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Londrina 2014 MARCELO SEIJI MISSAKA USO DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TIC´s) COMO APOIO PARA APRENDIZAGEM NO JUDÔ CENTRO DE PESQUISA EM CIÊNCIAS DA SAÚDE MESTRADO PROFISSIONAL EM EXERCÍCIO FÍSICO NA PROMOÇÃO DA SAÚDE

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Londrina 2014

MARCELO SEIJI MISSAKA

USO DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TIC´s) COMO APOIO PARA

APRENDIZAGEM NO JUDÔ

CENTRO DE PESQUISA EM CIÊNCIAS DA SAÚDE MESTRADO PROFISSIONAL EM EXERCÍCIO FÍSICO NA

PROMOÇÃO DA SAÚDE

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Londrina 2014

USO DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TIC´s) COMO APOIO PARA

APRENDIZAGEM NO JUDÔ

Dissertação apresentada à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR como requisito parcial para a obtenção do título de Mestrado Profissional em Exercício Físico na Promoção da Saúde. Orientador: Prof. Dr. Dartagnan Pinto Guedes.

MARCELO SEIJI MISSAKA

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AUTORIZO A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTE TRABALHO, POR QUALQUER MEIO CONVENCIONAL OU ELETRÔNICO, PARA FINS DE ESTUDO E PESQUISA, DESDE QUE CITADA A FONTE.

Dados Internacionais de catalogação-na-publicação

Universidade Norte do Paraná Biblioteca Central

Setor de Tratamento da Informação

Missaka, Marcelo Seiji M662u Uso das tecnologias de informação e comunicação (TIC’s) como apoio

para aprendizagem no judô / Marcelo Seiji Missaka. Londrina: [s.n], 2014. viii; 69f. Dissertação (Mestrado). Exercício Físico na Promoção da Saúde.

Universidade Norte do Paraná. Orientador: Prof. Dr. Dartagnan Pinto Guedes 1- Educação física - dissertação de mestrado - UNOPAR 2-

Exercício físico 3- Mídia eletrônica 4- Esporte 5- Lutas 6- Motivação I- Guedes, Dartagnan, orient. III- Universidade Norte do Paraná.

CDU 796.85

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Londrina, _____de ___________de 2014.

Prof. Dr. Dartagnan Pinto Guedes Universidade Norte do Paraná

Prof. Dr. Denilson de Castro Teixeira Universidade Norte do Paraná

Prof. Dr. Ronaldo José do Nascimento Universidade Estadual de Londrina

MARCELO SEIJI MISSAKA

USO DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TIC’S) COMO APOIO PARA

APRENDIZAGEM NO JUDÔ

Dissertação apresentada à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR como

requisito parcial para a obtenção do título de Mestrado Profissional em Exercício

Físico na Promoção da Saúde, aprovado pela Banca Examinadora formada pelos

membros:

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus e a minha esposa Ivomary Ramos S. Missaka

que sempre esteve presente em todos os momentos desse processo de formação

profissional.

Aos meus pais Shoiti Missaka e Terezinha Mello Missaka que sempre

me conduziram para minha formação como ser humano.

Ao meu orientador Prof. Dr. Dartagnan Pinto Guedes que me

oportunizou a realização do mestrado profissional e me acompanhou para sua

concretização.

Ao Prof. Dr. Ronaldo José Nascimento que além de grande amigo,

ofereceu grande apoio para efetivação da proposta do trabalho.

À Profª. Joana Elisabete Ribeiro Pinto Guedes, coordenadora de minha

Unidade de Trabalho (UNIFIL) pelo constante apoio e incentivo a minha qualificação

profissional.

À Federação Paranaense de Judô e aos professores Luiz H. Iwashita,

Liogi Suzuki e Helder Faggion que muito contribuíram para viabilizar a elaboração do

trabalho.

Aos amigos que me apoiaram diretamente nesse processo, Murilo

Mendes, Alexandre Segantin, Kamila Grandolfi e Aílton de Jesus.

À todos aqueles professores da Universidade Norte do Paraná -

UNOPAR e colegas do Curso de Mestrado que dividiram comigo as alegrias e as

dificuldades encontradas durante esse processo.

Aos colegas-professores do Departamento de Esportes da

Universidade Estadual de Londrina pelo apoio e inspiração para os estudos.

Page 6: MARCELO SEIJI MISSAKA USO DAS TECNOLOGIAS DE …

“Nada sob o céu é mais importante que a

educação. Os ensinamentos de uma pessoa

virtuosa podem influenciar uma multidão.

Aquilo que foi bem aprendido por uma geração

pode ser transmitido a outras cem.”

(JIGORO KANO).

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MISSAKA, Marcelo Seiji. Uso das tecnologias de informação e comunicação (TIC’s) como apoio para aprendizagem no judô. 2014. 69 f. Dissertação (Mestrado Profissional em Exercício Físico na Promoção da Saúde) - Centro de Pesquisa em Ciências da Saúde, Universidade Norte do Paraná, Londrina, 2014.

RESUMO

O objetivo do trabalho foi delinear e desenvolver mídia eletrônica com material didático direcionado a auxiliar praticantes de judô em idades jovens nos exames de promoção do nível de graduação – faixas. A metodologia adotada para definição do material foi constituída por: (a) revisão de literatura específica envolvendo o tema; (b) gravação em vídeo dos conteúdos exigidos no nível básico (faixa branca até a faixa laranja); (c) edição dos vídeos; (d) inserção dos vídeos em mídia interativa com utilização de quizz. Para gravação e edição dos vídeos foi utilizada câmera filmadora digital e equipamento de computação, mediante programa de edição Adobe Premiere CS6 e programa de finalização Adobe Encore CS6. Os vídeos foram colocados em mídia interativa por intermédio do programa Windows Media Player. As questões do quizz foram realizadas no programa Power Point e as animações e fotos mediante programa Photoshop. Espera-se com a proposição da mídia eletrônica facilitar a aprendizagem dos jovens judocas e auxiliar profissionais da área na definição da sequência pedagógica do ensino do judô, na seleção dos elementos associados e na a avaliação em cada nível de graduação – faixa. Deverá também, proporcionar a inclusão digital e despertar o interesse dos praticantes de judô em relação ao uso das TIC’s em várias outras áreas.

Palavras-chave: Mídia eletrônica. Esporte. Lutas. Motivação.

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MISSAKA, Marcelo Seiji. The use of information and communication technologies (ICT) to support learning in judo. 2014. 69 f. Dissertação (Mestrado Profissional em Exercício Físico na Promoção da Saúde) - Centro de Pesquisa em Ciências da Saúde, Universidade Norte do Paraná, Londrina, 2014.

ABSTRACT

The objective of this study was to delineate and develop electronic media with educational material targeted to assist young judo practitioners in the examinations for rank – belt promotion. The methodology adopted for the definition of the material was composed of: (a) review of specific literature involving the theme; (b) video recording of content required in basic level (white to orange belt); (c) editing of the videos; (d) insertion of videos into interactive media with the use of quiz. For video recording and editing a digital camcorder and computer equipment were used with the Adobe Premiere CS6 editing software and the Adobe Encore CS6 authoring software. The videos were inserted into interactive media using the Windows Media Player software. The questions of the quiz were done using the Power Point software and the animations and images using the Photoshop software. With the proposition of electronic media it is expected to facilitate the learning of young judoka and to assist professionals of this area in the definition of the pedagogical sequence of teaching Judo, in the selection of the associated elements and in the evaluation at each rank level. It should also provide digital inclusion and awaken the interest of judo practitioners regarding the use of ICT in several other areas.

Key-words: Electronic media. Sport. Fights. Motivation.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Cores das faixas – nível básico ................................................................ 19

Figura 2 - Capa da mídia ........................................................................................... 27

Figura 3 - Imagem do programa Adobe Encore CS6 ................................................ 29

Figura 4 - Exemplo de imagem com utilização de grua ............................................. 30

Figura 5 - Exemplo de imagem de fotograma ........................................................... 30

Figura 6 - Exemplo de imagem com utilização de vídeo ........................................... 31

Figura 7 - Exemplo de imagem com close circulando os detalhes técnicos do

golpe ......................................................................................................... 31

Figura 8 – Menu inicial da mídia ................................................................................ 32

Figura 9 – Menu faixa branca .................................................................................... 33

Figura 10 – Menu dos conteúdos - faixa branca ....................................................... 33

Figura 11 – Saudações – descrição .......................................................................... 34

Figura 12 – Saudação em pé – Ritsu-rei ................................................................... 34

Figura 13 – Conteúdos específicos – faixa branca .................................................... 35

Figura 14 – Quizz ...................................................................................................... 36

Figura 15 – Resposta incorreta e correta .................................................................. 36

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Ordem de graduação conforme cores das faixas – nível básico ............ 19

Quadro 2 – Ordem de graduação conforme cores das faixas – nível

intermediário ............................................................................................. 19

Quadro 3 – Ordem de graduação conforme cores das faixas – nível graduado ....... 20

Quadro 4 – Ordem de graduação conforme cores das faixas – nível

graduação superior ................................................................................... 20

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 10

1.1 CONTRIBUIÇÃO ESPERADA ........................................................................ 11

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ..................................................................... 12

2.1 LUTAS E ARTES MARCIAIS .......................................................................... 12

2.2 JUDÔ .............................................................................................................. 13

2.2.1 Elementos do Judô ......................................................................................... 15

2.2.2 Classificação das Técnicas do Judô ............................................................... 16

2.2.3 Graduação nas Artes Marciais ........................................................................ 18

2.3 TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TIC’s) ................... 20

2.3.1 Aplicação das TIC’s no Esporte ...................................................................... 24

2.4 GERAÇÃO NET (Y) – Quem São Estes Jovens? ........................................... 25

3 DESENVOLVIMENTO .................................................................................... 27

3.1 MODO DE USAR A MÍDIA ............................................................................. 32

REFERÊNCIAS .............................................................................................. 37

APÊNDICES ................................................................................................... 39

Apêndice A – Artigo Científico ........................................................................ 40

ANEXOS ....................................................................................................... 60

Anexo A – Certificado de validação técnica – Federação Paranaense

de Judô (FPJ) ................................................................................ 61

Anexo B – Registro de direitos autorais .......................................................... 62

Anexo C – Conteúdos da CBJ ........................................................................ 65

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1 INTRODUÇÃO

Com a evolução tecnológica o uso das Tecnologias de Informação e

Comunicação (TIC’s) vem contribuindo no apoio, na melhoria e na monitoração do

desempenho esportivo de atletas iniciantes e de alto-rendimento. Cada vez mais

apresenta contribuições relevantes, no sentido de ampliar o embasamento científico,

aumentando a qualidade da atuação profissional, seja para otimizar o rendimento de

atletas ou melhorar a saúde da população em geral.

Presente na sociedade moderna seja em casa, no trabalho ou na

escola, as TIC’s é um conjunto de ferramentas tecnológicas indispensáveis no cotidiano

das pessoas (celular, controle remoto, computador, etc.). Este recurso tecnológico se

constitui em importante aliado na prática pedagógica durante o processo de ensino-

aprendizagem, oferecendo condições de enriquecer as mensagens de aprendizagem e

trazendo maior motivação e conhecimento aos aprendizes.

Observa-se grande desenvolvimento na área de tecnologias voltadas à

educação, não somente em ferramentas auxiliares nos contatos presenciais, mas

também, ferramentas para o ensino a distância (vídeo conferências e outras mídias). As

ferramentas tecnológicas, com suas cores e sons, podem atenuar as diferenças

existentes entre o universo educacional e o mundo externo.

A utilização das TIC’s é uma realidade irreversível e se tornou

indispensável no processo educacional, promovendo uma integração mais efetiva entre

professor e aprendiz através de troca de informações. A tecnologia educacional é uma

ferramenta primordial na construção de uma sociedade baseada na informação, no

conhecimento e no aprendizado.

Baseando nessas evidências torna-se importante a proposição de

ferramentas tecnológicas capazes de difundir o conhecimento técnico associado à

prática do judô e disponibilizar recursos para aprimoramento da capacitação de

profissionais da área.

