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MtodosdePesquisa
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Professoraconteudista:CecliaMariaVillasBoasdeAlmeida
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Sumrio
MtodosdePesquisaUnidadeI
1APESQUISACOMOPRODUODECONHECIMENTO.........................................................................11.1Conceitodetecnologia.........................................................................................................................21.2Conceitodepesquisa.............................................................................................................................31.3Conceitodedesenvolvimentoexperimental...............................................................................41.4Conceitodeestadodoconhecimentoouestadodaarte...................................................51.5Processodegeraodeconhecimento..........................................................................................51.6Ointeressepeloestudodoprogressotcnicoeseusefeitosnaeconomia....................7
1.6.1Oenfoquedoseconomistasclssicos...............................................................................................71.6.2Avisomarxistadoprogressotcnico.............................................................................................81.6.3Avisodopensamentoneoclssicoconvencional......................................................................91.6.4Avisocontempornea.........................................................................................................................9
1.7OpapeldaC&Tnaafirmaodasoberanianacional........................................................... 101.7.1Porqueatecnologiaimportadanosubstituiageraoautctone........................ ....... 10
2TIPOSDEPESQUISA........................................................................................................................................122.1Quantonatureza...............................................................................................................................13
2.1.1Pesquisabsica........................................................................................................................................132.1.2Pesquisaterica.......................................................................................................................................132.1.3Pesquisaemprica..................................................................................................................................142.1.4Pesquisaaplicada....................................................................................................................................14
2.2Quantoaosobjetivos..........................................................................................................................152.2.1Apesquisaexploratria........................................................................................................................152.2.2Apesquisadescritiva.............................................................................................................................152.2.3Apesquisaexplicativa...........................................................................................................................15
2.3Quantoaosprocedimentos.............................................................................................................. 162.3.1Pesquisaexperimental..........................................................................................................................172.3.2Pesquisadelaboratrio........................................................................................................................18
2.3.3Pesquisaoperacional.............................................................................................................................182.3.4PesquisaEx-post-facto(apartirdedepoisdofato)................................................................192.3.5Levantamento..........................................................................................................................................192.3.6Pesquisadecampo.................................................................................................................................202.3.7Estudodecaso.........................................................................................................................................202.3.8Pesquisa-ao..........................................................................................................................................20
2.4Quantonaturezadainformao................................................................................................ 212.4.1Pesquisaquantitativa............................................................................................................................212.4.2Pesquisaqualitativa...............................................................................................................................23
2.5Pesquisabibliogrfica.........................................................................................................................24
2.5.1Pesquisadocumental............................................................................................................................25
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UnidadeII
3OPROJETODEPESQUISA.............................................................................................................................263.1Oquepesquisar?................................................................................................................................. 293.2Porquepesquisar?............................................................................................................................... 313.3Paraquepesquisar?.............................................................................................................................32
3.4Comopesquisar?................................................................................................................................. 343.5Quandopesquisar?.............................................................................................................................35
4ORELATRIODEPESQUISA........................................................................................................................354.1Oqueconsideraraoplanejarumrelatrioouumresumo?..............................................364.2Comoescreverumrelatrio?..........................................................................................................37
4.2.1Identificao.............................................................................................................................................374.2.2Resumo.......................................................................................................................................................384.2.3Introduo.................................................................................................................................................404.2.4Materialemtodos................................................................................................................................41
4.2.5Resultados.................................................................................................................................................414.2.6Discusso/Concluses...........................................................................................................................434.2.7Bibliografiacitada..................................................................................................................................434.2.8Perspectivasdecontinuidadeoudesdobramentodotrabalho....................... .................... 464.2.9Apoio............................................................................................................................................................464.2.10Agradecimentos....................................................................................................................................46
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MTODOSDEPESQUISA
Unidade I
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1APESQUISACOMOPRODUODECONHECIMENTO
A cincia uma atividade tipicamente humana de buscasistemticadoconhecimentodanaturezaedosseusfenmenos.
Observao
Descrio
Experimentao
Teorizao
Dependendo do objeto de pesquisa, a experimentao(tentativade reproduzir em laboratrio,demodo controlado,os fenmenos) poder no existir, sendo substituda por um
modelotericoexplicativodosfenmenosnaturaisousociais.
A experimentao pode ser mais ou menos rigorosa,dependendo dos recursos de que se dispe, inclusive oconhecimentotericopreexistente.
Aprofissodecientista,entendendo-secomoaatividaderegularmenteremuneradaporprestaodeserviosdepesquisacientficaetecnolgica,surgepelaprimeiraveznaAlexandria,cercade330anosa.C.Anteriormente,oconhecimentocientficoerageradoporfilsofos,professores,sacerdotes,magoseporpessoascomoutrasprofisses,masquetinhamemcomumumgrandeespritodecuriosidadeecertadisciplina.
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UnidadeI
Atualmente,muitosetemdiscutidosobreosmtodospormeiodosquaissedesenvolveaatividadecientfica,podendo-sedizerquetodoselestmvalidadetantoparaacinciaquantonabuscadetecnologia.Essesmtodospodem:
priorizar a conduta abstrata e terica e subestimar assensaeseoexperimento;
entenderseracomprovaoexperimentaloprocedimentofundamental.
1.1Conceitodetecnologia
A tecnologia o estudo das tcnicas, inclusive de sua
evoluo. a busca do conhecimento de como produzire desenvolver instrumentos de trabalho, equipamentos eprocessos,destinadosaelevaraproduoporesforofsicohumano ou unidade de trabalho despendida e resolverproblemase,destaforma,melhoraraqualidadedevida.
Na sua origem, a tecnologia era uma atividade tpica deartesos,dedicadosaumaartediversadaquelasvoltadasparadespertaroprazeresttico,comoapintura,aesculturaetc.
Odesenvolvimentodestasartesprticasoutcnicasvemsedandodesdeoaparecimentodohomem,masasistematizaoeadivulgaodoconhecimentoadquiridosomanifestaesrecentes.
A tecnologia generaliza-se depois da descoberta daimprensa.Antesdapublicaodetratadosimpressos,algunscopistas tentaram, por meio de manuscritos, sistematizare preservar o conhecimento tcnico disponvel desde a
Antiguidade. Oconhecimentose transmitiadehomemahomem,nas
oficinasenoslaboratrios.
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MTODOSDEPESQUISA
At o sculo XVII,no sepodefalar derelacionamentofuncional entre a cincia e a tecnologia, ou de cincia etecnologiaconectadas,C&T.EsserelacionamentosedcomaRevoluoCientficadosculoXVII,quandoanecessidadede equipamentos mais complexos e mais precisos para
as determinaes e medies obrigou os cientistas aestabelecerem um contato mais prximo com os artesos,o que propiciou um intercmbio de ideias com sensveisbenefciosparaasduaspartes.
Atecnologiadehojeacinciadeontem,eacinciadehojeatecnologiadeamanh.
1.2Conceitodepesquisa
A pesquisa o exerccio ou a prtica da busca peloconhecimento, conduzido por meio do mtodo cientficoescolhido. Convencionalmente, a pesquisa vem sendoclassificadaem:
bsica:objetivaaexpansodosabernonecessariamenteassociadaauminteresseimediatodeutilizaoprticadosresultados;
aplicada:conduzidacomopropsitodegerarinovaesparasolucionarproblemas.
desejvelqueexistaumcertoequilbrionodesenvolvimentodessesdoistiposdepesquisa,porque,enquantoapesquisabsicacriaedlegitimidadeefundamentoanovasideias,apesquisaaplicadaprocuratransform-lasemutilidades.
O papel da pesquisa aplicada no deve, contudo, levar suposiodequeexistaumarelaodiretaelinearentreosseusresultados,deumlado,eolanamentodenovosprodutosno mercado, dinamizao da economia, criao de novospostosdetrabalho,deoutro.necessrioqueocorra,antes,odesenvolvimentodoprodutooudoprocessoeamediaodoempresrio.
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UnidadeI
Tem-se proposto uma subclassificao da pesquisa emestratgica e fundamental, que se aplicaria conjuntamentescategoriasbsicaeaplicada,deacordocomadimensotemporaldopotencialdeaplicaodosseusresultados.
A estratgica apresentaria um elevado potencial parainteragir rapidamente com outras pesquisas, dandosuporteparanovosavanos.
A fundamentalteriaumhorizontetemporalimprecisode utilizao dos resultados, seja para expanso doconhecimento,sejapararesolverproblemas.
