mapeamento de experiências sociais com arte e cultura no estado do espírito santo
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Mapeamento de Experiências Sociais com Arte e Cultura no Estado do Espírito SantoTRANSCRIPT
Mapeamento de Experiências Sociais com Arte e Culturano Estado do Espírito Santo
Outubro 2009
Mapeamento de Experiências Sociais com Arte e Cultura no Espírito Santo
Realização: Secretaria de Estado de Cultura do Espírito Santo
Coordenação: Centro de Estudos de Políticas Públicas (CEPP)
Patrocínio: Instituto Sincades
Parceria: Phylarmonia Arte & Cultura
Relato do ProjetoSumário• Metodologia
• Banco de experiências
• Recomendações para políticas públicas
• Produtos do Mapeamento
• Equipe
• O que é o Programa Juventude Transformando com Arte
MetodologiaFoco do mapeamento
• iniciativas cujo trabalho principal é o desenvolvimento de atividades com jovens de comunidades de baixa renda, utilizando a arte e cultura em processos educativos, de fortalecimento de identidade e de inclusão social
organizações da área social: ONGs e associações diversasorganizações governamentaisorganizações e grupos do meio artístico profissionalgrupos juvenis
grupos/coletivos formalizados juridicamente ou não, com pelo menos 2 anos de atividadesgrupos/ organizações liderados por jovens com pelo menos 1 ano
Metodologia Etapas
PlanejamentoParcerias
Seleçãojovens
Trabalho decampo
Fev Mar Mar Abr Mai Jun Jul Ago
Set Out Nov Dez
Análise resultados Divulgação
2009
2º. encontro equipeTreinamento
2009
Validaçãobanco de dados
Relatório Final
Metodologia1ª. Etapa - Planejamento da Pesquisa• Formação da equipe do CEPP
• Pré-identificação de grupos e organizações para compor a lista básica de iniciativas a serem mapeadas (contatos com parceiros, instituições financiadoras, pesquisas em sites, em premiações na área do terceiro setor, pontos de cultura, empresas financiadoras no estado do Espírito Santo,etc.)
• Preparação dos termos de referência (coordenador local e jovens pesquisadores)
• Preparação dos materiais de apoio do trabalho de campo: diagrama do processo de trabalho; manual do pesquisador; pasta com os documentos a serem utilizados no trabalho de campo
Metodologia1ª. Etapa - Planejamento da Pesquisa (cont)
• Articulação com organizações atuantes no estado do Espírito Santo tendo em vista formar equipe local e estruturar local de trabalho
• Seleção de profissional para função de coordenador local da equipe de jovens (Fundação Vale, Samarco, Comunitas)
• Identificação de jovens com perfil para participar da seleção para pesquisadores: Associação dos Amigos da Orquestra Filarmònica do ES (AAOFES); Centro Cultural Caieiras (Cecaes); Secretaria de Ação Social do Município de Vitória/Gerência de Juventude)
• Parceria com organização local para disponibilização de espaço, telefones e computadores com internet para o trabalho de campo da equipe de jovens: Phylarmonia Arte & Cultura (espaço cedido na AAOFES)
Metodologia1ª. Etapa - Planejamento da Pesquisa (cont)• Formação da equipe
– 3 pessoas na Coordenação CEPP (Rio de Janeiro)– 1 coordenadora local (Vitória)– seleção de jovens pesquisadores moradores da Grande Vitória
(6 jovens selecionados entre 14 entrevistados no dia 19/mar)
• Treinamento da equipe (25/mar)- Local: Auditório do Instituto Sincades- Duração: 9h às 17h
Metodologia1ª. Etapa - Planejamento da Pesquisa (cont)• Treinamento da equipe (25/mar)
- Apresentação da Secretária de Cultura
- Apresentação da metodologia da pesquisa pelo CEPP
- Análise dos documentos de trabalho
- Estudo do questionário da pesquisa
- Participação de organizações (treinamento do questionário da pesquisa): Phylarmonia; CECAES; Secretaria de Ação Social de Vitória/Gerência de Juventude
• Profissionalização dos jovens: orientação para obtenção de documentos (PIS/ INSS) / prestação de serviços
Metodologia – Fluxograma do trabalho
Metodologia Trabalho de Campo
Atividades e recursos• Período: 6/abr – 21/ago