Neste sentido, o objetivo do presente trabalho de conclusão final de

curso é delinear e desenvolver mídia eletrônica como material didático direcionado a

auxiliar praticantes de judô em idade jovens nos exames de promoção de nível de

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graduação e faixas.

1.1 CONTRIBUIÇÃO ESPERADA

As TIC’s promovem mudanças no cotidiano das pessoas, além de

exercer enorme fascínio sobre as crianças e os jovens pela sua dinamicidade,

interatividade e possibilidades de uso. Na atualidade as TIC’s já são utilizadas em

diversos seguimentos da sociedade, e podem se constituir em ferramenta muito

importante no processo de ensino-aprendizagem do judô. Também, define-se como

uma forma de unir duas atividades que geram prazer às crianças e aos jovens, a prática

de esporte e o uso de tecnologia eletrônica.

Com essas evidências torna-se necessário delinear e desenvolver

mídia interativa que venha a contemplar os conteúdos específicos do judô. Além de

facilitar a aprendizagem por parte dos jovens praticantes, também poderá auxiliar

profissionais da área na definição da sequência pedagógica do ensino do judô, na

seleção dos elementos associados e na sua avaliação em cada nível de graduação –

faixa. Poderá ainda, proporcionar a inclusão digital e despertar o interesse dos

praticantes de judô em relação ao uso das TIC’s em várias outras áreas.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 LUTAS E ARTES MARCIAIS

Com intuito de classificar as formas de combate corporal, alguns

autores utilizaram conceitos filosóficos, região de origem da luta e características da

modalidade. Para Craig (2005), lutas são práticas que possuem embate corporal,

enquanto artes marciais são métodos de guerra ou conjuntos de preceitos (éticos,

estéticos e morais) que um guerreiro utiliza.

As lutas podem ser classificadas em orientais e ocidentais. Entre as

orientais estão o kung-fu, o tai-chi-chuan, o karatê, o judô, o jiu-jitsu, o aikidô, o tae-

kwon-do, o sumô e o kendô. Fazem parte das ocidentais o boxe, a esgrima, a luta

greco-romana, a luta livre, o kick-boxe e a capoeira (CORDEIRO JÚNIOR, 1999).

Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s) da Educação Física

caracterizam as lutas como disputas em que os oponentes devem ser subjugados, com

técnicas e estratégias de desequilíbrio, contusão, imobilização ou exclusão de

determinado espaço na combinação de ações de ataque e defesa. Caracterizam-se por

regulamentação específica a fim de punir atitudes de violência e deslealdade. Podem

ser citados exemplos de luta, as brincadeiras de cabo de guerra e braço de ferro, até as

práticas mais complexas de capoeira, judô e karatê. (BRASIL, 1998).

O início do contato corporal na forma de combate é baseado em lendas

e contos, passado de geração em geração, na forma oral e com muito mistério, gerando

assim uma escassez documental (WILSON, 2007). Assume-se que os combates

surgiram com a necessidade de defesa pessoal e de territórios, como diferentes

manifestações sociais, como rituais indígenas, na preparação de exércitos para a

guerra, como jogo e como exercício físico (BREDA et al., 2010).

No século VI, um príncipe indiano, Bodhidharma, foi para um templo

budista na China e ensinou para os monges técnicas de defesa pessoal baseadas na

forma de lutar dos animais. Os monges agregaram essas técnicas aos hábitos de

meditação e mediante estudos se tornaram exímios praticantes desta luta que foi

denominada kung-fu, considerado o estilo que originou a maioria das artes marciais

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(NATALI, 1981).

No Japão novas artes marciais, como jiu-jitsu, foram surgindo. Não

existe consenso sobre a exatidão do seu nascimento. As lendas relatam que um monge

chinês ensinou essa arte a alguns samurais. O princípio básico do jiu-jitsu é “não resistir

ao esforço direto do oponente, mas ceder aparentemente, a fim de posteriormente,

conseguir a vitória definitiva” (SUZUKI, 1994, p. 34).

De acordo com Suzuki (1994) o jiu-jitsu prosperou no Japão por meio

dos samurais, se ramificando em vários estilos e escolas com o uso de instrumentos

mediadores (arco e flecha, espadas, punhais, bastões) e lutas de mãos vazias

(derrubar, imobilizar, torcer e golpear partes do corpo do adversário).

Durante período Tokugawa (1603-1867), o jiu-jitsu teve seu apogeu,

sendo cultuado como arte nobre e refinada. Os samurais seguiam um código de honra

secreto, o Bushido (caminho do guerreiro). Nesses dois séculos, vivendo o feudalismo,

o Japão se fechou ao mundo ocidental que crescia sob o impulso da revolução

industrial. Com a abertura dos portos em 1865, por meio do tratado de “Comércio, Paz

e Amizade” firmado com os Estados Unidos, iniciou o processo de transformação

político-social do Japão denominado “Restauração Meiji ou Renascença Japonesa”

(SUZUKI, 1994).

Como descrito por Wilson (2007), em consequência a essa

transformação político-social, houve grande valorização dos costumes e avanços

tecnológicos ocidentais e, em contrapartida, esquecimento da cultura milenar japonesa,

incluindo as artes marciais. O jiu-jitsu foi renegado e os antigos samurais se tornaram

artesãos, pescadores, e em casos extremos se suicidaram. Passado a euforia

ocidental, a cultura milenar japonesa voltou a ser valorizada e o jiu-jitsu passou a ser

ensinado em escolas de defesa nacional. Mas, devido a sua filosofia que buscava

sempre ferir ao invés de somente autodefesa e a falta de pedagogia educacional, o jiu-

jitsu abriu caminho para o surgimento do Judô.

2.2 JUDÔ

Jigoro Kano, nascido em 1860 e filho de família nobre japonesa, era

baixo e franzino. Por ser brutalizado pelos colegas de classe iniciou a prática do jiu-jitsu

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com o intuito de se defender. (FREITAS; VIEIRA, 2006). Como descrito pelo próprio

Kano, estudou jiu-jitsu com muitos mestres famosos e percebeu diferenças nas formas

de ensino das técnicas entre um professor e outro. A falta de orientação didática e de

obediência a qualquer princípio no ensinamento dessas técnicas causava dúvidas

sobre o que era correto ou errado. Após abrangente estudo percebeu que um único

princípio envolvia tudo, era necessário fazer o uso mais eficiente possível das energias

mental e física, determinando o “Princípio da Eficácia Máxima”. Assim, descartou

algumas técnicas do jiu-jitsu que não faziam parte desse princípio e substituiu por

outras em que o mesmo estava corretamente aplicado. O conjunto das técnicas

resultantes que atendiam a esse princípio foi denominado judô.

O judô teve sua origem em 1882, quando Jigoro Kano fundou sua

própria escola denominada Kodokan, com propósito de formar e preparar o indivíduo

por meio de atividade física de luta corporal (condicionamento físico) e de

aperfeiçoamento moral: humildade, perseverança, disciplina, respeito, tolerância,

cortesia (MIARKA, 2005).

A palavra Judô é escrita com dois ideogramas chineses, o ju significa

“gentilmente” ou “suavidade” e o do “princípio” ou “caminho”, podendo ser traduzida

como “caminho suave” (KANO, 2008).

Para Jigoro Kano praticar judô é mais que aprender com eficiência suas

técnicas, mas sim, ajudar no desenvolvimento pessoal do indivíduo, ajudando-o a

controlar seus impulsos e emoções, a ser disciplinado e perseverante, formando um

cidadão virtuoso. A essência dessa filosofia é a base do judô cultivada ainda hoje em

todo o mundo. Responsável pela expansão do judô, Kano se transformou no mais

famoso mestre japonês de artes marciais (FREITAS; VIEIRA, 2006).

No Brasil, por volta de 1922, Eisei Maeda, conhecido como Conde

Koma, fez sua primeira apresentação de judô em Porto Alegre, passando pelos estados

do Rio de Janeiro e São Paulo, transferindo-se depois para o Pará onde popularizou

seus conhecimentos relacionados ao judô. A escalada do judô no Brasil se deve a

chegada de um grupo de nipônicos ao país em 1938, liderados por Riuzo Ogawa, que

fundou a Academia Ogawa com objetivo de aprimorar a cultura física, moral e espiritual.

A partir daí, a cultura e os ensinamentos do mestre Jigoro Kano se disseminaram pelo

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Brasil e em 1969 foi fundada a Confederação Brasileira de Judô, sendo reconhecida em

1972 por decreto (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE JUDÔ, 2012).

O judô se tornou oficialmente modalidade olímpica a partir dos Jogos

Olímpicos de Munique em 1972, com a participação da equipe brasileira. Desde então

acumulou 19 medalhas olímpicas: três de ouro, três de prata e treze de bronze

(CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE JUDÔ, 2012).

Por ser baseado em princípios filosóficos e éticos, o judô atualmente

além de ser uma modalidade de destaque no cenário esportivo, é também uma

ferramenta importante na formação de um cidadão mais respeitador, consciente e útil a

sociedade.

2.2.1 Elementos do Judô

O Judô é constituído de saudações, posturas, pegadas, movimentações

e quedas, padronizadas em todo o mundo. As saudações (Rei-ho) são oferecidas a um

companheiro ou a um oponente, e é uma forma de demonstrar respeito e cortesia. O

Ritzurei é uma saudação realizada em pé, utilizada quando o judoca entra ou sai do

tatame (Dojo) durante o treino ou em competição (no início e no fim dos combates). O

Zarei é uma saudação mais cerimoniosa, empregada no início e no fim de uma lição

coletiva e nos katas, e é executado na posição ajoelhada (WILSON, 2007).

Conforme Kano (2008), a eficiência na execução das técnicas ou

golpes depende fundamentalmente de uma boa postura corporal, que serve de base

para todos os movimentos do judô. Na postura natural básica denominada Shizen

Hontai o judoca se posiciona em pé, com os calcanhares afastados cerca de 30 cm, e

os braços em posição relaxada ao lado do corpo. Enquanto na postura defensiva

básica, Jigo Hontai, consiste em o judoca se posicionar em pé, com os pés afastados

cerca de 75 cm, com os joelhos flexionados.

Outro elemento importante para aplicação mais eficiente das técnicas é

a pegada (Kumi Kata), a maneira de segurar no kimono (Judogui) do oponente. A

pegada básica é sempre a mesma independentemente da postura utilizada. O judoca

deve segurar a gola esquerda do parceiro com a sua mão direita, na altura da axila, e

com a mão esquerda segurar a lateral externa da manga direita do mesmo, na altura do

Page 18: MARCELO SEIJI MISSAKA USO DAS TECNOLOGIAS DE …

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cotovelo, ou ao contrário (KANO, 2008).

Para que o judoca se movimente para frente, para trás e para os lados

(Shintai) rapidamente e com equilíbrio, deve deslizar os pés pelo tatame com a maior

parte do peso sobre o pé da frente, ou sobre o pé que se move primeiro, sem cruzá-los.

O estilo natural de caminhar chama-se Ayumi-ashi. Os passos sucessivos e deslizados

(Tsugi-ashi) é a forma mais comum de movimento, utilizada quando o oponente está

perto, não devem ser muito largos e os pés nunca devem ficar unidos. As

movimentações giratórias, as esquivas (Tai-sabaki), são utilizadas para o judoca sair do

raio de ação do oponente, e executar de maneira mais eficiente as técnicas de

arremesso (KANO, 2008; WILSON, 2007).

Segundo Kano (2008), o ato de desequilibrar o oponente se denomina

Kuzushi, e consiste em empurrá-lo e puxá-lo utilizando não só os braços, mas todo o

corpo. O kuzushi pode ser realizado em oito direções: para frente, para trás, para a

esquerda, para a direita, em diagonal direita à frente ou atrás e em diagonal esquerda à

frente ou atrás. Porém, antes de aprender a derrubar é muito importante que o judoca

aprenda a cair com segurança. As quedas (Ukemi) são realizadas para trás (Ushiro-

ukemi), para um dos lados (Yoko-ukemi), para a frente (Mae-ukemi) e com rolamento

para a frente (Mae-mawari-ukemi).

