa Delta;

    5.3.2. Aeroclubes, Clubes ou Associaes que integrem seces desportivas de Vo Livre, nomeadamente em Parapente ou Asa Delta;

    5 3.3. Associaes de Instrutores de Vo Livre (Asa Delta e Parapente);

    5.4. Associados no efectivos

    5.4.1. Dirigentes no efectivos

    5.4.2. Instrutores;

    5.4.3. Escolas privadas de Vo Livre, nomeadamente em Parapente ou Asa Delta;

    5.4.4. Praticantes;

    5.5. Os direitos e deveres de cada categoria de associados esto consignados no Regulamento Geral da F.P.V.L.

    Artigo 6 - Admisso de Associados

    6.1. As propostas para admisso de Associados Honorrios e de Mrito sero apresentadas aprovao da Assembleia-geral pela Direco ou por um grupo de associados efectivos representando pelo menos um tero do nmero total de votos.

    6.2. As propostas para admisso de Associados Efectivos sero apresentadas aprovao da Direco da F.P.V.L

    6.3. As propostas para admisso de scio Efectivo devero ser acompanhadas de:

    6.3.1. Uma certido da escritura da sua constituio

    6.3.2. Um exemplar dos Estatutos e caso exista, do Regulamento Geral que os complemento.

    6.3.3. Indicao da localizao da respectiva Sede.,

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    6.3.4. Pagamento de uma Jia de Admisso de montante a estabelecer pela Assembleia-geral.

    6.4. As propostas para admisso de Associados No-Efectivos sero apresentadas aprovao da Direco pelos portadores de licena federativa vlida de Dirigente, Instrutor, ou Praticante, bem como, Escolas de Vo privadas com personalidade jurdica devidamente comprovada.

    Artigo 7 - Perda ou suspenso dos direitos de associado

    7.1. Perdem a qualidade de associado todos os scios, com excepo dos Associados Honorrios e de Mrito, que no procederem, no decorrer do primeiro trimestre de cada ano civil, ao pagamento da quota anual estabelecida na Assembleia-geral. Caso tal no acontea, ficaro os seus direitos em suspenso at ao pagamento em dobro da quota em atraso, o que poder ser feito at ao final do ano civil a que a quota disser respeito associados que se filiarem no ltimo trimestre ficaro isentos do pagamento de quota nesse ano.

    7.2. Se at ao final desse ano a quota em atraso no for paga, o mesmo ser automtica mente excludo de associado da F.P.V.L..

    CAPTULO III

    Estrutura da F.P.V.L.

    Artigo 8 -rgos

    Constituem os rgos da F.P.V.L:

    8.1. A Assembleia-geral.

    8.2. O Presidente.

    8.3 A Direco.

    8.4. O Conselho Fiscal

    8.5. Q Conselho Jurisdicional.

    8.6. O Conselho de Disciplina.

    8.7. O Conselho de Arbitragem e Competies;

    Artigo 9 - Eleies e Mandatos

    9.1. A Mesas da Assembleia-geral, a Direco, o Conselho Fiscal, o Conselho Jurisdicional e o Conselho de Disciplina so eleitos pela Assembleia-geral, em regime de listas separadas, por maioria simples.

    9.2. O Conselho de Arbitragem e Competies ser eleito em lista separada em Assembleia-geral por maioria de dois teros dos votos.

    9.3. Os mandatos sero de 4 anos coincidentes com o Ciclo Olmpico.

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    9.4. As propostas para a demisso, antes do termo dos respectivos mandatos, de um ou mais membros dos rgos Sociais eleitos pela Assembleia Geral, s podero ser discutidas e votadas em Assembleia Geral Extraordinria convocada para esse fim, s fazendo vencimento o que for aprovado por maioria de dois teros dos votos expressos.

    9.5. As vagas ocorridas em quaisquer rgos sociais da F.P.V.L. sero preenchidas por pessoas a designar pelo Presidente da Mesa da Assembleia-geral sob proposta do rgo onde se verificou a vaga.

    9.6. A ratificao do preenchimento de lugares vagos nos rgos Sociais da F.P.V.L. eleitos pela Assembleia-geral, far-se- por proposta dos respectivos rgos e por maioria simples, na primeira Assembleia-geral realizada depois de se verificar aquela designao.

    Artigo 10 Assembleia-geral

    10.1. A Assembleia-geral o rgo mximo da F.P.V.L. nela podendo estar representados todos os associados no pleno gozo dos seus direitos sociais e todos se obrigando s suas deliberaes, cabendo apenas aos associados efectivos o direito de voto dentro dos seguintes parmetros:

    10.1.1. Por cada Associao Regional

    a) 10 Votos, mais: b) l voto por cada Aeroclube, clube ou associao da respectiva rea geogrfica, filiado na F.P.V.L. e no pleno uso dos seus direitos;

    10.1.2. Por cada Clube

    a) 1 Voto, mais

    b) 5 Votos caso disponham de uma escola em actividade e homologada pela F.P.V.L.

    c) 1 voto por cada piloto associado e com licena de vo e filiao validada pela F.P.V.L.;

    10.1.3. Por cada Associao de instrutores de -Parapente e Asa Delta:

    a) 10 Votos;

    10.2. A Mesa da Assembleia-geral ser composta por um Presidente, um Vice-presidente e um Secretrio.

    10.3. As Assembleias-gerais podem ser ordinrias ou extraordinrias, regendo-se o seu funcionamento pela legislao vigente.

    10.4. A convocatria da Assembleia-geral, assinada pelo Presidente da Mesa da Assembleia Geral ser enviada a todos os Associados por meio de aviso postal com a antecedncia mnima de quinze dias teis em relao data de realizao da Assembleia Geral.

    Artigo 11 - Competncia da Assembleia Geral

    Assembleia-geral compete:

    11.1. A eleio e destituio dos titulares dos rgos da F.P.V.L.;

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    11.2. A aprovao do relatrio, do balano, do oramento e dos documentos de prestao de contas;

    11.3. A alterao dos Estatutos e a aprovao do Regulamentos Geral Interno, nomeadamente de Formao e Competies

    11.4. Alm destas a Assembleia Geral ter ainda as competncias definidas no Regulamento Geral Interno da F.P.V.L.

    Artigo 12 Presidente

    o rgo que preside Federao.

