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Módulo II: Organização do
Sistema de Saúde
Patrícia de Magalhães Abrantes
REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE (RAS)
Atenção à Saúde: Sistema resolutivo com integralidade das
ações, acolhimento, humanização, vínculo
profissional/unidade/paciente buscando a intersetorialidade.
Modelo assistencial ou de atenção à Saúde: o modo como são
produzidas as ações de saúde e a maneira como os serviços
se organizam para produzi-las e distribuí-las. Inclui como os
diversos processos de trabalho se relacionam.
Modelos de atenção em saúde
Perfil epidemiológico brasileiro caracterizado por tripla carga
de doenças: a) persistência das doenças parasitárias,
infecciosas e desnutrição e importantes problemas na
saúde reprodutiva; b) desafio das doenças crônicas e seus
fatores de risco; c) causas externas em decorrência do
aumento da violência e dos acidentes de trânsito.
PNAD - 2008
Perfil epidemiológico x envelhecimento da população
Modelos de atenção em saúde
Envelhecimento da população
1980 1990 2000
2010 2030 2020 IBGE - 2004
Modelos de atenção em saúde
Envelhecimento da população
De 2005 a 2030: No Brasil a população idosa passa
de 10% (20 mi) para 15% (mais de 40 mi);
Modelos de atenção em saúde
Como recompor a coerência entre uma
situação de saúde de tripla carga de
doenças e o sistema de atenção à saúde?
Implantar mudanças profundas que
permitam superar o sistema fragmentado
vigente através da implantação das Redes
de Atenção à Saúde (RAS).
Redes de Atenção à Saúde como estratégia para superar a
fragmentação da atenção e da gestão nas Regiões de Saúde e
aperfeiçoar o funcionamento político institucional do SUS com
vistas a assegurar ao usuário um conjunto de ações e serviços
que necessita com efetividade e eficiência.
Intensa fragmentação se traduz por:
Lacunas assistenciais importantes com foco nas condições agudas;
passividade do usuário; financiamento insuficiente, sistema
fragmentado e de baixa eficiência; incoerência entre a oferta de
serviços e a necessidade; fragilidade na gestão do trabalho;
pulverização dos serviços mo município e pouca inserção da
vigilância e promoção à saúde no cotidiano dos serviços de saúde.
Por que organizar Redes de Atenção à Saúde?
Dificuldade em superar a intensa fragmentação das ações e serviços de
saúde no SUS;
Necessidade de qualificar a gestão do cuidado;
Superar o modelo centrado nas ações curativas e no cuidado médico;
Insuficiente modelo estruturado com ações e serviços de saúde;
Por que organizar Redes de Atenção à Saúde
Superar a diversidade de contextos regionais com diferenças sócio
econômicas e de necessidades de saúde da população;
Lidar com o elevado peso da oferta privada e seus interesses e pressões;
Desafio de lidar com a completa inter-relação entre acesso, escala,
escopo, qualidade, custo e efetividade.
Por que organizar Redes de Atenção à Saúde
Perfil epidemiológico brasileiro caracterizado pela tripla carga de
doença;
Persistência das doenças infecciosas, parasitárias e de desnutrição e
importantes problemas de saúde reprodutiva;
Desafio das doenças crônicas e seus fatores de risco;
Crescimento das causas externas;
Por que organizar Redes de Atenção à Saúde
Permite um sistema integrado de saúde operando ativamente e de
forma contínua voltado de maneira equilibrada para as condições
agudas e crônicas.
Portaria 4279, de 30 de setembro de 2010
Estabelece diretrizes para a organização da
Rede de Atenção à Saúde no âmbito do
Sistema Único de Saúde (SUS).
Redes de atenção à Saúde - Conceito
São organizações poliárquicas de conjunto de serviços de saúde
vinculados entre si por uma missão única, por objetivos comuns
e por uma ação cooperativa e interdependente, que permitem
ofertar uma atenção contínua e integral a determinada
população, coordenada pela APS prestada no tempo certo, no
lugar certo, com o custo certo, com a qualidade certa e de
forma humanizada, e com responsabilidades sanitária e
econômica por esta população (Mendes, 2005).
Redes de atenção à Saúde – Conceito
São arranjos organizativos de ações e serviços de saúde, de
diferentes densidades tecnológicas, que integradas por meio de
sistema de apoio técnico, logístico e de gestão, buscam garantir
a integralidade do cuidado (Portaria 4279/2010).
Redes de atenção à saúde – O que os
conceitos tem em comum?
Implicam Missão única, objetivos
comuns e planejamento conjunto.
Redes de atenção à Saúde – Objetivos
Promover a integração sistêmica, de ações e serviços
de saúde com provisão de atenção contínua, integral,
de qualidade, responsável e humanizada, bem como incrementar o
desempenho do Sistema, em termos de acesso, equidade,
eficácia clínica e sanitária e eficiência econômica.
