marinha do brasil · ir para o conteúdo 1 (/content/tradicoes-navais#main-content) ir para o menu...

24
Ministério da Defesa (http://www.defesa.gov.br/) Exército (http://www.eb.mil.br/) Força Aérea (http://www.fab.mil.br /index.php) Fale Conosco (https://www.marinha.mil.br/node/6876) Área de Imprensa (https://www.marinha.mil.br /content/area-de-imprensa) BRAZIL (HTTP://BRASIL.GOV.BR) (http://w Ir para o conteúdo 1 (/content/tradicoes-navais#main-content) Ir para o menu 2 (/content/tradicoes-navais#sidebar-first-menu) Ir para a busca 3 (/content /tradicoes-navais#edit-keys) Ir para o rodapé 4 (/content/tradicoes- navais#footer) ACESSIBILIDADE (/ACESSIBILIDADE) ALTO CONTRASTE MAPA DO SITE (HTTPS://WWW.MARINHA.MIL.BR/CONTENT /MAPA-DO-SITE) (/) Ministério da Defesa Marinha do Brasil PROTEGENDO NOSSAS RIQUEZAS, CUIDANDO DA NOSSA GENTE (/) (https://www.facebook.com /marinhaoficial) (https://twitter.com /marmilbr) (https://www.instagram.com /marinhaoficial/) (https://www.flickr.com /photos/mboficial/albums) (https://www.youtube.com /user/marinhaoficial/videos) Conheça a Amazônia Azul (https://www.marinha.mil.br/content/amazonia-azul-1) Vencedores da OCB 2017 (https://www.marinha.mil.br/content/operacao-cisne-branco-201 Aplicativo da Marinha (https://www.marinha.mil.br/node/1967) INSTITUCIONAL Carreira Militar (https://www.marinha.mil.br /node/6860) Comandante da Marinha (https://www.marinha.mil.br /content /comandante- da-marinha-2) Datas Comemorativas (/content /datas- comemorativas) Distintivo da Marinha (https://www.marinha.mil.br /content Tradições Navais Introdução (/node/8125#1) Semelhanças entre as Marinhas (/node/8125#2) Conhecendo o Navio (/node/8125#2) · (/node/8125#2)Navios e Barcos (/node/8125#3) · O Navio (/node/8125#4) · Características do Navio (/node/8125#5) · A Flâmula de Comando (/node/8125#6) · Posições Relativas a Bordo (/node/8125#7) · Câmara (/node/8125#8) · Camarotes e Afins (/node/8125#9) · Praças e Cobertas (/node/8125#10) · Praça D'Armas (/node/8125#11) Buscar EM DESTAQUE Services Barra GovBr Tradições Navais | Marinha do Brasil https://www.marinha.mil.br/content/tradicoes-navais 1 de 24 30/11/2017 12:54

Upload: trananh

Post on 12-Nov-2018

219 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Ministério da Defesa (http://www.defesa.gov.br/) Exército (http://www.eb.mil.br/) Força Aérea (http://www.fab.mil.br/index.php) Fale Conosco (https://www.marinha.mil.br/node/6876) Área de Imprensa (https://www.marinha.mil.br

/content/area-de-imprensa)

BRAZIL

(HTTP://BRASIL.GOV.BR)

(http://www.vlibras.gov.br/

Ir para o conteúdo 1 (/content/tradicoes-navais#main-content) Ir para o menu 2(/content/tradicoes-navais#sidebar-first-menu) Ir para a busca 3 (/content/tradicoes-navais#edit-keys) Ir para o rodapé 4 (/content/tradicoes-navais#footer)

ACESSIBILIDADE (/ACESSIBILIDADE) ALTOCONTRASTE MAPA DO SITE(HTTPS://WWW.MARINHA.MIL.BR/CONTENT/MAPA-DO-SITE)

(/)

Ministério da Defesa

Marinha do BrasilPROTEGENDO NOSSAS RIQUEZAS, CUIDANDO DA

NOSSA GENTE (/)�(https://www.facebook.com/marinhaoficial)

� (https://twitter.com/marmilbr)

�(https://www.instagram.com/marinhaoficial/)

� (https://www.flickr.com/photos/mboficial/albums)

�(https://www.youtube.com/user/marinhaoficial/videos)

Conheça a Amazônia Azul (https://www.marinha.mil.br/content/amazonia-azul-1)

Vencedores da OCB 2017 (https://www.marinha.mil.br/content/operacao-cisne-branco-2017

Aplicativo da Marinha (https://www.marinha.mil.br/node/1967)

INSTITUCIONAL

Carreira Militar(https://www.marinha.mil.br/node/6860)

Comandanteda Marinha(https://www.marinha.mil.br/content/comandante-da-marinha-2)

DatasComemorativas(/content/datas-comemorativas)

Distintivo daMarinha(https://www.marinha.mil.br/content

Tradições Navais

Introdução (/node/8125#1)

Semelhanças entre as Marinhas (/node/8125#2)

Conhecendo o Navio (/node/8125#2)

· (/node/8125#2)Navios e Barcos (/node/8125#3)

· O Navio (/node/8125#4)

· Características do Navio (/node/8125#5)

· A Flâmula de Comando (/node/8125#6)

· Posições Relativas a Bordo (/node/8125#7)

· Câmara (/node/8125#8)

· Camarotes e Afins (/node/8125#9)

· Praças e Cobertas (/node/8125#10)

· Praça D'Armas (/node/8125#11)

Buscar

EM DESTAQUE

Services Barra GovBr

Tradições Navais | Marinha do Brasil https://www.marinha.mil.br/content/tradicoes-navais

1 de 24 30/11/2017 12:54

/distintivo-da-marinha-2)

Hinos eCanções(https://www.marinha.mil.br/content/musicas-hinos-0)

Missão e Visãode Futuro(https://www.marinha.mil.br/content/missao-e-visao-de-futuro-da-marinha)

NavegaReserva(/content/navega-reserva)

OperaçãoCisne Branco(https://www.marinha.mil.br/content/operacao-cisne-branco-2017)

Patrono(https://www.marinha.mil.br/content/patrono)

Postos eGraduações(https://www.marinha.mil.br/content/postos-e-graduacoes)

Saúde Naval(https://www.marinha.mil.br/saudenaval/)

Sites dasOrganizações(https://www.marinha.mil.br/content/sites-das-organizações)

TradiçõesNavais(/content/tradicoes-navais)

História Naval

· A Tolda a Ré (/node/8125#12)

· Agulha e Bússola (/node/8125#13)

· Corda e Cabo (/node/8125#14)

A Gente de Bordo

· A Gente de Bordo (/node/8125#15)

· A Hierarquia Naval (/node/8125#16)

· A Hierarquia da Marinha Mercante (/node/8125#17)

A Organização de Bordo

· Organização por Quartos e Divisões de Serviço (/node/8125#18)

· O Pessoal de Serviço (/node/8125#19)

· O Sino de Bordo (/node/8125#20)

· As Fainas (/node/8125#21)

· A Presidência das Refeições a Bordo (/node/8125#22)

Cerimonial de Bordo

· Saudar Pavilhão (/node/8125#23)

· Saudar o Comandante (/node/8125#24)

· Saudar o Imediato (/node/8125#25)

· Saudação entre militares (/node/8125#26)

· Saudação com espada (/node/8125#27)

· O Cerimonial à Bandeira (/node/8125#28)

· Bandeira a Meio-Pau (/node/8125#29)

· Saudação de Navios Mercantes e Resposta (/node/8125#30)

· A salva: saudação com canhões (/node/8125#31)

· Os Postos de Continência (/node/8125#32)

· Vivas (/node/8125#33)

· Vivas do Apito (/node/8125#34)

· Cerimonial de Recepção e Despedida (/node/8125#35)

Uniformes e seus acessórios

· Os Uniformes (/node/8125#36)

· Gorro de Fita (/node/8125#37)

· O Apito Marinheiro (/node/8125#38)

· Alamares (/node/8125#39)

· Condecorações e Medalhas (/node/8125#40)

Algumas expressões corriqueiras

· "SAFO" (/node/8125#41)

· "ONÇA" (/node/8125#42)

· "SAFA ONÇA" (/node/8125#43)

· "PEGAR" (/node/8125#44)

Tradições Navais | Marinha do Brasil https://www.marinha.mil.br/content/tradicoes-navais

2 de 24 30/11/2017 12:54

INGRESSO NAMARINHA

CENTRAL DECONTEÚDO

(/content/historia-naval)

Concursos(https://www.marinha.mil.br/ensino/)

Formas deIngresso(https://www.marinha.mil.br/ensino/?q=concurso/formas-ingresso)

Mulher naMarinha(https://www.marinha.mil.br/?q=content/mulher-na-marinha-0)

TV Marinha(/content/tv-marinha)

Rádio Marinha(/content/radio-marinha-1)

Programa deRádio Forçasdo Brasil(https://www.marinha.mil.br/content/forcas-do-brasil)

Aplicativo daMarinha (/node/1967)

Revistas Navais(https://www.marinha.mil.br/content/revistas-navais)

Espaço Infantil(http://www.marinha.mil.br/content/espaco-infantil)

Museus Navais

· "ROSCA FINA", "VOGA LARGA" e "VOGA PICADA" (/node/8125#45)

Introdução

Os homens do mar, há muitos séculos, vêm criando nomes para identificar as

diversas partes dos navios e designar a praxe de suas ações as quais, pela

repetição, tornaram-se costumes. Naturalmente, muitas particularidades e

expressões da tradição naval lembram, às vezes, aspectos da vida doméstica ou de

atividades em terra.

É óbvio que os navios, mesmo sendo pequenas cidades espalhadas por umaenorme área, fazem contato entre si, nos portos ou na imensidão oceânica.Vivendo experiências semelhantes, os marinheiros sempre se ajudam uns aosoutros e trocam conhecimento. Por eles foram criados, e continuam a sê-lo,costumes, usos e linguagem comuns: “tradição do mar”. É fácil entender opoder de aglutinação das tradições marítimas, visualizando-se a vastidão daárea oceânica onde elas se manifestam. Os homens do mar, por arrostaremsempre a mesma vida e mutuamente se ajudarem, constituem,tradicionalmente, uma classe de espírito muito forte. E, como somente emperíodos historicamente curtos se vêem em disputa pelo domínio, geográfico ecronologicamente limitado, do mar, onde partilham alegrias e perigos, afraternidade é a mais digna característica com que pautam o seucomportamento rotineiro.

