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Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto Mestrado Integrado em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores A Redução do Consumo de Combustível nos Autocarros Processos e Mecanismos Projeto FEUP 2014/2015 MIEEC: Armando Sousa & Manuel Firmino J. N. Fidalgo Equipa 1MIEEC05_02: Supervisor: Professor Adriano Carvalho Monitor: André Couto Autores: André Aguiar [email protected] Diogo Veiga [email protected] Francisca Brito [email protected] Hugo Antunes [email protected] Pedro Casanova [email protected] Tiago Catalão [email protected] A Redução do Consumo de Combustível nos Autocarros Processos e Mecanismos 1/29

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Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto

Mestrado Integrado em Engenharia Eletrotécnica e de

Computadores

A Redução do Consumo de Combustível nos

Autocarros

Processos e Mecanismos

Projeto FEUP 2014/2015 ­ MIEEC:

Armando Sousa & Manuel Firmino J. N. Fidalgo

Equipa 1MIEEC05_02:

Supervisor: Professor Adriano Carvalho Monitor: André Couto

Autores:

André Aguiar [email protected] Diogo Veiga [email protected]

Francisca Brito [email protected] Hugo Antunes [email protected]

Pedro Casanova [email protected] Tiago Catalão [email protected]

A Redução do Consumo de Combustível nos Autocarros ­ Processos e Mecanismos 1/29

Resumo

A unidade curricular Projeto FEUP tem como principal objetivo receber e integrar os

alunos do 1º ano no ambiente FEUP, dando­lhes a conhecer os principais serviços

disponíveis. Para além disso, dá formação nas áreas conhecidas como “Soft Skills”, de que

são exemplificativos o trabalho em equipa e a comunicação, de modo a alertar os

estudantes para a sua importância ao longo da carreira de engenharia.

Deste modo, no âmbito do Projeto FEUP, foi realizado este relatório cujo tema principal é

o consumo de combustível nos autocarros e que tem por finalidade responder ao problema:

“Como reduzir o consumo de combustível nos autocarros?”

Inicialmente, foi feita referência à história dos autocarros como um veículo de transporte

rodoviário coletivo de passageiros, desde a sua criação até à atualidade.

De seguida, foram apresentados os fatores que que influenciam o consumo de

combustível e, com base nestes, soluções possíveis para a redução deste consumo, bem

como as vantagens e desvantagens.

Por último, foi feita uma reflexão acerca da polémica “ambiente vs custos” e a

apresentação das perspetivas futuras.

Palavras-Chave

Autocarro; “Eco­friendly”; Hibrído; Bateria; Ambiente; Rede Pública; Eficiência; Consumo;

Redução; Elétrico; TEG, Thermal Eletric Generator, Travagem Regenerativa;

A Redução do Consumo de Combustível nos Autocarros ­ Processos e Mecanismos 2/29

Agradecimentos

O grupo aproveita para agradecer a todos que colaboraram, direta ou indiretamente, na

realização deste projeto, nomeadamente ao professor Adriano Carvalho e ao monitor André

Couto, que nos orientaram e esclareceram todas as dúvidas.

Por último, deixa­se uma nota de agradecimento à Faculdade de Engenharia da

Universidade do Porto por todos os serviços disponibilizados, bem como a todos aqueles

que estiveram na organização da semana de acolhimento aos novos estudantes da FEUP.

A Redução do Consumo de Combustível nos Autocarros ­ Processos e Mecanismos 3/29

Índice

Lista de figuras 5

Lista de gráficos 5

Lista de acrónimos 6

1.Introdução 7

2.História 8

3.Fatores que influenciam o consumo de combustível 9

Inclinação do terreno 9

Peso/Carga 9

Aerodinâmica 10

Velocidade 11

4.Descrição do sistema 12

Elementos do sistema e encadeamento 12

Híbridos em série 13

Híbridos em paralelo 13

Travagem regenerativa 14

Casos práticos 15

Autocarro de rede pública 15

Autocarro de transporte a longa distância 16

Empreendedorismo 18

MAN Porto 18

Salvador Caetano 18

Ultimate Power Cell 19

Inquérito aos consumidores 20

5.Polémica: Ambiente vs Custos 21

6.Perspetivas futuras 22

7.Conclusões 23

Referências bibliográficas 24

Anexo A: Inquérito aos consumidores 26

A Redução do Consumo de Combustível nos Autocarros ­ Processos e Mecanismos 4/29

Lista de figuras

Figura 1 ­ História dos transportes. 8

Figura 2 ­ Efeito do número de passageiros transportados no consumo de combustível em função da velocidade de circulação.