    Artigo 13 Competncia do Presidente

    Ao Presidente da F.P.V.L. compete:

    13.1. Assegurar o regular funcionamento da F.P.V.L. e promover a colaborao entre os seus rgos;

    13.2. Representar a F.P.V.L. junto da administrao Pblica;

    13.3. Representar a F.P.V.L. junto das suas organizaes congneres nacionais, e estrangeiras e dos organismos internacionais;

    13.4. Representar a F.P.V.L. em Juzo;

    13.5. Assegurar a organizao e funcionamento dos servios, bem como a escriturao dos livros nos termos da lei,

    13.6. Celebrar contratos de trabalho, acordar a respectiva resoluo, bem como exercer o poder disciplinar sobre os trabalhadores contratados pela F.P.V.L.;

    13.7. Assegurar a gesto corrente dos negcios da F.P.V.L..

    Artigo 14 - Direco

    14.1. A Direco o rgo colegial de administrao, composta por sete membros efectivos: um Presidente, dois Vice-presidentes, um Secretrio, um Tesoureiro e dois Vogais;

    14.2. Este rgo dever assegurar a representatividade de clubes com ncleos activos de Vo Livre, nomeadamente de Asa delta e Parapente

    Artigo 15 - Competncia da Direco

    Compete Direco da F.P.V.L.:

    15.1. Organizar as seleces nacionais

    15.2. Organizar o Quadro de competies desportivas;

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    15.3. Garantir a efectivao dos direitos e deveres dos associados;

    15.4. Elaborar anualmente o plano de actividades;

    15.5. Elaborar e submeter anualmente a parecer do Conselho Fiscal o oramento, o balano e os documentos de prestao de contas;

    15.6. Administrar os negcios da F.P.V.L. e zelar pelo cumprimento dos Estatutos e das deliberaes dos rgos da F.P.V L.; 15.7. Assegurar o funcionamento de um departamento tcnico que garanta a coordenao das actividades especficas das modalidades de Vo Livre, nomeadamente de Asa Delta e Parapente; 15.8. Alm destas, a Direco ter ainda as competncias e funcionamento referidas no Regulamento Geral da F.P.V.L.

    Artigo 16 Conselho Fiscal

    16.1. O Conselho Fiscal tem, com as necessrias adaptaes, os poderes e deveres que a lei confere quele rgo nas sociedades comerciais

    16. 2. 0 Conselho Fiscal constitudo por trs membros efectivos, sendo um obrigatoriamente revisor oficial de contas: um Presidente, um Relator e um Secretrio.

    Artigo 17 - Competncia do Conselho Fiscal

    Compete ao Conselho Fiscal:

    17.1. Emitir parecer sobre o oramento, o balano e os documentos de prestao de contas;

    17.2. Verificar a regularidade dos livros, registos contabilsticos e documentos que Ihe servem de suporte;

    17.3. Acompanhar o funcionamento da F.P.V.L., participando aos rgos competentes as irregularidade de que tenha conhecimento.

    Artigo 18 - Conselho Jurisdicional

    18.1. 0 Conselho Jurisdicional o rgo de consulta e de recurso em todos os assuntos da sua competncia;

    18.2. 0 Conselho Jurisdicional composto por trs elementos, obrigatoriamente licenciados em Direito (um Presidente e dois Vogais).

    Artigo19 - Competncia do Conselho Jurisdicional

    Compete ao Conselho Jurisdicional, entre outras definidas no Regulamento Geral da F.P.V.L., conhecer dos recursos interpostos das decises em matria desportivas.

    Artigo 20 - Conselho de Disciplina

    20.1. 0 Conselho de Disciplina o rgo que tem por misso apreciar e punir de acordo com. Os regulamentos todas as infraces disciplinares imputada a associados efectivos, escolas de Vo,

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    instrutores, juzes, dirigentes e outros agentes desportivos ligados modalidade, nos termos do Regulamento Geral, aprovado em Assembleia-geral.

    20.2. 0 Conselho de Disciplina composto por trs membros licenciados em Direito: um Presidente e dois Vogais.

    Artigo 21 - Competncia do Conselho de Disciplina

    Alm das atribuies j definidas, compete ainda ao Conselho de Disciplina dar os pareceres que, em matria de disciplina, Lhe forem solicitados pela Direco.

    Artigo 22 - O Conselho de Arbitragem e Competies

    22.1. 0 Conselho de Arbitragem e Competies o rgo de consulta e deciso em todos os assuntos da sua competncia;

    22.2. O Conselho de Arbitragem e Competies ser composto por um Presidente, um Vice-Presidente e trs Vogais, todos obrigatoriamente com a qualificao de observadores F.A.I. nos termos regulamento geral.

    CAPTULO IV

    Disposies Finais, Gerais e Transitarias

    Artigo 23 - Competncia do Conselho de Arbitragem e Competies Compete ao Conselho de Arbitragem e Competies:

    23.1. Elaborao e publicao dos regulamentos afectos sua actividade;

    23.2. Nomeao e ratificao de Juzes e Directores de Prova de mbito Nacional, definidas no Regulamento de Competio de cada uma das modalidades, nomeadamente de Asa Delta e Parapente;

    23.3. Pronunciar-se, quando consultado pela Direco da F.P.V.L. quanto designao de juizes internacionais que sejam solicitados por organismos internacionais;

    23.4. Propor Direco a homologao de provas oficiais;

    23.5. Promover aces de formao destinadas a observadores F.A.I. ou oficiais de competio;

    23.6. Decidir sobre os apelos, nos termos da regulamentao federativa nacional vigente, referentes a todas as provas de Voo Livre disputadas em territrio nacional.

    Artigo 24 - Dissoluo

    A F.P.V.L. poder ser dissolvida por deliberao da Assembleia-geral convocada para o efeito, mediante voto favorvel de pelo menos trs quartos do nmero de todos os associados.

    Artigo 25 - Regulamento Geral

    Os presentes Estatutos so complementados atravs do Regulamento Geral da F.P.V.L.

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    Artigo 26 - Disposies Gerais

    26.1. As propostas de alterao aos Estatutos s podero ser discutidas e votadas em Assembleia-geral Extraordinria convocada para esse fim, s fazendo vencimento o que for aprovado por maioria de trs quartos dos votos expressos dos associados presentes.

    26.2. As propostas de alterao ao Regulamento Geral da F.P.V.L. s podero ser discutidas e votadas em Assembleia-geral Extraordinria convocada para esse fim, fazendo vencimento o que for aprovado por maioria simples dos votos expressos. 26.3. Os presentes Estatutos entram em vigor na data da sua aprovao, sem prejuzo de em tempo til, se proceder s formalidades necessrias 26.4. 0 ano social coincidir com o ano civil.