• Carga horária: 4 horas diárias
• Jovens divididos em dois grupos: 3 (manhã) / 3 (tarde)
• Recursos: 2 computadores / 2 telefones
• Listas básicas individuais por pesquisador (35 grupos pré-
selecionados pelo CEPP)
• Pesquisa e identificação de novos grupos pelo Estado
• Contato por telefone / envio de questionário por e-mail
Metodologia Trabalho de CampoPrincipais dificuldades• identificação de telefones/endereços de e-mail de grupos e
instituições • demora no retorno de questionários • saída de 1 jovem da equipe em 30 de maio• contato com as prefeituras: chegada da informação e
retorno das secretarias• número de computadores (ideal 1 por pessoa)• divulgação nos municípios• manter a equipe motivada
Metodologia Trabalho de CampoA palavra dos jovens pesquisadores e coordenadora
“Aprendi muito sobre comunicação com pessoas diferentes e a ter persistência em conseguir o que queria. Isso irá melhorar muito a minha vida profissional e pessoal” Carlos de Sousa
“Este trabalho começou a mudar minha vida quando fui selecionado para ser um pesquisador. Imagine
um educador de dança iniciando algo que jamais havia feito” Jerdam Pereira
“Faço parte de um grupo de estudos e estamos montando uma associação de intervenções urbanas e indústria criativa. Saber
o que está acontecendo de iniciativas com arte e cultura vai nos abrir muitas possibilidades de parcerias para realização de
nossas atividades” Rodrigo Bernardo
“As expectativas eram grandes, de querer conhecer o Espírito Santo melhor e colaborar com o mapeamento. Tinha consciência de que neste trabalho iria adquirir uma grande experiência”. Damares Nascimento
“Para alguns jovens a pesquisacriou oportunidade de novos
contatos. Para outros, foi o primeiro trabalho.
Oportunizamos a experiência profissional, inclusive noções de comportamento e carreira.
Lilian Oliveira (coord.)
Metodologia Trabalho de CampoMonitoramento do trabalho da equipe• coordenadora local
- presença 2 vezes na semana- revisão semanal das planilhas individuas( com situação de cada grupo em termos de contato, envio de questionário e recebimento)
- apoio nos contatos (em especial com prefeituras)- relatórios semanais ao CEPP
• coordenação CEPP - apoio diário on-line- análise das planilhas individuais - revisão de todos os questionários recebidos/ orientações nas correções- treinamento no banco de dados: 12 de maio- visita de acompanhamento e revisão de estratégias: 16 de julho
MetodologiaEstratégias de comunicação• Secretaria de Cultura: site; mailing; carta da Secretária endereçada
a todos os prefeitos• CEPP – newsletter para mailing de 1.100 pessoas e instituições• Divulgação por parceiros em mailings e sites: Phylarmonia /
Samarco / Instituto Sincades• Folder de divulgação: 1.000 unidades
MetodologiaEvolução do trabalho de campo
Banco de experiências• Quem são: categoria e áreas de atuação• Onde estão/cobertura geográfica• Situação legal e tempo de existência• Pessoas envolvidas: perfil e cobertura• Atividades e metodologias: linguagens artísticas e outras atividades• Espaços de trabalho• Financiamento: orçamentos, fontes de recursos • Articulações e parcerias• Impactos gerados• Circulação e Comunicação• Práticas de Intercâmbios• Principais necessidades• Como se relacionam com as políticas públicas• A típica experiência com arte e cultura• Os projetos juvenis
Banco de experiênciasBanco de Experiências Sociais com Arte e Cultura do Estado do Espírito Santo
136 mapeados
27 organizações governamentais
109 organizações não-governamentais
Banco de experiênciasQuem são
• As Categorias
- 27 organizações governamentais (20%)2 estaduais e 25 municipaisRegião Serrana com maior número de iniciativas
- 109 organizações não-governamentais (80%) 68 (62%) do mundo social34 (31%) do mundo artístico 7 (5%) grupos juvenis
Banco de experiênciasQuem são (cont)
• As Principais Áreas de Atuação
- 51% arte e cultura- 14% educação- 14% assistência e promoção social- 8% atendimento a pessoas com necessidades especiais
