mediunidade o que é isso apostila 015

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1 LAR ASSISTENCIAL RUBATAIANA CENTRO ESPIRITUALISTA DE APOIO E ORIENTAÇÃO Facilitador: RICARDO PLAÇA [email protected] APOSTILA 015 MEDIUNIDADE – TUDO O QUE VOCÊ PRECISA SABER Inicialmente por orientação do Mentor Ramaschain faremos algumas reflexões sobre um texto de O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec, item 28, em que o Codificador analisa a diferente categoria de espíritas: Entre os que se convenceram por um estudo direto, podem destacar-se: 1. Os que creem pura e simplesmente nas manifestações. Para eles, o Espiritismo é apenas uma ciência de observação, uma série de fatos mais ou menos curiosos. Chamar-lhe-emos espíritas experimentadores. Era uma categoria muito comum à época de Kardec, e que ainda existe em menor quantidade, a daqueles que veem no Espiritismo apenas uma ciência de observação dos fenômenos espirituais. 2. Os que no Espiritismo veem do que fatos; compreendem-lhe a parte filosófica; admiram a moral daí decorrente, mas não a praticam. Insignificante ou nula é a influência que lhes exercem nos caracteres. Em nada alteram seus hábitos e não se privariam de um só gozo que fosse. O avarento continua sê-lo, o orgulhoso se conserva cheio de si, o invejoso e o cioso sempre hostis. Consideram a caridade cristã apenas uma bela máxima. São os espíritas imperfeitos. Essa categoria, comum até hoje, é a dos que admiram a moral que a Doutrina dos Espíritos apregoa, mas se mantêm cultuando as suas paixões egoicas, como o ciúme, a inveja, o orgulho etc., sem fazerem esforços para domar as suas más inclinações, como FRATERNIDADE ESPIRITUALISTA: Rua Manoel Penellas 536 – Santa Rosa Guarujá - SP

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LAR ASSISTENCIAL RUBATAIANACENTRO ESPIRITUALISTA DE APOIO E ORIENTAÇÃO

Facilitador: RICARDO PLAÇA [email protected] APOSTILA 015

MEDIUNIDADE – TUDO O QUE VOCÊ PRECISA SABER

Inicialmente por orientação do Mentor Ramaschain faremos algumas reflexões sobre um texto de O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec, item 28, em que o Codificador analisa a diferente categoria de espíritas:

Entre os que se convenceram por um estudo direto, podem destacar-se:

1. Os que creem pura e simplesmente nas manifestações. Para eles, o Espiritismo é apenas uma ciência de observação, uma série de fatos mais ou menos curiosos. Chamar-lhe-emos espíritas experimentadores. Era uma categoria muito comum à época de Kardec, e que ainda existe em menor quantidade, a daqueles que veem no Espiritismo apenas uma ciência de observação dos fenômenos espirituais.

2. Os que no Espiritismo veem do que fatos; compreendem-lhe a parte filosófica; admiram a moral daí decorrente, mas não a praticam. Insignificante ou nula é a influência que lhes exercem nos caracteres. Em nada alteram seus hábitos e não se privariam de um só gozo que fosse. O avarento continua sê-lo, o orgulhoso se conserva cheio de si, o invejoso e o cioso sempre hostis. Consideram a caridade cristã apenas uma bela máxima. São os espíritas imperfeitos. Essa categoria, comum até hoje, é a dos que admiram a moral que a Doutrina dos Espíritos apregoa, mas se mantêm cultuando as suas paixões egoicas, como o ciúme, a inveja, o orgulho etc., sem fazerem esforços para domar as suas más inclinações, como requer a prática saudável do Espiritualismo, o Consolador prometido por Jesus.

3. Os que não se contentam com admirar a moral espírita, que a praticam e lhe aceitam todas as consequências. Convencidos de que a existência terrena é uma prova passageira, tratam de aproveitar os seus breves instantes para avançar pela senda do progresso, única que os pode elevar na hierarquia do mundo dos Espíritos, esforçando-se por fazer o bem e coibir seus maus pendores. As relações com eles sempre oferecem segurança, porque a convicção que nutrem os preserva de pensarem em

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praticar o mal. A caridade é, em tudo, a regra de proceder a que obedecem. São os verdadeiros espíritas, ou melhor, os espíritas cristãos.

Quando Allan Kardec diz que os verdadeiros espíritas são os espíritas cristãos, aborda a proposta profunda da Doutrina dos Espíritos e que deverá ser a de todos os espíritas sinceros, a de reviver o Evangelho de Jesus, em Espírito e em Verdade, de modo a cristianizar toda Humanidade.

O médium que se preze deverá estar incluso nessa categoria a bem dele mesmo, porque aqueles que fazem parte das demais categorias são sérios candidatos às obsessão geradoras de verdadeiro desastres, como ocorre na vida dos que não se esforçam para dominar as suas imperfeições.

