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  • Fundao Nacional de Sade - , uma instituio que tem como misso apromoo e proteo sade, mediante aes integradas de educao e depreveno e controle de doenas e outros agravos, bem como em atendimentointegral sade dos povos indgenas, visando melhoria da qualidade de vida dapopulao.

    O sistema descentralizado de Vigilncia Ambiental em Sade, organizado de forma sistmica, permiteque o Governo Federal, os estados e os municpios trabalhem de forma integrada, com atribuiesespecficas e complementares.Este sistema ir estabelecer e monitorar padres mximos de exposio a fatores no biolgicos, queocasionem riscos sade da populao.Uma das atividades desse sistema monitorar fatores biolgicos, que ocasionem riscos sade dapopulao.Tem como prioridade as aes de monitoramento de vetores e reservatrios; gua para consumohumano e contaminantes ambientais de importncia na sade pblica.

    A

    www.funasa.gov.br

  • Vigilncia Ambiental em SadeVigilncia Ambiental em SadeVigilncia Ambiental em SadeVigilncia Ambiental em SadeVigilncia Ambiental em Sade

    Braslia, novembro de 2002

  • 2002. Ministrio da Sade. Fundao Nacional de Sade.

    permitida a reproduo parcial ou total desta obra, desde quecitada a fonte.

    Editor:Assessoria de Comunicao e Educao em Sade - Ascom/Pre/FUNASANcleo de Editorao e Mdia de RedeDiagramao, reviso ortogrfica e capa:Ascom/Pre/FUNASASetor de Autarquias Sul, Quadra 4, Bl. N, 5 Andar Sala 517CEP: 70.070-040 Braslia/DF

    Distribuio e Informao:Vigilncia Ambiental em Sade. Fundao Nacional de Sade/MSSAS - Setor de Autarquias Sul, Quadra 4, Bl. N, 7 Andar - sala 712Telefone: (61) 314.6437/314.6388 - Fax: (61) 314.6403CEP: 70.070-040 Braslia/DF

    Tiragem: 20.000 exemplares.Impresso no Brasil/Printed in Brazil

    Brasil. Fundao Nacional de Sade.

    Vigilncia ambiental em sade/Fundao Nacional de Sude. Braslia: FUNASA, 2002.

    42 p.

    1. Sade ambiental normas. 2. Estudos epidemiolgicos. 3.Meio-ambiente. I Ttulo.

  • ApresentaoApresentaoApresentaoApresentaoApresentao

    O presente documento apresenta as bases para a estruturao da Vigi-lncia Ambiental em Sade, e a sua insero no Sistema nico de Sade, in-cluindo conceito, objetivos, bases legais, instrumentos, estrutura, organizaoe financiamento.

    Tal implantao significar um avano fundamental nas aes de promo-o e proteo sade da populao brasileira, por meio do monitoramento edo controle de uma variedade de problemas decorrentes do desequilbrio domeio ambiente, visando a eliminar ou a reduzir a exposio humana a fatoresambientais prejudiciais sade.

    Assim, a FUNASA regulamenta a Vigilncia Ambiental em Sade por meioda Instruo Normativa em anexo, estabelecendo as principais atribuies dastrs instncias de governo, descrevendo as aes especficas da vigilncia ambi-ental em sade e as medidas de preveno e controle dos fatores de risco fsicos,qumicos e biolgicos do meio ambiente, relacionados s doenas e agravos sade.

  • SumrioSumrioSumrioSumrioSumrio

    1. Introduo ..................................................................... 72. Objetivos ....................................................................... 73. Instrumentos e mtodos ................................................. 8

    3.1. Epidemiologia ambiental ........................................ 83.2. Avaliao e gerenciamento de risco ........................ 93.3. Indicadores de sade e ambiente ........................... 93.4. Sistema de informao de Vigilncia Ambiental em

    Sade ..................................................................... 93.5. Estudos e pesquisas .............................................. 11

    4. Histrico ...................................................................... 115. Marco legal .................................................................. 166. Estruturao da Vigilncia Ambiental em Sade .......... 20

    6.1. Conceito ............................................................... 206.2. Organizao ......................................................... 206.3. Estrutura Organizacional da Coordenao Geral de

    Vigilncia Ambiental em Sade (CGVAM) ............. 227. Modelo de financiamento ............................................ 308. Anexos ......................................................................... 31

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    1. Introduo1. Introduo1. Introduo1. Introduo1. Introduo

    A Fundao Nacional de Sade (FUNASA), com base no Decreto n. 3.450,de 9 de maio de 2000, que estabeleceu como sua competncia institucional agesto do sistema nacional de vigilncia ambiental, apresenta neste docu-mento, com vistas implantao em todo territrio nacional, a VigilnciaAmbiental em Sade.

    A Vigilncia Ambiental em Sade um conjunto de aes que proporcio-na o conhecimento e a deteco de qualquer mudana nos fatores determinantese condicionantes do meio ambiente que interferem na sade humana, com afinalidade de identificar as medidas de preveno e controle dos fatores de riscoambientais relacionados s doenas ou outros agravos sade.

    Para sua implementao, a FUNASA vem articulando com outras insti-tuies dos setores pblico e privado que compem o SUS e demais integran-tes das reas de meio ambiente, saneamento e sade, a adoo de aes inte-gradas com o propsito de exercer a vigilncia dos fatores de risco ambientaisque possam vir a afetar a sade da populao.

    2. Objetivos2. Objetivos2. Objetivos2. Objetivos2. Objetivos

    Destacam-se os seguintes objetivos da Vigilncia Ambiental em Sade:

    a) produzir, integrar, processar e interpretar informaes, visando adisponibilizar ao SUS instrumentos para o planejamento e execuode aes relativas s atividades de promoo da sade e de preven-o e controle de doenas relacionadas ao meio ambiente;

    b) estabelecer os principais parmetros, atribuies, procedimentos eaes relacionadas vigilncia ambiental em sade nas diversasinstncias de competncia;

    c) identificar os riscos e divulgar as informaes referentes aos fatoresambientais condicionantes e determinantes das doenas e outrosagravos sade;

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    d) intervir com aes diretas de responsabilidade do setor ou deman-dando para outros setores, com vistas a eliminar os principais fato-res ambientais de riscos sade humana;

    e) promover, junto aos rgos afins aes de proteo da sade huma-na relacionadas ao controle e recuperao do meio ambiente; e

    f) conhecer e estimular a interao entre sade, meio ambiente e de-senvolvimento, visando ao fortalecimento da participao da popu-lao na promoo da sade e qualidade de vida.

    3. Instrumentos e mtodos3. Instrumentos e mtodos3. Instrumentos e mtodos3. Instrumentos e mtodos3. Instrumentos e mtodos

    Para o desenvolvimento da Vigilncia Ambiental em Sade, alguns ins-trumentos e mtodos de vigilncia e controle so necessrios, tais como:

    3.1. Epidemiologia ambiental

    A Epidemiologia Ambiental aplica dois mtodos para compreender asrelaes entre o meio ambiente e a sade, a saber:

    Epidemiologia Descritiva que utiliza o mtodo cientfico para estudara distribuio dos riscos e dos efeitos adversos sade da populao; e

    Epidemiologia analtica que estuda a relao entre a exposio a umdeterminado fator e algum efeito adverso sade.

    A Epidemiologia ambiental utiliza informaes sobre:

    os fatores de risco existentes (fsicos, qumicos, biolgicos, mec-nicos, ergonmicos ou psicossociais);

    as caractersticas especiais do ambiente que interferem no padrode sade da populao; e

    os efeitos adversos sade relacionados exposio a fatores derisco ambientais.

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    3.2. Avaliao e gerenciamento de risco

    No caso das substncias qumicas, que possuem particular relevncianos problemas ambientais modernos, a avaliao de riscos o principal ins-trumento de anlise.

    A avaliao de riscos um procedimento utilizado para sintetizar asinformaes disponveis e os julgamentos sobre as mesmas com o objetivo deestimar os riscos associados a uma determinada exposio.

    O gerenciamento de riscos consiste na seleo e implementao deestratgias mais apropriadas para o controle e preveno de riscos, envolven-do a regulamentao, a utilizao de tecnologias de controle e remediaoambiental, a anlise de custo/benefcio, a aceitabilidade de riscos e a anlisede seus impactos nas polticas pblicas.

    3.3. Indicadores de sade e ambiente

    Para entender o conjunto de aes de promoo e preveno que po-dem ser desenvolvidas visando ao controle dos riscos ambientais e melhoriadas condies de meio ambiente e de sade das populaes, necessrioconstruir indicadores que permitam uma viso abrangente e integrada da re-lao sade e ambiente.

    Os indicadores de sade ambiental sero utilizados para tomada de deci-ses, por intermdio do uso de diferentes ferramentas, tais como a estatstica, aepidemiologia e a utilizao destes nos sistemas de informao geogrfica.

    3.4. Sistemas de Informao deVigilncia Ambiental em Sade

    A construo de um sistema de informao para a vigilncia ambientalem sade que integre aspectos de sade e de meio ambiente, permite a produ-o de informaes estatsticas facilitadoras da interpretao da dinmica comos demais sistemas, possibilitem a construo e identificao de indicadoresde sade ambiental.