Redes de atenção à Saúde – Objetivos
Promover a integração sistêmica, de ações e
serviços de saúde com provisão de atenção
contínua, integral, de qualidade, responsável e
humanizada, bem como incrementar o desempenho do Sistema, em
termos de acesso, equidade, eficácia clínica e sanitária e
eficiência econômica.
Redes de atenção à Saúde – Objetivos incluem
Contemplar localização geográfica;
Promover distribuição espacial;
Definir: área de abrangência, prestadores de serviço, complexidade
das unidades, recursos humanos, produção de serviços, sistemas de
referência e contra referência.
Redes de atenção à Saúde – Características
Formação de relações horizontais entre os pontos
de atenção com o centro de comunicação na APS,
pela centralidade das necessidades em saúde de uma
população, pela responsabilização na atenção contínua
e integral, pelo cuidado multiprofissional, pelo compartilhamento
de objetivos e compromissos com os resultados sanitários e
econômicos.
Redes de atenção à Saúde – Características
Fundamenta-se na compreensão da APS como primeiro
nível de atenção, enfatizando a função resolutiva dos
cuidados primários sobre os problemas mais comuns de
saúde e a partir do qual se realiza e coordena o cuidado em
todos os pontos de atenção;
Todos os pontos de atenção são igualmente importantes
para que se cumpram os objetivos da rede.
Quais são os pontos de atenção?
Os domicílios, as unidades básicas de saúde, as
unidades ambulatoriais especializadas, os serviços
de hemoterapia e hematologia, os centros de
apoio psicossocial, as residências terapêuticas,
dentre outras;
Os hospitais podem abrigar distintos pontos de
atenção à saúde como ambulatório de pronto
atendimento, unidade de cirurgia ambulatorial,
centro cirúrgico, maternidade dentre outros.
Redes de atenção à Saúde –
Fundamentos
Economia de Escala, Qualidade, Suficiência,
Acesso e Disponibilidade de Recursos;
Integração Vertical e Horizontal;
Processo de Substituição;
Região de Saúde ou abrangência;
Níveis de Atenção.
Redes de atenção à Saúde – Atributos
População e território definidos com
conhecimento de suas necessidades;
Extensa gama de serviços de saúde que
prestem serviços de promoção, prevenção,
diagnóstico, tratamento e programas focados
em doença, riscos e populações específicas;
APS estruturada como primeiro nível de
atenção e porta de entrada do sistema;
Redes de atenção à Saúde – Atributos
Prestação de serviços especializados em lugar
adequado;
Existência de mecanismos de coordenação,
continuidade do cuidado e integração assistencial;
Atenção à saúde centrada no indivíduo, na
família e na comunidade;
Sistema de governança único para toda a rede;
Redes de atenção à Saúde – Atributos
Participação social ampla;
Ação intersetorial e abordagem dos
determinantes da saúde e da equidade em
saúde;
Gestão integrada dos sistemas de apoio
administrativo, clínico e logístico;
RH suficiente, competente e comprometido;
Redes de atenção à Saúde – Atributos
Sistema de Informação integrado que vincula
todos os membros da rede;
Gestão baseada em resultados;
Financiamento tripartite, garantido e
suficiente, alinhado com as metas da rede.
Redes de Atenção à Saúde – Elementos constitutivos 1. População e região de saúde
Organização da população:
Territorialização, cadastramento das famílias;
Classificação das famílias por riscos sócio
sanitários;
Vinculação das famílias às unidades de
APS/ESF;
Identificação de subpopulações com fatores de riscos;
Identificação de subpopulações com condições de saúde
muito complexas.
Redes de Atenção à Saúde – Elementos
constitutivos
2. Estrutura operacional: são os diferentes pontos de
atenção à saúde.
Estrutura Operacional
Sistemas de Apoio: lugares institucionais onde
se prestam serviços comuns a todos os pontos
de atenção, nos campos de apoio diagnóstico e
terapêutico, da assistência farmacêutica e dos
sistemas de informação em saúde;
Sistemas Logísticos: são soluções tecnológicas
que garantem uma organização racional dos
fluxos e contrafluxos ao longo dos pontos de
atenção;
Estrutura Operacional
Sistemas de Governança: é o arranjo
organizativo que permite a gestão de todos os
componentes da rede aumentar a
interdependência entre eles e obter resultados
sanitários e econômicos para a população
adscrita.
Redes de Atenção à Saúde – Elementos constitutivos
3. Modelos de atenção à saúde: são sistemas
lógicos que organizam o funcionamento das redes de atenção à saúde, articulando, de forma singular, as relações entre as populações e subpopulações estratificadas por risco, os focos de intervenção
dos sistema e os diferentes tipos de intervenções. Há modelos de atenção à saúde para intervenções
agudas e crônicas.
