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Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto
Mestrado Integrado em Engenharia Eletrotécnica e de
Computadores
A Redução do Consumo de Combustível nos
Autocarros
Processos e Mecanismos
Projeto FEUP 2014/2015 MIEEC:
Armando Sousa & Manuel Firmino J. N. Fidalgo
Equipa 1MIEEC05_02:
Supervisor: Professor Adriano Carvalho Monitor: André Couto
Autores:
André Aguiar [email protected] Diogo Veiga [email protected]
Francisca Brito [email protected] Hugo Antunes [email protected]
Pedro Casanova [email protected] Tiago Catalão [email protected]
A Redução do Consumo de Combustível nos Autocarros Processos e Mecanismos 1/29
Resumo
A unidade curricular Projeto FEUP tem como principal objetivo receber e integrar os
alunos do 1º ano no ambiente FEUP, dandolhes a conhecer os principais serviços
disponíveis. Para além disso, dá formação nas áreas conhecidas como “Soft Skills”, de que
são exemplificativos o trabalho em equipa e a comunicação, de modo a alertar os
estudantes para a sua importância ao longo da carreira de engenharia.
Deste modo, no âmbito do Projeto FEUP, foi realizado este relatório cujo tema principal é
o consumo de combustível nos autocarros e que tem por finalidade responder ao problema:
“Como reduzir o consumo de combustível nos autocarros?”
Inicialmente, foi feita referência à história dos autocarros como um veículo de transporte
rodoviário coletivo de passageiros, desde a sua criação até à atualidade.
De seguida, foram apresentados os fatores que que influenciam o consumo de
combustível e, com base nestes, soluções possíveis para a redução deste consumo, bem
como as vantagens e desvantagens.
Por último, foi feita uma reflexão acerca da polémica “ambiente vs custos” e a
apresentação das perspetivas futuras.
Palavras-Chave
Autocarro; “Ecofriendly”; Hibrído; Bateria; Ambiente; Rede Pública; Eficiência; Consumo;
Redução; Elétrico; TEG, Thermal Eletric Generator, Travagem Regenerativa;
A Redução do Consumo de Combustível nos Autocarros Processos e Mecanismos 2/29
Agradecimentos
O grupo aproveita para agradecer a todos que colaboraram, direta ou indiretamente, na
realização deste projeto, nomeadamente ao professor Adriano Carvalho e ao monitor André
Couto, que nos orientaram e esclareceram todas as dúvidas.
Por último, deixase uma nota de agradecimento à Faculdade de Engenharia da
Universidade do Porto por todos os serviços disponibilizados, bem como a todos aqueles
que estiveram na organização da semana de acolhimento aos novos estudantes da FEUP.
A Redução do Consumo de Combustível nos Autocarros Processos e Mecanismos 3/29
Índice
Lista de figuras 5
Lista de gráficos 5
Lista de acrónimos 6
1.Introdução 7
2.História 8
3.Fatores que influenciam o consumo de combustível 9
Inclinação do terreno 9
Peso/Carga 9
Aerodinâmica 10
Velocidade 11
4.Descrição do sistema 12
Elementos do sistema e encadeamento 12
Híbridos em série 13
Híbridos em paralelo 13
Travagem regenerativa 14
Casos práticos 15
Autocarro de rede pública 15
Autocarro de transporte a longa distância 16
Empreendedorismo 18
MAN Porto 18
Salvador Caetano 18
Ultimate Power Cell 19
Inquérito aos consumidores 20
5.Polémica: Ambiente vs Custos 21
6.Perspetivas futuras 22
7.Conclusões 23
Referências bibliográficas 24
Anexo A: Inquérito aos consumidores 26
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Lista de figuras
Figura 1 História dos transportes. 8
Figura 2 Efeito do número de passageiros transportados no consumo de combustível em função da velocidade de circulação.