1.3Conceitodedesenvolvimentoexperimental
Pordesenvolvimentoexperimentalentendem-seasdiversasetapas de transformao de uma descoberta ou um inventoem uma inovao, ou o aprimoramento de uma inovaotecnolgica,sejaestaumnovoprodutoouumnovoprocessoprodutivo.
O desenvolvimento experimental tem incio em umabancada de laboratrio ou oficina, sendo progressivamentetestadoemescalascadavezmaiores(scale-up),atsechegar
aoestgiodeprottipo,nocasodeproduto,oudeumanovarotadeproduo,nocasodeprocesso.
EsteconjuntodeoperaesdefinidocomoatividadedePesquisaeDesenvolvimento,P&D(ResearchandDevelopment,R&D).
AP&Dpode-sedarpormeiodecooperaoentrelaboratriose oficinas de universidades e de empresas, ou pelo trabalho
integrado de pesquisadores e engenheiros nos laboratriose plantas-piloto de uma indstria, os quais renam tanto acapacitaocientficaquantoatcnica.
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MTODOSDEPESQUISA
1.4Conceitodeestadodoconhecimentoouestadodaarte
Estado do conhecimento a avaliao qualitativa equantitativadoconhecimentoemumdeterminadomomento,
sejaelereferenteaumcampodacinciaouaumadeterminadatcnica.tambmdenominadocomoestadodaarte(stateofthearts).
Osavanosdeconhecimentonacinciasodenominadosdescobertasouinvenes,jquehouveintencionalidadedegerarutilidade.
Osavanosdeconhecimentonatecnologiasoinventoseinovaes.
Adenominaodeinovaoestreservadaquelainvenoque tem condies de ser absorvida pelo setor produtivo,transformando-seemumamercadoria.
1.5Processodegeraodeconhecimento
A gerao de conhecimento implica que a atividade nasreasdeC&TedeP&Dtenhacomoresultadoosprodutos,as
descobertas,invenesouinovaes.
Nareacientfica,ocorreemlaboratriosdeuniversidadesecentrosdepesquisa.
Na rea tecnolgica, tem lugar nos laboratrios, nasoficinas, nas plantas-piloto e nos parques tecnolgicosouincubadorasdeempresasdeuniversidades,decentrosdepesquisaetambmeminstalaesdepesquisadasindstrias.
Aparticipaodaindstrianageraodeconhecimentonareatecnolgicasedporqueasinovaesinteressamdepertoaosetorprodutivo.
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UnidadeI
Oconhecimentogeradonareacientficatemsidodegrande utilidade para as pesquisas na rea tecnolgica.Esse conhecimento estabelece um fluxo de informaessobre novas descobertas e invenes de interesse para odesenvolvimentodeumprodutoouumprocessoprodutivo.
Damesmaforma,oavanodoconhecimentonareatecnolgicainteressaspesquisasnareacientfica,porquesignificaapossibilidadedeseutilizarosresultadosobtidosnaproduodenovosinstrumentoseequipamentosparaanlises, mensuraes e determinaes, bem como paracriaodecondiesespeciaisparaobservaes.Odesafioestemaumentaracolaboraoeorelacionamentoentreareatecnolgicaeacientfica.
Inovao
Ainovaoainvenoquetemcondiesdeserabsorvidapelosetorprodutivo,transformando-seemumamercadoria.
Ainovaopodeserdeprodutooudeprocesso:
adeprocessosedivideemmelhoramentoorganizativo,de aquisio de conhecimento gerencial, inovao
tecnolgica propriamente dita ou aquela que tem oprogressotcnicoincorporado;pode-seafirmarqueasuaintroduoimplica,necessariamente,economiadepelomenosumrecurso;
a inovao de produto compreende a criao de bensfinaisnovosequalitativamentediversos;noestvoltadaparapouparqualquerrecurso,massimparaincrementarademandadeumdeterminadobem.
Ainovaofazaligaoentreacinciaeomercado.
Asinovaespodem:
impactar o sistema produtivo (caso de um processopoupador de um determinado fator ou o caso de umrecursoadicionalmenteincorporadoaumproduto);
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MTODOSDEPESQUISA
tornara vidamaistica(casodeummtododeanlisequeauxilieaperciacriminal);
ou tornar a vida mais humana (no sentido de evitarsofrimentos,prevenindoecurandoenfermidades).
Dolaboratrioaomercado
Independentementedeseremdeprocessooudeproduto,asinovaespodemserclassificadasem:
radicais:provocammudanasdeformaprontaeimediata;
incrementais:causammudanasprogressivasque levamaumamudanaequivalentequeseriaproduzidapor
umainovaoradical; genricas:resultamdafusodasduasanteriores;
pervagantes: do tipo genrico, mas com um amploespectrodeaplicaes,sobremuitossetores.
1.6Ointeressepeloestudodoprogressotcnicoeseusefeitosnaeconomia
Aspossibilidadesoferecidaspeloprogressotcnicopararenovar e impulsionar os setores produtivos, tornando-osmaiscompetitivos,emelhoraraqualidadedevidadapopulao,comeamaserobjetodeinteressedascinciassociais por ocasio das grandes transformaes queocorreramnasociedadequandoocapitalismomercantilistainiciaadissoluodosistemafeudal.Conheceranaturezado progresso tcnico aplicado ao sistema produtivovem constituindo preocupao das vrias correntes dopensamentoeconmico.
1.6.1Oenfoquedoseconomistasclssicos
Para os economistas clssicos, o progresso tcnico trariaprosperidade e bem-estar, e quaisquer inconvenientes que
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resultassemdesuaaplicaoseriamamplamentecompensadospelosbenefciosacarretadospelasuaintroduo.
Os economistas clssicos (Smith, Ricardo e Mill) foramos primeiros a reconhecer o papel do progresso tcnico no
crescimentoeconmico.ParaRicardo,oprogressotcnicoalmdepoderreverteratendnciadaeconomiaemdireoaoestadoestacionrioseriaumapoderosaarmaparaaconcorrncia:
os pases que mais avanassem no uso das novastcnicaspoderiambeneficiar-senasrelaesdecomrciointernacional;
a inovao tecnolgica consolidaria e ampliaria asvantagens comparativas de uma nao nas trocas
comerciais.
1.6.2Avisomarxistadoprogressotcnico
Marx foi o primeiro economista a seguir os efeitos doprogresso tcnico no sistema econmico em sua totalidade.Marxnodissociavaapossibilidadedeexpansocapitalistadautilizao crescente do progresso tcnico, uma vez que esteeraaprincipalarmadaconcorrnciacapitalista,portanto,da
concentraoedacentralizaodoscapitais.Os impactos negativos da grande indstria que era
ovetordamodernizaodaproduocapitalista,entreelesadestruiodeformasantigasdeproduofamiliar,a alienao do trabalhador, o aumento da exploraocapitalistaatravsdoincrementodamais-valiarelativaeaformaodeumexrcitodedesempregados,explicavam-sepela formao social em que ela se inseria. Superado ocapitalismocomoformaosocial,agrandeindstriaseria
expropriadaeosbenefciosdoprogressotcnicosevoltariamparaostrabalhadores.
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MTODOSDEPESQUISA
1.6.3Avisodopensamentoneoclssicoconvencional
Osneoclssicos convencionaisdefendem que no sedeveatribuirqualquersentidovalorativoemrelaoadooounodoprogressotcnico.
A inovao tecnolgica dependeria do avano doconhecimento cientfico e das artes tcnicas, o queestariapermanentementeacontecendoforadosistemaprodutivo.
A possibilidade de mudana tcnica seria algo queaconteceriaadependerdopreorelativodosfatoresdeproduo.
Umatcnicaavanada,embutidaemumamquinaouemumprocessodeproduodisponveisnomercado,seriautilizadaquandoospreosdestesbensqueaincorporassempudessemser comparativamente vantajosos em relao ao preo dosfatores que seriam substitudos. S o mercado deve orientarumamudanatcnica,eumvalorafirmativodeveserdadoaoequilbrioquepormeiodelasevenhaobter,sendoumaquestomenosrelevanteorumoeavelocidadecomqueoprogressotcnicoincorporadopelosistemaprodutivo.
1.6.4Avisocontempornea
Avisocontempornearessaltaoimpactoeconmicodaspolticas pblicas de cincia e tecnologia e das instituiesintegrantes do sistema nacional de inovaes tecnolgicas.Tooumaisimportantequeospreosrelativosparaadecisoempresarial de introduzir uma inovao, visando maiorcompetitividade,ofuncionamentodosistemadegeraodetecnologiaseosmecanismosdeendogenizaodademanda
pelapesquisaedesenvolvimento(P&
D).O arcabouo institucional da cincia e da tecnologia, ou
amaneiracomoseorganizaefuncionaapesquisabsicae
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aaplicada e os mecanismos de difuso em um determinadopasouregio,umfatordecisivonosprocessosdeinduoeabsorodeinovaestecnolgicas.