4. Há finalmente os Espíritas exaltados. A espécie humana seria perfeita, se sempre tomasse o lado bom das coisas. Em tudo, o exagero é prejudicial. Em Espiritismo, infunde confiança demasiado cega e frequentemente pueril, no tocante ao mundo invisível, e leva a aceitar-se, com extrema facilidade e sem verificação, aquilo cujo absurdo, ou impossibilidade a reflexão e o exame demonstrariam.

Os espíritas exaltados são aqueles que não refletem no significado da Doutrina em suas vidas e acreditam em tudo aquilo que provem do mundo espiritual. Trazem enormes prejuízos à causa espírita, especialmente quando estão envolvidos na mediunidade, prestando-se facilmente aos processos de fascinação que tantos danos têm causado ao Movimento Espírita em todos os tempos, ma nunca como em nossos dias.

Estudemos, a seguir, o item 350 de O Livro dos Médiuns, em que Allan Kardec aborda a rivalidade entre as sociedades espíritas:

Se o Espiritismo, conforme foi anunciado tem que determinar a transformação da Humanidade, claro é que esse efeito ele só poderá produzir melhorando as massas, o que se verificara gradualmente, pouco a pouco, em consequência do aperfeiçoamento dos indivíduos. Que importa crer na existência dos Espíritos, se essa crença não faz que aquele que a tem se torne melhor, mais benigno e indulgente para com os seus semelhantes, mais humilde e paciente na adversidade? De que serve o avarento ser espírita, se continua avarento; ao orgulhoso, se se conserva cheio de si; ao invejoso, se permanece dominado pela inveja?

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Nestas perguntas, Kardec coloca alguns pontos muito significativos para a nossa reflexão. Que importa crer na existência dos Espíritos se essa crença não nos torna pessoas melhores? A crença na vida espiritual pode ser comum a muintas pessoas, contudo se essa crença não as faz melhores, mais benignas, mais indulgentes, mais humildes e pacientes frente às adversidades será uma crença a mais, pura e simplesmente, mas não a convicção que transforma a vida daquele que crê.

Reflitamos: qual é a diferença entre crença e convicção? A convicção é o resultado da fé raciocinada refletida e sentida nos corações, de modo a gerar uma profunda transformação, do modo de ser e de viver, daquele que crê, enquanto a crença, pura e simplesmente, não transforma a vida de ninguém, pois não convida à autorreflexão sobre o significado daquilo em que se crê e, por isso, não produz a transformação do sentimento.

Na perspectiva da fé convicta, a existência do mundo espiritual nos leva a uma série de raciocínio sobre o significado de tudo isso em nossa vida, para sentirmos aquilo em que acreditamos, vivenciando essa crença e nos tornando pessoas melhores.

A chave para tudo isso é o aprofundamento no próprio Evangelho de Jesus, trazendo-o para dentro de nossas vidas, como faziam os cristãos dos primórdios do Cristianismo. Essa atitude em relação ao Evangelho produzia a convicção que fazia com que os cristãos da primeira hora entregassem as próprias vidas às feras nas arenas romanas.

Somente a convicção faz com que uma pessoa realmente tenha fé suficiente para dar a vida para Jesus, tanto nos primórdios do Cristianismo, quanto em nossos dias, com a diferença de que hoje não são as vidas de nossos corpos que somos convidados a doar, mas a nossa vida inteira, em doação de amor, especialmente quando trabalhamos com a mediunidade dignificada à Luz do Evangelho de Jesus.

É fundamental trazer a energia dos primeiros cristãos, portadores da fé convicta, para dentro de nossas atividades mediúnicas, bem como para as demais atividades dos nossos Centros Espiritas e ou Espiritualistas, para que possamos nos tornar pessoas melhores, exemplos de autotransformação, pois transformar a Humanidade inteira é o grande objetivo da Doutrina dos Espíritos.

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Continuemos, portanto a refletir nos ensinamentos de Ramaschain(um dos mentores espiritual do LAR) quando nos indica O Livro dos Médiuns, item 350.

“Assim, poderiam todos os seres humanos acreditar nas manifestações dos Espíritos e a Humanidade ficar estacionária. Tais, porém não são os desígnios de Deus. Para o objetivo providencial, portanto, é que devem tender todas as Sociedades espiritualistas sérias, grupando todos os que se achem animados dos mesmos sentimentos. Então haverá união entre elas, simpatia, fraternidade, em vez de vão e pueril antagonismo, nascidos do amor-próprio, mais de palavras do que de fatos; então,elas serão fortes e poderosa, porque assentarão em inabalável alicerce: o bem para todos; então, serão respeitadas e imporão silêncio à zombaria tola, porque falarão em nome da moral evangélica, que todos respeitam.

