microeconomia historicamente, ao observar-se o...
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MicroeconomiaTeoria do Consumidor – Oferta - Equilíbrio
Aula 6
Prof. Dr. Daniel Bertoli Gonçalves
UNESP – Sorocaba -SP
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Abordagens da Teoria do Consumidor
Historicamente, ao observar-se o
desenvolvimento da teoria do consumidor,
nota-se a existência de duas abordagens,
segundo as quais uma série de autores
procuraram analisar o comportamento do
consumidor: a abordagem cardinal e a
abordagem ordinal.
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TEORIA CARDINAL
Os economistas Jevons (1854) e Walras (1874),
os formuladores da teoria cardinal, acreditavam que a
utilidade era uma característica "mensurável" dos bens
e serviços, que podia ser medida. Acreditavam que a
utilidade era uma qualidade "aditiva", isto é, a
satisfação do consumidor era a soma das utilidades
obtidas no consumo dos bens e serviços de sua cesta
de mercadorias.
Utilidade: de um bem ou serviço é a sua capacidade
de satisfazer as necessidades das pessoas. A
utilidade representa o grau de satisfação que os
consumidores atribuem aos bens e serviços que
podem adquirir no mercado. 4
TEORIA CARDINAL
Vejamos mais detalhadamente os fundamentos da
Teoria Cardinal. Em primeiro lugar, essa teoria supunha
que a utilidade poderia ser medida. Em outras palavras
uma xícara de café, por exemplo, daria ao consumidor 3
unidades de utilidade, ou 3 utis.
= 3 UTIS
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Se, juntamente com a xícara de café, o
consumidor comesse um pedaço de pão que lhe
oferecesse, por exemplo, 4 "utis", a satisfação total
do consumidor seria de 7 "utis".
+ = 7 UTIS
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TEORIA CARDINAL
6
Existem basicamente, duas críticas podem
ser feitas à teoria cardinal da utilidade. São elas:
1. A primeira refere-se à mensuração da
utilidade. Por ser uma qualidade avaliada
subjetivamente, ela depende da escala de
utilidade estabelecida pelo consumidor para
cada bem, o que impossibilita a generalização
dessa forma de mensuração.
TEORIA CARDINAL
2
7
TEORIA CARDINAL
2. A Segunda crítica diz respeito à propriedade
aditiva da utilidade. Sabemos que existem
alguns bens que, quando consumidos ao
mesmo tempo, têm utilidade maior do que
quando consumidos isoladamente. Nesse caso,
não é possível somar as utilidade de cada bem
para se obter a utilidade total. Assim, uma
pessoa que come um prato de arroz com feijão,
por exemplo, está obtendo uma utilidade bem
maior do que se consumisse o arroz e feijão
separadamente.
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TEORIA ORDINAL
Os economistas Fischer (1892) e Pareto (1906)
contornaram os principais problemas da teoria
cardinal e deram à teoria do comportamento do
consumidor a forma que conhecemos hoje. Essa
formulação é conhecida como Teoria Ordinal do
comportamento do consumidor.
Inicialmente, esses economistas reconheceram
que a utilidade não é uma qualidade aditiva e passaram
a estudá-la como sendo decorrente do consumo de
todos os bens simultaneamente.
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Dessa forma, a quantidade consumida de um
bem interfere na utilidade de outro bem. Por
exemplo: geralmente, as pessoas tomam café com
açúcar, numa dada proporção. Entretanto, se for
colocado muito açúcar no café, ele ficará tão ruim
que não será bebido, perdendo, conseqüentemente,
sua utilidade.
TEORIA ORDINAL
Por outro lado, convencidos de que a
utilidade dos bens, apesar de incontestável, é uma
qualidade de avaliação subjetiva, os quatro
economistas abandonaram a idéia de medi-lá.
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TEORIA ORDINAL
Antes, reconhecendo que o consumidor prefere
alguns bens e serviços a outros, introduziram uma
ordem de preferência para qualificar a utilidade. Assim
pode-se dizer que um bem tem mais utilidade do que
outros, mas não se estabelece a quantidade de
utilidade correspondente de cada um. Para a teoria
ordinal, se uma pessoa prefere chá a café, o chá, para
essa pessoa, tem mais utilidade do que o café. Mais
uma vez, é importante ressaltar que a teoria ordinal
apenas ordena bens, não lhes atribuindo qualquer
quantidade de utilidade.
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TEORIA ORDINAL
A abordagem ordinal da teoria do consumidor
representa uma linha de pensamento mais recente, em
relação à abordagem cardinal. Sua característica
fundamental está no fato de rejeitar a hipótese de
mensurabilidade quantitativa da utilidade, substituindo-a
pela hipótese de comparabilidade. Assim, para a
abordagem ordinal, a utilidade não é mensurável, mas
comparável. É, portanto, pela comparação das utilidades
das coisas que o consumidor escolhe as diferentes
alternativas de consumo de bens ou de combinações de
bens capazes de atender a suas necessidades.
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Escolha do consumidor
As necessidades dos seres humanos são
insaciáveis, uma vez que nem todas podem ser
satisfeitas inteiramente. Adicionalmente, a plena
satisfação do consumidor é cerceada por seu
limitado poder de compra. Na realidade, grande
quantidade de pessoas deseja muitas coisas que
não pode adquirir. Assim, os consumidores devem
escolher entre bens que precisam ter e os que
podem ficar fora de seu plano de consumo.