1.7OpapeldaC&Tnaafirmaoda
soberanianacional
A afirmao de uma nao, a continuidade de suaindependncia, a soberania e as relaes comerciais maisequilibradas que estabelece com o resto do mundo soprogressivamentedependentesdacinciaedatecnologia.
Cinciaetecnologianososomenteelementosdaculturadeumpovo,deumasociedade,massotambmelementos
delimitadoresdeumperfilmodernodequalquerEstadoounao.Semumacinciaeumatecnologianacionaisnoseconseguepromoverodesenvolvimentoeconmico,valorizardevidamenteosprodutosdeexportaoetambmnosetemsucessoemeducar,nutriretornarsaudveisoscidadosdeumpas.
NoBrasil:
h necessidade de que certos conhecimentos sejam
adaptadosrealidadebrasileira; hnecessidadedesermosmenosdependentesdeprodutos
importadosemaiseficientesnaexportaodeprodutosnovos.
Estas necessidades nos obrigam a sermos eficientes nagerao autctone do conhecimento, aquela que se d noprpriolocalemquesefaznecessria.
1.7.1 Por que a tecnologia importada no substitui ageraoautctone
Aimportnciadeumaproduoautnomaemcinciaetecnologiaqueleveaumamenordependnciadaimportao
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MTODOSDEPESQUISA
de conhecimentos se justifica porque a transfernciade tecnologia no esgota o elenco da diversidade dasnecessidadesdeinovaesenoapresentaumgrauvariveldeadaptabilidadeaoambienteesparticularidadesdemercadosnacionaiscomespecificidadesculturaisinquestionveis.
A efetividade da transferncia de tecnologia, que deveser medida pela capacidade de ir alm de solues tpicase localizadas de problemas, somente se verifica quandoacompanhada da possibilidade de se produzir conhecimentoautctone,queaquelenacionalmentelocalizado.
Somenteporestaviaqueserogeradasoportunidadesdeinvestimentosqueajudamasuperaromodelodeeconomia
complementareareduziroseventuaisdesequilbrioseconmicosentreasnaes.
por meio da produo nacional do conhecimentocientfico-tecnolgicoquesurgemaspossibilidadesdeexploraras vantagens de comrcio internacional, obtendo lucrosextraordinrios,medianteaincorporaoemprimeiramo,deinovaesdeprocessoseprodutos,oquenopossvelpelaviadaimportaodetecnologia.
A dependncia tecnolgica como fator de retardamentododesenvolvimentoeconmicotemsidosalientadaporvriosestudiosos.Damesmaformaqueumautopiapensar-seemautossuficinciaemtermosdeconhecimento,,poroutrolado,altamentedesejveldependermenosdapesquisarealizadaforadasfronteirasdoBrasil.
Renunciar gerao autctone do conhecimento e auma presena em temas avanados de pesquisa significa
manterumelevadograudevulnerabilidadedaeconomiaecolocarquestesessenciais,comoaseguranaalimentareasadedapopulao,foradocontroledasdecisesnacionais.A cooperao internacional em cincia e tecnologia, bem
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comonosdemaissetores,fazpartedoconvviodasnaes.Entretanto,elasedevedaremcondiesdetrocasiguais.
OBrasiltemfortepotencialparaageraodeconhecimento,masaindacarecedeummecanismoquefaacomqueeste
conhecimentoalcanceosetorprodutivo.
Comparando-se o Brasil com a Coreia, observa-se que aproduo acadmica dos dois pases semelhante. Porm, aquantidadedetrabalhosacadmicostransformadaempedidosdepatentesnaCoreiamaisdetrintavezesmaiorquenoBrasil.
No Brasil, h ainda incongruncia entre o volume deproduo cientfica e a escassez de inovaes. A expanso
do conhecimento no proporcional ao aproveitamentoeconmico desse conhecimento. Alguns problemas foramdetectadosporpesquisadores:
cultura de propriedade intelectual incipiente: oconhecimentocomofontedegeraodeinovaoederiquezaprecisa,antesdequalquercoisa,estarprotegido(situaoquevemsendoalterada);
areputao/notoriedadedopesquisadorparecesermaisimportantequeobenefciosocialdaexploraocomercialdoobjetodapatente;
hpoucoincentivoeculturaparaafixaodedoutoresemempresas(expectativademudanacomaLeideInovao).
AsituaoaindamaisgravequandosecomparaoBrasilcompasescomoaInglaterra,aFranaeaAlemanha.OBrasilprecisacapitalizarmaissuaculturacientfica.
2TIPOSDEPESQUISAA pesquisa compreende qualquer atividade criativa e
sistemticarealizadacomofimdeincrementaroacervodoconhecimentocientficoeousodesseacervodeconhecimentosparaconcebernovasaplicaes.
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Para realizar uma pesquisa de cunho cientfico, defundamentalimportnciaqueopesquisadortenhaumaclaradistino dos diversos tipos de conhecimento e uma slidafundamentaoepistemolgica.
Pesquisacientfica
Quantoaosobjetivos
Pesquisadescritiva
Pesquisaexploratria
Pesquisaexplicativa
Quantoaosprocedimentos
Quantonatureza
PesquisaaplicadaPesquisabsica
Pesquisaoperacional
Pesquisaexperimental
Estudodecaso
e/ouPesquisaemlaboratrio
Pesquisaemcampo
Classificaodostiposdepesquisa
2.1Quantonatureza
2.1.1Pesquisabsica
Temcomoobjetivoprincipalabuscadosaber.
2.1.2Pesquisaterica
Trata-sedapesquisaquededicadaareconstruirteoria,conceitos, ideias, ideologias, polmicas, tendo em vista, emtermosimediatos,aprimorarfundamentostericos.
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Essetipodepesquisaorientadonosentidodereconstruirteorias, quadros de referncia, condies explicativas darealidade,polmicasediscussespertinentes.
A pesquisa terica no implica imediata interveno na
realidade,masnemporissodeixadeserimportante,poisseupapeldecisivonacriaodecondiesparaainterveno.
O conhecimento terico adequado acarreta rigorconceitual,anliseacurada,desempenholgico,argumentaodiversificada,capacidadeexplicativa.
2.1.3Pesquisaemprica
a pesquisa dedicada ao tratamento da face emprica efactualdarealidade;produzeanalisadados,procedendosemprepelaviadocontroleempricoefactual.
Avalorizaodessetipode pesquisaestnapossibilidadeque oferece maior concretude s argumentaes, por maistnuequepossaserabasefactual.
O significadodos dadosempricosdependedoreferencialterico,masessesdadosagregamimpactopertinente,sobretudo
nosentidodefacilitaremaaproximaoprtica.
2.1.4Pesquisaaplicada
Buscadesoluoparaproblemasconcretoseimediatos.
Muitasvezes,pesquisasbsicaspossuemgrandeimportnciaemnossavida.ocasodaeletricidade.Quandoosprimeiroscientistascomearamapesquis-la,onicoobjetivoeraacuriosidade.
Ligadaprxis,ouseja,prticahistricaemtermosde conhecimento cientfico para fins explcitos deinterveno;noescondeaideologia,massemperderorigormetodolgico.
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2.2Quantoaosobjetivos
2.2.1Apesquisaexploratria
Na primeira aproximao com o tema, pode buscar
descobrir teorias e prticas que modificaro as existentes,recuperar as informaes disponveis para criar maiorfamiliaridadecomosfenmenos,descobrirospesquisadoresou buscar informaes para a obteno de inovaestecnolgicas.feitapormeiode:
levantamentosbibliogrficos;
entrevistascomprofissionaisdarea;
visitasainstituies,empresasetc.;
websitesetc.
2.2.2Apesquisadescritiva
Observa, registra e analisa os fenmenos, sem manipul-los,emuitoutilizadaempesquisassociais.Procuradescobrirafrequncia com que o fenmeno ocorre, sua natureza, suascaractersticas,suarelaocomoutrosfenmenos.
Emgeral,executadaapsapesquisaexploratriaeimplicaarealizaodeobservaosistemticaenoparticipantecomousodetcnicaspadronizadasdecoletadedados(questionrioeobservaosistemtica).
