Ferramenta de Planejamento de Projetos, Conversão de Conhecimento e Objetivação de Ideias. Esta cartilha faz parte do acervo pessoal da professora Bia Simonassi. Brasília, julho de 2014.
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Bia Simonassi 2014
Mentais MAPAS
Fer$amenta de Planejamento de Projetos, Conversão de Conhecimento e Objetivação de Ideias
Esta car(lha faz parte do acervo pessoal da professora Bia Simonassi. Ela foi elaborada em julho de 2014, a par(r de uma versão anterior, em inglês.
Também foi u(lizada durante seminário homônimo, no CEUB, dentro do programa da Pós-‐Graduação “Gestão da Comunicação nas Organizações”,
realizado no dia 15 de agosto de 2014, às 18h10, no bloco 3, na sala 3014.
Mapas mentais (mind maps) são representações gráficas de ideias.
São úteis porque resumem em uma única imagem todas as informações.
Mapas mentais são “brainstormings visuais”.
Servem para transformar um ideia subje(va em algo obje(vo e tangível.
Servem para delimitar o escopo de um projeto.
Servem para transformar conhecimento tácito em explícito.
Servem para registrar informações de forma panorâmica.
Servem para exercitar a memória e estudar qualquer assunto.
São u(lizados nas universidades, nas escolas e nos negócios.
Em ambientes onde a inovação (ou P&D) for considerada estratégica.
Os mapas mentais facilitam o pensamento não-‐linear.
A não-‐linearidade é a possibilidade de inesperadas alterações de direção.
Implica em conexões inéditas e em processo evolu(vo acelerado.
O pensamento linear é unidirecional, excludente. Uma coisa é ou não é.
O pensamento linear é cartesiano: divide o todo em partes para entender.
O pensamento não-‐linear sabe que as partes não têm a qualidade do todo.
O raciocínio análitco-‐linear predomina a lógica ocidental desde Cartesius.
Mas a tendência aponta para o pensamento complexo (não-‐linear).
O mapa mental convida a mente humana a pensar diferente.
Pensando diferente, ela consegue produzir informação inédita.
Informação que não seria acessada através do pensamento linear.
Ou seja, você pensa diferente da maneira usual, do modo “normal”.
Mapas mentais permitem acessar o conhecimento estocado na cabeça.
(Conhecimento tácito, tão inédito que a pessoa nem sabe que tem.)
Ali, nas cavernas da massa cinzenta, onde o pensamento linear não chega.
A técnica se baseia em um fenômeno chamado “associação de ideias”.
Trata-‐se de um fenômeno intelec(vo natural da mente humana.
Segundo ele, uma ideia inicial tem sempre conexão com outra.
Estas conexões são naturais e variam de pessoa para pessoa.
Aristóteles já estudava este fenômeno, na An(guidade Grega.
Ele descobriu que a associação de ideias se baseia em 4 leis invariáveis.
Lei da CAUSALIDADE
Faca > Corta Morte > Tristeza
Lei da SEMELHANÇA Biscoito > Bolacha
Nariz > Paris
Lei da COMPLEMEN TARIDADE Arroz > Feijão Flor > Beija-‐flor
Lei do CONTRASTE
Noite > Dia Certo > Errado
Foi o inglês Locke quem ba(zou o fenômeno de “associação de ideias”.
Que virou campo de interesse e estudo tanto da Filosofia quanto da Psicologia.
E, ul(mamente, caiu no gosto do pessoal do Marke(ng/Vendas.
Para ler um mapa mental deve-‐se iniciar pelo centro.
Cada braço colorido representa um universo de conexões para o autor.
O uso dos braços é apenas um recurso didá(co de organização.
O uso dos braços é como o uso das linhas para aprender caligrafia.
Ou como o uso temporário das rodinhas na bicicleta.
Um mapa mental é tão pessoal quanto uma impressão digital.
Muda de pessoa para pessoa. E muda para a mesma pessoa, com o tempo.
Experimente fazer um mapa mental sobre algum tema hoje e conserve.
Faça um novo mapa mental sobre o mesmo tema, passado algum tempo.
Compare os mapas: apesar das semelhanças, eles não são iguais...
Prova de que o conhecimento inicial foi alterado com novo conhecimento.
Você também pode comparar seu mapa com os de outras pessoas.
Este é um ó(mo exercício para conhecer pontos de vista diferentes.
Para que a associação de ideias possa se manifestar nos mapas mentais,...
...é necessário seguir 8 REGRAS simples e complementares.
CONCLUSÃO EM ETAPAS
3 Sessões de 10 Minutos
MAPA MENTAL
IDEIA CENTRAL Palavra-‐Chave no Centro
PALAVRAS-‐CHAVES
IMAGENS Quanto + Imagens Melhor
CORES Quanto + Cores Melhor
EDITAR SÓ DEPOIS Somente Após
Conclusão do Mapa
PAPEL HORIZONTAL Quanto > Melhor A3 sem pauta
NÃO JULGAR Pergunte o que a Ideia
Central Lembra Você | Não Racionalize | Anote | Repita o
Processo até Esgotar a Inspiração
RITMO Imprima Ritmo
Anote as Ideias sem Racionalizar
8 REGRAS
A técnica é simples. Funciona de imediato. Vamos testar agora!
Pegue uma folha de papel em branco, sem linhas, na horizontal.
Se não for na horizontal não é mapa mental. A técnica não funciona.
Quanto maior o papel, melhor, mais fácil, mais espaço para trabalhar.
Vale usar papel A3, o do flip chart (mas na horizontal) ou até maior.
Você também pode usar soqwares (gratuitos) para fazer mapas mentais.
Eles são úteis quando a equipe está distante fisicamente para trabalhar.
Porém estudos provam que trabalhos manuais es(mulam mais o cérebro.
Com soqware ou papel em branco, todo mapa mental começa no centro.
Escreva a ideia ou palavra-‐chave no centro da folha. Vale desenhar...
Se não for no centro não é mapa mental. A técnica não funciona.
Use 7 cores para fazer seu mapa mental. Não economize com elas...
Se não for colorido, não é mapa mental. A técnica não funciona.
Quanto mais cores, mais potência na mente e melhor o resultado final.
Lembre-‐se que o cérebro humano “pensa colorido”...
Além das cores, as imagens também vão libertar sua mente: abuse delas!
Quanto mais imagens, mais interessante fica o resultado final.
O que a ideia central lembra você? Anote em um dos braços! Não julgue!
Se você racionalizar agora vai prejudicar o método.
Repita a pergunta até esgotar sua inspiração inicial.
Procure um ritmo. Se travar, mude de cor, mude de braço.
Repita o processo até encerrar a primeira sessão.
Faça quantas sessões forem necessárias para finalizar seu mapa.
Com o treino, você pode subdividir os braços em novas conexões (ideias).
Quando o mapa es(ver concluído, você pode editar (eliminar, adicionar, etc).
A melhor maneira de aprender a fazer mapas mentais é pra(cando! :)