Diretrizes e estratégias para implementação da Redes de
Atenção à Saúde (RAS)
Fortalecer a APS para realizar a coordenação do
cuidado e ordenar a organização da rede de atenção;
Fortalecer o papel dos colegiados gestores regionais no
processo de governança da RAS;
Fortalecer a política de gestão do trabalho e da educação na
RAS;
Diretrizes e estratégias para implementação da Redes de
Atenção à Saúde (RAS)
Implementar o sistema de Planejamento da RAS;
Desenvolver os Sistemas Logístico e de Apoio da RAS;
Definir financiamento do Sistema na perspectiva da RAS.
Assistência Farmacêutica nas RAS
Envolve uma organização complexa
exercitado por um grupo de atividades
relacionadas com o medicamento, destinadas
a apoiar as ações de saúde destinadas a uma
comunidade, englobando intervenções
logísticas e ações assistenciais da farmácia
clínica. Devem estar apoiados pela
famacoeconomia e farmacoepidemiologia.
Assistência Farmacêutica na RAS
Segundo VALENTE, 2004,
experiências desenvolvidas por
operadoras de plano de saúde nos
EUA, mostraram que cada US$1
investido em assistência farmacêutica
gerou uma economia de US$6 nas
internações hospitalares e em cirurgias.
Assistência Farmacêutica na RAS
Intervenções logísticas: programação, aquisição,
armazenamento e distribuição.
Farmácia clínica: muda o foco do profissional do
medicamento para membro de uma equipe
multiprofissional interagindo com os demais profissionais e
usuários, suas famílias e a comunidade, de forma a gerar
vínculos permanentes, com base no acolhimento,
humanização e práticas clínicas.
Assistência Farmacêutica na RAS
Farmácia clínica: envolve o formulário
terapêutico, a dispensação, a adesão ao
tratamento, a conciliação de
medicamentos e a farmacovigilância.
Redes de Atenção à Saúde - Conclusão
Há, na literatura internacional, provinda de vários países,
evidências de boa qualidade de que as redes de atenção à
saúde podem melhorar a qualidade clínica, os resultados
sanitários, a satisfação dos usuários e reduzir os custos dos
sistemas de atenção à saúde.
Evidências do impacto das redes de atenção à saúde no
sistema de saúde
Reduzem a fragmentação da atenção;
Melhoram a eficiência global do sistema;
Evitam a multiplicação de infraestrutura e serviços;
Respondem melhor às necessidades das pessoas;
Melhoram o custo efetividade dos serviços de saúde;
Evidências do impacto das redes de atenção à saúde no
sistema de saúde
Reduzem a fragmentação da atenção;
Melhoram a eficiência global do sistema;
Evitam a multiplicação de infraestrutura e serviços;
Respondem melhor às necessidades das pessoas;
Melhoram o custo efetividade dos serviços de saúde;
Evidências do impacto das redes de atenção à saúde no
sistema de saúde
Reduzem hospitalizações desnecessárias;
Diminuem a utilização excessiva de serviços e exames;
Diminuem o tempo de permanência hospitalar;
Produzem economia de escala e de escopo;
Aumentam a produtividade do sistema;
Evidências do impacto das redes de atenção à saúde no
sistema de saúde
Melhoram a qualidade da atenção;
Produzem oferta balanceada da atenção geral e
especializada;
A continuidade da atenção gera maior efetividade clínica;
Facilitam a utilização dos diferentes níveis de atenção pelas
pessoas;
Evidências do impacto das redes de atenção à saúde no
sistema de saúde
Aumentam a satisfação dos usuários;
Facilitam o autocuidado pelas pessoas.
ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE - APS
Conceito de APS
OMS - Declaração de Alma Ata (1978):
Atenção essencial à saúde baseada em tecnologias e
métodos práticos, cientificamente comprovados e
socialmente aceitáveis, tornados universalmente
acessíveis a indivíduos e famílias na comunidade
por meios aceitáveis para eles e a um custo que
tanto a comunidade quanto o país possa arcar em
cada estágio do seu desenvolvimento, um espírito
de autoconfiança e determinação...
OMS - Declaração de Alma Ata (1978):
... é parte integral do sistema de saúde do país, do
qual é função central, sendo o enfoque principal
do desenvolvimento social e econômico global da
comunidade. É o primeiro nível de contato dos
indivíduos, da família e da comunidade com o
sistema nacional de saúde, levando a atenção à
saúde o mais próximo possível do local onde as
pessoas vivem e trabalham, constituindo o
primeiro elemento de um processo de atenção
continuada à saúde.
