meu cérebro
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O CÉREBRO“O Lobo Frontal”, p. 04
psicologia cognitiva“O Surgimento da Neuroeducação”, p. 06
EVOLUÇÃO“A área 10”, p. 16
espiritualidade e religião“Conexão entre corpo e espírito”, p. 22
pessoas“O que é limitação para você?”, p. 30
notícias do mês, p. 34
neurohistória
“A história de Phineas Gage”, p. 36A Revista meucerebro é uma publicação mensal do grupo meucerebro.
com e de distribuição on-line para assinantes. Editores-chefe: LeonardoFaria e Ramon Andrade. Redação: Daniela Ávila Malagoli e LeonardoFaria. Diagramação: Carlos Gabriel Ferreira. Colaboradores: Ana LúciaHennemann, Flávio Maneira, Matheus Guisoni Pereira e Pricilla Faria.
EXPEDIENTE
programa de desenvolvimento meucerebro“Turbine o seu Cérebro”, p. 08
MÚSICA“Qual é o som de uma cor?”, p. 18
neurociência do sucesso“4 pilares: você no controle da sua vida”, p. 26
especial“Inteligência emocional: por que ela é importante?”, p. 10
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Começarei agradecendo a minha equipe. Pessoas formidáveis, sem as quais umsonho antigo não se realizaria. Ramon, meu sócio, cuja conança sem precedentesme fez enxergar possibilidades. Carlos, cujo prossionalismo e talento em perceber
ideias e transformá-las em arte proporcionou um grande salto ao grupo. Daniela, minhacompanheira, dedicada, paciente, e extremamente competente em seus propósitos.Sem vocês nada disso seria possível. Os sonhos são assim mesmo. Demoram às vezesuma vida. Mas são eles que a validam.
Tudo começou há aproximadamente 2 anos, quando tive um insight. Para dizer averdade, pouco acreditava em intuição ou percepção extrassensorial. Mas de algumaforma fui sugestionado a ver que os caminhos que por algum motivo me levaram
até ali não mais o fariam. Inserido no meio de uma extenuante residência médicaem neurocirurgia, percebi que faltava algo essencial. Algo mais primordial que umasuposta inteligência.
A vida faz a gente acreditar que a inteligência pode ser objetivamente mensuradapor meio de testes, provas, vestibulares e notas. Que o sucesso é o ponto nal de umavida galgada nesses termos. Mas não. É estranho dizer que o oposto de determinadacoisa é justamente o holofote que mais a ilumina. Foi de certa forma a razão que mefez enxergar a emoção. Hoje compreendo que aquela não é uma força. Esta sim.Enquanto a razão direciona, a emoção impulsiona.
Por um momento, deixei a razão de lado e passei a valorizar as emoções, o prazer,o bem-estar, a dor, a contemplação, o relaxamento, o motivo. Passei a enxergar aspessoas e a diferenciá-las pelo engajamento emocional com que viviam dia apósdia. Enquanto algumas pessoas se perdiam em comportamentos repetitivos para osquais suas razões construíam as mais extravagantes explicações, outras percebiam-se com um simples olhar.
Muito me surpreendia como a maioria atribuía a importância do cérebro à suacapacidade de desenvolver a inteligência. Mas a emoção era o combustível. Nãoera prudente mais deixá-la de fora. Hoje percebo que o cérebro é tudo isso. O seuequilíbrio sempre esteve na relação de reciprocidade construída entre razão eemoção. A nossa vida se determina assim.
É nesse contexto que qualquer explicação racional sobre o por que de estarmosaqui, termos nos dedicado à constituição do grupo meucerebro, dessa primeira
edição, a edição de lançamento da revista digital meucerebro, torna-se insignicante.O que vier a ser explicado não conseguirá alcançar a força que nos impulsionou.Hoje somos um grupo que alia neurociências e comunicação, que busca disseminarideias e aprender. Ser objeto, mas principalmente sujeito desse novo momento queo homem atravessa: o da verdadeira autopercepção.
Você agora faz parte do meucerebro.Seja muito bem-vindo!
editorial
Leonardo Faria,Editor-chefe da revista meucerebro
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A matéria desta edição fará referência à
anatomia de superfície de um lobo cerebral.
O conhecimento dela é especialmente
importante para neurologistas, neurocirurgiões,
neuroradiologistas e qualquer outra pessoa que
lide com a anatomia cerebral, como é o caso dos
estudantes de medicina, psicologia e neurobiologiacomparativa. O lobo frontal é peculiar ao homem pelo
tamanho e pelas funções. Aqui nos caberá um relato
especíco da anatomia dos seus sulcos e giros.
Na face superior mais lateral do lobo frontal de
cada hemisfério identicam-se três sulcos principais:
o sulco pré-central (mais ou menos paralelo ao sulcocentral, muitas vezes dividido em dois segmentos),
o sulco frontal superior (inicia-se geralmente na
porção superior do sulco pré-central e tem direção
aproximadamente perpendicular a ele, para o pólo
frontal) e o sulco frontal inferior (partindo da porção
inferior do sulco pré-central, dirige-se para frente epara baixo).
Entre o sulco central e o sulco pré-central está
o giro pré-central. Acima do sulco frontal superior,
continuando na face medial do cérebro, localiza-se o
giro frontal superior. Entre os sulcos frontal superior
e frontal inferior está o giro frontal médio, e abaixo dosulco frontal inferior, o giro frontal inferior. Este último
é subdividido pelos ramos anterior e ascendente
do sulco lateral em três partes: orbital, triangular e
opercular . A primeira situa-se abaixo do ramo anterior,
a segunda entre este ramo e o ramo ascendente, e a
última entre o ramo ascendente e o sulco pré-central.
O giro frontal inferior do hemisfério cerebral esquerdo
é denominado giro de Broca.
O Lobo FrontalA anatomia dos sulcos e giros
Leonardo Faria
Sulco
S
S
S
Giro do Cíngulo
Lóbulo Paracentral
Pré-cúneos
Giro Frontal Superior
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Na face medial do cérebro, existem dois sulcos
que passam do lobo frontal para o lobo parietal: o
sulco do corpo caloso (começa abaixo do rostro do
corpo caloso, contorna o tronco e o esplênio do corpo
caloso, onde se continua já no lobo temporal, com o
sulco do hipocampo) e o sulco do cíngulo (tem seu
curso paralelo ao sulco do corpo caloso, do qual é
separado pelo giro do cíngulo. Termina posteriormente,
dividindo-se em dois ramos: o ramo marginal, que se
curva em direção à margem superior do hemisfério,
e o sulco subparietal, que continua posteriormente
a direção do sulco do cíngulo). Nesta face também
está presente o sulco paracentral, que se destaca do
sulco do cíngulo em direção à margem superior do
hemisfério; delimita, com o sulco do cíngulo e seu ramo
marginal, o lóbulo paracentral, assim denominado
em razão de suas relações com o sulco central, cuja
extremidade superior termina aproximadamente no
seu meio.
Resumidamente, em relação aos giros delimitados
por estes sulcos, acima do corpo caloso temos o girodo cíngulo; mais acima temos, de trás para diante, o
pré-cúneus, o lóbulo paracentral e a face medial do
giro frontal superior.
A face inferior do lobo frontal apresenta um
único sulco importante, o sulco olfatório, profundo e
de direção ântero-posterior. Medialmente ao sulcoolfatório, continuando dorsalmente como giro frontal
superior, situa-se o giro reto. O restante da face inferior
do lobo frontal é ocupada por sulcos e giros muito
irregulares, os sulcos e giros pré-orbitários.