Nota-se, no homem do mar, um respeito comum à tradição, a qual dá grandezae que o vincula a um extraordinário ânimo patriótico e a uma grande veneraçãodos valores espirituais que o ligam à comunidade nacional onde teve seuberço. Vive, internacionalmente, a percepção que tem da Pátria, perto oudistante. É, como dizia Joaquim Nabuco, “um sentimento unitário, nacional,impessoal”. A lembrança ou a imagem que dela tem o marinheiro não émaculada pelos regionalismos. Sua Pátria é um todo de tradições, que veneracom a mesma força que aprendeu a honrar as que são comuns aos homensdo mar. O respeito à tradição é uma característica que gera patriotismo sadio,fundamentado na valorização dos aspectos comuns ao seu grupo nacional emque a tradição se constitui em elemento comunitário, num poderoso aglutinador.

A linguagem própria é um poderoso instrumento de aglutinação. Quando seserve a bordo, em navio de guerra ou mercante, deve-se procurar segui-la.Com respeito à tradição, aliados a coragem e ao orgulho do que fazem, oshomens do mar provocam a integração da comunidade naval e marítima,favorecendo a conquista de eficiência máxima, tão necessária a seuspropósitos e aspirações.

Assim, as tradições, as cerimônias e os usos marinheiros, juntamente com oscostumes, têm extraordinário poder de amalgamar e incentivar os que vivem domar. Tendem, entretanto, a se tornar atos despidos de significado, quando suaexplicação é perdida no tempo.

A lembrança constante das razões dos atos e a sua explicação ou, quando foro caso, das versões de sua origem, promovem a compreensão, o incentivo e aincorporação da prática marinheira.

Tradições Navais | Marinha do Brasil https://www.marinha.mil.br/content/tradicoes-navais

3 de 24 30/11/2017 12:54

PODER NAVAL

ACESSO ÀINFORMAÇÃO

(https://www.marinha.mil.br/content/museus-navais-1)

Marinha naMídia(https://www.marinha.mil.br/marinha-na-midia)

Silhuetas(https://www.marinha.mil.br/sites/default/files/silhueta_internet.pdf)

FuzileirosNavais(https://www.marinha.mil.br/cgcfn/)

Institucional(https://www.marinha.mil.br/content/institucional)

Acões eProgramas(/content/acoes-e-programas-0)

ParticipaçãoSocial (/content/ouvidoria)

Auditorias(/content/auditorias)

Convênios eTransferências(http://www3.transparencia.gov.br/TransparenciaPublica/jsp/convenios/convenioTexto.jsf?consulta=4&consulta2=0&CodigoOrgao=52131)

Receitas eDespesas(http://www.portaltransparencia.gov.br/despesasdiarias/)

Licitações e

Semelhanças entre as Marinhas

A vida nas marinhas do mundo inteiro é muito semelhante. Todos que abraçam a

carreira do mar pertencem a uma fraterna classe. Há um vasto conjunto comum de

usos, muitos deles ditados pela necessidade de segurança ou exigências naturais do

meio, e outros, ainda, pela grande cordialidade que, entre si, nutrem os homens do

mar, levando- os a uma permanente troca de gentilezas.

Não estamos aqui abordando, nem seria possível fazê-lo, tudo o que há emtradições, usos e costumes navais e marítimos. Só estão em pauta algunsaspectos mais curiosos. Desejamos que sua divulgação atinja, também, aosque não são iniciados em assuntos do mar, principalmente o leitor jovem,dando-lhes um melhor e maior conhecimento da vida do homem do mar.

Conhecendo o Navio

Navios e Barcos

Um navio é uma nave. Conduzir uma nave é navegar, ou seja, a palavra vem do latim

navigare, navis (nave) + agere (dirigir ou conduzir).

“Estar a bordo” é estar por dentro da borda de um navio. “Abordar” é chegar àborda para entrar. O termo é mais usado no sentido de entrar a bordo pelaforça: abordagem. Mas, em realidade, é o ato de chegar a bordo de um navio,para nele entrar. “Pela borda” tem significado oposto. Jogar, lançar pela borda.

Significado natural de barco é o de um navio pequeno (ou um navio é um barcogrande...). Mas a expressão poética de um barco tem maior grandeza: “oComandante e seu velho barco” ou “nosso barco, nossa alma”. Barco vem dolatim “barca”. Quem está a bordo, está dentro de um barco ou navio. Estáembarcado. Entrar a bordo de um barco, é “embarcar”. E dele sair é“desembarcar”. Uma construção que permita o embarque de pessoas oucargas para transporte por mar, é uma embarcação.

Um navio de guerra é uma belonave. A palavra vem do latim navis (nave, navio)e bellum (guerra). Um navio de comércio é um navio mercante. A palavra éderivada do latim mercans (comerciante), do verbo mercari (comerciar).

“Aportar” é chegar a um porto. “Aterrar” é aproximar-se de terra. “Amarar” éafastar-se de terra para o mar. “Fazer-se ao mar” é seguir para o mar, emviagem. “Importar” é fazer entrar pelo porto; “exportar” é fazer sair pelo porto.O conceito aplica-se geralmente à mercadoria. Encostar um navio a um cais é“atracar”; tê-lo seguro a uma bóia é “amarrar, tomar a bóia”; prender o navio aofundo é “fundear”; e fazê-lo com uma âncora é “ancorar” (embora este nãoseja um termo de uso comum na Marinha do Brasil, em razão de,tradicionalmente, se chamar a âncora de “ferro” - o navio fundeia com oferro!). Recolher o peso ou a amarra do fundo é “suspender”; desencostar docais onde esteve atracado é “desatracar”; e largar a bóia onde esteve é“desamarrar ou largar”.

“Arribar” é entrar em um porto que não seja de escala, ou voltar ao ponto departida; é, também, desviar o rumo na direção para onde sopra o vento. Apalavra vem do latim “ad” (para) e “ripa” (margem, costa).

Tradições Navais | Marinha do Brasil https://www.marinha.mil.br/content/tradicoes-navais

4 de 24 30/11/2017 12:54

Contratos(/content/licitacoes-e-contratos)

Servidores(https://www.marinha.mil.br/content/servidores)

InformaçõesClassificadas(https://www.marinha.mil.br/content/informacoes-classificadas)

Serviço deInformação aoCidadão - SIC(https://www.marinha.mil.br/content/servico-de-informacao-ao-cidadao-sic)

PerguntasFrequentes(/content/perguntas-frequentes)

Dados Abertos(/dadoaberto)

GestãoFinanceira(https://www.marinha.mil.br/content/gestao-financeira)

Carta deServiço aoCidadão(https://www.marinha.mil.br/content/carta-de-serviços-ao-cidadão)

RelatórioEstatístico(http://www.acessoainformacao.gov.br/sistema/site/relatorios_estatisticos.html)

Telefones eEndereços(https://www.marinha.mil.br/sites/default/files/relatoriotefonesparainternet_2017_09_11.pdf)

O Navio

O navio tem sua vida marcada por fases. O primeiro evento dessa vida é o

“batimento da quilha”, uma cerimônia no estaleiro, na qual a primeira peça estrutural

que integrará o navio é posicionada no local da construção. “Estaleiro” é o

estabelecimento industrial onde são construídos os navios. Como os navios antigos

eram feitos de madeira, o local de construção ficava cheio de estilhas, lascas de

madeira, estilhaços ou, em castelhano, astillas. Os espanhóis, então, denominaram

os estabelecimentos de astileros, que, em português derivou para estaleiros.

Quando o navio está com o casco pronto, na carreira do estaleiro, ele é“lançado ao mar” em cerimônia chamada lançamento. Nesta ocasião ébatizado por sua “madrinha” e recebe o nome oficial. O lançamentoantigamente era feito de proa; mas os portugueses introduziram o hábito delançá-lo de popa, existindo também carreiras onde o lançamento é feito delado, de través; e hoje, devido ao gigantismo dos navios, muitos deles sãoconstruídos dentro de diques, que se abrem no momento de fazê-los flutuar.

Os navios de guerra, geralmente, são construídos em Arsenais. “Arsenal” éuma palavra de origem árabe. Vem da expressão ars sina e significa o localonde são guardados petrechos de guerra ou onde os navios atracam pararecebê-los. A expressão ars sina deu origem ao termo arsenal, em português,e ao termo darsena que, em espanhol, quer dizer doca. Construído e pronto, onavio é, então, incorporado a uma esquadra, força naval, companhia denavegação ou a quem vá ser responsável pelo seu funcionamento. A cerimôniacorrespondente é a “incorporação”, da qual faz parte a “mostra dearmamento”. Armamento nada tem a ver com armas e sim com armação. Essamostra, feita pelos construtores e recebedores, consiste em uma inspeção donavio para ver se está tudo em ordem, de acordo com a encomenda. Naocasião, é lavrado um termo, onde se faz constar a entrega, a incorporação etudo o que há a bordo. A vida do navio passa, então, a ser registrada em umlivro: o “Livro do Navio”, que somente será fechado quando ele fordesincorporado.

A armação (ou armamento) corresponde à expressão armar um navio,provê-lo do necessário à sua utilização; e quem o faz é o armador. Em temposidos, armar tinha a ver com a armação dos mastros e vergas, com suasvestiduras, ou seja, os cabos fixos de sustentação e os cabos de laborar dosmastros, das vergas e do velame (velas). Podia-se armar um navio em galera,em barca, em brigue... A inspeção era rigorosa, garantindo, assim, o uso, comsegurança, da mastreação.

Um dos mais conhecidos armadores do mundo foi o provedor de navios,proprietário e mesmo navegador Américo Vespucci. Tão importante é aarmação de navios e o comércio marítimo das nações, que a influência deAmérico Vespucci foi maior que a do próprio descobridor do novo continente eque passou a ser conhecido como América, em vez de Colúmbia, como seriade maior justiça ao navegador Cristovão Colombo. Assim, Américo, comoarmador, teve maior influência para denominar o continente, com o qual seestabelecera o novo comércio marítimo, do que Colombo.

