metodologia de reavaliação para fins de ajuste inicial a valor justo
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Metodologia de reavaliação para fins de ajuste inicial a valor justo do patrimônio mobiliário do Governo do Estado do Espírito Santo
Lei 9.372 de 27/12/2009 • Autoriza o Poder Executivo, por meio dos Órgãos e Entidades
competentes, a regularizar as inconsistências dos saldos dos inventários físicos dos bens patrimoniais permanentes e dos registros contábeis correspondentes;
• Por simples questão de abreviação, o objeto da Lei nº 9.372 acima exposto será referenciado apenas como projeto de levantamento patrimonial;
• Lei prorrogada duas vezes, com prazo final para 31/12/2013;
Resolução TCES nº 221, de 07 de Dezembro de 2010, alterada pela Resolução nº 258 de 08/05/2013
• Art. 2º Para cumprimento do artigo anterior os jurisdicionados ficam autorizados a levantar toda situação patrimonial e as devidas reavaliações até o prazo máximo de 31/12/2013 para o Estado e 31/12/2014 para todos os Municípios. (Alterado pela Resolução TC nº 258/2013 – DOE 8.5.2013).
• Por mera questão de conveniência, adota-se o termo “reavaliação” como significado de “ajuste inicial a valor justo”;
Situação em Julho/2013 • Inexistência de metodologia de reavaliação definida para bens
móveis permanentes;
• Cerca de 30 Órgãos/Entidades realizavam o inventário físico com recursos próprios e sem conhecimento técnico para realizar reavaliação de bens móveis;
• Necessidade de padronização entre os Órgãos/Entidades;
• Existência da planilha de migração do SIGA como base obrigatória para realizar os cálculos dos bens móveis;
• Falta de tabela padrão para estipular vida útil e taxa residual de depreciação;
Possibilidades de Reavaliação •A Engenharia de Avaliação é ampla, contendo diversas
normas técnicas e forte influência contábil;
•MCASP possibilita que as reavaliaçõs de bens móveis sejam realizadas por meio de laudo técnico desenvolvido por perito ou entidade especializada, ou ainda, relatório realizado por uma comissão de servidores;
• Como reavaliar?
• Qual a metodologia a ser adotada?
Procedimentos Preliminares à Reavaliação •Desincorporação de materiais de consumo • Nota Técnica/Comitê Gestão Patrimonial/001/2011 de 12/04/2011;
• Nota Técnica Conjunta SEFAZ/SEP/SEGER/001/2011;
•Baixa patrimonial e contábil de todos os bens móveis destruídos por uso, acidente ou extraviados • Nota Técnica SEFAZ/004/2010/GECON;
•Baixa patrimonial e transferência contábil de todos os bens móveis considerados inservíveis • Nota Técnica SEFAZ/007/2007/GECON;
Procedimentos Preliminares à Reavaliação
•Baixa patrimonial e contábil de itens doados de fato, mas ainda pendentes de regularização formal;
•Análise, verificação e regularização das inconsistências dos saldos dos inventários físicos dos bens móveis e dos registros contábeis correspondentes • Portaria Conjunta SECONT/SEGER/SEFAZ nº 02 - R/2011;
• Nota Técnica SEFAZ n° 007/2011/GECON;
•Evitar reavalição de bens móveis que deverão ser baixados ou desincorporados;
•Garantir que antes de de iniciar as reavaliaçãoes os saldos dos controles físicos estejam iguais aos saldos contábeis (valor de aquisição);
Objetivos dos Procedimentos Preliminares
• Com exceção de veículos, que devem ser baseados na Tabela FIPE, todos os demais bens móveis devem ser reavaliados;
• Os cálculos de reavaliação são baseados nos valores de bens novos;
• Definição de uma data de corte de 01/01/2010 como parâmetro para utilização dos valores de aquisição;
• Utilização obrigatória da Nota Fiscal;
• Antes da data de corte, a Comissão de Servidores deve buscar ao mercado o valor atualizado do bem;
Da Metodologia – Bens a serem reavaliados
•Documentação com a descrição detalhada referente a cada bem que esteja sendo avaliado;
• Identificação contábil do bem;
•Definição dos critérios utilizados para a avaliação do bem e sua respectiva fundamentação;
•Vida útil remanescente;
•Data de avaliação;
• Identificação dos responsáveis pela avaliação;
Da Metodologia – Conteúdo do relatório
•Bens móveis que possam de forma idêntica ou semelhante, ser encontrados em oferta no mercado, podem utilizar, entre outras, as fontes de pesquisas:
• Realização de pesquisa via Internet, em lojas e sites especializados em cotejo de produtos, visando à obtenção de valores médios de mercado, quando possível, ou o valor praticado pelo comércio;
• Para os veículos, a utilização dos índices disponibilizados pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, a Tabela FIPE;
Da Metodologia – Fontes de pesquisa
• Os bens em reavaliação, idêntico ou semelhante, que não tiverem mais oferta no mercado:
• Utilizar o procedimento adotado no Manual de Patrimônio do TCU, no seu item 16.1 que: • Adota-se o valor de mercado do bem novo, sendo a média dos valores de até
três propostas de fornecedores do ramo, ou o valor atualizado de sua aquisição pelo IPCA (IBGE) – Índice de Preços ao Consumidor Amplo, ou outro índice que o venha substituir, na impossibilidade de se levantar o valor de mercado:
• Para mobiliários e equipamentos em geral, inclusive de informática, é calculada uma depreciação de 5% a.a. (cinco por cento ao ano), do valor de mercado do bem novo ou de sua atualização, limitada a 50% (cinquenta por cento) deste;
Da Metodologia – Fontes de pesquisa
•Utilizar o procedimento adotado no Manual de Patrimônio do TCU, no seu item 16.1 que: • Quando necessário, solicitar avaliação por profissional especialista ou
servidor de área especializada, segundo as peculiaridades do bem, como aspectos artísticos, históricos, tecnológicos, dentre outros.
• Segundo o MCASP, caso seja impossível estabelecer o valor de mercado do bem, pode-se defini-lo com base em parâmetros de referência que considerem bens com características, circunstâncias e localizações assemelhadas.
Da Metodologia – Fontes de pesquisa
• Escolha obrigatória entre os estados de conservação definidos no SIGA:
•Ótimo;
•Bom;
•Regular;
•Ruim
• Sucata – Os bens classificados como sucata devem ter sido baixados antes do início dos trabalhos de reavaliação;
Da Metodologia – Estado de conservação
• Adoção da tabela de vida útil utilizada pela União, definida no SIAFI (Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal) da Secretaria do Tesouro Nacional;
• Caso o Órgão/Entidade possua bens móveis em classes que não possuem valores estipulados de vida útil no SIAFI (02, 20 e 89), cabe à Comissão definir pontualmente a vida útil de cada bem;
• Cabe à Comissão analisar os casos onde os bens já possuem utilização superior a vida útil padrão definida no SIAFI;
• Cabe à Comissão analisar e, se assim entender, alterar a expectativa de vida útil futura para cada bem móvel;
Da Metodologia – Período de vida futura
•Adoção da metodologia pelo TCE-RO, que por sua vez foi baseada na metodologia de cálculo criada pelo TCE-ES em 1998;
•A metodologia utilizada pelo TCE-RO foi melhorada no que concerne ao peso adotado para alguns fatores de influência;
•Houve necessidade de adequação de terminologia adotada pelo TCE-RO devido a planilha de migração do SIGA, por exemplo, “excelente” para “ótimo”;
Da Metodologia – Coeficiente de reavaliação
Da Metodologia – Fatores de Influência e Valoração EC – Estado de Conservação
PUB – Período de Utilização
PUV – Período de Vida Futura
Valoração Conceito Valoração Conceito Valoração Conceito
10 Ótimo 10 ≥ 10 anos 10 ≥ 10 anos
8 Bom 9 9 anos 9 9 anos
5 Regular 8 8 anos 8 8 anos
2 Ruim 7 7anos 7 7 anos
6 6 anos 6 6 anos
5 5 anos 5 5 anos
4 4 anos
4
4 anos
3 3 anos 3 anos
2 2 anos 2 anos
1 1 ano 1 ano
0 < 1 ano < 1 ano
Fator de Influência Peso a Considerar Estado de Conservação 4 Período de Utilização -3 Período de Vida Futura 6
FR = Fator de Reavaliação
EC = Estado de Conservação
PUV = Período de Vida Útil
PUB = Período de Utilização do Bem
VBR = VBN x FR
VBR = Valor do bem após
reavaliação
VBN = Valor do bem novo, idêntico
ou similar ao que está sendo
reavaliado;
FR = Fator de reavaliação definido
anteriormente
Jean Carlos de Oliveira Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental
Subgerente de Patrimônio Estadual | SUPAM
Secretaria de Estado de Gestão e Recursos Humanos | SEGER
(27) 3636-5248 / 3636-5249
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