Giro Pré-Central
Giro Frontal Superior
Giro Frontal Médio
Giro Frontal Inferior
Sulco Frontal Superior
Sulco Frontal Inferior
Sulco Pré-Central
//////////// o c é r e b r o
o Corpo Caloso
lco do Cíngulo
Ramo Marginal
lco Subparietal
lco Paracentral
Giro Reto
Giros Orbitários
Sulco Olfatório
Sulcos OrbitáriosFONTES:
1. NETTER, Frank H. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.2. SOBOTTA, Johannes. Atlas de Anatomia Humana. 21ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.3. MACHADO, Angelo B.M.. Neuroanatomia Funcional. 2ed. São Paulo: Atheneu, 2002.Ilustrações: Netter.
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O Surgimento da
Neuroeducação Aprender é modifcar comportamentos
Ana Lúcia Hennemann,
U
m dos primeiros relatos que temos sobre a
educação com um olhar mais global se dá
através das Paideias, na Grécia. As mesmas
eram constituídas a partir da concepção de que a
comunidade e o indivíduo são responsáveis uns
pelos outros e, dessa forma, vão se transformando,
integrando-se e evoluindo. O indivíduo era percebido
sobre seus diversos aspectos e fazia parte de uma
cadeia social. Cada um era importante. Cada um tinha
contribuições para a evolução daquele contexto social.
Entretanto, as concepções mudaram e a
educação “abandonou” a percepção individual
e integral do sujeito para outro aspecto muito
diferenciado: o indivíduo valia o quanto ele produzia;
em outras palavras, o melhor aluno era aquele que
conseguia acumular mais conhecimento. Mas até
aqui a escola ainda não era para todos. Apenas alguns
privilegiados estudavam.
Conforme Tracey Espinosa, mesmo tendo os
direitos assegurados pela Declaração Universal dos
Direitos Humanos, é somente na década de 1980 quea educação em massa começa a fazer parte do cenário
educacional e através dessa maior diversidade que
se percebe que o sistema educacional necessitava
de muitas melhorias.
Todo o conhecimento que se tinha em educação,
aprendizagem e comportamento humano aindaera fruto de pesquisas anteriores ao escaneamento
cerebral, e as grandes mudanças começam a ocorrer
com o surgimento da neurociência,
estudo metódico do sistema nervos
A psicologia, uma das áre
auxiliou a educação, ao agregar o
da neurociência, começou a tra
diferenciadas para o contextodessa forma, a pedagogia pautad
aprendizagem percebeu que se fazi
novo olhar educacional, voltar às o
e perceber o ser humano como
Todas as áreas que até então era
em” modicam-se e começam a
interdisciplinar agregando a n
neuroeducação.
A neuroeducação não é um
conhecimento. Ela trata da junção do
da psicologia, educação e neurociê
A neuroeducação nos traz
diferenciada do que é aprendizage
em uma visão mais direta poder
“aprender é adquirir novos conheci
neuroeducação nos mostra agora
modicar comportamentos”.
Quando pensamos uma educ
signicado de aprender dentro de
tem outro valor. Porque se o suj
avaliado pelo viés do conheci
dentro do contexto escolar, certam
não estará sendo inclusiva; mas,perceber o educando como algué
seu comportamento inicial, seja
cognitivo ou emocional, desse mo
diante de uma educação inclusiva,
direitos humanos.
Percebemos indivíduos Dowsociedade como repórteres, cinea
e outras tantas prossões e temos
Especialista em Alfabetização,Educação Inclusiva,Neuropsicopedagogiae Pós-graduanda emNeuroaprendizagem. Email:[email protected].
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esponsável pelo
.
s que sempre
conhecimentos
er abordagens
educacional e,na educação e
a necessário um
igens da Paideia
um ser global.
“especializadas
atuar de modo
menclatura de
nova área do
conhecimentos
cia (Figura 1).
ma abordagem
. Anteriormente,
ia se dizer que
entos”. A mesma
ue “aprender é
ção inclusiva o
tas concepções
eito é somente
ento adquirido
nte a educação
e ela consegueque modicou
le, psicomotor,
o sim, estamos
que prima pelos
s atuando natas, professores,
o entendimento
do quão é importante a interação com o meio. Mais ainda,
do quão é importante o trabalho de um prossional que tem
o entendimento do funcionamento do sistema nervoso.
O neuroeducador, prossional da neuroeducação,
resgata a práxis das Paideias. Ele observa o indivíduo em
seus aspectos que precisam ser melhorados e em suas
potencialidades e, através disso, constrói um planejamento
individualizado para cada educando. Porém, em última
instância, todos aprendem, pois há modicação de
comportamento tanto para o neuroeducador quanto para
os educandos. Ambos necessitam sair de suas zonas de
conforto e, dessa forma, alcançar patamares mais elevados.
Através disso, resgata-se um valor primordial que os gregos
já conheciam: a cooperação. A sociedade se constitui peloentendimento da responsabilidade que temos uns com os outros
e só podemos mudá-la se mudarmos nossos comportamentos.
FONTES:1. TOKUHAMA – ESPINOSA, Tracey. Why Mind,Brain, and Education Scienceis the “New” Brain--Based Education. Disponível online emhttp://migre.me/lXgK3
/ p s i c o l o g i a c o g n i t i v a
FIGURA 1:Adaptado a partir de Tracey Tokuhama-Espinosa
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Há uma regra oculta nestas equações. Encontre o valor de B e
mostre que matemática não é problema para você.
Áreas cerebrais envolvidas neste teste:
Inicialmente, os córtices visuais primário e secundário serão ativados.
A cognição aplicada à resolução de problemas e a utilização da memória
de trabalho são atribuídas ao córtex pré-frontal. Além disso, áreas parieto-
temporais e parieto-occipitais, mais precisamente a área de Wernicke,que pode ou não incluir o giro angular esquerdo, serão acionadas no
reconhecimento dos algarismos e letras, e também durante os cálculos.
Córtex Pré-Frontal
Áre
s c é o
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Córtex Visual
Giro Angular
de Wernicke
Resposta:
A resolução deste exercício depende de uma boa análise
das equações anteriores.
A resposta é: A = 2+6-7
B = 276 + A
Logo, A = 1 e B = 277.
Comentários:
Um teste que trabalha a exibilidade cognitiva na
resolução de problemas. Aparentemente, parece um simplesexercício de adição; entretanto, a variável A requer um pouco
mais de raciocínio para ser decifrada. Isso nos remete às
primeiras adições do exercício.
A variável B é facilmente explicável, uma vez que
tenhamos denida a variável A. B é sempre a soma de A com
o número inicial. Mas e A?A é representado pela soma do primeiro e terceiro
algarismos do número inicial, subtraído do algarismo do meio.
Logo, 537 (5+7-3=9), 106 (1+6-0=7), 989 (9+9-8=10) e assim por
diante. A=1 (6+2-7=1) e B=277.
// t u r b i n e s e u c é r e b r o
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Aprender a ser emocionalmente inteligente é possível
Daniela Ávila Malagoli
O conceito de inteligência emocional (IE) tem sido bastante discutido naatualidade. No entanto, já vem sendo estudado desde o ano de 1990, quandofoi formalmente introduzido na Psicologia por meio dos pesquisadores PeterSalovey, da Universidade de Yale, e John D. Mayer, da Universidade de NewHampshire, os quais apresentaram a denição de inteligência emocional
como sendo a capacidade de processar as informações emocionais e usá-las favoravelmente no processo adaptativo. Contudo, o conceito se tornoupopular cinco anos depois, por meio do livro “Inteligência Emocional: A teoriarevolucionária que redene o que é ser inteligente”, do psicólogo da Universidadede Havard Daniel Goleman.