• Outras áreas citadas (4% a 2%): - desenvolvimento social, econômico e comunitário - cidadania e defesa de direitos / meio ambiente- na marcação múltipla: educação é a que mais aparece (60%), seguida de esporte e lazer, defesa de direitos, trabalho eprofissionalização, meio ambiente, juventude (38% a 24%)
Banco de experiênciasOnde estão• Cobertura geográfica
- Quase totalidade (92%) atua na área urbana, mas 40% também realizam ações na área rural. - apenas 11 projetos são exclusivos do meio rural
- 43% atuam na região metropolitana na capital concentram-se 18% dos projetos, seguidos deSerra (12%) e Guarapari (8%)
região Sul: Anchieta (5%) eCachoeiro de Itapemirim (4%)
Os 136 mapeados estão em40 municípios
Banco de experiênciasSituação Legal• a maioria das ONGs é formalmente constituída (71%) • 15% estão em processo de formalização• quase todas da área social são formais • apenas metade dos grupos do meio artístico é formal
Tempo de existência• das 136 experiências mapeadas: 41% dos projetos tem até 5 anos
(ou 60% têm mais de 5 anos) e 40% tem mais de 10 anos
• das 77 organizações formais: 56% acima de 10 anos, 84% acima de 5 anos
• iniciativas governamentais: a maioria é recente e tem menosde 5 anos; há 6 iniciativas com mais de 10 anos
Banco de experiênciasPessoas envolvidas39,5 mil crianças, adolescentes, jovens e adultos envolvidos de
forma direta nas ações de arte e cultura (64% região metropolitana )
• Perfil a totalidade dos projetos trabalha com comunidades de baixa renda, mas outros públicos se destacam: afrodescendentes (38%), pessoas de classes sociais mais favorecidas (19%), pessoas com deficiência (18%) e população de rua (15%)
• Cobertura 45% envolvem de 20 a 100 pessoas; e 41% envolvem de 100 a 500 pessoas
• Faixa etária principal: crianças e jovens até 18 anos (55% de 19 a 24 anos e 44% de 25 a 29 anos)
Estar na escola é requisito para a maioria (68%) dos projetos
Banco de experiências Atividades e Metodologias
As linguagens artísticas• A dança e a música são apontadas como a principal linguagem
utilizada nas atividades (32% e 25% respectivamente)• mesmo tendo como foco principal uma determinada linguagem
artística, uma grande parte dos projetos se utiliza de outras linguagens para desenvolver suas atividades: teatro, artes visuais e artesanato são as mais apontadas
Banco de experiências Atividades e Metodologias
Outras atividades e apoios• grande parte (71%) oferta atividades culturais externas,
como visitas, passeios e idas a espetáculos• 44% ofertam acompanhamento escolar• cerca de 1/3 oferta atividades esportivas, de informática,
de formação profissional e de biblioteca/videoteca• ¼ dá assistência e promoção à saúde (médica
odontológica psicológica prevenção às drogas)• ¼ também apóia as famílias• apenas 10% oferecem bolsas aos jovens
Banco de experiências Atividades e Metodologias
Metodologia de trabalho
• quase 80% registram possuir uma metodologia própria
• 7% adaptam metodologias já existentes
• apenas 2% têm metodologia publicada ou já repassaram sua metodologia a outros grupos
Banco de experiênciasEquipe1.900 pessoas envolvidas nas equipes dos projetos
• Profissionalização:- 63% possuem equipe fixa com pelo menos 1 profissional remunerado- nos projetos governamentais este valor chega a 90%- para a maioria das ONGs do mundo social (65%), no mundo artístico
(44%) e nos grupos juvenis (29%)
• forte presença de voluntariado:- mais da metade (61%) das pessoas envolvidas é de voluntário- 68% têm pelo menos 1 voluntário na sua equipe fixa
• perfil da equipe:- maioria (60%) trabalha com professores/educadores da comunidade- quase metade inclui jovens das comunidades- 42% envolvem profissionais do mundo artístico profissional
Banco de experiênciasEspaços de trabalho
• a sede própria é o principal espaço de realização das atividades para 41% dos projetos, e as escolas da rede pública são citadas como principal espaço por 21% dos projetos.