Aqui nestas palavras acima, Allan Kardec aborda o objetivo providencial da doutrina dos Espíritos, que está dentro dos desígnios de Deus – a transformação gradual da Humanidade, fato a que deve se entregar toda Sociedade Espiritual séria. Esse objetivo somente poderá ser alcançado a partir da moral evangélica a qual todos respeitam.

A moral evangélica é inatacável porque ninguém, em sã consciência, terá coragem de investir contra os preceitos de amar ao próximo como a si mesmo e de fazer aos outros o que gostaria que fosse feito a si. Ataca-se Jesus e o que Ele representou. Atacam-se as igrejas cristã e a Doutrina Cristã, mas a moral evangélica é inatacável por isso ela é o grande parâmetro para todos os Centros Espiritas.

Voltemos ao item 350 de O Livros dos Médiuns:

Essa a estrada pela qual temos procurado com esforço fazer que o Espiritualismo enverede. A bandeira que desfraldamos bem alto é a do Espiritualismo Cristão e Humanitário, em torno da qual já temos a aventura de ver, em todas as partes do globo, congregados tantos seres humanos, por compreenderem que aí é que esta a âncora de salvação, a salvaguarda da ordem pública, o sinal de uma era nova para a Humanidade.

Convidamos pois todas as Sociedades Espiritas e Espiritualistas a colaborar nessa grande obra. Que de um extremo ao outro do mundo elas se estendam fraternalmente as mãos e eis que terão colhido o mal em inextricáveis malhas.

Allan kardec aborda com clareza neste texto o Espiritualismo Cristão e Humanitário, que será a grande âncora da salvação da FRATERNIDADE ESPIRITUALISTA: Rua Manoel Penellas 536 – Santa Rosa Guarujá - SP

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Humanidade, proporcionando a transformação moral para o inicio de uma nova era.

Esse convite de Allan Kardec feito no século XIX, é mais atual do que nunca. Todas as Sociedades Espiritas e ou Espiritualistas: as federativas estaduais e os seus órgãos regionais, os Centros Espiritas e Espiritualistas disseminados pelo nosso país e pelo mundo afora têm esse compromisso, que está nos desígnios de Deus. Todos os dirigentes e trabalhadores devem se engajar nesse convite-convocação que o Codificador faz a todos. Somente assim teremos realmente um Movimento realmente Espiritualista.

Na orientação de RamaSchain estudaremos a seguir, um texto de O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo XVII, item 4, em que Kardec aborda as características do verdadeiro espírita e ou espiritualista:

Bem compreendido, mas sobretudo bem sentido, o Espiritismo leva os resultados acima expostos (caracteres do Ser de bem) que caracteriza o verdadeiro estudante espiritualista, como o cristão verdadeiro, pois que um o mesmo é que outro. O espiritualismo não instituiu nenhuma nova moral; apenas facilita aos seres humanos a inteligência e a prática da do Cristo, facultando fé inabalável e esclarecida aos que duvidam ou vacilam. Reconhece-se o verdadeiro espiritualista pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega para domas suas inclinações más.

O Espiritualismo não veio trazer uma nova moral, mas sim despertar para a moral evangélica, que foi a o longo do tempo esquecida pela Humanidade, e para o fato de que o verdadeiro espiritualista é o mesmo que o cristão verdadeiro. Somente a moral do Cristo, o modelo e guia da Humanidade, possibilitará a fé convicta e inabalável, de modo a transformar realmente aqueles que ainda duvidam e vacilam na caminhada.

Hoje estamos sendo convidado a viver cada vez mais essa moral evangélica, em Espírito e em Verdade, isto é buscando nos conectar profundamente com ela em nossas próprias consciências, onde está ínsita a Verdade, sob a forma das Leis Divinas.

Todos os espiritualistas estão convidados a trilhar este caminho, mas o espiritualista-médium, mais do que os outros, tem o dever consciencial de aceitar a esse convite, pois não é possível a mediunidade dignificada de outra forma. Essa é a única opção para a prática da mediunidade saudável; do contrário, o médium fatalmente cairá em processos de obsessão muito graves, nos quais é fácil

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entrar, bastando para isso invigilância, mas que são muito difíceis de superar.

O médium espiritualista não será a pessoa perfeita, porque estamos muito distantes da perfeição, mas aquele que faz esforços de aperfeiçoamento constante, trabalhando pela sua transformação moral, em conformidade com o Evangelho de Jesus, realizando esforços continuados, pacientes e perseverantes para dobrar as suas más inclinações.

Vejamos agora um pequeno e significativo trecho do livro Missionários da Luz, de André Luiz, psicografia de Francisco Candido Xavier, capitulo 3 e 9, paginas 34 e 106. Trata-se de orientações muito significativas do Mentor Alexandre sobre a mediunidade.