Starfield (2002):
É aquele nível de um sistema de serviços de
saúde que oferece a entrada no sistema para
todas as novas necessidades e problemas,
fornece atenção sobre a pessoa (não
direcionada para a enfermidade) no decorrer
do tempo, fornece atenção para todas as
condições, exceto as muito incomuns ou raras,
e coordena ou integra a atenção fornecida em
outro lugar ou por terceiros.
Conceito de APS
A Atenção Básica caracteriza-se por um conjunto de
ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que
abrange a promoção e a proteção da saúde, a
prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento,
a reabilitação, a redução de danos e a manutenção
da saúde com o bjetivo de desenvolver uma atenção
integral que impacte na situação de saúde e
autonomia das pessoas enos determinantes e
condicionantes da saúde das coletividades.
Conceito de APS – Portaria 2.488 de 21/10/11
APS - Regulamentação
Portaria Nº 648 de 28/03/06; (revogada)
Portaria Nº 2.488 de 21/10/2011 do MS : aprova a Política
Nacional de Atenção Básica e estabelece a revisão de
diretrizes e normas para a organização da Atenção Básica,
para a Estratégia Saúde da Família (PSF) e para o Programa
de Agentes Comunitários de Saúde (PACS).
• A Atenção Básica é desenvolvida com o mais alto
grau de descentralização e capilaridade. Deve ser
o contato preferencial dos usuários, a principal
porta de entrada e centro de comunicação da
RAS.
Política Nacional de Atenção Básica
• A Atenção Básica orienta-se pelos princípios da
universalidade, da acessibilidade, do vínculo, da
continuidade do cuidado, da integralidade da
atenção, da responsabilização, da humanização, da
equidade e da participação social.
Política Nacional de Atenção Básica
• A Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) considera os termos
Atenção Básica e Atenção Primária à Saúde como equivalentes;
• A PNAB tem na Saúde da Família sua estratégia prioritária para
expansão e consolidação da atenção básica.
Política Nacional de Atenção Básica
Responsabilidade de cada esfera governamental na
Atenção Básica;
Infraestrutura e funcionamento da Atenção Básica;
Processo de trabalho das equipes de atenção básica;
Educação permanente como estratégia de gestão;
Atribuição dos membros das equipes de atenção
básica;
Política Nacional de Atenção Básica - Define
Especificidades da Estratégia Saúda da Família
(ESF);
Especificidades da Estratégia de Agentes
Comunitários de Saúde (EACS);
Equipes de atenção básica para populações
específicas: equipes de consultório de rua, de
populações ribeirinhas e outras;
Política Nacional de Atenção Básica - Define
Abrangência e escopo das ações do Núcleo de
Apoio à Saúda da Família (NASF);
Ações do Programa Saúde na Escola (PSE);
Processo de implantação, credenciamento,
cálculo dos tetos das equipes de atenção
básica e do financiamento da atenção básica.
Política Nacional de Atenção Básica - Define
APS - Funções
Ser base: ser a modalidade de atenção e de serviço de saúde com
o mais alto grau de descentralização;
Ser resolutiva: identificar riscos, necessidades e demandas de
saúde utilizando tecnologias de cuidado individual e coletivo;
APS - Funções
Coordenar o cuidado: elaborar, acompanhar e gerir projetos
terapêuticos, bem como acompanhar e organizar os fluxos;
Ordenar as redes: reconhecer as necessidades de saúde da
população organizando as em relação aos outros pontos de
atenção.
APS – Princípios
Primeiro contato
Longitudinalidade
Integralidade
Coordenação do cuidado
Abordagem familiar
Enfoque Comunitário
Primeiro contato
Acesso e utilização do serviço de saúde
para cada novo evento de saúde ou novo
episódio do mesmo evento.
Primeiro Contato - Acesso
Acesso geográfico;
Acesso sócio-organizacional: recursos que
facilitam ou impedem os esforços das
pessoas em receber os cuidados de uma
equipe de saúde.
Primeiro contato
Longitudinalidade
Integralidade
Coordenação do cuidado
Abordagem familiar
Enfoque Comunitário
APS – Princípios
Longitudinalidade do cuidado
Relação pessoal que se estabelece ao longo do
tempo, entre indivíduos e um profissional ou uma
equipe de saúde;
Pressupõe a existência de uma fonte regular de
atenção e seu uso ao longo do tempo;
A continuidade do cuidado significa o
acompanhamento durante um episódio de doença.
Primeiro contato
Longitudinalidade
Integralidade
Coordenação do cuidado
Abordagem familiar
Enfoque Comunitário
APS – Princípios
Integralidade
Cuidado integral: capacidade da equipe de saúde em
lidar com a ampla gama de necessidades em saúde do
individuo, da família ou das comunidades, seja
resolvendo-os, o que pode ocorrer em 85% das
situações (STARFIELD, 1994), por meio da oferta de um
conjunto de ações e serviços ou referindo-se aos outros
pontos de atenção à saúde.