2.2.3Apesquisaexplicativa
Visaampliargeneralizaes,definirleis,estruturaredefinirmodelos,relacionarhiptesesexistentesegerarnovas,viadeduo.Exigemaiorinvestimentonasntese,nateorizaoe na reflexo sobre o objeto. Busca explicar os porqus eexigeaplicaodemtodosdemodelagemesimulaoparareproduzir fenmenos e aprofundar o conhecimento darealidade.
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Nveis Conhecimento Objetivos Modalidades
Exploratria Como?
Conhecermaisemelhorumproblema
Elaborarhipteses
Aprimorarideias
Descobririntuies
Levantamentosbibliogrficos
Entrevistas
Estudosdecaso
Descritiva Oqu?
Descrevercaractersticasdepopulaooufenmeno
Estabelecerrelaesentrevariveis
Estudosetnogrficos
Levantamentos(opinies,atitudes,crenas...)
Explicativa Porqu?
Identificarvariveisquedeterminama
ocorrnciadeumfenmeno
Explicararazodofenmeno
Investigarrelaesdecausaeefeito
Experimental
2.3Quantoaosprocedimentos
Umavezentendidaanaturezadapesquisaedeterminados
seus objetivos, deve-se escolher o procedimento para suaexecuo.
Objetivodapesquisa
Experimental
Naturezadapesquisa
Procedimentodeexecuo
EstudodecasoOperacional
Escolhendootipodepesquisa
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2.3.1Pesquisaexperimental
Manipuladiretamenteasvariveisrelacionadasaoobjetodeestudo.Buscaascausaseosefeitos,comooeventoocorre.Ocientistacriasituaesdecontroleparaevitarinterferncias(o
placebo,porexemplo).
A pesquisa experimental viabiliza novas descobertas:materiais,componentes,mtodos,tcnicasemuitoutilizadapara obter novos conhecimentos e para a construo deprottipos.Estetipodepesquisarequermanipulaoecoletadedadosimparcial.
Experimentarsignifica:
elaborareformularnovoselementos;
testarmateriaisecomponentes;
simulareventos;
inferireintroduzirvariveis;
realizarmodelagens.
Em uma pesquisa experimental, o pesquisador manipulaalgumasvariveiseentomedeosefeitosdessamanipulao
emoutrasvariveis.
2.3.1.1Oquesovariveis?
Variveis so caractersticasque so medidas, controladasoumanipuladasemumapesquisa.Diferememmuitosaspectos,principalmentenopapelqueaelasdadoemumapesquisaenaformacomopodemsermedidas.Hvariveisdependentesevariveisindependentes.
Variveisindependentes soaquelasquesomanipuladas,enquanto variveis dependentes so apenas medidas ouregistradas.
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UnidadeI
2.3.2Pesquisadelaboratrio
Artificializaaproduodofatooudasualeitura.
caracterizadapor:
interferirartificialmentenaproduodofato/fenmeno/processo;
artificializaroambienteouosmecanismosdepercepopara que o fato/fenmeno/processo seja produzido/percebidoadequadamente.
Permite:
estabelecerpadrodesejveldeobservao; captardadosparadescrioeanlise;
controlarofato/fenmeno/processo;
coletardadosemumespaocurto,obtendoumsnapshotdofenmeno.
2.3.3Pesquisaoperacional
a investigao sistemtica dos processos de produo.Utiliza ferramentas estatsticas e mtodos matemticos evisa selecionar os meios para produo, comparando custos,eficinciaevalores.
Aplicaes:
controleeproduodeestoques;
processoseoperaesdemanufatura;
projetoedesenvolvimentodeprodutos; engenhariaemanutenodefbricas;
administraodeRH;
gestoevendas.
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Exemplo
Umaempresadecomidaparacesproduzdoistiposderao,AeB.Parafabricarasraes,soutilizados
carnesecereais.AsraesAeBsovendidasemsacosde7,5kg.
AraoAutiliza6kgdecereaise1,5kgdecarne.AraoButiliza5kgdecarnee2,5kgdecereais.OquilodecarnecustaR$4,00.OquilodecereaiscustaR$1,00.Aempresacompraporms10.000kgdecarnee30.000kgdecereais.
Deseja-sesaberqualquantidadedecadaraoaempresadeveproduzirdemodoamaximizarolucro.
2.3.4PesquisaEx-post-facto(apartirdedepoisdofato)
uma investigao sistemtica e emprica em que opesquisador no tem controle direto sobre as variveisindependentes,porqueosfatospesquisadosesuasmanifestaesjocorreram.Sointrinsecamentenomanipulveis.Nessetipo
depesquisa,sofeitasinfernciassobreasrelaesentrevariveisemobservaodireta,apartirdavariaoconcomitanteentreasvariveisindependentesedependentes.
2.3.5Levantamento
Caracteriza-se pela interrogao direta das pessoas, cujaopiniosequerconhecer,eporserumprocedimentotilparapesquisasexploratriasedescritivas.Permiteoconhecimentodiretodarealidade,aquantificao,economiaerapidez.
Etapas:
seleodaamostra;
aplicaodequestionrios,formulriosouentrevista;
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UnidadeI
tabulaodosdados;
anlisecomauxliodeferramentasestatsticas.
2.3.6Pesquisadecampo
Observaolugarnaturalemqueocorremosfenmenoseutiliza diversos procedimentos de coleta, como observaeseentrevistas.realizadaondeaconteceofato/fenmeno/processoecoletadedadospelaobservaodofato/fenmenos/processoinnatura.
2.3.7Estudodecaso
Estudoaprofundadoeexaustivodeumoudepoucosobjetos,
demaneiraapermitiroseuconhecimentoamploedetalhado.
adequadoparaexplorarsituaesdavidareal,descreverasituaoemqueestsendofeitadeterminadainvestigaoeexplicarasvariveiscausaisdedeterminadofenmenoemsituaesmuitocomplexas.
Limitaes:
faltaderigormetodolgico;
dificuldadedegeneralizao;
tempodestinadopesquisa.
Umcasopodeser... umadeciso, umprograma, umprocessodeimplantao.
2.3.8Pesquisa-ao
um tipo de pesquisa social com base emprica,concebidaerealizadaemestreitaassociaocomumaaooucomaresoluodeumproblemacoletivo,enoqualospesquisadoreseosparticipantesrepresentativosdasituao
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ou problema esto envolvidos de modo cooperativo ouparticipativo.
Esse tipo de pesquisa indicado quando h interessecoletivonaresoluodeumproblemaousuprimentodeuma
necessidade.Henvolvimentoparticipativooucooperativodos pesquisadores e demais participantes no trabalho depesquisa.
2.4Quantonaturezadainformao
IndciosTendnciasNmeros
Quantos?
Quantitativa Qualitativa
Porqu?
Tiposdepesquisaquantonaturezadainformao
2.4.1Pesquisaquantitativa
Consideraquetudopodeserquantificvel,oquesignificatraduziremnmerosopinieseinformaesparaclassific-laseanalis-las.Requerousoderecursosedetcnicasestatsticas(percentagem,mdia,moda,mediana,desvio-padro,coeficientedecorrelao,anlisederegressoetc.).
Apesar de criticada, por reduzir as relaes humanas anmerosexatos,utilizadaparaestudarohomemeasociedadequandopossvelutilizaramesmametodologiaeomesmoinstrumentaldascinciasnaturais.
Exemplo
Aspessoasgostammaisdesorvetedechocolateoudemorango?
55%daspessoasgostamdechocolate. 40%preferemmorango. 5%nogostamdesorvete.
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2.4.1.1Tcnicasquantitativas
2.4.1.1.1Observaosistemtica
Oobservador,munidodeumalistagemdecomportamentos,
registraaocorrnciadoscomportamentosduranteumperododetempo.
Paraevitarinterferncias,comumutilizarem-secmerasnaobservaosistemtica.
2.4.1.1.2Questionrio
uminstrumentoouprogramadecoletadedadosemqueo
pesquisadordevesaberexatamenteoqueprocura,oobjetivodecadaquesto.Oinformantedevecompreenderperfeitamenteasquestes,portanto,deve-seconhecer etercuidadocomorepertriodoinformante.
Oquestionriodeveseguirumaestruturalgica,domaissimples aomaiscomplexo.Deveapresentarumaquesto porvezeterlinguagemclara.
Caractersticas:
confeccionado pelo pesquisador e preenchido peloinformante;
linguagemsimplesedireta;
deve-seconsiderarumlimitemximode30minutospararespostas;
devem-sedeterminarasquestesmaisrelevantesecomoserelacionamaoitemdepesquisa.