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    do processo de vigilncia e de avaliao da sustentabilidade do modeloadotado. Essas estatsticas podem ser produzidas por meio da interao dosregistros dos diversos sistemas da rea de sade com dados ambientais, ge-rando indicadores que correlacionem variveis das duas reas.

    A Vigilncia Ambiental em Sade dever dispor de informaes espec-ficas dos seguintes sistemas:

    a) Sistema de Informao de Vigilncia em Sade de Fatores Biolgicos;

    b) Sistema de Informao de Vigilncia em Sade de ContaminantesAmbientais;

    c) Sistema de Informao de Vigilncia em Sade Relacionado Quali-dade da gua de Consumo Humano (Sisgua);

    d) Sistema de Informao de Vigilncia em Sade Relacionado Quali-dade do Ar;

    e) Sistema de Informao de Vigilncia em Sade Relacionado Quali-dade do Solo;

    f) Sistema de Informao de Vigilncia em Sade Relacionado a Desas-tres Naturais;

    g) Sistema de Informao de Vigilncia em Sade Relacionado a Aciden-tes com Produtos Perigosos; e

    h) outros sistemas que se fizerem necessrios.

    A Vigilncia Ambiental em Sade utilizar como ferramenta fundamen-tal o georeferenciamento de dados que o processo usado para referenciarregistros tabulares a um lugar da superfcie da terra ou unidade territorial(bairro, municpio, localidade, etc.), possibilitando assim, a elaborao demapas de risco capazes de auxiliar a tomada de deciso nas diversas instnci-as do SUS.

    A Vigilncia Ambiental em Sade dever ser concebida e estruturada deforma que seja plenamente compatvel com os Sistemas de Informao daVigilncia Epidemiolgica e dos grandes bancos de dados de sade existentesno pas, assegurando desta forma, que no haja duplicidade de ao e que apartir do cruzamento das informaes dos sistemas de informao do Sinvascom os demais sistemas, possibilitem a construo e identificao de indica-dores de sade ambiental.

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    3.5. Estudos e pesquisas

    A prtica da integrao interdisciplinar e a pesquisa de tecnologias apro-priadas s condies do pas, so grandes instrumentos para a estruturaoda rea de vigilncia ambiental em sade.

    Questes como tecnologias para o tratamento da gua para consumohumano, capazes de assegurar sua qualidade contra agentes microbiolgicose qumicos, processos para controle de vetores, avaliao de efeitos sobre asade provocados por produtos qumicos, explorao mineral, definio deparmetros e nveis de tolerncia, identificao de populaes em risco espe-cial, entre outros, so importantes tpicos de investigao em sade e ambi-ente.

    Para a viabilizao da Vigilncia Ambiental em Sade, considera-se fun-damental a realizao de estudos e anlises que permitam relacionar os efei-tos sade com determinados fatores ambientais, utilizando indicadores desade e ambiente, sistemas de informao, ou ainda, estudos epidemiolgicos.

    A realizao de estudos e anlises sobre os potenciais riscos ambientaisque podem causar danos sade antes mesmo que os efeitos possam surgirou sejam identificados pelos sistemas de informao j existentes no SUS, po-dero ser feitas por meio, por exemplo, da confeco de mapas de riscosambientais com o uso de sistemas de informaes geogrficas e de estudos deanlise de riscos.

    4. Histrico4. Histrico4. Histrico4. Histrico4. Histrico

    A relao entre sade e ambiente sempre fez parte da sade pblica doBrasil, mas ao longo da histria, diferentes concepes de ambiente foramdesenvolvidas de acordo com as demandas colocadas pela sociedade e a evo-luo das disciplinas cientficas presentes na sade pblica.

    Influenciada por modelos envolvendo relaes entre agentes e hospe-deiros, ou de fatores de risco biolgicos, as aes de preveno nos sistemasde sade estruturaram-se por intermdio das vrias formas de vigilncia, ten-do por objeto central o controle dos modos de transmisso das doenas e dos

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    fatores de risco, os quais possibilitou alguma governabilidade e eficcia desua ao no mbito do setor sade, principalmente para as doenas infecto-contagiosas clssicas.

    Dentro desta concepo, a vigilncia incluiu o monitoramento de vetores,alimentos e gua para consumo humano e o controle da incidncia das doen-as e de possveis casos, que passam a servir ento como eventos sentinelas,em articulao com anlises epidemiolgicas.

    Uma srie de estratgias foi desenvolvida para o controle e prevenodas doenas, tais como vacinao, controle de vetores, controle da qualidadede alimentos e da gua para o consumo humano, ou ainda, a criao de bar-reiras de isolamento de regies ou pessoas contaminadas.

    Alm dessas medidas, tambm foram desenvolvidas prticas de educa-o em sade pautadas em campanhas de comportamentos individuais, comoboas prticas de higiene e hbitos saudveis. Todas essas prticas sanitaristaspassaram a conviver sob a gide do modelo assistencial de sade.

    Um importante precursor da Vigilncia Ambiental em Sade desenvol-veu-se vinculado s aes de controle de fatores ambientais biolgicos comovetores, animais transmissores da raiva, acidentes com animais peonhentos,contaminao biolgica da gua de consumo humano (clera, diarrias, etc.)e, mais recentemente, fatores fsicos e qumicos relacionados contaminaoambiental.

    No mbito do Ministrio da Sade, a institucionalizao de tais aesocorreu em diferentes locais, mas principalmente na FUNASA, como o contro-le de vetores, hospedeiros e reservatrios relacionados a doenas e o desen-volvimento do sistema nacional de vigilncia epidemiolgica.

    Na rea de engenharia de sade pblica, o trabalho da FUNASA com-preendeu o desenvolvimento de vrias aes de preveno e controle, no spor intermdio do abastecimento de gua e esgotamento sanitrio, mas tam-bm, do destino adequado do lixo, das melhorias sanitrias domiciliares, dre-nagem e o manejo ambiental para o controle de vetores, dentre eles, o trans-missor da malria, da esquistossomose, alm de melhorias habitacionais emreas de doena de Chagas e de educao sanitria.

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    Os riscos ambientais desconhecem fronteiras polticas e econmicas.O conhecimento sobre a dinmica dos ecossistemas mostrou a interdependn-cia entre fenmenos locais (como a emisso de clorofluorcarbono - CFC oumonxido de carbono - CO) e globais (como a reduo da camada de oznioou o efeito estufa).

    Para grandes reas contaminadas, como rios poludos ou cidades intei-ras com elevada contaminao do ar, no existem estratgias de isolamentoou barreiras que impeam, de forma factvel, a exposio das pessoas aosriscos presentes, o que exige polticas intersetoriais de mbito nacional ou atmesmo de mbito internacional. Por isso, o novo campo da vigilncia ambien-tal em sade precisa ser construdo por meio de conceitos e prticas de carterinterdisciplinar e intersetorial.

    Aps a Conferncia das Naes Unidas sobre Meio Ambiente e Desen-volvimento em 1992 (Cnumad ou Rio-92), a Organizao Pan-Americana deSade (Opas), realizou em Washington a Conferncia Pan-Americana sobreSade, Ambiente e Desenvolvimento Copasad, em outubro de 1995, com oobjetivo de definir e adotar um conjunto de polticas e estratgias sobre sadee ambiente, bem como elaborar um plano regional de ao no contexto dodesenvolvimento sustentvel, em articulao com planos nacionais a seremelaborados pelos vrios pases do continente americano e apresentados du-rante a Copasad.

    Em fevereiro de 1995, foi publicada portaria ministerial criando umaComisso no Ministrio da Sade, visando a subsidiar o Grupo de TrabalhoInterministerial (GTI) na elaborao do Plano Nacional a ser apresentadopelo Governo brasileiro na Copasad.

    Esse GTI, coordenado pelo Ministrio da Sade, contava ainda com aparticipao da Opas; do Ministrio do Meio Ambiente, dos Recursos Hdricose Amaznia Legal; Ministrio do Planejamento e Oramento; Ministrio doTrabalho; Ministrio das Relaes Exteriores; Ministrio das Minas e Energia;e Ministrio da Educao e do Desporto.

    O documento final do Plano Nacional de Sade e Ambiente no Desen-volvimento Sustentvel - Diretrizes para Implementao, contm um amplo ecrtico diagnstico dos principais problemas de sade e meio ambiente dopas.

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    Levanta questes como:

    a) a sade e o ambiente das populaes indgenas;

    b) degradao socioambiental das regies metropolitanas;

    c) complexidade do quadro epidemiolgico nacional e sua relaocom o ambiente e o modelo de desenvolvimento;

    d) ressurgimento de doenas tais como malria, clera, leptospirose,dengue, doena de Chagas, filariose e esquistossomose, ao lado doaumento das doenas crnico degenerativas (doenas circulatriase neoplasias) e por causas externas (violncia e acidentes, especial-mente entre jovens);

    e) situao de fome e desnutrio em parcelas significativas da popu-lao;

    f) impactos ambientais das atividades agrrias extensivas e intensivas,implicando em desmatamento, perda da biodiversidade, contami-nao atmosfrica com queimadas, perda de fertilidade ecompactao do solo, eroso e contaminao dos solos, guas epopulao pelo uso intensivo de agrotxicos;

    g) impactos ambientais provenientes da produo de energia e dasatividades industriais afetando a atmosfera, os solos e guas, inclu-indo as subterrneas, causando srios danos ao meio ambiente, sade dos trabalhadores e populaes expostas; e

    h) falta de estruturao das instituies responsveis pelas questes desade ambiental nas instncias federal, estaduais e municipais, as-sociada falta ou carncia de recursos humanos, tcnicos, finan-ceiros e operacionais.