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G
oleman disse ao Hungton Post “A vida
corre muito mais suavemente se você tiver
boa inteligência emocional”. O psicólogo traz
uma nova discussão por meio de seu livro, no qualatribui parte do sucesso pessoal e prossional a esse
tipo de inteligência; isto é, ela é tão importante quanto
outras habilidades cognitivas - ou até mais -. Assim,
quais as habilidades podem ser encontradas dentro
da inteligência emocional? Diversas, como a de
superar as frustrações, motivar a si mesmo, controlar
impulsos, canalizar emoções, dentre outras. Goleman
também mapeia a inteligência emocional em
cinco habilidades importantes de serem realçadas:
autoconhecimento emocional; controle emocional,
automotivação, reconhecimento das emoções em
outras pessoas e habilidades em relacionamentos
interpessoais. Assim, a inteligência emocional é
dividida em intra e interpessoal.
As emoções fazem parte da evolução do indivíduo;
são inatas a ele e constituem uma importante
forma de comunicação. Predominam em diversos
momentos da nossa vida e, se gerenciadas com
cuidado e inteligência, auxiliam de forma signicativa
nas decisões, na imposição de limites, enm, no
relacionamento com o outro e consigo mesmo. De
acordo com o psicólogo e professor de Sociologia
Leonardo Abrahão, observa-se, hoje em dia, um maugerenciamento das emoções: “raivas e explosões de
ódio no trânsito e nas organizações; comportamentos
obsessivos em meio a casais, surgidos a partir da
inobservância de sentimentos como ciúmes doentio
e/ou carência não cuidada; violências múltiplas a
partir da diculdade em se lidar com os sentimentosalheios, como discriminação e bullying entre jovens
ou adultos nas escolas ou nas empresas”, explica,
são alguns exemplos dessa problemática social.
Nesse contexto, os cinco componentes da IE,
denidos por Goleman - autoconsciência, autorregulação,motivação, habilidades sociais e empatia – são
fundamentais também no âmbito prossional.
Para ele, “quem tem inteligência
emocional geralmente é
confiante, sabe trabalhar
na direção de suas
metas, é adaptável
e flexível. Você
se recupera
rapidamente
do estresse e
é resistente”,
disse ao
Huffington
Post. E como
saber se sou
emocionalmente
inteligente,
e/ou se devo
progredir nesse
sentido? Reportagem
recente publicada pela
revista Exame mostrou 14sinais que demonstram um alto
grau de inteligência emocional, como:
“você é um bom líder”, “reconhece suas forças e
suas fraquezas”, “cona no seu instinto”, “quando
está chateado, sabe exatamente o por quê”, dentre
outros.A boa notícia é que, caso você não tenha
/////////////////especial
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/////////////////especial
desenvolvido essas habilidades ou mesmo
não priorize elas em sua vida pessoal e
profissional, pode adquirir e aprimorar a
inteligência emocional por meio da prática.De acordo com o site da empresa provedora
mundial de inteligência emocional TalentSmart,
“embora algumas pessoas
sejam naturalmente mais
emocionalmente
inteligentes do que
outras, você pode
desenvolver
grande
capacidade
mesmo não
tendo nascido
com ela”. A
inteligência
emocional,
segundo
Abrahão,
pressupõe
autoconhecimento,
que pode ser
“racional” ou
“intuitivo” (treinado/
pesquisado ou natural/espontâneo). Para o psicólogo,
“entender a origem dos nossos
sentimentos, suas características, suas
fragilidades e seus potenciais favorece o nosso
caminhar em meio às pessoas, circunstâncias e
possibil idades que nos rodeiam”.Essa possibilidade se deve à “plasticidade”
do cérebro, isto é, ele é hábil de mudanças. O
cérebro desenvolve novas conexões, à medida
em que é estimulado; assim, ao aprender novas
habilidades de utilizar as emoções a seu favor,você está produzindo uma mudança, que é
gradual, de acordo com TalentSmart. A utilização
de estratégias para desenvolver a inteligência
emocional permite que os bilhões de neurônios
presentes no cérebro criem novas conexões
entre os centros neurais relacionados à razão e
à emoção. Cada neurônio, através de sua árvore
dendrítica, é capaz de formar aproximadamente
15.000 conexões com outros neurônios vizinhos.
Tal conectividade habilita o indivíduo a gerenciar
melhor suas emoções futuras, a compreendê-las
e, até mesmo, expressá-las racionalmente. Em
outras palavras, a inteligência emocional pode
ser fruto de uma aprendizagem sistematizada.
Ela pode se tornar um hábito na vida de quem
vier a desenvolvê-la.
A empresa também fez testes de inteligência
emocional ao lado de outras habilidades importantes
no âmbito prossional. A conclusão é de que
esse tipo de inteligência é o maior prognóstico de
desempenho, representando 58% do sucesso em
todos os tipos de trabalho. Portanto, a inteligência
emocional é importante para o aprimoramentopessoal e prossional e merece dedicação. Segundo
estudo feito por Travis Bradberry e Jean Greaves,
autores do livro “Emotional Intelligence 2.0”
(Inteligência emocional 2.0), da TalentSmart, apenas
36% das pessoas conseguem identicar suas próprias
emoções. Essa pesquisa, feita com mais de 500 milpessoas ao longo de uma década, demonstra que
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essa competência é rara e valiosa.
Portanto, gerenciar as emoções seria dar um
pouco de razão a elas? E se optarmos por agir e reagir
conforme alertam nossas emoções, sem controlaros impulsos, enm, extravasar (alguns dizem que é
uma boa opção em certos momentos da vida), como
seriam as nossas relações? Ficariam comprometidas?
Ou seriam mais espontâneas? Abrahão explica: “a
espontaneidade dos sentimentos e das emoções não
signica, necessariamente, uma inteligência emocional.
Por exemplo, uma explosão de ciúmes pode ser a mais
espontânea e sincera possível, mas nada inteligente no
contexto de uma relação interpessoal. Assim como uma
explosão de raiva ou de solidariedade. A inteligência
está em processar, racional ou intuitivamente”.
A inteligência emocional, segundo o professor,
pode ser innita, “assim como as demais formas de
inteligência, bastando, para tanto, que a pessoa a treine
e/ou a amadureça por meio do autoconhecimento, da
autotransformação e da autorrealização existencial”.
Reexões à parte, o importante é que a razão dá
direção e ordem à emoção; as duas caminham juntas
- pelo menos, devem -. Conhecer, entender e, por
consequência, utilizar as emoções a seu favor, é um
dos caminhos de crescimento do indivíduo para com
ele mesmo, para com os outros e para com o mundo
em que está imbuído. Para Abrahão, “não há sucessona vida sem sucesso nos relacionamentos – e não
há relacionamentos de sucesso sem habilidades
emocionais e sentimentais”.FONTES:1. http://goo.gl/WfaH8C2. http://goo.gl/WD0reG3. http://goo.gl/wYdv9M4. http://goo.gl/Gu8ug85. http://goo.gl/kjOCX36. http://goo.gl/LvN2At7. http://goo.gl/LE0ToC8. http://goo.gl/CD2VCI9. http://goo.gl/WDt6wnFotografa: Flickr Commons
O cérebro desenvolvenovas conexões, àmedida em que é
estimulado; assim,ao aprender novashabilidades de utilizaras emoções a seu favor,você está produzindo
uma mudança, queé gradual, de acordocom TalentSmart oimportante é que a
razão dá direção eordem à emoção; os doiscaminham juntos -pelo menos, devem.