9

Figura 3 ­ Campo de pressões na superfície de um autocarro. 10

Figura 4 ­ Funcionamento do motor de explosão. 12

Figura 5 ­ Logotipo empresa MAN. 18

Figura 6 ­ Logotipo “Grupo Salvador Caetano”. 18

Figura 7 ­ Logotipo empresa “Ultimate Power”. 19

Lista de gráficos

Gráfico 1 ­ Inquérito aos consumidores……………………………………………................20

A Redução do Consumo de Combustível nos Autocarros ­ Processos e Mecanismos 5/29

Lista de acrónimos

STCP ­ Sociedade de Transportes Coletivos do Porto;

kW ­ Kilowatt(s);

kWh ­ Kilowatt(s)*Hora (3,600,000 Joules);

kg ­ Kilograma;

L ­ Litro(s);

TEG ­ Thermal Electric Generator.

A Redução do Consumo de Combustível nos Autocarros ­ Processos e Mecanismos 6/29

1. Introdução

Os veículos de transporte representam uma revolução no modo de vida da

sociedade, que condiciona imperativamente cada indivíduo e as ações que toma, várias

vezes por dia. Numa base diária, milhares de veículos circulam na via pública em todas as

partes do mundo.

Contudo, com o aumento do custo de vida e, para além disso, com a instalação da

crise económica, a população tem vindo a abandonar os veículos unitários ou privados e

aderido à rede pública de transportes coletivos ­ principalmente o público jovem e as

gerações mais idosas. Para transporte a longa distância, para fins de lazer ou transporte

ocasional (como por exemplo, viagens escolares) são escolhidos, quase exclusivamente,

autocarros de empresas privadas.

À medida que a tecnologia e a sensibilização a favor da conservação do ambiente

melhoram e se fazem sentir, a dimensão ecológica dos veículos cresce exponencialmente,

dando alento ao nosso projeto.

A Redução do Consumo de Combustível nos Autocarros ­ Processos e Mecanismos 7/29

2. História

O primeiro veículo de transporte rodoviário coletivo não era mais do que um carro de

bois transformado em carruagem. Com o passar do tempo, e claro com os avanços

tecnológicos, começaram a existir vários veículos de transporte público coletivo, desde os

elétricos até aos autocarros, como podemos confirmar com a Figura 1.

A nível particular, o conceito de autocarro como modalidade de transportes públicos

teve origem em Nice, no século XIX.

Nos primeiros tempos, os autocarros eram de cariz militar, com uma reduzida frota,

em que asseguravam essencialmente pequenas ligações em redor das localidades onde

estavam sediadas.

Figura 1 ­ História dos transportes.

A Redução do Consumo de Combustível nos Autocarros ­ Processos e Mecanismos 8/29

3. Fatores que influenciam o consumo de combustível

De facto, existem diversos fatores que influenciam o consumo de combustível de um

veículo, como a inclinação do terreno, o peso/carga, a resistência aerodinâmica e a

velocidade.

Inclinação do terreno

Num terreno com menor declive há um menor consumo de combustível. Isto

deve­se ao facto de, numa subida, o motor consumir mais energia para compensar o peso

tangencial necessário para avançar. Neste caso, o peso tangencial é a componente do peso

paralela ao plano, de sentido contrário ao deslocamento. Logo, nas descidas, deve­se utilizar

a energia favorável (potencial gravítica) para poupar combustível.

Peso/Carga

Tal como se pode verificar na Figura 2, o peso transportado pelos autocarros, em

função do número de passageiros e da velocidade a que estes circulam, também tem

influência no consumo de combustível. Para velocidades superiores, esta influência é mais

relevante.

Figura 2 ­ Efeito do número de passageiros transportados no consumo de combustível

em função da velocidade de circulação.

