metodologias em história da arte
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Slides acerca da Metodologias em História da Arte dado pelo professor Luís Gonçalves na disciplina História da Arte I (Pintura) da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa.TRANSCRIPT
Metodologias da História da Arte
MÉTODO FILOLÓGICO
LINHA FORMALISTA
LINHA SOCIOLÓGICA
LINHA ICONOGRÁFICO-ICONOLÓGICA
identificação
datação
«obra completa» estrutura aditiva
tende a incorporar
recolha
ordenar material
Descortinar influências e evoluções
Estilo(s)
Leitura da obra na sua dimensão material e formal: o significado do significante
A obra interessa enquanto documento determinado por um contexto sócio-cultural; a obra não escapa ao contexto histórico-social que a encomendou e produziu
Leitura do tema: o significado do conteúdo [ver método iconológico]
Tríptico de Mérode, 1425-1428, óleo sobre madeira, altura: 64 cm; largura da tábua central: 63 cm; laterais: 27 cm, Nova Iorque: The Metropolitan Museum of Art
Mestre de Flémalle, Tríptico de Mérode, 1425-1428, óleo sobre madeira, altura: 64 cm; largura da tábua central: 63 cm; laterais:
27 cm, Nova Iorque: The Metropolitan Museum of Art
Robert Campin (activo na 1ª metade
do século XV)
Documento visual-patrimonial-artístico [iconografias] Documento escrito [nomes de autores]
•MÉTODO FILOLÓGICO Método de levantamento e recensão das obras: primeiras catalogações que ligam as obras aos nomes
Precursores da «Visibilidade Pura»
J. F. HERBART (1776-1841)
ROBERT ZIMMERMANN
G. SEMPER (1805-1879)
«Visualidade Pura» (Reine Sichtharkeit)
HANS VON MAREÉS (1837-1887)
KONRAD FIEDLER (1841-1895)
ADOLF VON HILDEBRAND (1847-1921)
ALOÏS RIEGL (1858-1905)
HEINRICH WÖLFFLIN (1864-1945)
BERNARD BERENSON (1865-1959)
ROBERTO LONGHI (1890-1970)
LIONELLO VENTURI (1885-1961)
Escola de Viena
HENRI FOCILLON (1881-1943)
LINHA FORMALISTA
• O Problema da Forma na Arte Figurativa (1893)
• Renascimento e Barroco (1889) • Princípios Fundamentais da História da Arte
(1915)
• Problemas do Estilo (1893) • As Artes Aplicadas na Época Romana Tardia
segunda as descobertas na Áustria-Hungria (1901)
• A Escultura Românica (1931) • A Vida das Formas (seguido de «Elogio da
Mão») (1934)
GEORGE KUBLER • A Forma no Tempo. Observações sobre a história dos objectos (1961)
LINHA FORMALISTA
RUDOLF ARNHEIM (1904-)
Psicologia da Forma (Gestalt)
MAX WERTHEIMER (1880-1943)
WOLFGANG KÖHLER (1887-1967)
KURT KOFFKA (1886-1941)
CLEMENT GREENBERG (1909-1964)
Crítica de Vanguarda
ROGER FRY (1866-1934)
CLIVE BELL (1881-1964)
HENRI MATISSE
Contribuição dos Artistas
WASSILY KANDINSKY
PAUL KLEE
• Arte e Percepção Visual (1954) • Pensamento Visual (1969)
• Do Espiritual na Arte (1912) • Ponto Linha Plano (1926)
• Escritos sobre Arte
• Notas de um Pintor (1908)
ALOÏS RIEGL (1858-1905)
Aloïs Riegl, c.1890
HEINRICH WÖLFFLIN (1864-1945)
• OWEN JONES, Grammar of Ornament, 1856 – com 100 ilustrações a cores de CHRISTOPHER DRESSER, explorando padrões do estilo mourisco e japonesismo; insprado em PUGIN
• CHARLES LOCK EASTLAKE, Hints on Household Taste in Forniture, Upholstery and Other Details, 1968 (sucesso em Inglaterra e nos Estados Unidos)
• Marigold wallpaper and Chintz. Design por William Morris, 1875.