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A Á 10
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A Área 10Ela nos torna mais humanos
Leonardo Faria
Oque nos difere de todas as outras espécies
em termos evolutivos? O que o cérebro
humano esconde, se é que realmente tem
algo de especial? O senso comum é que estudar
o cérebro humano contemplaria a chave para tais
questionamentos, as respostas para desvendar
o curioso processo da inteligência. De fato, a sua
organização interna, maior e mais complexa em
comparação aos de outros mamíferos e primatas,
parece ter sido, para alguns autores, o aspecto
evolutivo fundamental para o desenvolvimento da
cultura, incluindo a linguagem, a simbolização e a
cognição elaborada, fatores e dimensões que diferemo Homo sapiens de todas as outras espécies.
Entretanto, se pudermos apontar um dado
qualitativo do estudo evolutivo neurobiológico, a
conclusão é de que os pólos frontais e temporais
dos cérebros dos hominídeos se expandiram
precocemente na evolução, seguidos da expansãodas áreas posteriores do cérebro em uma fase
posterior. O trabalho deFalke colaboradores atesta que
a grande expansão do cérebro humano não se iniciou
com o gênero Homo, como se pensava anteriormente,
mas há pelo menos 2 a 3 milhões de anos, com os
membros do gênero Australopithecus. O cérebro seexpandiu muito durante a fase evolutiva do gênero
Homo, mas tal expansão já havia começado bem antes.
O grupo de Falk concluiu ainda que as áreas
dos lobos frontais que mais se desenvolveram foram
aquelas relacionadas às regiões correspondentes
à área 10 de Brodmann. Semendeferi ecolaboradores indicaram que a área 10 é 6 a 7
vezes maior em humanos quando c
grandes símios africanos. A neuropsic
vez, tem mostrado que tal área est
pensamento abstrato, à organização e a
de ações futuras, à iniciativa e à toma
assim como ao controle e ao proc
emoções e ao julgamento. Da integrid
dependem, particularmente, funções
de trabalho, memória espacial, memó
processamento sintático e compreensã
geração de verbos, cálculo numérico e a
(fundamental para habilidades sociais). A
da área 10 no Homo sapiens parece ser
que se postula ser a “humanidade” dos
Neuroanatomia comparativa contemporâ
Recentemente, pesquisadores f
compararam imagens de ressonância mag
ventrolateral frontal – um dos componen
de 25 voluntários adultos com imagens eqmacacos. A partir desses dados, os pesq
capazes de dividir o córtex ventrolateral
áreas que foram consistentes entre todo
Após a comparação dos grupos eles d
uma pequena região, ainda mais espe
área 10 de Brodmann, não possuía emacacos – o chamado córtex do pólo pr
Fica a reexão: caso não perceb
por parte das pessoas, planejamen
dos fatos associado a um bom contro
principalmente, criatividade, de que for
considerá-las evolutivamente diferentanimais pelo menos no que se refere ao c
////////////////evolução
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mparadas aos
logia, por sua
associada ao
planejamento
a de decisões,
ssamento das
de da área 10
omo memória
ia prospectiva,
de metáforas,
enção conjunta
sim, a evolução
central naquilo
omens.
ea
ram além e
nética do córtex
es da área 10 –
ivalentes de 25isadores foram
humano em 12
s os indivíduos.
scobriram que
íca dentro da
quivalente nos-frontal lateral.
amos iniciativa
o, julgamento
e emocional e,
a poderíamos
s dos outrosmportamento?
FONTES:1. http://goo.gl/rdWGlL2. http://goo.gl/0C85FH3. Livro Evolução do cérebro, por Paulo Dalgalarrondo.
ç
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Música, cores e emoção /////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////
Leonardo Faria
Você estava saboreando algo e lhe veio
algum som bem peculiar aos ouvidos?
Algum lugar que você visitou logo lhe
trouxe um sabor à boca. Determinado
cheiro lhe faz ver imagens como se fossem reais
naquele momento? Alguma vez você escutou
uma música e logo veio a percepção de uma corem especial? Não, não é loucura. A sinestesia é
um fenômeno neurológico caracterizado pela
produção de duas sensações paralelas, de
natureza distinta, por um único estímulo.
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Não há o que temer. A sinestesia não é uma
doença. Na verdade, ela ilustra como o cérebro
é um órgão complexo e repleto de fortesinterconexões. A experiência sensorial de certas
pessoas na qual sensações correspondentes a
um certo sentido são associadas a outro sentido é,
na verdade, o cimento da memória. Quanto mais
relações as sensações puderem estabelecer
entre si, mais facilmente são reestabelecidas assuas memórias correspondentes.
Portanto, por conta da sinestesia,
eventualmente ocorre essa espécie de
cruzamento de sensações em um só estímulo.
Assim, uma cor pode ter um sabor ou um som
pode ter uma forma. Essa forma diferente de
processar as informações obtidas através dos
sentidos pode ter uma base hereditária.
O que dizem os estudos
Diversos estudos têm investigado possíveis
relações sensoriais desse tipo, especialmente
entre sons e cores. Uma pesquisa realizada
pela Universidade da Califórnia, em Berkeley,
e publicada recentemente no periódico PNAS
mostrou que o cérebro humano é capaz de
ir mais além. Segundo o estudo, através das
sensações que uma melodia provoca, o cérebro
foi capaz de fazer relações entre cor e música
a ponto de superar barreiras culturais, como se
todas as pessoas apresentassem uma estrutura
neural senso-perceptiva comum.Ainda sobre o estudo, cujo título original
é Music–color associations are mediated by
emotion, identicou-se que músicas mais rápidas
se relacionavam a cores claras e vívidas, como
o amarelo; e melodias mais lentas, a tons mais
escuros, acinzentados ou azulados. Todas essasinformações poderiam, segundo a pesquisa,
auxiliar o desenvolvimento de estratégias
para aar a criatividade e a percepção, novos
métodos de reabilitação emocional que se
utilizem de terapias cognitivas, além de embasar
novas ações tomadas pelos prossionais do
neuromarketing e publicidade. Os programas
tocadores de música, por exemplo, podem se
utilizar das informações de um equalizador
para produzir padrões de cores em suas telas,
procurando seguir as características – o “tom
emocional” – de cada música.
Muitas guras conhecidas já se lançaram
no estudo das cores, como Aristóteles, Newton
e Goethe. Em contrapartida, Goethe foi um dos
únicos a se opor de certa forma à ideia intuitiva
de que existe uma relação física direta entre
sons e cores. Em uma de suas obras, A Teoria
das Cores (Zur Farbenlehre), originalmente
publicada em 1810, ele disse:
/ a m ú s i c a e o c é r e b r o
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21
Sempre se percebeu que existecerta relação entre cor e som,
como demonstram as frequentescomparações, por vezes passageiras,
por vezes sufcientementepormenorizadas. O erro nelas
cometido se deve ao seguinte:Cor e som de maneira alguma
podem ser comparados, emboraambos remetam a uma fórmula
superior, a partir da qual é possíveldeduzir cada um deles. Ambos
são como dois rios que nascem namesma montanha, mas devido acircunstâncias diversas corremsobre regiões opostas, de modoque em todo o percurso não há
nenhum ponto em que possam ser
comparados. Ambos são efeitos gerais e elementares segundo a
lei universal que tende a separare unir, oscilar, pesando ora de um
lado, ora de outro lado da balança,mas conforme aspectos, maneiras,
elementos intermediários e sentidoscompletamente distintos.