Terminada a vida de um navio, ele é desincorporado por “baixa”, da esquadra,da força naval, da companhia de navegação a que pertencia, ou do serviço queprestava. Há, então, uma cerimônia de “desincorporação”, com “mostra dedesarmamento”. Diz-se que o navio foi “desarmado”. As companhias denavegação conservam os livros, registros históricos de seus navios. NaMarinha do Brasil (MB), os livros são arquivados na Diretoria de PatrimônioHistórico e Documentação da Marinha (DPHDM) e servem de fonte de

Tradições Navais | Marinha do Brasil https://www.marinha.mil.br/content/tradicoes-navais

5 de 24 30/11/2017 12:54

informações a historiadores e outros fins.

Características do Navio

Quem entrar a bordo verá que o navio, além do nome, tem uma série de documentos

e dimensões que o caracterizam. O nome é gravado usualmente na proa, em ambos

os bordos, local chamado de “bochecha”, e na popa. Nos navios de guerra,

usualmente, é gravado só na popa. Os navios mercantes levam, também, na popa,

sob o nome, a denominação do porto de registro. Os documentos característicos do

navio mercante são, entre outros, seu registro (Provisão do Registro fornecida pelo

Tribunal Marítimo); apólice de seguro obrigatório; diário de navegação; certificado de

arqueação; cartão de tripulação de segurança; termos de vistoria (anual e de

renovação ou certificado de segurança da navegação); certificado de segurança de

equipamento; certificado de borda livre; certificado de compensação de agulhas e

curva de desvio; certificado de calibração de radiogoniômetro com tabela de

correção; certificado de segurança rádio; e certificado de segurança de construção.

A cor é muito importante. Antigamente, os navios eram pintados na cor preta. Ocostume vinha dos fenícios, que tinham facilidade em conseguir betume, e comele pintavam os costados de seus navios. A pintura era usada, às vezes, comfaixas brancas, nas linhas de bordada dos canhões. Somente no fim do séculoXIX, os navios de guerra abandonaram o preto pelo cinza ou azul acinzentado,cores que procuravam confundir-se com o horizonte ou com o mar das zonasem que navegavam. Entretanto, muitos navios mercantes continuam até osdias de hoje a usar, no costado, a cor preta, principalmente por questão deeconomia. Era comum, também, navios de guerra pintados por dentro, junto àborda, com a cor vermelha, a fim de que não causasse muita impressão aquantidade de sangue derramada durante o combate, confundida, assim, comas anteparas.

Normalmente, as cores da chaminé, nos navios mercantes, possuem acaracterização da companhia de navegação a que pertencem. Nasembarcações salva-vidas e nas bóias salva-vidas, predomina a preocupaçãocom a visibilidade. Essas embarcações são pintadas, normalmente, de laranjaou amarelo, de modo a serem facilmente vistas. Por esse mesmo motivo, bemcomo por convenção internacional, para caracterizar a utilização pacífica enão de guerra dos navios (cor cinza), na Antártica é utilizado o vermelho,inclusive nos costados dos navios por seu contraste com o branco do gelo.

A bandeira, na popa, identifica a nacionalidade do navio, país que sobre eletem soberania. Entretanto, há uma bandeira, na proa, chamada “jeque” (doinglês jack) que identifica, dentro de cada nação soberana, quem tem aresponsabilidade sobre o navio. Na nossa Marinha, o jeque é uma bandeiracom vinte e uma estrelas - “a bandeira do cruzeiro”. Os navios mercantesusam no jeque a bandeira da companhia a que pertencem; porém, alguns usama bandeiraidentificadora de sua companhia na mastreação.

A Flâmula de Comando

No topo do mastro dos navios da Marinha do Brasil existe uma flâmula com 21estrelas. Ela indica que o navio é comandado por um Oficial de Marinha. Sealguma autoridade a quem o Comandante esteja subordinado, organicamente

Tradições Navais | Marinha do Brasil https://www.marinha.mil.br/content/tradicoes-navais

6 de 24 30/11/2017 12:54

(dentro de sua cadeia de comando) estiver a bordo, a flâmula é arriada esubstituída pelo pavilhão-símbolo daquela autoridade.

Também são previstas as seguintes situações para o arriamento da flâmula decomando: quando substituída pela Flâmula de Fim de Comissão, ao término decomissão igual ou superior a seis meses, desde a aterragem do navio ao portofinal, até o pôr do sol que se seguir; e por ocasião da Mostra deDesarmamento do Navio.

Finalmente, por ocasião da cerimônia de transmissão de cargo, ocorrerá trocado pavilhão da autoridade exonerada pelo da autoridade que assume, com asalva correspondente, no caso de Almirante Comandante de Força, iniciadaapós o término do hasteamento da bandeira-insígnia. Após a leitura da Ordemde Serviço da autoridade que assume, proceder-se-á a entrega da bandeira-insígnia utilizada pela autoridade exonerada.

Posições Relativas a Bordo

A popa é uma parte do navio mais respeitada que as demais. Nos navios deguerra, todos que entram a bordo pela primeira vez no dia, ou que se retiramde bordo, cumprimentam a Bandeira Nacional na popa, com o navio no porto.Ela está lá por ser a popa o lugar de honra do navio, onde, já nos tempos dosgregos e romanos, era colocado o santuário do navio, com uma imagem ouPuppis, de uma divindade. O termo popa é derivado de PUPPIS.

Os lados do navio são os “bordos” e o de boreste é mais importante que o debombordo. Nele, desde tempos imemoriais, era feito o governo do navio poruma estaca de madeira em forma de remo, chamada pelos navegantes gregosde Staurus.

Os antigos navegantes noruegueses chamavam a peça de staurr que osingleses herdaram como steor, denominação dada ao remo que servia deleme, e STEORBORD ao bordo onde era montado, hoje starboard. Aoportuguês, chegou como estibordo. Os brasileiros inverteram a palavra paraboreste (Aviso do Almirante ALEXANDRINO, Ministro da Marinha), a fim deevitar confusões com o bordo oposto: bombordo.

A palavra bombordo tem vínculo com o termo da língua espanhola babor que,por sua vez, parece ter origem ou estar relacionada à palavra francesa bâbord.Na Marinha francesa os marinheiros que tinham alojamento a bombordo, eramchamados de babordais e tinham os seus números internos de bordo pares.Ainda hoje, na numeração de compartimentos, quando o último algarismo é par,refere-se a um espaço a bombordo, quando é impar, refere-se a boreste.

As marinhas de língua inglesa, ou a elas relacionadas, não utilizam expressõespróximas de bâbord. Balizam o bordo oposto ao do governo de port, ou seja, obordo onde não estava o leme e que, por esta razão, ficava atracado ao cais,ao porto; daí a expressão port, bordo do porto.

Câmara

Os compartimentos do navio são tradicionalmente denominados a partir doprincipal: a "câmara". Este é o local que aloja o Comandante do navio ou oficialmais antigo presente a bordo, com autoridade sobre o navio, ou ainda, um

Tradições Navais | Marinha do Brasil https://www.marinha.mil.br/content/tradicoes-navais

7 de 24 30/11/2017 12:54

visitante ilustre, quando tal honra lhe for concedida. Se embarcar num navio oComandante da Força Naval, esta autoridade maior terá o direito à câmara.

O navio onde embarca o Comandante da Força Naval é chamado capitânia.Seu Comandante passa a denominar-se "Capitão de Bandeira".

Camarotes e Afins

Os demais compartimentos de bordo, conforme sua utilização, ganhamdenominações com diminutivos de câmara: “camarotes”, para alojar Oficiais, e“camarins”, para uso operacional ou administrativo; como, por exemplo, ocamarim de navegação, ou o da máquina.

Praças e Cobertas

Uns tantos compartimentos são chamados de praças: praça de máquinas,praça d'armas, praça de vaporizadores, etc.

Os alojamentos da guarnição e seus locais de refeição são chamados de "cobertas":

coberta de rancho, coberta de praças, etc.

Praça D'Armas

O compartimento de estar dos oficiais a bordo, onde também são servidassuas refeições, é denominado "Praça D'armas".

Essa denominação prende-se ao fato de que, nos navios antigos, as armasportáteis eram guardadas nesse local, privativo dos oficiais.

A Tolda à Ré

Existem conveses com nomes especiais. Um convés parcial, acima do convésprincipal na proa é o “convés do castelo”. A denominação é reminiscência doantigo castelo que os navios medievais levavam na proa onde os guerreiroscombatiam.

Em certos navios existem mais dois conveses com nomes especiais: “oconvés do tombadilho”, que é o convés da parte alta da popa, e o “convés datolda”.

Nos navios grandes o local onde permanece o Oficial de Serviço, no porto, échamado “convés da tolda à ré”.

Nele não é permitido a ninguém ficar, exceto o Oficial de Serviço e seusauxiliares.

Tradições Navais | Marinha do Brasil https://www.marinha.mil.br/content/tradicoes-navais

8 de 24 30/11/2017 12:54

Agulha e Bússola

O navio tem agulha, não bússola.

A origem é antiga. As primitivas peças imantadas, para governo do navio,eram, na realidade, agulhas de ferro, que flutuavam em azeite, acondicionadasem tubos, com uma secção de bambu. Chamavam-se “calamitas”. Como erambasicamente agulhas, os navegantes espanhóis consideravam linguagemmarinheira, a denominação de “agulhas”, diferentemente de bússolas, palavrade origem italiana que se referia à caixa - bosso - que continha as peçasorientadas.

Corda e Cabo

Diz-se que na Marinha não há corda. Tudo é cabo. Cabos grossos e cabosfinos, cabos fixos e cabos de laborar..., mas tudo é cabo.

Existem porém, duas exceções:- a corda do sino e- a dos relógios

A Gente de Bordo

A Gente de Bordo

O “Comandante” é a autoridade suprema de bordo. O “Imediato” é o “Oficialexecutivo do navio”, segundo do Comandante; é o substituto eventual doComandante: seu substituto Imediato.