2.2.2 Classificação das Técnicas do Judô

As técnicas (Wazas) do judô são classificadas em três categorias:

Nage-waza (técnicas de projeção), Katame-waza (técnicas de solo) e atemi-waza

(técnicas de autodefesa), e cada categoria contém subdivisões.

Nage-waza é técnica em que o judoca tem por objetivo projetar o

oponente de costas contra o solo. Pode ser dividida em quatro grandes grupos: Ashi-

waza (técnicas de perna) que contém 21 golpes, Koshi-waza (técnicas de quadril) com

11 golpes, Te-waza (técnicas de mão) com 15 golpes e Sutemi-waza (técnicas de

sacrifício) com 20 golpes (WILSON, 2007).

Técnicas de solo (Katame-waza) têm por objetivo imobilizar o oponente

ou fazê-lo desistir da luta mediante estrangulamentos, torções ou estiramentos

(chaves). São divididas em três grupos: Osae-komi-waza (técnicas de imobilização)

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composta por sete golpes, Shime-waza (técnicas de estrangulamento) com 12 golpes e

Kansetsu-waza (técnicas de chaves de braço) com 10 técnicas (KANO, 2008; WILSON,

2007).

Atemi-waza (técnicas de autodefesa) utiliza do ataque em pontos vitais

do oponente para causar dor, perda da consciência, incapacitação ou morte. Elas são

divididas em Ude-waza (golpes com o braço) e Ashi-ate (golpes com a perna). Ao

contrário das técnicas de projeção e de solo, Atemi-waza nunca é usado em

competições, geralmente é praticado na forma de Kata (luta imaginária).

Katas consiste na demonstração de um conjunto de técnicas e foi

criado para perpetuá-las. Jigoro Kano dizia que os katas são a ética do judô, sem os

quais é impossível compreender o seu alcance. O objetivo é apresentar os golpes, o

espírito e a finalidade da arte, contribuindo na melhora da fluência dos movimentos do

judoca. Existem oito diferentes katas, com grupos de técnicas específicas (FREITAS;

VIEIRA, 2006).

Nague-no-kata foi o primeiro kata a ser criado em 1886, para ensinar os

elementos de postura, pegada, movimentação dos pés e do corpo, projeção e

finalização com equilíbrio. Possui um total de 15 técnicas divididas em cinco grupos,

com ênfase nas técnicas de projeção. O segundo a ser criado foi o Katame-no-kata,

que reúne 15 técnicas de solo, dividido em três grupos: osae-komi-waza, shime-waza e

kansetsu-waza. Reunindo 20 técnicas de defesa pessoal contra combates com as mãos

ou com armas, surgiu por volta de 1906 o Kime-no-kata, que também é conhecido como

Shinken-shobu-no-kata. Utilizando os princípios do Ju (arte de ceder) que usa a força

do oponente para criar desequilíbrio (kuzushi) foi desenvolvido em 1888 o Ju-no-kata,

composto por 15 técnicas. Preservando as técnicas oriundas do jiu-jitsu foi criado o

Koshiki-no-kata, com 21 técnicas no qual é essencial que os judocas se imaginem

lutando com armadura pesada. Baseado nos movimentos da natureza e composto por

cinco técnicas surge em 1888 o Itsutsu-no-kata. Já o Seiryoki-zenko-kokumin-taiiku-no-

kata foi criado baseado no princípio da máxima eficácia, como forma de preparação

física e utilizado nas escolas do Japão. Em 1956 para complementar o kime-no-kata,

com técnicas de autodefesa contra ataques armados e desarmados, foi criado o

Goshin-jutsu-no-kata que reúne técnicas de projeção, chaves de braço, pancadas e

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18

chutes (FREITAS; VIEIRA, 2006; WILSON, 2007).

2.2.3 Graduação nas Artes Marciais

O sistema de graduação nas artes marciais tradicionalmente é realizada

por faixas (judô, karatê, tae-kwon-do), por cordões (capoeira) e pelo kurang (barbante

trançado usado no braço de lutadores de muay-thai) para distinguir, através de cores,

os diferentes níveis dos lutadores. Provavelmente esse sistema de graduação foi

baseado no Menkyo, que no Japão significa diplomas em várias áreas (LOWRY, 2011).

Para diferenciar os praticantes novos sem graduação (mudansha) dos

praticantes mais avançados e mais graduados (yudansha), Jigoro Kano deu uma faixa

preta para os seus auxiliares mais graduados, diferenciando-os dos iniciantes. O

sistema dos dez níveis de graduação de Kano é usado até hoje no Japão, com as

faixas branca, marrom e preta, diferente da graduação com faixas coloridas utilizadas

no resto do mundo, devido à impaciência do ocidental (LOWRY, 2011).

A graduação no judô pode variar de acordo com o país em que é

praticado, de acordo com níveis de aquisição dos conhecimentos históricos e

filosóficos, dos princípios do judô, do domínio e habilidade na execução das técnicas

(CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE JUDÔ, 2011).

No Brasil, desde 2011, a Confederação Brasileira de Judô, por meio da

Comissão Nacional de Grau, padronizou os conteúdos para o sistema de promoção de

faixas, levando em consideração o desempenho, a carência e o tempo de prática da

modalidade. A divisão entre as faixas esta discriminada nos quadros 1, 2, 3 e 4.

Page 21: MARCELO SEIJI MISSAKA USO DAS TECNOLOGIAS DE …

19

Quadro 1 – Ordem de graduação conforme cores das faixas – nível básico

Fonte: Confederação Brasileira de Judô (2012).

Figura 1 – Cores das faixas – nível básico

Fonte: Confederação Brasileira de Judô (2012).

Quadro 2 – Ordem de graduação conforme cores das faixas – nível intermediário

Fonte: Confederação Brasileira de Judô (2012).

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20

Quadro 3 – Ordem de graduação conforme cores das faixas – nível graduado

Fonte: Confederação Brasileira de Judô (2012).

Quadro 4 – Ordem de graduação conforme cores das faixas – nível graduação superior

Fonte: Confederação Brasileira de Judô (2012).

2.3 TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TIC’S)

Os rápidos avanços tecnológicos presentes em nosso cotidiano de

forma muito significativa provocam um estado contínuo e interminável de mudanças e

adaptações.

Segundo Medeiros e Medeiros (1993) a tecnologia é o conjunto de

saberes práticos e científicos aliados a anos de técnica.

Rodrigues, 1998 (apud CARVALHO NETO; MELO, 2001) refere-se à

etimologia da palavra na qual tecno do grego Techno quer dizer “habilidade” e logia do

grego Logo que deriva da palavra estudo, tratado, conhecimento.

Com o advento da revolução agrícola o homem passou a utilizar o uso

Page 23: MARCELO SEIJI MISSAKA USO DAS TECNOLOGIAS DE …

21

da terra como principal recurso de vida. Por outro lado, na revolução industrial as

matérias primas passaram a predominar; e na revolução tecnológica passou a utilizar o

conhecimento por meio da informação (COELHO, 2008).

De acordo com Lima (2008), o homem, desde que vive em sociedade,

tem a necessidade de transmitir informações e conhecimentos para a melhoria das

condições de vida. Porém, devido à capacidade limitada de armazenamento do cérebro

humano, surgem as TIC’s.

As TIC’s são conceitos relacionados ao tratamento, ao controle e à

comunicação de informações, baseadas nos meios de informática, como a TV a cabo, a

internet com banda larga, os sistemas de GPS, os celulares de terceira geração, os

notebooks, os sistemas de armazenamentos digitais, os leitores de música, as redes de

computadores, os servidores bases de dados e os computadores pessoais. Portanto, as

TIC’s’ podem ser consideradas um conjunto de ferramentas tecnológicas, cada vez

mais presentes no cotidiano, e imprescindível para um grande número de profissionais

de diferentes áreas de atuação (BIANCHI; HATJE, 2007).

Em síntese, as TIC’s resultam da informática, das telecomunicações e

das mídias eletrônicas, sendo infinitas as suas possibilidades de uso e incluem toda a

diversidade de jogos on-line, casas e automóveis inteligentes, androides reais e virtuais.

No campo do ensino-aprendizagem as ferramentas utilizadas vão desde giz e quadro

negro até computadores e mídias tradicionais (BELLONI, 2001).

As TIC’s geram oportunidades para incorporar, engrandecer e expandir

materiais instrucionais, propiciando novas formas de interação e comunicação entre

professores/instrutores e alunos/aprendizes. Para Nascimento (2003), as formas de

utilização das TIC’s no campo da aprendizagem estão surgindo de maneira que, além

de propiciar rápida difusão de material de apoio didático e de informações de interesse

para professores/instrutores e alunos/aprendizes, as novas tecnologias permitem entre

outras possibilidades, a construção interdisciplinar de informações produzidas

individualmente ou em grupo e o desenvolvimento colaborativo de projetos por

profissionais geograficamente dispersas, o que permite a troca de experiências entre

segmentos de diferentes regiões e cultura do país.

Os meios tradicionais de divulgação do conhecimento (livros, manuais,

Page 24: MARCELO SEIJI MISSAKA USO DAS TECNOLOGIAS DE …

22

apostilas, aulas expositivas, etc.), em muitas das situações atuais podem não

corresponder às necessidades reais dos alunos/aprendizes. Neste caso, uma das

formas de trabalhar a pluralidade de interesses (professor/instrutor-aluno/aprendiz e

aluno/aprendiz-professor/instrutor) é por intermédio de mídia-educação. Ou seja,

proposta educativa que engloba não somente a fala, o quadro e o giz; mas igualmente

outras tecnologias. Algumas tecnologias não tão recentes como a mídia impressa e o

rádio; porém, aliadas a outras mais inovadoras, como a Internet e o CD-ROM

(MISSAKA, 2007).

O uso adequado das TIC’s propicia a integração professor/instrutor e

aluno/aprendiz, por meio da troca de informações e experiências, descentralizando o

poder de comunicar em sala de aula, anteriormente centrado no professor/instrutor.

Assim, o aluno/aprendiz adquire autonomia, sobretudo, na Educação à Distância

(BIANCHI; HATJE, 2007). Contudo, o uso das TIC’s no processo de ensino-

aprendizagem tem gerado importantes discussões acerca de suas vantagens e

desvantagens. Entre as vantagens destaca-se criação de ambientes para

aprendizagem mais interativos e desafiadores, realização de ajustes no tempo e no

espaço disponível, ampliação e democratização da inclusão digital, conquista de

autonomia pelo aluno/aprendiz, transformação na maneira de assimilar o conhecimento

e facilitação da formação continuada em diversas áreas.

Em contrapartida, podem ser identificadas entre as desvantagens,

aprendizagem de má-qualidade quando não orientada diretamente pelo

professor/instrutor, encantamento pela mídia eletrônica assumindo a concepção de que

a presença do professor/instrutor não é mais necessária, dificuldade em identificar a

tecnologia e a metodologia que deve ser utilizada, medida ideal entre o ensino/instrução

presencial e o ensino/instrução à distância, e limitações ao acesso das TIC’s.

Merece destaque que, as TIC’s facilitam o acesso as informações;

porém, não podem garantir sua democratização, considerando que alguns

alunos/aprendizes poderão construir um conhecimento mais elaborado, enquanto

outros deverão apenas reproduzir as informações. Portanto, é importante salientar a

necessidade de uma contextualização que, integrada aos conteúdos com qualidade

científica e pedagógica, possam ser os elementos de sucesso na aprendizagem e fator

Page 25: MARCELO SEIJI MISSAKA USO DAS TECNOLOGIAS DE …

23

motivacional aos alunos/aprendizes (NASCIMENTO, 2003).

As TIC’s podem ser aplicadas na Informática (tratamento da informação

por meios automáticos), na burótica (designa a aplicação de meios informáticos no

tratamento e circulação de informações em escritório, residência, etc.), telemática

(conjuga os meios informáticos – computadores e modems, com meios de comunicação

à distância ou telecomunicações – satélites e linhas telefônicas) e controle de

Automação (trata-se da intervenção de sistemas ou meios informáticos no controle de

mecanismos industriais).