Mas, apesar do alerta de Goethe, os
neurocientistas insistem na correlação neural
entre sons e cores. Seguindo vias neuraispróprias e paralelas ou que, secundariamente,
se cruzem em algum ponto do caminho
perceptivo cerebral, o fato é que parece
prevalecer um denominador comum entre
as sensações, particularmente entre aquelas
veiculadas pelos olhos e ouvidos. Assim como
outro estudo de 2007 – The Color of Music:
Correspondence Through Emotion – também
concluiu, a música parece compartilhar com o
som um substrato neural comum: o emocional.
Seria essa a origem da sinestesia.
FONTES:1. http://goo.gl/D3SXpC2. http://goo.gl/r74uRh3. http://goo.gl/WesMx94. http://goo.gl/T7kvZi5. http://goo.gl/kNvklS6. http://goo.gl/L6m8OIFotografa: Flickr Commons
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/espiritualidade e religião
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A conexão entrecorpo e espírito A glândula pineal e sua relação com a espiritualidade
Matheus Guisoni Pereira
A pinha, um dos símbolos mais presentes nas sociedades do passado,ocidentais e orientais, reserva-se cheia de mistérios e lendas. Mas umacoisa é constante: a relação com a expansão da consciência, da elevaçãoe da iluminação do ser. No Egito a pinha se mostra na ponta do cajado de Osíris,
o Deus da vida após a morte, essa que era o passaporte para o convívio comos deuses. Na Grécia antiga ela aparece na extremidade superior do Tirso, ocajado usado por Dionísio. E não é arbitrário o fato de ser Dionísio o símbolo daplenitude de consciência e unicação com o todo. Pinha em grego traduz-sepor Pineu, um dos nomes utilizados para batizar nossa glândula pineal.
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O terceiro olho, referido como olho de Hórus
ou olho de Rá, é uma referência explícita também a
essa glândula, chamada também por outras culturas
como o olho da razão, da alma ou da mente. O olho
dentro da pirâmide, uma adaptação desse simbolismo,
cou amplamente conhecido no mundo após ser
empregado como um dos símbolos da maçonaria
e ser incorporado tardiamente no dólar americano.
Mas, anal de contas, o que essa glândula
faz de tão especial para a maioria de nós que
não estamos ainda no caminho da meditação em
busca do nirvana? Bem, esse olho vestigial guarda
semelhanças em sua embriologia com os olhos,
emerge do diencéfalo cando entre os dois colículos
superiores sobre o mesencéfalo e funciona como um
temporizador, um marcapasso circadiano e sazonal.Sobre inuência simpática, a qual é predominante
durante a noite, ela secreta em maiores quantidades
um hormônio, a melatonina. Sabe-se que maiores
concentrações desse hormônio reduzem a função
das glândulas e que este é importante para o
amadurecimento dessas. A melatonina tambémpode realocar o dispêndio energético de acordo
com os ciclos sono-vigília, resultado obtido do
trabalho da Drª. Fernanda Gaspar do Amaral.
Recentemente, notou-se em estudo do Dr.
Jimo Borjigin na Universidade de Michigan e na
Universidade Estadual de Louisiana pelo Dr. StevenBarker, analisando glândulas de ratos, a presença
de N,N-Dimethyltryptamine (DMT). Não se sabe
ao certo qual a função desse composto nos
organismos, contudo, o uso dessa substância já é
apreciado por pessoas que buscam experiências
de psicodelismo. Essa substância também é
encontrada no chá Ayahuasca, o santo daime.
Mais excitante, no entanto, está o trabalho do
médico Dr. Sergio Felipe de Oliveira. Durante uma
microscopia de varredura em glândulas dissecadas,
ele notou a presença de cristais de apatita. Esses
cristais funcionam como uma caixa de ressonância
que capta campos magnéticos, sequestrando-os.
Essa pode ser a chave para se desvendar como
pessoas que possuem domínio de sua mediunidade
mantêm um transe ou uma comunicação comentidades extrafísicas inteligentes. Pelo trabalho
do Dr. Sergio Felipe, também cou vericado a
relação inversamente proporcional entre esses
cristais e surtos de ansiedade e depressão do
sistema nervoso central. O indivíduo, recebendo
muitas informações sensoriais por campos
O cérebro, como símbolo denossa inteligência, daquilo que
nos torna humanos, recebeagora, mais do que nunca,contribuições sólidas da
ciência de que ele pode contertambém a ponte daquilo que
nos torna nós mesmos, danossa consciência: o espírito.
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magnéticos, gastaria uma quantidade grande de
neurotransmissores para decodicá-las e, em um
segundo momento, ocorreria uma queda abrupta
em sua concentração, levando à sinais de depressão.
A glândula também está relacionada com a
liberação de energia na forma de ectoplasma, este
evidenciado por Charles Richet, Nobel de medicina
e siologia em 1913, e pelo Dr. Albert Von Schrenck-
Notzing. Se esta energia é demasiadamente
liberada (como ocorre com alguns médiuns),
o organismo tende a responder distribuindo-a
para sítios orgânicos, podendo originar estruturas
ectópicas como osteotoses, cistos ou mesmo
causar um aumento de peso e sangramento. No
entanto, isso não se faz uma consequência imediata
e fatal, sempre restando ao médium o dever decontrolar essa capacidade da maneira a melhor
atender-lhe a saúde. O estudo se faz inevitável.
Muito ainda resta para ser desvendado
nesse campo, que se caracteriza como uma
área promissora e excitante de pesquisas. O
conhecimento milenar de culturas do passado semostra mais uma vez atual à sua maneira, e cabe
à ciência mostrar-se humilde às possibilidades já
abertas por nossos ancestrais. O cérebro, como
símbolo de nossa inteligência, daquilo que nos
torna humanos, recebe agora, mais do que nunca,
contribuições sólidas da ciência de que ele podeconter também a ponte daquilo que nos torna
nós mesmos, da nossa consciência: o espírito.
FONTES:1. VILLELA, DARINE; ATHERINO,VICTORIA FAIRBANKS; LIMA, LARISSA DE SÁ ; MOUTINHO,
ANDERSON AUGUSTO; AMARAL, FERNANDA GASPAR DO ; PERES, RAFAEL ; MARTINS DE LIMA,THAIS ; TORRÃO, ANDRÉA DA SILVA ; Cipolla-Neto, José ; SCAVONE, CRISTÓFORO ; Afeche,Solange Castro . Modulation of Pineal Melatonin Synthesis by Glutamate Involves Paracrine
Interactions between Pinealocytes and Astrocytes through NF-B Activation. BioMed ResearchInternational, v. 2013, p. 1-14, 2013.
2. Barker, S.A.; Borjigin, J.; Lomnicka, L.; Strassman, R. LC/MS/MS analysis of the endogenousDimethyltryptamine hallucinogens, their precursors, and major metabolites in rat pineal gland
microdialysate.. Biomed Chromatogr, v. 2013, p. 1690-700, 2013.3. OLIVEIRA, S. F. . Glandula Pineal - Avanços nas Pesquisas. 2007. (Apresentação de Trabalho/
Conferência ou palestra).4. Biomed Chromatogr. 2013 Dec;27(12):1690-700. doi: 10.1002/bmc.2981. Epub 2013 Jul 23.5. LC/MS/MS analysis of the endogenous dimethyltryptamine hallucinogens, their precur-sors, and major metabolites in rat pineal gland microdialysate. Barker SABorjigin JLomnicka
IStrassman R.Imagens : http://goo.gl/kG CnT1 e http://goo.gl/2TV l0f
/a neurociência do sucesso
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É possível termos o controle da nossa vida ou somosfrutos do acaso? O que determina o sucesso? Aliás,o que é sucesso, para você? Será que existe umcaminho para revolucionar a própria vida, até coisasmais práticas como começar (ou terminar) algo que nãoestá do jeito que você gostaria? Você está feliz na sua vida
pessoal? e prossional? Como andam suas atividades de
lazer? E sua espiritualidade?