Osquestionriosdevemseracompanhadosdeumacartadeapresentaodetalhando:
afinalidadedoestudo;
comopreencheroquestionrio;
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seprecisoidentificaopessoal;
comodevolveroquestionrio.
2.4.1.1.3Entrevistas
Partemdoencontroentreopesquisadoreoobjetodeestudoeservemparacoletadedadosnodocumentados.Possibilitamanlisesqualitativasequantitativas.Onmerodeentrevistadosdependedavariabilidadedainformaoaobter.Oroteirodaentrevistadeveconsideraradistribuiodotempoporassuntoeaformulaodeperguntascomrespostasdescritivas.
Tiposdeentrevistas
Entrevistaestruturada
Entrevistadorusaumesquemadequestessobreumtema.
Entrevistasemiestruturada
Humesquema,masoentrevistadorestimulaqueoentrevistadofalelivrementesobreassuntosquevosurgindo.
Entrevistaorientada
Oentrevistadorfocasuaatenosobreumaexperinciaeseusefeitos.
Entrevistadegrupo
Pequenosgruposrespondemsimultaneamenteaumgrupodequestes.
Entrevistainformal
Utilizadaemestudosexploratrios,podeajudaraencaminharainvestigao,reverhipteses.
Entrevistadirigida
Oinformanteapenasescolheumaentrevriaspossibilidades.
Emborapossaseexpressarcomsuasprpriaspalavras,importantequeasquestessejamfechadas.
2.4.2Pesquisaqualitativa
Consideraquehumarelaodinmicaentreomundoreal e o sujeito, isto , um vnculo indissocivel entre omundoobjetivoeasubjetividadedosujeito,quenopode
sertraduzidoemnmeros.Ainterpretaodosfenmenose a atribuio de significados so bsicas no processo depesquisaqualitativa.Norequerousodemtodosetcnicasestatsticas. O ambiente natural a fonte direta paracoletadedadoseopesquisadoroinstrumento-chave.descritiva. Os pesquisadores tendema analisar seus dados
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indutivamente. O processo e seu significado so os focosprincipaisdeabordagem.
2.4.2.1Tcnicasqualitativas
2.4.2.1.1Observaoparticipante
Ocorrepormeiodocontatodiretodopesquisadorcomofenmenoobservado.
2.5Pesquisabibliogrfica
Apesquisabibliogrficadeveantecedertodosostiposdepesquisas, pois coloca o pesquisador emcontato com o que
existesobreoseutema.feitaapartirdedocumentos(livros,livrosvirtuais,cd-ROM,Internet,revistas,jornais...)ecompreendevriasetapas:
identificaoelocalizaodasfontes;
consultaaoscatlogosdasbibliotecas;
examedendicesdeperidicos;
consultasaosabstracts.
Htrstiposdefontesdeinformao:
Fontesprimrias
Sooselementossobreosquaisseestescrevendodiretamente.
Asmatrias-primasdapesquisa(livro,autor,experimento...).
Fontessecundrias
Livroseartigosnosquaisosautoresinformamosresultadosdesuaspesquisasbaseadasemdadosoufontesprimrias.
Socitadoscomosuporteparasuapesquisa.
Fontestercirias
Livroseartigosbaseadosempesquisassecundrias,baseadosnaspesquisasdeoutros.
Sintetizameexplicamapesquisafeitaemumarea.
teisparainciodepesquisa,masnosoatualizadosedosuportefracopesquisa.
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A busca da literatura dever ser completa, ampla eprofunda. A pesquisa bibliogrfica possibilita a determinaodosobjetivos,aconstruodashipteseseofereceelementosparafundamentarajustificativaoumotivaodotema.
Comarevisobibliogrfica,opesquisadorobtmossubsdiosnecessriospara elaborarumhistricodaquesto, avaliar ostrabalhospublicadossobreotema,avaliarmtodosapropriadosparacoletareanalisardadoseevitarduplicaesdesnecessriasdeestudosjdesenvolvidos.
Poucashorasgastasnasbibliotecasdasgrandesuniversidadespoderoeconomizarmuitashorasdopesquisadoremlaboratriosounocampo.
2.5.1Pesquisadocumental
Assemelha-sepesquisabibliogrfica;todavia,asfontesqueaconstituemsodocumentosenoapenaslivrospublicadose artigos cientficos divulgados, como o caso da pesquisabibliogrfica.
A pesquisa documental realizada em documentosconservadosemrgospblicoseprivadosdequalquernatureza,
com pessoas, anais, regulamentos, ofcios, memorandos,balancetes,dirios,cartaspessoaiseoutros.
Documento
Qualquersuportequecontenhainformaoregistrada,formando uma unidade, que possa servir para consulta,estudo ou prova. Inclui impressos, manuscritos, registrosaudiovisuais e sonoros, imagens, sem modificaes,
independentementedoperododecorridodesdeaprimeirapublicao.
(AssociaoBrasileiradeNormasTcnicas.NBR6023,2000)
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UnidadeII
Unidade II
3OPROJETODEPESQUISA
Oquepesquisa?
Pesquisarsignifica,deformabemsimples,procurarrespostasparaindagaespropostas
Pesquisa cientfica a realizao concreta de umainvestigao planejada, desenvolvida e redigida deacordocomasnormasdametodologiaconsagradaspelacincia.
Apesquisaumaatividadevoltadaparaasoluode problemas, atravs do emprego de processoscientficos.
Pesquisacientficaumconjuntodeprocedimentos
sistemticos,baseadosnoraciocniolgico,quetempor objetivo encontrar solues para os problemaspropostosmedianteoempregodemtodoscientficos(SilvaeMenezes,2001).
Pesquisarparaqu?
Para:
criarnovastecnologias; explorarodesconhecido;
controlaranatureza;
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MTODOSDEPESQUISA
entenderossistemas;
produzirinovao;
buscarodesenvolvimentosustentvel;
aumentarprodutividadeecompetitividade;
gerarinvestimento,empregoerenda;
buscarsoluoparaumproblema;
procurarumnovoentendimentoparaumadadasituao.
Objetivosdapesquisa:
trazerumacontribuioinovadoraparaacincia;
responderaumaperguntadeinteresseparaacomunidadecientfica;
responder a uma pergunta ainda no respondidaanteriormente;
responderaumaperguntaderelevnciaparaointeressesocial(casodetecnologia);
produzir uma contribuio indita em sua rea doconhecimento.
A contribuio pode ser puramente terica, baseadaem experimentao ou melhoria de tcnicas existentes,masemtodososcasosdeveterresultadosquepossamsergeneralizados.
Pontodepartidadainvestigaocientfica
Umapesquisasnecessriaseexisteumadvidaaseresclarecida.
O problema = dvida inicial que motiva e orienta apesquisa.
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UnidadeII
Redigido de forma clara e argumentativa qual aquestoparaaqualsebuscaumaresposta?
No exemplo organizao de moradores e saneamento,suponhaqueopesquisadorquemorenobairroCpassatodosos
diaspelobairroAeobservaqueemumbairrohsaneamentoenooutrono.
Umaquestoseria:Porqueumbairrotemsaneamentoeoutrono?.
Por motivos econmicos, geolgicos, jurdicos,demogrficos, educacionais, de engenharia,sociolgicos(sociais,polticoseculturais).
Querelaesexistemnesteslocaisquefavorecemoubloqueiamaadoodepolticaspblicasbsicasdesaneamento?
Opesquisadorpossui umprazodeterminadopara realizarsuapesquisanohpossibilidadedeesgotartodooassuntodeumasvez.
Osegundopassoadelimitaodostiposderelaesqueirotornar-seoobjetoprincipaldeestudo.
Emquemedidaasorganizaesdemoradoresdebairroconsegueminfluenciaraexecuodepolticaspblicaslocais?.Esteproblemapoderiaser,ainda,desdobradonosseguintes:
Quetiposdemecanismosderepresentaopolticapermitemestainflunciaporpartedasassociaesdemoradores?.
Quaisosobstculosinstitucionaisrepresentaodos interesses de bairro na adoo e execuo depolticaspblicasdesaneamento?.
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Na elaborao de um projeto de pesquisa, deve-seter em mente as perguntas que permitem estruturar seudesenvolvimento.
Perguntas Estruturadoprojeto
Oquepesquisar? Tema
Porquepesquisar? Justificativa
Paraquepesquisar? Objetivos
Comopesquisar? Metodologia
Quandopesquisar? Cronograma
3.1Oquepesquisar?
