metadados para a representação de imagens digitais
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METADADOS PARA A
REPRESENTAÇÃO DA IMAGEM
DIGITAL
ANA CAROLINA SIMIONATO (BOLSISTA FAPESP)
PLÁCIDA LEOPOLDINA VENTURA AMORIM DA COSTA SANTOS
(ORIENTADORA)
XII Encontro Nacional de Pesquisa em Ciência da Informação: Políticas de Informação para a Sociedade
Brasília, 23 a 26 de Outubro 2011
Estamos vivenciando um mundo digital...
onde a grande massa de informações produzida
neste universo é constituída por arquivos
textuais, sonoros, bem como os imagéticos.
Posteriormente, as imagens digitais são dispersas, sem nenhum
tratamento representacional, prejudicando a recuperação, o
uso e reuso deste recurso informacional.
“Para a representação de uma imagem,
a principal tarefa é de analisar sistematicamente e descrever os
elementos de uma imagem para a utilização dos consumidores finais.
(HOURIANE, 2005).
Com o propósito da recuperação, quais são os metadados (atributos)
necessários para a representação da imagem digital?
Determinar quais os metadados necessários para a
representação da imagem digital, tendo como base os
instrumentos de descrição pertencentes ao Tratamento
Descritivo da Informação (TDI) para sua padronização.
O propósito de todo sistema recuperação da informação não é proporcionar
muita informação, e sim, informação relevante.
Desta forma, inicia-se um diálogo interdisciplinar entre diversos profissionais
envolvidos com o processamento da informação para criar novas formas de
tratamento dos recursos informacionais no contexto web.
Os padrões de conteúdo de dados, padrões externos, códigos e regras que auxiliam a
descrição e, conseqüentemente, o estabelecimento dos metadados, determinam não só
a sintaxe e a padronização dos metadados, mas também os valores e padronizam sua
representação (ZENG; QIN, 2008).
De modo geral, podemos dizer que o objetivo e a função dos metadados são os
mesmos da catalogação: representar as características e o conteúdo de um recurso
informacional de forma padronizada, facilitando a identificação, a busca, a localização e
recuperação desses recursos (HSIEH-YEE, 2006, p.348).
Porém, deve-se conhecer a estrutura de representação de recursos informacionais
encontra na camada intangível dos sistemas de informação e ao usuário o acesso se dá
na camada aparente do sistema: na camada de apresentação.
É nela que se estabelecem as solicitações e o uso dos marcadores de memória nessa
camada são apresentados os resultados de busca em diferentes formas de
apresentação para a solução de problemas específicos (SANTOS, 2008).
A metodologia a ser utilizada consistirá em uma análise exploratória e descritiva da
literatura disponível sobre o tema proposto.
Será utilizado os modelos conceituais da família FRBR (Functional Requirements for
Bibliographic Records), inclusos o FRAD (Functional Requirements for Authority Data) e
FRSAD (Functional Requirements for Subject Authority Data).
E por fim, os padrões de metadados: Dublin Core, MARC (Machine-Readable
Cataloging), MODS (Metadata Object Description Schema), MADS (Metadata Authority
Description Schema) e o METS (Metadata en Coding & Transmission Standard).
Esta pesquisa encontra em fase de desenvolvimento.
Porém espera-se que os resultados compreendam os objetivos propostos e
tanto a representação quanto a recuperação dos recursos imagéticos sejam
realizadas pelas propriedades visuais compostas por meio da transcriação de
formas.
Considerando que a “elaboração destas informações em novas estruturas sistêmicas e a sua
complexidade informacional depende das articulações semióticas que são importadas e que
transitam nas novas conformações representacionais e de apresentação” (JORENTE;
SANTOS, 2010, p.15).
Ou seja, a imagem digital deverá ser recuperada pelas características que a instanciam,
como os elementos visuais básicos: ponto, linha, forma, direção, tonalidade, coloração,
textura, dimensão e movimento.
E a sua representação deverá ser padronizada pelos instrumentos internacionais que
abrangem: seu dominío digital, sua exaustividade na descrição e sua granulariedade para
as relações Entidade - Relacionamento.
“Através do processo de construção das representações, as informações esquematizadas e estruturadas
permitem a identificação, a localização e a recuperação automática das informações e propiciam, por meio
dos padrões, a interoperabilidade entre sistemas de informação” (SANTOS, 2008, p. 166).
PROPRIEDADES DA IMAGEM
DADOS EXIF
GARCIA, S. S. Metadados para documentação e recuperação de imagens. 1999. 152f. Dissertação (Mestrado em Sistemas e Computação) – Instituto Militar de Engenharia, Rio de Janeiro, 1999.
HAYAMA, T.; KIYOKI, Y.; KITAGAWA, T. A metadatabase system for semantic image search by a mathematical model of meaning. In: ACM SIGMOD Record, v.23, n.4, p. 34 -41, 1994.
HOURIHANE, C. It Begins with the Cataloguer: Subject Access to Images and the Cataloguer's Perspective. In: BACA, Murtha. Introduction to art image access: tools, standards, and strategies. Getty Research Institute, 2005.
HSIEH-YEE, I. Organizing audiovisual and electronic resources for access: a cataloging guide. Washington: Library of Congress, 2006. 375p.
JORENTE; M. J. V.; SANTOS, P. L. V. A. C. Hábitos, rupturas e novas possibilidades de compartilhamento de informação e de conhecimento. In: Informação & Sociedade. João Pessoa, v.20, n.3, p. 13-26, 2010.
SANTOS, P.L.V.A.C. Redes informacionais como ambiente colaborativo e de empoderamento: a catalogação em foco. In: FUJITA, M. S. L.; GUIMARÃES, J. A. C. (Org.) Ensino e Pesquisa em Biblioteconomia no Brasil: a emergência de um novo olhar. Marília: FUNDEPE, 2008.
ZENG, M. L.; QIN, J. Metadata. New York: Neal-Schuman Publishers, 2008.