Em anos de trabalho com foco no desenvolvimento de
pessoas, percebo que ter clareza psíquica, emocional ou,
como gosto de dizer, “ampliar a consciência” é o primeiropasso de um processo profundo de mudança, cujo intuito é
ser mais feliz nos principais pilares que sustentam e torneiam
sua vida.
Quais são esses pilares?
Flávio Maneira,
Autor e Coordenador do método e cude carreira e de vida. Executivo da indhá 16 anos, atuou na área de vtreinamento e desenvolvimento, passcomo Novartis, Schering-Plough,está na Biolab Sanus Farmacêuticacapacitação estratégica da unidaProfessor de MBA em disciplinas lig“Negócios” e colunista do portal Zene
4 pilaVocê no controle dCrie um mapa estratégico
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Entendemos como pilar “pessoal” o que se refere a“tudo e a “todos” que giram em torno de você: suafamília, amigos, lhos, cônjuge. Como anda sua relação
com seus familiares e amigos? Está saudável? Outroponto importante do pilar pessoal tem a ver com “propósito” e
“valores”, talvez o mais importante. Você sabe claramente qualé o seu propósito de vida? E quanto aos seus valores? Segundo
John Maxwell: “não dá para ter um sistema de valores para usono mundo dos negócios e outro para a vida pessoal. O caráter
de uma pessoa rege toda a sua vida”. Interessante, não? Emminha trajetória de vida, nas empresas nas quais trabalhei e ondetrabalho, nas palestras e aulas que ministro, percebo que a maioria
das pessoas não tem claro isso, simplesmente vão vivendo e nãoparam para reetir a respeito. Além das questões de valores,
nesse pilar deve-se considerar questões como saúde, nutrição,emoções, ou seja, o alimento do corpo e da mente. Dizem que“somos o que comemos”. Vou além, somos o que “pensamos”,
somos o que “sabemos”. Nossa formação como pessoa édada parte pela genética (DNA) e pelo “meio” desde o nosso
nascimento “macro” (país, região, cidade, bairro, cultura, família,amigos, escola, faculdade, trabalho) para o “micro” (indivíduo,
personalidade, áreas de inteligência).
so 4 pilares, gestãostria farmacêuticandas, liderança endo por empresasSD e atualmenteresponsável pelae cardiovascular.das a “Pessoas” eonomics.
es:sua vida
para ela
pessoal
profissional la
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Esse pilar é um dos grandes responsáveis por questõesque vão muito além do dinheiro, por exemplo: felicidade.
Você faz o que realmente ama? Você aprendeu a amaro que faz? Você se encontrou prossionalmente? Se
não, por que não arriscar em recomeçar? Você está satisfeito
com seu superior? Como você considera o clima (ambiente)do seu trabalho? E com seus pares? Se você é um gestor ou
empreendedor e tem uma equipe, como considera sua gestão?
Existem inúmeras pesquisas bem fundamentadas sobreaspectos prossionais envolvendo liderança, colaboradores,clientes, empreendedores e em todas vemos alguns aspectosem comum: são mais “pontos de melhorias do que os que dão
certo”. Vou dar um exemplo: Se perguntarmos para 100 pessoassobre seus “chefes” (ou líderes), 80 estão insatisfeitas, porém,
dessas 80 insatisfeitas, quantas fazem algo para mudar isso? Não
chega a 10%, acredite! No caso dos empreendedores, grandeparte das empresas fecham antes de completarem três anos
de vida e, quando é feita uma análise sobre o principal motivo,adivinhe? Falta de conhecimento. As pessoas simplesmente
abrem um negócio sem ao menos saberem o que é um “planode negócios”. Quando o assunto é “carreira”, os resultados são
ainda piores: a maioria das pessoas não sabe gerir um plano decarreira alinhado com suas fortalezas (seus talentos dominantes,seus pontos fortes). Vivemos uma escassez de líderes e bons
gestores de pessoas e, com isso, vem a falta de orientação edesenvolvimento adequado, estratégico e assertivo, de acordo
com cada indivíduo. As pessoas estão, literalmente, perdidasprossionalmente. O que é preciso? Parar, estruturar um plano,
procurar ajuda, ler, estudar e principalmente saber que vai exigirmuita disciplina, mudança de hábitos. É um percentual muitopequeno da população que está disposto a isso. Tony Robbins
(autor e palestrante especialista em reprogramação mental) diz:“por isso os pobres estão cada vez mais pobres e os ricos cada
vez mais ricos”.
Oque você faz que élhe traz uma sens
só consegue isso nquando sai de féria
que lhe dão prazer diariament
em que vamos adquirindo cerpilares anteriores (pessoal e pr
que gostávamos de fazer? Vem
o crescimento prossional e pose tornar melhor tanto na sua vnecessário alimentar suas emoé necessário “rir” com quem o
Tem gente que encontra noforma de grande lazer (prazer).
mais e mais a cada dia mexe de
alimentando sua “estima”, fazeOutros encontram na música, n
no encontro com os amigos,Amigos fazem bem para sua sa
também. Qual lazer você foi deipara retomar? Possivelmente i
administração de sua agendaseus familiares. Dedicamos muido que pensam sobre a gente e
mesmos. Acredite: eles vão entenpessoa melhor, sua “energia” vai
desfrutar de pequenas doses de l melhora perceptível em sua “ener
profissional la
Conclutempo paraLazer e Espipotencializa
amor. Eu so“temos duaolhar intelig{
er Espiritualidade
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extremamente prazeroso? Queção quase indescritível? Você
s nais de semana, feriados ou? Ou você tem pílulas de lazer? E semanalmente? Na medida
as responsabilidades nos doisssional), ca mais difícil fazer o
o casamento, vêm os lhos, vem
ai vai. Acontece que, para vocêda pessoal como prossional, éões, seus “sentimentos”, ou seja,com o que lhe estimula a isso.
sporte (atividades físicas) umaSim, porque “suar” e performar
orma única com a neuroquímica,
do com que você se sinta bem.a meditação, na leitura, na arte,
semanalmente, mensalmente.de, isso é comprovado. Animais
ando para trás? O que é precisosso está ligado a uma melhor
de alguns alinhamentos comto tempo aos outros com medosquecemo-nos de pensar em nós
er. Você será percebido como umaudar. As pessoas que conseguem
zer todos os dias apresentam umaia”, cam mais positivas.
Longe de dogmas religiosos, qual é o seu entendimento por“espiritualidade”? Se você pensou em algo como ajudar o
próximo, em generosidade, você está no caminho. Se você já faz algo nesse sentido, já é uma pessoa espiritualizada.
