maus tratos idoso.pdf

8/18/2019 MAUS TRATOS IDOSO.pdf

1/5

DIFICULDADE DE NOTIFICAÇÃO EM CASOS DE VIOLÊNCIAFAMILIAR PRATICADA AO IDOSO

Michelle Magalhães de Negreiros1* (IC), Ana Priscila Marques Lima2 (IC), Natasha Marques Frota3 (PQ)

1 Centro Universitário Estácio do Ceara-Curso Enfermagem2 Centro Universitário Estácio do Ceará- Curso Enfermagem

3 Centro Universitário Estácio do Ceará – Docente

[email protected]

Palavras-chave: Negligencia com o idoso. Maus-tratos ao idoso. Violência na família.

O Brasil é um país que envelhece a passos largos, uma das características que engloba essa

temática é o avanço da medicina, a descoberta de novos medicamentos, com isso permitindo uma

melhora na qualidade de vida e um desenvolvimento populacional adequado, a demanda de idosos

cresce a cada ano trazendo desafios significativos a políticas publicas a serem enfrentada, uma delas é

a violência familiar praticada a idosos que aumenta a cada dia, essas práticas que acomete o ambiente

domiciliar é um desafio que deve ser bem avaliado e respondido por profissionais qualificados que

tenham um preparo para atender essa demanda, pois o vínculo do idoso com a família algumas vezes

não permite que isso possa ser notificado. Objetivou-se identificar as principais consequências em

idosos vítimas de maus-tratos. Trata-se de uma revisão integrativa, onde utilizou-se as bases Literatura

Latino- Americana e do Caribe em Ciências da Saúde(LILACS), Biblioteca Virtual em Saúde e SCIELO -

Scientific

Electronic

Library Online para a busca das informações pretendidas através de descritorescorrespondentes às palavras: negligencia com o idoso, maus-tratos ao idoso e violência familiar, e tendo

como limite os anos 2011 a 2015.A analise dos estudos possibilitou verificar as principais dificuldades de

atuação da saúde publica em casos de violência intrafamiliar. Assim foi possível constatar a importância

de práticas a serem implementadas para uma investigação mais apurada desses casos.

O desenvolvimento constante do país esta sendo caracterizado pela diminuição de crianças e

adolescentes, mostrando uma forte prevalência de idosos e pessoas em desenvolvimento ativo, essa

mudança no contexto demográfico se caracteriza pela diminuição da taxa de fecundidade, que caiu de

6,2 filhos por mulher em 1960 para 1,8 filhos em 2012, o segundo é a diminuição da mortalidade infantil,

que passou de 121% em 1960 para 15,7% em 2012, alguns fatores contribuem para essa realidade

como, a descoberta de antibióticos, a criação de terapia intensiva e mudanças no estilo de vida também

XXI Encontro de Iniciação à Pesquisa Universidade de Fortaleza 19 à 23 de Outubro de 2015

RESUMO

INTRODUÇ O

mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]


2/5

favorecem para melhoria na qualidade de vida e avanço da sociedade e com essas relevâncias a

população foi criando hábito de envelhecimento saudável (DOLL;RAMOS;BUAES, 2015).

O Brasil vem trabalhando diversos avanços na política pública voltadas para o enfrentamento de

diversas questões pertinentes que atrasam a qualidade de vida da população idosa, o enfrentamento da

violência contra idosos é uma delas, mas apesar dos avanços conseguidos esse ainda se torna um tema

com abordagem enfraquecida, muito ainda precisa ser feito para implementá -las em sua totalidade. A

atenção primária á saúde tem uma grande importância nesse processo, pois qualifica um acesso

privilegiado á população e permite aos profissionais a detecção e encaminhamentos de possíveis

agravos. Porém, lidar com situações que envolvem violência contra o idoso exige um preparo

profissional.

A violência sempre esteve presente na história da humanidade. No Brasil, com maior frequência

a partir da década de 80, a violência intrafamiliar contra os idosos virou uma prática denunciada, porém,

ainda é de difícil diagnóstico e com isso passa a ser oculta de opinião pública (SHIMBO; LABRONICE;

MANTOVANI, 2011). A violência contra o idoso pode ser classificada em violência física, sexual, psicológica,

econômica, institucional, abandono/negligência e autonegligência. A violência intrafamiliar é

caracterizada pela prática ou omissão que prejudique o bem-estar, a integridade física e psicológica, ou

a liberdade e o direito ao desenvolvimento de um integrante do núcleo familiar sendo acometida dentro

ou fora de casa, a prática de maus-tratos dentro da família isso nomeia qualquer integrante do grupo

familiar que tenha responsabilidade sobre o indivíduo agredido, contendo laços de sangue ou não

(SHIMBO; LABRONICE; MANTOVANI, 2011).