A Redução do Consumo de Combustível nos Autocarros ­ Processos e Mecanismos 9/29

Aerodinâmica

O aerodinamismo é a parte da Física que estuda a força do ar sobre os corpos

sólidos em movimento e a dinâmica dos fluidos. Ao projetar automóveis e aeronaves, os

engenheiros e cientistas tiveram que estudar os princípios da aerodinâmica para criar

modelos que suportassem a resistência do ar e mantivessem o desempenho. Deste modo,

esta resistência afeta o consumo de combustível dos veículos, como os autocarros.

Figura 3 ­ Campo de pressões na superfície de um autocarro.

A Redução do Consumo de Combustível nos Autocarros ­ Processos e Mecanismos 10/29

Velocidade

A resistência aerodinâmica aumenta em dependência quadrática do aumento da

velocidade.

Por um lado, devem­se respeitar os limites de velocidade. No entanto, a velocidade

deve ser mantida estável por períodos mais longos, ou seja, com menores variações

possíveis, de modo a se beneficiar o consumo de combustível. Para isso, poderá utilizar­se

o sistema de cruise control.

O cruise control é uma função elétrica que permite que um veículo viaje

automaticamente a uma velocidade predefinida pelo condutor, sendo gerido pela unidade de

controlo do motor (UCM). Assim, o condutor apenas tem de tocar nos travões para

recuperar o domínio do automóvel. A velocidade constante diminui o consumo de

combustível e torna o veículo mais económico.

Uma evolução moderna deste tecnologia é o cruise control adaptável, que, ao

contrário do anterior, utiliza um radar na frente do carro para emitir sinais que ressaltam no

que estiver à frente, medindo de forma constante a distância até ao veículo da frente. Deste

modo, é ajustada a velocidade para igualar a do carro da frente e manter uma distância

segura.

A Redução do Consumo de Combustível nos Autocarros ­ Processos e Mecanismos 11/29

4. Descrição do sistema

Elementos do sistema e encadeamento

Um autocarro é um veículo que se move por ação de um motor, que transforma um

tipo de energia em energia mecânica. No caso dos motores de combustão, a energia

química do combustível é usada para mover os pistões verticalmente, o que por sua vez

confere ao eixo o movimento rotativo responsável pela revolução das rodas. A mistura de ar

e combustível entra na câmara de combustão, é comprimida pelo pistão e no ponto de

compressão máxima a vela de ignição liberta uma faísca, que provoca a explosão da

mistura. A força da explosão empurra o pistão ao longo do cilindro num movimento vertical

descendente e quando chega ao seu ponto mínimo volta a subir, expulsando da câmara de

combustão os gases resultantes da explosão. Para se completar o ciclo de combustão é

necessário efetuar uma nova rotação, na qual há novamente admissão de ar e combustível,

compressão e explosão, repetindo­se este processo sucessivamente.

No caso do motor elétrico, a energia elétrica armazenada na bateria é convertida no

movimento do eixo. A variação do campo elétrico faz variar o campo magnético, o que induz

o movimento do eixo e posteriormente das rodas.

Figura 4 ­ Funcionamento do motor de explosão.

A Redução do Consumo de Combustível nos Autocarros ­ Processos e Mecanismos 12/29

Híbridos em série:

Nos híbridos em série não há ligação entre o motor de combustão e as rodas,

estando ele, sim, ligado ao gerador. Este motor gera energia mecânica que o gerador

transforma em energia elétrica. É depois enviada para o controlador de potência, que é uma

unidade de gestão do sistema que direciona a energia para onde ela é necessária. Através

de motores elétricos, a potência propulsora é transmitida aos eixos de transmissão ou

diretamente às rodas. Se a potência que as rodas precisam exceder a energia que está a

ser produzida pelo motor, o défice energético terá de ser compensado pelas baterias.

Quando as rodas exigem menos energia do que a energia produzida pelo motor, o excesso

será dirigido para as baterias, recarregando­as.