Mais que dinheiro, se você dedica parte do seu tempo para ajudar
(seja compartilhando conhecimento, dando amor, ouvindo alguém)o outro, livre de pré-conceitos, discriminações, crenças, você está
um degrau acima. As pessoas que menos “têm” são as que mais
compartilham, seja comida, dinheiro, casa, ou um lugar para dormir.Pare por alguns minutos e pense em alguém por quem você é muitograto, por te ajudar em algum momento difícil da sua vida. Pensou?Pronto, agora pegue uma folha em branco e um lápis ou caneta
e escreva-lhe uma carta dizendo o por que de você ser tão gratoa ela. Por m, faça uma ligação (ou encontre essa pessoa) e leia
a carta para ela. É provado que isso aumenta signicativamente o
seu estado de felicidade. Ou seja, a “gratidão” explicitada a alguémvai lhe tornar uma pessoa mais feliz, uma pessoa melhor. Atuo
junto à classe médica há alguns anos e conheci médicos com umaespiritualidade incrível. Mas, o que eles têm em comum? Tratam
as pessoas como pessoas, são generosos e pacientes com seuspacientes. Percebo que a humanidade não caminha para problemas
de doenças físicas, mas sim para doenças de fundo emocional.Vivemos um “caos” emocional. A área que mais cresce não está ligadaa problemas cardiovasculares, mas a problemas psíquicos. Livros de
“autoajuda” nunca venderam tanto. Medicamentos desenvolvidospara os transtornos psíquicos, especialmente os ansiolíticos, nunca
venderam tanto. Sempre digo: temos que tratar a “causa” e não o“sintoma”. Por isso, agir com mais espiritualidade é uma boa maneira
de amenizar essas questões psicológicas que aigem a humanidade.
s u
sugerindo que não perca, mas ganhe tempo investindo em seu maior bem: você. Dediquecriar um “mapa estratégico da sua vida” envolvendo os 4 pilares: Pessoal, Prossional,
ritual. Considere o curto, médio e longo prazo, tendo como premissa o conhecimento e aão das suas “competências naturais”. Dizem que aprendemos mais pela dor do que pelo
a prova disso e quero compartilhar isso com você. Um grande amigo disse certa vez:datas de nascimento: uma biológica, quando nascemos e outra quando lançamos umnte e genuíno sobre nós mesmos”. Esse é o verdadeiro nascimento. Pense nisso.
PARA MAIS INFORMAÇÕES:http://aviomaneira.com.br
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O que él t
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O que é
para você?limitação
Esther Varoto, 28 anos, graduada em música. Esclerose
Múltipla. Doença inamatória crônica degenerativa. Elas seconheceram em novembro de 2008
Daniela Ávila Malagoli
C om dois anos, começou a cantar. Aos três,compôs a primeira música. Como nãosabia escrever, pediu à mãe que anotasse.
Com cinco anos, já lia partitura ao tocarauta doce. Gravou o primeiro CD nessaidade. Com 15, virou professora. Cursou oito anos deviolão, contrabaixo e guitarra no Conservatório EstadualCora Pavan Capparelli, mas estudou sozinha para aprova de habilidade especíca do curso de Música
(licenciatura em violão erudito), ingressando no curso,na Universidade Federal de Uberlândia (UFU), em 7ºlugar, aos 19 anos.
Um dia, após
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Esther sentiu uma sensação estranha nos braços. No outro dia, acordou com metade do corpo dormente.
Não conseguia piscar o olho direito e sentia tonturas e náuseas. Passou mal dia após dia, por três meses,quando já estava casada. Os médicos, inicialmente, desacreditavam no diagnóstico de Esclerose Múltipla.
Mas ela desconava. E se preparou.
Esther, que chora e em menos de 10 segundos enxuga as lágrimas, não cancelou um dia de aula para
seus alunos. Quando os movimentos da mão esquerda, precisos para sua prossão, caram travados por
dois meses, um dos alunos a consolou: enquanto você estiver falando, está bom, eu já aprendo. Antes de
a Esclerose Múltipla manifestar-se, Esther pensava: “eu sou jovem, aguenta corpo!” Sete meses depoisdos primeiros sintomas, e após passar por oito médicos, o diagnóstico foi conrmado.
Uma das primeiras coisas que fez, em seguida, foi compor uma música em homenagem aos
portadores da doença. “O que eu z os três primeiros anos depois que eu descobri a doença é o que eu
teria feito na minha vida toda se eu não a tivesse descoberto”. Ela preparou a qualidade do seu futuro,
mas viveu, e vive intensamente o presente. “Andei muito de patins. Se eu fosse pra cadeira de rodas
amanhã, pelo menos iria lembrar a sensação. Nadar, sentir seu corpo na água, como é importante! Aspessoas deviam pensar nisso”. Ela dene a doença: “Esclerose Múltipla não é sinônimo de loucura. É uma
doença rara e diferente que as pessoas deveriam conhecer mais”.
Esther nunca perdeu o “bom humor e a vontade de viver”. Nos inúmeros exames de ressonância
magnética que fez, brincava com os sons do aparelho como se fossem notas musicais. Esther, que parece
uma pessoa sem o diagnóstico de uma doença degenerativa como a Esclerose Múltipla Surto Remissão (ver
infográco), reconhece: “É uma doença que pode expor o portador a muitas a muitas deciências físicas, emuitas delas felizmente podem ser revertidas com o uso de anti-inamatórios potentes (corticosteróides)”.
uma aula de
cantona Ufu,na semanado próprio casamento ,
////////////////pessoas
Esther adora passear no shopping, fazer compras. Sempre acompanhada do seu grande amor, do
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seu apoio, Elker Tonini. Ele é o seu porto seguro. E se o assunto é ela, ele não hesita. “Ninguém derruba
a Esther, é guerreira.” Ele pretende curtir todos os momentos da vida junto dela. A musicista fundou
a Academia de Música Varotonini, na qual Elker também é professor, em 2011, no mesmo ano de sua
formatura: “é fruto de tudo que eu faço em minha vida, o que me move, me dá prazer, a música”. Para oprofessor do curso de Música da UFU André Campos, Esther é empreendedora e batalhadora.
Esther é professora de canto, violão popular e erudito, guitarra base e solo, contrabaixo, viola caipira,
bateria e percussão, musicalização infantil, composição, teoria e percepção musical, edição de partituras
e preparação para habilidade especíca em Violão Erudito. Tem contrato como compositora com a
Editora Clube da Música, que é parceira da Sony Music. Compôs, interpretou e produziu a trilha sonora
da Novela Portal do Cerrado. Hoje está cursando Direito. Objetivos futuros: maior dedicação à carreira
solo. Expansão da Academia de Música Varotonini. “Esther pensa na frente”, arma a professora do curso
de Música da UFU Sandra Alfonso.
Uma mulher bem sucedida? “Intimidade com Deus, prazer em viver e acreditar em mim” foi o que fez
Esther uma empresária de sucesso. O que a Esclerose Múltipla te ensinou, Esther? “Maturidade e paixão
pela vida”. Qual a primeira coisa que gostaria que alguém soubesse sobre você? “Que eu curto a vida”.
Esther, o que é limitação para você? “Limitação é algo que a gente coloca na própria cabeça”.
INFORMAÇÕES SOBRE ESTHER: http://goo.gl/5OI3sqINFOGRÁFICO: Leonardo Faria
Mulher de 24 anos vive sem o cerebelo
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O cerebelo é a parte do cérebro respon-
sável por movimentos motores nos, incluindo
a postura, o equilíbrio, a aprendizagem motorae a fala. Localizado na base do crânio, contém
cerca de metade dos neurônios do cérebro,
embora represente apenas 10% do seu volu-
me. A sua disfunção parcial devido a uma lesão
ou doença não é incomum, contudo a ausência
do cerebelo já ao nascimento é extremamente
rara. Médicos na China descobriram uma mu-
lher de 24 anos, apenas o nono caso conhecido
de uma pessoa viva com agenesia cerebelar.
Sua condição foi descrita na revista Brain.
O caso veio à tona depois que a mulher
procurou atendimento médico devido a náu-
seas e vertigens. Uma tomograa computa-
dorizada e imagens de ressonância magnética
revelaram a ausência do cerebelo, que pronta-
mente explica os sintomas encontrados. Além
disso, sua condição explica também por que
ela não foi capaz de falar até completar seis
anos de idade e de andar até os sete. Devido
à ausência desta importante parte do sistema
nervoso, também não foi capaz de brincar e
saltar como as outras crianças. Sem nenhuma
surpresa, a mulher tinha sido incapaz de andarsem constante apoio ao longo de sua vida.