9
Figura 3 Campo de pressões na superfície de um autocarro. 10
Figura 4 Funcionamento do motor de explosão. 12
Figura 5 Logotipo empresa MAN. 18
Figura 6 Logotipo “Grupo Salvador Caetano”. 18
Figura 7 Logotipo empresa “Ultimate Power”. 19
Lista de gráficos
Gráfico 1 Inquérito aos consumidores……………………………………………................20
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Lista de acrónimos
STCP Sociedade de Transportes Coletivos do Porto;
kW Kilowatt(s);
kWh Kilowatt(s)*Hora (3,600,000 Joules);
kg Kilograma;
L Litro(s);
TEG Thermal Electric Generator.
A Redução do Consumo de Combustível nos Autocarros Processos e Mecanismos 6/29
1. Introdução
Os veículos de transporte representam uma revolução no modo de vida da
sociedade, que condiciona imperativamente cada indivíduo e as ações que toma, várias
vezes por dia. Numa base diária, milhares de veículos circulam na via pública em todas as
partes do mundo.
Contudo, com o aumento do custo de vida e, para além disso, com a instalação da
crise económica, a população tem vindo a abandonar os veículos unitários ou privados e
aderido à rede pública de transportes coletivos principalmente o público jovem e as
gerações mais idosas. Para transporte a longa distância, para fins de lazer ou transporte
ocasional (como por exemplo, viagens escolares) são escolhidos, quase exclusivamente,
autocarros de empresas privadas.
À medida que a tecnologia e a sensibilização a favor da conservação do ambiente
melhoram e se fazem sentir, a dimensão ecológica dos veículos cresce exponencialmente,
dando alento ao nosso projeto.
A Redução do Consumo de Combustível nos Autocarros Processos e Mecanismos 7/29
2. História
O primeiro veículo de transporte rodoviário coletivo não era mais do que um carro de
bois transformado em carruagem. Com o passar do tempo, e claro com os avanços
tecnológicos, começaram a existir vários veículos de transporte público coletivo, desde os
elétricos até aos autocarros, como podemos confirmar com a Figura 1.
A nível particular, o conceito de autocarro como modalidade de transportes públicos
teve origem em Nice, no século XIX.
Nos primeiros tempos, os autocarros eram de cariz militar, com uma reduzida frota,
em que asseguravam essencialmente pequenas ligações em redor das localidades onde
estavam sediadas.
Figura 1 História dos transportes.
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3. Fatores que influenciam o consumo de combustível
De facto, existem diversos fatores que influenciam o consumo de combustível de um
veículo, como a inclinação do terreno, o peso/carga, a resistência aerodinâmica e a
velocidade.
Inclinação do terreno
Num terreno com menor declive há um menor consumo de combustível. Isto
devese ao facto de, numa subida, o motor consumir mais energia para compensar o peso
tangencial necessário para avançar. Neste caso, o peso tangencial é a componente do peso
paralela ao plano, de sentido contrário ao deslocamento. Logo, nas descidas, devese utilizar
a energia favorável (potencial gravítica) para poupar combustível.
Peso/Carga
Tal como se pode verificar na Figura 2, o peso transportado pelos autocarros, em
função do número de passageiros e da velocidade a que estes circulam, também tem
influência no consumo de combustível. Para velocidades superiores, esta influência é mais
relevante.
Figura 2 Efeito do número de passageiros transportados no consumo de combustível
em função da velocidade de circulação.
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Aerodinâmica
O aerodinamismo é a parte da Física que estuda a força do ar sobre os corpos
sólidos em movimento e a dinâmica dos fluidos. Ao projetar automóveis e aeronaves, os
engenheiros e cientistas tiveram que estudar os princípios da aerodinâmica para criar
modelos que suportassem a resistência do ar e mantivessem o desempenho. Deste modo,
esta resistência afeta o consumo de combustível dos veículos, como os autocarros.
Figura 3 Campo de pressões na superfície de um autocarro.