Integralidade
A abordagem é voltada para o
indivíduo, sua família e seu
contexto.
Primeiro contato
Longitudinalidade
Integralidade
Coordenação do cuidado
Abordagem familiar
Enfoque Comunitário
APS – Princípios
Coordenação do Cuidado
Essência: disponibilidade de informação (pessoa,
sua história, seus problemas, ações, recursos
disponíveis) e a utilização da informação que
deve ser de fácil obtenção, com registros
disponíveis, com mecanismos de referência e
contrarreferência e recomendações escritas aos
pacientes.
APS – Princípios
Primeiro contato
Longitudinalidade
Integralidade
Coordenação do cuidado
Abordagem familiar
Enfoque Comunitário
Abordagem familiar
Qual o conceito de família?
Qual a sua composição?
Onde ela se estrutura?
Como ela se estrutura?
Quais os valores mais importantes
para uma família?
Abordagem familiar
Conhecimento da equipe de saúde dos membros da
família e de seus problemas de saúde;
Conceito de família (MS): “conjunto de pessoas, ligadas
por laços de parentesco, dependência doméstica ou
normas de convivência, que residem na mesma unidade
domiciliar. Inclui empregado(a) doméstico(a) que reside
no domicílio, pensionista e agregados”.
APS – Princípios
Primeiro contato
Longitudinalidade
Integralidade
Coordenação do cuidado
Abordagem familiar
Enfoque Comunitário
Enfoque Comunitário
Diz respeito ao envolvimento da
comunidade na tomada de decisão em
todos os níveis de atenção e tem sido
viabilizado pelo controle social.
Enfoque Comunitário
Utiliza habilidades clínicas, epidemiológicas,
ciências sociais e pesquisas avaliativas, de
forma complementar, para ajustar os
programas para que atendam as
necessidades específicas de saúde de uma
população definida.
Faz-se necessário:
Definir e caracterizar a comunidade;
Identificar os problemas de saúde da comunidade;
Modificar programas para abordar esses
problemas;
Monitorar a efetividade das modificações do
programa.
Enfoque Comunitário
APS – Condições Crônicas
A APS deve ser orientada para a atenção às
condições crônicas, com o objetivo de
controlar as doenças e agravos de maior
relevância , através da adoção de tecnologias
de gestão da clínica, diretrizes clínicas e
gestão de patologias.
Gestão da Clínica: é “a aplicação de
tecnologias de microgestão dos serviços de
saúde com a finalidade de assegurar padrões
clínicos ótimos, de aumentar a eficiência, de
diminuir os riscos para os usuários e para os
profissionais, de prestar serviços efetivos e
de melhorar a qualidade da atenção à saúde”
(MENDES, 2006).
APS – Condições Crônicas
As principais tecnologias de microgestão utilizadas são:
Diretrizes Clínicas, Listas de Espera Baseadas em
Prioridades e Auditoria Clínica.
APS – Sistema de Informação
Parte integrante do processo de trabalho das
equipes de SF. É o cadastro da população adscrita e
a manutenção de um sistema de informações sobre
as ações realizadas que permite e qualifica a prática
de vigilância em saúde, além de possibilitar que a
própria equipe avalie e acompanhe o
desenvolvimento de suas ações.
APS - Parâmetros
UBS: 1 para, no máximo, 18.000 hab. em municípios sem
ESF e 1 para, no máximo, 12.000 hab. Em municípios com
ESF;
ESF (MS): 1 ESF para, no máximo, 4.000 pessoas, sendo a
média recomendada de 3.000 pessoas;
APS - Parâmetros
Não existe parâmetro para cobertura de Saúde Bucal. Tem
sido usado 1 ESB para cada 1 a 2 equipes médicas/de
enfermagem;
ACS: 1 para, no mínimo 400 e no máximo 750 pessoas, e
cobertura de 100% da população cadastrada da área de
cada equipe. No máximo 12 ACS por ESF;
EACS: 1 enfermeiro para, no máximo, 12 ACS com população,
de, no máximo, 750 pessoas cada;
Número máximo de ESF/município: população/2400;
Número máximo de ACS/município: população/2400;
APS - Parâmetros
Número máximo de NASF 1- municípios < 100.000 hab:
número de ESF/5;
Número máximo de NASF 1- municípios > 100.000 hab:
número de ESF/8;
Número máximo de NASF 2/município: 1.