Embora os testes revelassem que ela
não apresentava diculdades para entender
o vocabulário, havia prejuízos relacionados à
pronúncia, a voz era trêmula e as palavras, “ar-
rastadas”. Apesar disso, os médicos considera-
ram os sintomas relativamente leves. Eles es-
peravam por um comprometimento maior.O espaço onde o cerebelo deveria existir
foi preenchido pelo líquido cefalorraquidiano. A
química do uido parecia normal, mas a pres-
são estava um pouco elevada (210 mmH2O, ao
invés de 70-180 mmH20). Ela foi adequada-
mente tratada com medidas pouco invasivas
e, quatro anos depois, ela ainda estava muito
bem.
Casou-se e teve uma lha neurologica-
mente normal. As estruturas e os tecidos ao
redor de onde estaria o cerebelo aparentavam
boa estrutura, sem danos signicativos. A ponte
parecia pouco desenvolvida mas, consideran-
do que parte de seu trabalho é transmitir men-
sagens a partir do córtex frontal ao cerebelo,
isso não é totalmente surpreendente.
Como a doença é rara, não é muito bem
compreendida. Embora existam cerca de 30
mutações associadas com alterações cerebe-
lares, a ausência completa da estrutura é um
pouco mais difícil de descobrir. Essa mulher re-
presenta uma oportunidade única para estudar
os efeitos da doença em um adulto vivo. Nãose sabe como a sua condição irá mudar à me-
dida em que envelhecer, mas todas as coisas
que ela foi capaz de fazer até aqui represen-
tam mais uma vez uma boa prova da plastici-
dade cerebral.
Mulher de 24 anos vive sem o cerebelo
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FONTE: http://goo.gl/QhrvC0
FONTE: http:/
///////////////notícias
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Estudo feito por pesquisadores
da Universidade Rush, de Chicago,
com 294 idosos, conrma a ideia de
que ler e escrever regularmente pode
contribuir para preservar a memória por
mais tempo, reduzindo a velocidade do
processo de deterioração mental.
Essas práticas saudáveis podem
diminuir até 15% o ritmo de progressão
da perda da memória.O declínio cerebral
entre os idosos que liam ou escreviam
com frequência ainda na velhice ocorreu
em um ritmo 32% mais lento do que
entre os que faziam isso com uma
constância menor. Os idosos que quase
nunca se dedicavam a essas atividades
apresentaram uma velocidade de
deterioração mental 48% maior do que os
que liam e escreviam esporadicamente.
Os pesquisadores acompanharam
os participantes do estudo durante
cerca de seis anos, até o momento
de sua morte, em média aos 89 anos.Anualmente, submeteram os idosos
a testes de memória e cognição e os
entrevistaram sobre seus hábitos de leitura
ao longo da vida.
Memória é preservada
com leituras esporádicas
lação entre saúde mental e lesões na cabeça é um tema
rso. Pesquisas anteriores produziram resultados ambíguos quem em dúvida a associação entre ambas. Muito frequentes em
de contato como artes marciais e futebol americano, pequenos
smos podem culminar em problemas de saúde mais sérios do
ensa à primeira vista. Um estudo publicado no American Journal
iatry, o maior da área, revela que mesmo uma única dessas
s na cabeça pode, até mesmo, aumentar o risco de doenças
em especial se a pancada ocorrer durante a adolescência.
esquisa realizada por Sonja Orlovska e sua equipe, da
ade de Copenhague, durou 23 anos e analisou 113.906 registros
dinamarqueses de pessoas que haviam sido hospitalizadas
entos na cabeça. Eles descobriram que, além dos problemas
s causados pelos danos estruturais no cérebro (como delírio),
cientes demonstraram, posteriormente, maior probabilidade de
lver transtornos psiquiátricos: risco de 65% para esquizofrenia
ra depressão. O perigo era maior nos primeiros 12 meses após
, mas permaneceu signicativamente elevado pelos 15 anos
s.
a segundo o estudo, o fator preditivo mais forte associado ao
lvimento futuro de esquizofrenia, depressão e transtorno bipolar
traumatismo craniano no início da adolescência (11 aos 15 anos
). Lesões na cabeça poderiam provocar inamação cerebral,
o a permeabilidade da barreira hematoencefálica e favorecendo
a de conteúdos potencialmente prejudiciais ao cérebro a partirnte sanguínea.
uanto o mecanismo ainda não for totalmente esclarecido, o
seguir as orientações já estabelecidas depois de sofrer lesões
cas. Descansar e evitar atividades que demandem esforço físico
, além de obviamente consultar um médico tão logo apareçam
. Tudo isso é fundamental.
das na cabeça podem causar doença mental
goo.gl/QXEdcY
FONTE: http://bit.ly/1pSKChX
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36 | m e u c e r e b r o . c o m
Em 13 de setemb
uma teoria: a de
biológico. Phine
companhia ferroviária d
grave acidente quando
estrada de ferro. Ao tent
no local, um atrito entrea barra de ferro provoco
direção ao trabalhador,
o olho, atravessou a pa
crânio, do outro lado.
O interessante é
perfurada e sem umconsideráveis em suas
a consciência, foi levad
Contudo, quanto ao se
Gage passou de educ
perigoso e socialmente i
“Gage já não era mais Ga
A histO homem “desinibido”
Daniela Ávila Malagoli
///////neurohistória
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o de 1848 um acidente terrível fez surgir
ue o nosso sentido moral tem fundamento
s Gage, renomado trabalhador de uma
Vermont, nos Estados Unidos, sofreu um
stava trabalhando na construção de uma
ar explodir para longe rochas que estavam
pólvora e o buraco no qual Gage colocavauma explosão. A barra foi arremessada em
entrou pela bochecha esquerda, destruiu
te frontal do cérebro e saiu pelo topo do
que, mesmo com metade da cabeça
os olhos, Gage sobreviveu sem danosfaculdades (na época, quando recuperou
o para o hospital caminhando e falando).
comportamento, a mudança foi drástica:
do a extremamente rude, desrespeitoso,
rresponsável. Os comentários eram de que
ge”. Hoje, o nome dado ao comportamento
do operário é “desinibido”; uma referência ao modo de se portar
de pessoas que tiveram lesões nos lobos frontais.
O crânio, a máscara mortuária e a barra de ferro estão em
exibição no Museu da Faculdade de Medicina da Universidade
de Havard. O acidente de Gage constituiu “o início histórico
dos estudos das bases biológicas do comportamento”, como
explica o neurologista António Damásio. A modicação brutade comportamento resultante do acidente instigou os médicos
a estudarem os possíveis danos cerebrais, tendo em mente a
possível relação entre a personalidade e o cérebro.
A conclusão: as áreas afetadas, que causaram prejuízos
consideráveis de ordem moral, são as centrais para este tipo de
“humanidade”, mais especicamente, os lobos frontais. Gage sofreupoucos efeitos físicos (embora tenha perdido um dos olhos). O que
mudou foi o comportamento. O operário viveu por mais de 12 anos,
agindo de forma extravagante e anti-social, contando muitas mentiras,
enm, sendo uma “companhia difícil”, segundo neurologistas.
FONTE:1. “O livro do cérebro – um guia ilustrado de sua
estrutura, funcionamento e transtornos”,Rita Carter
2. http://goo.gl/8jBBts
3. http://goo.gl/LZS2RF4. http://goo.gl/3BJ2o1Fotografa: Flickr Commons
ria de Phineas Gage
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