A “gente de bordo” se compõe de “Comandante e Tripulação (Oficiais eGuarnição)”. O Imediato e Oficiais constituem a “oficialidade”. Os demaistripulantes constituem a Guarnição. As ordens para o navio emanam doComandante e são feitas executar pelo Imediato, que é o coordenador detodos os trabalhos de bordo, exercendo a gerência das atividadesadministrativas..

A Hierarquia Naval

No Brasil, o estabelecimento deformação de oficiais do Corpo da Armada, deIntendentes e de Fuzileiros Navais é a Escola Naval. Seus alunos sãoAspirantes e dela saem, ao concluírem o curso, como Guardas-Marinha.

A formação de praças é realizada pelas Escolas de Aprendizes-Marinheiros.Os alunos dessas Escolas, após o término do curso, são nomeadosMarinheiros.

A unidade de combate naval é o navio. Os Grupamentos de navios constituemas Forças Navais e as Esquadras. Os Almirantes, precipuamente, comandamForças Navais, grupamentos de navios. Sua hierarquia deve definir a

Tradições Navais | Marinha do Brasil https://www.marinha.mil.br/content/tradicoes-navais

9 de 24 30/11/2017 12:54

importância funcional do grupamento. Os postos de Almirantes, em sequênciaascendente são: Contra-Almirante, Vice-Almirante e Almirante de Esquadra.

O Comando dos navios cabe aos Comandantes. A importância funcional donavio deve definir a hierarquia de seus Comandantes. É mantidatradicionalmente a antiga importância dos navios para combate, classificadosde acordo com o número de conveses e canhões de que dispunham: ascorvetas, com um convés de canhões; as fragatas, com dois conveses decanhões; e as naus com três conveses de canhões, havendo também, adenominação de navios de linha ou navios de batalha, por serem os queconstituíam as linhas de batalha. Daí a hierarquia ascendente doscomandantes, como Capitães de Corveta, Capitães de Fragata e Capitães deMar e Guerra.

As funções internas nos navios cabem aos tenentes (em hierarquiaascendente: 2° Tenente, 1° Tenente e Capitão-Tenente) e praças (emhierarquia ascendente: Marinheiro, Cabo, 3º Sargento, 2º Sargento, 1ºSargento e Suboficial). Nos navios de maior importância há, ainda, oficiaissuperiores que exercem funções internas, geralmente na chefia deDepartamentos. Navios menores que as corvetas, em geral, são comandadospor Capitães-Tenentes.

É interessante notar, entretanto, uma característica ímpar da Marinha: nalinguagem verbal, o tratamento normalmente dados aos oficiais da Armadaresumem esses nove postos a três: Almirante, Comandante e Tenente.

Divisões de Navios por Classe na MB:

Classe Comando Tipos de Navios (exemplos)

1ª Classe Capitão de Mar e Guerra- Navio-Aeródromo- Navio de Desembarque

2ª Classe Capitão de Fragata

- Fragatas- Submarinos- Corvetas- Contratorpedeiros- Navios-Transporte

3ª Classe Capitão de Corveta- Corvetas- Rebocadores de Alto Mar- Navios-Patrulha Fluviais

4ª Classe Capitão-Tenente- Navios-Varredores- Navios-Patrulha

A Hierarquia da Marinha Mercante

As Escolas responsáveis pela formação de pessoal da Marinha Mercantefuncionam nos Centros de Instrução Almirante Graça Aranha, no Rio deJaneiro, e Almirante Braz de Aguiar, em Belém.

Esses estabelecimentos pertencem à Marinha do Brasil, assim como asCapitanias dos Portos, suas Delegacias e Agências, que ministram o EnsinoProfissional Marítimo, capacitando profissionais para exercerem atividades abordo de embarcação marítimas e fluviais.

HIERARQUIA DOS OFICIAIS DE CONVÉS:- Capitão de Longo Curso- Capitão de Cabotagem- 1º Oficial de Náutica- 2° Oficial de Náutica

HIERARQUIA DOS OFICIAIS DE MÁQUINAS:- Oficial Superior de Máquinas

Tradições Navais | Marinha do Brasil https://www.marinha.mil.br/content/tradicoes-navais

10 de 24 30/11/2017 12:54

- 1° Oficial de Máquinas- 2° Oficial de Máquinas

A Organização de Bordo

Organização por Quartos e Divisões de Serviço

Em um navio de guerra, para a sua condução, segurança e andamento dosserviços administrativos, existe sempre uma parcela da tripulação que fica deserviço, quando em viagem ou no porto.

Todo o pessoal é dividido em grupos chamados quartos de serviço, querecebem os nomes de 1° quarto, 2° quarto e 3° quarto. Existe sempre umquarto, efetivamente, de serviço; um estará de folga; e outro será o retém, quefornecerá pessoal para cobrir faltas eventuais.

O zelo pelo navio é feito dividindo-se as 24 horas do dia, em seis períodos dequatro horas - também chamados de quartos - cada um sob a responsabilidadede um quarto de cabos e marinheiros, de uma divisão de suboficiais esargentos e de uma divisão de oficiais.

No porto, haverá sempre, em condições normais, pelo menos, um quarto deserviço. Mais gente ficará a bordo, quando necessário, podendo permanecertodo o pessoal em prontidão, se assim for determinado.

Dessa forma, o dia de trabalho do marinheiro, do homem do mar, é contadodiferente do dia do homem de terra. Se fosse possível ao navio navegarsomente de oito horas da manhã até as cinco da tarde - havendo parado umahora para almoço - e parar e fundear ao final do dia, para então recomeçartudo no dia seguinte, às oito horas, a jornada seria como a de terra. Mas háséculos os marinheiros se ajustaram às necessidades do mar, cumprindo umajornada de trabalho dividida em seis quartos de serviço, cabendo a parcelasdiferentes da tripulação a vigilância, em cada quarto. No porto, os quartos sãode 00 às 04h, de 04 às 08h, 08h às 12h, de 12h às 16h, de 16h às 20h e de20h às 24h. Em viagem, no período compreendido entre OOh às 12h, osquartos tem o mesmo horário que do porto, porém, depois das 12 horas, osquartos são de 3 horas: 12-15; 15-18; 18-21; 21-24.

O quarto de 04 às 08 é balizado de "quarto d'alva" (a hora d'alva, doamanhecer).

O Pessoal de Serviço

Certos postos, ocupados pelo pessoal de serviço, são indicados por uniforme.Assim, o “Oficial de Quarto” usa um apito, com um cadarço preto. No porto, o“Oficial de Serviço”, além do apito, usa um cinturão com coldre e pistola. Paraauxiliar o Oficial de Serviço, existem: o “Contramestre de Serviço”, ajudante doOficial para manobra e aspectos de ordem marinheira do navio, que tem agraduação de Suboficial ou Sargento e usa um apito com cadarço preto, umcinturão com coldre e pistola; o “Polícia”, que é um Sargento ou um Cabo,encarregado de auxiliar o Oficial de Serviço na fiscalização da disciplina e darotina, usa um cinto especial e um cassetete; o “Cabo Auxiliar”, que usa umapito com cadarço preto e um cinto especial na cintura, com sabre, é o

Tradições Navais | Marinha do Brasil https://www.marinha.mil.br/content/tradicoes-navais

11 de 24 30/11/2017 12:54

encarregado de dar os toques (silvos de apito que transmitem informações eordens), efetuar as batidas do sino, marcando os quartos, e fazer cumprir arotina de bordo; e o “Ronda”, que é um mensageiro às ordens do Oficial deServiço e usa um cinto especial.

O Sino de Bordo

No período compreendido entre os toques de alvorada e de silêncio, osintervalos dos quartos são marcados por batidas do sino de bordo, feitas aofim de cada meia hora.

1ª meia-hora do quarto: Uma batida singela 2ª meia-hora do quarto: Uma batida dupla 3ª meia-hora do quarto: Uma batida dupla e uma singela 4ª meia-hora do quarto: Duas batidas duplas 5ª meia-hora do quarto: Duas batidas duplas e uma singela 6ª meia-hora do quarto: Três batidasduplas 7ª meia-hora do quarto: Três batidas batidas duplas e uma singela 8ª meia-hora do quarto: Quatro batidas duplas

As batidas do sino são uma tradição naval a ser preservada pelosresponsáveis pela rotina de bordo. Deve haver o cuidado, por parte dosinaleiro, de bater acompanhando o Capitânia, de modo a não haver oindesejável assincronismo.

As Fainas

Organizado em Divisões Administrativas ou em Quartos e Divisões de Serviço,o navio está pronto para fazer frente aos trabalhos que envolvem toda a gentede bordo ao mesmo tempo, ou parte dela, para um fim específico. Essestrabalhos são chamados de "fainas". As fainas são gerais, comuns, especiaisou de emergência.

Em um navio de guerra, a principal faina geral é a de Postos de Combate.

São fainas gerais e fainas comuns, entre outras:- Preparar para suspender;- Suspender (ou desamarrar ou desatracar);- Preparar para fundear;- Fundear (ou amarrar, ou atracar):- Navegação em águas restritas(Detalhe Especial para o Mar);- Recebimento de munição;- Recebimento de material comum ou sobressalentes;- Recebimento de mantimentos;- Montagem ou desmontagem de toldos;- Içar e arriar embarcações;- Operações aéreas, decolagem e pouso de aeronaves;- Inspeção de material;- Docagem e raspagem do casco; e- Pintura geral.

São fainas de emergência:- Incêndio;- Colisão;- Socorro externo;- Homem ao mar;- Reboque;- Abandono;- Avaria no sistema de governo;- Acidente com aeronave ("crash"); e- Recolhimento de náufragos.

Tradições Navais | Marinha do Brasil https://www.marinha.mil.br/content/tradicoes-navais

12 de 24 30/11/2017 12:54

Além das fainas, existem ocasiões em que toda a tripulação do navio deveatender a formaturas gerais, para certas formalidades a bordo ou paracerimonial, conhecidas com formaturas gerais.

São formaturas gerais:- Parada;- Mostra;- Distribuição de faxina;- Postos de continência;- Bandeira; e- Concentração da tripulação.