    Para implementao do Plano Nacional de Sade e Ambiente no Desen-volvimento Sustentvel, so destacadas vrias diretrizes que apontam parapolticas e aes dos setores sade, meio ambiente, saneamento e recursoshdricos, bem como requisitos para aes integradas envolvendo outros setores,tais como:

    a) fortalecimento das aes de vigilncia por intermdio da ampliaodo seu espectro conceitual, incorporando conceitos da rea ambi-ental e da sade do trabalhador;

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    b) apoio ao desenvolvimento de novas tecnologias para avaliao deriscos ambientais e sanitrios, e o aperfeioamento das existentes,de modo a instrumentalizar as aes de vigilncia;

    c) ampliao e reformulao dos sistemas de notificao e informa-o em sade e meio ambiente, melhor capacitando-os para oplanejamento, gesto e avaliao, favorecendo sua integrao,compatibilizao conceitual, espacial e metodolgica, bem como adescentralizao;

    d) aprimoramento dos indicadores ambientais e de sade, tornando-os mais adequados para a identificao e avaliao dos impactossobre a sade resultantes da deteriorao ambiental, incluindo a doambiente de trabalho;

    e) estreitamento das relaes entre os setores sade, meio ambiente,saneamento e recursos hdricos no sentido de subsidiar as aes doMinistrio Pblico na preveno e correo de danos provocados sade e ao meio ambiente;

    f) fortalecimento das medidas de controle e fiscalizao dos empre-endimentos aps o licenciamento ambiental;

    g) incentivo formao de profissionais em sade e meio ambiente,com o fomento ao desenvolvimento de contedos e metodologiasinterdisciplinares e a incorporao de metodologias qualitativasarticuladas com as quantitativas; e

    h) reforo ao desenvolvimento cientfico e tecnolgico voltado ao de-senvolvimento sustentvel, estabelecendo-se uma agenda de reastemticas prioritrias, estimulando-se a promoo da pesquisa nasdiversas regies do pas e o desenvolvimento de tecnologias ade-quadas s condies socioeconmicas, ambientais e sanitrias decada regio, com o apoio dos agentes financiadores.

    A partir do ano de 1998, a Opas vem incentivando a implantao nosseus pases membros, incluindo o Brasil, a estratgia da Ateno PrimriaAmbiental, visando estruturao de instrumentos voltados sade ambien-tal, sob a tica das estratgias da Agenda 21, utilizando os conceitos de desen-volvimento sustentvel, e dos espaos, ambientes e cidades saudveis.

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    A implementao do Projeto de Estruturao da Vigilncia em Sade doSistema nico de Sade (Vigisus), tem colaborado no sentido de implementar oconceito de vigilncia em sade, possibilitando a incorporao de uma visomais ampla do conjunto de fatores ambientais, decorrentes da atividade humanaou da natureza, que devero ser sistematicamente monitorados levando-se emconsiderao o territrio onde estas interaes entre o homem e o meio ambi-ente ocorrem, elegendo o municpio como o espao privilegiado das prticas desade pblica para o acompanhamento e o controle dos efeitos ambientais nasade humana.

    5. Marco legal5. Marco legal5. Marco legal5. Marco legal5. Marco legal

    Aps a Conferncia Pan-Americana sobre Sade, Ambiente e Desenvol-vimento (Copasad), realizada em 1995, e o processo conduzido pelo Minist-rio da Sade de elaborao da Poltica Nacional de Sade Ambiental ocorridono perodo 1998-1999, a principal iniciativa no mbito do Ministrio da Sa-de, relacionadas temtica entre sade e ambiente, a estruturao de umarea de vigilncia ambiental em sade na FUNASA.

    Para a implementao da Vigilncia Ambiental em Sade j existeminstrumentos legais do SUS, definidos por meio de leis, decretos e portarias.

    Lei n. 8.080, de 19 de setembro de 1990, que nos artigos 3, 6, 7, 15e 16, se refere organizao do Sistema nico de Sade (SUS) e as atribui-es relacionadas rea de sade ambiental, conforme transcrito a seguir:

    Art. 3 - A sade tem como fatores determinantes e condicionantes,entre outros, a alimentao, a moradia, o saneamento bsico, o meio ambien-te, o trabalho, a renda, a educao, o transporte, o lazer e o acesso aos bens eservios essenciais; os nveis de sade da populao expressam a organizaosocial e econmica do pas.

    Art. 6, incisos V, VIII e X; - Inclui no campo de atuao do SUS a cola-borao na proteo do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho; afiscalizao e a inspeo de alimentos, gua e bebidas para consumo humano;

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    o incremento, em sua rea de atuao, do desenvolvimento cientfico etecnolgico;

    Art. 7 , incisos II e X, integralidade das aes dos servios preventivose curativos e a integrao das aes de sade, meio ambiente e saneamentobsico.

    Art. 15, incisos III, IV, XV e XIX; - Atribuies da Unio, estados, DF emunicpios: acompanhamento, avaliao e divulgao do nvel de sade da po-pulao e das condies ambientais; organizao e coordenao do sistema deinformao de sade; propor e celebrar convnios acordos e protocolos inter-nacionais relativos sade, saneamento e meio ambiente; realizar pesquisas eestudos na rea de sade.

    Art. 16, inciso II, Alnea a e inciso IV; - competncias da direonacional do SUS: participar na formulao e implementao das polticas decontrole das agresses ao meio ambiente; participar da definio de normas emecanismos de controle, com rgos afins, de agravo sobre o meio ambienteou dele decorrentes, que tenham repercusso na sade humana.

    A Portaria n 1.399, de 15 de dezembro de 1999, regulamenta a NOBSUS 01/96 no que se refere s competncias da Unio, estados, municpios edo Distrito Federal, na rea de epidemiologia e controle de doenas e define asistemtica de financiamento; define os critrios para habilitao e certificaode estados e municpios e estabelece a competncia da FUNASA, dos estados,dos municpios e do Distrito Federal, na gesto do Sistema Nacional de Vigi-lncia Epidemiolgica e Ambiental em Sade.

    O Decreto n 3.450, de 9 de maio de 2000, aprova o estatuto da FUNASA,estabelecendo como sua competncia a gesto do Sistema Nacional de Vigi-lncia Epidemiolgica e Ambiental em Sade.

    A Portaria FUNASA n 410, de 10 de agosto de 2000, aprova o Regimen-to Interno da Fundao Nacional de Sade (FUNASA), estabelecendo, nos arti-gos 92, 93 e 94 as competncias da Coordenao Geral de Vigilncia Am-biental em Sade (CGVAM), no mbito do Cenepi, conforme o texto abaixo.

    Art. 92. Coordenao Geral de Vigilncia Ambiental em Sade (CGVAM), compete:

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    I. propor normas relativas a:

    a) aes de preveno e controle de doenas e outros agravos sade;

    b) mapeamento de riscos ambientais sade; e

    c) vigilncia ambiental em sade nos postos de entrada do territrionacional;

    II. coordenar, normatizar e supervisionar o Sistema Nacional de VigilnciaAmbiental em Sade, objetivando detectar precocemente situaes derisco sade humana, que envolvam fatores fsicos, qumicos e biol-gicos do meio ambiente;

    III. coordenar as aes de vigilncia ambiental e controle de faunasinantrpica de forma complementar ou suplementar em carter ex-cepcional, quando for superada a capacidade de execuo dos estadosou houver riscos de disseminao em instncia nacional;

    IV. normatizar e definir instrumentos tcnicos relacionados aos sistemasde informaes sobre agravos de notificao e doenas de monitora-mento;

    V. analisar, monitorar e orientar a execuo das aes de preveno econtrole de doenas e outros agravos relacionados aos fatores do meioambiente ou dele decorrentes, que tenham repercusso na sade hu-mana;

    VI. elaborar indicadores da vigilncia ambiental em sade para anlise emonitoramento; e

    VII. participar da elaborao e acompanhar a execuo das aes na Pro-gramao Pactuada Integrada de Epidemiologia e Controle de Doen-as (PPI-ECD).

    Pargrafo nico. Para fins do disposto neste artigo, entende-se por vigi-lncia ambiental como o conjunto de aes que proporciona o conhecimen-to, a deteco ou preveno de qualquer mudana nos fatores determinantese condicionantes do meio ambiente que interferem na sade humana, com afinalidade de recomendar e adotar as medidas de preveno e controle dosfatores de riscos e das doenas ou agravos, em especial as relativas a vetores,reservatrios e hospedeiros, animais peonhentos, qualidade da gua para

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    consumo humano, contaminantes ambientais, desastres naturais, acidentescom produtos perigosos, saneamento bsico, disposio de dejetos humanose animais e condies habitacionais.

