miastenia grave
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Disciplina: Saúde do Adulto II
Professora: Rosemeire Pegas
Aluno: Julio Cesar Matias
MIASTENIA GRAVE
As palavras "Myasthenia gravis" têm origem grega e latina: "mys" = músculo "astenia" = fraqueza"gravis" = pesado, severo
É caracterizada como Doença Auto-imune que causa fraqueza muscular focal ou generalizada.
Anticorpos lesionam receptores colinérgicos pós sinápticos na junção neuromuscular. ( Idiopático)
DEFINIÇÃO E ETIOLOGIA
Incidência: 1-9 / milhão de habitantes
Prevalência: 25-142/ milhão de habitantes
Mulheres: 20-34 anos
Homens: 70-75 anos
Predomínio: Em mulheres
EPIDEMIOLOGIA
Anatomofisiologia da Junção Neuromuscular
FISIOPATOLOGIA
Anatomofisiologia da Junção Neuromuscular
Neurônio pré-sináptico libera a ACh com a
abertura dos canais de Cálcio, esses
neurotransmissores são recepcionados na
membrana pós sináptica localizada no músculo
onde se ligam a seus receptores específicos
abrindo assim os canais de Sódio e gerando o
potencial de ação para contração.
FISIOPATOLOGIA
FISIOPATOLOGIA
• Alteração da Morfologia da Membrana Pós Sináptica
• Anticorpos anti ACh:
- Ativação do Complemento
- Modulação Antigênica
- Bloqueio Funcional
FISIOPATOLOGIA
Ativação do Complemento
Ativação do Complemento
Danifica a membrana pós-sináptica. As pregas
pós-sinápticas perdem-se, devido à lise pelo
complexo de ataque à membrana.
FISIOPATOLOGIA
FISIOPATOLOGIA
Modulação Antigênica
Modulação Antigênica
Consiste na ligação cruzada do AC com duas
moléculas antigênicas neste caso, 2 AChR, que
induz uma mudança na conformação do AChR,
desencadeando uma via de sinalização que
resulta na endocitose acelerada e degradação
dos receptores.
FISIOPATOLOGIA
FISIOPATOLOGIA
Bloqueio Funcional
Bloqueio Funcional
O Receptor de Acetilcolina é bloqueado devido
à ligação dos AC. É um mecanismo patogênico
incomum na MG mas pode ser clinicamente
importante, causando fraqueza muscular aguda
e severa em roedores sem inflamação ou
necrose da JNM.
FISIOPATOLOGIA
Paresia
Letargia
Fadiga
Ptose
Diplopia
Disfasia
Disfagia
Insuficiência Respiratória
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
CLASSIFICAÇÃO OSSERMAN (1971)
Exame Físico
-Fixação do olhar para cima
-Contração Muscular repetida ( braço, pernas ...)
DIAGNÓSTICO
EletroMioGrafia (EMG)
DIAGNÓSTICO
Sorologia para anticorpos anti ACh - Normais : até 0,15 nmol/L- Miastenia Gravis : 0,40 a 1500,00 nmol/L
DIAGNÓSTICO
Anticolinesterásicos- Cloreto de Edrofônio Intravascular- Metilsufato de Neostigmina Intravascular ANTES
DEPOIS
DIAGNÓSTICO
Timectomia
A maioria dos pacientes com MG anti-AChR tem alterações patológicas do timo, como hiperplasia, em 60-70% dos casos, ou timoma, em 10-12% dos casos.
O timo possui todos os elementos necessários para iniciar uma resposta autoimune AChR-específica.
A doença frequentemente melhora muito com a timectomia.
TRATAMENTO
Corticóides
Atuam no sistema imunitário diminuindo a produção dos anticorpos anti Ach.
Efeitos adversos - Aumento de peso ( Metabolismo Lipídico alterado) - Infecções ( Imunossupressão) - Osteoporose ( ↑↑ Atividade Osteoclastos e ↓↓ Reabsorção Intestinal de Cálcio) - Hipertensão ( ↑↑ Sódio) - HipoCalemia ( Eliminação de Potássio na urina) - Edema ( Retenção de àgua)
TRATAMENTO
Anticolinesterásicos
- Inibidores da acetilcolinesterase
- Aumenta a disponibilidade de ACh e a
probabilidade dela se ligar aos receptores.
- Efeitos muscarínicos: hipermotilidade
intestinal, sudorese, secreções respiratórias e
gastrointestinais aumentadas e bradicardia.
- Efeitos nicotínicos: fasciculações e cãibras
musculares.
TRATAMENTO
Plasmaférese
- Remoção rápida de AC circulantes, citocinas,
complexos imunes e outros mediadores
inflamatórios do plasma.
- São retirados proteínas e àgua
(Precisam de reposição).
- Somente em casos mais graves
TRATAMENTO
Legenda: N – Título do DiagnósticoN – Fatores relacionadosN - Características Defi nidoras
POSSÍVEIS DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM
Deglutição prejudicada relacionada a lesão neuromuscular evidenciado por dificuldade para deglutir observada e falta de mastigação.
Deambulação prejudicada relacionado a força muscular insuficiente evidenciado por capacidade prejudicada para percorrer as distâncias necessárias.