Hvriasformasparaescolherotemadeumprojetodepesquisa:
escolhapelainstituio;
escolha baseada na rea de especializao dopesquisador;
escolhadecorrentedelacunanaformao;
escolha baseada na relevncia para uma determinada
rea; escolha visando reviso de aspectos tericos ou
prticos;
escolhabaseadanaaplicabilidade.
O tema o ponto de partida do trabalho de pesquisa.Delimitaumcampodeestudonointeriordeumagrandereadeconhecimentoedeveserescolhidodeacordocomastendncias
eaptidesdopesquisador.Encontradaumareadoconhecimentodeinteresse,deve-
seidentificarumtemaplausvel.
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UnidadeII
Para avaliar a escolha de um tema, podem-se fazer asseguintesperguntas:
Trata-sedeumproblemaoriginalerelevante?
Aindaquesejainteressante,adequadoparamim?
Tenhohojepossibilidadesreaisparaexecutartalestudo?
Existemrecursos(financeiros,materiais,humanos...)paraoestudo?
Htemposuficienteparainvestigartalquesto?
Quaissoaspartesdoseutema?
Qualocontextodotema?
Qualaimportnciadoseutema? Quemdeucontribuiesrelevantesaotema?Comooutros
autoresabordaramoassunto?
Oquerestaporinvestigarnotema?
Exemplos
Temageral Problemaestudadonoprojetodepesquisa.
OtransporteclandestinoemSP:estratgiadesobrevivnciadodesempregado
Avaliarseoaumentodonmerodetransportescoletivosclandestinosumaestratgiadesobrevivnciaentreosdesempregados.
Autilizaodainformticanoaprendizadodeprobabilidade
Verificarseautilizaodeumsistemainteligentepodeauxiliarnoaprendizadodeprobabilidade.
AdispersodelarvasdelagostasnoAtlnticotropical
Verificarsehumainterdependnciaentredispersodelarvaseosestoquespesqueiros.
AdistribuioespacialdeplantasaquticasconsumidasnaAmaznia
Verificarcomoadistribuio
dasprincipaisplantasaquticasconsumidaspelospeixesvariaaolongodocicloanualdeinundaonaregio.
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3.2Porquepesquisar?
Ajustificativamostraarelevnciadapesquisaeidentificaquais contribuies para a compreenso, intervenoou soluo a pesquisa apresentar. a parte em que o
pesquisador ir demonstrar a relevncia da proposta deinvestigao.
A relevncia de um projeto nunca est nele mesmo,nemnavontadedo pesquisador,nemnoineditismodotrabalho.
Ajustificativadeumprojetoestnacontribuioparaoconhecimentosobreumtema.
Para redigir a justificativa, o pesquisador dever terlido a bibliografia principal. Na justificativa, apresenta aslacunasqueexistemnosestudosatentorealizados.Suacontribuio ser preencher as lacunas ou demonstrar, deformacrtica,queaquiloqueseentendiaatentocomocerto uma interpretao incongruente com a realidadeatual.
Problemaestudadodoprojetode
pesquisaJustificativa
Verificarcomoadistribuiodasprincipaisplantasaquticasconsumidaspelospeixesvariaaolongodocicloanualdeinundaonaregio.
Recursospesqueirosnecessitamdeumalegislaoqueviseaocomprometimentodetodososenvolvidos.
Avariaodohabitateadisponibilidadederecursosalimentaresparaospeixesinterferemnaindstriapesqueiraaolongodoano.
Oresultadodestetrabalhopoderultrapassaroslimitesacadmicos,
tornando-seumaefetivacontribuioparaaelaboraodepolticasqueregulemapescanaAmaznia.
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Quemotivosjustificamumprojetodepesquisa?
Atualidadedotema:inserodotemanocontextoatual.
Ineditismodo trabalho:proporcionarmais importnciaaoassunto.
Interessedoautor:vnculodoautorcomotema.
Relevncia do tema: importncia cientfica, social,educacional,entreoutras.
Pertinnciadotema:contribuiodotemaparaasoluodeumproblemaatual.
3.3Paraquepesquisar?
Osobjetivosindicamoquesepretendeconhecer,oumedir,ou provar nodecorrer da pesquisa, ouseja,as metasque sedesejaalcanar.
Objetivosgerais:indicamumaaomuitoampla(resultadopretendido),como,porexemplo:
melhoraraaprendizagemdeeletromagnetismonoEnsinoMdio.
Objetivos especficos: procuram descrever aespormenorizadasouaspectosdetalhadosquelevarorealizaodosobjetivosgerais,como,porexemplo:
identificar fatores que dificultem a aprendizagem deeletromagnetismo;
propormecanismosqueminimizemessesfatores;
aplicar procedimentos metodolgicos que garantam amelhoriadaaprendizagem;
descreveroperfildosalunosqueutilizamcomputadores.
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Os objetivos dependem do tipo de pesquisa que realizada.Porexemplo,umprojetorealizadopeloMinistriodaSadecaracterizaroperfilsocialdascomunidadesemquehcasosdeclerateriacomoobjetivoorientarapolticapblicanareadesade,visandoconteradoena.
Nocasodepesquisaacadmica,oobjetivomaiorsertrazerumacontribuioaotema.
Objetivosgerais:referem-seaumacontribuiotericaque se espera alcanar com a pesquisa (por exemplo,revisodeumconceito).
Objetivosespecficos:apresentamoresultadoimediatodotrabalhocientfico(apresentaodeumabibliografiaatualizada sobre o tema, compilao de novos dados
sobreumassunto).
Exemplo
Objetivogeral
Estetrabalhocomparaosistemadetratamentodeefluenteporbiodigestoeosistemadetratamentoporlodoativado,utilizando como ferramenta a anlise emergtica e seusindicadores.
Objetivosespecficos:
avaliarasustentabilidadedossistemasestudados;
avaliarosserviosdomeioambienteparadiluiodasemissesdecadasistema;
discutirosresultadosobtidos;
compararossistemasquantosuacontribuioao
meioambiente;verificaroalcancedosindicadoresemergticosna
avaliaodossistemasestudados.
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3.4Comopesquisar?
Ametodologiaaexplicaominuciosa,detalhada,rigorosae exata de toda ao desenvolvida no trabalho de pesquisa.Descreveaestratgiadepesquisaparacoletardadosnecessrios
afimdetestarahipteseformulada.
Porexemplo,napesquisasobreassociaesdemoradoresepolticadesaneamento:
Quedadosseriamnecessrios?
Comoobt-losdeformafidedigna?
Quantosdadosseriamrepresentativos?
Comoanalis-los?
Podem-se combinar mtodos qualitativos (como ahistriadevida)commtodosquantitativosa elaboraodeumndicedecasasatendidaspelosistemadesaneamentocorrelacionadoaondicedemembrosfiliadosassociaode bairro, a partir de dados retirados de uma amostra demoradoresdosbairrosA,BeC.
Ametodologiaexplica:
otipodepesquisa;
o instrumental utilizado (questionrio, entrevista, entreoutros);
otempoprevisto;
aequipedepesquisadoreseadivisodotrabalho;
asformasdetabulaoetratamentodosdados;
tudoaquiloqueseutilizounotrabalhodepesquisa.
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3.5Quandopesquisar?
Ocronogramadevedescreverotemponecessrioparaa realizaode cadauma das partes propostas noprojeto.As etapas podem ser coincidentes, mas no excludentes.
Por exemplo, possvel fichar um texto e levantar dadossecundriosnomesmoms,masnopossvelfazerumaanlisecomparativadasentrevistassemt-lasterminado.
Exemplodecronograma
Etapas Jan Fev Mar Abr Mai Jun
Leituraefichamento
Levantamentodedadosemcampo
Entrevistacomoperrios
Entrevistacomdirigentes
Anlisecomparativa
Redaodotexto
4ORELATRIODEPESQUISA
Orelatriodepesquisaodocumentoquemostra:
comooprojetofoiexecutado;
quedadosforamcoletados;
comoessesdadosforamanalisados;
queresultadospodemosextrairdeles.
Oprojetopodeserretomadonorelatrio,nomaiscomoproposta de trabalho, mas como relato da realizao desse
trabalho. O relatrio a primeira divulgao da pesquisaefetuada, pois, sem divulgao dos resultados, sua pesquisanoserviraseufim.
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Passosparaadivulgaodapesquisa:
1.Formularapergunta.2.Realizarapesquisa.3.Interpretarosresultados.
4.Divulgarosresultados.
4.1Oqueconsideraraoplanejarumrelatrioouumresumo?
O texto deve ser conciso, informativo, com maior oumenordetalhamento.Aformaimportante,masnosubstituiresultadosconsistenteseinterpretaoadequada.
