maximilian hell, magnetizador

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Maximilian Hell Maximilian Hell (1720-1792) foi jesuíta húngaro, professor da Universidade de Viena onde ensinou matemática, astronomia, física e tecnologia e atraiu um grande número de pessoas às suas palestras célebres. Ele também era um escritor prodigioso e os seus escritos promoveram um entendimento popular entusiasmado para os temas da astronomia, espalhando a sua reputação por toda a Europa. Por causa de suas qualidades pessoais, bem como suas experiências científicas, Maximilian obteve grande admiração de todos que o conheciam, tendo sido eleito para as mais prestigiadas academias científicas da Europa. Os governantes da Inglaterra e Dinamarca ofereceram-lhe grandes pensões honoríficas a que modestamente recusou. Com o incentivo de colegas cientistas, ele tentou formar uma Academia Imperial de Ciência, mas foi frustrado por inimigos políticos dos jesuítas. Publicou com sucesso um jornal sobre as últimas descobertas científicas. Entre suas experiências estão aplicações bem sucedidas do magnetismo à medicina. Baseando-se nas ideias do magnetizador William Gilbert de que um imã transmite aos metais ferrosos as características da alma do magnetizador, Maximilian utilizou o mineral magnetita para criar um arranjo de placas magnéticas para a diminuição da dor de variados tipos de doenças, e obteve a cura de si mesmo de um reumatismo persistente. Em 1774 um nobre estrangeiro que passava por Viena encomendou ao padre jesuíta Maximilian Hell, que preparasse um ímã e tentasse curar a sua esposa de cólicas estomacais. Nenhum médico havia conseguido curá- la. O imã aplicado por Hell, entretanto teve um efeito positivo sobre a senhora. É nesse momento que o jovem chamado Franz Mesmer, recém-formado pela Universidade

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Page 1: Maximilian Hell, magnetizador

Maximilian Hell

Maximilian Hell (1720-1792) foi jesuíta húngaro, professor da Universidade de Viena onde ensinou matemática, astronomia, física e tecnologia e atraiu um grande número de pessoas às suas palestras célebres. Ele também era um escritor prodigioso e os seus escritos promoveram um entendimento popular entusiasmado para os temas da astronomia, espalhando a sua reputação por toda a Europa.

Por causa de suas qualidades pessoais, bem como suas experiências científicas, Maximilian obteve grande admiração de todos que o conheciam, tendo sido eleito para as mais prestigiadas academias científicas da Europa. Os governantes da Inglaterra e Dinamarca ofereceram-lhe grandes pensões honoríficas a que modestamente recusou. Com o incentivo de colegas cientistas, ele tentou formar uma Academia Imperial de Ciência, mas foi frustrado por inimigos políticos dos jesuítas. Publicou com sucesso um jornal sobre as últimas descobertas científicas. Entre suas experiências estão aplicações bem sucedidas do magnetismo à medicina. Baseando-se nas ideias do magnetizador William Gilbert de que um imã transmite aos metais ferrosos as características da alma do magnetizador, Maximilian utilizou o mineral magnetita para criar um arranjo de placas magnéticas para a diminuição da dor de variados tipos de doenças, e obteve a cura de si mesmo de um reumatismo persistente. Em 1774 um nobre estrangeiro que passava por Viena encomendou ao padre jesuíta Maximilian Hell, que preparasse um ímã e tentasse curar a sua esposa de cólicas estomacais. Nenhum médico havia conseguido curá-la. O imã aplicado por Hell, entretanto teve um efeito positivo sobre a senhora. É nesse momento que o jovem chamado Franz Mesmer, recém-formado pela Universidade Jesuíta de Dillingen, na Baviera, amigo de Maximilian Hell, se interessa pela experiência. Mesmer providenciará um aprimoramento do método de Maximilian, mas livrando-se do uso de ímãs estabelecerá a cura de vários pacientes com base na existência de fluídos cósmicos que circulam em torno do corpo humano.

Contribuição de Maximilian Hell: demonstrou a cura dos mais variados tipos de doenças com o uso de placas de magnetita aplicados sobre o corpo do doente.

Fonte: Bibliothèque de la Compagnie de Jésus, Carolus Sommervogel, Bruxelles: Sociéte Belge de Librarie, vol IV, pg. 237-238