Padrão respiratório ineficaz relacionado a disfunção neuromuscular evidenciado por dispnéia e alterações na profundidade respiratória.
Isolamento social. relacionado a diminuição da capacidade de fala e aumento de secreções evidenciado por afastamento de atividades sociais.
Fadiga relacionado estado de doença evidenciado por relato de cansaço e letargia.
POSSÍVEIS DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM
Volume de líquidos excessivo relacionado a corticoterapia evidenciado por edema e eletrólitos alterados.
Défi cit no autocuidado para banho, vestir-se, alimentar-se, higiene ... ( FR: estado de doença CD: dificuldade para vestir, auxilio para banho e higiene, etc )
Risco de disfunção neurovascular periférica relacionado a compressão mecânica e imobilidade prolongada.
Risco de síndrome do desuso relacionado a diminuição de movimentos.
POSSÍVEIS DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM
Risco de quedas relacionado a força diminuída nas extremidades inferiores e mobilidade física prejudicada.
Risco de função hepática prejudicada relacionado a uso de medicamentos hepatotóxicos.
Risco de aspiração relacionado a deglutição prejudicada.
Risco de infecção relacionado a imunossupressão.
POSSÍVEIS DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM
Facilitar a Dietoterapia.
Monitorar as respostas frente a terapia medicamentosa
Prevenir a úlcera de decúbito
Prevenir aspiração
Prevenir quedas
Minimizar Fadiga
Promover a independência do paciente
Promover a interação social do paciente
Inserir os familiares no tratamento
INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM
Atentar a mastigação e deglutição do paciente
para adequação da dietoterapia.
Administrar remédios 30 minutos antes
conforme possibilidade e interação
medicamentosa para facilitar a mastigação e
deglutição.
Monitorar balanço hídrico( ingestão, débito,
cor, quantidade, etc)
Monitorar evacuações ( cor, consistência, etc)
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
Controle de Sinais Vitais
Exame Físico ( Ênfase na avaliação dos nervos
cranianos, AP→ Ruídos Adventícios e AC→
Arritmias)
Atentar a sinais de infecção ( febre, secreção
purulenta)
Manter grades do leito elevadas
Deambulação assistida e/ou com auxílio
( conforme capacidade funcional)
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
Ajudar paciente a desenvolver um esquema
realista de atividades que promovam segurança.
Mudança de decúbito a cada 2 horas
Massagem de conforto
Manter elevação da cabeceira em 30º
Avaliar estado respiratório ( dispnéia, fraqueza
respiratória, mrpm, AP, etc) Ter material de aspiração em que o paciente
possa operar
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
Banho por aspersão ( conforme capacidade
funcional)
Proporcionar um tapa olho e alternar os olhos
de fixação para o paciente com diplopia.
Incentivar as tarefas simples conforme
capacidade funcional ( higiene oral, comer
sozinho, etc)
Inserir a família no cuidado dando dicas de
adaptações
Esclarecer a patologia à família e ao paciente
Ser empático
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
PLANO DE ALTA
Mostrar ao paciente a importância de não se afastar
de eventos sociais e de lazer que estejam dentro de
sua capacidade funcional.
Auxiliar ao paciente e a família a realizar mudanças
na residência para torná-la segura.
Mostrar a importância da manutenção da terapia
medicamentosa como prevenção de crises.
Alertar para que o paciente realize apenas atividades
físicas dentro de sua capacidade funcional.
Encaminhar paciente ao serviço de Atenção
Domiciliar ( se houver disponibilidade e for
necessário) ou UBS local.
Ensinar a manobra de Heimlich.
Ensinar como prevenir as crises: não se expor a
resfriados e outras infecções, evitar calor e frio
excessivos, evitar o estresse, nutrição equilibrada.
Anticolinesterásicos devem ser administrados
entre 30-45 min das refeições.
PLANO DE ALTA
Demonstra um ótimo cuidado no banho, para
alimentar-se, no toalete e vestir-se sem fadiga
Respira efetivamente, tosse é efetiva
Aspira suas próprias secreções e mantém
pulmões limpos
Visita amigos, participa em atividades sociais,
utilizando métodos alternativos de
comunicação.
POSSÍVEIS RESULTADOS
AME: Dicionário de Administração de Medicamentos na Enfermagem. 9 ed. São Paulo: EPUB, 2013.
BRASIL. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas – Miastenia gravis . Portaria SAS/MS nº 229 de 10 de maio de 2010.
CARNEIRO, Sandra C. Rodrigues. Fisiopatologia e Tratamento da Miastenia Gravis : Atualidade e Perspectivas Futuras. Disponível em: <https://ubithesis.ubi.pt/bitstream/10400.6/1108/1/Dissertação%20de%20mestrado-Sandra%20carneiro1.pdf>.Acesso em: 24/02/2015.
Diagnósticos de enfermagem da NANDA : defi nições e classifi cação 2012-2014 /[NANDA international]; tradução: Regina Machado Garcez. - Porto Alegre : Artmed, 2013.
SMELTZER, S. C; BARE, B.G. BRUNNER & SUDDARTH: Tratado de Enfermagem Médico- Cirúrgica . 10 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. Vol. 1 e 2.
REFERÊNCIAS