Os sistemas informáticos são constituídos pelo hardware e pelo

software. Não é possível conceber um sistema informático sem hardware, e este por

sua vez, torna-se inútil sem o software (COELHO, 2008).

Hardware refere-se a todos os dispositivos físicos que constituem os

sistemas informáticos, responsável por quatro funções especiais: entrada de dados

(input) - comunicação dos dados a serem processados, processamento - manipulação

dos dados para obter informação, armazenamento - armazenamento da informação

para posterior reutilização, e saída de dados (output) - visualização e obtenção da

informação produzida. Componente mais complexo de todo o sistema informático, o

CPU é um circuito integrado constituído por milhares de componentes eletrônicos, que

determina o funcionamento e o desempenho do computador. Indispensável ao

funcionamento do sistema informático existe a memória, que determina a capacidade

de armazenamento de informação, medida em bytes. A memória primária armazena

informações fundamentais ao funcionamento do computador (programas e dados), e a

memória secundária armazena de forma mais permanentes os dados e programas

(discos rígidos, pen-drive, CD, DVD). A motherboard (placa mãe) é uma placa de

circuito impresso que liga ou encaixa todos os componentes. Os dispositivos de entrada

permitem introduzir dados para o interior de um sistema informático (teclado, mouse,

scanner, microfone, webcam). Os dispositivos de saída permitem ao sistema

informático enviar dados para o exterior (monitor, impressora, projetor de vídeos,

fones), enquanto os dispositivos de entrada e saída realizam as duas funções

(multifuncional, modem, touchscreen, headset).

Software é a parte lógica do sistema informático, diz respeito a

Page 26: MARCELO SEIJI MISSAKA USO DAS TECNOLOGIAS DE …

24

programas escritos em diversas linguagens de programação. Software de sistema é

fundamental para o funcionamento do computador, sendo responsável por gerir os

recursos do hardware (MS-DOS, Windows, Linux), enquanto software de aplicação

engloba todos os programas que permitem ao utilizador executar tarefas de seu

interesse (Microsoft Office, Internet Explorer, Chrome, etc.).

2.3.1 Aplicação das TIC’s no Esporte

A tecnologia está presente em todas as manifestações do homem, e

sua relação com o esporte tem sido direcionado na avaliação e em pesquisas que

buscam melhorar o desempenho de atletas e equipes por meio de equipamentos

especiais, utilizados tanto na preparação física, como na técnico-tática e também

psicológica. As TIC’s também estão sendo utilizadas para divulgar a cultura do esporte

e promovê-lo como potencial educativo.

Liu, Song e Zhang (2004) comentam que a bioinformática e as TIC’s

quando direcionadas ao esporte, à educação física e à saúde produzem uma nova

disciplina, a informática do esporte. Trabalhada com grande ênfase na

interdisciplinaridade, sendo utilizada em diversas áreas como exemplo a Biologia,

Fisiologia, Psicologia, Ciências cognitivas, Biomecânica, Treinamento desportivo,

Avaliação física e Gestão de informação.

Não se pode esquecer que as tecnologias são importantes também no

aspecto de qualificação dos profissionais que irão trabalhar nessas áreas.

Nascimento (2003) aponta que há uma necessidade imediata de

reciclagem permanente, pois os avanços tecnológicos rapidamente mudam os

conceitos técnicos, e ratifica que se o profissional não utiliza as TIC’s de forma

inteligente, rapidamente seus conceitos estarão defasados.

A aplicação das TIC’s na área esportiva também acontece por meio do

uso de games que possibilita ao usuário conhecer e praticar diversas modalidades

esportivas, transpondo barreiras em relação ao clima, a cultura e área financeira.

(ARAÚJO et al., 2011).

No formato de educação à distância – EAD Pierre (1998 apud

SANTOS, 2007) cita dois trabalhos sobre fitness de sucesso nos EUA que utilizaram a

Page 27: MARCELO SEIJI MISSAKA USO DAS TECNOLOGIAS DE …

25

internet como mídia principal e websites para acesso aos materiais das aulas. No Brasil,

vislumbrando o potencial das TIC’s foi criado o Centro Esportivo Virtual (CEV –

www.cev.org.br) um espaço para busca de informações, discussões e acesso a links e

periódicos da Educação Física.

Utilizando meios tecnológicos de Ensino à Distância Nascimento (2003)

realizou um estudo com graduandos de Educação Física sobre o ensino de basquete à

distância e observou efeitos positivos no auxilio ao aprendizado.

Da mesma forma, Sobrinho (2004) trouxeram um estudo no qual alunos

de Educação Física do Ensino Médio que utilizaram suporte tecnológico tiveram notas

superiores aos que não utilizaram esse recurso.

Seguindo essa mesma linha, Santos (2007) validou um software para

ensinar Tênis de Campo na plataforma à distância.

Atualmente existem inúmeros instrumentos de TIC’s voltados ao

esporte e a Educação Física como sites institucionais e pessoais, sites de venda de

produtos esportivos, cursos on-line, jornais eletrônicos, banco de dados para pesquisa,

etc. E apesar dos avanços tecnológicos constantes nessa área é importante que o

profissional a utilize mas sem se tornar refém da mesma (NASCIMENTO, 2003).

O conhecimento por intermédio das TIC’s deve ser ofertado e

incentivado, mas deve-se ter cuidado para escolher as tecnologias que realmente

auxiliem no processo de formação profissional, sem esquecer que as mesmas não

substituem o papel do professor, mas sim são um meio de auxiliar nesse processo.

2.4 GERAÇÃO NET (Y) – QUEM SÃO ESTES JOVENS?

Para melhor entender a geração Y ou geração NET é necessário

entender as gerações antecessoras desse processo. Baby Boomer, geração que surgiu

na década de 1950, por conta de uma explosão populacional alicerçada em elevada

taxa de natalidade de crianças com característica revolucionária, determinadas a buscar

o direito de ser jovem a todo custo; e a geração X, que surgiu nas décadas de 1960 e

1970, apoiada nas conquistas da geração anterior, caracterizada pela busca do prazer

sem culpa e da individualidade, amantes de estereótipos e influenciadas pelo avanço

do marketing e da publicidade (FERREIRA; LEBON, 2011).

Page 28: MARCELO SEIJI MISSAKA USO DAS TECNOLOGIAS DE …

26

A denominada geração NET, geração Y ou Millennials é formada pelos

nascidos nas décadas de 1980 e 1990, período em que a internet invadiu as

residências. Portanto, essa foi a primeira geração a crescer com acesso fácil às

tecnologias de informação e comunicação, indicando estreito vínculo entre internet,

infância e juventude. Um dos pioneiros desse pensamento, Tapscott, advoga que, pela

primeira vez na história, crianças e adolescentes passaram a ser consideradas

autoridades em algum assunto, a conhecer mais que os professores e os pais

(FERREIRA; LEBON, 2011).

Com curiosidade, confiança e muita destreza essa geração domina o

uso de computadores, internet e telefones celulares para os mais diversos fins

(entretenimento, aprendizagem, informação, consumo, comunicação, consolidação das

redes sociais, construção de personalidade e identidade pessoal). Jovens dessa

geração nunca pensaram um mundo sem internet, chats, celulares, pois, desde o

nascimento, eles são influenciados pelo veloz e complexo mundo da tecnologia, e não

sentem a menor dificuldade em utilizá-las. Sentem-se à vontade utilizando ao mesmo

tempo o rádio, a televisão e a internet, a separação do real e o virtual é imperceptível

(FREIRE FILHO; LEMOS, 2008).

De acordo com vários estudos, em relação ao impacto das tecnologias

na cognição dos jovens, comprovou-se aprimoramento na capacidade de aprendizagem

indicando uma expertise natural para o uso das TIC’s. Esses adolescentes, prodígios

em tecnologia relacionados à cultura tecnológica, que remonta à década de 1980, são

alguns dos criadores de computadores pessoais, videogames e internet, que mesmo

sem ter terminado a sua graduação já se tornaram grandes executivos que por meio de

grandes descobertas revolucionaram o mundo da indústria tecnológica. Por exemplo,

Bill Gates (fundou a Microsoft aos 19 anos) e Steve Jobs (fundou a Apple com 21

anos). Atualmente, a imagem do jovem prodígio perdura, convertidos em

microempresários da noite para o dia ao criarem sites que participam da atual

renovação da web – Google, YouTube, Facebook. Eles passaram a preconizar um novo

modelo de relação com o trabalho, com menos níveis hierárquicos, maior flexibilidade

no horário de trabalho, no qual o despojamento e a autonomização da rotina desperta o

interesse nos mesmos (FREIRE FILHO; LEMOS, 2008).

Page 29: MARCELO SEIJI MISSAKA USO DAS TECNOLOGIAS DE …

27

3 DESENVOLVIMENTO

O Conselho Nacional de Graduação da Confederação Brasileira de

Judô (CBJ), na intenção de resgatar e preservar os valores históricos, culturais, éticos e

morais no ensino do Judô, sem perder o reconhecimento como esporte de competição

consagrado em Olimpíadas e Mundiais, realizou estudo visando à reformulação no

Regulamento de Exame e Outorga de Faixas e Graus, o que foi adotado também pela

Federação Paranaense de Judô. O regulamento contempla todos os requisitos mínimos

necessários para que o judoca tenha acesso ao exame de faixa ou grau.

Com base no Regulamento de Exame e Outorga de Faixas e Graus da

CBJ foi delineada e desenvolvida a TIC’s, constituída por manual eletrônico (mídia) para

auxiliar na aprendizagem dos elementos do Judô, no nível básico – até a faixa laranja.

(Figura 1).

Figura 2 - Capa da mídia

Fonte: Do autor.

Page 30: MARCELO SEIJI MISSAKA USO DAS TECNOLOGIAS DE …

28

A metodologia adotada para definição do material foi constituída por:

a) Revisão de literatura específica;

b) Gravação em vídeo dos conteúdos exigidos no nível básico (faixa

branca até a faixa laranja);

c) Edição dos vídeos;

d) Inserção dos vídeos em mídia interativa, com utilização de quizz.

Com o intuito de preservar os direitos autorais do material produzido,

bem como a proteção em relação ao direito de imagem, foi definido que os judocas

expostos no vídeo fossem os próprios idealizadores do trabalho. Em relação ao registro

de marcas e patentes, o material foi provisoriamente registrado em cartório. Na

sequência, deverão ser encaminhados os procedimentos para registro de marcas e

patentes. A validação da mídia com relação à execução técnica e conteúdos teóricos foi

realizada pela comissão de grau da Federação Paranaense de Judô, pelos avaliadores

Liogi Suzuki - 9º Dan e Helder Marcos Faggion - 5º Dan.

Os vídeos foram gravados na sede da Associação Esportiva de

Londrina. Para gravação e edição dos vídeos foi utilizada câmera digital filmadora da

marca Sony NX5 Full HD. Para sua edição recorrer-se-á ao equipamento de

computação Intel Cora I7-2600k CPU@ 340GHZ, 8 giga de memória e periféricos,

mediante programa de edição Adobe Premiere CS6 e programa de finalização Adobe

Encore CS6. Os vídeos foram colocados em mídia interativa através do programa

Windows Media Player. As questões do quizz foram ser realizadas no programa Power

Point e as animações e fotos mediante programa Photoshop. (figura 3).

Page 31: MARCELO SEIJI MISSAKA USO DAS TECNOLOGIAS DE …

29

Figura 3 - Imagem do programa Adobe Encore CS6

Fonte: Do autor.

As técnicas de judô foram gravadas com três câmeras de alta definição

em dois ou mais ângulos e utilização de uma grua (figura 4), quando necessário. As

técnicas foram apresentadas em tempo real, slow-motiom (câmera lenta), fotograma

(fotos quadro a quadro – figura 5) e vídeo gif (gravação repetição animada – figura 6).

Ainda para reforço do aprendizado as técnicas foram traduzidas e reforçadas com áudio

e close circulando os detalhes técnicos de cada golpe (figura7).

Page 32: MARCELO SEIJI MISSAKA USO DAS TECNOLOGIAS DE …

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Figura 4 - Exemplo de imagem com utilização de grua

Fonte: Do autor.