“O Espiritismo cristão é a revivescência do Evangelho de Nosso Senhor Jesus cristo, e a mediunidade constitui um de seus fundamentos vivos. A mediunidade , porem, não é exclusiva dos chamados médiuns. Todas as criaturas a possuem, portanto significa percepção espiritual, que deve ser incentivada em nós mesmos. Não bastará, entretanto, perceber. É imprescindível santificar esta faculdade convertendo-a no ministério ativo do bem.”

Alexandre diz taxativamente que o Espiritismo cristão é a revivescência do Evangelho de Nosso Senhor Jesus – Cristo, que a mediunidade é um de seus fundamentos e que todos em maior ou menor intensidade, a possuímos, e que a única forma positiva de exercermos uma faculdade é por meio do ministério ativo do bem.

Infelizmente essa faculdade está muito aviltada em nosso Movimento Espírita ultimamente. Em sua prática muitos médiuns têm-se afastados do Evangelho de Jesus, e das orientações espirituais, gerando graves comprometimentos para eles mesmos e seus seguidores.

Alexandre aborda também neste texto que a mediunidade significa percepção espiritual que deve ser incentivada em nós mesmos. A que incentivo estará o Mentor se referindo? Será que devemos todos frequentar um grupo mediúnico para desenvolvermos a mediunidade? Muitas pessoas entendem assim, mas se aprofundarmos na questão, notaremos que o Benfeitor fala de incentivar a percepção espiritual. Que percepção espiritual seria essa? A partir do autoconhecimento, para perceber quem nos somos, somos convidados também a perceber as companhias espirituais que convivem conosco, de modo a nos libertarmos das obsessões sutis e silenciosas, buscando a companhia espiritual dos benfeitores

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espirituais que nos aguardam para a difusão proativa do Consolador. O tempo urge e é preciso que o Cristianismo redivivo pela Doutrina dos Espíritos seja divulgado da forma mais ampla possível, especialmente pela nossa transformação em pessoas melhores, porque a dor gerada pela ignorância das Leis Divinas campeia por todo lado.

Alexandre diz que é imprescindível santificar essa faculdade, convertendo-a em ministério ativo do bem. Santificar a faculdade é torna-la sagrada, fato que somente é possível trazendo o Evangelho de Jesus para dentro de nossas vidas, de forma a fazer de nossas existências ministérios ativa do bem. Por desse prisma, a mediunidade é um grande instrumento de autoiluminação.

O médium espiritualista – cristão deverá refletir sempre sobre o sentido da mediunidade em sua vida, porque assim estará meditando sobre como domar as suas más inclinações, de modo a seguir intimorato em direção ao Bem maior, desenvolvendo a felicidade pelo dever consciencial bem cumprido.

Como se fosse possível a alguém fugir do dever consciencial, muintas pessoas que possuem mediunidade ostensiva desviam-se do compromisso assumido antes de reencarnar, exatamente por causa da responsabilidade que a mediunidade lhes traz, especialmente o grande compromisso da autoiluminação.

Em nosso Movimento Espiritualista atual, vemos acontecer um processo paradoxal: ao lado de muitas pessoas que detêm a mediunidade ostensiva, mas que não querem assumir o compromisso de desenvolvê-la de forma autoiluminativa à luz do Evangelho de Jesus, devido aos grandes esforços que deverão realizar, vemos outros que aviltam a faculdade, exatamente porque também não se dispõem à autoiluminação, praticando-a de maneira superficial e com interesse na autopromoção.

Por isso o número de espíritas falidos, sobretudo médiuns, na dimensão espiritual amplia-se cada vez mais, fato que nos é relatado especialmente por Manoel Philomeno de Miranda, nas obras Tormentos da Obsessão e Entre dois mundos.

Continuemos com as orientações do Mentor Alexandre: Mediunidade – prosseguiu ele, arrebatando-nos os corações – constitui meio de comunicação e o próprio Jesus nos afirma – Eu sou a porta , se alguém entrar por mim será salvo e entrará, sairá e achará pastagens! Por que audácia incompreensível imaginais a realização

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sublime sem vos afeiçoardes ao Espírito de Verdade, que é o próprio Senhor?

A pergunta que Alexandre faz é muito significativa, pois nos remeteà reflexão de que sem nos aperfeiçoarmos ao Espírito de Verdade, que é o próprio Cristo, não poderemos ter uma mediunidade dignificada.

Importante é refletir sobre esta questão: o que significa a se afeiçoar ao Espírito e Verdade, que é o próprio Cristo-Jesus, modelo e guia da Humanidade? Significa incorporar à nossas vidas os ensinamentos sublimes do Evangelho do Senhor. Somente assim a mediunidade será instrumento de autoiluminação e de comprimento do dever consciencial, para os quais somos chamados.