    Artigo 27 - Disposies Transitrias

    Aps a aprovao destes Estatutos sero eleitos para o presente mandato, que termina no primeiro trimestre de mil novecentos e noventa e sete, apenas os membros necessrios para que todos os rgos fiquem completos e de acordo com o que os estatutos determinam.

    ltima actualizao: 05 de Novembro de 2002

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    Captulo 4 Lei Area

    0 Leigo da aviao porventura julga que os cus so livres e pertencem aos pssaros. Se bem que este facto seja filosoficamente verdadeiro, a verdade que desde o incio deste sculo, quando os irmos Wright fizeram o seu primeiro voo que a troposfera se vem enchendo de todo o tipo de trfego areo. Isto ao ponto de pouco depois se ter comeado a ter que regulamentar este trfego, um pouco semelhana da trfego terrestre.

    Estes apontamentos constituem um guia prtico das leis e procedimentos relevantes para pilotos e instrutores de voo livre, (Parapente e Asa Delta). importante observar que estes excertos no substituem a legislao de que derivam e que esta varia e muda com o tempo.

    Outra observao pertinente a quantidade de estrangeirismos usados na lngua portuguesa (anglo-saxnicos). Trata-se de um hbito incmodo especialmente para os no familiarizados com a lngua inglesa mas oferecer a incomparvel vantagem de referncias comuns, qualquer que seja o ponto do globo onde nos encontremos.

    Igualmente uma legislao area internacional uma bno num desporto que pela sua natureza, pratica e histria no tem fronteiras.

    1) IFR, VFR VMC, IMC

    A navegao da maioria dos tipos de aeronaves pode ser feita de duas maneiras distintas:

    IFR - Instrument Flight Rules - navegao feita por instrumentos VFR - Visual Flight Rules - navegao visual

    Embora em teoria pudesse ser possvel aos parapentes e asas deltas equiparem-se com a instrumentao necessria para voarem em IFR na prtica esta impossvel estando estes restritos a VFR. O voo em VFR ou IFR esta dependente das VMC e IMC

    VMC - Visual Meteorological Conditions IMC - Instrument Meteorological Conditions

    Ou em portugus condies meteorolgicas de visibilidade ou as condies de visibilidade mnimas que permitem a navegao sem auxilio de instrumentos (VFR/VMC). Estas so definidas de forma deferente consoante a altitude e os tipos de espaos areos definidos no captulo 3). Ou no outro caso as condies meteorolgicas que obrigam navegao por via de instrumentos (IMC/IFR).

    2) CLASSIFICAO DO ESPAO AREO

    A primeira e mais generalizada diviso do espao areo a diviso em duas grandes fatias a UIR e a FIR.

    FIR - Fligth Information Region - estende-se do solo at altitude de 24500 ps (aprox. 8000 metros).

    UIR - Upper Fligth Information Region - estende-se de 24500 ps para cima.

    na FIR que opera a maioria da aviao civil e onde se desenrolam 99% dos fenmenos atmosfricos que vulgarmente se designam por tempo. Parapente e asa delta voam exclusivamente na FIR ( excepo da Judy Leden a britnica que foi largada dum balo na sua

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    asa delta de uma altura de 40.000 ps! - recorde do mundo). portanto a FIR a nica rea de interesse prtico.

    2.1 Classes A a G .

    Em 1985 a VPOF (Visual Flight Operations Panel) da ICAO (International Civil Aviation Organisation), de que Portugal aderente, reuniu para propor um novo sistema de classificao do espao areo. Este sistema definiria leis de controlo do trfego areo comuns no maior nmero possvel de pases.

    O sistema encontrado baseia-se em sete classes de espao areo, de A a G das quais cada pas escolhe as que mais se apropriam para as estruturas existentes. (Corredores areos, TMAs, ATZs, CTRs etc.). A vantagem desta classificao que uma rpida leitura da carta area permite ao piloto perceber as leis do espao onde se encontra, e o tipo de informaes que eventualmente surjam, provenientes da ATC (Air Traffic Control - Torre de controlo) na maioria das regies do globo.

    A teoria da compatibilidade internacional no to perfeita quanto parece e todos os pases tm particularidades prprias que esto devidamente registadas na ICAO.

    Relativamente s unidades, um recenseamento da ICAO sugere que apenas dois pases usam o sistema internacional para medies de altitude, usando a maioria o sistema imperial, principalmente devido influncia dos Estados Unidos. As unidades mais usadas internacionalmente so

    Horizontal - metros (m) Vertical - Ps (ft) Velocidades - ns (Kts)

    Assim segundo o sistema adoptado a classe A a mais restritiva de todas. Por exemplo, a nica que exige a navegao exclusivamente em IFR a todas as aeronaves. A classe E a classe a classe do espao areo controlado menos restritiva. As classes F e G constituem o espao areo aberto ou no controlado. A diferena consiste em que na classe F existe um servio informativo sobre conhecido trfego areo enquanto que a classe G completamente aberta sem qualquer tipo de informao acessvel.

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    3) ZONAS E REAS AREAS

    3.1 Corredores areos (airways)

    Os corredores areos so as estradas do cu. A sua largura standard 10 milhas nuticas (aprox. 20Km). A altura varivel estendendo-se entre dois FL, por exemplo FL40-FL70. Geralmente pertencem classe A.

    3.2 CTA's e CTR's

    As CTA's (ConTrol Areas) e as CTR's (Control zones) so as rotundas do cu, situadas por cima de aerdromos de relativa importncia e/ou no entroncamento de dois ou mais corredores areos. A diferena entre CTA's e CTR's reside no facto de as CTR's se estenderem do solo ate uma determinada altitude enquanto que as CTA's situam-se entre duas altitudes diferentes da altitude do solo. -Alis esse o significado das palavras "zona" - entre o solo e uma determinada quota e "rea" - entre duas quotas.

    3.3 SRA's e SRZ's

    As SRA's (Special Rules Areas) e SRZ's (Special Rules Zones) so traduzidas letra por reas e zonas de regras especiais e tm funo semelhante s CTA's e CTR's.

    3.4 TMA's

    As TMA's (Terminal Manoeveur Areas) so basicamente CTA's mas de maior importncia e dimenso (super-rotundas). De um modo geral situam-se por cima de aeroportos internacionais como o da Portela.