• além do espaço principal, os projetos desenvolvem atividades em diversos outros locais: ruas e praças públicas (52%), igrejas, associação de moradores ou comunitária (36%) e outros espaços cedidos pelo poder público (34%) ou outros espaços privados (30%)
• 12% utilizam a própria casa para desenvolver atividades
Banco de experiências Financiamento
Baixos orçamentos
• metade dos projetos contou com um orçamento inferior a R$ 10 mil reais no último ano (R$ 830 por mês)(realidade para 6 dos 7 grupos juvenis)
• a grande maioria (83%) teve um orçamento de até R$ 50 mil/ano (R$ 4.166 por mês)
• 16% tiveram orçamento na faixa entre R$ 50 mil e R$ 500 mil.
• projetos governamentais com orçamentos maiores: 6 na faixa entre R$ 100 mil e R$ 250 mil, 1 de R$ 250 a R$ 500 mil
Banco de experiências Financiamento
As fontes de recursosPrincipal fonte no último ano
• governo municipal foi a principal fonte de recursos para 38% dos projetos
• contribuições de pessoas físicas (comerciantes, pessoas da comunidade etc) e entidades privadas nacionais (empresas, fundações e institutos) também se destacam como principal fonte de recursos (18% e 16% dos projetos)
• governo estadual aparece como principal fonte de custeio para apenas 7 projetos
Banco de experiências Financiamento
As fontes de recursos (cont)Principal fonte no último ano
• nos projetos do mundo social: empresas, fundações e institutos são os mais importantes, seguidos de entidades públicas municipais e contribuições de pessoas físicas
• a Região Metropolitana é a que apresenta a maior diversidade de fontes de recursos
• 4 dos 7 projetos juvenis mapeados têm como principal fonte recursos próprios
Banco de experiências FinanciamentoAs fontes de recursosOutros financiadores nos últimos 3 anos
• principais fontes: - recursos próprios- contribuições de pessoas físicas- governo municipal- entidades privadas
• governo estadual é apontado apenas por 20 projetos
Banco de experiências Financiamento
Receitas próprias• Apenas 1/3 gera receitas próprias com as atividades de arte e
cultura; a proporção é bem maior nos grupos artísticos (50%) e nos juvenis ( 57%);
• para a grande maioria, estas receitas representam mais de 30% do orçamento.
• cachês de apresentações e venda de produtos são as principais formas de geração destas receitas;
• apenas 6 projetos cobram ingressos
Incentivos fiscais• apenas ¼ dos projetos utiliza algum tipo de incentivo fiscal, sendo
que somente 8 já utilizaram lei estadual.• 51% registraram não utilizar incentivo fiscal, sendo que 25% não
sabem a respeito deste tema.
Banco de Experiências Articulações e Parcerias
Parcerias não financeiras
• o governo municipal é apontado como principal parceria não- financeira para 38% dos projetos. Em segundo lugar, aparecem as pessoas físicas, indicado por 28% dos projetos
• no conjunto de outros parceiros se destacam as ONGs e associações comunitárias
• o governo estadual aparece como principal parceria não-financeira para apenas 5 projetos, mas é apontado no conjunto de outros parceiros por 15% do total
Banco de Experiências Articulação e Parcerias
Participação em redes
• a grande maioria se articula com redes ligadas ao tema da arte e cultura
• as redes da comunidade são as mais freqüentes (60%) seguidas das redes regionais (35%)
• apenas 15% dos projetos participam de redes nacionais
• chama a atenção que ¼ dos projetos não participa de qualquer rede
Banco de experiências Impactos Gerados
Os resultados com a população diretamente envolvida
• resultados mais apontados são no campo dos processos educativos: a quase totalidade registra mudanças no plano pessoal e social (mudanças de comportamento e atitude; aumento da auto- estima; maior socialização) e a maioria aponta a construção de novos valores e da identidade cultural. Destacam-se também como resultados para pelo menos ¼ dos projetos, melhorias em relação á escola formal, fortalecimento do protagonismo juvenil e maior atenção á saúde
• resultados relacionados ao desenvolvimento comunitário também são registrados pela grande maioria: resgate e preservação da identidade cultural e promoção da diversidade cultural. Cerca de 42% apontam resultados no combate à violência
Banco de experiências Impactos Gerados
Os resultados com a população diretamente envolvida(cont)
• resultados no campo da formação artística e capacitação: cerca de metade indica formação de grupos artísticos; 35% indicam formação de jovens monitores/educadores, e cerca de 30% apontam resultados em termos de promoção do trabalho coletivo e capacitação para o mercado artístico-cultural profissional
• resultados em termos de inserção econômica são apontados por 65% dos projetos. Esta inserção ocorre nos próprios projetos, no meio artístico e também no mercado em geral, apontados por cerca de 30% dos projetos
Banco de experiências ResultadosProdução artístico-cultural
• mais da metade já produziu coreografias próprias • cerca de 50% já produziram algum espetáculo• cerca de 1/3 montou exposições e peças teatrais• 20% já desenvolveram textos teatrais próprios
Prêmios
• mais da metade já recebeu alguma premiação pelo resultado do seu trabalho, (29% no nível municipal, 25% estadual,18% federal).
