mesa redonda: aÇÕes preventivas - … · mesa redonda: aÇÕes preventivas argimiro a. ferreira...
TRANSCRIPT
MESA REDONDA: AÇÕES PREVENTIVASArgimiro A. Ferreira
Companhia do Metropolitano de São Paulo
Agradecimento Especial: Dr. Nelson L. Nunes
INTRODUÇÃO
…It is the supreme objective to assure such properties at the first go, i.e. without corrections, just in accordance with the slogan: To do the right just the first time.
Stefan Lemke - 2005
REQUISITOS TÉCNICOS
Especificações por desempenho
Serviços, materiais, produtos, sistemas e
elementos construtivos
Garantir durabilidade das estruturas,
condições operacionais e boa estética
aos usuários
REQUISITOS TÉCNICOS
Estruturas expostas ao ambiente: Impermeabilizadas com mantas asfálticas
estruturadas
Estruturas enterradas de túneis e estações: Impermeabilizadas com sistema
composto por geotêxtil não tecido e geomembrana polimérica (PVC ou PEAD ou GCL)
REQUISITOS TÉCNICOS
Especificações por desempenho: impermeabilização, concreto
projetado, concreto armado, concreto pré-moldado e edificações
Estabelece o padrão de qualidade desejado para suas obras
Estruturas com durabilidade para vida útil de 100 anos
Projetos executivos detalhados
Execução por equipe capacitada
Cuidados ou proteções durante a construção
Minimização de manutenção preventiva e corretiva
REQUISITOS TÉCNICOS
Especificações Técnicas do Metrô de São Paulo almejam:
Estruturas civis duráveis
Minimizar intervenções de diagnóstico, reparo, reforço e proteção durante sua
vida útil
Evitar transtornos para a operação dos trens
Economizar, a médio e longo prazo, recursos para expansão da malha metroviária
ou para melhoria da rede existente
Contribuir para a sustentabilidade do planeta, a extensão da vida útil das
estruturas evita que novos recursos minerais sejam utilizados, além de diminuir a
quantidade de resíduos gerados na manutenção/reposição destas estruturas
REQUISITOS TÉCNICOS
Dentre requisitos referentes a qualidade do concreto, destacam-se:
Resistência característica mínima
Relação água/cimento máxima
Permeabilidade, a penetração de água sob pressão, a capilaridade
Cobrimento mínimo de armadura, tipo e consumo de cimento
Estruturas expostas às intempéries: fck ≥ 35 MPa , a/c ≤ 0,5 , c = 3 cm
Infiltrações limitadas à 1 litro/m2/dia (evaporação de uma mancha de umidade)
Dificultar o acesso de água e agentes agressivos ao concreto, pode defender o mesmo
contra qualquer processo de deterioração físico-química
Levar em conta a agressividade do ambiente (limitação abertura de fissuras)
Ações de projeto visando durabilidade não são custo e sim investimento longo prazo
REQUISITOS TÉCNICOS
Ábaco proposto por Helene (1999) para estruturas expostas à intempérie, corrosão por carbonatação:
Concreto fck de 35 MPa e cobrimento de armadura de 3 cm, vida útil de 100 anos
Concreto fck de 35 Mpa e cobrimento de armadura de 2 cm, vida útil de 50 anos
PRINCIPAIS CAUSAS DE PATOLOGIAS
Falhas no projeto e/ou construção
Problemas com a tecnologia de concreto
Imperfeições durante a execução
Impactos ou carregamentos mecânicos
Danos causados pelo ambiente
Ataques físico-químicos
Ataques biológicos
CUSTOS MANUTENÇÃO
Regra de Sitter: durabilidade estruturas(1984)
Medida de projeto: dosagem, cobrimento armadura, impermeabilização e outras (custo 1)
Medida de execução: alteração dosagem, injeções, tratamentos, estancar infiltrações (custo 5)
Manutenção preventiva: pinturas, injeções, tratamento de fissuras, tamponamento (custo 25)
Manutenção corretiva: manifestações patológicas, recuperação com injeções, tratamentos, reforços, transtornos, paralisações de operação (custo 125)
MANUTENÇÃO IMPACTOS OPERAÇÃO
Infiltrações: Fissuras de retração hidráulica Danifica de equipamentos Acelera degradação do concreto Desconforto aos usuários Insalubridade
TÚNEL RODOVIÁRIO ZURIQUE - 2004
TBM face aberta com 14m de diâmetro
Maciço de arenitos abaixo do nível d’água.
Revestimento primário: concreto projetado
com 20cm, telas metálicas e tirantes
sistemáticos
Revestimento final: concreto moldado sem
armação de 80 a 100cm
Impermeabilização: “submarino” com manta
de 3mm e outra de proteção de 3mm, porem
de composição de materiais recicláveis; além
do geotêxtil de drenagem.
LINHA 2: ESTAÇÃO ALTO IPIRANGA - 2006
Túnel convencional (estação: 280 m2 – via: 85 m2)
Maciço de sedimentos terciários (argilas e areias)
Revestimento primário: concreto projetado com
20cm
Revestimento final: concreto moldado com
armação de 80cm
Impermeabilização: “guarda chuva” com manta de
3mm e geotêxtil de drenagem.
LINHA 4: ESTAÇÃO BUTANTÃ - 2007
Túnel convencional: (14,5 x 18,6)
Maciço de gnaisse, saprolito e solo residual
Revestimento primário: concreto projetado com
15 a 35 cm, tirantes sistemáticos e cambotas
Revestimento final: concreto moldado com
armação com de 50 cm
Impermeabilização: “submarino” com manta de
3mm e geotêxtil de drenagem.
LINHA 5: ESTAÇÃO AACD SERVIDOR - 2015
Vala a céu aberto
Maciço de sedimentos terciários (argilas e areias)
Revestimento primário: paredes diafragma e
tirantes
Revestimento final: concreto moldado com
armação
Impermeabilização: “submarino” com manta de
3mm e geotêxtil de drenagem.
LINHA 5: ESTAÇÃO KLABIN - 2015
Túnel convencional e poço circular
Maciço de sedimentos terciários (argilas e areias)
Revestimento primário: concreto projetado
Revestimento final: concreto moldado com
armação
Impermeabilização: “submarino” com manta de
3mm e geotêxtil de drenagem.
IMPACTOS DURANTE A ESCAVAÇÃO - 2015
Infiltrações: Anéis concreto com
fibras ou armados Segmentos e/ou
juntas Esforço diferenciais
de reação nos anéis Curvas
Fonte de possíveis
problemas.
Como prevenir?
CUSTO IMPERMEABILIZAÇÃO
Linha (Estações) Impermeabilização / concreto (%)
Impermeabilização / Obra (%)
5 (2010) 8,7 3,8
2 (2014) 7,1 2,8
Valores contratuais - médias