Continuemos portanto com as explicações do Irmão Alexandre:

Ouvi-me, irmãos meus!... Se vos dispondes ao serviço divino, não há outro caminho senão Ele, que detém a infinita luz da verdade e da fonte inesgotável da vida! Não existe outra porta para a mediunidade celeste, para acesso ao equilíbrio divino que anelais no recôndito santuário do coração! Somente através d’Ele, vivendo-lhe as sublimes lições, alcançareis a sagrada liberdade de entrar nos domínios da Espiritualidade e deles sair, conquistando o pão eterno que vos saciará a fome para sempre. Sem o Cristo, a mediunidade é simples “meio de comunicação” e nada mais, mera possibilidade de informação, como tantas outras, da qual poderão assenhorear-se também os interessados em perturbações, multiplicando presas infelizes. Lembrai-vos, contudo, de que a Lei Divina jamais endossou o cativeiro e nunca sancionou a escravidão! Esquecestes a palavra Divina que pronunciou: vós sois deuses”?”

Alexandre concluiu com este pequeno fragmento extraído da palestra sobre mediunidade que ele faz na dimensão espiritual para médiuns encarnados e desencarnados e para outros interessados no tema. Recomendamos a todos o estudo na íntegra, pela leitura do livro Missionários da Luz, de André Luiz.

É imprescindível transformar a mediunidade em algo mais doque um simples meio de comunicação por onde poderemos entrar em contato com Espíritos interessados em perturbações individuais e coletivas. Somente à Luz do Evangelho de Jesus a mediunidade será o grande instrumento de transformação interior.

Estudemos, a seguir, a mensagem do Espírito de Verdade, estraída de O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo VI, Item 5. Essa mesma mensagem é colocada no capítulo XXXI de o Livros dos FRATERNIDADE ESPIRITUALISTA: Rua Manoel Penellas 536 – Santa Rosa Guarujá - SP

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Médiuns, das “Dissertações Espiritas”, item IX, em que Allan Kardec faz um comentário sobre quem a assinou.

Diz Kardec:

Esta comunicação, obtida por um dos melhores médiuns da Sociedade Espírita de Paris, foi assinada com um nome que o respeito não nos permite reproduzir, senão sob todas as reservas, tão grande seria o insigne favor da sua autenticidade e porque dele se há muitas vezes abusado demais, em comunicações evidentemente apócrifas. Esse nome é o de Jesus de Nazaré.

É muito interessante esse dado que Kardec coloca em O Livro dos Médiuns, porque, em O Evangelho Segundo Espiritismo, ele a transcreve postando a assinatura do Espírito de Verdade, demonstrando que tinha perfeita ciência de que o Espírito e Verdade é Jesus.

Estudemos portanto a mensagem:

Venho como outrora aos transviados filhos de Israel, trazer-vos a verdade e dissipar as trevas. Escutai-me. O Espiritismos, como o fez antigamente a minha palavra, tem de lembrar aos incrédulos que acima deles reina a imutável verdade: o Deus bom, o Deus grande, que faz germinar as plantas e se levante as ondas. Revelei a doutrina divinal. Como um ceifeiro, reuni em feixes o bem esparso no meio da Humanidade e disse:” VINDE A MIM, TODOS VÓS QUE SOFREIS”.

Mas, ingratos, os homens afastaram-se do caminho reto e largo que conduz ao reino de Meu Pai e enveredaram pelas ásperas sendas da impiedade. Meu Pai não quer aniquilar a raça humana; quer que, ajudando-vos uns aos outros, mortos e vivos, isto é, mortos segundo a carne, porquanto não existe a morte, vos socorrais mutuamente, e que se faça ouvir não mais a vos a voz dos profetas e dos Apóstolos, mas a dos que já não vivem na Terra, a clamar: Orai e crede! Pois a morte é a ressurreição, sendo a vida a prova buscada durante a qual as virtudes que houverdes cultivado crescerão e se desenvolverão como o cedro.

Homens fracos, que compreendeis as trevas das vossas inteligências, não afastai o facho que a clemência divina vos coloca nas mãos para vos clarear o caminho e reconduzir-vos, filhos perdidos, ao regaço de vosso Pai.

Sinto-me por demais tomado de compaixão pelas vossas misérias, pela vossa franqueza imensa, para deixar de estender mãos socorredora aos infelizes transviados que, vendo o céu, caem nos

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abismos do erro. Crede,amai, meditai sobre as coisas que vos são reveladas; não mistureis o joio com a boa semente, as utopias com as verdades.