Figura 5 - Exemplo de imagem de fotograma

Fonte: Do autor.

Page 33: MARCELO SEIJI MISSAKA USO DAS TECNOLOGIAS DE …

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Figura 6 - Exemplo de imagem com utilização de vídeo

Fonte: Do autor.

Figura 7 - Exemplo de imagem com close circulando os detalhes técnicos do golpe

Fonte: Do autor.

Page 34: MARCELO SEIJI MISSAKA USO DAS TECNOLOGIAS DE …

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3.1 MODO DE USAR A MÍDIA

Abaixo seguem informações para utilização da mídia. O modelo

apresentado, por meio das figuras, é equivalente a todas as faixas.

1. Colocar a mídia em aparelho DVD ou em computador. Após a

abertura surge o menu das faixas. Nele o usuário deverá escolher a categoria de faixa

que deseja estudar, clicando o mouse ou cursor sobre a faixa de preferência (figura 8).

Figura 8 – Menu inicial da mídia

Fonte: Do autor.

2. Após escolha da faixa (figura 9) aparecerá o segundo menu, no qual

contém os conteúdos específicos de cada faixa (vídeos das técnicas de projeção e de

solo, fundamentos, histórico, vocabulário e quizz). Clicar no conteúdo pretendido (figura

10).

Page 35: MARCELO SEIJI MISSAKA USO DAS TECNOLOGIAS DE …

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Figura 9 – Menu faixa branca

Fonte: Do autor.

Figura 10 – Menu dos conteúdos - faixa branca

Fonte: Do autor.

Page 36: MARCELO SEIJI MISSAKA USO DAS TECNOLOGIAS DE …

34

3. Ao clicar no conteúdo saudações, aparecerá na tela explicações

sobre esse tema (figura 11). Após a leitura, clicar na denominação da saudação e

surgira a tela com sua execução em vídeo (figura 12).

Figura 11 – Saudações – descrição

Fonte: Do autor.

Figura 12 – Saudação em pé – Ritsu-rei

Fonte: Do autor.

Page 37: MARCELO SEIJI MISSAKA USO DAS TECNOLOGIAS DE …

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4. Ao concluir a execução da saudação, retornará ao menu dos

conteúdos da faixa branca (figura 10), em que o usuário poderá escolher o próximo

conteúdo a ser estudado (ex: amortecimento de quedas, técnicas de projeção e solo,

vocabulário, higiene, educação e quizz – figura 13).

Figura 13 – Conteúdos específicos – faixa branca

Fonte: Do autor.

5. Nos conteúdos de cada faixa, como forma de avaliação, é

disponibilizado um quizz em que o usuário poderá responder questões relacionadas à

sua faixa de graduação (figura 14). Se, eventualmente, o usuário responder as

questões de maneira incorreta o programa retorna à mesma tela. Por outro lado, se a

resposta assinalada estiver correta o programa avança para a próxima tela com uma

nova questão (figura 15).

Page 38: MARCELO SEIJI MISSAKA USO DAS TECNOLOGIAS DE …

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Figura 14 – Quizz

Fonte: Do autor.

Figura 15 – Resposta incorreta e correta

Fonte: Do autor.

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37

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Page 41: MARCELO SEIJI MISSAKA USO DAS TECNOLOGIAS DE …

39

APÊNDICES

Page 42: MARCELO SEIJI MISSAKA USO DAS TECNOLOGIAS DE …

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Apêndice A – Artigo Científico

Artigo submetido para publicação no Journal of Sports Science and

Medicine.

Running Head: Motives for Sport Participation

SPORT PARTICIPATION MOTIVES OF YOUNG BRAZILIAN JUDO ATHLETES

MARCELO SEIJI MISSAKA 1 AND DARTAGNAN PINTO GUEDES 2

1 Philadelphia University, Department of Physical Education, Brazil

2 Northern Parana University, Center for Research in Health Sciences, Brazil

____________________________

Address correspondence to Marcelo Seiji Missaka. Rua Garibaldi Deliberador 99. Apto 85. Jardim Claudia. Londrina. Paraná. Brazil. CEP 86050280. email: [email protected]

Page 43: MARCELO SEIJI MISSAKA USO DAS TECNOLOGIAS DE …

41

Abstract

The objective of this study was to identify the motives for sport participation in a sample of

young Brazilian judo athletes according to sex, age, and training history. A total of 392 subjects

(163 girls and 229 boys) aged 12 to 18 years old were included in the study. The Portuguese

version of the Participation Motivation Questionnaire (PMQ) was used to identify motives for

sport participation. The statistical treatment of data was performed by univariate and multivariate

analysis of variance, in which the motives for sport participation were the dependent variables

and sex, age and training history (onset of training, training experience, training volume, and

performance level) were the independent variables. Results showed that the most important

motives were Skill Development, Competition and Fitness, whereas the least important were Fun

and Achievement/Status. Multivariate analysis of variance indicated significant differences

between sexes and the age groups studied. Boys reported to give significantly more importance to

sport participation in terms of Competition and Skill Development, whereas girls presented

significantly higher ratings for Teamwork and Friendship. Motivational factors related to

Achievement/Status and Fun presented significantly higher average ratings in younger judo

athletes, whereas average ratings of Competition significantly increased with increasing age.

With respect to indicators of training history, the average ratings related to Fitness, Competition

and Skill Development were proportionally and significantly higher according to training

experience and training volume. Analysis of the performance level indicated significant

differences in average ratings of the eight motivational factors between athletes participating in

regional and international competitions. These results will contribute to establish intervention

programs designed to reduce sport dropout rates among young judo athletes.

Key Words: Motivation, adolescents, sports activities, adherence, dropout.

Page 44: MARCELO SEIJI MISSAKA USO DAS TECNOLOGIAS DE …

42

Introduction

The information available in the literature emphasizes the multiple benefits of sport to

promote physical, mental and social well-being at young ages (Fraser-Thomas et al., 2008). In

contrast, however, epidemiological survey have pointed out that a small portion of children and

adolescents participate in regular sport programs (Weingerg et al., 2003) and that, among those

who begin to do so, there is an alarming number of dropouts, with repercussions present and in

adulthood (Sirard et al., 2006) . In this particular, experimental evidence confirm that motivation

is key for achieving adherence to sport practice (Moreno et al., 2007; Ulrich-French and Smith,

2009).

In view of this situation, important studies have sought to apply different theories

developed in the field of psychology that could explain adherence to sport practice (Gill and

Williams, 2008). To do so, it is necessary to identify and understand the motivational factors that

can cause one to sport. The identification of underlying reasons to sport enables the development

of actions that promote this practice and that can allow one to fully achieve one’s proposed goals,

thus enhancing a favorable motivational environment and, consequently, increasing the chances

of adherence and minimizing the occurrence of possible dropouts.

Currently, the self-determination theory is the motivational theory commonly used to

understand the motives for sport participation (Gill and Williams, 2008; Jöesaar and Hein, 2011;

Sirard et al., 2006; Weinberg et al., 2000). The basic premise of the Self-determination theory is

that individuals’ perceptions of behaviors are associated with different types of motives,

influenced by social environmental factors. These motives constitute a continuum of self-

determined behavior that includes intrinsic and extrinsic types of motivation and amotivation

(Deci and Ryan, 1985; 2000). Intrinsic motivation refers to engaging in sport solely for the

pleasure and satisfaction derived from its practice. A young athlete who is intrinsically motivated

will participate in sports voluntarily, in the absence of material rewards or external constraints. In

contrast, extrinsic motivation comes from external sources, such as the lure of awards, trophies,

money, fame, praise and social approval. Interestingly, it has been found that although extrinsic

motivation is a strong motivator, it can undermine intrinsic motivation (Vallerand, 1997).

According to the self-determination theory, behaviors associated to extrinsic motivation should

cover the continuum between intrinsic motivation and amotivation, varying in the extent to which

their regulation is more or less self-determined: integrated, identified, introjected, and external

Page 45: MARCELO SEIJI MISSAKA USO DAS TECNOLOGIAS DE …

43

regulation (Deci and Ryan, 1985; 2000).

The motives of young people to participate in sport are a combination of multiple social,

environmental and individual attributes that determine the choice for a specific modality,

persistence in sports, and engagement in more intense training to achieve high performance

(Weinberg et al., 2000). In this respect, studies investigating the motivational factors for sport

participation are important since they permit to identify the reasons that lead young people to

begin participating in sport activities and the factors responsible for their permanence. Although

it is possible to identify common motives, studies indicate that the reasons for sport participation

vary according to the type of sport and cultural context of young people (Jöesaar and Hein, 2011;

Sirard et al., 2006; Weinberg et al., 2000).

Studies on this subject available in the literature involve young athletes from European

(Almagro et al., 2009; Buonamano et al., 1995; Cecchini et al., 2002; Fraile and De Diego, 2006;

Garyfallos and Asterios, 2011; Jöesaar and Hein, 2011; Jones et al., 2006; Koivula, 1999;

Salselas et al., 2007; Zahariadis and Biddle, 2000), North American (Gill et al., 1983; Sirard et

al., 2006; Weinberg et al., 2000), and Asian countries (Gürbuz et al., 2007; Kirkby et al., 1999;

Shang, 1997; Sit and Lindner, 2005; Thiborg, 2005). These studies have identified a consistent

group of motives for participation in sport. However, extrapolation of the results to Latin

American countries is questionable due to specific sociocultural and environmental determinants

associated to the sport participation of these countries. In the Brazilian context, the few studies

carried out were performed with samples poorly representative of young athletes, and the authors

used designs which assessed specific types of sports, such as basketball (Guillén-Garcia et al.,

2005; Rose Júnior et al., 2001), and swimming (Bastos et al., 2008), not considering young judo

athletes.

Judo is a martial art and an Olympic sport, comprising standing and ground wrestling, in

which besides technical skill and tactical strategies, specific physical and physiological

characteristics are also indispensable for success in competition and for training. Competitive

judo can be described as a combative, high intensity sport in which the athlete attempts to throw

the opponent onto his back or to control him during groundwork combat (Franchini et al., 2011).

In Brazil, judo was initiated with the immigration of the first Japanese teachers in the beginning

of the 20th Century, it was developed after teachings in the traditional model of judo. Today, judo

is one of the most practiced sports by young Brazilians and the country has great expression

Page 46: MARCELO SEIJI MISSAKA USO DAS TECNOLOGIAS DE …

44

worldwide, evidenced by the results obtained in international competitions.

The objective of the present study was to identify the motives for sport participation in a

sample of young Brazilian judoists according to sex, age, and training history. It was

hypothesized that sex, age and indicators of training (onset of training, training experience,

training volume, and performance level) have a significant effect on the motives for sport

participation. It was also expected that, independently of sex and age, young judoists with a more

effective training history would be more intrinsically motivated toward sports than their peers.

Methods

Participants

The reference population of the study included young athletes of both sexes ranging in

age from 12 to 18 years, who had participated in the final phase of the competitions organized by

the Judo Federation of Paraná, Brazil, in 2013. The State of Paraná is located in the south region

of Brazil. Using the Human Development Index (HDI) as a reference point, Paraná is one of the

most developed state of Brazil. In 2010, the mean HDI of Paraná was .825, which represents

104% of the national average (PNUD, 2010).

Non-probability casual sampling was used for selection of the sample. For this purpose,

all coaches and officials were contacted before the beginning of the competitions and informed

about the nature and objectives of the study and the principle of confidentiality. Next, their

authorization was obtained to contact and invite the athletes and 392 subjects (163 girls and 229

boys) agreed to participate in the study by signing the voluntary informed consent form. This

sample corresponded to about 70% of the participants in the competitions. The study was

approved by the Research Ethics Committee of the State University of Londrina, Paraná

(Protocol 86/2009).