Todo este sistema possibilita emissões de gases nocivos substancialmente

reduzidas, por exemplo, em situações de tráfego urbano intenso. Nesta situação, o

rendimento é mais elevado do que numa configuração em paralelo. Em comparação a este

sistema, a simplicidade do sistema de controlo é mais elevada o que permite reduções

significativas de custos. Ao invés, os rendimentos em regimes extra urbanos não são tão

elevados assim como a autonomia, visto que velocidades mais elevadas requerem baterias

elétricas com dimensões e pesos excessivos.

Híbridos em paralelo:

Neste sistema, a transmissão do motor de combustão e a transmissão elétrica são,

como o nome indica, ligados em paralelo, que podem ser usadas separadamente ou em

conjunto. Para que o sistema funcione, não é necessário mais do que um motor elétrico que

pode ser instalado dentro da caixa de transmissão que contribui para economizar custos.

Tanto o motor de combustão interna como o motor elétrico podem, de forma concorrente,

fornecer energia para a transmissão. Ambas as fontes energéticas podem acionar o

movimento giratório das rodas, pelo que se pode alternar a sua utilização, conforme a

conveniência. Este método permite que o sistema de controle maximize o desempenho

económico do autocarro.

A Redução do Consumo de Combustível nos Autocarros ­ Processos e Mecanismos 13/29

Travagem regenerativa:

A travagem regenerativa é um sistema utilizado em modelos como o híbrido da

BMW, o i3, ou em modelos totalmente elétricos. Este dispositivo mecânico transforma a

energia cinética produzida durante a travagem em energia eléctrica. É um dispositivo que

permite recuperar energia que era totalmente perdida na forma de calor.

Nos veículos com o sistema de travagem regenerativa, quando o condutor pisa o

pedal de travão, o motor eléctrico é colocado a funcionar como gerador, desacelerando as

rodas do carro ao produzir uma força contrária ao movimento. Assim o motor produz

corrente elétrica que alimentará as baterias do veículo.

Este sistema é mais eficaz nas situações de trânsito intenso ou de paragens

constantes, o que se verifica mais frequentemente em percursos urbanos. É de salientar

que os veículos continuam também com os travões “normais”, pois para as travagens que

necessitam maior prontidão e rapidez, esses são seguros e eficazes.

O aproveitamento da energia através deste dispositivo melhora a autonomia dos

veículos elétricos e híbridos e reduz, também, as emissões dos veículos híbridos.

A Redução do Consumo de Combustível nos Autocarros ­ Processos e Mecanismos 14/29

Casos práticos

Autocarro de rede pública:

Modelo: Híbrido em Série, Painéis Fotovoltaicos, TEG, Travagem Regenerativa.

Percurso: Marquês ­ Castelo do Queijo (203)

Dados gerais e de Rendimento:

18 viagens de 9.5 km = 171 km diários

9 viagens = 85.5 km

Rendimento motor diesel = 40%

Rendimento motor elétrico = 85­90%

Rendimento TEG = 5­8%

Rendimento do Painel Solar = 20%

Rendimento da Travagem Regenerativa = 15%

Dados da Viagem:

9 viagens:

85.5 km (distância)

34.2 L (combustível necessário)

1.32 €/L → 45.15 € (dinheiro gasto em combustível)

28.45 kg (massa do combustível)

340.6 kWh (energia necessária)

Painel Solar 36 m² (área do painel solar, colocado no tejadilho do autocarro)

1 kW/m² (Intensidade solar, em condições ótimas)

Cálculos:

60 (%) * 340 (kWh) = 204 kWh (energia dissipada)

TEG = 10­15 kWh → 1.00­1.35 € (recuperados, pelo TEG, em 9 viagens)

0.09 €/kWh → 30.60 € (preço da energia elétrica)

Potência fornecida pelo painel solar: 7.2 kW 10 horas → 72 kWh 6.50 €/dia

A Redução do Consumo de Combustível nos Autocarros ­ Processos e Mecanismos 15/29

Usando o motor eléctrico 50% do tempo de utilização, um TEG e um painel solar: Um autocarro deste modelo gasta cerca de 68€/dia, o que, em relação ao autocarro

normal ­ que gasta cerca de 90€ em combustível por dia ­ poupa 22€ diariamente.