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Velocidade
A resistência aerodinâmica aumenta em dependência quadrática do aumento da
velocidade.
Por um lado, devemse respeitar os limites de velocidade. No entanto, a velocidade
deve ser mantida estável por períodos mais longos, ou seja, com menores variações
possíveis, de modo a se beneficiar o consumo de combustível. Para isso, poderá utilizarse
o sistema de cruise control.
O cruise control é uma função elétrica que permite que um veículo viaje
automaticamente a uma velocidade predefinida pelo condutor, sendo gerido pela unidade de
controlo do motor (UCM). Assim, o condutor apenas tem de tocar nos travões para
recuperar o domínio do automóvel. A velocidade constante diminui o consumo de
combustível e torna o veículo mais económico.
Uma evolução moderna deste tecnologia é o cruise control adaptável, que, ao
contrário do anterior, utiliza um radar na frente do carro para emitir sinais que ressaltam no
que estiver à frente, medindo de forma constante a distância até ao veículo da frente. Deste
modo, é ajustada a velocidade para igualar a do carro da frente e manter uma distância
segura.
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4. Descrição do sistema
Elementos do sistema e encadeamento
Um autocarro é um veículo que se move por ação de um motor, que transforma um
tipo de energia em energia mecânica. No caso dos motores de combustão, a energia
química do combustível é usada para mover os pistões verticalmente, o que por sua vez
confere ao eixo o movimento rotativo responsável pela revolução das rodas. A mistura de ar
e combustível entra na câmara de combustão, é comprimida pelo pistão e no ponto de
compressão máxima a vela de ignição liberta uma faísca, que provoca a explosão da
mistura. A força da explosão empurra o pistão ao longo do cilindro num movimento vertical
descendente e quando chega ao seu ponto mínimo volta a subir, expulsando da câmara de
combustão os gases resultantes da explosão. Para se completar o ciclo de combustão é
necessário efetuar uma nova rotação, na qual há novamente admissão de ar e combustível,
compressão e explosão, repetindose este processo sucessivamente.
No caso do motor elétrico, a energia elétrica armazenada na bateria é convertida no
movimento do eixo. A variação do campo elétrico faz variar o campo magnético, o que induz
o movimento do eixo e posteriormente das rodas.
Figura 4 Funcionamento do motor de explosão.
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Híbridos em série:
Nos híbridos em série não há ligação entre o motor de combustão e as rodas,
estando ele, sim, ligado ao gerador. Este motor gera energia mecânica que o gerador
transforma em energia elétrica. É depois enviada para o controlador de potência, que é uma
unidade de gestão do sistema que direciona a energia para onde ela é necessária. Através
de motores elétricos, a potência propulsora é transmitida aos eixos de transmissão ou
diretamente às rodas. Se a potência que as rodas precisam exceder a energia que está a
ser produzida pelo motor, o défice energético terá de ser compensado pelas baterias.
Quando as rodas exigem menos energia do que a energia produzida pelo motor, o excesso
será dirigido para as baterias, recarregandoas.
Todo este sistema possibilita emissões de gases nocivos substancialmente
reduzidas, por exemplo, em situações de tráfego urbano intenso. Nesta situação, o
rendimento é mais elevado do que numa configuração em paralelo. Em comparação a este
sistema, a simplicidade do sistema de controlo é mais elevada o que permite reduções
significativas de custos. Ao invés, os rendimentos em regimes extra urbanos não são tão
elevados assim como a autonomia, visto que velocidades mais elevadas requerem baterias
elétricas com dimensões e pesos excessivos.
Híbridos em paralelo:
Neste sistema, a transmissão do motor de combustão e a transmissão elétrica são,
como o nome indica, ligados em paralelo, que podem ser usadas separadamente ou em
conjunto. Para que o sistema funcione, não é necessário mais do que um motor elétrico que
pode ser instalado dentro da caixa de transmissão que contribui para economizar custos.