    Art. 93. Coordenao de Vigilncia de Fatores de Riscos Biolgicos- COFAB, compete:

    I. coordenar, normatizar e supervisionar as aes relativas ao controle devetores, hospedeiros e reservatrios de doenas transmissveis e ani-mais peonhentos;

    II. coordenar e normatizar os sistemas de informaes relativos ao con-trole de vetores, hospedeiros e reservatrios de doenas transmissveise animais peonhentos;

    III. consolidar e analisar as informaes produzidas e elaborar indicado-res para o monitoramento do controle de vetores, hospedeiros e reser-vatrios de doenas transmissveis e animais peonhentos; e

    IV. coordenar as aes relativas ao sistema de monitoramento da resistn-cia dos vetores aos inseticidas.

    Art. 94. Coordenao de Vigilncia de Fatores de Riscos No-Biol-gicos (Conab), compete:

    I. coordenar, normatizar e supervisionar as atividades relativas vigiln-cia dos contaminantes ambientais na gua, no ar e no solo de impor-tncia e repercusso na sade pblica, bem assim dos riscos decorren-tes dos desastres naturais e acidentes com produtos perigosos;

    II. estabelecer e monitorizar padres mximos de exposio a fatores nobiolgicos, que ocasionem riscos sade da populao;

    III. coordenar e normatizar o sistema de informaes relativo vigilncia eao controle de contaminantes ambientais na gua, no ar e no solo deimportncia e repercusso na sade pblica, bem assim aos riscos de-correntes dos desastres naturais e acidentes com produtos perigosos; e

    IV. consolidar e analisar as informaes produzidas e elaborar indicado-res para subsidiar as aes e o monitoramento para o controle de

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    contaminantes ambientais na gua, no ar e no solo, de importncia erepercusso na sade pblica e aos riscos decorrentes dos desastresnaturais e acidentes com produtos perigosos.

    6. Estruturao da Vigilncia6. Estruturao da Vigilncia6. Estruturao da Vigilncia6. Estruturao da Vigilncia6. Estruturao da VigilnciaAmbiental em SadeAmbiental em SadeAmbiental em SadeAmbiental em SadeAmbiental em Sade

    6.1. Conceito

    A Vigilncia Ambiental em Sade constitui-se no conjunto de aes eservios que proporcionam o conhecimento e a deteco de fatores de riscodo meio ambiente que interferem na sade humana.

    O sistema integra informaes e aes de diferentes setores com oobjetivo de prevenir e controlar os fatores de risco de doenas e de outrosagravos sade, decorrentes do ambiente e das atividades produtivas. Taisaes e servios so prestados por rgos e entidades pblicas e privadas.

    6.2. Organizao

    6.2.1. Aspectos Gerais

    A atuao da Vigilncia Ambiental em Sade em todos os nveis de go-verno requer articulao constante com os diferentes atores institucionaispblicos, privados e com a comunidade para que as aes integradas sejamimplementadas de forma eficiente, a fim de assegurar que os setores assumamsuas responsabilidades de atuar sobre os problemas de sade e ambiente emsuas respectivas reas.

    A Vigilncia Ambiental em Sade tem como universo de atuao todosos fatores ambientais de riscos que interferem na sade humana; as inter-relaes entre o homem e o ambiente e vice-versa.

    No mbito do Ministrio da Sade, diversos rgos e instituies de-senvolvem programas, projetos e aes relacionados sade ambiental:

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    a) FUNASA, responsvel pela implementao e coordenao da Vigi-lncia Ambiental em Sade;

    b) Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria (Anvisa), responsvel pelafiscalizao de produtos e servios de sade, bem como a fiscaliza-o dos ambientes de trabalho e a fiscalizao de ambientes consi-derados de risco sade pblica;

    c) Fundao Oswaldo Cruz (Fiocruz), responsvel pelo desenvolvimentode diversos programas e projetos de cincia e tecnologia e desen-volvimento de recursos humanos em sade ambiental;

    d) Secretaria de Polticas de Sade (SPS), do Ministrio da Sade, cujoDepartamento de Cincia e Tecnologia vem coordenando as aesno Programa Cidade dos Meninos, bem como o Departamento deAes Programticas Estratgicas que coordena o Grupo Tcnicode Sade do Trabalhador;

    e) Assessoria de Assuntos Internacionais (AISA), do Ministrio da Sa-de, que coordena e articula os trabalhos referentes ao cumprimen-to de acordos internacionais na rea de sade ambiental; e

    f) outras instncias e organizaes do Ministrio da Sade que desen-volvam atividades na rea de sade ambiental.

    A estruturao e a operacionalizao da Vigilncia Ambiental em Sadedemanda articulao com diversos ministrios. Neste sentido, se destacam oMinistrio do Meio Ambiente, o Ministrio do Trabalho, o Ministrio das Rela-es Exteriores, o Ministrio da Educao e o Ministrio do Planejamento,entre outros rgos e agncias do Governo Federal.

    No mbito do SUS, a FUNASA fomentar e apoiar a estruturao darea de Vigilncia Ambiental em Sade nas secretarias estaduais de sade enas secretarias municipais de sade, por meio da Programao Pactuada Inte-grada de Epidemiologia e Controle de Doenas (PPI-ECD) e de projetosestruturantes com apoio financeiro do Projeto Vigisus e outras fontes de finan-ciamento que venham a ser identificadas. Estas relaes esto delineadas noquadro a seguir:

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    Cgvam

    Cofab Conab

    Vetores Hospedeiros Reservatrios gua Ar Desastres Contaminantes

    Assessorias

    Solo

    Estrutura Organizacional da Cgvam

    6.3. Estrutura Organizacional da CoordenaoGeral de Vigilncia Ambiental em Sade (Cgvam)

    Considerando que tais fatores ambientais abrangem componentes fsi-cos, qumicos, biolgicos e antrpicos, com uma grande diversidade nas res-pectivas reas, implicando em formas diferenciadas de abordagem tanto paraa vigilncia como para o controle dos riscos, a vigilncia ambiental em sadeser implementada a partir da Coordenao Geral de Vigilncia Ambiental esuas duas coordenaes, conforme a estrutura abaixo:

    Destaca-se que a vigilncia ambiental em sade tem necessariamenteum carter integrador inter e intra-setorial, considerando-se que impossvelrealizar atividades de vigilncia e controle de riscos ambientais para a sadehumana relacionados a qualquer de seus fatores, sem uma avaliao e aoconjunta de todos os setores envolvidos com o ambiente e a sade humana emum determinado territrio.

    A diviso operacional entre fatores de riscos biolgicos e no biolgi-cos no implica em dissociao entre tais reas. A necessidade de integrao imprescindvel tambm, com a vigilncia epidemiolgica, com o sistemanacional de laboratrios de sade pblica, com o sistema de informao emsade, com a engenharia de sade pblica e saneamento, com a assistnciaintegral sade indgena e com a vigilncia sanitria, entre outros.

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    Vigilncia AmbientalPreveno e Controle de

    Doenas e Agravos

    Agente Transmissor

    a) Vetores

    Anopheles, Aedes aegypti,Culex Flebtomos ,Triatomneos, etc .

    b) Hospedeiros ereservatrios

    Caramujos, Ces/Gatos,Morcegos, Roedores,Sagis, Raposas,Sunos /Bovinos e Aves

    c) Animais Peonhentos

    Serpentes, Escorpies,Aranhas, Heminpteros eLepidpteros

    Vrus

    Bactrias

    Parasitas

    Protozorios

    Venenos

    Doenas e Agravos

    a) Malria, Febre Amarela,Dengue, Filariose, etc.

    b) Raiva, Leishmaniose,Equinococose,Leptospirose, Peste,Chagas, Sarna,Toxiplasmose, etc.

    c) Acidentes com animaispeonhentos

    Fatores Ambientais de Riscos Biolgicos

    6.3.1. Coordenao de Vigilncia e Controledos Fatores de Risco Biolgicos (Cofab)

    A vigilncia ambiental dos fatores de riscos biolgicos fica desmembradaem trs reas de concentrao: vetores; hospedeiros e reservatrios e animaispeonhentos, de acordo com esquema abaixo:

    a) Vetores

    A vigilncia de fatores de riscos biolgicos relacionados aos vetores(Anopheles, Aedes aegypti, Culex, Flebtomos e Triatomneos) transmissoresde doenas (Malria, Febre Amarela, Dengue, Leishmanioses entre outras) temcomo finalidade o mapeamento de reas de risco em determinados territriosutilizando a vigilncia entomolgica (caractersticas, presena, ndices deinfestao, avaliao da eficcia dos mtodos de controle), e as suas relaescom a vigilncia epidemiolgica quanto incidncia e prevalncia destas doen-as e do impacto das aes de controle, alm da interao com a rede de labo-ratrios de sade pblica e a inter-relao com as aes de saneamento, visandoo controle ou a eliminao dos riscos.