• apenas 3 projetos receberam prêmio internacional.
Banco de experiências Circulação
Onde se apresentam
• em geral, os grupos mostram seus resultados artísticos nas comunidades onde atuam (93%)
• a maioria consegue circular em outras comunidades do seu município e em outros municípios (61% e 67%)
• um terço dos projetos têm acesso a espaços de apresentação em outros estados (28%). Apenas 4 grupos indicaram ter se apresentado no exterior
• a maioria realiza apresentações em ruas e praças públicas e em centros comunitários (associações e igrejas) e na própria sede (73%, 65% e 63%)
• seminários, congressos e fóruns e centros culturais ou teatros públicos também são apontados como locais de apresentações por cerca de 40%
• apenas ¼ se apresentam em centros culturais ou teatros privados
Banco de experiências ComunicaçãoFerramentas• precariedade nos instrumentos de comunicação utilizados: a
maioria não tem site próprio e não divulga através de sites, blogs ou redes de outras organizações; não distribui informativo ou boletim eletrônico; não possui dvd ou vídeo institucional; não tem folder ou cd com apresentação institucional e nem mesmo tem impressos como cartazes ou filipetas
• a maioria também não tem acesso a mídia em geral: canais de TV e rádio comerciais, a imprensa em geral e nem mesmo a mídia comunitária (jornal e rádio)
• apenas 43% fazem relatório de atividades com prestação de contas;
• participação em exposições/ feiras/ eventos é a forma mais usual de divulgar trabalhos para a maioria dos grupos (69%)
Banco de experiências Intercâmbios
As práticas de intercâmbio
• a grande maioria (70%) registra ter realizado pelo menos 1 atividade de intercâmbio nos últimos 3 anos. Metade realizou até 5 atividades, e cerca de 20% teve em média pelo menos 2 eventos por ano
• a maioria dos intercâmbios é realizada, principalmente, com organizações da área social e com escolas da rede pública (62%)
Banco de experiências Intercâmbios
As práticas de intercâmbio (cont)
• associações de moradores e igrejas também são parceiros importantes (43%) bem como outras instituições públicas, como polícia, postos de saúde e hospitais e também com artistas ou grupos artísticos profissionais nacionais (30%)
• intercâmbios com universidades são apontados por cerca de 20% dos projetos
• é baixa a incidência de intercâmbios com artistas ou grupos artísticos profissionais internacionais: apenas 8 projetos
• oficinas e workshops são a forma mais comum desses intercâmbios, apontados por 60% dos grupos; visitas de conhecimento (39%)
• cerca de 1/3 são repasse e troca de metodologia e produções artísticas em conjunto
Banco de experiências Intercâmbios
Oportunidades de intercâmbio
Os grupos indicam ofertas para realização de atividadescom outras organizações:
• grande maioria: oficinas artísticas e repasse de metodologias e saberes
• capacitação de profissionais (30%)
• cessão de espaço físico (26%)
Banco de experiências Necessidades
As principais necessidades estão relacionadas aos aspectos institucionais e de custeio:
• 46% apontam como principal demanda apoio para gestão e captação de recursos
• 41% indicam como prioridade o custeio das atividades
Maioria já descontinuou as ações por algum motivo (68%)
• metade indicou falta de recursos financeiros• cerca de 30% apontaram falta de espaço físico, profissionais,
apoios não-financeiros
Banco de experiências Necessidades
Outras necessidades apontadas
• as atividades de intercâmbio são bastante valorizadas pelos grupos: quase metade tem interesse em fazer contatos com outros grupos por meio de visitas, estágios e residências
• oportunidades de circulação em mostras e festivais, apresentações fora do Estado e participação de seminários e encontros são valorizadas por cerca de 1/3 dos projetos
• demandas relacionadas à infra-estrutura e equipe são também apontadas: equipamentos e instrumentos e materiais (41%) espaço físico e qualificação da equipe (30%)