    3.5 ATZ's

    As ATZ's (Aerdromo Traffic Zone) traduzem-se por Zona de trfego do aerdromo. Constituem a zona volta do aerdromo, controlada pela ATCC (Aerodrome Trafic Control Centre), destinada s aterragens e descolagens das aeronaves. Todos os aerdromos possuem uma quer sejam grandes ou pequenos. A sua forma um cilindro. 0 crculo de base, tem um raio de 2mn se a maior pista tiver menos do que 1850m ou de 2.5mn se tiver mais do que 1850m A altura so 2000 ps. Certos pases definem MATZ's (Military Aerodrome Traffic Zone) volta das ATZ dos aerdromos militares. As dimenses tpicas so 5mn de raio, 3000 ps de altura e de um ou dos dois lados com uma rea de aproximao de 5mn de comprimento, 4mn de largura entre as altitudes de 1000 e 3000 ps. As MATZ podem ser atravessadas mas obviamente no convm devido aos riscos inerentes.

    Os tipos de reas acima descritas podem existir isoladamente umas das outras ou podem existir parte da mesma estrutura numa determinada regio.

    De notar ainda que as regras existentes nos diferentes tipos de espao areo derivam do facto de pertencerem por exemplo classe A e no facto de por exemplo serem uma CTA. Assim a uma pergunta do seguinte teor: permitida a entrada a parapentes nas TMA?, a resposta correcta ser: depende do tipo de espao areo em que esto classificadas. Por exemplo a TMA de Lisboa classe A e consequentemente vedado a parapentes mas a de Belfast no Reino unido classe E por consequncia os parapentes podem penetrar.

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    4) ZONAS E REAS DE VO PROIBIDO, RESTRITO OU PERIGOSO

    Existem outros tipos de zonas areas onde o vo perigoso, restrito ou proibido. Elas esto marcadas nas cartas areas por trao contnuo ou interrompido castanho e tm as mais variadas formas, estendendo-se s mais variadas alturas. Geralmente esto indiciadas por uma letra, um nmero de referncia, seguida da altura mxima (amsl) a que se estendem em milhares de ps. Por exemplo D503/12 refere-se uma zona perigosa (D) nmero 503 at altura de 12.000 ps. Assim temos:

    4.1 reas Proibidas (P)

    reas onde o vo proibido (Prohibited areas). A origem da proibio pode ter as mais variadssimas origens, por exemplo podem ser santurios de aves raras, instalaes secretas etc.

    4.2 Areas restritas (R)

    reas onde o vo tem restries para todas ou algumas classes de aeronaves (Restricted areas). Por exemplo helicpteros proibidos.

    4.3 Danger Areas (D) reas onde o vo apresenta perigos. a) utilizadas para tiro (ex. treino - Weapons Range Danger Area). WRDA b) utilizadas para treino de combate Training Airplane) ATA c) de grande trfego (Areas of Intense Aerial Activity) AIAA d) de grandes emisses de radiao que podem ser perigosas (High Intensity Rdio Transmission Area). HIRA Certas reas perigosas podem ser activas e inactivas em certos perodos do ano. Algumas podem ser penetradas, outras no (caso das reas proibidas activadas por NOTAM.

    5) CLASSIFICAAO DE AERONAVES E TIPOS DE LICENAS

    A classificao bsica dos diferentes tipos de aeronaves faz-se segundo dois critrios. O primeiro se tem ou no motor. O segundo se so mais leves ou mais pesadas que o ar. Assim podemos definir quatro classes diferentes.

    a) Aeronaves com motor mais pesadas que o ar

    Avies (todos os tipos incluindo Ultraligeiros), helicpteros, planadores com motor, paramotores, hidroavies, etc.

    b) Aeronaves sem motor mais pesadas que o ar

    Planadores incluindo asas deltas, asas rgidas e parapentes. De notar que internacionalmente as asas deltas esto definidas como planadores, sem rodas de descolagem a p (footlaunch). Assim incluem as asas. deltas propriamente ditas - classe I, (cuja manobra feita exclusivamente por meio do peso do piloto - (weightshift); as asas rgidas - classe II, (com manobra tambm por meios mecnicos) e os parapentes - classe III (sem estruturas rgidas). Assim parapentes so asas deltas de classe III. De notar ainda que o campeo Britnico de parapente qualificou-se em 1993 para voar a liga Inglesa de asa delta na sua UP-Katana devido a esta classificao.

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    c) Aeronaves com motor mais leves que o ar Ex. Dirigveis

    d) Aeronaves sem motor mais leves que o ar Ex. Bales de ar quente

    Tipos de licenas de aeronaves

    Existem trs tipos bsicos de licenas para pilotos privados, de aeronaves civis (PPA). Estes trs tipos so:

    a) de avies (incluindo averbamentos para diversos tipos);

    b) de helicpteros (idem);

    c) de bales de ar quente e dirigveis.

    No que diz respeito ao voo em planadores a maioria de pases exige o equivalente a/ou uma PPA (embora por exemplo no Reino Unido ele esteja desregulado). Por fim o voo em Parapente e Asa delta apresenta igualmente diversas situaes no plano internacional. Na maioria de pases da UE, tais como a Frana estas actividades esto desreguladas. De notar no entanto que apesar desta desregulamentao parapentes e asas deltas so obviamente obrigados a cumprir a lei area. As "licenas",que as respectivas federaes emitem no so licenas propriamente ditas mas sim averbamentos. Outros pases mandatam o aeroclube nacional ou federao nacional para regulamentar a pratica do voo livre.

    6) LEIS RELEVANTES PARA A PRTICA DO VOO LIVRE

    1) proibido pilotar sobre a influncia de lcool

    2) 0 voo nocturno proibido, sendo noite definida 1/2 hora antes do nascer do sol e 1/2 hora depois do pr-do-sol

    3) Regra do quadrante - Um piloto com rumo entre 0 e 90 graus deve voar altura de milhares de ps mpares (ex. FL70 ps). - Um piloto com rumo entre 90 e 180 graus deve voar altura de milhares de ps mpares + 500 ps (ex. FL75 ps). - Um piloto com rumo entre 180 e 270 deve voar altura de milhares de ps pares.(ex. FL80 ps) - Um piloto com rumo entre 270 e 360 graus deve voar altura de milhares de ps pares + 500 ps. (ex. FL85 ps).

    4) 0 uso de rdios tais como os rdios de 2m so ilegais sem a licena apropriada. Esta regra especialmente til para prever de que quadrante se deve esperar trfego areo a uma determinada altitude.

    5) obrigatrio o porte de cartas areas relevantes, para o voo de distncia.

    6) Os pilotos ao depararem com condies de voo perigosas devem informar o controlo de trfego areo por meio duma NOTAM.

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    7) Uma aeronave a seguir uma caracterstica proeminente do solo (ex. uma estrada ou rio) deve segui-la mantendo-a sua esquerda.

    9) NOTAM's Ou "Notice to Air Men So uma espcie de via de comunicao entre pilotos e todos os envolvidos no trfego areo.