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    b) Hospedeiros e Reservatrios

    A vigilncia de fatores de riscos biolgicos relacionados aos hospedei-ros e reservatrios (caramujos, ces, gatos, morcegos, roedores, saguis, ra-posas, sunos, bovinos e aves) de doenas (raiva, leishmanioses, equinococose,leptospirose, peste, doena de Chagas, sarna, toxicoplasmose e mais recente-mente hantavrus) tem como finalidade o mapeamento de reas de risco emdeterminados territrios utilizando a vigilncia ambiental e as suas relaescom a vigilncia epidemiolgica quanto incidncia e prevalncia destas do-enas e do impacto das aes de controle, alm da interao com a rede delaboratrios de sade pblica e a inter-relao com as aes de saneamento,visando ao controle ou eliminao dos riscos.

    c) Animais Peonhentos

    A vigilncia de fatores de riscos biolgicos relacionados a animaispeonhentos (serpentes, escorpies, aranhas, himenpteras e lepidpteros),que podem resultar em acidentes de interesse para a sade pblica, tem comofinalidade o mapeamento de reas de risco em determinados territrios, suasrelaes com a vigilncia epidemiolgica para avaliao dos acidentes e dasmedidas de controle utilizadas, alm da interao com a rede de laboratriosde sade pblica.

    6.3.2. Coordenao de Vigilncia e Controledos Fatores de Risco No Biolgicos (Conab)

    A vigilncia ambiental dos fatores de riscos no biolgicos ficadesmembrada em cinco reas de agregao:

    contaminantes ambientais;

    qualidade da gua para consumo humano;

    qualidade do ar;

    qualidade do solo, incluindo os resduos txicos e perigosos; e

    desastres naturais e acidentes com produtos perigosos.

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    Fatores de risco no biolgicos

    a) Contaminantes Ambientais

    Prope-se nesta rea o mapeamento de reas de risco em determinadoterritrio, mantendo a constante vigilncia dos contaminantes, de forma aminimizar os riscos de doenas decorrentes da exposio aos mesmos, querseja na atmosfera, colees hdricas ou no solo conforme quadro a seguir:

    Contaminantes ambientais

    A vigilncia dos fatores de risco relacionados aos contaminantesambientais caracteriza-se por uma srie de aes, compreendendo a identifi-cao de fontes de contaminao e modificaes no meio ambiente que setraduza em risco sade.

    Vigilncia AmbientalPreveno e Controle de

    Doenas e Agravos

    Alteraes genticasAlteraes reprodutivasAlteraes neurolgicas

    Doenas e Agravos

    Infeces respiratrias,Intoxicaes diversasDoenas crnicasincapacitantesCncer

    Vigilncia em Sade

    FUNASA

    a) ContaminantesAmbientais

    b) Qualidadedaguade consumohumano

    c) Qualidadedo ard) Qualidadedo soloe) Desastres Naturais

    e A cidentes comProdutos Perigosos

    Substnciasqumicas efsicas;

    Radiaesionizantes

    Vigilncia Ambiental

    Via de Transmisso

    Preveno e controle deDoenas e Agravos

    Ar

    gua

    Solo

    Doenas e Agravos

    Clera,FebreTifide e ParatifideDiarriaGastroenterites,Hepatites virais,Helmintases,Doenas Infecciosase Parasitrias,Esquistossomose

    Infeces,respiratrias,Intoxicaes, diversas,neoplasiais, etc.

    Vrus

    Bactrias

    Parasitas

    Protozorios

    Toxinas

    Substncias Qumicas

    Radiaes Ionizantes

    FUNASA

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    O levantamento destes dados e a sua anlise, incluindo a coleta de amos-tras para exames laboratoriais e o cruzamento dessas informaes com outrasvariveis epidemiolgicas e ambientais, fornecero subsdios para oplanejamento de programas e aes de preveno e de controle do risco decontaminao.

    Em situaes detectadas como de risco sade decorrente de contami-naes ambientais, faz-se importante estudar as suas relaes com a vigilnciaepidemiolgica quanto incidncia e prevalncia das doenas e do impactodas aes utilizadas, alm da interao com a rede de laboratrios de sadepblica e a inter-relao com as aes de saneamento, visando ao controle ou eliminao dos riscos. Algumas aes de controle podero ser realizadaspelo setor sade que nestes casos poder demandar aes corretivas aos res-ponsveis pelas contaminaes ambientais e aos rgos de controle e fiscali-zao ambiental.

    A rea de contaminantes ambientais tambm tem como atribuio iden-tificar e catalogar o perfil toxicolgico dos fatores ambientais fsicos e qumi-cos de interesse sade pblica.

    Considerando o grande volume de novos produtos que so disponibili-zados para o consumo e para a economia humana, esta rea dever atualizarpermanentemente o conhecimento dos potenciais efeitos sade humanadecorrentes da exposio humana a estes fatores.

    Como atividade processual, dever tambm desenvolver e disseminarmetodologias de gerenciamento e avaliao de risco ambiental e de gerencia-mento e avaliao de risco sade humana decorrente de contaminao am-biental qumica e fsica. Servir de ncora tcnica para o desenvolvimento delegislao ambiental, especialmente no que se refere definio de limitesmximos de exposio humana a estes fatores ambientais.

    O sistema de informao de contaminantes ambientais dever ser con-cebido e desenvolvido de acordo com a necessidade de identificao de ris-cos, caracterizao de riscos, identificao da populao exposta, identifica-o dos danos sade, alternativas de remediao e/ou descontaminaoambiental, monitoramento da sade da populao sob risco e avaliao (rela-trios e anlises).

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    Dever considerar as demandas j existentes, apoiando o desenvolvi-mento do sistema de informao para vigilncia em sade de anlise de riscode exposio humana ao benzeno, ao amianto, ao chumbo e ao mercrioentre outros, bem como auxiliar no aprimoramento de sistemas j existentes,como o caso do monitoramento de agrotxicos desenvolvido pela Anvisa.

    Do ponto de vista do SUS, tem a atribuio de desenvolver indicadoresde sade e meio ambiente, elaborar e acompanhar as aes e metas de vigi-lncia ambiental da PPI/ECD, alm de acompanhar o desenvolvimento detecnologias de remediao, descontaminao e recuperao ambiental.

    b) Qualidade da gua para Consumo Humano

    A vigilncia da qualidade da gua de consumo humano tem como fina-lidade o mapeamento de reas de risco em determinado territrio, utilizandoa vigilncia da qualidade da gua consumida pela populao, quer seja aqueladistribuda por sistemas de abastecimento de gua e aquelas provenientes desolues alternativas (coletados diretamente em mananciais superficiais, po-os ou caminhes pipa), para avaliao das caractersticas de potabilidade,ou seja, da qualidade e quantidade consumida, com vistas a assegurar a qua-lidade da gua e evitar que as pessoas adoeam pela presena de patgenosou contaminantes presentes nas colees hdricas.

    Em situaes detectadas como de risco sade, decorrente da m qua-lidade da gua consumida, so importantes as relaes com a vigilnciaepidemiolgica quanto incidncia e prevalncia das doenas e do impactodas medidas de monitoramento e controle utilizadas, alm da interao com arede de laboratrios de sade pblica e a inter-relao com as aes de sane-amento, visando o controle ou a eliminao dos riscos.

    Algumas aes de controle podero ser realizadas pelo setor sade e/ou tambm demandando aes corretivas aos responsveis pela prestao deservios de fornecimento e tratamento da gua, quando for o caso, ver esque-ma proposto no quadro seguinte.

    Este setor ser o responsvel pela coordenao do sistema de informaode vigilncia e controle da qualidade da gua de consumo humano - Sisgua e

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    pela identificao, acompanhamento e avaliao das aes e as metas da PPI-ECDcorrespondentes a sua competncia.

    gua para consumo humano

    c) Qualidade do ar

    Na rea de vigilncia da qualidade do ar de interesse o mapeamento eo cadastramento das principais reas de risco de poluio do ar, em particularnas reas metropolitanas, identificando a existncia e a necessidade de siste-mas de monitoramento da qualidade do ar. O monitoramento dever dar pri-oridade quelas substncias qumicas e a agentes fsicos de comprovado oususpeito efeito deletrio qualidade da sade humana.

    Esta rea ser responsvel pela coordenao do sistema de informaode vigilncia e controle da qualidade do ar e pela identificao, acompanha-mento e avaliao das aes e as metas da PPI-ECD correspondentes a suacompetncia.

    d) Qualidade do solo

    Na rea de vigilncia da qualidade do solo o objetivo maior omapeamento e o cadastramento das reas de contaminao ambiental da su-perfcie e do subsolo terrestre que tenham potencial risco sade humana,especialmente as reas de resduos (passivos) perigosos e txicos. Alm disto,

    Vigilncia AmbientalPreveno e Controle de

    Doenas e Agravos

    Via de Transmisso

    Ar

    gua

    Solo

    Doenas e Agravos

    Vrus

    Bactrias

    Parasitas

    Protozorios

    Toxinas

    Substncias Qumicas

    Radiaes Ionizantes

    FUNASA

    Clera, FebresTifide e ParatifideAmebase, DiarriaGastroenterites,Hepatites virais,Helmintases ,Doenas Infecciosase Parasitrias,Esquistossomose .

