materiais amorficos e cristalinos

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1. INTRODUÇÃO O presente trabalho tem por objetivo apresentar as diferenças entre materiais amorfos (que não apresentam uma regularidade de longo alcance em sua estrutura atômica) e materiais cristalinos ( estrutura ordenada) através da descrição de suas propriedades/características exemplificando-os. 2. DESENVOLVIMENTO Os sólidos têm forma e volume definidos, possuem baixa compressibilidade, são densos, e apresentam baixa difusão em líquidos. Isso acontece especialmente devido ao fato de os sólidos serem formados por átomos, íons ou moléculas que estão em posições bem definidas. Segundo a distribuição espacial dos átomos, moléculas ou íons, os sólidos podem ser classificados em: cristalinos ou amorfos . Os sólidos cristalinos são caracterizados por possuírem uma estrutura ordenada como consequência de arranjos regulares de átomos que estão dispostos em posições fixas no espaço. Neles, os átomos, as moléculas ou íons que os constituem estão arranjados de uma forma periódica em três dimensões. As posições ocupadas seguem uma ordenação que se repete para grandes distâncias atômicas. Em estruturas cristalinas, o arranjo de uma posição em relação a uma outra posição qualquer deve ser igual ao arranjo observado em torno de qualquer outra posição do sólido, ou seja, qualquer posição em uma estrutura cristalina caracteriza-se por apresentar vizinhança semelhante. Os minerais cristalinos encontrados na natureza, por exemplo, formaram- se ao longo de muitos anos em condições extremas de pressão e temperatura, ou ainda por meio de processos lentos de evaporação. Cada sólido é formado por aglomerados de microestruturas características

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Materiais Amórficos e cristalinos

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1. INTRODUOO presente trabalho tem por objetivo apresentar as diferenas entre materiais amorfos (que no apresentam uma regularidade de longo alcance em sua estrutura atmica) e materiais cristalinos (estrutura ordenada) atravs da descrio de suas propriedades/caractersticas exemplificando-os.

2. DESENVOLVIMENTOOs slidos tm forma e volume definidos, possuem baixa compressibilidade, so densos, e apresentam baixa difuso em lquidos. Isso acontece especialmente devido ao fato de os slidos serem formados por tomos, ons ou molculas que esto em posies bem definidas. Segundo a distribuio espacial dos tomos, molculas ou ons, os slidos podem ser classificados em:cristalinosouamorfos.Os slidoscristalinosso caracterizados por possurem uma estrutura ordenada como consequncia de arranjos regulares de tomos que esto dispostos em posies fixas no espao.Neles, os tomos, as molculas ou ons que os constituem esto arranjados de uma forma peridica em trs dimenses. As posies ocupadas seguem uma ordenao que se repete para grandes distncias atmicas. Em estruturas cristalinas, o arranjo de uma posio em relao a uma outra posio qualquer deve ser igual ao arranjo observado em torno de qualquer outra posio do slido, ou seja, qualquer posio em uma estrutura cristalina caracteriza-se por apresentar vizinhana semelhante. Os minerais cristalinos encontrados na natureza, por exemplo, formaram-se ao longo de muitos anos em condies extremas de presso e temperatura, ou ainda por meio de processos lentos de evaporao. Cada slido formado por aglomerados de microestruturas caractersticas