Apresenteoaparatotericoquedeusuportepesquisa,que auxiliou a levantar hipteses e a estabelecer seusobjetivos. Esclarea conceitos importantes; apresente,discutaeseposicionearespeitodediferentesvisesouabordagens;mostrequevocconheceoquesedizsobreoassunto,discutindoquestespolmicasouproblematizandoalgumasdelaseexplicitesempreseuposicionamentonessasdiscusses.
CritiqueMostreparaoorientador
ImprimaacpiafinalReescreva/corrija
Nodeixeparaaltimahora
Leiarelatrios,resumoseartigos
Escreva ReviseFaaumesboo
Passosparaadivulgaodapesquisa
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4.2Comoescreverumrelatrio?
Osrelatriosdepesquisadevem,obrigatoriamente,conterosseguintesitens:
Identificao Resumo
Introduo
Materialemtodos
Resultados
Discusso/Concluses
Bibliografia
Perspectivasdecontinuidadeoudesdobramentodotrabalho
Apoio
Agradecimentos
4.2.1Identificao
Faaumacapasimplescom:
NomedaInstituio
Ttulodotrabalho
Nome(s)completo(s)do(s)autor(es)
Localedata
Identifique:
Projeto
Nmerodoprocesso
Bolsista
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Orientador
Localdeexecuo
Vigncia
4.2.2Resumo
Resumo:apresentaoconcisadasideiasdeumtexto(Norma NBR 6028, da Associao Brasileira de NormasTcnicas).
a apresentao sinttica e seletiva das ideias de umtexto, ressaltando sua progresso e articulao. Mostra asprincipaisideiasdoautorefeitoquandoorelatrioest
finalizado.
Forma:
tamanho:determinadoemmuitoscasos:
umspargrafo;
frasespoucoextensas;
terminologiaespecfica;
ordemdiretadasfrases.
Oresumodeveconter:
1.Identificao
2.Introduo
3.Materialemtodos
4.Resultados
5.Discusso/Concluses6.Apoio
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Exemplo
Caractersticas biolgicas de clulas hematopoiticastransfectadas com o gene egfp. Leonardo Augusto KaramTeixeira,Ceclia MatteFricke, Camila IlgenfritzeNanceBeyer
Nardi. Departamento de Gentica Instituto de Biocincias,UFRGSPortoAlegre/RS.
Clulas hematopoiticas esto sendo intensamenteinvestigadas devido a seu potencial como alvo de terapiagnica.Temsidomostrado,entretanto,queatransfernciade genes exgenos pode alterar biologicamente asclulas-alvo, diminuindo sua capacidade de proliferaoediferenciao.Opresentetrabalhotevecomoobjetivoa
anlisedascaractersticasbiolgicasdeclulasdalinhagemhematopoitica K562, previamente transfectadas com ogene reprter egfp (enhanced green fluorescent protein),cujaexpressodetectadaporcitometriadefluxo.ClulasK562 transfectadas ou normais foram cultivadas emdiferentescondies,ecomparadascomrelaoadiferentesparmetros que incluram a expresso de marcadores desuperfcie. Os principais resultados encontrados foram:(1) quando cultivadas na ausncia de presso seletiva, aexpressodogenereprtermostrouumrpidodeclnio;(2)
clulas K562 transfectadas apresentaram uma capacidademitticadiminudaquandococultivadascomclulasK562normais, em diferentes concentraes; e (3) os nveis dasmolculasdeadesoCD11c,CD31(baixo)eCD49e(alto)noforamafetadospelatransfeco,enquantoabaixaexpressodos marcadores DL e CD117 mostraram uma tendncia aaumentarnasclulastransfectadas.Estesresultadosmostramquedoisdosprincipaisproblemasdosprotocolosdeterapiagnica,manutenodaexpressodotransgeneeexpanso
dasclulastransfectadas,podemseranalisadosparacorreoinvitro.
Apoio:CNPq,FINEP.
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4.2.3Introduo
Aintroduodeveesclarecerqualaperguntaquevocestfazendo(tema)eporquevaleapenafaz-la.Expliqueoquevocpesquisou,ouseja,oseuobjetodepesquisa.
A introduo dever ser um breve resumo do projeto,contendooproblemaeosobjetivos,seforocaso,deformaquepossainformaraoleitor,comumaleiturarpida,oquepretendeapesquisaproposta.
Aintroduoapresentaasrazesdapesquisa.
Expeoquelevouopesquisadorarealizarainvestigao,
situandootrabalhoemrelaoaoutrosjpublicadosnomesmocampo.
Aoestabelecer,deformasucinta,oestadoatualemqueseencontraoproblemaaserinvestigado,aintroduomostraaimportnciadotrabalho,limitaoproblemaaserestudadoeosituanosetorespecializado.
Deve-seconvenceroleitordequesuapesquisarelevante.Faa um pequeno histrico sobre o tema, contedeondeele
surgiu epor qu.Mostre, sutilmente,paraseu leitor,que seutrabalhomereceserlido.
Demaneirageral,aintroduodeveinformarsobre:
antecedentesdotema;
tendncias;
naturezaeimportnciadotema;
justificativadaescolhadotema;
relevncia;
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possveiscontribuiesesperadas;
objetivosdoestudo.
4.2.4Materialemtodos
Mostraoquevocutilizoueoquevocfezpararesponderquestocolocadacomotema.Essapartepodevariarmuito,dependendodoobjetodetrabalho,masnormalmenteespecificaosseguintesaspectos:
sujeitosdapesquisa:quemso,faixaetria,sexo,graudeescolaridade,diferenasentreosgrupos,entreoutros;
mtododecoletadedados(procedimentos):quemateriais
foramusados,comoosdadosforamcoletadosetc.; materiais:citarosequipamentos,reagenteseoutrositens
utilizados,informandofabricanteoufornecedor;
mtodos: descrever os procedimentos detalhados, quepossamserreproduzidoscomosmateriaiseequipamentosdescritos.
4.2.5Resultados
Quaisasrespostasquevocencontrou?
A descrio dos resultados deve ser clara e objetiva,resumindo os achados principais que sero detalhados emtabelasefiguras.
Exemplo
Tabela 1 - Extenso do desflorestamento bruto (km2)de
janeirode1978aagostode1998.Table1-Extentofgrossdeforestation(km2)fromJanuary
1978toAugust1998.
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EstadosdaAmazniaAmazniaStates
Jan/78Jan/78
Abr/88Apr/88
Ago/89Aug/89
Ago/90Aug/90
Ago/91Aug/91
Ago/92Aug/92
Ago/94Aug/94
Ago/95Aug/95
Ago/96Aug/96
Ago/97Aug/97
Ago/98Aug/98
AcreAmapAmazonasMaranhoMatoGrossoParRondniaRoraimaTocantins
2500200
1700639002000056400
4200100
3200
8900800
197009080071500
13150030000
270021600
98001000
217009230079600
139300318003600
22300
103001300
222009340083600
14420033500
380022900
107001700
232009410086500
14800034600
420023400
11001736
239999523591174
15178736865
448123809
120641736
2473995979
103614160355
420554961
24475
133061782
2662997761
11215016900746152
512425142
137421782
2743499338
11914117613848648
536125483
142031846
2814099789
12502318122550529
556325768
147141962
28866100590131808188372
532755791
26404
AmazniaBrasileiraBrazilianAmazon(incluindodesflorestamentoantigo)
(includesolddesforestation)
152200 377500 401400 415200 426400 440186 469978 497055 517069 532086 551782
Tabelas e figuras so muito importantes; seu nmerodeveseromenorpossvel,eelasdevemserconstrudascomcuidado,paraincluirtodasasinformaesnecessriascomclareza. Tabelas so numeradas sequencialmente (Tabela 1,Tabela2etc.);seuttulodeveserinformativo,colocadoacima;notasderodap(a,b,c...)podemsercolocadasdiretamenteabaixodatabela.
Figuras (fotos, esquemas, grficos) so numeradassequencialmente(Figura1,Figura2etc.);seuttulodeveserinformativoedevemserautoexplicativas.Alegendadevesercolocadaabaixodafigura.
.120
100
80
60
40
20
0
Amplitudedorudo
Contagem
-4 -2 -4 2 4
Histogramadorudobrancoacimacom50bins
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4.2.6Discusso/Concluses
No fechamento da sua pesquisa, retome os objetivospropostosnaintroduo,faaumbreveresumodoquefoifeitoeapresenteassuasprincipaisconcluses.