    Infeces,respiratrias,Intoxicaes diversas,neoplasias, etc.

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    pretende-se identificar sistemas de monitoramento destas reas visando iden-tificar, caracterizar, quantificar, cadastrar e monitorar substncias, especial-mente quelas de interesse sade humana.

    Esta rea ser responsvel pela coordenao do sistema de informaode vigilncia em sade da qualidade do solo, bem como pela identificao,acompanhamento e avaliao das aes, indicadores e metas da PPI-ECD cor-respondentes sua competncia.

    e) Desastres naturais e acidentes com produtos perigosos

    Na vigilncia e preveno de desastres naturais so enfatizados os ris-cos e efeitos sade decorrentes de eventos relacionados a inundaes, se-cas, desmoronamentos e incndios em vegetaes, de acordo com o esquemademonstrado no quadro seguinte.

    Desastres naturais e acidentes com produtos perigosos

    imprescindvel integrar com as instituies que atuam em situaesde emergncia visando ao levantamento e anlise das informaes referentess situaes de risco e os efeitos dos desastres naturais sobre a populao e asrepercusses nos servios de sade.

    Vigilncia Ambiental

    Desastres Naturais(Enchentes, Seca,Incncio)

    Acidentes comProdutos Perigosos

    Situao de risco

    Preveno e Controle deDoenas e Agravos

    Doenas e Agravos

    Doenas e Agravosdecorrentes de riscosno biolgicos ebiolgicos, tais comoleptospirose

    Infeces respiratriashepatites,intoxicaes, acidentescom animaispeonhentos, etc.

    Vrus

    Bactrias

    Parasitas

    Protozorios

    Venenos

    Toxinas

    Substncias Qumicas

    Radiaes Ionizantes

    FUNASA

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    Acidentes com Produtos Perigosos so eventos ou situaes perigosasprovocadas por descargas acidentais de substncias que envolvam riscos paraa sade humana ou para o meio ambiente. As atividades de vigilncia e pre-veno so articuladas com as instituies que atuam com a preveno, pre-parao para emergncias e respostas aos acidentes qumicos, alm dainterao com a rede de laboratrios de sade pblica e a inter-relao comas aes de saneamento em situaes de emergncia, visando ao controle oua eliminao dos riscos.

    Identificao das reas de risco, identificao das atividades de alerta,definio de normas de limites de tolerncia, e a capacitao de pessoal dosetor sade so atribuies inerentes rea de vigilncia e preveno de de-sastres naturais e tecnolgicos.

    Esta rea tambm responsvel pela coordenao do sistema de infor-mao de vigilncia e controle de desastres naturais e desastres tecnolgicos ea identificao, acompanhamento e avaliao das aes, indicadores e metasda PPI-ECD correspondentes sua competncia.

    7. Modelo de financiamento7. Modelo de financiamento7. Modelo de financiamento7. Modelo de financiamento7. Modelo de financiamento

    O financiamento das aes do Sinvas realizado por meio de:

    a) Oramento da Unio destinado Coordenao Geral de Vigilncia Am-biental em Sade (Cgvam), de acordo com os programas e aes defi-nidos nos Planos Anuais de Trabalho da FUNASA;

    b) Portaria n. 1.399/99 que define as aes de Epidemiologia e Controlede Doenas a serem desenvolvidas de acordo com a ProgramaoPactuada Integrada de Epidemiologia e Controle de Doenas (PPI/ECD),na qual so estabelecidas atividades e metas a serem cumpridas pelosestados e municpios, com a finalidade de controlar e prevenir doenase outros agravos, de uma forma geral e, especificamente, em relao Vigilncia Ambiental em Sade. Define tambm a sistemtica definanciamento por meio do Teto Financeiro de Epidemiologia e Controlede Doenas (TFECD), estabelecendo os critrios para a certificao de

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    estados e municpios. A PPI/ECD 2001 j estabelece aes de vigilnciade vetores, hospedeiros e reservatrios, bem como da qualidade dagua consumida pela populao;

    c) a PPI/ECD dever ser atualizada anualmente, de forma a incluir outrasmetas a serem pactuadas com os estados e municpios, com vistas ampliao da Vigilncia Ambiental em Sade incorporando aes rela-cionadas aos contaminantes ambientais, qualidade do ar, qualidade dosolo e desastres naturais e tecnolgicos, entre outros;

    d) Portaria FUNASA n 176, de 28 de maro de 2000, que estabelece oscritrios de elegibilidade e prioridade para aplicao de recursos fi-nanceiros da FUNASA; e

    e) Projeto Vigisus, visando ao fortalecimento da Vigilncia Ambiental emSade do SUS.

    8. Anexos8. Anexos8. Anexos8. Anexos8. Anexos

    Anexo I

    Instruo Normativa n. 1, de 25 de setembro de 2001, da FundaoNacional de Sade que Regulamenta a Portaria MS n. 1.399, de 15 de dezem-bro de 1999, no que se refere s competncias da Unio, estados, municpiose Distrito Federal, na rea de vigilncia ambiental em sade.

    Anexo II

    Quadro comparativo das atribuies de cada instncia de governo.

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    Anexo IAnexo IAnexo IAnexo IAnexo I

    DIARIO OFICIAL - N 185 - Seo 1 p. 56, quarta-feira, 26 de setembro de2001

    FUNDAO NACIONAL DE SADE

    INSTRUO NORMATIVA N 1, DE 25 DE SETEMBRO DE 2001

    Regulamenta a Portaria MS n. 1.399, de 15 de dezembro de 1999, noque se refere as competncias da Unio, estados, municpios e Distrito Federal,na rea de vigilncia ambiental em sade.

    O Presidente da Fundao Nacional de Sade FUNASA, no uso dasatribuies que lhe confere o art. 18, do Estatuto aprovado pelo Decreto n.3.450, de 9 de maio de 2000, e a delegao de competncia constante do art.31, da Portaria n. 1.399, de 15 de dezembro de 1999, do Ministrio da Sade,resolve regulamentar a vigilncia ambiental em sade.

    CAPTULO I

    Do Sistema Nacional de Vigilncia Ambiental em Sade

    Art. 1 O Sistema Nacional de Vigilncia Ambiental em Sade (Sinvas),compreende o conjunto de aes e servios prestados por rgos e entidadespblicas e privadas relativos a vigilncia ambiental em sade, visando oconhecimento e a deteco ou preveno de qualquer mudana nos fatoresdeterminantes e condicionantes do meio ambiente que interferem na sadehumana, com a finalidade de recomendar e adotar medidas de preveno econtrole dos fatores de riscos relacionados s doenas e outros agravos sade, em especial:

    I. vetores;

    II. reservatrios e hospedeiros;

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    III. animais peonhentos;

    IV. gua para consumo humano;

    V. ar;

    VI. solo;

    VII. contaminantes ambientais;

    VIII. desastres naturais; e

    IX. acidentes com produtos perigosos.

    Art. 2 Compete FUNASA, s Secretarias Estaduais e Municipais deSade ou rgos equivalentes nos estados e municpios, a gesto do componentefederal, estadual e municipal do SINVAS, respectivamente, conforme definidonesta Instruo Normativa.

    Art. 3 As metas e atividades de vigilncia ambiental em sade seroexpressas na Programao Pactuada Integrada de Epidemiologia e Controlede Doenas - PPI/ECD, a ser elaborada pelos gestores do SINVAS, na formadisciplinada pela FUNASA, e custeadas com os recursos provenientes do TetoFinanceiro de Epidemiologia e Controle de Doenas - TFECD, estabelecido naPortaria/MS n. 1.399/99.

    CAPTULO II

    Das Competncias

    SEO I

    Da Fundao Nacional de Sade

    Art. 4 Compete FUNASA, no mbito federal:I. propor a Poltica Nacional de Vigilncia Ambiental em Sade;

    II. participar na formulao e na implementao das polticas de controledos fatores de risco no meio ambiente que interfiram na sade humana;

    III. coordenar as aes de monitoramento dos fatores biolgicos e nobiolgicos que ocasionem riscos sade humana;

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    IV. elaborar normas relativas s aes de preveno e controle de fatoresdo meio ambiente ou dele decorrentes, que tenham repercusso nasade humana;

    V. normatizar os procedimentos de vigilncia ambiental em sade nospontos de entrada no territrio nacional de pessoas, meios de trans-porte e outros que possam ocasionar riscos sade da populao;

    VI. propor normas e mecanismos de controle a outras instituies, comatuao no meio ambiente, saneamento e sade, em aspectos de inte-resse da sade pblica;

    VII. coordenar e supervisionar as aes de vigilncia ambiental em sade,com nfase naquelas que exigem simultaneidade em mais de uma uni-dade da federao;

    VIII. executar aes de vigilncia ambiental em sade, em carter excepcional,de forma complementar atuao dos estados, nas seguintes situaes:

    a) em circunstncias especiais de risco sade decorrentes de fatoresambientais, que superem a capacidade de resposta do nvel estadual; ou

    b) que representem risco de disseminao nacional.