As situações previstas para fainas ou formaturas constam de uma tabela abordo, chamada Tabela Mestra, que designa cada homem da tripulação paraum determinado posto ou função, específica em cada faina ou formatura, alémde designar qual é seu bote salva-vidas e seu respectivo quarto.

O cumprimento da rotina de bordo, bem como das fainas, como já mencionado,são ordenados pelo toque de apito. Alguns avisos e ordens em linguagemclara, pelo fonoclama, podem ser dados, também, em certas circunstânciasespeciais, mas repetir, em linguagem clara, o significado de um toque de apitoé considerada atitude pouco marinheira, não sendo, normalmente, permitido abordo.

As fainas de emergência são ordenadas pelos respectivos sinais de alarme,fonoclama, sino ou mesmo viva voz.

A Presidência das Refeições a Bordo

As refeições de oficiais são presididas pelo Imediato ou, na sua ausência, pelooficial mais antigo presente, o qual convida os demais a sentarem-se à mesa.

Após iniciada uma refeição, qualquer pessoa que deseje sentar-se à mesa, oudela retirar-se, deve pedir permissão a quem a estiver presidindo. A cortesianaval dita que ninguém deve retirar-se da mesa antes do Imediato ou do oficialmais antigo presente.

As refeições dos suboficiais e sargentos são presididas pelo Mestre do Navio.Compete ao Mestre d'Armas presidir as refeições dos Cabos e Marinheiros.

Cerimonial de Bordo

Saudar Pavilhão

Como já foi explicado, faz parte do cerimonial saudar com a continência oPavilhão Nacional, que é arvorado na popa , das 8 horas até o por do sol.

Isto se faz ao entrar a bordo pela primeira vez e ao sair pela última vez, no dia.

Saudar o Comandante

É costume os oficiais saudarem o Comandante na câmara, pela manhã,quando em viagem. À noite, a saudação é feita após o Cerimonial do Arriar aBandeira

Tradições Navais | Marinha do Brasil https://www.marinha.mil.br/content/tradicoes-navais

13 de 24 30/11/2017 12:54

Quando no porto, os oficiais formam para receber o Comandante, cumprindo oCerimonial de Recepção; e, da mesma maneira, formam quando ele se retirade bordo, no Cerimonial de Despedida. Se algum oficial chegar após oComandante, deve saudá-lo na câmara, bem como ao Imediato. Se vairetirar-se de bordo antes do Comandante, deve despedir-se dele na câmara,obtendo licença para retirar-se, não sem antes ter sido liberado pelo Imediato.

Saudar o Imediato

Ao entrar e ao retirar-se de bordo os oficiais saúdam o Imediato.

É costume, em viagem, os oficiais cumprimentarem o Imediato pela manhã e,também, após o Cerimonial da Bandeira.

Saudação entre Militares

Nas Forças Armadas, consequentemente na MB, as diversas formas desaudação militar, sinais de respeito e correção de atitudes caracterizam oespírito de disciplina e apreço existentes no âmbito militar.

A continência, saudação militar universal, é uma reminiscência do antigocostume, que tinham os combatentes medievais, quando vestidos com suasarmaduras, ao serem inspecionados por um superior, de levar a mão àtêmpora direita, para suspender a viseira, permitindo sua identificação.

Cabe ressaltar que, a continência é a saudação prestada pelo militar ou pelatropa, sendo impessoal e visando sempre a Autoridade e não a pessoa, sendoassim, parte sempre do militar de menor precedência ou em igualdade dePosto ou Graduação. Havendo dúvida em relação à antiguidade, deverá serexecutada simultaneamente.

A continência é uma atitude militar de grande relevância e um ícone da tradiçãoe costumes navais, constitui prova de respeito e cortesia que o militar éobrigado a prestar ao superior hierárquico, não podendo ser por estedispensada, salvo nas ocasiões previstas no Cerimonial da Marinha, taiscomo: “faina ou serviço que não possa ser interrompida, postos de combate,praticando esportes, sentado à mesa de rancho, remando, dirigindo viaturas,militar de sentinela, armado de fuzil ou outra arma que impossibilite omovimento da mão direita, fazendo parte de tropa armada, em postos decontinência ou Parada”.

Conforme visto anteriormente, a continência é uma saudação entre militares.Ao cumprimentar um civil, o militar quando fardado, poderá fazer-lhe umacontinência, como cortesia, além de dar-lhe o usual aperto de mão.

A continência individual deve ser exigida e sua retribuição pelo mais antigo éobrigatória. Não faz parte dos costumes navais desfazer a continência combatida da mão à coxa, provocando ruído. A continência deve ser feita comcorreção, vivacidade, elegância, energia e franqueza. Da mesma forma, cabeao superior responder o cumprimento de maneira semelhante. A continênciamal executada é sinônimo de displicência, o que não condiz com os valoresmilitares. A continência individual não representa apenas uma manifestação derespeito ou de apreço a um indivíduo em particular; trata-se também de um atopúblico que expressa a cortesia entre os membros de uma corporação.

A continência individual é prestada pelo militar fardado e não deverá serexecutada quando este estiver em trajes civis. Neste caso, a saudação érealizada com um cumprimento verbal, de acordo com as convenções sociais.

Saudação com Espada

Tradições Navais | Marinha do Brasil https://www.marinha.mil.br/content/tradicoes-navais

14 de 24 30/11/2017 12:54

A antiga saudação com espada e o gesto de abatê-la, não é uma tradiçãonaval, mas militar. O pessoal da Marinha, contudo, faz uso da espada emalgumas cerimônias a bordo e, em formaturas, em terra.

O gesto de levar a ponta da espada até o chão é uma antiga demonstração desubmissão a uma autoridade superior, reconhecendo sua superioridadehierárquica. A ponta da espada no chão, ao fim da saudação, não permite aooficial usá-la, naquele momento.

O Cerimonial à Bandeira

Os navios da Marinha do Brasil, quando em contato com terra (atracados,fundeados ou amarrados), arvoram a Bandeira Nacional no “pau da bandeira”,na popa.

Ao suspenderem, no instante em que é desencapelada a última espia ou oferro arranca ou é largado o arganéu da bóia, a Bandeira Nacional é arriada napopa e içada, em movimentos contíguos, no mastro de combate, mas de formaque nunca deixe de estar içado o Pavilhão Nacional. Não há cerimonial,nessas ocasiões.

A Bandeira do Cruzeiro, que é arvorada no pau do jeque, acompanha osmovimentos da Bandeira Nacional na popa. Ou seja, é içada e arriada juntocom esta. O Pavilhão é içado às oito horas da manhã e arriado exatamente nahora do Pôr do Sol. O Cerimonial consta de sete vivas com o apito domarinheiro e das continências de todo o pessoal. Quem estiver cobertasabaixo, permanece descoberto e em silêncio, atento. O cerimonial do arriar émaior e consta de formatura geral da tripulação. Após o arriar, é costume ocumprimento geral de “boa noite” entre todos os presentes, sendoprimeiramente dirigido ao Comandante.

A Bandeira Nacional deve ser içada ou arriada em movimento uniforme, quedeve ser estimado para que ocorra durante o tempo em que é executado ohino ou toque.

Da mesma forma, o içar e arriar de galhardetes e Bandeiras-Insígnias deveser feito celeremente.

Durante o Cerimonial à Bandeira é vedada a entrada ou saída de pessoas eveículos na OM que o realiza, salvo se localizada próxima à via pública, quandoa interrupção do trânsito deve ocorrer, com o mínimo de prejuízo possível aotráfego de pessoas e veículos, entre o “Segundo Sinal” e o término doCerimonial.

Para as OM de terra são observados os mesmos procedimentos.

Bandeira a Meio-Pau

Nos navios da Marinha não se usa as denominações de "mastros" debandeira, nem do jeque: a nomenclatura correia é nomeá-los o "pau dabandeira" e o "pau do jeque", mesmo que sejam metálicos. O distinto, naMarinha, segundo a tradição, é que sejam de madeira e envernizados.

Desta forma, o termo bandeira a meio-pau é a expressão que corresponde àBandeira Nacional içada a meio-mastro. O jeque acompanha a BandeiraNacional, a meio-pau. E o sinal de luto.

O costume teve origem na antiga marinha a vela. Era usual que os navios,como mostra de pesar pela morte de uma personalidade, desamantilhassem asvergas, de modo a deixá-las desalinhadas e pendentes, em diferentes ângulos,e com todos os cabos de laborar, de mastros e vergas folgados e pendentes. Amostra de pesar consistia neste aspecto de desleixo, por tristeza. O Pavilhão

Tradições Navais | Marinha do Brasil https://www.marinha.mil.br/content/tradicoes-navais

15 de 24 30/11/2017 12:54

também era arriado a meio-pau.

Saudação de Navios Mercantes e Resposta

O navio mercante que passa ao largo de um navio de guerra cumprimenta-o,amando sua Bandeira Nacional, fazendo o de guerra o mesmo, comoresposta.

O mercante içara novamente sua Bandeira, depois que o de guerra o fizer.

A Salva: Saudação com Canhões

O sinal de amizade era antigamente entendido e mormente caracterizado pelofato de apresentar-se uma pessoa, com a espada abatida, ou um navio ou umaembarcação, momentaneamente impossibilitado de manobrar ou combater.Nos tempos em que não havia meios seguros de comunicação e quando nomar não era possível aos navios saberem notícias de terra, a menos queencontrassem outros que as transmitissem, era importantíssimo para cada umdeles saber quais as intenções uns dos outros, quando se encontravam.Imagina-se que um navio, no mar há algum tempo, poderia não saber se suanação estava ou não em guerra com outra, inclusive com aquela cuja bandeiraum navio avistado ostentava! Era, portanto, importante demonstrar atitudeamistosa, tomando difícil a manobra ou o combate.

Nos tempos de Henrique VIII, para um canhão repetir um tiro levava uma hora.Assim, um navio estava com os canhões sempre carregados para combate.Mas, se ele os disparava, ficava impossibilitado momentaneamente decombater. A maior parte das fragatas e navios menores era armada com umabateria de sete canhões, em cada borda. A princípio, uma salva de sete tirosera a salva nacional britânica. As baterias de terra, no entanto, deveriamresponder às salvas do navio, na razão de três tiros para cada tiro de bordo.Assim, a máxima salva de bordo, sete tiros, era respondida pela maior salva deterra, vinte e um tiros. Com o progresso da indústria de armas e,principalmente, da produção da pólvora, a maior salva de bordo passou a sertambém de vinte e um tiros.