O que estas respostas encontradas nos resultadossignificam?
Comoelasajudamaresolveroproblema?
Quaisasprincipaisdificuldadesencontradas?
Quaisasperspectivasdecontinuidadedotrabalho?
Raramentechegamosaconclusesmuitodefinitivas,por
isso,emmuitoscasos,melhortratardeconsideraesfinaise deixar a concluso para os casos em que ela realmenteocorrer.
A concluso deve resultar de dedues lgicas, semprefundamentadasnoquefoiapresentadoediscutidonocorpodotrabalhoecontercomentrioseconsequnciasprpriasdapesquisa.
Dadas as particularidades e restries de cada pesquisa,normalmente, o que temos so indcios, tendncias, e noconcluses.
4.2.7Bibliografiacitada
Refernciabibliogrficaumconjuntodeelementosquepermiteaidentificaodepublicaes,notodoouemparte.
Todas as referncias utilizadas no textodevemestar listadas
nesseitem.Lembre-se:nolistesenocitarenocitesenolistar.
Dependendodomeiodedivulgao,hdiversosformatosparaapresentaodasrefernciasbibliogrficas.Destaforma,
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apsdefiniromeiodedivulgao,deve-seescolheroformatoapropriado.
Exemplos
Livros:CERVO,A.L.,BERVIAN,P.A.Metodologiacientfica.2.ed.SoPaulo:McGraw-HilldoBrasil,1978.FRANA,J.L.etal.Manualparanormalizaodepublicaestcnico-cientficas.3.ed.rev.aum.BeloHorizonte:UFMG,1996.
Peridicos:CADERNOSDEPSICOLOGIA.BeloHorizonte:FAFICH-UFMG,
v.1,n.1,out.1984.
Artigosdeperidicos:OLIVEIRA,M.A.eNASCIMENTOM.Daanlisedeerrosaosmecanismosenvolvidosnaaprendizagemdaescrita.Educaoemrevista,BeloHorizonte,v.1,n.12,p.33-43,dez.1990.
Artigosdejornal:
NUNES,E.Retratodonordeste;ouobservaesdeumaestagiriadojornalismo,naterraqueopresidentenoviu.EstadodeMinas,BeloHorizonte,20ago.1980.2.cad.p.8.
Filmes:ALIBERDADEazul.DireodeKrzysztofKieslowski.SoPaulo:LookFilmes,1994.97min.,color.,legendado.(TraduodeBlue.Fitadevdeo-VHS)
Sites:GOLDIN,JosRoberto.ProjetodePesquisa:AspectosticoseMetodolgicos.Disponvelem:.(Acessadoem06/06/2003).
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Essas normas costumam modificar-se a cada ano.Apresentamos, aqui, as formas mais frequentementeencontradas em documentos acadmicos. Lembramos tambmque,maisimportanteque fazerdeumjeitooudeoutro,manter,dentrodoqueestabelecemasregras,aconstncia,a
coernciaemtodootrabalho.
4.2.7.1Citaes
Acitao,almdefundamentaraargumentao,conferecredibilidadeaotrabalho.
Existempelomenostrsformasdiferentesdemencionarmosumautorou,maisprecisamente,seudiscursoemumtexto.
Citaoliteral:reproduo ipsisverbisdotexto,comasmesmaspalavrasqueeleprprioutilizounotextooriginal,comosdevidoscrditosaoautor.
interessantefazerumcomentrioapsumacitaoliteral.Issodemonstraqueseestatentorelaodaspalavrasdoautor,comoseutexto.
Parfrase:tambmareproduodasideiascontidasemum
texto,pormempalavrasdiferentesdasutilizadaspeloautor.
Essaformadecitaojdemonstramaisindependnciadapartedoautor,mascuidado!Afaltadeatenopodemudarosentidodaspalavrasqueseestcitando.
Plgio:a cpiadas ideiasoudotextodeoutremsemindicaodeautoria,constituindo-secomocrime.
Hbasicamentetrsformasdesefazercitaesliterais: citaeslongas:aquelasqueocupammaisdetrslinhas
completasnotexto.Devemserdestacadasnotexto,empargrafo recuado e independente (o uso de aspas
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opcional),nosendonecessrioespaamentodatilogrficoentrelinhas;
citaes curtas: aparecem integradas ao texto, sempreentreaspas;
citaodecitao:soindicadasporaspassimples.
Nosedevefazerumtrabalhocomummosaicodecitaes.adequadodiscorrersobreumassuntocomasprpriaspalavraseusaroutrosautoresparadarsuporte.
4.2.8Perspectivasdecontinuidadeoudesdobramentodotrabalho
Oprojetofoiconcludoousercontinuado?
Nesteitem,podem-sesugeriropesparaacontinuidadedotrabalho(peloprpriopesquisadorouno).
4.2.9Apoio
Citarasagnciasquefinanciaramoprojeto.
Exemplo
OprojetotevefinanciamentodoCNPqedaUNIP.
4.2.10Agradecimentos
Citarpessoasouinstituiesquetenhamcolaboradoparaaexecuodoprojeto.
Bibliografiabsica
ALVES,Rubem.Filosofiadacincia.SoPaulo:ArsPotica,1996.
ANDRADE,MariaMargaridade.Introduometodologiadotrabalhocientfico;elaboraodetrabalhosna
graduao.6.ed.SoPaulo:Atlas,2003.
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BASTOS,L.R.;PAIXO,L.;FERNANDES,L.M.Manualparaaelaboraodeprojetoserelatriosdepesquisa,tesese
dissertaes.RiodeJaneiro:ZaharEditores,1979.
CERVO,A.L.;Bervian,P.A.Metodologiacientfica.SoPaulo:
MakronBooks,1996.
CONTANDRIOPOULOS,A.P.etal.Saberprepararumapesquisa.SoPaulo:Hucitec&ABRASCO,1994.
DEMOP.Introduometodologiadacincia .SoPaulo:Atlas,1991.
GIL,A.C.Projetosdepesquisa.SoPaulo:Atlas,1994.
LAKATOS,E.Maria;MARCONI,MarinadeAndrade.Fundamentosdemetodologiacientfica.SoPaulo:Atlas,1991.
MARCANTONIO,A.T.Elaboraoedivulgaodotrabalhocientfico.SoPaulo:Atlas,1993.
MINAYO,M.C.S.Pesquisasocial:teoria,mtodoecriatividade.17.ed.Petrpolis:Vozes,2000.
MOREIRA,D.A.Omtodofenomenolgiconapesquisa.So
Paulo:PioneiraThomson,2002.
SELLTIZ,WRIGHTSMAN,COOK.Mtodosdepesquisanasrelaessociais.V.2:Medidasnapesquisasocial.SoPaulo:EPU,1987.
SEVERINO,A.J.Metodologiadotrabalhocientfico.SoPaulo:Cortez,1993.
SIDMAN,M.Tticasdepesquisacientfica.SoPaulo:
Brasiliense,1976.THIOLLENT,M.Metodologiadapesquisa-ao.6.ed.SoPaulo:Cortez,1994.
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Bibliografiacomplementar
CHIZZOTI,A.Apesquisaemcinciashumanasesociais.SoPaulo:Cortez,1995.
CRUZNETO,O.Otrabalhodecampocomodescobertaecriao.In:MINAYO,M.C.S.Pesquisasocial:teoria,mtodoecriatividade.9.ed.Petrpolis:Vozes,2000.p.51-66.
DEMOP.Metodologiacientficaemcinciassociais.SoPaulo:Atlas,1989.
DESLANDES,S.F.Aconstruodoprojetodepesquisa.In:MINAYO,M.C.S.Pesquisasocial:teoria,mtodoecriatividade.
9.ed.Petrpolis:Vozes,2000.p.31-50.GOMES,R.A AnlisedeDadosemPesquisaQualitativa.In:MINAYO,M.C.S.Pesquisasocial:teoria,mtodoecriatividade.9.ed.Petrpolis:Vozes,2000.p67-80.
HAGUETTE,T.M.F.Metodologiasqualitativasnasociologia.6.ed.Petrpolis:Vozes,2000.
LUCKESI,C.C.Fazeruniversidade:umapropostametodolgica.
SoPaulo:Cortez,1987.
MINAYO,M.C.S.Odesafiodoconhecimento:pesquisaqualitativaemsade.4.ed.SoPaulo;RiodeJaneiro:Hucitec/Abrasco,1996.
SOLOMON,DV.Comofazerumamonografia.4.ed.SoPaulo:MartinsFontes,1996.
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Informaes:
www.sepi.unip.brou08000109000