    8) Nos pases em que o voo livre est regulamentado as seguintes praticas so geralmente compulsivas:

    Documentos a trazer quando em voo: a Licena apropriada e/ou caderneta de voo. Todas os Parapentes/Asas deltas devem estar certificadas (Afnor, DHV). Certificados mdicos devem estar em dia.

    7) REGRAS ANTI-COLISO ENTRE AERONAVES

    1 - Uma aeronave no deve voar de forma a fazer perigar vidas e bens (deve tomar uma atitude responsvel).

    2 - Os pilotos de qualquer tipo de aeronave devero fazer o mximo de esforo para evitar colises. (Mesmo tendo a prioridade).

    3 - Os pilotos no devero voar a distancias tais que faam perigar a segurana de outras aeronaves. (devem guardar distncias mnimas de segurana), O voo em formao permitido somente se todos os pilotos envolvidos estejam de acordo.

    4- Rumos convergentes Neste caso as prioridades areas estabelecem-se por ordem de manobrabilidade. Assim as aeronaves com motor, mais pesadas que o ar do prioridade s aeronaves com motor mais leves que o ar, que por sua vez do prioridade s aeronaves sem motor mais pesadas que o ar, tendo as aeronaves sem motor mais leves que o ar prioridade sobre todas as restantes. Ou por outras palavras, a sequncia de prioridades a seguinte:

    Avies/Helicpteros - Dirigveis - Planadores - Bales ar quente

    Assim e segundo estes termos no existe estabelecimento de prioridades entre diversos tipos de planadores, por exemplo entre parapentes e asas deltas.

    5 - Rumos convergentes entre planadores O planador pela direita tem prioridade (e deve manter rumo).

    6 - Coliso frente a frente Ambas as aeronaves voltam direita

    7 - Ultrapassagens A aeronave a ser ultrapassada tem a prioridade. A aeronave que ultrapassa deve evitar a ultrapassada virando a direita. ( excepo de ultrapassagens entre planadores).

    8 - Ultrapassagem entre planadores Pode ser efectuada tanto pela direita como pela esquerda

    9 - Viragem em trmica (planadores)

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    Pode-se girar nos dois sentidos. O planador que entre numa trmica ocupada por outro planador obrigado a girar no sentido do planador que j a ocupa. Se o planador de baixo for mais eficiente e se aproximar do de cima, o planador mais baixo tem a prioridade.

    10 - Prioridade a aterrar Deve-se dar prioridade a planador mais baixo

    11 - Aterragens / Descolagens (entre _planadores) 0 planador a aterrar tem prioridade sobre o planador pronto a descolar

    12 - Ao fazer ladeira (entre parapentes) Numa situao de coliso frente a frente, o parapente com a ladeira pela direita tem prioridade (e deve manter rumo). Ultrapassagens devem ser efectuadas pelo lado de dentro da ladeira. (Embora noutros pases se proceda da forma contrria).

    13 - Uma aeronave sem prioridade deve manobrar de forma a evitar passar por cima ou por baixo excepto com grande margem de segurana

    14 - Um planador a ser arrastado considerado um nico veculo com o arrasto, e o piloto do arrasto, o piloto no comando.

    8) REGRAS DE VO VBAIXO 1) Uma aeronave no deve sobrevoar reas urbanizadas excepto com uma altura tal que lhe permita planar caso falhem os motores (se os tiver) fora da dita rea ou altura mnima de 1500 ps acima do objecto fixo mais alto (a que for maior).

    2) Uma aeronave no deve voar a uma distncia inferior de 500 ps de seres humanos, naves, veculos ou estruturas excepto ao descolar, aterrar ou fazer ladeira.

    3) Uma aeronave no deve sobrevoar uma concentrao de mais de 1000 pessoas a uma altura inferior a 3000 ps ou que lhe permita planar fora (a que for maior) excepto com autorizao para tal.

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    REVISO DE CONHECIMENTOS DE LEI AREA

    PERGUNTAS DE LEI AREA / LEGISLAO EXAMES NVEL 3

    Exame 16 Abril 05 16. As regras de voo estabelecem que: a) Em voo junto encosta, quando dois pilotos se cruzam, desvia-se aquele que tem a encosta do seu lado esquerdo. b) Em espao aberto e em rota de coliso, ambos os pilotos se devem desviar para a sua direita. c) Quando dois pilotos se preparam para aterrar, tem prioridade aquele que se encontra a voar com uma asa homologada DHV 3 ou AFNOR competicion. d) O sentido de rotao numa trmica dado pelo piloto que l chega primeiro.

    17. A actual legislao: a) Obriga-nos a fazer a reviso das asas de 3 em 3 anos. b) Estabelece locais de prtica do Voo Livre, onde mais nenhuma aeronave pode voar. c) Obriga os pilotos de Voo Livre a cumprir as regras do voo VFR. d) Estabelece que, face aos equipamentos de localizao transportados (GPS e varimetro), os pilotos em competio se podem reger pelas regras do voo VFR e IFR.

    18. Quanto formao em Voo Livre perante a actual legislao. a) O Instituto do Desporto de Portugal o responsvel mximo pela aviao desportiva em Portugal. b) A licena de Pilotagem emitida pela FPVL refere-se componente desportiva e aeronutica da modalidade. c) As escolas licenciadas para a formao de pilotos de Voo Livre possuem Licena de Funcionamento emitida pela FPVL. d) S Instrutores devidamente credenciados pela FPVL podero formar pilotos de Voo Livre e solicitar as respectivas licenas de pilotagem.

    19. O Regulamento de Competies da FPVL. a) um documento s possvel de ser alterado pelo Conselho de Arbitragem e Competies da FPVL. b) Estabelece 2 nveis de piloto de Voo Livre. c) Regulamenta a competio em Parapente e Asa Delta. d) Estabelece o nvel 6 de piloto como necessrio participao em competio.

    20. proibida a prtica do Voo Livre a) Em espaos devidamente autorizados com NOTAM emitido. b) Dentro de nuvens. c) Em espaos areos controlados. d) reas militares.

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    Exame 2 Abril 05 16. As regras de voo estabelecem que: a) Em voo junto encosta, quando dois pilotos se encontram em rotas convergentes deve ser dada prioridade quele que tem a encosta do lado direito. b) Quando um piloto vira deve gritar: vou virar no momento em que sinaliza com o brao do lado correspondente ao da viragem. c) Quando dois pilotos se preparam para aterrar, tem prioridade aquele que se encontra a voar com uma asa de competio, por esta ser mais rpida e difcil de controlar. d) O sentido de rotao numa trmica dado pelo piloto que l chega mais alto.