Procedure

The motives for sport participation were obtained by application of the Participation

Motivation Questionnaire (PMQ), which was translated, adapted and validated for the young

Brazilian population (Guedes and Silverio Netto, 2013). Additional questions regarding sex, age,

and training history (age at onset of training, training experience, training volume per week, and

Page 47: MARCELO SEIJI MISSAKA USO DAS TECNOLOGIAS DE …

45

performance level) were included. The original English version of the PMQ (Gill et al., 1983) has

been one of the most frequently used and has permitted a fairly balanced comparison between

studies (Buonamano et al., 1995; Garyfallos and Asterios, 2011; Guillén-Gracia et al., 2005;

Gürbuz et al., 2007; Kirkby et al., 1999; Koivula, 1999; Salselas et al., 2007; Shang, 1997; Sirard

et al., 2006; Sit and Lindner, 2005; Thiborg, 2005; Zahariadis and Biddle, 2000).

The PMQ is a 30-item questionnaire describing the possible reasons for sport

participation. Each item was answered on a 5-point Likert scale. Respondents replied to the stem:

“I participate in sport because ... “, indicating their preference from 1 (“not at all important”) to

5 (“extremely important”). The results of factor analysis of the Portuguese version of the PMQ

indicated eight factors: Achievement/Status, Teamwork, Fitness, Competition, Skill Development,

Friendship, Fun, and Emotion reasons as basic motives for participation.

The instrument was applied individually to each athlete and by the same researcher.

Application of the instrument in situations of pre- or post-competition stress was avoided. Thus,

the questionnaire was applied when the athletes were not in the environment of the competition,

or when they were only watching the competitions. The participants received the questionnaire

with instructions and recommendations on how to fill it out. No time limit was established for

completing the questionnaire. Eventual doubts reported by the respondents were readily clarified

by the researcher who accompanied the data collection.

Data analysis

Initially a confirmatory factor analysis was conducted with the maximum likelihood

estimation method, to see if the factor structure found by Guedes and Silverio Neto (2013) fit the

data. The fit of the model was evaluated by means of the following indices (goodness-of-fit

indices): χ2 goodness of fit statistic, χ2/df, Comparative Fit Index (CFI), Incremental Fit Index

(IFI), Tucker-Lewis Index (TLI), Root Mean Square Error of Approximation (RMSEA), and

Standardized Root Mean Square Residual (SRMR). Cronbach’s alpha coefficient was used to

assess the internal consistency reliability of each factor.

Next, in order to select the most appropriate statistics for correlating intensive and

selective aspects of sport participation motivation, goodness-of-fit tests (Kolmogorov-Smirnov

statistic with a Lilliefors significance level) were used to determine whether the difference

between the empirical distribution function of the variables and the distribution function expected

Page 48: MARCELO SEIJI MISSAKA USO DAS TECNOLOGIAS DE …

46

under the hypothesis of normality was statistically significant. The data showed a normal

distribution and parametric tests were therefore applied. The basic descriptive parameters (mean

and standard deviation) were used to determine the importance of the sport participation motives.

Average ratings of the motives for sport participation were compared by multivariate

(MANOVA) and univariate (ANOVA) analysis of variance, in which the motivational factors

were the dependent variables and sex, age, age at onset of training, training experience, training

volume per week, and performance level were the independent variables. Multiple comparisons

by the post-hoc Scheffé test were also performed. The various analyses were carried out with the

SPSS Version 20.0.

Results

The distribution of the young judo athletes included in the study according to sex, age and

training history is shown in Table 1. Among the 392 athletes studied, 42% were girls.

Considering both sexes, similar proportion of subjects was observed in the three age groups

considered. However, a higher proportion of girls (42.9%) was ≤ 14 years, while a higher

proportion of boys (67.7%) was ≥ 15 years. With respect to training history, a higher proportion

of girls (35.6%) and boys (41.0%) began training at ≤ 9 years of age. The experience of training

was shorter among girls, with 58.3% reporting ≤ 4 years of training compared to 43.6% of boys.

A training duration ≥ 7 years was observed in 17.8% of girls and in 29.3% of boys. With respect

to training volume, 56.3% of the participants trained 6-8 hours/week and 21.5% trained ≥ 9

hours/week. Most athletes (52.3%) had experience in national competitions. Among the

remaining subjects, 32.4% and 15.3% reported experience in regional and international

competitions, respectively.

The confirmatory factor analysis indicated a fit to the data: χ2(240, N=392) = 782.48, p <

.001; χ2/df = 3.26; CFI = .961; IFI = .962; TLI = .949; RMSEA = .050; and SRMR = .058. All

indices indicated a good fit and similar to previously observed factor structure (Guedes and

Silverio Netto, 2013). Internal consistency reliabilities from the current data were:

Achievement/Status (Cronbach’s α = .86), Teamwork (α = .81), Fitness (α = .79), Emotion (α =

.76), Competition (α = .77), Skill Development (α = .69), Friendship (α = .66), and Fun (α =

.59).

Page 49: MARCELO SEIJI MISSAKA USO DAS TECNOLOGIAS DE …

47

Table 1 – Characteristics of the young judo athletes studied.

Girls (n = 163)

Boys (n = 229)

Both sexes (n = 392)

Age group ≤ 14 years

15-16 years ≥ 17 years

Onset of training ≤ 9 years

10-11 years 12-13 years ≥ 14 years

Training Experience ≤ 2 years 3-4 years 5-6 years ≥ 7 years

Training volume ≤ 5 hours/week 6-8 hours/week ≥ 9 hours/week

Performance level International

National Regional

70 (42.9%) 49 (30.1%) 44 (27.0%)

58 (35.6%) 47 (28.8%) 33 (20.2%) 25 (15.3%)

29 (17.8%) 66 (40.5%) 39 (23.9%) 29 (17.8%)

45 (27.6%) 90 (55.2%) 28 (17.2%)

24 (14.7%) 78 (47.9%) 61 (37.4%)

74 (32.3%) 82 (35.8%) 73 (31.9%)

94 (41.0%) 54 (23.6%) 45 (19.7%) 36 (15.7%)

39 (17.0%) 61 (26.6%) 62 (27.1%) 67 (29.3%)

42 (18.3%) 131 (57.2%) 56 (24.5%)

36 (15.7%) 127 (55.5%) 66 (28.8%)

144 (36.7%) 131 (33.4%) 117 (29.9%)

152 (38.8%) 101 (25.8%) 78 (19.9%) 61 (15.6%)

68 (17.3%) 127 (32.4%) 101 (25.8%) 96 (24.5%)

87 (22.2%) 221 (56.3%) 84 (21.5%)

60 (15.3%) 205 (52.3%) 127 (32.4%)

Table 2 shows the mean ratings of each motivational factor for sport participation

reported by the young judoists. The most important motives were related to Skill Development

(4.18 ± 0.84), Competition (4.16 ± 1.11) and Fitness (4.11 ± 0.91). The least important motives

were related to Fun (3.01 ± 1.12) and Achievement/Status (2.99 ± 1.18). The three other

motivational factors assumed an intermediate position with mean ratings obtained for Friendship

(3.84 ± 1.09), Teamwork (3.79 ± 1.07) and Emotion (3.64 ± 1.12).

Table 2 – Mean ratings of the motivational factors for participation in Brazilian young judo athletes obtained by application of the Participation Motivation Questionnaire.

Motivational factor Mean ± standard deviation

Skill development Competition Fitness

4.18 ± 0.84 a 4.16 ± 1.11 a

4.11 ± 0.91 a

Most important

Friendship Teamwork Emotion

3.84 ± 1.09 b 3.79 ± 1.07 b 3.64 ± 1.12 b

Intermediate importance

Fun Achievement/Status

3.01 ± 1.12 c 2.99 ± 1.18 c

Least important

Mean values followed by the same superscript letters did not differ significantly from one another (p < .01)

Page 50: MARCELO SEIJI MISSAKA USO DAS TECNOLOGIAS DE …

48

Table 3 shows the results of statistical analysis of the motivational factors according to

sex and age. MANOVA indicated main effects of sex (Wilks’ lambda = .952; F = 2.404; p =

.015) and age group (Wilks’ lambda = .879; F = 3.184; p < .001). In this respect, boys reported to

give significantly more importance to sport participation in terms of Competition (F = 5.394; p =

.021) and Skill Development (F = 5.533; p < .017), whereas girls presented significantly higher

ratings for Teamwork (F = 9.819; p = .002) and Friendship (F = 7.715; p < .001). With respect to

age, motivational factors related to Achievement/Status (F = 4.441; p = .012) and Fun (F = 8.276;

p < .001) presented significantly higher mean ratings in younger judoists, whereas mean ratings

of Competition (F = 5.207; p = .006) significantly increased with increasing age. Interestingly,

the most important statistical differences in mean ratings were observed between judoists ≤ 14

years and those ≥ 17 years. No significant differences in mean ratings were observed between

judoists aged 15-16 years and those ≥ 17 years.

The results of statistical analysis shown in Table 4 indicated significant main effect for the

four indicators of training history on the mean ratings of motives for participating in sport

reported by the judoists. Motivational factors related to Fitness (F = 7.605; p < .001),

Competition (F = 9.405; p < .001) and Skill Development (F = 4.224; p = .006) differed

significant between ages at the onset of training. The most important differences in mean ratings

were observed between athletes who began training at ≤ 9 years of age compared to those starting

at ≥ 14 years, with the observation of higher ratings in the former. With respect to experience of

training, the results showed significantly and proportionally higher mean ratings of motivational

factors related to Fitness (F = 7.271; p < .001), Competition (F = 8.048; p < .001), and Skill

Development (F = 8.795; p < .001) as the time of sport experience increased. However, athletes

with ≤ 2 years of training presented higher mean ratings of motivational factors related to

Friendship (F = 4.423; p = .005) and Fun (F = 6.041; p < .001) than those with ≥ 7 years of

training.

Regarding training volume, the mean ratings of motivational factors related to Fitness (F

= 5.602; p = .001), Competition (F = 9.429; p < .001) and Skill Development (F = 9.448; p < .001)

were proportionally and significantly higher in judoists training more hours/week compared to

those with a lower training volume. Analysis of the performance level showed a significant and

proportional increase in mean ratings of motivational factors related to Fitness (F = 5.283; p <

.001), Competition (F = 7.408; p < .001), and Skill Development (F = 6.277; p < .001) with

Page 51: MARCELO SEIJI MISSAKA USO DAS TECNOLOGIAS DE …

49

increasing competitive level from regional to international. The opposite was observed for

motivational factors related to Achievement/Status (F = 7.119; p < .001), Teamwork (F = 4.610; p

= .019), Emotion (F = 4.942; p = .001), Friendship (F = 8.679; p < 0,001), and Fun (F = 3.396; p

= .034). In this case, judoists participating only in regional competitions presented significantly

higher mean ratings than those participating in international competitions.

Page 52: MARCELO SEIJI MISSAKA USO DAS TECNOLOGIAS DE …

50

Table 3 – Multivariate and univariate analysis of motivational factors according to sex and age group.

Achievement/ Status

Teamwork

Fitness

Emotion

Competition

Skill Development

Friendship

Fun

Sex Multivariate analysis: Wilks’ lambda = .952; F(8,383) = 2.404; p = .015 Girls 2.97 ± 1.22 4.02 ± 1.02 4.14 ± 0.84 3.69 ± 1.11 4.05 ± 1,13 4.06 ± 0.88 3.88 ± 1.07 3.06 ± 1.12 Boys 3.06 ± 1.14 3.68 ± 1.09 4.07 ± 0.94 3.62 ± 1.13 4.31 ± 1,01 4.32 ± 0.78 3.55 ± 1.13 3.02 ± 1.11

Univariate analysis F = 2.255 (ns)

F = 9.819 (p = .002)

F = 1.510 (ns)

F = 0.384 (ns)

F = 5.394 (p = .021)

F = 5.533 (p = .017)

F = 7.715 (p = < .001)

F = 0.151 (ns)

Age group Multivariate analysis: Wilks’ lambda = .879; F(16,764) = 3.184; p < .001 ≤ 14 years 3.19 ± 1.21 3.86 ± 1.01 4.12 ± 0.87 3.56 ± 1.17 3.89 ± 1.20 4.22 ± 0.78 3.93 ± 1.20 3.23 ± 1.09

15- 16 years 2.99 ± 1.19 3.80 ± 1.03 4.13 ± 0.84 3.71 ± 1.06 4.25 ± 1.07 4.18 ± 0.83 3.84 ± 0.99 3.07 ± 1.07 ≥ 17 years 2.75 ± 1.17 3.75 ± 1.11 3.99 ± 1.03 3.69 ± 1.13 4.31 ± 1.03 4.14 ± 0.91 3.88 ± 1.10 2.68 ± 1.11

Univariate analysis F = 4.441 (p = .012)

F = 1.178 (ns)

F = 2.903 (ns)

F = 1.757 (ns)

F = 5.207 (p = .006)

F = 0.330 (ns)

F = 1.229 (ns)

F = 8.276 (p < .001)

Analysis adjusting for sex and age group.