As molculas das estruturas cristalinas podem possuir dois tipos de ligaes, as direcionais, em que se incluem as covalentes e dipolo-dipolo e as no-direcionais em que esto as ligaes metlica,inica, van der Walls.As estruturas cristalinas so formadas por clulas unitrias que so sua unidade bsica, pois constituem o menor conjunto de tomos associados encontrados numa estrutura cristalina.H sete tipos de sistemas cristalinos que abrangem as substnciasj conhecidas: Cbico: em que todos os ngulos so iguais a 90 Tetragronal: em que todos os ngulos so iguais a 90 Ortorrmbico: em que todos os ngulos so iguais a 90 Monoclnico: em que h dois ngulos iguais a 90 e dois ngulos diferentes de 90 Triclnico: em que todos ngulos so diferentes e nenhum igual a 90 Hexagonal: em que dois ngulos so iguais a 90 e um ngulo igual a 120 Rombodrico: em que todos os ngulos so iguais, mas diferentes de 90.Para cada possvel localizao dos tomos,onsou molculas em determinados pontos, h uma classificao das estruturas cristalinas em redes de Bravais. Assim, pode-se representar por uma tabela com os dados de uma das sete classificaes acima, de acordo com omaterialescolhido.Quando o mesmo elemento ou composto qumico apresenta diferentes formas cristalinas de acordo com as condies de presso etemperatura, esse fenmeno chamado polimorfismo. Como exemplo tem-se o Ferro (Fe), que pode apresentar as estruturas CFC (cristalina cbica de faces centradas) e CCC (cristalina cbica de corpo centrado), aspecto que deve ser considerado em sua utilizao, como em processos metalrgicos. O carbono tambm um exemplo de elemento polimrfico, presente no diamante, que uma estrutura extremamente dura, e tambm no grafite, que quebradio.A maior parte doconhecimentoa respeito das estruturas cristalinas so adquiridas atravs de tcnicas de raio-x, possibilitando a obteno de informaes a respeito da localizao correta de cada tomo.As estruturas cristalinas possuem caractersticas como a piezoeletricidade, que a capacidade de gerar umacorrente eltricase houver algum tipo de presso mecnica; ferroeletricidade que, embora no conduzam corrente eltrica, de acordo com a sua temperatura desenvolvem a polarizao espontnea, que pode ser invertida possibilitando a utilizao de um campo eltrico externo; efeito piroeltrico em que o aumento de temperatura causar a polarizao espontnea, em que se poder utilizar ocampo eltricogerado na superfcie do material e so semicondutores.Em funo destas propriedades, os materiais com estruturas cristalinas so amplamente usados pela indstria na confeco de termmetros, transistores, mquinas fotogrficas, relgios e balanas.

As estruturas no cristalinas, denominadas Amorfas, no apresentam uma regularidade de longo alcance em sua estrutura atmica. Em geral, materiais tem uma tendncia a atingir o estado cristalino porque o estado menos varivel e corresponde ao nvel mais baixo de energia. No entanto, os tomos em materiais amorfos so ligados de forma desordenada devido a fatores que inibem a formao de um arranjo peridico. tomos em materiais amorfos, portanto, ocupam posies espaciais aleatrias em oposio as posies especficas em slidos cristalinos.

A maioria dos polmeros, vidros e alguns metais pertencem a classe dos materiais amorfos. Nos polmeros, as ligaes entre as molculas secundrias no permitem a formao de cadeias paralelas e fechadas durante a solidificao. Como resultado, os polmeros, tais como cloreto de poli vinil, consistem em longas cadeias moleculares torcidas que se misturam para forma um slido com estrutura amorfa. Vidro inorgnico base de oxido, formado a partir da slica geralmente caracterizado como um material cermico e outro exemplo de uma estrutura amorfa. Em teoria, qualquer material cristalino pode formar uma estrutura no cristalina caso solidifique com suficiente rapidez a partir do estado fundido. Os materiais amorfos, devido a sua estrutura, possuem propriedades que so superiores. Por exemplo, os vidros metlicos possuem maior resistncia, melhores caractersticas de corroso e propriedades magnticas, quando comparados aos seus homlogos cristalinos. No apresentam padres de difrao acentuados quando analisados por difrao de raios X. Isso devido falta de ordem e periodicidade da estrutura atmica.

3. CONCLUSONos materiais cristalinos, o arranjo dos tomos, molculas ou ons ocorre de maneira regular obedecendo a uma determinada sequncia e orientao dentro do retculo cristalino.Nos materiais amorfos, tal regularidade no observada.Os materiais cristalinos normalmente apresentam temperatura constante durante a fuso, ou seja, apresentam ponto de fuso bastante especfico.Os materiais amorfos normalmente no apresentam temperatura constante durante a fuso. Podem ser distinguidos tambm atravs de um difratmetro de Raio X.

4. REFERNCIASNEVES, PAULO CESAR PEREIRA. Introduo mineralogia prtica. 2 Ed. Canoas: ULBRA. 2008.ADONAY RODRIGUES LOIOLA. Solidos amorfos e Cristalinos UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEAR. Disponvel em: < http://www.vdl.ufc.br/>ANGELO FERNANDO PADILHA. Materiais de Engenharia. Disponvel em: < http://www.ufrgs.br/petmateriais/graduacao/bibliografias/Hemus%20-%20Materiais%20de%20Engenharia.pdf/at_download/file>WILLIAM F. SMITH, JAVAD HASHEMI. Fundamentos de engenharia e cincia dos materiais. 5 Ed. McGraw-Hill. 2012.