O número de tiros, depois que a salva se transformou num costume, chegouaos nossos dias consagrado no Cerimonial Naval. Vinte e uma salvas é omáximo que se usa. Mas por que vinte e uma? É porque, além do costumeacima, esse número é múltiplo de três. A explicação é que os números 3, 5 e 7sempre tiveram significado místico, muito antes, mesmo, de existirem marinhasorganizadas como as dos últimos três séculos.

O intervalo das salvas festivas é de cinco segundos, entre um tiro e outro.Havia um velho costume, na Marinha antiga, que ainda hoje os oficiais "safos"usam para contagem dos cinco segundos regularmentares, que é o de dizer aexpressão: "teco, teleco, teco, pepinos, não são bonecos, - fogo um!";repetindo-se após cada tiro o mesmo conjunto de palavras só alternando onúmero da ordem de fogo. Quem cronometrar o tempo que normalmente seleva para dizer as palavras mencionadas, verá que ele é de cinco segundos.

Os Postos de Continência

Mas, somente disparar oscanhões não era mostra de ficar sem aptidão paracombater. O navio, além disso, deveria ferrar o pano (colher as velas),perdendo velocidade e ficando momentaneamente impossibilitado de manobrare combater, com todos os cabos de laborar pelo convés e a guarniçãoocupada nas fainas. Assim, essa mostra de respeito mantinha o navio privadode combater. Foi desse antigo costume, que vieram até nossos dias certas

Tradições Navais | Marinha do Brasil https://www.marinha.mil.br/content/tradicoes-navais

16 de 24 30/11/2017 12:54

formas de cumprimento em embarcações como "remos ao alto, folgar asescotas ou parar a máquina".

Nos grandes navios, no entanto, podia ser demonstrada, ao navio avistado, aintenção pacífica, fazendo subir toda a guarnição aos mastros e vergas. Assimestava o navio impossibilitado de utilizar seus homens para o combate,transitoriamente. Desta forma, dispor a guarnição pelas vergas dos navios-escola a vela, veio até nossos dias, com a denominação de "postos decontinência".

Em todos os navios da Marinha, os postos de continência são atendidos comtoda a guarnição distribuída pela borda do navio, no bordo por onde vai passara autoridade a saudar, numa demonstração de respeito.

Vivas

Ainda permanece em nossa Marinha o hábito dos "vivas". É uma repetição daantiga forma de continência e saudação à autoridade que passar perto donavio, sempre que o fato for antecipado e devidamente anunciado. Aguarnição, quando em postos de continência, a um sinal, leva o boné ao peitodo lado esquerdo, com a mão direita, e, ao sinal de salvas do apito, sete vezes,estende a mão com o boné para o alto, à direita, e dá os vivascorrespondentes.

Vivas do Apito

Permanece, no Cerimonial da Bandeira, o costume dos sete vivas, pelo apitodo marinheiro. Durante o içar ou arriar da Bandeira, o Mestre ou Contramestre,dependendo da ocasião, faz soar sete vezes o apito, correspondendo aos setevivas, que é a maior saudação por apito.

O número de sete, como explicado, ainda é a lembrança dos antigos sete tirosdas fragatas e navios menores, que constituíam a maior salva. Embora os tirosde salva tenham passado para vinte e um, os vivas de apito permaneceram emsete, como a honra máxima.

Cerimonial de Recepção e Despedida

Os oficiais ao entrarem e saírem de bordo fazem jus a um cerimonialcorrespondente à sua patente, constando de toques de apito característicos eda continência de quem o recebe ou despede e dos presentes. Além disso,marinheiros em formatura, em número correspondente a cada cerimonial,chamados "boys", ladearão o oficial saudado, na escada de portaló e noconvés.

Esses cerimoniais são tradições herdadas dos dias da marinha a vela.Costumava-se, nas reuniões de Comandantes de navios de uma Força Navalem um determinado navio - quando o mar não estava muito bom - içar ovisitante por uma guindola, espécie de pequena tábua suspensa pelasextremidades. A manobra era comandada pelo Mestre, ao som do apito e, pararealizá-la, vários marinheiros iam para o local de embarque. Hoje é umacortesia naval acorrer com marinheiros ao portaló (local de embarque ou saídade bordo) e saudar com toque de apito, a autoridade que chegar ou sair.

Os marinheiros que acorriam para as manobras de embarque do Comandantea bordo eram chamados, na Real Marinha britânica, de "boys". Esse costumepassou desde o Império, à nossa Marinha. Hoje, há um toque de apito que, emrealidade, significa boys aos cabos. Tratava-se, até há pouco tempo, quandose vinha ou saía de bordo por lancha, de chamar os marinheiros para quedescessem ao patim inferior da escada de portaló e aí estendessem cabos

Tradições Navais | Marinha do Brasil https://www.marinha.mil.br/content/tradicoes-navais

17 de 24 30/11/2017 12:54

(preparados com pinhas nas duas extremidades, uma para o boy e outra paraa autoridade), para que lhe servissem de apoio quando embarcavam oudesembarcavam.

Ao patim inferior da escada de portaló descem dois "boys" e mais dois quandohá espaço. Os demais formam no convés. Quando estiver com pranchapassada para terra, somente dois devem ficar em terra; os demais formam noconvés. Formar mais de dois "boys" em terra é, como se diz. na gíriamarinheira, uma varada (de "vara", termo espanhol que quer dizer encalhe).Tudo isso deve-se ao fato de que o emprego dos "boys" é uma tradição namanobra de embarque e desembarque de oficiais, em navios no mar.

Quando o Comandante é recebido no seu próprio navio, é o Mestre quemexecuta os apitos do cerimonial.

Quando o cerimonial é executado em terra, como nos estabelecimentos oucerimônias públicas, os "boys" são distribuídos no número completo previstono Cerimonial da Marinha, em caráter simbólico.

A chegada de autoridade a bordo de OM da MB deverá ser anunciada nosistema de fonoclama, quando couber, o cargo da autoridade visitante seguidoda expressão “para bordo”. Não deverá ser anunciado pronome de tratamentoou nome da autoridade visitante. Por ocasião do cerimonial, a ordem aoMestre ou Contramestre de Serviço não deve conter palavras desnecessárias,já que se trata de uma instrução para quem vai abrir toque. Assim, essa ordemdeve ser pertinente ao toque característico a que tem direito a autoridade. Amenção ao cargo desempenhado somente deve ser feita a quem competirvocativo específico (Comandante da Marinha, Chefe do Estado-Maior daArmada, Comandante de Operações Navais, Comandante-Geral do Corpo deFuzileiros Navais e Comandante em Chefe da Esquadra). Nesse caso, não sedeve mencionar o Posto, a menos se, eventualmente e no caso de ComemCh,o cargo estiver sendo exercido por Almirante de Esquadra. O artigo 5-1-7 doCerimonial da Marinha reflete com clareza este ponto.

Os toques de apito devem ser dados apenas pelo Mestre ou Contramestre deServiço. Ao final das Honras de Recepção ou Despedida, quando por toque decorneta, cabe o “ponto”, como sinal de desfazer a continência e a guarda deportaló executar o comando de “ombro armas”. Nos casos em que houverGuarda de Honra, esta executará o referido comando quando determinadopelo seu Comandante.

Uniformes e seus acessórios

Os Uniformes

Os oficiais, suboficiais e sargentos usam uniformes do mesmo feitio para oserviço ou para os trabalhos a bordo. São do tipo paletó, ou dóimã, e calça, ousomente camisa e calça. Na cabeça usa-se o boné. Os oficiais e suboficiais,para distinção, usam galões nas platinas colocadas nos ombros dos uniformesbrancos, galões nos punhos do uniforme azul e distintivos na gola do uniformecinza de manga curta (caqui para os Fuzileiros Navais). Os sargentos, cabos emarinheiros cursados usam sempre, para distinção de graduação, divisas nosbraços. Os marinheiros-recrutas, aprendizes e grumetes não usam divisas.

As platinas são presas sobre os ombros dos uniformes como acessório,sendo reminiscências de antigas tiras de couro usados nos uniformes parafixar os talabardes (boldriés). São de origem francesa.

Os galões dos oficiais são listras douradas. No Corpo da Armada, a mais alta

Tradições Navais | Marinha do Brasil https://www.marinha.mil.br/content/tradicoes-navais

18 de 24 30/11/2017 12:54

no punho é terminada por uma volta. Conta a tradição que é uma reminiscênciada volta que o Almirante Nelson, oficial inglês, levava em um pequeno caboamarrado à manga de seu dólmã para sustentá-la em um botão, quando, apósperder o braço, subiu ao convés pela primeira vez. As marinhas que tiveramorigem e contatos com a Marinha britânica conservam o símbolo.

Os Cabos e Marinheiros usam uniformes, brancos ou azuis, de gola, e nacabeça, bonés sem pala. Os de trabalho são de cor mescla, com chapéusredondostípicos, de cor branca, chamados caxangá.

O uniforme típico de marinheiro é universal. Suas características são,principalmente, o lenço preto ao pescoço e a gola azul com três listras.

O lenço teve sua origem na artilharia dos tempos antigos da marinha a vela. Osmarujos usavam um lenço na testa durante os combates, amarrado atrás dacabeça. Esse procedimento evitava que o suor, misturado à graxa e mesmo àpólvora das peças de tiro, lhes caísse nos olhos. Ao findar o combate, osmarinheiros regulares giravam o lenço e o amarravam ao pescoço, com o nópara frente. Hoje, simbolicamente, o lenço é colocado em tomo do pescoço.

Sua cor preta, diferentemente do que muitos dizem, não é originada em sinalde luto pela morte de Nelson, pois era usado pelos marinheiros, com essa cor,bem antes disso, embora, naquele evento, tenham retirado o lençocaracterístico do pescoço e o colocado no braço.