    17. A actual legislao: a) Obriga utilizao de material homologado. b) Estabelece locais de prtica do Voo Livre, onde mais nenhuma aeronave pode voar. c) Obriga-nos a cumprir as regras do voo VFR. d) Estabelece que os pilotos de competio se podem reger pelas regras do voo com instrumentos (IFR).

    18. Quanto formao em Voo Livre. a) O INAC (Instituto Nacional de Aviao Civil) o responsvel mximo pela aviao civil em Portugal. b) S Instrutores credenciados pela FPVL podero formar pilotos de Voo Livre e solicitar as respectivas licenas. c) As escolas licenciadas pela FPVL possuem Licena de Funcionamento emitida pela NAV-Aeroportos e Navegao Area. d) A emisso da licena de Voo Livre efectuada pela FPVL.

    19. O Regulamento de Instruo e Titulaes da FPVL. a) um documento s possvel de ser alterado pela Assembleia-Geral da FPVL. b) Estabelece 3 nveis de piloto de Voo Livre e 2 nveis enquanto alunos. c) Regulamenta a instruo, titulao e formao de pilotos e instrutores de Voo Livre. d) Estabelece o nvel 4 de piloto como piloto autnomo. 20. permitida a prtica do Voo Livre a) Em espaos devidamente autorizados com NOTAM emitido. b) Dentro de nuvens, mas s at ser possvel ver os instrumentos de voo. c) Em espaos areos controlados, s em competio, desde que em voo IFR e contacto com a torre. d) No espao de aproximao dos aeroportos, s a mais de 1.000 metros de altura.

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    Exame 3 Junho 05 16. As regras de voo estabelecem que: a) Em voo junto encosta, quando dois pilotos se cruzam, desvia-se aquele que tem a encosta do seu lado esquerdo. b) Em espao aberto e em rota de coliso, ambos os pilotos se devem desviar para a sua direita. c) Quando dois pilotos se preparam para aterrar, tem prioridade aquele que se encontra a voar com uma asa DHV 3. d) O sentido de rotao numa trmica dado pelo piloto menos experiente.

    17. A actual legislao: a) Obriga-nos a fazer a reviso das asas de 6 em 6 anos. b) Estabelece locais de prtica do Voo Livre, onde mais nenhuma aeronave pode voar. c) Obriga-nos a cumprir as regras do voo VFR. d) Estabelece que, face aos equipamentos de localizao transportados (GPS e varimetro), os pilotos de competio se podem reger pelas regras do voo VFR e IFR.

    18. Quanto formao em Voo Livre. a) O Instituto do Desporto de Portugal o responsvel mximo pela aviao desportiva em Portugal. b) A licena de Pilotagem emitida pela FPVL refere-se componente desportiva e aeronutica da modalidade. c) As escolas licenciadas possuem Licena de Funcionamento emitida pela FPVL. d) S Instrutores credenciados pela FPVL podero formar pilotos de Voo Livre e solicitar as respectivas licenas de pilotagem.

    19. O Regulamento de Instruo e Titulaes da FPVL. a) um documento s possvel de ser alterado pelo Conselho Jurisdicional da FPVL. b) Estabelece 10 nveis de piloto de Voo Livre. c) Regulamenta a instruo, titulao e formao de pilotos e instrutores de Voo Livre. d) Estabelece o nvel 3 de piloto como piloto autnomo.

    20. permitida a prtica do Voo Livre a) Em espaos devidamente autorizados com NOTAM emitido. b) Dentro de nuvens mas apenas enquanto se consiga ver o GPS. c) Em espaos areos controlados. S em competio e em voo IFR. d) reas militares desde que a uma altitude inferior a 300 metros de altura.

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    Exame 17 Abril 04 16. As regras de voo estabelecem que: a) Em voo junto encosta, quando dois pilotos se cruzam, desvia-se aquele que tem a encosta do seu lado esquerdo. b) Em espao aberto e em rota de coliso, ambos os pilotos se devem desviar para a sua direita. c) Quando dois pilotos se preparam para aterrar, tem prioridade aquele que se encontra a voar com uma asa DHV 3. d) O sentido de rotao numa trmica dado pelo piloto menos experiente.

    17. A actual legislao: a) Obriga-nos a fazer a reviso das asas de 3 em 3 anos. b) Estabelece locais de prtica do Voo Livre, onde mais nenhuma aeronave pode voar. c) Obriga-nos a cumprir as regras do voo VFR. d) Estabelece que, face aos equipamentos de localizao transportados (GPS e varimetro), os pilotos de competio se podem reger pelas regras do voo VFR e IFR.

    18. Quanto formao em Voo Livre. a) O Instituto do Desporto de Portugal o responsvel mximo pela formao aeronutica em Portugal. b) A licena de Pilotagem emitida pela FPVL refere-se componente desportiva e aeronutica da modalidade. c) As escolas licenciadas possuem Licena de Funcionamento emitida pela FPVL. d) S Instrutores credenciados pela FPVL podero formar pilotos de Voo Livre e solicitar as respectivas licenas de pilotagem.

    19. O Regulamento de Instruo e Titulaes da FPVL. a) um documento s possvel de ser alterado pelo Conselho Jurisdicional da FPVL. b) Estabelece 10 nveis de piloto de Voo Livre. c) Regulamenta a instruo, titulao e formao de pilotos e instrutores de Voo Livre. d) Estabelece o nvel 3 de piloto como piloto autnomo.

    20. permitida a prtica do Voo Livre a) Em espaos devidamente autorizados com NOTAM emitido. b) Dentro de nuvens mas apenas enquanto se consiga ver o GPS. c) Em espaos areos controlados. S em competio e em voo IFR. d) reas militares desde que a uma altitude inferior a 300 metros de altura.

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    Captulo 5 Nomenclatura do Parapente

    O parapente a nica aeronave sem motor cuja asa totalmente flexvel, sendo esta formada por quatro elementos diferentes:

    - A Asa Baseada no princpio do paraquedas - As Suspenses - Compostas por Cordes e Bandas de suspenso. - A Cadeira ou Arns Sistema de unio do piloto aeronave. - Os Comandos ou manobradores - Freios do Bordo de Fuga e sistemas de variao do

    Calado.