Considerando a Travagem Regenerativa:

Ec = ½ * m * v² = ½ * 19000 * 14² = 0.5 kWh (Energia Cinética de um Autocarro de 19

toneladas a 50 km/h = 14 m/s)

→ cada travagem ATÉ AO REPOUSO ABSOLUTO (0 km/h) recupera 0.075 kWh

→ cada travagem poupa 0.075 * 0.09 = 0.00675 €

Autocarro de transporte a longa distância:

Modelo: Ultimate Power Cell

Percurso:Porto ­ Braga

Dados Gerais e de Rendimento:

Rendimento Ultimate Power Cell: 30%

57 km (distância)

Dados da Viagem:

6 viagens:

57 * 6 = 342 km diários (distância de 3 viagens de ida e volta)

40 L /100 km (consumo de combustível de um autocarro a 100 km/h)

30 (%) * 40 = 12 L (combustível poupado pelo Ultimate Cell, por 100km)

→ 40 ­ 12 = 28 L

→ Consumo passa para 28 L /100 km

→ 342 (km) * 12 / 100 = 41.04 L (poupados pelo Ultimate Cell em 6 viagens)

1.32 * 41.04 = 54.17 € (valor poupado por dia em combustível pelo Ultimate Cell)

54.17 (€) * 365 = 19,773.07 € (valor poupado por ano em combustível pelo Ultimate Cell)

A Redução do Consumo de Combustível nos Autocarros ­ Processos e Mecanismos 16/29

Custos de manutenção:

Esperança média de vida de um Utimate Cell: 70,000 km

Custo do Ultimate Cell: 280€

342 (km) * 365 = 124,830 km anuais (km viajados por um autocarro, por ano)

124,830 / 70,000 = 1.78 km (km viajados anualmente pela esperança média de vida)

Estes valores podem­se traduzir na necessidade de substituir o Ultimate Cell a cada 7

meses, aproximadamente.

Neste período, o dispositivo terá poupado cerca de 11,400 euros, o que significa que terá

poupado (11,400 (€) ­ 280 (€) = 11,120 €)

Investimento em 10 anos: 10 * 2 * 280 € = 5,600.00 €

Poupança de combustível em 10 anos: 149,796 L (cerca de 209,715.00 €)

Custo do autocarro: 100,000.00 €

A Redução do Consumo de Combustível nos Autocarros ­ Processos e Mecanismos 17/29

Empreendedorismo

- MAN Porto - É o ramo português de uma empresa alemã que produz

autocarros híbridos presentes em grande escala no território nacional. A

STCP e o Governo Português são exemplos de instituições que recorrem a

autocarros ecológicos, próximos do modelo projetado neste relatório.

Figura 5 ­ Logotipo empresa MAN.

- Grupo Salvador Caetano - Representante da Mercedes-Benz, COBUS, Toyota

e CAETANOBus, oferece, a nível nacional e internacional, serviços

relacionados com autocarros (desde produção a oficina). No seu reportório

inclui autocarros ecológicos.

Figura 6 ­ Logotipo “Grupo Salvador Caetano”.

A Redução do Consumo de Combustível nos Autocarros ­ Processos e Mecanismos 18/29

­ Ultimate Power Cell ­ Uma empresa bastante recente que aposta nas novas

tecnologias com vista a reduzir os consumos energéticos, assegurando a redução

da emissão de gases nocivos para o Ambiente.

Figura 7 ­ Logotipo empresa “Ultimate Power”.

Assim torna­se evidente o impacto, interesse e procura associada a este projeto e ao

desenvolvimento a favor da tecnologia ecológica.

A Redução do Consumo de Combustível nos Autocarros ­ Processos e Mecanismos 19/29

Inquérito aos consumidores

Gráfico 1 ­ Inquérito aos consumidores.

Segundo os resultados de um inquérito dirigido aos alunos da Faculdade de

Engenharia da Universidade do Porto, resumidos neste gráfico circular, as caraterísticas

mais procuradas num autocarro são conforto (33.5%), seguido do nível ecológico da

tecnologia usada (28.4%), faltando a velocidade de viagem (27.1%) e o silêncio do veículo

(11%).

Podemos, deste modo perceber que o projeto apresentado é relevante para a opinião

pública, representada por um dos maiores grupos de usuários ­ os jovens e estudantes ­

numa base diária tanto para transporte dentro da cidade (rede pública) como para regressar

à cidade natal (transporte a longa distância).