Page 53: MARCELO SEIJI MISSAKA USO DAS TECNOLOGIAS DE …

51

Table 4 – Multivariate and univariate analysis of motivational factors according to training history.

Achievement/ Status

Teamwork

Fitness

Emotion

Competition

Skill Development

Friendship

Fun

Onset of training Multivariate analysis: Wilks’ lambda = .913; F(24,1106) = 1.867; p = 0.010 ≤ 9 years 3.13 ± 1.18 4.02 ± 0.95 4.31 ± 0.92 3.66 ± 1.19 4.41 ± 1.20 4.30 ± 0.67 3.91 ± 1.19 2.93 ± 1.23

10-11 years 3.04 ± 1.26 3.82 ± 1.11 4.17 ± 0.79 3.73 ± 1.03 4.30 ± 0.96 4.26 ± 0.81 3.99 ± 1.09 3.19 ± 1.01 12-13 years 2.87 ± 1.12 3.65 ± 1.07 3.94 ± 0.83 3.53 ± 1.07 4.12 ± 1.04 4.14 ± 0.98 3.81 ± 1.05 2.99 ± 0.99 ≥ 14 years 2.82 ± 1.18 3.77 ± 1.14 3.74 ± 1.10 3.58 ± 1.15 3.87 ± 1.15 3.90 ± 0.91 3.82 ± 1.03 2.91 ± 1.15

Univariate analysis F = 2.071 (ns)

F = 1.833 (ns)

F = 7.605 (p < .001)

F = .528 (ns)

F = 9.405 (p = < .001)

F = 4.224 (p = .006)

F = .542 (ns)

F = 1.372 (ns)

Training experience Multivariate analysis: Wilks’ lambda = .880; F(24,1106) = 2.071; p = .002 ≤ 2 years 3.12 ± 1.16 3.84 ± 1.01 3.83 ± 0.81 3.58 ± 1.11 3.89 ± 1.16 3.98 ± 0.87 4.13 ± 0.98 3.21 ± 1.06 3-4 years 2.98 ± 1.23 3.86 ± 1.09 3.96 ± 1.02 3.60 ± 1.21 4.05 ± 1.15 4.08 ± 0.86 4.06 ± 1.07 3.10 ± 1.06 5-6 years 3.17 ± 1.17 3.90 ± 1.10 4.23 ± 0.75 3.62 ± 1.08 4.21 ± 1.10 4.25 ± 0.77 3.81 ± 1.25 3.07 ± 1.15 ≥ 7 years 3.23 ± 1.21 3.66 ± 1.03 4.39 ± 1.00 3.76 ± 1.08 4.37 ± 1.05 4.43 ± 0.82 3.60 ± 1.04 2.60 ± 1.12

Univariate analysis F = 2.045 (ns)

F = 1.724 (ns)

F = 7.271 (p < .001)

F = 1.022 (ns)

F = 8.048 (p < .001)

F = 8.795 (p < .001)

F = 4.423 (p = .005)

F = 6.041 (p < .001)

Training volume Multivariate analysis: Wilks’ lambda = .889; F(16,764) = 1.912; p = .015 ≤ 5 hours/week 3.15 ± 1.18 3.87 ± 1.09 3.91 ± 0.94 3.64 ± 1.04 3.69 ± 1.09 3.83 ± 0.89 3.83 ± 1.15 2.86 ± 1.21 6-8 hours/week 3.08 ± 1.19 3.75 ± 1.05 4.05 ± 0.91 3.60 ± 1.14 3.92 ± 1.06 4.18 ± 0.81 3.85 ± 1.06 3.02 ± 1.08 ≥ 9 hours/week 3.29 ± 1.22 3.92 ± 1.17 4.21 ± 0.72 3.71 ± 1.20 4.65 ± 0.72 4.86 ± 0.73 4.03 ± 1.27 3.13 ± 1.15

Univariate analysis F = 2.131 (ns)

F = 1.175 (ns)

F = 5.602 (p = .001)

F = 1.959 (ns)

F = 9.429 (p < .001)

F = 9.448 (p < .001)

F = 1.308 (ns)

F = 2.322 (ns)

Performance level Multivariate analysis: Wilks’ lambda = .861; F(16,764) = 8.430; p < .001 International 2.77 ± 1.20 3.67 ± 0.99 4.23 ± 0.84 3.32 ± 1.12 4.39 ± 1.13 4.53 ± 0.64 3.63 ± 1.09 2.90 ± 1.20

National 2.96 ± 1.18 3.74 ± 1.09 4.08 ± 0.94 3.58 ± 1.09 4.15 ± 1.09 4.18 ± 0.85 3.84 ± 1.10 2.87 ± 1.11 Regional 3.22 ± 1.24 4.04 ± 1.05 3.85 ± 1.15 3.81 ± 1.12 3.72 ± 1.20 3.98 ± 0.84 4.17 ± 1.13 3.17 ± 1.15

Univariate analysis F = 7.119 (p < .001)

F = 4.610 (p = .019)

F = 5.283 (p < .001)

F = 4.942 (p = .001)

F = 7.408 (p < .001)

F = 6.277 (p < .001)

F = 8.679 (p < .001)

F = 3.396 (p = .034)

Analysis adjusting for sex and age group.

Page 54: MARCELO SEIJI MISSAKA USO DAS TECNOLOGIAS DE …

52

Discussion

The objective of this study was to identify the motives for sport participation in a sample

of young Brazilian judo athletes according to sex, age, and training history. This approach

permits better understanding of the motivations of young judoists and provides relevant

information that contributes to promote sports among young people. Motivational factors were

identified by application of the PMQ as previously translated to Portuguese and validated for the

Brazilian population. The PMQ, through its translated versions adapted to different languages, is

probably the most widely used instrument for the analysis of motives that lead young people to

participate in sport (Buonamano, et al., 1995; Garyfallos & Asterios, 2011; Guillén-Gracia, et al.,

2005; Gürbuz, et al., 2007; Kirkby, et al., 1999; Koivula, 1999; Salselas, et al., 2007; Shang,

1997; Sirard, et al., 2006; Sit & Lindner, 2005; Thiborg, 2005; Zahariadis & Biddle, 2000).

The eight-factor structure of the PMQ translated and adapted to Portuguese by Guedes

and Silverio Netto (2013) is similar to that of the original version proposed by Gill et al. (1983)

and of most studies published that used the same experimental design. Internal consistencies of

motivational factors determined by Cronbach’s alpha coefficient were generally acceptable in the

current sample and higher than those of the original version. In addition, the difference between

highest (.86) and lowest scores (.59) was smaller than that obtained for the original version of the

PMQ (.78 and .30, respectively), suggesting a greater balance between motivational factors in the

translated version. These findings might be explained by differences in the size of the rating

scales used for the two versions of the PMQ and in the characteristics of the sample selected in

each study. A 3-point scale was used in the original version, whereas a 5-point scale that provides

greater discriminatory power was employed in the present study. In addition, the original PMQ

was applied to young people engaged in summer leisure programs (Iowa Summer Sports School),

whereas the young athletes studied here were competing at a higher level while participating in

the final phase of the competitions organized by the Judo Federation of Parana, the main state

competitions for judoists under the age of 18. As a consequence, the context of the two studies

may have tapped differences in sport interests.

The present results showed that Skill Development, Competition and Fitness were

generally the main motivational factors for sport participation reported by the young judoists, i.e.

the respondents indicated that they practice sport mainly to improve and maintain their technical

skills and physical condition. Although the subjects were young athletes, these findings are not

Page 55: MARCELO SEIJI MISSAKA USO DAS TECNOLOGIAS DE …

53

surprising since young people who decide to practice sport favor motives that are intimately

related to the success of their activity. Similar results have been reported in studies involving

young people from different sociocultural backgrounds (Cecchini et al., 2002; Sirard et al., 2006;

Weinberg et al., 2000).

On the other hand, motivational factors related to Fun and Achievement/Status contributed

the least to the option of sport participation by the judoists. According to the literature,

Achievement/Status is indeed considered to be of little importance by young athletes for the

decision to participate in sport (Alderman and Wood, 1976; Williams and Cox, 2003). However,

no consensus exists in the literature regarding motives related to Fun. In fact, some studies

reported this motive to be one of the most important for youth participation in sport (Campbell et

al., 2001; Weinberg et al., 2000), whereas others were unable to confirm this finding (Cecchini et

al., 2002; Sirard et al., 2006). One possible explanation for this discrepancy might be the

semantic meaning attributed to the expression “fun”. For some young people, amusement and

entertainment may not be understood as something to be enjoyed, but rather as playing, and are

therefore rejected since, for them, sport is something very serious, a fact explaining the

inconsistency of the results reported in the different studies.

Motivational factors related to Friendship, Teamwork and Emotion, which are

predominantly intrinsic factors, were of moderate importance for the decision of young athletes

to participate in judo and significantly less important than the classical extrinsic motivational

factors, Fitness, Competition and Skill Development. These are interesting findings that should be

investigated in future studies designed to propose theoretical assumptions that assign more

importance to attributes linked to the intrinsic motivation of young people when they decide to

practice sports (Gill and Williams, 2008).

Analysis of the motives for sport participation according to sex showed that boys gave

significantly more importance to the motivational factors Competition and Skill Development

than girls, whereas girls gave more importance to motives related to Teamwork and Friendship.

Evidence in the literature confirms the tendency of girls to more intensely identify themselves

with social and group motives for sport participation, whereas boys tend to give importance to

attributes related to challenge and striving for technical excellence (Cecchini et al., 2002; Sirard

et al., 2006; Weinberg et al., 2000).

Page 56: MARCELO SEIJI MISSAKA USO DAS TECNOLOGIAS DE …

54

With respect to age, although the mean ratings of the motives Achievement/Status and Fun

were the lowest when compared to the other factors identified in the study, younger judoists gave

significantly more importance to these two factors than judoists ≥ 17 years. This finding confirms

the typical predisposition of younger people to the appreciation of the ludic component of sport

while establishing expectations of being recognized within the social context through their sport

participation (Gill and Williams, 2008). Older athletes were found to be significantly more

motivated by factor related to Competition than those ≤ 14 years. Similar results have been

reported in previous studies (Cecchini et al., 2002; Hellandsig 1998; Nigg, 2003) and can be

explained by the fact that athletes ≥ 17 years attribute a more competitive meaning to sport and

that sport offers an opportunity to prove their personal competency.

Indicators of training history reported by the judoists also had repercussions on the level

of motivation for sport participation. Judoists who began training at an early age and had a longer

duration of training tended to give significantly more importance to motives related to Fitness,

Competition and Skill Development. In contrast, athletes who had a shorter period of training

gave significantly more importance to the motivational factors Friendship and Fun. These results

are consistent with theoretical (Gill and Williams, 2008) and empirical evidence (Petherick and

Weigand, 2002) reported in the literature and support the hypothesis that beginners are typically

more motivated by reasons related to fellowship and playfulness, whereas more experienced

athletes preferentially search for challenges and strive for excellence in terms of technical skills

and physical conditioning.

Training volume, evaluated based on the hours of training per week, was also an

important attribute related to training history and had a significant impact on the motives for

sport participation reported by the athletes. In this respect, the more the athletes trained per week,

the greater the importance attributed to motivational factors related to Fitness, Competition and

Skill Development. These results agree with those reported in the few studies on this topic

(Cecchini et al., 2002; Weinberg et al., 2000). However, the cross-sectional design of these

studies and of the present investigation does not permit to determine whether the motivation to

search for challenges and strive for excellence in terms of technical skills and physical

conditioning is responsible for or is a consequence of the higher training volume, highlighting the

possible reversibility of this relationship.