A VALORIZAÇÂO DAS ARTES DECORATIVAS E DAS ARTES APLICADAS NO ESPAÇO BRITÂNICO: EM TORNO DOS «ARTS & CRAFTS»
PRÉ-RAFAELISTASIrmandade dos Pré-Rafaelistas
(assinavam P.R.B.: Pré-Raphaelite Brotherhood)
•WILLIAM DYCE (1806-1864)
•WILLIAM HOLMAN HUNT (1827-1910) - pintor•JOHN EVERETT MILLAIS (1829-1896) - pintor•DANTE GABRIEL ROSSETTI (1828-1882) – pintor, poeta•THOMAS WOOLNER - escultor
•JOHN RUSKIN (1819-1900) – crítico de arte
•Sir EDWARD BURNE-JONES (1833-1898) - pintor•WILLIAM MORRIS (1838-1896) – pintor, teórico
•FORD MADOX BROWN (1821-1893) - pintor
Os Pré-Rafaelistas procuravam unir as artes visuais à literatura remetiam-se para a pintura antes deRafael, ou seja antes das Academias na procura de uma generosidade artesanal, criticando omaterialismo e o maquinismo. Contra as regras académicas procuravam um olhar directo da naturezaatento ao detalhe. Com estes principios, Morris defendia (tal como Riegl, mas por outras vias) adignidade da actividade artesanal e o fim da hierarquia entre Belas Artes e artesanato.
Rossetti na sala de estar do Cheyne Walk studio, aguarela de Treffy Dunn, 1882
•Kelmscott Press colophon, design por Morris.
WILLIAM MORRIS (1834-1896)
• 1859: Construção da Red House de William Morris, concebida por si e pelo arquitecto Philip Webb • 1860: muda-se para a Red House • 1861 (até 1974): co-fundou Companhia «Morris, Marshall, Faulker e Company» (Morris & Co) com artistas pré-Rafaelistas
• 1875: funda nova empresa, a «Morris & Co.», mais afastada dos pré-Rafaelistas, com Arthur Heygate Mackmurdo (1851 - 1942), inventor do papel parede, e Walter Crane, decorador, gráfico e ilustrador
• 1883: torna-se um dos lideres do movimento socialista inglês • 1890-1891: fundação da «Kelmscott Press», editora e tipografia inspiradora dos livros da «arte nova» • 1881. nos finais deste ano, mudou a Morris & Co para Merton Abbey
Jules Chéret , Bal du Moulin Rouge, 1889 litografia a cores, 124.1 x 88 cm (Los
Angeles County Museum of Art Kurt J. Wagner, M.D., and C. Kathleen
Wagner Collection)
•Henri de Toulouse-Lautrec, »Moulin Rouge»: La Goulue
(cartaz), litografia a cores,1891, 191x117 cm
•Alfons Maria Mucha, Gismonda
(cartaz), 1895, litografia a cores,
217x74 cm
•Koloman Moser (Kolo), Cartaz para a «III Exposição da
Secessão Vienense», 1902
•Charles Rennie Mackintosh, The Scottish Musicak Review (cartaz), 1896, litografia a
cores, 246x100,5 cm
A ARTE NOVA E A VALORIZAÇÂO DA ESTILIZAÇÂO E DA DECORAÇÂO
LINHA SOCIOLÓGICA
ARNOLD HAUSER (1892-1978)
História e Crítica da Cultura
MAX DVORAK (1874-1923)
J. BURCKHARDT (1818-1897)
MARX
Precursores HIPPOLYTE TAINE (1828-1893)
FREDERICK ANTAL (1887-1954)
Sociologia da Arte NICOS HADJINICOLAU
• História Sodial da Literatura e da Arte (1951) • Introdução à História da Arte (1958) • O Maneirismo. Crise do Renascimento e origem
do Mundo Moderno (1964) • Sociologia da Arte (1974)
• História da Arte e Luta de Classes (1973)
• Philosophie de l’Art (1881)
PIERRE FRANCASTEL (1900-1969) • Pintura e Sociedade (1951) • Arte e Técnica (1956) • A Realidade Figurativa (1965) • Sociologia da Arte (1970)
• O Mundo Florentino e o seu ambiente Social (1948)
• História da Arte como História do Espírito (1924)
• A Civilização do Renascimento
ENGELS
SPENCER
AUGUSTE COMTE
LINHA SOCIOLÓGICA
JAUSS
Escola de Frankfurt (dialéctica e hermenêutica)