    IX. normatizar e coordenar a Rede Nacional de Laboratrios de VigilnciaAmbiental em Sade;

    X. credenciar Centros Nacionais e Regionais de Referncia em VigilnciaAmbiental em Sade;

    XI. estabelecer os padres mximos aceitveis ou permitidos e os nveis deconcentrao no ar, gua e solo, dos fatores e caractersticas que pos-sam ocasionar danos sade humana;

    XII. realizar avaliaes de impacto e de risco sade da populao, relaci-onadas ao emprego de novas tecnologias;

    XIII. definir, normatizar, coordenar e implantar os sistemas de informaorelativos vigilncia de vetores, hospedeiros e reservatrios de doen-as transmissveis e animais peonhentos e vigilncia de contaminantesambientais na gua, ar e solo, de importncia e repercusso na sadepblica, bem como vigilncia e preveno dos riscos decorrentes dosdesastres naturais e acidentes com produtos perigosos;

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    XIV. definir indicadores nacionais para o monitoramento de vetores, hospe-deiros e reservatrios de doenas transmissveis e animais peonhentose de contaminantes ambientais na gua, ar e solo de importncia erepercusso na sade pblica, bem como para a vigilncia e prevenodos riscos decorrentes dos desastres naturais e acidentes com produ-tos perigosos;

    XV. coordenar e supervisionar as aes de vigilncia de vetores, hospedeiros,reservatrios de doenas transmissveis, animais peonhentos e decontaminantes ambientais na gua, ar e solo de importncia e repercus-so na sade pblica, bem como a vigilncia e preveno dos riscos de-correntes dos desastres naturais e acidentes com produtos perigosos;

    XVI. coordenar e executar as atividades relativas a informao e comunica-o de risco sade decorrente de contaminao ambiental;

    XVII. promover, coordenar e executar estudos e pesquisas aplicadas na reade vigilncia ambiental em sade;

    XVIII. analisar e divulgar informaes epidemiolgicas sobre fatores ambientaisde risco sade;

    XIX. prestar assessoria tcnica em vigilncia ambiental em sade aos esta-dos e, excepcionalmente, aos municpios;

    XX. executar direta ou indiretamente atividades de vigilncia ambiental emsade, quando direcionadas s populaes indgenas, em articulaocom as Secretarias Estaduais e Municipais de Sade;

    XXI. promover a cooperao tcnica internacional na rea de vigilncia am-biental em sade;

    XXII. fomentar e executar programas de desenvolvimento de recursos huma-nos em vigilncia ambiental em sade; e

    XXIII. participar do financiamento das aes de vigilncia ambiental em sade.

    SEO II

    Dos Estados

    Art. 5 Compete aos estados, no mbito estadual:

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    I. coordenar as aes de monitoramento dos fatores biolgicos e nobiolgicos que ocasionem riscos sade humana;

    II. propor normas relativas as aes de preveno e controle de fatores domeio ambiente ou dele decorrentes, que tenham repercusso na sadehumana;

    III. propor normas e mecanismos de controle a outras instituies, comatuao no meio ambiente, saneamento e sade, em aspectos de inte-resse da sade pblica;

    IV. coordenar e supervisionar as aes de vigilncia ambiental em sade, comnfase naquelas que exigem simultaneidade em mais de um municpio;

    V. executar aes de vigilncia ambiental em sade, em carter excepcio-nal, e complementar atuao dos municpios, nas seguintes situaes:

    a) em circunstncias especiais de risco sade decorrentes de fatoresambientais, que superem a capacidade de resposta do nvel munici-pal; ou

    b) que representem risco de disseminao estadual.

    VI. normatizar e coordenar a Rede Estadual de Laboratrios de VigilnciaAmbiental em Sade;

    VII. credenciar Centros Estaduais de Referncia em Vigilncia Ambientalem Sade;

    VIII. gerenciar os sistemas de informao relativos vigilncia de vetores,hospedeiros e reservatrios de doenas transmissveis e animaispeonhentos e vigilncia de contaminantes ambientais na gua, ar esolo, de importncia e repercusso na sade pblica, bem como vigi-lncia e preveno dos riscos decorrentes dos desastres naturais e aci-dentes com produtos perigosos, incluindo:

    a) consolidao dos dados provenientes de unidades notificantes e dosmunicpios, por meio de processamento eletrnico, na forma defi-nida pela FUNASA;

    b) envio dos dados ao nvel federal, regularmente, dentro dos prazosestabelecidos pelas normas de cada sistema;

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    c) anlise dos dados; e

    d) retroalimentao dos dados.

    IX. coordenar as atividades de vigilncia de vetores, hospedeiros e reserva-trios de doenas transmissveis e animais peonhentos e vigilnciade contaminantes ambientais na gua, no ar e no solo, de importnciae repercusso na sade pblica, bem como dos riscos decorrentes dosdesastres naturais e acidentes com produtos perigosos;

    X. monitorar, de forma complementar ou suplementar aos municpios, osfatores no biolgicos, que ocasionem riscos sade da populao,observados os padres mximos de exposio aceitveis ou permiti-dos;

    XI. coordenar e executar as atividades relativas a informao e comunica-o de risco sade decorrente de contaminao ambiental deabrangncia estadual e intermunicipal;

    XII. promover, coordenar e executar estudos e pesquisas aplicadas na reade vigilncia ambiental em sade;

    XIII. analisar e divulgar informaes epidemiolgicas sobre fatores ambientaisde risco sade;

    XIV. prestar assessoria tcnica em vigilncia ambiental em sade aos muni-cpios;

    XV. fomentar e executar programas de desenvolvimento de recursos huma-nos em vigilncia ambiental em sade;

    XVI. participar do financiamento das aes de vigilncia ambiental em sa-de, na forma estabelecida na Portaria 1.399/99; e

    XVII. executar as aes de vigilncia ambiental em sade em municpios nocertificados, nas condies estabelecidas na Portaria n 1.399/99.

    SEO III

    Dos Municpios

    Art. 6 Compete aos municpios no seu mbito:

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    I. coordenar e executar as aes de monitoramento dos fatores dos fato-res biolgicos e no biolgicos que ocasionem riscos sade humana;

    II. propor normas relativas s aes de preveno e controle de fatores domeio ambiente ou dele decorrentes, que tenham repercusso na sadehumana;

    III. propor normas e mecanismos de controle a outras instituies, comatuao no meio ambiente, saneamento e sade, em aspectos de inte-resse de sade pblica;

    IV. coordenar a Rede Municipal de Laboratrios de Vigilncia Ambientalem Sade;

    V. gerenciar os sistemas de informao relativos vigilncia de vetores,hospedeiros e reservatrios de doenas transmissveis e animaispeonhentos e vigilncia de contaminantes ambientais na gua, ar esolo, de importncia e repercusso na sade pblica, bem como vigi-lncia e preveno dos riscos decorrentes dos desastres naturais e aci-dentes com produtos perigosos, incluindo:

    a) coleta e consolidao dos dados provenientes de unidades notifi-cantes do sistema de vigilncia ambiental em sade;

    b) envio dos dados ao nvel estadual, regularmente, dentro dos prazosestabelecidos pelas normas de cada sistema;

    c) anlise dos dados; e

    d) retroalimentao dos dados.

    VI. monitorar as atividades de vigilncia de vetores, hospedeiros e reserva-trios de doenas transmissveis e animais peonhentos e vigilnciade contaminantes ambientais na gua, no ar e no solo, de importnciae repercusso na sade pblica, bem como dos riscos decorrentes dosdesastres naturais e acidentes com produtos perigosos;

    VII. executar as atividades de informao e comunicao de risco sadedecorrente de contaminao ambiental de abrangncia municipal;

    VIII. promover, coordenar e executar estudos e pesquisas aplicadas na reade vigilncia ambiental em sade;

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    IX. analisar e divulgar informaes epidemiolgicas sobre fatores ambientaisde risco sade;

    X. fomentar e executar programas de desenvolvimento de recursos huma-nos em vigilncia ambiental em sade;

    XI. participar do financiamento das aes de vigilncia ambiental em sa-de, na forma estabelecida na Portaria 1.399/99.

    Pargrafo nico. As competncias estabelecidas neste artigo poderoser exercidas pelos estados nas condies pactuadas na Comisso IntergestoresBipartite - CIB.

    XII. coordenar, acompanhar e avaliar os procedimentos laboratoriais realiza-dos pelas unidades pblicas e privadas, componentes da rede municipalde laboratrios, que realizam exames relacionados rea de vigilnciaambiental em sade.

    SEO IV

    Do Distrito Federal

    Art. 7 A coordenao e execuo das aes de vigilncia ambiental emsade no Distrito Federal compreender, no que couber, simultaneamente, ascompetncias referentes a estados e municpios.

    CAPTULO III

    Das Disposies Finais

    Art. 8 Esta Instruo Normativa entra em vigor na data de sua publicao.