APS - Parâmetros
APS – Barreiras a sua implementação
Dificuldades em mudar o enfoque curativo-hospitalar em
preventivo e comunitário;
Segmentação e fragmentação dos sistemas de saúde;
Falta de compromisso político;
Coordenação inadequada entre comunidades e agências locais
nacionais e internacionais;
Uso inadequado dos dados locais;
Fraca articulação intersetorial;
Mudanças econômicas e de ideologias políticas;
Volatilidade das condições macroeconômicas podendo levar ao
subfinanciamento do sistema;
Falta de investimento em recursos humanos;
APS – Barreiras a sua
implementação
APS – Fatores facilitadores
Reconhecimento de que a liderança do setor saúde é
determinada por muitos fatores;
Melhorias na equidade;
Garantia de financiamento suficiente;
Ênfase na prevenção e promoção de saúde;
Incentivos à participação e responsabilização;
Um sistema de saúde baseado na APS requer:
Fundamentação legal sólida, institucional e organizacional;
Recursos humanos, financeiros e tecnológicos adequados e
sustentáveis;
Competências definidas com serviços públicos e privados
integrados;
APS - Conclusões
Um sistema de saúde baseado na APS requer:
Enfoque na família e comunidade;
Geração de informações para o planejamento;
Incentivos para a melhoria de qualidade do serviço.
APS - Conclusões
“Evidências internacionais sugerem que os sistemas de saúde
fortemente orientados pela APS geram resultados em
saúde melhores e mais equitativos, são mais eficientes, tem
menores custos com atenção à saúde e podem conquistar
maior satisfação do usuário que sistemas de saúde com
fraca orientação à APS.”
APS - Conclusões
NÚCLEO DE APOIO À SAÚDE DA FAMÍLIA - NASF
Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) - Regulamentação
Portaria 154 de 24/01/2008 (cria o NASF, revogada Port. 2488
AtenBasica)
Deliberação da CIB - SUS / MG Nº 423de 21/02/2008
Portaria Nº 409 de 23/07/2008 do MS (cadastro scnes)
Portaria Nº 2.843 de 20/09/2010 do MS (cria NASF 3, revogada pela
Port. 2488 AtenBasica)
Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) - Regulamentação
Portaria Nº 2.488 de 21/10/2011 do MS (Política Nacional de Atenção
Básica, extingue NASF 3)
Portaria Nº 3.124 de 28/12/2012 do MS (redefine parâmetros, cria
NASF 3)
Portaria Nº 548 de 04/04/2013 do MS (redefine financiamento)
NASF - Objetivos
Equipes compostas por profissionais de diferentes áreas de conhecimento
Parceria com os profissionais das Equipes de Saúde da Família (ESF), compartilhando
as práticas em saúde nos territórios
Apoio às ESF
Apoiar a inserção da ESF na rede de serviços;
Ampliar a abrangência e o escopo das ações de Atenção Básica;
Aumentar a resolubilidade.
Parâmetro NASF 1 NASF 2 NASF 3
Nº ESF 5-9 3-4 1-2
População > 100.000 < 100.000 < 20.000
Nº horas de
profissionais
Mín 200 h Mín 120 h
Mín 80 h
Carga
horária
semanal/prof
Mín 20 h
Máx 80 h
Mín 20 h
Máx 40 h
Mín 20 h
Máx 40 h
Implantação R$ 20.000 R$ 12.000,00 R$ 8.000,00
Custeio R$ 20.000 R$ 12.000,00 R$ 8.000,00
Nº máximo _ 1 1
Profissionais médico acupunturista,
assistente social, educador
físico, farmacêutico,
fisioterapeuta, fonoaudiólogo,
ginecologista, homeopata,
nutricionista, pediatra,
psicólogo,
psiquiatra,terapeuta
ocupacional, geriatra,
internista, médico do trabalho,
veterinário, profissional arte
educador e sanitarista.
médico acupunturista,
assistente social, educador
físico, farmacêutico,
fisioterapeuta, fonoaudiólogo,
ginecologista, homeopata,
nutricionista, pediatra,
psicólogo,
psiquiatra,terapeuta
ocupacional, geriatra,
internista, médico do trabalho,
veterinário, profissional arte
educador e sanitarista.
médico acupunturista,
assistente social,
educador físico,
farmacêutico,
fisioterapeuta,
fonoaudiólogo,
ginecologista,
homeopata,
nutricionista, pediatra,
psicólogo, psiquiatra e
terapeuta ocupacional.
Gestor municipal: define a composição do NASF;
CIB SUS/MG 423/08:
recomenda-se que cada NASF conte com um farmacêutico,
visando garantir a necessária segurança, a eficácia e a
qualidade dos medicamentos, a promoção do uso racional e o
efetivo acesso da população àqueles considerados essenciais.