Tanto o motor de combustão interna como o motor elétrico podem, de forma concorrente,
fornecer energia para a transmissão. Ambas as fontes energéticas podem acionar o
movimento giratório das rodas, pelo que se pode alternar a sua utilização, conforme a
conveniência. Este método permite que o sistema de controle maximize o desempenho
económico do autocarro.
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Travagem regenerativa:
A travagem regenerativa é um sistema utilizado em modelos como o híbrido da
BMW, o i3, ou em modelos totalmente elétricos. Este dispositivo mecânico transforma a
energia cinética produzida durante a travagem em energia eléctrica. É um dispositivo que
permite recuperar energia que era totalmente perdida na forma de calor.
Nos veículos com o sistema de travagem regenerativa, quando o condutor pisa o
pedal de travão, o motor eléctrico é colocado a funcionar como gerador, desacelerando as
rodas do carro ao produzir uma força contrária ao movimento. Assim o motor produz
corrente elétrica que alimentará as baterias do veículo.
Este sistema é mais eficaz nas situações de trânsito intenso ou de paragens
constantes, o que se verifica mais frequentemente em percursos urbanos. É de salientar
que os veículos continuam também com os travões “normais”, pois para as travagens que
necessitam maior prontidão e rapidez, esses são seguros e eficazes.
O aproveitamento da energia através deste dispositivo melhora a autonomia dos
veículos elétricos e híbridos e reduz, também, as emissões dos veículos híbridos.
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Casos práticos
Autocarro de rede pública:
Modelo: Híbrido em Série, Painéis Fotovoltaicos, TEG, Travagem Regenerativa.
Percurso: Marquês Castelo do Queijo (203)
Dados gerais e de Rendimento:
18 viagens de 9.5 km = 171 km diários
9 viagens = 85.5 km
Rendimento motor diesel = 40%
Rendimento motor elétrico = 8590%
Rendimento TEG = 58%
Rendimento do Painel Solar = 20%
Rendimento da Travagem Regenerativa = 15%
Dados da Viagem:
9 viagens:
85.5 km (distância)
34.2 L (combustível necessário)
1.32 €/L → 45.15 € (dinheiro gasto em combustível)
28.45 kg (massa do combustível)
340.6 kWh (energia necessária)
Painel Solar 36 m² (área do painel solar, colocado no tejadilho do autocarro)
1 kW/m² (Intensidade solar, em condições ótimas)
Cálculos:
60 (%) * 340 (kWh) = 204 kWh (energia dissipada)
TEG = 1015 kWh → 1.001.35 € (recuperados, pelo TEG, em 9 viagens)
0.09 €/kWh → 30.60 € (preço da energia elétrica)
Potência fornecida pelo painel solar: 7.2 kW 10 horas → 72 kWh 6.50 €/dia
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Usando o motor eléctrico 50% do tempo de utilização, um TEG e um painel solar: Um autocarro deste modelo gasta cerca de 68€/dia, o que, em relação ao autocarro
normal que gasta cerca de 90€ em combustível por dia poupa 22€ diariamente.