A violência que mais prevalente é a psicológica e estatisticamente traz destaque para pessoas

com dependências significativas entre as que necessitam de auxilio em Atividades Básicas de VidaDiária e sofrer violência física, pessoas que carecem de cuidados realizados por outros tem uma

vulnerabilidade maior na aplicação de maus-tratos (FAUSTINO;GANDOLFI;MOURA, 2014).

A dificuldade que impacta tanto a atenção primária à saúde, quanto a estratégia de saúde da

família é a inespecificidade da atenção ao idoso o que prejudicam o seu bem -estar. Sendo assim o idoso

tem que ser trabalhado de uma maneira mais abrangente, focando tanto no seu bem estar físico quanto

mental, levando um olhar além da doença que caracterize sua capacidade funcional, pois existe uma

interação entre corpo e mente dependência financeira e o suporte social (FERNANDES,SOARES,2012).

Frente a essa realidade, questiona-se quais as consequências causada ao idoso que sofre maus

tratos?

Nesse sentido, o presente estudo teve como objetivo identificar as principais consequências em

idosos vítimas de maus-tratos.

O presente estudo trata-se de uma revisão integrativa, que possibilita resumir e reunir pesquisas

já concluídas sobre o tema escolhido, na qual as evidencias que se dispõe são avaliadas e formadas

METODOLOGIA


3/5

para ajudar no desenvolvimento do conhecimento da temática (MENDES; SILVEIRA; GALVÃO,2008).

Para norteamento da pesquisa, elaborou-se a seguinte pergunta: quais as maiores dificuldades

de notificação na violência intrafamiliar praticada ao idoso. A coleta de dados foi realizada em agosto de

2015, nos seguintes bancos de dados: Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde

(LILACS) e na biblioteca eletronica Scientific Eletronic Library Online (SCIELO). Para a busca foi utilizado

os descritores "maus-tratos ao idoso", "negligencia com idoso" e "violência na família".

Os critérios de inclusão para pesquisa foram: temas que abordassem a violência doméstica ao

idoso, publicados em português, inglês e espanhol na íntegra, artigos fundamentados por profissionais

de saúde. Os critérios de exclusão foram: trabalhos que exploravam a violência doméstica com caráter

de dissertação e teses, como outras pesquisas similares.

Foram encontrados dez estudos, dos quais seis estudos exploravam o tema proposto para

elaborar a seguinte pesquisa. Foi possível constatar pesquisas relacionadas ao tema são precárias e

foram distribuídas em diferentes cidades do Brasil, como, Brasília, Minas Gerais, Curitiba, quanto ao

período de publicação foram explorados artigos mais recentes para compor o estudo, a uma variação

relacionada com as datas que entre as seis publicações metade no caso três foram publicados em 2012,

trazendo abordagens interessantes sobre o temática abordada.

No que se refere a profissão dos autores, são relevantes aqueles da área da saúde o qual

prevalece os profissionais de enfermagem que dominam as pesquisas encontradas. A abordagem dos

estudos possibilitou a analisar práticas de maus-tratos aplicado a idosos no ambiente intrafamiliar,

mostrando as principais dificuldades que os profissionais de saúde enfrentam para diagnosticar a

predominância da violência na família, mostrando os principais pontos que ainda permanece obscuropara notificação dessa violência, a pesquisa esclarece os principais motivos que impedem que essa

prática seja denunciada, os idosos maltratados tem certa dificuldade de se abrir com profissionais ou

parentes que possivelmente o ajudariam nessa questão, o vínculo com a família também se torna

relevante com a essa prática, pois apesar de serem violentados alguns idosos temem pelo o que possa

pelo o que possa acontecer com seu familiar se essa prática for conhecida e registrada.

Pesquisas mostram que os idosos, vítimas de violência familiar, vivem em isolamento, encontram

dificuldade em revelar os abusos sofridos, por vergonha ou medo de retaliações dos agressores.

Portanto, a maior parte dos maus-tratos que acontece nas famílias se mantém, normalmente, em

segredo,o vínculo com a família forma um grande elo, que em algumas vezes o impedem de procuraremajuda, por medo das consequências que podem vir a prejudicar o agressor, permitindo assim a

continuidade da prática desses acontecimentos (WANDERBROOCKE; MORÉ, 2012).