SMS
• Definir território de atuação do NASF
• Planejar as ações
• Definir o plano de ação do NASF em conjunto com as ESF
• Selecionar, contratar e remunerar os profissionais
• Manter atualizado o cadastro dos profissionais
• Disponibilizar estrutura física adequada e garantir os recursos de custeio
• Avaliar
• Assegurar o cumprimento da carga horária dos profissionais
• Estabelecer estratégias para desenvolver parceria com os demais setores da sociedade
SES
• Quando necessário, estimular a criação de consórcios intermunicipais para implantação de NASF 1 entre os municípios;
• Assessorar, acompanhar e monitorar o desenvolvimento das ações dos NASF;
• Realizar avaliação e/ou assessorar sua realização;
• Acompanhar a organização da prática e do funcionamento dos NASF.
NASF - Atribuições
•Abordagem multiprofissional e
interdisciplinar;
•Apoio matricial;
•Demanda referenciada/ NASF não
é porta de entrada.
APS NASF
Integralidade da atenção;
ESF coordenadora do cuidado;
Território;
População definida e suas necessidades;
Foco ampliado para família;
Ações de promoção da saúde e
prevenção;
Articulação comunitária e intersetorial.
O que deve estar bem definido:
•Tarefas a serem estabelecidas entre gestor, equipe do NASF e
equipe da SF;
•Critérios de acionar o apoio.
indivíduo
Equipe de Saúde
família/
comunidade
NASF – Eixos de atuação
Reuniões periódicas com a
ESF
Discussão de casos e
elaboração de plano terapêutico
Assistência domiciliar
Assistência individual
Assistência coletiva
Ações técnico-pedagógicas
NASF – Processo de trabalho
NASF - Principais Ferramentas
APOIO MATRICIAL
Objetiva assegurar retaguarda especializada a equipes e profissionais
encarregados da atenção a problemas de saúde;
Dimensões de suporte assistencial e técnico pedagógico;
Assistencial: ação clínica direta;
Técnico pedagógica: ação de apoio com e para a equipe;
Conhecimento nuclear do especialista e compartilhável entre a ESF.
CLÍNICA AMPLIADA Abordar a complexidade;
Objeto o sujeito doente e não a doença – modo singular de ver o sujeito;
Incorporação das fragilidades subjetivas e das redes sociais, para além
dos riscos biológicos;
Ampliação do repertório de ações – produção de autonomia,
autocuidado, capacidade de intervenção na realidade, desenvolvimento da
sociabilidade e cidadania;
Reconhecer os limites dos conhecimentos dos profissionais de saúde e
das tecnologias por eles empregadas e buscar outros conhecimentos em
diferentes setores;
A Clínica Ampliada propõe que o profissional de saúde desenvolva a
capacidade de ajudar as pessoas, não só a combater as doenças, mas a
transformar-se, de forma que a doença, mesmo sendo um limite, não a
impeça de viver outras coisas na sua vida.
PROJETO TERAPÊUTICO
é um conjunto de propostas de condutas terapêuticas articuladas, para
um sujeito individual ou coletivo, resultado da discussão coletiva de uma
equipe interdisciplinar, com apoio matricial se necessário;
dedicado a situações mais complexas;
pode ser feito para grupos ou famílias e não só para indivíduos;
uma história clínica mais completa, sem filtros, tem uma função
terapêutica em si mesma, na medida em que situa os sintomas na vida do
Sujeito e dá a ele a possibilidade de falar, o que implica algum grau de
análise sobre a própria situação.
São ações de responsabilidade de todos os profissionais que compõem os NASF, a serem desenvolvidas em conjunto com as
Equipes de Saúde da Família/ESF e a comunidade
Identificar as ações e as práticas a serem adotadas em cada uma das áreas;
Identificar o público prioritário;
Atuar nas atividades desenvolvidas pelas ESF;
Acolher os usuários e humanizar a atenção;
Desenvolver coletivamente ações que se integrem a outras políticas sociais;
Promover a gestão integrada e a participação dos usuários nas decisões;
Elaborar estratégias de comunicação para divulgação e sensibilização das
atividades dos NASF;
Participar da avaliação do desenvolvimento e a implementação das ações e a
medida de seu impacto sobre a situação de saúde
Elaborar e divulgar material educativo e informativo;
Elaborar projetos terapêuticos individuais.
São ações de responsabilidade de todos os profissionais que compõem os NASF, a serem desenvolvidas em conjunto com as
Equipes de Saúde da Família/ESF e a comunidade
•Estrutura e funcionamento do SUS •Assistência farmacêutica municipal •Política de humanização
•Diretrizes/processo de trabalho NASF
•Atividades técnico-gerenciais*
•Trabalho em equipe •POP
•Protocolos secretarias municipais;
•Atividades técnico-assistenciais •Gestão de caso •Visita Domiciliar •Abordagem em grupo •Atendimento individual.
Dimensões – atuação do farmacêutico
Planejamento
estratégico
ORGANIZACIONAL
ASSISTENCIAL
POLÍTICA
Farmacêutico
Resgatar seu papel de “profissional da saúde” na saúde Pública;
Consolidar a descentralização das ações da assistência Farmacêutica para o nível
local;
Qualificar as ações da assistência farmacêutica, tornando-a resolutiva e integral;
Consolidar a assistência farmacêutica como parte integrante da política de
saúde do município;
Trabalho do farmacêutico junto a ESF: integralidade das ações e qualificação da
assistência.