• apesar da precariedade dos instrumentos de comunicação, apenas pouco mais de ¼ aponta como necessidade materiais de comunicação como site, folder, vídeo ou DVD
Banco de experiências Políticas Públicas
Como se relacionam com as políticas públicas
Baixa integração com a Rede de Pontos de Cultura/MINC• Apenas 5 Pontos de Cultura
• 9 já se candidataram mas não conseguiram
• 23% gostariam de participar mas não possuem as condições necessárias
• 60% dizem não conhecer a Rede de Pontos de Cultura
Banco de experiências Políticas Públicas
Como se relacionam com as políticas públicas
Participação em Conselhos
• 75% têm representação em algum conselho• principais conselhos:
Cultura (30%)Assistência Social e CMDCA (29%)
• apenas 8% nos conselhos de Juventude• 25% declararam não participar de nenhum conselho• metade dos grupos artísticos tem representação em conselho (em
geral da Cultura)
Banco de experiências Políticas Públicas
Contribuição
A maioria considera estar contribuindo com as políticas públicas (80%)
• a contribuição se dá principalmente na formulação de programa ou projeto e na parceria para implementação
• as principais área de contribuição são Cultura e Educação
Apenas 15% declaram não ter como objetivo contribuir para as políticas públicas
Banco de experiências Políticas Públicas
Como se relacionam com as políticas públicas
• teatros públicos são apontados como locais de apresentações por cerca de 40% dos projetos
• espaços para atividades: escolas públicas são o principal espaço em 21% dos projetos, metade atua também em praças públicas e 1/3 trabalha ainda em outros espaços cedidos pelo poder público
• a maioria dos intercâmbios é realizada, principalmente, com escolas da rede pública (62%). Também são parceiros importantes outras instituições públicas, como polícia, postos de saúde e hospitais (30%)
Banco de experiências Políticas Públicas
Financiamento e outras parcerias• importância do governo municipal :
- principal fonte de recursos no último ano para 38% dos projetos e é uma das principais fontes de recursos nos últimos 3 anos para os projetos em geral - principal parceiro não-financeiro para 38% dos projetos
• governo estadual aparece como principal parceria não-financeira para apenas 5 projetos, mas é apontado no conjunto de outros parceiros por 15% do total
• baixa utilização de incentivo fiscal: metade não utiliza e ¼ indica desconhecimento sobre o mecanismo. Dos 25% que utilizaram incentivo, apenas 8 projetos utilizaram a lei estadual
Banco de ExperiênciasA típica experiência social com arte e cultura• organização do mundo social , formalizada, com mais de 5 anos de
existência, atuando no meio urbano e tendo a arte e a cultura como sua principal área de atuação
• trabalha com menos de R$ 10 mil/ano e tem como principal financiador o governo municipal; não gera receitas e não utiliza recursos fiscais
• tem baixa articulação com governo estadual em termos de apoio financeiro e outras parcerias; participa de algum conselho, em especial Cultura e Educação, e considera estar contribuindo com as políticas públicas
• desenvolve as atividades em sede própria, se apresenta na sua comunidade e no seu município e se articula com redes da própria comunidade
• aponta como principal necessidade o custeio das atividades e equipamentos e materiais e não tem acesso à mídia em geral e a ferramentas de comunicação
Banco de Experiências Os projetos juvenis
Apenas 7 grupos juvenis mapeados
• 1 grupo no meio rural (num total de 11 grupos exclusivos desta área)
• apenas 3 são formalizados
• maioria com até 5 anos de experiência
• 6 grupos com orçamento menor do que R$ 5 mil/ano
• todos contam com voluntários na equipe
• 4 grupos com geração própria de recursos como principal fonte
• a maioria tem interesse em intercâmbios e circulação; apenas 1 aponta custeio como principal necessidade
Recomendações para políticas públicas
Parcerias público-privadas
• potencial da rede existente de 109 organizações sociais para desenvolvimento de programas governamentais: criação de espaços de escuta, diálogo e construção conjunta e implementação de políticas públicas
