mediacao e resolucao de conflitos para egs e rts instituto de economia ufrj versao 12 ago 2011
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Mediação e Resolução de Confl i tos
Gabriela Asmar
Gestão > Solução
≠ ações → ≠ resultados
Gestão
Solução
Fonte: Ana Luiza Isoldi
Gestão requer EDUCAÇÃO
Gestão de Conflitos
Ideograma chinês: Crise + Oportunidade
Conflito
Surge da percepção de impossibilidade de co-existência
das diferenças entre duas ou mais pessoas ou grupos.
Conflito
O que nós fazemos
quando o conflito ocorre
Reforço
Ciclo do Conflito
"As palavras não têm nenhum significado em si mesmas. Somente as experiências têm significado.
Somente se você experimentou alguma coisa, isso terá algum significado para você."
Osho
“Você não poderá resolver os problemas que tem hoje...
pensando da mesma maneira que pensava quando os provocou.”
Albert Einstein
Mudando o Ciclo do Conflito
• Consciência
• Vontade
• Habilidade• Apoio
Elementos de Mudança:
COMPETIÇÃO Métodos
Adjudicativos
Gestão de Conflitos
Adaptação de Kilmann, R. e Thomas, 1975 “Interpersonal conflict-handling behavior as reflections
of Jungian personality dimensions”, Psychological Reports 37, pág. 971-980, por Mediare
CONCESSÃO EVITAÇÃO
COLABORAÇÃO Métodos Colaborativos
Muita Assertividade
Pouca Assertividade
Pouca Cooperação Muita Cooperação
I N T E R E S S E P E L O O U T R OI N T E R E S S E P E L O O U T R O
I N
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PO
R
S I
M
E S
M O As normas como “MAN” e “PAN”
Métodos de Resolução de Confli tos
> inf luência do 3º
NEGOCIAÇÃONEGOCIAÇÃO X YX YX YX Y
CONCILIAÇÃO CONCILIAÇÃO X YX Y
CC
X YX Y
CC
MEDIAÇÃOMEDIAÇÃO X YX Y
MM
X YX Y
MM
RESOLUÇÃORESOLUÇÃOJUDICIALJUDICIAL
JJ
X YX Y
JJ
X YX Y
ARBITRAGEM ARBITRAGEM AA
XX YY
AA
XX YY
> controle das partes
Desenho de Sistemas
Mediação de Conflitos
Processo não adversarialnão adversarial, confidencialconfidencial e voluntáriovoluntário, no qual um terceiro neutroneutro (mediador) facilita a negociação entre duas ou mais partes e as auxilia na identificação de interesses comuns, complementares e divergentes, mantendo-as autoras das soluções construídas com base no consenso e visão de futurovisão de futuro.
Diferenciais na Mediação
Objetivo: gerar CONFIANÇA, no processo e nas pessoas, para que as partes possam voltar a ser co-criadoras de sua relação.
» Neutralidade / Equidistância» Confidencialidade ENTRE as partes/privacidade» Visão de Futuro / Foco no que pode ser resolvido
•Não adversarialidade;•Voluntariedade;•Capacitação e legitimidade do mediador;
Casos Típicos: Mediação
• Conflitos que extrapolam aspectos jurídicos/ patrimoniais.
• Relações interpessoais contínuas:– Por vínculos indissolúveis;– Por opção das partes;– Pela necessidade de diversas negociações
posteriores.
• Relações que interferem sobre terceiros (ex.: filhos, mercadomercado, empregadosempregados, comunidadecomunidade)
Negociações / Conflitos (atuais e/ou potenciais):
• Familiar : conjugais, parentais, sucessórios, gênero
• Comercial : relações com fornecedores e clientes
• Trabalhista : empregados e/ou empregado-empregador • Empresarial : societários, sucessórios, entre empresas, relações com acionistas, ouvidoria
• Institucional : escolar, saúde, previdenciários
• Internacional : de cunho público e/ou privado
● Comunitária : meio ambiente, vizinhança
● Governamental : políticas públicas
● Penal : práticas restaurativas
Áreas da Mediação
» Tempo
» Linguagem técnica
» Diferenças culturais
» Desbalances de poder
» Documentos
» Avaliação de resultados
Causas de conflitos empresariais
Expectativa de que o terceiro compreenda estas questões.
Porque usar métodos colaborativos?
Foco no negócio e não nos aspectos jurídicos
Menor cu$toRápidoConfidencialPreserva a relação
80-85% das mediações terminam com acordo
Mediação no Ambiente Interno
» Mediação Entre Pares » O Gestor como Mediador » Por terceiro: » Sindicatos » Conselho de Adm » Órgãos Colegiados » Desenho de Sistemas » Ouvidoria
Mediação interna à Empresa
“O novo “resolvedor de problemas”* compreende que nem todos os confl i tos são realmente
baseados em direitos e t i tularidades, e que estes são disfarces convenientes para
mascarar raiva, mágoa e disputas sobre recursos escassos”
Julie Macfarlane, in “The New Lawyer”, tradução livre e adaptação* por Gabriela Asmar
Mediação Comunitária
A mediação como instrumento de cidadania e integração dos atores sociais.