    A Asa

    Fabricada com um tipo de fibra sinttica especial, formada por vrios panos cozidos entre si horizontalmente, formando o intradorso e o extradorso unidos entre si por panos verticais chamados Nervuras. O conjunto est cozido e aberto s na parte da frente Aberturas do bordo de ataque. Os sectores da asa limitados por cada duas nervuras de carga chamam-se Clulas. As janelas de intercomunicao (orifcios circulares das nervuras) tm como funo manter a presso homognea no interior da asa. O bordo de ataque (segundo cada modelo) pode ser completamente aberto ou semi-fechado (Clulas laterais fechadas). (ver fig. 3 da pgina seguinte)

    As Suspenses

    Os cordes de suspenso unem-se desde a asa em grupos ordenados sobre cada banda de suspenso mediante mosquetes metlicos (A). H modelos que agrupam os cordes em duas (B) trs (C) ou quatro (D) bandas por cada lado, estando ordenadas do bordo de ataque para o bordo de fuga da seguinte maneira: Bandas A, B, C e D. (ver fig.3)

    (Fig.3)

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    (fig. 3-A)

    Os Manobradores ou Comandos

    Todo o parapente dispe de manobradores clssicos que actuam sobre o bordo de fuga. O piloto acciona-os, utilizando os punhos que esto fixos nas bandas traseiras. Outros elementos de comando so os que permitem a pilotagem por intermdio de incidncia da asa em voo: Trimers e Acelerador.

    EXTRADORSO

    ESTABELIZADOR INTRADORSO

    SUSPENES

    MANOBRADORES

    ARNS

    BANDAS

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    O Arns/Cadeira

    o elemento que une o piloto asa; O arns/cadeira uma estrutura semirgida em forma de cadeira, que leva uma tbua acolchoada na sua parte inferior assim como um reforo em tecido a envolv-la, tendo no seu interior uma proteco dorsal (pode ser em air-baig, espuma de alta densidade ou proteco rgida, no sendo esta ltima aconselhada).

    O arns tem 3 fechos: 2 paras as pernas e um ventral. O fecho ventral pode ser horizontal clssico (E), ABS (horizontal com o cruzado incorporado) ou um sistema misto de fecho ventral e cruzado (F). Este ltimo o mais usual pois proporciona uma maior segurana em balanos e fechamentos, ainda que limite as manobras. (ver fig.4)

    A cadeira permite ao piloto adoptar uma posio inclinada, mais aerodinmica e mais cmoda para o voo.

    (fig. 4)

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    Captulo 6 Conceitos Topogrficos

    Este captulo trata de familiarizar o futuro piloto com as variaes tcnicas da montanha, especialmente com aqueles termos que vo ser utilizados nos captulos seguintes.

    Orografia do terreno.

    Definies: 1) Vale - Ranhura entre montes

    2) Garganta ou desfiladeiro Vale estreito. Descontinuidade profunda do terreno

    3) Torrentes - Fendas ou sulcos nas pendentes por onde escorrem guas da chuva.

    4) Cova ou poo Concavidade no terreno

    5) Corda Linha que une os pontos de mxima elevao ao largo de um monte ou cadeia.

    6) Desnvel Distncia vertical entre o topo e a base de um monte.

    7) Cortado ou parede Considera-se assim toda a ladeira com pendente.

    8) Colado ou perto de montanha Zona divisria entre duas montanhas ou cadeias montanhosas definidas pela confluncia de 4 pendentes.

    9) Canyon Linha que marca o centro de uma garganta ou vale causado pelo leito de um rio.

    10) Cimo ou crista - Ponto de mxima elevao de um monte, quando facilmente visvel e reconhecvel, denominado por Vrtice Geodsico.

    11) Planalto Monte cnico arredondado na base e cortado no topo.

    12) Ladeira Cada uma das caras inclinadas de um monte desde o topo base.

    13) Pendente - ngulo formado pela ladeira com a horizontal do monte.

    14) Salincia ou Sub-prumo - Ladeira com pendente superior a 90.

    (Ver Fig.5) Pgina Seguinte

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    (FIG. 5)

    1) 8)

    2) 9)

    3) 10)

    4) 11)

    5) 12)

    6) 13)

    7) 14)

    Zonas de Voo. Caractersticas

    Portugal rico em zonas de voo devido sua acidentada orografia. Em quase todos os locais podemos encontrar montes de grande utilidade para voar em parapente, de qualquer forma, conveniente que reunam certas caractersticas mnimas de segurana. A ttulo de orientao podemos indicar as seguintes:

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    Zona de Descolagem

    - Deve estar orientada na direco dos ventos dominantes, evitando as zonas de sotavento. - necessria uma zona de pouca pendente e livre de obstculos para poder abrir a asa com comodidade. - A pendente ideal para a descolagem deve ser contnua e estar compreendida entre os 30 e 45. - So perigosas as ladeiras cncavas e deve-se evitar os cortados. - A longitude til de rampa de descolagem no deveria ser inferior a 50 metros. - Devem evitar-se as zonas de piso irregular e escorregadio (rochoso, pedras soltas, barro ou gelo).

    Zona de Aterragem

    - Deve ser suficientemente plana e livre de obstculos importantes num amplo raio (nunca inferior a 100 metros). - O solo deve ser Homogneo e no escorregadio. - No se deve aterrar em volta de ncleos urbanos, aglomerados de pessoas ou vias de comunicao. - A zona de aterragem mais prxima da descolagem deve estar situada dentro do seu alcance (finesse) de acordo com o modelo de parapente utilizado.

    Plano de evacuao

    Toda a zona de voo utilizada assiduamente por escolas deve dispor de um estudo prvio para evacuar os possveis acidentados aos centros de assistncia mais prximos com os meios adequados.

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    Captulo 7 Tcnica Bsica de Pilotagem

    Para voar com segurana o primeiro requisito deve ser a aprendizagem numa escola de parapente. Nem este nem outros instrumentos de aprendizagem (manuais, vdeos, etc.) podero substituir as aprendizagens que um instrutor deve transmitir e os erros que s ele saber corrigir. Neste captulo faz-se apenas uma referncia acerca da progresso prtica a realizar durante o curso bsico.

    I Etapa Adaptao

    Nesta primeira fase prtica, o aspirante a piloto realiza os seus primeiros contactos com o equipamento, aprende a levantar a asa correctamente (inflar a asa), assim como a domin-la em terreno plano ou de pouco desnvel. Efectua tambm os seu primeiro voos directos (marrecas controladas via rdio) onde o objectivo adaptar-se sensao de voar pelos seus prprios meios. Estas prticas so preparatrias para os voos de altitude e incluem a aprendizagem das tcnicas de descolagem e aterragem, assim como o primeiro contacto resposta do parapente s manobras bsicas (virar e nivelar), desde ladeiras com pendente contnua e desnvel inferior a 100 metros.

    Para concluir esta etapa esto estabelecidos o nmero de 10 voos.