• agenda de promoção e apoio a grupos juvenis: enorme potencial a ser explorado em termos de mobilização, processos formativos e inserção econômica e social
• construção de agenda com grandes empresas que utilizam mecanismos de incentivos fiscais federais e estaduais: pactuação de critérios de escolha de projetos a serem apoiados convergentes com os objetivos das políticas públicas
Recomendações para Políticas PúblicasArticulações governamentais• importância de trabalhar em articulação com outras áreas do governo
estadual e das prefeituras: metade dos projetos de arte e cultura são de outras áreas, em especial educação, mas envolvem também esporte, trabalho, meio ambiente e juventude; muitas cidades não possuem secretaria de cultura
• criação de canais ágeis de comunicação com as prefeituras: relação de contatos com secretarias desatualizada; baixo retorno das secretarias ao mapeamento; apenas 25 iniciativas responderam ao questionário;
• potencial de integração com agenda das prefeituras : 25 projetos municipais e governo municipal como importante financiador e parceiro não financeiro dos grupos e organizações
• oportunidades das políticas públicas federais, em especial Programa Cultura Viva: estimular e apoiar as organizações para que possam fazer parte da rede de pontos de cultura
Recomendações para Políticas PúblicasAgenda de fortalecimento institucionalGestão, captação de recursos, mecanismos de comunicação,estratégias de circulação e intercâmbios
• desenvolvimento de ações que permitam atingir conjuntos de projetos
• formação de redes regionais e/ou temáticas (grupos mais maduros e grupos novos)
• eventos, mostras e festivais: organização, promoção e apoio para participação
• parceria com organização especializada para o desenvolvimento de ferramentas de gestão para o conjunto dos grupos
• estratégias de capacitação que favoreçam o aproveitamento de oportunidades existentes: Programa Cultura Viva, utilização de incentivos fiscais para captação de recursos, participação em editais, concursos, etc.
Recomendações para Políticas Públicas
Agenda de conhecimento
• Banco de experiências:- divulgação e debate sobre os principais achados da pesquisa- criação de mecanismo de atualização e ampliação do banco de
dados
• organização e participação em seminários, workshops e congressos
• sistematização e divulgação de metodologias de trabalho• fundos de intercâmbios para circulação de conhecimento
e boas práticas
Mapeamento de Experiências Sociais com Arte e Cultura no Espírito SantoPrincipais produtos
• Banco de dados com as 81 informações constantes dos questionários para os 136 grupos e organizações
• Tabelas estatísticas de todas as informações do banco de dados
• Folder com resumo dos resultados (3 mil unidades)
• Lista de contatos de 136 grupos e organizações
Banco de dados disponível ao público no sitewww.juventudearte.org.br com acesso através de diferentesfiltros, por município, categoria e linguagem artística (a partir dedezembro de 2009)
Mapeamento de Experiências Sociais com Arte e Cultura no Espírito SantoEquipe responsávelCEPP Equipe localCoordenação geral CoordenaçãoAngela Nogueira e Beatriz Azeredo Lilian Oliveira
Assistente de pesquisa Jovens pesquisadoresJuliana Pamplona Carlos Roberto de Sousa Junior
Administrativo Damares Dias Nascimento Marivalda Klein Marcelo Garcia
Banco de dados Rodrigo Bernardo Dirceu Barquette Thaissa Trancoso Gomes
Comunicação Jerdam Lúcio PereiraCarolina Trevisan
Design gráficoClarissa Teixeira
O que é o Programa Juventude Transformando com ArteÉ composto por ações integradas que visam contribuir na
identificação, fortalecimento e divulgação de
manifestações artísticas e culturais de grupos, instituições
e projetos sociais voltados ou liderados por jovens
brasileiros, que têm por foco a transformação social.
Idealizado e coordenado pelo CEPP, o programa
desenvolve o Mapeamento de experiências Sociais com
Arte e Cultura e a Mostra Brasil Juventude
Transformando com Arte.