THEODOR W. ADORNO
WALTER BENJAMIN
MICHAEL BAXANDALL (1933-) • Pintura e vida quotidiana no Renascimento (1872)
• Modelos de intenção sobre a explicação histórica dos quadros (1985)
GIULIO CARLO ARGAN
PLEJANOV
LUKÁCS
HERBERT MARCUSE
Estética da Recepção
LINHA ICONOGRÁFICA-ICONOLÓGICA
ERWIN PANOFSKY (1892-1968)
Instituto Warburg
ABY WARBURG (1866-1929)
CESARE RIPA
RUDOLF WITTKOWER
ERNST CASSIRER (1874-1945)
• A Teoria da Arte em Dürer (1915, 1923; monografia em 1943)
• Studies of Iconology (1939) • A perspectiva como Forma Simbólica • Iconografia e Iconologia (inclui o texto «O
significado nas Artes Visuais», 1955)
• Filosofia das Formas Simbólicas (1923-1929)
• Iconologia (1593)
• Os Fundamentos da Arquitectura na Idade do Humanismo (1919)
MEYER SCHAPIRO
EMILE MÂLE • L’Art religieuse du XIIeme siècle en France (1898)
FRITS SAXL
ERWIN PANOFSKY (1892-1968)
Leonardo da Vinci, AÚltima Ceia, 1495-1498,pintura mural, 420x910 cm, Milão: Santa Maria delle Grazie, refeitório
Primário, aparente ou natural (Pré-iconográfico): o nível mais básico de entendimento, esta camada consiste na percepção da obra o seu modo quotidiano. No primeiro nível o quadro abaixo poderia ser percebido somente como uma pintura de treze homens sentados à
mesa. Este primeiro nível é o mais básico para o entendimento da obra, despojado de qualquer conhecimento ou contexto cultural.
Secundário ou convencional (Iconográfico): Este nível avança um degrau e traz a equação cultural e conhecimento iconográfico. Por exemplo, um observador do Ocidente entenderia que a pintura dos treze homens sentados à mesa representaria A Última Ceia.
Significado Intrínseco ou conteúdo (Iconológico): este nível considera toda uma ampla história cultural para entender uma obra. A arte não é um incidente isolado, mas um produto de um ambiente histórico. Trabalhando com estas camadas, o historiador de arte coloca questões sobre o fundamento e a razão cultural do tema de A Última Ceia no espaço cultural Renascentista e Humanista. Esta última
camada é uma síntese; é o historiador da arte a perguntar: «o que significa?». Já não interessa apenas a obra em causa, mas todas as que coevamente trabalharam o «tema», de modo a averiguar e entender as variações no tratamento desse tema.
Variações do tema A Última Ceia Interpretação: pesquisa do seu significado intrínseco
Reconhecimento e identificação do tema: A Última Ceia
ERWIN PANOFSKY, «Iconografia e Iconologia: Uma introdução ao estudo da Arte do Renascimento», in O Significado nas Artes Visuais
Leonardo da Vinci, AÚltima Ceia, 1495-1498,pintura mural, 420x910 cm, Milão: Santa Maria delle Grazie, refeitório
PSICOLOGIA
FREUD
• Arte e Ilusão (1959) ERNST H. GOMBRICH
HERMENÊUTICA
ESTRUTURALISMO E SEMIOLOGIA
Psicologia da Gestalt
ICONOGRAFIA-ICONOLOGIA
JUNG
ANTROPOLOGIA ARTÍSTICA
LACAN
Desenvolvido a partir do estruturalismo linguístico: caracteriza-se pela relação de equivalência entre um significante (algo que enuncia o conceito) e um significado (conceito). A obra é vista como um campo ou estrutura de significação: um signo.
LOUIS MARIN
Desenvolvendo-se da exploração semiológica, demasiado centrada na obra como signo, centra-se na interpretação desta num compromisso com a situação histórica do sujeito.
SOCIOLOGIA DA ARTE
OMAR CALABRESE
UMBERTO ECO
DAMISCH
JAUSS
DERRIDA
GADAMER