    Mauro Ricardo Machado Costa

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    Estruturao do Sistema Nacional de Vigilncia Ambiental em Sade - Sinvas

    Outros setores relacionados sade e meio ambiente

    (MMA/MA/MPO/MTB)

    MS/SPSMS/SAS

    MS/AnvisaMS/FiocruzMS/ASSINT

    Cgvam/Sinvas Desai

    CGLABCGVEPCGIASCGPNIASDCE

    Densp

    COREs

    Divep

    Densp

    SES

    VigilnciaAmbiental

    SES

    Vig.Epid.

    Lacen

    SMS

    VigilnciaAmbiental

    SMS

    Vig. Epid.Laboratrios

    SES

    rgosCorrespondentes

    rgosCorrespondentes

    Estaduais

    SMSrgos

    Correspondentes-

    rgosCorrespondentes

    Municipais

    CENEPI

    FUNASASUS

    IECHlio Fraga

    Primatas

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    InstnciasAtribuies Municipal Estadual Federal 1. Propor a Poltica Nacional de Vigilncia Ambiental em Sade. - - X

    2. Participar na formulao e na implementao das polticas de controle dos fatores de risco no meio ambiente que interfiram na sade humana. - - X

    3. Coordenar as aes de monitoramento dos fatores biolgicos e no biolgicos que ocasionem riscos sade humana.

    X(e executar) X X

    4. Elaborar normas relativas s aes de preveno e controle de fatores do meio ambiente ou dele decorrentes, que tenham repercusso na sade humana.

    X(Propor)

    X(Propor) X

    5. Normatizar os procedimentos de vigilncia ambiental em sade nos pontos de entrada no territrio nacional de pessoas, meios de transporte e outros que possam ocasionar risco sade da populao.

    - - X

    6. Propor normas e mecanismos de controle a outras instituies, com atuao no meio ambiente, saneamento e sade, em aspectos de interesse da sade pblica.

    X X X

    7. Coordenar e supervisionar as aes de vigilncia ambiental em sade, com nfase naquelas que exigem simultaneidade em mais de uma unidade da federao.

    -

    X(um municpio) X

    8. Executar aes de vigilncia ambiental em sade, em carter excepcional, de forma complementar atuao dos estados, nas seguintes situaes: a) em circunstncias especiais de risco sade decorrentes de fatores

    ambientais, que superem a capacidade de resposta da instncia estadual; ou

    b) que representem risco de disseminao nacional.

    -

    X(municpios) X

    Anexo IISistema Nacional de Vigilncia Ambiental em Sade (Sinvas)

    Atribuies das trs esferas de governo

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    Anexo IISistema Nacional de Vigilncia Ambiental em Sade (Sinvas)

    Atribuies das trs esferas de governo cont.

    InstnciasAtribuies Municipal Estadual Federal

    9. Normatizar e coordenar a Rede Nacional de Laboratrios de Vigilncia Ambiental em Sade. X

    X(Normatizar e

    coordenar a rede estadual)

    X(Coordenar a

    redemunicipal)

    10. Credenciar Centros Nacionais e Regionais de Referncia em Vigilncia Ambiental em Sade. -

    X(Estaduais) X

    11. Estabelecer os padres mximos aceitveis ou permitidos e os nveis de concentrao no ar, gua e solo, dos fatores e caractersticas que possam ocasionar danos sade humana.

    - - X

    12. Realizar avaliaes de impacto e de risco sade da populao, relacionadas ao emprego de novas tecnologias. - - X

    13. Definir, normatizar, coordenar e implantar os sistemas de informao relativos vigilncia de vetores, hospedeiros e reservatrios de doenas transmissveis e animais peonhentos e vigilncia de contaminantes ambientais na gua, ar e solo, de importncia e repercusso na sade pblica, bem como vigilncia e preveno dos riscos decorrentes dos desastres naturais e acidentes com produtos perigosos.

    - - X

    14. Gerenciar os sistemas de informao relativos vigilncia de vetores, hospedeiros e reservatrios de doenas transmissveis e animais peonhentos e vigilncia de contaminantes ambientais na gua, ar e solo, de importncia e repercusso na sade pblica, bem como vigilncia e preveno dos riscos decorrentes dos desastres naturais e acidentes com produtos perigosos, incluindo:

    a) Consolidao dos dados provenientes de unidades notificantes e dos municpios, por meio de processamento eletrnico, na forma definida pela FUNASA;

    b) Envio dos dados da esfera federal, regularmente, dentro dos prazos estabelecidos pelas normas de cada sistema;

    c) Anlise dos dados; e Retroalimentao dos dados.

    X

    (a) coleta e consolidaodos dados provenientes de unidades notificantes do sistema de vigilncia ambiental)(b) estadual)

    X -

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    Anexo IISistema Nacional de Vigilncia Ambiental em Sade (Sinvas)

    Atribuies das trs esferas de governocont.

    InstnciasAtribuies Municipal Estadual Federal

    15. Definir indicadores nacionais para o monitoramento de vetores, hospedeiros e reservatrios de doenas transmissveis e animais peonhentos e de contaminantes ambientais na gua, ar e solo de importncia e repercusso na sade pblica, bem como para a vigilncia e preveno dos riscos decorrentes dos desastres naturais e acidentes com produtos perigosos.

    - - X

    16. Coordenar e supervisionar as aes de vigilncia de vetores, hospedeiros e reservatrios de doenas transmissveis, animais peonhentos e de contaminantes ambientais na gua, ar e solo de importncia e repercusso na sade pblica, bem como a vigilncia e preveno dos riscos decorrentes dos desastres naturais e acidentes com produtos perigosos.

    X(Monitorar as atividades)

    X(Supervisionar as atividades)

    X

    17. Coordenar e executar as atividades relativas informao e comunicao de risco sade decorrente de contaminao ambiental.

    X(de abrangncia

    municipal)

    X(de abrangncia

    estadual e intermunicipal)

    X

    18. Monitorar, de forma complementar ou suplementar aos municpios, os fatores no biolgicos, que ocasionem riscos sade da populao, observados os padres mximos de exposio aceitveis ou permitidos;

    - X -

    19. Promover, coordenar e executar estudos e pesquisas aplicadas na rea de vigilncia ambiental em sade. X X X

    20. Analisar e divulgar informaes epidemiolgicas sobre fatores ambientais de risco sade. X X X

    21. Prestar assessoria tcnica em vigilncia ambiental em sade aos estados e, excepcionalmente, aos municpios. -

    X(municpios) X

    22. Executar direta ou indiretamente atividades de vigilncia ambiental em sade, quando direcionadas s populaes indgenas, em articulao com as secretarias estaduais e municipais de sade.

    - - X

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    Anexo IISistema Nacional de Vigilncia Ambiental em Sade (Sinvas)

    Atribuies das trs esferas de governocont.

    InstnciasAtribuies Municipal Estadual Federal

    23. Promover a cooperao tcnica internacional na rea de vigilncia ambiental em sade. - - X

    24. Fomentar e executar programas de desenvolvimento de recursos humanos em vigilncia ambiental em sade. X X X

    25. Participar do financiamento das aes de vigilncia ambiental em sade.

    X(Na forma

    estabelecida na Portaria n. 1.399/1999)

    X(Na forma

    estabelecida na Portaria n. 1.399/1999)

    X

    26. Executar aes de vigilncia ambiental em sade, em municpios no certificados nas condies estabelecidas na Portaria n 1.399/1999. - X -

    27. Coordenar, acompanhar e avaliar os procedimentos laboratoriais realizados pelas unidades pblicas e privadas, componentes da rede municipal de laboratrios, que realizam exames relacionados a rea de vigilncia ambiental em sade;

    X - -

  • Presidente da RepblicaFernando Henrique Cardoso

    Ministro da SadeBarjas Negri

    Presidente da Fundao Nacional de SadeMauro Ricardo Machado Costa

    Diretor-ExecutivoGeorge Hermann Rodolfo Tormin

    Diretor do Centro Nacional de EpidemiologiaJarbas Barbosa da Silva Jnior

    Diretor do Departamento de Engenharia de Sade PblicaSadi Coutinho Filho

    Diretor do Departamento de Sade IndgenaUbiratan Pedrosa Moreira

    Diretor do Departamento de AdministraoCelso Tadeu de Azevedo Silveira

    Diretor do Departamento de Planejamento e Desenvolvimento InstitucionalAntnio Leopoldo Frota Magalhes

    CapaApresentaoSumrio1. Introduo2. Objetivos3. Instrumentos e mtodos3.1. Epidemiologia ambiental3.2. Avaliao e gerenciamento de risco3.3. Indicadores de sade e ambiente3.4. Sistemas de Informao de Vigilncia Ambiental em Sade3.5. Estudos e pesquisas

    4. Histrico5. Marco legal6. Estruturao da Vigilncia Ambiental em Sade6.1. Conceito6.2. Organizao6.2.1. Aspectos Gerais

    6.3. Estrutura Organizacional da Coordenao Geral de Vigilncia Ambiental em Sade (Cgvam)6.3.1. Coordenao de Vigilncia e Controle dos Fatores de Risco Biolgicos (Cofab)6.3.2. Coordenao de Vigilncia e Controle dos Fatores de Risco No Biolgicos (Conab)

    7. Modelo de financiamento8. AnexosAnexo I - Instruo NormativaAnexo II - Quadro comparativo das atribuies de cada instncia de governo