Considerando a Travagem Regenerativa:
Ec = ½ * m * v² = ½ * 19000 * 14² = 0.5 kWh (Energia Cinética de um Autocarro de 19
toneladas a 50 km/h = 14 m/s)
→ cada travagem ATÉ AO REPOUSO ABSOLUTO (0 km/h) recupera 0.075 kWh
→ cada travagem poupa 0.075 * 0.09 = 0.00675 €
Autocarro de transporte a longa distância:
Modelo: Ultimate Power Cell
Percurso:Porto Braga
Dados Gerais e de Rendimento:
Rendimento Ultimate Power Cell: 30%
57 km (distância)
Dados da Viagem:
6 viagens:
57 * 6 = 342 km diários (distância de 3 viagens de ida e volta)
40 L /100 km (consumo de combustível de um autocarro a 100 km/h)
30 (%) * 40 = 12 L (combustível poupado pelo Ultimate Cell, por 100km)
→ 40 12 = 28 L
→ Consumo passa para 28 L /100 km
→ 342 (km) * 12 / 100 = 41.04 L (poupados pelo Ultimate Cell em 6 viagens)
1.32 * 41.04 = 54.17 € (valor poupado por dia em combustível pelo Ultimate Cell)
54.17 (€) * 365 = 19,773.07 € (valor poupado por ano em combustível pelo Ultimate Cell)
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Custos de manutenção:
Esperança média de vida de um Utimate Cell: 70,000 km
Custo do Ultimate Cell: 280€
342 (km) * 365 = 124,830 km anuais (km viajados por um autocarro, por ano)
124,830 / 70,000 = 1.78 km (km viajados anualmente pela esperança média de vida)
Estes valores podemse traduzir na necessidade de substituir o Ultimate Cell a cada 7
meses, aproximadamente.
Neste período, o dispositivo terá poupado cerca de 11,400 euros, o que significa que terá
poupado (11,400 (€) 280 (€) = 11,120 €)
Investimento em 10 anos: 10 * 2 * 280 € = 5,600.00 €
Poupança de combustível em 10 anos: 149,796 L (cerca de 209,715.00 €)
Custo do autocarro: 100,000.00 €
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Empreendedorismo
- MAN Porto - É o ramo português de uma empresa alemã que produz
autocarros híbridos presentes em grande escala no território nacional. A
STCP e o Governo Português são exemplos de instituições que recorrem a
autocarros ecológicos, próximos do modelo projetado neste relatório.
Figura 5 Logotipo empresa MAN.
- Grupo Salvador Caetano - Representante da Mercedes-Benz, COBUS, Toyota
e CAETANOBus, oferece, a nível nacional e internacional, serviços
relacionados com autocarros (desde produção a oficina). No seu reportório
inclui autocarros ecológicos.
Figura 6 Logotipo “Grupo Salvador Caetano”.
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Ultimate Power Cell Uma empresa bastante recente que aposta nas novas
tecnologias com vista a reduzir os consumos energéticos, assegurando a redução
da emissão de gases nocivos para o Ambiente.
Figura 7 Logotipo empresa “Ultimate Power”.
Assim tornase evidente o impacto, interesse e procura associada a este projeto e ao
desenvolvimento a favor da tecnologia ecológica.
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Inquérito aos consumidores
Gráfico 1 Inquérito aos consumidores.
Segundo os resultados de um inquérito dirigido aos alunos da Faculdade de
Engenharia da Universidade do Porto, resumidos neste gráfico circular, as caraterísticas
mais procuradas num autocarro são conforto (33.5%), seguido do nível ecológico da
tecnologia usada (28.4%), faltando a velocidade de viagem (27.1%) e o silêncio do veículo
(11%).
Podemos, deste modo perceber que o projeto apresentado é relevante para a opinião
pública, representada por um dos maiores grupos de usuários os jovens e estudantes
numa base diária tanto para transporte dentro da cidade (rede pública) como para regressar
à cidade natal (transporte a longa distância).
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5. Polémica: Ambiente vs Custos
Hoje em dia vivemos numa sociedade consumista. Logicamente, o consumo exige
competitividade económica. Posto isto, vivemos perante uma regra que já parece universal e
intrínseca: “faça o produto mais barato, ganhe aos seus concorrentes no mercado”. Este
aspeto competitivo da sociedade é levado tão a sério que os produtores, muitas vezes,
parecem não se preocupar com mais nada que não seja baixar ao máximo os custos de
produção. Consequentemente, questões importantíssimas como o ambiente e a
preservação do planeta que habitamos são postas de parte, não existindo, portanto,
desenvolvimento sustentável nestes casos.