Possibilidades acerca de sua aplicação no cenário urbano contemporâneo, para gestão de conflitos:
– na comunidade, – conflitos públicos, – conflitos interculturais – conflitos urbanísticos– conflitos ambientais
Mediação Comunitária
Mediação na COMUNIDADE: fomenta o protagonismo, a cidadania, a solidariedade, a democracia, a Justiça e diminui a violência entre aqueles que compartilham o mesmo espaço comunitário
Mediação PÚBLICA: fomenta a participação, a gestão democrática, a emancipação, a legitimidade e a integração dos mais diversos atores da comunidade com a Administração Pública em prol do interesse público
Mediação INTERCULTURAL: fomenta uma mudança de atitude dos participantes, para permitir o respeito e o reconhecimento mútuos, por meio de um diálogo que se enriquece com a diversidade cultural e organiza um novo modo de convivência
Mediação URBANÍSTICA: viabiliza a criação de pontos de convergência entre os espaços público e privado, e o encontro da definição adequada de interesse público para a melhoria de qualidade de vida na cidade e sua gestão democrática
Conflitos Ambientais: Diálogo com Múltiplas Partes
Atuações do facilitador de diálogos
•• Precoce - Mapeamento e análise do conflito
- Desenho do processo
• Processual - Direção das negociações
Identificação de interesses
Geração de informação
Ampliação de opções
Preparo do acordo
• Pós acordo - Coordenação de tarefas
- Melhoria dos pontos do acordo (micro negociações)
- Avaliação dos êxitos
Os diálogos com múltiplas partes são diálogos com maior nível de complexidade.
Fonte: Mediare
Construção de Consenso
A construção de consenso é um método de facilitação de diálogos inspirado na mediação que reúne algumas de suas ferramentas e privilegia a possibilidade das pessoas construírem consenso preservando desacordos.
A Construção de Consenso não utiliza o rito da mediação mas
sim seus procedimentos e técnicas e pode ser recurso para momentos pontuais de desacordo em grupos de trabalho ou de convivência.
Fonte: Mediare
ICEBERG: Posições, interesses, necessidades, valores
Posição
Interesses
Necessidades
Valores
Perguntas “Lupa”
O que?
Perguntas “Pá”
Por que?
Para que?
Perguntas “Pinça”
O que é mais importante?
Perguntas /intervenções “conta-gotas”
Selecionam o que é fundamental (interesses / necessidades e valores) e não pode deixar de ser atendido.
Fonte: Projeto Saint Thomas de Construção de Consenso - 2007
Amyr KlinkAmyr Klink
“Aparente do aparente”
“Oculto do Aparente”
“Oculto”
Estrela de Múltiplas Pontas
Reúne os icebergs de todos
Uma solução que atenda
aos principais interesses
e necessidades de todos, assim como aos
seus valores (solidariedade, respeito, honestidade).
Fonte: Projeto Saint Thomas de Construção de Consenso - 2007
Exemplo Ambiental: Puerto Iguazu, Argentina
• Multipartes• Interdependência evidente
Após anos de disputa entre a Administração Nacional de Parques, a municipalidade, e a comunidade Guarani de Mborore, em Porto Iguazu, Argentina, mediadores ambientais foram chamados a gerir um diálogo colaborativo e participativo entre as partes, sobre os três eixos básicos do conflito: como administrar o território ocupado; como manter a sustentabilidade da agricultura protegendo os recursos naturais; e como evitar conflitos causados pela ocupação informal da terra no futuro.
O terreno foi zoneado e evitou-se as manifestações violentas ocorridas anteriormente.
Exemplo Ambiental: Vaquita Marina, México
Este processo culmina com o estabelecimento de uma plataforma de diálogo multi-partes chamada Alto Golfo Sustentável, no qual se criaram novos princípios e regras para a governança e a gestão dos recursos marinhos.
Desenvolvimento sustentável:
Processo de transformação do conflito no Alto Golfo da Califórnia. A partir da polarização entre entidades protetoras do meio ambiente, interessadas na conservação da biodiversidade – particularmente a vaquita marina – e o setor pesqueiro, que lutava para manter sua rentabilidade.
Exemplo Empresa-Comunidade: BHP Billington, Tintaya, Peru
Dinâmicas de re-construção de confiança, sistemas de manejo de conflitos e nivelamento de habilidades negociais foram prévios à negociação de minimização de danos.
A mineração havia sido desativada por protestos da comunidade;
A comunidade e ONGs demandavam que a mineradora beneficiasse a comunidade local e protegesse o meio ambiente;
Tributos não eram percebidos como beneficiando a população;
Processo de diálogo envolvendo 5 comunidades, 3 ONGs e a BHP Billington.
Exemplos Brasil...
Exemplo de Mediação em
Responsabilidade Social:
Mediação nas Escolas
Violência na Escola
Manifestações de violência são verificadas na rotina das escolas no comportamento de seus alunos, como:
– mordidas, socos e tapas; – degradação de mobiliário;
– agressões verbais (ameaças);
– bullying; e
– eventual porte de armas.
Conseqüências da violência nas escolas
Professores
• Falta de estímulo• Número crescente de
licenças por doença
• Falta de docentes
Alunos• Dificuldades de
aprendizagem• Pouco interesse na escola
• Evasão escolar
• Gravidez precoce
Distanciamento entre os grupos da comunidade escolar
Exemplos Resultados Positivos da Mediação
Escolar• Redução da violênciaRedução da violência• Aumento da maturidade dos alunos• Redução de brigas corporais• Empoderamento dos alunos• Desenvolvimento de habilidades de liderança• Aumento de habilidades de escuta e planejamento• Estímulo para as pessoas falarem sobre seus
problemas • Maior status para os alunos mediadores• Melhoria dos resultados acadêmicosMelhoria dos resultados acadêmicos
Fonte: Knight, M. (1996) Highlights of the Final Evaluation Report of Global Learning's Newark Conflict Resolution Program.
Muito [email protected]