Page 57: MARCELO SEIJI MISSAKA USO DAS TECNOLOGIAS DE …

55

Performance level was the factor that most revealed significant differences in the level of

motivation of young judo athletes to participate in sport. Judoists who so far had only participated

in regional competitions gave significantly more importance to the factors Achievement/Status,

Teamwork, Emotion, Friendship, and Fun. On the other hand, Fitness, Competition and Skill

Development were significantly more valued by athletes who had already participated in

international competitions. These findings agree with previous studies highlighting the concern

and attention that need to be paid to social and emotional motives in early stages of the sport

career of young athletes (Gill and Williams, 2008). However, as the stages of sport performance

progress from national to international competitions, the greater requirements make motives

associated with challenge and physical and technical competence more attractive to high-

performance young athletes.

The results of the present study should be interpreted in view of some limitations. Firstly,

the ability to generalize the current findings is limited by the fact that only young judo athletes

participating in the final phase of the competitions organized by the Judo Federation of Paraná of

the Parana, the main state competitions for judoists under the age of 18, were sampled. Thus, it is

not known to what extent our findings represent other universes of young judoists. Secondly, this

was a cross-sectional study, therefore not suitable to establish inferences of causality between

motives and aspects of judo practice. However, the current findings can be used to call attention

to the possible motivational factors for participation in judo among young Brazilian athletes.

Furthermore, as in any study that relies on self-report, there are questions of possible bias,

including the possibility of the young athletes overestimating or underestimating specific

behaviors associated with participation in sports.

Conclusion

The young judoists selected for this study were motivated to participate in sport

particularly for reasons related to self-realization and dominance or improvement of sport skills,

as well as physiological reasons related to physical conditioning, since the motivational factors

Skill Development, Competition and Fitness received the highest ratings. In addition, important

effects of sex, age and training history on the motivational factors for sport participation were

identified. These findings highlight the importance of sport participation motives related to the

dominance and improvement of sport skills, execution of physical exercise, and maintenance of

Page 58: MARCELO SEIJI MISSAKA USO DAS TECNOLOGIAS DE …

56

good physical conditions. Thus, according to the Self-determination theory, they are behaviors of

regulations less self-determined associated to extrinsic motivation that are related to the activity

itself, instead of the enjoyment that the activity can provide, i.e., more intrinsically motivated

toward the sports. Within this context, interventions addressing these motivational requirements

should be offered in order to improve the social-emotional quality of routine trainings and,

consequently, to increase the chance of present and future adherence to sport. Further

longitudinal studies using similar experimental designs are needed to better understand the

impact of the interaction between sex, age and training history on the motivational factors for

sport participation during specific periods of the career of young athletes and in adult life.

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ANEXOS

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Anexo A – Certificado de validação técnica – Federação Paranaense de Judô (FPJ)

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Anexo B – Registro de direitos autorais

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Anexo C – Conteúdos da CBJ

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66 CAPÍTULO IV – CONDIÇÕES PARA EXAME DE FAIXAS E GRAUS Art. 4º - É condição básica e fundamental ao judoísta, para ter acesso ao exame de qualquer faixa ou grau, atender as condições abaixo: I – Ter comprovada idoneidade moral - apresentar bom relacionamento interpessoal; respeitar os princípios éticos e moral do judô; II – Demonstrar conhecimento teórico e prático sobre o Judô, pertinentes ao conteúdo da graduação da qual é portador. CAPÍTULO V – PROGRAMA PARA EXAME DAS DIFERENTES FAIXAS E GRAUS Art. 5º - No exame de faixas e graus, serão avaliados conhecimentos teóricos e práticos sobreJudô, conforme programa abaixo: (segue a orientação mínima, podendo o professor exigir mais conhecimento dos seus alunos). I - FAIXA BRANCA / CINZA - 11º KYÛ a) Idade mínima - 04 anos. b) Carência - mínimo de 03 meses como Faixa Branca. c) Demonstrar saudação em pé (Ritsurei). d) Demonstrar amortecimento de quedas (Ukemi) para trás (Ushiroukemi) e lateral (Yokoukemi) executado na posição deitado. e) Demonstrar uma técnica de projeção (Naguewaza) - integrante do 1º Kyô. f) Demonstrar uma técnica de imobilização (Ossaewaza). g) Vocabulário - Sensei (professor). II – FAIXA CINZA - 10º KYÛ a) Idade mínima - 05 anos. b) Carência - mínimo de 03 meses como Faixa Branca / Cinza. c) Demonstrar saudação ajoelhado (Zarei). d) Demonstrar amortecimento de quedas (Ukemi) lateral (Yokoukemi) executar a partir da posição agachada, em pé e para frente com rolamento (Maemawariukemi). e) Demonstrar duas técnicas de projeção (Naguewaza) - integrante do 1º Kyô. f) Demonstrar duas técnicas de imobilização (Ossaewaza). g) Vocabulário - contar até 10 em japonês (iti, ni, san, shi, go, roku, shiti, hati, kyû, jû) – peças que compõem local de treinamento ou competição (Tatami), uniforme do praticante de judô (judogui). h) Histórico – nome do criador do Judô (Jigoro Kano), Em que país (Japão).

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67 III – FAIXA CINZA / AZUL – 9º KYÛ a) Idade mínima - 06 anos. b) Carência – mínimo de 06 meses como Faixa Cinza. c) Demonstrar formas de pegar no judogui (Kumikata) d) Demonstrar os três tipos de amortecimento de queda (Ukemi) em movimento. e) Demonstrar três técnicas de projeção (Naguewaza) – integrantes do 1º Kyô. f) Demonstrar três técnicas de imobilização (Ossaewaza). g) Vocabulário: - parar (Mate), começar (Hajime), terminou (Soremade), não se mova (Sonomama) e atenção ou posição de sentido (Kiotsuke). h) Histórico: - nome da primeira escola de Judô (Kodokan). IV – FAIXA AZUL – 8º KYÛ a) Idade mínima - 07 anos. b) Carência - mínima de 06 meses como Faixa Cinza / Azul. c) Demonstrar formas de desequilíbrio (Kusushi). d) Demonstrar uma seqüências de golpes (Renrakuwaza). e) Demonstrar quatro técnicas de projeção (Naguewaza) – integrantes do 1º Kyô. f) Demonstrar três técnicas de imobilização (Ossaewaza). g) Demonstrar duas viradas, quando o Uke em decúbito ventral. h) Vocabulário: - nome do uniforme de Judô (Judogui), calça (Shitabaki), casaco (Uwagui), faixa (Obi), chinelo (Surippa), i) Amarrar corretamente a faixa. j) Histórico: - a data da fundação do Kodokan, - maio de 1882, - a arte que deu origem ao Judô, o Jujutsu (arte da maleabilidade espiritual). k) Princípio do Judô – quem teme perder já está vencido. V – FAIXA AZUL / AMARELA – 7º KYÛ a) Idade mínima – 08 anos. b) Carência – mínimo de 06 meses como Faixa Azul. c) Saber a ordem das faixas no Judô: 1 – Kyûs (graus inferiores) – Básicos (Branca, Branca/Cinza, Cinza, Cinza/Azul, Azul, Azul/Amarela, Amarela, Amarela/Laranja), - Intermediários (Laranja, Verde, Roxa e Marrom). 2 – Yûdansha (Faixas Pretas do 1º ao 5º grau). 3 – Kodansha (Faixas Vermelha e Branca do 6º ao 8º graus e Faixas Vermelha do 9º ao 10º grau). d) Demonstrar duas seqüências de golpes (Renrakuwaza). e) Demonstrar um contra golpe (Kaeshiwaza). f) Demonstrar cinco técnicas de projeção (Naguewaza) – integrante do 1º Kyô. g) Demonstrar quatro técnicas de imobilização (Ossaewaza). h) Demonstrar duas viradas, quando o Uke em decúbito ventral. i) Vocabulário: - treinamento de entrada das técnicas (Utikomi), treino livre (Randori), competição (Shiai), academia (Dôjô) e local de competição (Shiaijô).

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68 j) Histórico: 1 - Nascimento do Prof. Jigoro Kano –28 de outubro de 1860, província de Hiyogo, no Japão. 2 - Demonstrar os tipos de postura (Shissei): - Postura natural (Shizen-hontai). - Postura natural à direita (Miguishizentai). - Postura natural à esquerda (Hidarishizentai). - Postura defensiva (Jigohontai). - Postura defensiva à direita (Miguijigotai). - Postura defensiva à esquerda (Hidarijigotai). k) Princípio do Judô: - conhecer-se e dominar-se, dominar-se é triunfar. VI – FAIXA AMARELA – 6º KYÛ a) Idade mínima - 09 anos. b) Carência – mínimo de 06 meses como Faixa Azul/Amarela. c) Demonstrar três Seqüências de golpes (Renrakuwaza). d) Demonstrar dois contra golpes (Kaeshiwaza). Excluído: e) Demonstrar seis técnicas de projeção (Naguewaza) – integrantes do 1º Kyô. f) Demonstrar cinco técnicas de imobilização (Ossaewaza). g) Demonstrar três viradas, quando o uke em decúbito ventral. h) Vocabulário: - judoista ativo (Tori), judoista passivo (Uke). i) Histórico: - a morte do Prof. Jigoro Kano, 04 de maio de 1938, a bordo de um navio que o transportava de volta para Japão, da cidade de Cairo, Egito, onde participou da Assembléia Geral do Comitê Olímpico Internacional. j) Demonstrar dois tipos de deslocamento (Shintai) sobre o Tatami - passadas naturais em todasas direções (Ayumiashi) e passadas sucessivas (Tsuguiashi). k) Princípio do Judô: - O judoista não se aperfeiçoa para lutar, luta para se aperfeiçoar. l) Executar defesa (Fussegui) com as pernas em (Katamewaza). VII – FAIXA AMARELA/LARANJA – 5º KYÛ a) Idade mínima - 10 anos. b) Carência – mínimo de 01 ano como Faixa Amarela. c) Demonstrar quatro seqüências de golpes (Renrakuwaza). d) Demonstrar três contra golpes (Kaeshiwaza). e) Demonstrar todas as técnicas de projeção (Naguewaza) – integrantes do 1º Kyô. f) Demonstrar seis técnicas de imobilização (Ossaewaza). g) Demonstrar quatro viradas, quando o Uke em decúbito ventral. h) Vocabulário: - significado da palavra Judô – caminho da suavidade, sendo que a palavra Ju –significa suavidade, não resistência e Dô - significa meio, caminho, doutrina. i) Histórico: - realização do 1º Campeonato Brasileiro de Judô -1954. j) Demonstrar formas de movimentos rotatórios do corpo (esquiva) (Taissabaki). k) Princípios que resumem o que é o Judô: - (Seiryokuzenyô), melhor uso da energia vital,(Jitakyôei), amizade e prosperidade mútua. l) Demonstrar defesas (Fussegui) de técnicas em pé (Tatiwaza).

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69 VIII – FAIXA LARANJA – 4º KYÛ a) Idade mínima - 11 anos. b) Carência – mínimo de 01 ano como Faixa Amarela/Laranja. c) Demonstrar cinco seqüências de golpes (Renrakuwaza). d) Demonstrar quatro contra golpes (Kaeshiwaza). e) Demonstrar todas as técnicas de projeção (Naguewaza) – integrantes do 2º Kyô. f) Demonstrar sete técnicas de imobilização (Ossaewaza). g) Demonstrar cinco viradas, quando o uke em decúbito ventral. h) Vocabulário: Sugestão da Comissão Estadual de Graus: Aluno mais novo, que se matriculou depois (Kohai), Aluno mais velho, que se matriculou antes (Sempai), Mestre (Shiran), Alunos não Graduados - da Faixa Branca até a Faixa Marrom - (Dangai),Graduados - Faixa Preta do 1° Dan ao 5° Da n - (Yudansha), Pós Graduados - Faixa Coral do 6°Dan ao 8° Dan e Faixa Vermelha 9° Dan e 10° Dan - (Kodansha