Aqui, é gerada uma grande polémica: ambiente ou redução dos custos? Será
possível conjugálos? O objetivo deste projeto passa mesmo por aí. Reduzir o consumo de
combustível num autocarro implica necessariamente a redução das emissões de gases
nocivos para a atmosfera, e o projeto apresentado permite fazelo de uma maneira
economicamente rentável. É de opinião pública que isto deve ser posto de parte e que as
empresas da atualidade devem preocuparse com a utilização da tecnologia disponível para
conseguir produtos de qualidade, baratos e não nocivos para o ambiente.
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6. Perspetivas futuras
As perspetivas para o futuro são as melhores. Até hoje houve uma intensa
exploração dos combustíveis fósseis que, apesar de rentáveis, são extremamente
prejudiciais para o planeta Terra. Lentamente, as energias renováveis têm vindo a
desenvolverse, pelo que energias como a solar e a eólica têm tido um crescimento muito
acentuado em termos de utilização. No ramo dos transportes também vemos algumas
melhorias neste aspeto. Hoje em dia, já existem inúmeras marcas de automóveis que
fabricam carros elétricos que têm sido aceites pela sociedade.
Empresas como a Salvador Caetano já fabricam autocarros 100% elétricos. Posto
isso, as nossas expectativas e perspetivas são de um futuro em que a indústria automóvel
vai andar de mão dada com o ambiente. Esperamos, realmente, que a queima de
combustível seja substituída por sistemas elétricos e por outras alternativas que surjam à
utilização dos combustíveis fósseis, de modo a preservarmos o planeta em que vivemos de
uma forma igualmente rentável.
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7. Conclusões
Com a elaboração deste relatório, chegouse a conclusão sobre alguns pontos
relativos ao desenvolvimento técnico dos autocarros em Portugal.
De facto, a evolução tecnológica contribuiu para o melhoramento de diversos fatores,
entre os quais os fatores economicosociais. Os autocarros híbridos são uma nova
alternativa aos tradicionais, quer a nível energético, quer a nível ambiental, visto que
reduzem o consumo de combustíveis fósseis e, consequentemente, as emissões de gases
nocivos para a atmosfera.
Com isto concluíse que há evolução, na verdade, caso esta não vise apenas atingir
baixos custos, mas também incluir preocupações ambientais e sociais.
A Redução do Consumo de Combustível nos Autocarros Processos e Mecanismos 23/29
Referências bibliográficas
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Passageiros na Valpi Bus, S.A.”
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y=N&application=DIGITOOL3&frameId=1&usePid1=true&usePid2=true (Acessado
em: 15 de outubro de 2014)
“Condução económica e ecológica”
http://www.imtt.pt/sites/IMTT/Portugues/EnsinoConducao/ManuaisEnsinoConducao/
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outubro de 2014)
“O que é Aerodinâmica” http://www.significados.com.br/aerodinamcia/ (Acessado
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“Mecânica dos fluidos computacional”
http://www.adai.pt/v3/modulos/site_ID_ver.php?actSiteID=2&actIDver=4 (Acessado
em: 15 de outubro de 2014)
“História dos transportes”
http://www.stcp.pt/pt/institucional/stcp/historiadostransportes/ (Acessado em: 16 de
outubro de 2014)
“Ultimate Power” http://ultimatepower.pt/apresentacao/ (Acessado em: 16 de
outubro de 2014)