Espíritas! Amai-vos, este é o primeiro ensinamento; instrui-vos este é o segundo. No cristianismo encontram-se todas as verdades; são de origem humana os erros que nele se enraizaram. Eis que do além-túmulo, que julgáveis o nada, vozes vos clamam; “Irmãos! Nada perece. Jesus-cristo é o vencedor do mal, sede os vencedores da impiedade”. O Espírito de Verdade. (Paris, 1860).

A mensagem do Espírito de Verdade aborda as responsabilidades que vos cabem diante d mensagem consoladora do Cristo, rediviva pela Doutrina dos Espírito. Já é tempo de não mais misturarmos o joio com o trigo, mas isso somente será possível pelo aprofundamento nas Verdades Cristã. É a missão de todos os espiritualistas e espíritas, especialmente daqueles que exercem a tarefa mediúnica.

Nesta mensagem, o mais significativo são os dois ensinamentos do Espírito de Verdade: Espiritas amai-vos e instruí-vos. Qual o significado desses ensinamentos para o médium espírita-cristão? Vejamos as colocações abaixo na qual sintetizamos os ensinamentos do Espirito de Verdade.

AMOR + INSTRUÇÃO = EDUCAÇÃO DO ESPÍRITO IMORTAL = COSCIÊNCIA ESPIRITUAL LIBERTA

Reflitamos que a primeira proposta do Espirito de Verdade para todos nós é que nos amemos, pois o amor vem em primeiro plano. Se pudéssemos sintetizar o Evangelho de Jesus em um único preceito, seria este: amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.

Juntamente com o amor, somos convidados à instrução. Qual o significado profundo desse ensinamento? No movimento dos ensinamentos espirituais será sempre oferecida por todo o conteúdo do Evangelho de Jesus, através do Consolador (a Doutrina dos Espíritos) e as obras subsidiárias idôneas. Somos convidados raciocinar sobre os ensinamentos adquiridos, para refleti-los em nossas vidas e para senti-los no coração, passando a praticá-los.

Isso somente acontecerá se unirmos o amor com a instrução, de que resultará a educação do Espírito imortal, de modo a desenvolver a consciência espiritual e realizar a proposta de Jesus/Espirito de Verdade para a Humanidade.

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Esta é a maior proposta para todos os espiritualista, espíritas, e todos os seres de boa vontade que sejam sinceros em relação a sua vivencia como espíritos encarnados e que desejam fazer do Evangelho de Jesus o roteiro seguro para as suas vidas, para com isso resgatar os débitos da impiedade do passado, caminhando em direção a um futuro em que o amor, a humildade e a mansidão serão as virtudes a orientar cada passo. Isso é valido para todos aqueles que se dizem espíritas ou espiritualistas, mas especialmente para os médiuns espíritas ou espiritualistas cristãos.

Todos nós estamos inseridos nesse convite-convocação do Espírito de Verdade: unir o amor à instrução para nos educarmos para a vida, nos tornando pessoas melhores, para que, por nossa vez, possamos auxiliar aqueles que necessitam de nós, quer estejam encarnados, quer desencarnados.

Aceitando o convite-convocação, estaremos desenvolvendo a consciência espiritual (liberta das paixões inferiores) exercendo a mediunidade, bem como em todas as demais atividades dos Centros Espíritas e Espiritualistas, trabalhando para termos uma Humanidade transformada no futuro que começa agora.

Algumas pessoas contestam os fenômenos espíritas precisamente porque tais fenômenos lhes parecem estar fora da lei comum e porque não logram achar-lhes qualquer explicação.

Dai-lhes uma base racional e a dúvida desaparecerá. A explicação, neste século em que ninguém se contenta com palavras, constitui, pois, poderoso motivo de convicção.

Daí o vermos, todos os dias, pessoas, que nenhum fato testemunharam, que não observaram uma mesa agitar-se, ou um médium escrever, se tornarem tão convencidas quanto nós, unicamente porque leram e compreenderam.

Se houvéssemos de somente acreditar no que vemos com os nossos olhos, a bem pouco se reduziriam as nossas convicções.

Allan Kardec, capítulo II de O Livro dos Médiuns, item 17

Nos serviços de atendimento fraterno, no Lar Assistencial Rubataiana Centro Espiritualista de Apoio e orientação deparamos, frequentemente, com pessoas envolvidas em situações perturbadoras:

Enxergam vultos estranhos...

Ouvem sons de origem desconhecida...

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Objetos desaparecem e reaparecem, inusitadamente...

Males físicos vêm e vão, sem etiologia definida...

Ideias estranhas e impertinentes instalam-se em sua mente...

Sentimentos contraditórios, da euforia à depressão, da alegria à tristeza, do bom ânimo ao desalento, alternam-se misteriosamente...

Desentendimentos injustificáveis assaltam seu lar...

Descontando alguma dose de imaginação que costuma marcar relatos dessa natureza, podemos considerar a possibilidade de estarmos diante de fenômenos mediúnicos, envolvendo a interferência dos Espíritos.