A gola do Marinheiro é bastante antiga. Era usada para proteger a roupa dassubstâncias gordurosas com que os marujos untavam o "rabicho" de suascabeleiras. O uso do rabicho desapareceu, mas, a gola permaneceu, comoparte característica do uniforme. A cor azul é adotada por quase todas asmarinhas do mundo.

As três listas da gola são reminiscência do costume antigo de se indicar, pormeio de fitas, presas ao pelerine (capa utilizada sobre os ombros), o tempo deserviço do embarcado.

Gorro de Fita

Os fuzileiros navais também trazem em seus uniformes simbolismo e tradição.

O gorro de fita, de origem escocesa, é uma das tradições incorporadas quepermanecem e ganham legitimidade. Foi ideia, em 1890, de um comandante doBatalhão Naval, de ascendência britânica. O gorro foi bem aceito e, hoje,caracteriza de forma ímpar o uniforme dos Marinheiros de terra, soldados domar, que são os fuzileiros navais.

O Apito Marinheiro

Os principais eventos da rotina de bordo são ordenados por toques de apito,utilizando-se, para isso, de um apito especial: o apito do marinheiro. O apitoserve, também, para chamadas de quem exerce funções específicas ou paraalguns eventos que envolvam pequena parte da tripulação. Ele tem sido, aolongo dos tempos, uma das peças mais características do equipamento de usopessoal da gente de bordo. Os gregos e os romanos já o usavam para fazer amarcação do ritmo dos movimentos de remo nas galés.

Com o passar dos anos, o apito se tornou uma espécie de distintivo deautoridade e mesmo de honra. Na Inglaterra, o Lord High Admiral usava umapito de ouro ao pescoço, preso por uma corrente; um apito de prata erausado pêlos Oficiais em Comando, como "Apito de Comando". Eram levados

Tradições Navais | Marinha do Brasil https://www.marinha.mil.br/content/tradicoes-navais

19 de 24 30/11/2017 12:54

tais símbolos em tanta consideração que, em combate, um oficial que usasseum apito preferia jogá-lo ao mar a deixá-lo cair em mãos inimigas.

O apito, hoje, continua preso ao pescoço por um cadarço de tecido e temutilização para os toques de rotina e comando de manobras.

As fainas de bordo, ainda hoje, em especial as manobras que exigemcoordenação e ordens contínuas de um Mestre ou Contramestre, sãoconduzidas somente com toques de apito. Fazê-lo aos gritos denota poucaqualidade marinheira do dirigente da faina e sua equipe.

O Oficial de Serviço utiliza um apito, que não é o tradicional, e serve paracumprimentar ou responder a cumprimentos dos cerimoniais (honras depassagem) de navios ou lanchas com autoridades que passam ao largo; mas,o cadarço que o prende ao pescoço mantém-se como parte do símbolotradicional.

Os toques de apitos estão grupados, por tipos, em toques de: Continência eCerimonial, Fainas, Pessoal Subalterno, Divisões e Manobras

Ouça e efetue download de alguns dos toques de apito usados pela Marinha:

Continência e Cerimonial

:: ÁUDIO :: DOWNLOAD

Presidente da República (/sites/default/files/presrep.mp3)

Comandante da Marinha (/sites/default/files/cm.mp3)

Autoridade que vence salvas de 19 tiros

Chefe do Estado Maior da armada (/sites/default/files/cema_0.mp3)

Comandante de Operações Navais (/sites/default/files/comopnav.mp3)

Comandante-em-Chefe da Esquadra (/sites/default/files/comemch.mp3)

Oficial General Comandante de Força (/sites/default/files/ofgeneralcomtedeforca.mp3)

Oficial General Comandante (/sites/default/files/ofgeneralcomandante_0.mp3)

Oficial General (/sites/default/files/ofgeneral_0.mp3)

Oficial Superior Comandante de Força (/sites/default/files/ofsupcomteforca.mp3)

Oficial Superior (/sites/default/files/ofsuppresenca.mp3)

Imediato (/sites/default/files/imediato.mp3)

Oficial Intermediário Comandante (/sites/default/files/ofintermediariocomte.mp3)

Oficial Intermediário (/sites/default/files/ofintermediario.mp3)

Oficial Subalterno (/sites/default/files/ofsubalterno.mp3)

Presidente da República (/sites/default/files/presrep.zip)

Comandante da Marinha (/sites/default/files/cm.zip)

Autoridade que vence salvas de 19 tiros (/sites/default/files/vencesalva.zip)

Chefe do Estado Maior da armada (/sites/default/files/cema.zip)

Comandante de Operações Navais (/sites/default/files/comopnav.zip)

Comandante-em-Chefe da Esquadra (/sites/default/files/comemch.zip)

Oficial General Comandante de Força (/sites/default/files/ofgeneralcomtedeforca.zip)

Oficial General Comandante (/sites/default/files/ofgeneralcomandante.zip)

Oficial General (/sites/default/files/ofgeneral.zip)

Oficial Superior Comandante de Força (/sites/default/files/ofsupcomteforca.zip)

Oficial Superior (/sites/default/files/ofsuppresenca.zip)

Imediato (/sites/default/files/imediato.zip)

Oficial Intermediário Comandante (/sites/default/files/ofintermediariocomte.zip)

Oficial Intermediário (/sites/default/files/ofintermediario.zip)

Oficial Subalterno (/sites/default/files/ofsubalterno.zip)

:: ÁUDIO :: DOWNLOAD

Tradições Navais | Marinha do Brasil https://www.marinha.mil.br/content/tradicoes-navais

20 de 24 30/11/2017 12:54

Acelerar (/sites/default/files/acelerar.mp3)

Alvorada (Faxina) (/sites/default/files/alvorada.mp3)

Arejamento de Andainas (/sites/default/files/arejamentodeandainas.mp3)

Baldeação (/sites/default/files/baldeacao.mp3)

Banho de Água Doce para a Guarnição (/sites/default/files/banhodeaguadoceparaaguarnicao.mp3)

Banho de Mar (/sites/default/files/banhodemar.mp3)

Banho de Sol e Ducha (/sites/default/files/banhodesoleducha.mp3)

Boys ao Portaló (/sites/default/files/boysaoportalo.mp3)

Chamada de Oficiais (/sites/default/files/chamadadeoficiais.mp3)

Chegar ao Local de Ordem (/sites/default/files/chegaraolocaldeordem.mp3)

Cobrir Armamento e Holofotes (/sites/default/files/cobrirarmamentoeholofotes.mp3)

Continência à Bandeira com Corneta (/sites/default/files/continanciaabandeiracomcorneta.mp3)

Continência à Bandeira (/sites/default/files/continenciaabandeira.mp3)

Continência entre navios (/sites/default/files/continenciaentrenavios.mp3)

Contramestre (/sites/default/files/contramestre.mp3)

Cumprir Condiçoes de Fechamento do Material (/sites/default/files/cumprircondicoesdefechamentodomaterial.mp3)

Descobrir Armamento e Holofotes (/sites/default/files/descobrirarmamentoeholofotes.mp3)

Detalhe Especial para o Mar (DEM) (/sites/default/files/detalheespecialparaomar.mp3)

Faina ou Manobra (/sites/default/files/fainaoumanobra.mp3)

Formar Companhia, Pelotão ou Contingente deDesembarque (/sites/default/files/formarcompanhiapelotaooucontingentededesembarque.mp3)

Formar Divisões (/sites/default/files/formardivisoes.mp3)

Formar para o Cerimonial à Bandeira (/sites/default/files/formarparaocerimonialabandeira.mp3)

Formar Serviço (/sites/default/files/formarservico.mp3)

Inspeção de Material (/sites/default/files/inspecaodematerial.mp3)

Inspeção de Rancho (/sites/default/files/inspecaoderancho.mp3)

Inspeção (/sites/default/files/inspecao.mp3)

Licenciados Formar (/sites/default/files/licenciadosformar.mp3)

Mestre D' Armas (/sites/default/files/mestredarmas.mp3)

Mostra de Pessoal (/sites/default/files/mostradepessoal.mp3)

Mostra de Uniforme (/sites/default/files/mostradeuniforme.mp3)

Parada (Reunir Geral) (/sites/default/files/parada.mp3)

Posto de Suspender e Fundear (/sites/default/files/postodesuspenderefundear.mp3)

Postos de Abandono (/sites/default/files/postosdeabandono.mp3)

Acelerar (/sites/default/files/acelerar.zip)

Alvorada (Faxina) (/sites/default/files/alvorada.zip)

Arejamento de Andainas (/sites/default/files/arejamentodeandainas.zip)

Baldeação (/sites/default/files/baldeacao.zip)

Banho de Água Doce para a Guarnição (/sites/default/files/banhodeaguadoceparaaguarnicao_0.zip)

Banho de Mar (/sites/default/files/banhodemar_0.zip)

Banho de Sol e Ducha (/sites/default/files/banhodesoleducha.zip)

Boys ao Portaló (/sites/default/files/boysaoportalo.zip)

Chamada de Oficiais (/sites/default/files/chamadadeoficiais.zip)

Chegar ao Local de Ordem (/sites/default/files/chegaraolocaldeordem.zip)

Cobrir Armamento e Holofotes (/sites/default/files/descobrirarmamentoeholofotes.zip)

Continência à Bandeira com Corneta(http://ContinanciaaBandeiracomCorneta.zip)

Continência à Bandeira (/sites/default/files/continenciaabandeira.zip)

Continência entre navios (/sites/default/files/continenciaentrenavios.zip)

Contramestre (/sites/default/files/contramestre.zip)

Cumprir Condiçoes de Fechamento do Material (/sites/default/files/cumprircondicoesdefechamentodomaterial.zip)

Descobrir Armamento e Holofotes (/sites/default/files/descobrirarmamentoeholofotes.zip)

Detalhe Especial para o Mar (DEM) (/sites/default/files/detalheespecialparaomar.zip)

Faina ou Manobra (/sites/default/files/fainaoumanobra.zip)

Formar Companhia, Pelotão ou Contingente deDesembarque (/sites/default/files/formarcompanhiapelotaooucontingentededesembarque.zip)

Formar Divisões (/sites/default/files/formardivisoes.zip)