“Transmissões híbridas para automóveis de passageiros e veículos comerciais”
http://www.zf.com/eu/content/pt/iberia/corporate_iberia/products_services_iberia/high
lights/hybrid_drives_iberia/hybrid_drives_iberia.html; (Acessado em: 15 de outubro de
2014)
“Tipos de veículos híbridos e terminologia”
http://automoveiseletricos.blogspot.pt/2012/07/tiposdeveiculoshibridose.html
(Acessado em: 15 de outubro de 2014)
“Sustainable Transport”
http://ltces.dem.ist.utl.pt/host/downloads/HOST_Projecto_de_mobilidade_pt.pdf
(Acessado em: 15 de outubro de 2014)
A Redução do Consumo de Combustível nos Autocarros Processos e Mecanismos 24/29
“Feu Vert”
http://www.feuvert.pt/pecassobressalentesautomoviladitivosmotor.html (Acessado
em: 23 de outubro de 2014)
“A cogeração com motores gás/diesel”
https://www.dropbox.com/s/tv7aq2483fld7db/Cogeracao_dieselgas_2012.pdf?dl=0
(Acessado em: 26 de outubro de 2014)
“Cruise control”
http://querosaber.sapo.pt/transportes/comofuncionaocruisecontrol (Acessado em:
26 de outubro de 2014)
“Travagem regenerativa”
http://factorautomovel.blogspot.pt/2011/04/travagemregenerativa.html (Acessado
em: 29 de outubro de 2014)
“Inquérito aos consumidores”
https://docs.google.com/a/gcloud.fe.up.pt/spreadsheets/d/19S1IcLLi2CU4u474hPkEq
H6yMPQJGnQYqLR2RwHKECw/edit#gid=1627621905 (Acessado em: 30 de outubro
de 2014)
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Anexo A
Inquérito aos consumidores
Carimbo de data/hora
Que características procura preferencialmente num autocarro de rede
pública?
2014/10/15 16:23:59 Ecológico
2014/10/15 16:24:26 Silêncio, Conforto
2014/10/15 16:25:09 Conforto, Velocidade
2014/10/15 16:26:50 Conforto, Velocidade
2014/10/15 16:26:59 Ecológico, Velocidade
2014/10/15 16:26:59 Silêncio, Conforto, Ecológico, Velocidade
2014/10/15 16:28:32 Ecológico
2014/10/15 16:29:02 Silêncio, Conforto, Velocidade
2014/10/15 16:33:53 Conforto, Velocidade
2014/10/15 16:34:16 Silêncio, Velocidade
2014/10/15 16:34:30 Velocidade
2014/10/15 16:34:54 Conforto
2014/10/15 16:35:32 Silêncio
2014/10/15 16:35:49 Ecológico
2014/10/15 16:35:53 Conforto, Velocidade
2014/10/15 16:36:01 Velocidade
2014/10/15 16:37:01 Conforto
2014/10/15 16:37:26 Velocidade
2014/10/15 16:38:43 Ecológico
2014/10/15 16:38:50 Ecológico
2014/10/15 16:40:42 Conforto
2014/10/15 16:40:47 Conforto
2014/10/15 16:43:33 Conforto, Velocidade
2014/10/15 16:51:58 Silêncio, Ecológico
2014/10/15 16:55:17 Conforto
2014/10/15 16:57:32 Ecológico
2014/10/15 17:02:41 Conforto, Velocidade
A Redução do Consumo de Combustível nos Autocarros Processos e Mecanismos 26/29
2014/10/15 17:08:27 Ecológico
2014/10/15 17:08:46 Ecológico, Velocidade
2014/10/15 17:13:01 Silêncio, Velocidade
2014/10/15 17:27:16 Velocidade
2014/10/15 17:27:50 Conforto, Ecológico
2014/10/15 17:29:44 Conforto
2014/10/15 17:34:23 Silêncio, Velocidade
2014/10/15 17:58:22 Velocidade
2014/10/15 17:58:23 Conforto
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A Redução do Consumo de Combustível nos Autocarros Processos e Mecanismos 27/29
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A Redução do Consumo de Combustível nos Autocarros Processos e Mecanismos 28/29
2014/10/16 01:46:53 Silêncio, Conforto, Ecológico, Velocidade
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Conforto 52
Silêncio 17
Velocidade 42
Ecológico 44
A Redução do Consumo de Combustível nos Autocarros Processos e Mecanismos 29/29