A Redução do Consumo de Combustível nos Autocarros ­ Processos e Mecanismos 20/29

5. Polémica: Ambiente vs Custos

Hoje em dia vivemos numa sociedade consumista. Logicamente, o consumo exige

competitividade económica. Posto isto, vivemos perante uma regra que já parece universal e

intrínseca: “faça o produto mais barato, ganhe aos seus concorrentes no mercado”. Este

aspeto competitivo da sociedade é levado tão a sério que os produtores, muitas vezes,

parecem não se preocupar com mais nada que não seja baixar ao máximo os custos de

produção. Consequentemente, questões importantíssimas como o ambiente e a

preservação do planeta que habitamos são postas de parte, não existindo, portanto,

desenvolvimento sustentável nestes casos.

Aqui, é gerada uma grande polémica: ambiente ou redução dos custos? Será

possível conjugá­los? O objetivo deste projeto passa mesmo por aí. Reduzir o consumo de

combustível num autocarro implica necessariamente a redução das emissões de gases

nocivos para a atmosfera, e o projeto apresentado permite faze­lo de uma maneira

economicamente rentável. É de opinião pública que isto deve ser posto de parte e que as

empresas da atualidade devem preocupar­se com a utilização da tecnologia disponível para

conseguir produtos de qualidade, baratos e não nocivos para o ambiente.

A Redução do Consumo de Combustível nos Autocarros ­ Processos e Mecanismos 21/29

6. Perspetivas futuras

As perspetivas para o futuro são as melhores. Até hoje houve uma intensa

exploração dos combustíveis fósseis que, apesar de rentáveis, são extremamente

prejudiciais para o planeta Terra. Lentamente, as energias renováveis têm vindo a

desenvolver­se, pelo que energias como a solar e a eólica têm tido um crescimento muito

acentuado em termos de utilização. No ramo dos transportes também vemos algumas

melhorias neste aspeto. Hoje em dia, já existem inúmeras marcas de automóveis que

fabricam carros elétricos que têm sido aceites pela sociedade.

Empresas como a Salvador Caetano já fabricam autocarros 100% elétricos. Posto

isso, as nossas expectativas e perspetivas são de um futuro em que a indústria automóvel

vai andar de mão dada com o ambiente. Esperamos, realmente, que a queima de

combustível seja substituída por sistemas elétricos e por outras alternativas que surjam à

utilização dos combustíveis fósseis, de modo a preservarmos o planeta em que vivemos de

uma forma igualmente rentável.

A Redução do Consumo de Combustível nos Autocarros ­ Processos e Mecanismos 22/29

7. Conclusões

Com a elaboração deste relatório, chegou­se a conclusão sobre alguns pontos

relativos ao desenvolvimento técnico dos autocarros em Portugal.

De facto, a evolução tecnológica contribuiu para o melhoramento de diversos fatores,

entre os quais os fatores economico­sociais. Os autocarros híbridos são uma nova

alternativa aos tradicionais, quer a nível energético, quer a nível ambiental, visto que

reduzem o consumo de combustíveis fósseis e, consequentemente, as emissões de gases

nocivos para a atmosfera.

Com isto concluí­se que há evolução, na verdade, caso esta não vise apenas atingir

baixos custos, mas também incluir preocupações ambientais e sociais.

A Redução do Consumo de Combustível nos Autocarros ­ Processos e Mecanismos 23/29

Referências bibliográficas

“Afectação Adequada de Recursos no Sector do Transporte Rodoviário de

Passageiros na Valpi Bus, S.A.” ­

http://digitool.fe.up.pt:1801/view/action/singleViewer.do?dvs=1413393916715~830&lo

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ction/singleViewer.do?&preferred_extension=pdf&DELIVERY_RULE_ID=5&adjacenc

y=N&application=DIGITOOL­3&frameId=1&usePid1=true&usePid2=true (Acessado

em: 15 de outubro de 2014)

“Condução económica e ecológica” ­

http://www.imtt.pt/sites/IMTT/Portugues/EnsinoConducao/ManuaisEnsinoConducao/

Documents/Fichas/FT_ConducaoEconomicaeEcologica.pdf (Acessado em: 15 de

outubro de 2014)