Por ignorarem o assunto, afligem-se os consulentes, julgando-se "ruins da cabeça" ou a lidar com o "tinhoso". O Espiritualismo é abençoada luz que clareia os caminhos em relação a essas ocorrências, oferecendo-nos ampla visão do mundo espiritual, com o conhecimento dos mecanismos que regem o contato entre os que vivem lá e nós outros, que vivemos cá, aprisionados no corpo.

O objetivo destas páginas é oferecer ao leitor uma iniciação nos domínios do conhecimento espiritual, ajudando-o a lidar com fenômenos dessa natureza. Elementar a necessidade de aprendermos a controla-los, afim de não sermos controlados por eles.

Não nos move a pretensão de um tratado sobre o assunto, mesmo porque falta-nos competência para isso. Ademais, já o temos, perfeito, nas páginas de O Livro dos Médiuns, indispensável aos interessados em conhecer os mecanismos que regem o intercâmbio entre o plano físico e o espiritual

Este é apenas uma entrada, o "antipasto" dos italianos.

Espero lhe pareça degustável, motivando-o ao prato principal, a obra monumental da Doutrina dos Espíritos.

Bom proveito e "buono appetito "!

MÉDIUM HOMEM/MULHER E HOMEM/MULHER MÉDIUM

1 - O que é mediunidade?

Em sua expressão mais simples, trata-se da sensibilidade à influência do mundo espiritual. É o "sexto sentido”, que nos coloca em contato com o mundo dos Espíritos, assim como o tato, o paladar,

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o olfato, a visão e a audição nos colocam em contato com o mundo terreno.

2 - Isso significa que todos somos médiuns?

Todos temos sensibilidade que nos habilita a receber influências espirituais. Nem todos, entretanto, somos suficientemente sensíveis para produzir fenômenos mediúnicos.

3 - O que determina essa diferença?

Imaginemos alguém vestindo compacta armadura que o impeça de ver e ouvir o que se passa ao seu redor. É o que ocorre conosco, quando reencarnamos. Vestimos denso traje de carne que inibe nossas percepções espirituais. O médium é alguém com uma abertura nessa "blindagem".

4 - Essa abertura é de ordem física? Está no corpo?

A mediunidade é uma faculdade espiritual, inerente a todos os Espíritos. Quando reencarnamos, fica sujeita às condições do corpo. Neste aspecto podemos dizer que é orgânica, porquanto subordinada a uma estrutura física que não iniba o contato mais amplo com o mundo espiritual.

5 - Tem algo a ver com a hereditariedade?

A mediunidade não se subordina à genética. O intermediário entre os dois planos é alguém que foi preparado para isso no Mundo Espiritual, submetendo-se a estudos e operações magnéticas, bem como a uma adequação do corpo físico, de forma a ter a sensibilidade necessária.

6 - E quando os filhos de um médium experimentam fenômenos mediúnicos? Não há aí um componente genético?

Da mesma forma que temos famílias de músicos e de médicos, podemos ter famílias de médiuns, não por hereditariedade, mas por afinidade. São Espíritos afins. Ligam-se pelos laços da consanguinidade para realizar determinadas tarefas.

7 - Como denominar esses dois tipos de sensibilidade maior e menor?

Podemos definir médium como SER com uma condição inerente ao ser humano. Todos sofremos a influência dos Espíritos. E há o SER médium, o indivíduo dotado de uma sensibilidade maior, que o habilita ao intercâmbio com o Além.

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8 - Não seria mais fácil usar termos diferentes para distinguir um do outro, o geral, do particular?

Não, porque não são faculdades distintas em essência. Apenas particularidades. Há pessoas que têm o chamado "ouvido musical"; reproduzem qualquer música, sem estudo; e há as incapazes de dedilhar a mais singela canção. Em ambos os casos, são características de uma mesma faculdade a audição. Algo semelhante acontece com a mediunidade. Todos temos "ouvidos" para o mundo espiritual; alguns "ouvem" melhor, habilitando-se à comunicação com os Espíritos.INFLUÊNCIAS ESPIRITUAIS

1 - Geralmente as pessoas têm dificuldade para manter a estabilidade emocional. Variam muito, da tristeza à alegria, da depressão à euforia, do bom ânimo ao desalento. Nem sempre essas emoções estão associadas ao dia-a-dia. Tem algo a ver com mediunidade?

Sem dúvida! Essa ciclotimia, essa diversificação inexplicável de estados emocionais, está associada à natureza dos Espíritos que se aproximam de nós, das influências que sofremos.

2 - As almas dos mortos?