A violência contra essa categoria não é algo recente, mas as pesquisas sobre esse assunto

ainda são precárias, mostrando pouca abordagem sobre essas práticas acometidas em casa,

dificultando o trabalho dos pesquisadores, pois são pesquisas que necessitam de um processo mais

explorador que expõe familiares que incomodam até mesmo os indivíduos vítimas dessas ações.

RESULTADOS E DISCUSS O


4/5

Pesquisas revelam que ambos os sexos sofrem com essa perturbação e que os mais

acometidos são idosos que necessitam de alguma ajuda para realizações de atividades diária e com

debilidades físicas e mentais, a agressão psicológica é a que chama mais atenção pois são bem

evidenciadas e acabam deixando o indivíduo mais vulneráveis a doenças crônicas pela exposição

prolongada desses maus-tratos, causando assim frustrações significativas em seu bem estar geral.

O ministério da saúde tem contribuído com algumas práticas que podem servir como auxilio para

a descoberta desses casos, a estratégia de saúde da família tem trabalhado junto com (ACS), para um

melhor diagnostico desses atos,procurando respostas nas comunidades e de certa forma acabam

ajudando com a descoberta desses atos praticados (ARAÚJO,CRUZ,ROCHA,2013).

Por meio da revisão integrativa foi possível observar a importância do tema abordado, e que a

perspectiva de mudanças para essa realidade é bem abrangente mostrando o quanto é importante para

os idosos o cuidado da saúde mental, assim como o bem estar físico depende de uma mente saudável

de acordo com a necessidade de cada um, entender que a prática de maus -tratos a idosos é uma

realidade que acontece a muitos anos e que essa ação pode danificar o estado do individuo trazendo

graves riscos a saúde, assim como seu bem estar geral, o estudo mostrou que a violência intrafamiliar é

o maior desafio que implica em ações mais drásticas para que possa ocorrer um preparo e qualifique

profissionais para que ocorra uma melhor maneira de detecção desses casos de violência doméstica,

permitindo assim um levantamento dessas práticas para que possibilite um certo controle a repeito

dessas práticas.permitindo uma mudança significativa que possibilite a abolição desses atos.

DOLL, J.; RAMOS, A.C.;BUAES, C.S. Apresentação- Educação e envelhecimento. Educação Real. Vol.

40, nº1, 2015.

KUCHEMANN, B. A. Envelhecimento populacional, cuidado e cidadania: velhos dilemas e novos

desafios. Soc. estado. [online]., v. 27, n.1, pp. 165-180, 2012.

FERNANDES, M.T.O;SOARES,F.M.O Desenvlvimento de Política Pública de Atenção ao Idoso no Brasil. Rev.ESC.enferm.USP., v. 46, n. 6,2012.

FAUSTINO, A.M.; GANDOLFI, L.; MOURA, L.B.A. Capacidade funcional e situações de violência em

idosos. Acta. Paul. Enferm., v. 27, n. 5, 2014.

CONCLUSÃO

REFERENCIAS


5/5

SHIMBO, A. Y.; LABRONICI, L. M.; MANTOVANI, M.F. O desenvolvimento de políticas publicas de

atenção ao idoso no Brasil. Rev. esc. Enferm., v. 46, n. 6, 2012.

WANDERBROOCKE,A.C.; MORE,C. Significados de violência familiar para idosos no contexto de

atenção primária. Psc.teor e pesq., v. 28, n. 4, 2012.

MENDES, K.D.S; SILVEIRA, R.C.C.P; GALVÃO, C.M. Revisão integrativa: método de pesquisa para

incorporação de evidências na saúde e na enfermagem. Rev.Texto & Contexto Enferm., v. 17, n. 4, p.

758-764, 2008.

A Deus que me concede força e me permite continuar, mesmo nas horas que me fazem pensar emdesistir ele acende uma luz e me da perseverança para continuar.

A minha orientadora, Natasha Frota, que apesar da sobrecarga que carrega não me deixou sozinha para

realização deste trabalho.

A minha colega Ana Priscila Marques, que mesmo com toda ocupação que tem em seu cotidiano, esteve

comigo do início ao fim deste trabalho.

E a todos que torceram e torcem para meu sucesso e que de alguma maneira me estimularam para esse

sucesso.

AGRADECIMENTOS

maus tratos idoso.pdf

Documents