“O que é Aerodinâmica” ­ http://www.significados.com.br/aerodinamcia/ (Acessado

em: 15 de outubro de 2014)

“Mecânica dos fluidos computacional” ­

http://www.adai.pt/v3/modulos/site_ID_ver.php?actSiteID=2&actIDver=4 (Acessado

em: 15 de outubro de 2014)

“História dos transportes” ­

http://www.stcp.pt/pt/institucional/stcp/historia­dos­transportes/ (Acessado em: 16 de

outubro de 2014)

“Ultimate Power” ­ http://ultimatepower.pt/apresentacao/ (Acessado em: 16 de

outubro de 2014)

“Transmissões híbridas para automóveis de passageiros e veículos comerciais” ­

http://www.zf.com/eu/content/pt/iberia/corporate_iberia/products_services_iberia/high

lights/hybrid_drives_iberia/hybrid_drives_iberia.html; (Acessado em: 15 de outubro de

2014)

“Tipos de veículos híbridos e terminologia” ­

http://automoveiseletricos.blogspot.pt/2012/07/tipos­de­veiculos­hibridos­e.html

(Acessado em: 15 de outubro de 2014)

“Sustainable Transport” ­

http://ltces.dem.ist.utl.pt/host/downloads/HOST_Projecto_de_mobilidade_pt.pdf

(Acessado em: 15 de outubro de 2014)

A Redução do Consumo de Combustível nos Autocarros ­ Processos e Mecanismos 24/29

“Feu Vert” ­

http://www.feuvert.pt/pecas­sobressalentes­automovil­aditivos­motor.html (Acessado

em: 23 de outubro de 2014)

“A cogeração com motores gás/diesel” ­

https://www.dropbox.com/s/tv7aq2483fld7db/Cogeracao_diesel­gas_2012.pdf?dl=0

(Acessado em: 26 de outubro de 2014)

“Cruise control” ­

http://querosaber.sapo.pt/transportes/como­funciona­o­cruise­control (Acessado em:

26 de outubro de 2014)

“Travagem regenerativa” ­

http://factorautomovel.blogspot.pt/2011/04/travagem­regenerativa.html (Acessado

em: 29 de outubro de 2014)

“Inquérito aos consumidores” ­

https://docs.google.com/a/gcloud.fe.up.pt/spreadsheets/d/19S1IcLLi2CU4u474hPkEq

H6yMPQJGnQYqLR2RwHKECw/edit#gid=1627621905 (Acessado em: 30 de outubro

de 2014)

A Redução do Consumo de Combustível nos Autocarros ­ Processos e Mecanismos 25/29

Anexo A

Inquérito aos consumidores

Carimbo de data/hora

Que características procura preferencialmente num autocarro de rede

pública?

2014/10/15 16:23:59 Ecológico

2014/10/15 16:24:26 Silêncio, Conforto

2014/10/15 16:25:09 Conforto, Velocidade

2014/10/15 16:26:50 Conforto, Velocidade

2014/10/15 16:26:59 Ecológico, Velocidade

2014/10/15 16:26:59 Silêncio, Conforto, Ecológico, Velocidade

2014/10/15 16:28:32 Ecológico

2014/10/15 16:29:02 Silêncio, Conforto, Velocidade

2014/10/15 16:33:53 Conforto, Velocidade

2014/10/15 16:34:16 Silêncio, Velocidade

2014/10/15 16:34:30 Velocidade

2014/10/15 16:34:54 Conforto

2014/10/15 16:35:32 Silêncio

2014/10/15 16:35:49 Ecológico

2014/10/15 16:35:53 Conforto, Velocidade

2014/10/15 16:36:01 Velocidade

2014/10/15 16:37:01 Conforto

2014/10/15 16:37:26 Velocidade

2014/10/15 16:38:43 Ecológico

2014/10/15 16:38:50 Ecológico

2014/10/15 16:40:42 Conforto

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A Redução do Consumo de Combustível nos Autocarros ­ Processos e Mecanismos 26/29

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A Redução do Consumo de Combustível nos Autocarros ­ Processos e Mecanismos 27/29

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Conforto 52

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