Formar para o Cerimonial à Bandeira (/sites/default/files/formarparaocerimonialabandeira.zip)

Formar Serviço (/sites/default/files/formarservico.zip)

Inspeção de Material (/sites/default/files/inspecaodematerial.zip)

Inspeção de Rancho (/sites/default/files/inspecaoderancho.zip)

Inspeção (/sites/default/files/inspecao.zip)

Licenciados Formar (/sites/default/files/licenciadosformar.zip)

Mestre D' Armas (/sites/default/files/mestredarmas.zip)

Mostra de Pessoal (/sites/default/files/mostradepessoal.zip)

Mostra de Uniforme (/sites/default/files/mostradeuniforme.zip)

Parada (Reunir Geral) (/sites/default/files/parada.zip)

Posto de Suspender e Fundear (/sites/default/files/postodesuspenderefundear.zip)

Postos de Abandono (/sites/default/files/postosdeabandono.zip)

Alamares

Nos tempos de cavalaria andante, na Idade Média, os ajudantes lavavam oscavalos e auxiliavam os cavaleiros, com armaduras, a montar, tal era o pesodesses apetrechos. Depois que os cavaleiros montavam, os ajudantes seafastavam das montarias e dos chefes, ficando porém nas mãos com o cabo(corda) no braço, na altura do ombro. Ainda hoje, os ajudantes de ordensusam, com garbo, essa peça, primitivamente humilde, presa ao ombro nouniforme. Mas, o conjunto completo é constituído desse pequeno cabo (cordel),junto com os alamares, que são a reminiscência da antiga corrente, que asautoridades navais usavam para pendurar os apitos, um símbolo de autoridadejá comentado. Assim, o conjunto formado pelos alamares (autoridade) e seu

Tradições Navais | Marinha do Brasil https://www.marinha.mil.br/content/tradicoes-navais

21 de 24 30/11/2017 12:54

Postos de Colisão (/sites/default/files/postosdecolisao.mp3)

Postos de Combate (/sites/default/files/postosdecombate.mp3)

Postos de Continência (/sites/default/files/postosdecontinencia.mp3)

Postos de Incêndio (/sites/default/files/postosdeincendio.mp3)

Postos de Vôo (/sites/default/files/postosdevoo.mp3)

Quarto de Folga (/sites/default/files/quartodefolga.mp3)

Quarto de Retém (/sites/default/files/quartoderetem.mp3)

Quarto de Serviço (/sites/default/files/quartodeservico.mp3)

Rancho para Serviço (/sites/default/files/ranchoparaservico.mp3)

Rancho (/sites/default/files/rancho.mp3)

Recolher Andainas (/sites/default/files/recolherandainas.mp3)

Render Rancheiro (/sites/default/files/renderrancheiro.mp3)

Render Serviço (/sites/default/files/renderservico.mp3)

Revista Médica (/sites/default/files/revistamedica.mp3)

Silêncio (/sites/default/files/silencio.mp3)

Todos ao Vergueiro (/sites/default/files/todosaovergueiro.mp3)

Uniforme (/sites/default/files/uniforme.mp3)

Varrer e Arrumar o Navio (/sites/default/files/varrerearrumaronavio.mp3)

Volta (/sites/default/files/volta.mp3)

Postos de Colisão (/sites/default/files/postosdecolisao.zip)

Postos de Combate (/sites/default/files/postosdecombate.zip)

Postos de Continência (/sites/default/files/postosdecontinencia.zip)

Postos de Incêndio (http://www.mar.mil.br/menu_v/tradicoes_do_mar/apitos/donwload/Rotina/Postos%20de%20Inc%C3%AAndio.zip)

Postos de Vôo (/sites/default/files/postosdevoo.zip)

Quarto de Folga (/sites/default/files/quartodefolga.zip)

Quarto de Retém (/sites/default/files/quartoderetem.zip)

Quarto de Serviço (/sites/default/files/quartodeservico.zip)

Rancho para Serviço (/sites/default/files/ranchoparaservico.zip)

Rancho (/sites/default/files/rancho.zip)

Recolher Andainas (/sites/default/files/recolherandainas.zip)

Render Rancheiro (/sites/default/files/renderrancheiro.zip)

Render Serviço (/sites/default/files/renderservico.zip)

Revista Médica (/sites/default/files/revistamedica.zip)

Silêncio (/sites/default/files/silencio.zip)

Todos ao Vergueiro (/sites/default/files/todosaovergueiro.zip)

Uniforme (/sites/default/files/uniforme.zip)

Varrer e Arrumar o Navio (/sites/default/files/varrerearrumaronavio.zip)

Volta (/sites/default/files/volta.zip)

cabo (ajudante) - este utilizado solteiro nos uniformes internos - significam“ajudante de uma autoridade”. Os Oficiais Chefes de Estado-Maior e Oficiaisdo Gabinete de uma autoridade naval também usam esse símbolo, por seremseus ajudantes mais diretos. O conjunto é usado do lado esquerdo, porém osOficiais do Gabinete Militar da Presidência da República usam os alamares dolado direito.

Condecorações e Medalhas

As condecorações e medalhas são usadas no lado esquerdo do peito.

O costume, que não é apenas naval, vem do tempo das cruzadas, quando oscavaleiros traziam a insígnia de sua Ordem (as Ordens da Cavalaria) perto docoração. Era, também, porque o escudo ficava no braço esquerdo; e assim,protegia não somente o coração, mas a insígnia de honra.

Algumas expressões corriqueiras

'SAFO'

"Safo" é talvez a palavra mais usual na Marinha. Serve para tudo que estácorrendo bem, ou para tudo que faz as coisas correrem bem: "Oficial safo,Marinheiro safo. A faina está safa. A entrada é safa, pode demandar: não hábancos".

'ONÇA'

"Onça" é também uma expressão de grande uso. Significa dificuldade: "onçade dinheiro, onça de sobressalentes".

"Estar na onça" é estar em apuros. "A onça está solta", quer dizer que tudo vaimal.

Essa expressão vem de uma velha história de uma onça de circo, que eratransportada a bordo de um navio mercante e se soltou da jaula, durante umtemporal.

'SAFA ONÇA'

"Safa onça" é a combinação das duas expressões anteriores. Significasalvação. Safa onça é tudo que soluciona uma emergência. "Safei a onça,agarrando-me a uma tábua que flutuava...O meu safa onça foi um pedaço dequeijo, que ainda restava no barco; do contrário, morreria de fome".

'PEGAR'

"Pegar" é o contrário de estar safo. "Estar pegando" significa que não estádando certo: "Tenente, o rancho está pegando! Não chegou a carne! Estemarinheiro ainda está muito inexperiente: com ele tudo pega...Comandante,não pude chegar a tempo, a lancha pegou bem no meio da baía!"

Parece que a expressão vem de "pegar tempo", ou seja, pegar mau tempo.Fulano está pegando tempo, para resolver a primeira questão de suaprova...Aquele marujo não conseguiu safar-se para a parada: pegou tempo,para arranjar um boné novo".

'ROSCA FINA', 'VOGA LARGA', E 'VOGA PICADA'

Na gíria maruja, muitas expressões externam o universal bom humor ouespirituosidade que caracterizam os homens do mar. As expressões “roscafina”, “voga picada” e “voga larga” são alguns exemplos:

Tradições Navais | Marinha do Brasil https://www.marinha.mil.br/content/tradicoes-navais

22 de 24 30/11/2017 12:54

“Rosca fina” (ou ainda “voga picada”) denomina o superior, Oficial ou Praça,que é exigente na observância das normas e regulamentos, bem como naexecução das fainas e tarefas, por si e pelos subordinados. O antônimo é o“voga larga”.

A origem do primeiro está no “aperto”, na “pressão” impressa pelo chefe,comparada pelo marinheiro a do parafuso com rosca fina - que “aperta mais”.A segunda vem de “voga”, que é a velocidade da remada ditada pelo patrãoaos remadores em uma embarcação a remos. Pode ser uma “voga picada”(regime de velocidade maior, portanto mais exaustivo para os remadores) ou“voga larga” (velocidade amena, mais calma, mais tranquila).

Institucional

Carreira Militar (https://www.marinha.mil.br/node/6860)

Comandante da Marinha(https://www.marinha.mil.br/content/comandante-da-marinha-2)

História Naval (https://www.marinha.mil.br/content/historia-naval)

Músicas e Hinos (https://www.marinha.mil.br/content/musicas-hinos-0)

Patrono (https://www.marinha.mil.br/content/patrono)

Postos e Graduações (https://www.marinha.mil.br/content/postos-e-graduacoes)

Tradições Navais (https://www.marinha.mil.br/content/tradicoes-navais)

Poder Naval

Ingresso na Marinha

Fuzileiros Navais (https://www.marinha.mil.br/cgcfn/)

Silhuetas (https://www.marinha.mil.br/sites/default/files/silhueta_internet.pdf)

Concursos (https://www.marinha.mil.br/ensino/)

Formas de Ingresso (https://www.marinha.mil.br/ensino/?q=concurso/formas-ingresso)

Mulher na Marinha (https://www.marinha.mil.br/?q=content/mulher-na-marinha-0)

Links Úteis

Programa Antártico Brasileiro(https://www.mar.mil.br/secirm/portugues/proantar.html)

Aviso aos Navegantes (http://www.mar.mil.br/dhn/chm/box-aviso-navegantes/aviso.html)

Hotéis de Trânsito (https://www.marinha.mil.br/content/hoteis-de-transito)

Sites Relacionados (https://www.marinha.mil.br/content/sites-relacionados-0)

Serviços

Perguntas Frequentes (https://www.marinha.mil.br/content/perguntas-frequentes)

Fale Conosco (https://www.marinha.mil.br/content/fale-conosco)

Área de Imprensa (https://www.marinha.mil.br/content/area-de-imprensa)

Tradições Navais | Marinha do Brasil https://www.marinha.mil.br/content/tradicoes-navais

23 de 24 30/11/2017 12:54

Barra GovBr (http://www.acessoainformacao.gov.br/)(http://www.brasil.gov.br/)

Tradições Navais | Marinha do Brasil https://www.marinha.mil.br/content/tradicoes-navais

24 de 24 30/11/2017 12:54