NASF – Assistência Farmacêutica - Conclusões
Necessidade de profissionais qualificados e com perfil adequado.
SISTEMA DE SAÚDE BRASILEIRO – CONCLUSÕES
SISTEMA DE SAÚDE BRASILEIRO - CONCLUSÕES
Figura entre os líderes mundiais em termos de desigualdade
de renda;
Concentração de renda elevada;
Território muito extenso;
Elevada carga de doenças tropicais.
O que há de especial no sistema de saúde
brasileiro?
Ponto Positivo Desafio
Direito a atenção à saúde integral gratuita
Qualificar a prestação de serviços
Intensa participação social Processo deve ser continuamente aprimorado
Implantação de amplos programas de capacitação profissional
Distribuição desigual de profissionais qualificados, alta rotatividade, falta de carreiras estruturantes, enormes diferenças salariais
Experiência no estabelecimento de parcerias público privada
Padrão dual de cuidados oferecidos
Ponto Positivo Desafio
Crescimento da pesquisa científica com grande número de publicações;
Manter o investimento em pesquisa científica
Envolvimento concreto dos meios de comunicação de massa;
Os meios de comunicação tem sido utilizados para anunciar bebidas alcoolicas, alimentos não saudáveis, seguros de vida privados e outros de forma agressiva
Cobertura ampla para tratamento de determinadas doenças como IHV/AIDS, TB, Hansen;
A maior parte dos antibióticos esteve disponível livre para compra por vendedores não licenciados
Regulação da propaganda para substitutos do leite materno, tabaco
Promoção agressiva de bebidas alcoolicas e comidas processadas não saudáveis
PSF - Conclusões
Desde sua implantação, houve aumento expressivo da
cobertura e da oferta de serviços abrindo acesso a um
segmento populacional antes excluído;
Na APS pouco se avançou na ampliação de ações ofertadas,
na qualidade, no volume, na continuidade das ações e nos
resultados à população.
A expansão do PSF tem favorecido a equidade e
universalidade, mas a integralidade ainda precisa ser revista;
Um dos desafios para implementação do PSF diz respeito ao
envolvimento dos profissionais no programa;
Centrar na lógica do cuidado é outro desafio que diz respeito
ao trabalho orientado aos problemas, às necessidades e a
qualidade de vida do usuário.
PSF - Conclusões
O trabalho em equipe apresenta-se com grandes limitações;
A fragmentação do trabalho e a prática da intersetorialidade
é outro desafio;
As práticas de educação em saúde ainda estão baseadas no
trabalho tradicional hegemônico.
PSF - Conclusões
Grandes desafios
Taxas de mortalidade infantil elevadas no Norte e Nordeste;
Populações indígenas tem os piores indicadores de saúde;
Há ainda exclusão de acesso de alguns grupos sociais aos
serviços de saúde;
Financiamento com orçamentos inferiores ao necessário;
Qualidade dos serviços prestados está abaixo do esperado;
Atenção Primária necessita fortalecimento;
Elevada incidência de infecções adquiridas nos serviços de
saúde;
Uso indevido de tecnologias nas decisões médicas. Ex
cesarianas;
Grandes desafios
Reduzido número de serviços submetidos à acreditação;
Profissionais sem carreira estruturada, segurança no
empregou ou benefícios dos demais servidores;
Corporativismo profissional;
Interferência do sistema judicial na prescrição de
medicamentos;
Dependência de tecnologias de saúde importadas;
Grandes desafios
Eventos adversos das mudanças climáticas e ambientais;
Problemas de saúde que tendem a aumentar.
Grandes desafios
É este o SUS que queremos?
O BRASIL É O ÚNICO PAÍS COM MAIS DE 100 MILHÕES DE HABITANTES QUE ASSUMIU O DESAFIO DE TER UM SISTEMA UNIVERSAL, PÚBLICO E GRATUITO DE SAÚDE.
- Pode dizer-me que caminho devo tomar?
- Isto depende do lugar para onde você quer ir.
(Respondeu com muito propósito o gato)
- Não tenho destino certo.
- Neste caso qualquer caminho serve.
(“Alice no País da Maravilhas” - Lewis Carrol)
“ E me atrevo a dizer que o
fantasma que nos
assusta e que nos causa
pesadelos antes mesmo
de adormecer, o
fantasma que nos faz
contar, apressados, os
anos que ainda nos
faltam para a
aposentadoria, é a
absoluta falta de amor e
paixão, o absoluto enfado
das rotinas.....”
(Rubem Alves)