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    II Etapa Iniciao

    Superadas as prticas da I etapa, os alunos realizaro os seus primeiros voos em ladeiras com desnvel superior a 100 metros sob o controle de rdio. Nesta fase devem aprender as manobras bsicas de aproximao, correco de deriva, trfego e aterragem com preciso.

    Para concluir esta etapa tm de aperfeioar o seu nvel no solo (controle asa) e efectuar 15 voos/marrecas.

    III Etapa Aperfeioamento

    Nesta etapa o aluno tem como objectivo aperfeioar todos os seus nveis de pilotagem (tanto no solo como no ar). A escola procura levar os alunos que frequentam esta fase do curso, ao mximo de locais de voo diferentes, para que estes possam passar por diferentes experincias de voo.

    Para finalizar a progresso da III etapa, autorizado pelo director tcnico do curso, o piloto realiza o seu primeiro voo de altura sem rdio (desnvel superior a 200 metros). Se o fizer correctamente e passar no exame terico a efectuar atravs da FPVL Federao Portuguesa Voo Livre, a escola conceder-lhe- o ttulo de piloto nvel 3 (piloto autnomo de parapente).

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    Verificao e Preparao para o Voo

    Descolagem. Verificao Depois de tirar a asa do saco, abrimo-la sobre o extradorso e orientamo-la perpendicularmente

    direco do vento (A) e com o bordo de fuga voltado a barlavento. (ver fig.6) (A) Verificar se as bandas e cordes esto correctamente colocados, livres, sem voltas e que no

    existem ns nos cordes. - Se o vento for fraco (de 0 a 10km/h) a asa dever ser colocada em forma de ferradura e

    utilizada a descolagem de alpino (B). - Se o vento for superior a 10 km/h poder descolar de reverso. (C)(ver fig.6)

    (fig. 6)

    O Capacete - A primeira coisa a fazer colocar o capacete, mesmo antes de colocar a cadeira.

    Ajuste da Cadeira - Cada piloto deve ajustar a cadeira segundo a sua comodidade antes do primeiro voo e

    regular a altura dos mosquetes (onde se prendem as bandas de suspenso). importante adoptar a posio de sentado, com as pernas cruzadas e um pouco recostado para o interior da cadeira - (A).

    - O fecho ventral deve ajustar-se (B) de modo que no fique nem demasiado largo, pois poderia dar problemas de estabilidade (C) nem excessivamente apertado, que facilita o twist (D).(ver fig.7)

    - O ajuste das bandas das entre-pernas deve ser firme mas de forma que permita mover as pernas com comodidade.

    ALPINO REVERSO

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    (fig. 7)

    Bandas e Manobradores. Em primeiro lugar o piloto desprende os punhos dos manobradores das bandas C ou D e

    coloca um em cada mo. Depois passa as bandas B, C e D por cima do ombro, segura a banda A (sem soltar o manobrador) com a mesma mo. As bandas B e C podem ficar por cima do ombro ou na cova do brao. (ver ponto A fig.8)

    Confirmar se as bandas e cordes esto correctamente colocados, livres e sem voltas. Para isso levantar ligeiramente os braos (ver ponto B fig.8)

    Por ltimo comprovar de novo se todos os fechos do arns esto correctamente ajustados e que leva consigo a bolsa de transporte do parapente.

    Uma vez feitas, todas as verificaes da asa, o instrutor far um teste de contacto rdio (antes de cada voo).

    (fig. 8)

    Inflado e Controle da Asa

    Para inflar a asa o piloto adopta a posio indicada na (fig. 9): Ombros para a frente, braos esticados para trs relaxados e mos apontados para os bordos marginais.

    Com a asa centrada, avanar para a frente e fazer fora mxima com o corpo, pois quando a asa faz vela no h braos que resistam. Quando a asa comea a subir o vento incide de frente no bordo de ataque. Para compensar esta presso deve avanar com fora, acompanhando a ascenso das bandas at sua vertical, momento em que far uma breve visualizao se a asa est correctamente inflada e suspenses em ordem.

    Sem deixar de manter a asa em presso iniciar a corrida soltando as bandas ao mesmo tempo que suavemente puxa os manobradores para baixo (nunca mais que 50%).

    (fig. 9)

    MUITO APERTADO MUITO LO CORRETO

    INFLAR

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    Tal como j referenciado anteriormente, esta descolagem tem o nome de descolagem de ALPINO, que apenas deve ser utilizada com ventos fracos (inferior a 10km/h)

    Quando o vento superior a 10km/h deve se utilizada a descolagem de REVERSO, que se caracteriza por um maior controlo do piloto sobre a asa, na fase do inflado, uma vez que o piloto se encontra de frente para asa quando a infla. Depois da asa se encontrar na vertical o piloto vira-se para a frente (sentido de descolagem) e efectua a corrida tal como j foi descrito no exemplo anterior e se pode verificar na foto seguinte.

    Controle da Asa

    - Durante o processo de inflado e quando a asa no est situada na vertical o piloto procurar no soltar as bandas nem accionar os manobradores.

    - Uma vez na vertical e com as bandas soltas, para nivelar a asa dever accionar os manobradores com toques breves e suaves, nunca bruscamente nem mantendo a asa travada. Tudo isto sem perder presso.

    Manobra Anti Arraste

    Como regra geral nunca se deve tentar descolar quando a velocidade do vento supere 75% da velocidade mxima da asa (em funo do peso do piloto) e por segurana NUNCA com ventos superiores a 35 km/h ou com quebras superiores a 10 km/h.

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    No obstante, h ocasies em que uma rajada de vento descolagem ou aterragem possam provocar uma queda de costas ao piloto. Para evit-lo dever-se-o ter e ateno os seguintes procedimentos:

    1- Com os ps no solo, soltar um manobrador ao mesmo tempo que puxa o oposto a 100% e o piloto gira para o lado do manobrador que puxou.

    2- Correr em direco asa ao mesmo tempo que puxa os dois manobradores em simultneo at que a asa caia no solo.

    3- Se o arrastamento continuar, colocar-se em cima da asa com o corpo. recomendvel treinar esta manobra no solo com alguma frequncia, para isso normalmente

    treina-se em dias que no se pode voar e em que o vento esteja forte (entre 30 e 40 km/h.) com a assistncia, supostamente, de vrios instrutores. (ver fig.10)

    (fig. 10)

    Recuperao do Equipamento

    Em fase de escola o piloto recolhe a asa sem tirar o arns (cadeira), fazendo-o da seguinte maneira:

    1- D-se a volta passando as bandas por cima da cabea. 2- Unindo todos os cordes, recolhemo-los media