Sim. O SER desencarnados, libertos da matéria, mas presos aos interesses humanos. Permanecem entre nós e nos influenciam, motivam e até conduzem. Na questão 459, de O Livro dos Espíritos, os mentores espirituais que respondem a Kardec informam que essa influência é tão intensa que, não raro, são eles que nos dirigem.

3 - Por que fazem isso? Qual o seu propósito?

As motivações desses Espíritos atendem à sua própria condição. Há os que estão perplexos e querem ajuda; os que se divertem em atazanar os encarnados; os que exercem vingança; os que se vinculam aos vícios e desejam intermediários para satisfazer-se...

4 - Como distinguir nosso pensamento daquele que é inspirado por um desencarnado?

Em princípio é difícil, porquanto o fluxo mental dos Espíritos aos quais nos associamos exprime-se em nossa mente como se fossem nossos pensamentos, algo de nosso íntimo.

5 - Isso significa que tanto pensamentos quanto emoções podem refletir simplesmente o que se passa com o Espírito que se aproxima?

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Exatamente, mas é preciso considerar a questão da sintonia. Geralmente essas entidades guardam compatibilidade com nossa maneira de ser, tendências e ideias.

6 - Segundo esse princípio, seria impossível, por exemplo, um Espírito induzir ao suicídio alguém que jamais cogitasse de tal iniciativa?

Sim, se o desencarnado consegue incutir na pessoa o desejo de matar-se, certamente ela é simpática a essa ideia, admite-a e chega a acalentá-la.

7 - Como podemos superar essas influências negativas, habilitando-nos a receber apenas boas influências?

Na questão 469, de O Livro dos Espíritos, Kardec faz essa mesma pergunta. O mentor proclama, incisivamente: Praticando o Bem e pondo em Deus a vossa confiança... Temos aí precioso roteiro para nos livrarmos de influências negativas.

8 - Como funciona?

A confiança em Deus sustenta o equilíbrio das emoções, nas situações difíceis, evitando os estados depressivos que nos tornam vulneráveis às influências inferiores; a prática do Bem nos coloca em sintonia com as fontes da Vida, facultando a infalível proteção dos benfeitores espirituais.

DESAJUSTES ESPIRITUAIS

1 - É comum a pessoa com problemas, envolvendo depressão, angústia, doenças crônicas, ser informada no Centro Espírita: "você é médium". Deve desenvolver sua mediunidade para sarar?

É o que dizem os dirigentes espíritas menos avisados. Não podemos confundir desajuste espiritual com mediunidade a desenvolver.

2 - Mas há casos em que a pessoa vivencia fenômenos espirituais, vendo e sentindo os Espíritos...

Se estiver tensa, doente e nervosa, em face de seus problemas existenciais, experimentará uma superexcitação psíquica que poderá levá-la a ver e sentir o mundo espiritual. Não significa que tenha mediunidade a desenvolver.

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3 - O que deve fazer?

Tratar-se espiritualmente, procurando um Centro Espírita bem orientado, onde funcione o "atendimento fraterno", e um companheiro esclarecido que a oriente quanto às providências necessárias em favor de sua estabilidade física e psíquica.

4 - Ao falar em Centro Espírita bem orientado você quer dizer que há os que não têm boa orientação?

Infelizmente, sim. Nem sempre os dirigentes preocupam-se com o estudo das obras básicas da Doutrina, particularmente O Livro dos Médiuns, em se tratando de mediunidade. Fazem um Espiritismo "à moda da casa", distanciando-se das normas.

5 - Como a pessoa vai saber se seus problemas são decorrentes do desabrochar de uma faculdade mediúnica ou mero fruto de desajustes espirituais?

Em princípio não deve se preocupar com isso. Ainda que tenha mediunidade a desenvolver, é fundamental que faça o tratamento espiritual e supere seus desajustes. Depois se cogitará dessa possibilidade.

6 - Mas, se for médium, como poderá ajustar-se sem frequentar reuniões mediúnicas?

Seu equilíbrio não está subordinado a essa participação. Sua presença, em princípio, é contraproducente. Se for médium, ampliará sua sensibilidade, sem saber como controlá-la. Acentuará os próprios desajustes.

7 - No que consiste esse "tratamento espiritual"?

Basicamente, seria a aplicação de passes magnéticos, o encaminhamento de seu nome às reuniões mediúnicas adequadas a essa assistência, o uso da água fluidificada e a assimilação de orientação doutrinária, envolvendo reuniões públicas e leitura de bons livros espíritas indicados.

8 - Não raro a pessoa está sob cuidados médicos. Como fica?

Deve ser alertada de que o tratamento espiritual não dispensa o concurso do médico. Psiquismo exacerbado por influências espirituais ou desajustes mediúnicos têm repercussão no corpo físico, originando, não raro, problemas que exigem a atenção de especialistas. O ideal, portanto, será conjugar ambos os tratamentos.

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