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Fatores que afetam a escolha do
consumidor
Hábitos e costumes
Falta de informações
Consumo santuário (luxo)
Diferenciação dos produtos
Esforços de Venda Publicidade e Propaganda
Remarcações e liquidações
Crédito ao consumo
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Escolha ótima: a maximização do
bem-estar
As necessidades dos seres humanos não são
todas passíveis de atendimento adequado - em
alguns casos nem mesmo podem ser atendidas, uma
vez que o consumidor enfrenta uma série de
dificuldades.
Em decorrência dessas dificuldades, a escolha
racional, aquela que permita efetivamente a maior
satisfação possível para cada unidade monetária
gasta, é praticamente inexeqüível.
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Escolha ótima: a maximização do
bem-estar
Todavia, o consumidor realiza um esforço
bastante grande no sentido de maximizar seu bem-
estar, e é esse comportamento que a Teoria
Microeconômica procura explicar, definindo a
escolha ótima do consumidor, ou seja, a escolha que
permita a execução de um plano de consumo, que
leve ao mais alto nível de bem-estar ou de satisfação
(ou ainda utilidade), compatível com o orçamento
disponível para gastos.
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Escolha ótima: a maximização do
bem-estar
Para explicar o mecanismo desse
comportamento a Teoria Microeconômica se vale de
conceitos e hipóteses tirados da Teoria Ordinal do
Comportamento do Consumidor, tais como os
conceitos de Tabela de Indiferença, Curva de
Indiferença, Taxa Marginal de Substituição e
restrição Orçamentária.
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Tabela de Indiferença
Em uma tabela de Indiferença são colocadas
infinitas combinações possíveis entre dois bens,
igualmente desejáveis ao consumidor, porque todas
elas lhe propiciam a mesma satisfação, de tal forma
que, para ele, é indiferente a escolha de qualquer uma.
O fato de se considerar apenas dois bens deriva
da hipóteses da existência de um consumidor que
possua um plano de consumo constituído por apenas
dois bens, que tenham entre si certo grau de
substitutibilidade. É uma hipótese bastante
simplificadora, porém conveniente para a maior
facilidade de compreensão do mecanismo de ajuste.
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Tabela de Indiferença
Tomemos um exemplo numérico para facilitar a
percepção do conceito da tabela de indiferença. A
tabela abaixo apresenta uma lista de combinações dos
bens X e Y, todas desejadas pelo consumidor.
Tabela de indiferença
Bem X Bem Y
10
4
2
1
0
5
4
7
4
19
Tabela de Indiferença
A disposição das quantidades de X e Y está
feita de tal forma que o consumidor não
manifesta preferência por nenhuma das
combinações. É indiferente a todas elas porque
todas igualmente desejáveis; sente-se igualmente
bem ao escolher qualquer uma das combinações
existentes.
Como ajustar os
desejos do consumidor e
as quantidades dos bens?20
Tabela de Indiferença
Vejamos: se a combinação 7 unidades de X e
uma unidade de Y é indiferente à combinação 10
unidades de X e 0 unidades de Y, é porque para o
consumidor a perda de 3 unidades de X é
perfeitamente compensada em termos subjetivos
de bem-estar pelo ganho de 1 unidade de Y. Assim,
ao passar de uma combinação para outra, seu nível
de bem-estar não muda, embora seu patrimônio se
modifique em termos de quantidade possuídas de
cada um dos bens.
21
Tabela de Indiferença
Vê-se, assim, que só é possível manter o
nível de bem-estar constante quando houver uma
perfeita compensação entre a quantidade do bem
que se reduz e a quantidade do bem que aumenta
na nova combinação.
Em outras palavras...
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Tabela de Indiferença
“...para que se mantenha o nível de bem-estar constante,
é necessário que haja uma perfeita compensação
subjetiva de satisfação, provocada pela redução da
participação de X, e o ganho subjetivo de satisfação
decorrente do aumento da participação de Y na nova
combinação.”
A necessidade de compensação entre perdas e
ganhos subjetivos de satisfação, quando as
combinações entre os bens são modificadas, leva a
outro conceito, a Taxa Marginal de Substituição.
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Taxa Marginal de Substituição
Podemos entender por Taxa Marginal de
Substituição (TMS) entre os bens, a variação
necessária da quantidade de um deles, que compense
a variação da quantidade do outro, para que o nível de
bem-estar mantenha-se constante. Percebe-se, assim,
que a TMS vai sempre relacionar duas variações, uma
delas representando um decréscimo da participação de
um dos bens e a outra representando um acréscimo da
participação do outro bem.
Podemos representar a TMS da seguinte forma:
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Taxa Marginal de Substituição
TMS = - X
+ Y
- X: decréscimo da participação de X na
combinação.
+ Y: acréscimo da participação de Y na
combinação.
Isso significa que a TMS é decrescente. De fato,
esse comportamento pode ser observado na tabela da
página seguinte.
5
25
Taxa Marginal de Substituição
Comportamento da TMS
Bem X
10
7
1
2
2 - 0,5
1 - 2
- 3
Bem Y + Y TMS
13
4
2
1
0
- X
4
5
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Curva de Indiferença
É a representação gráfica de uma tabela de
indiferença. Utilizando, entretanto, uma linguagem
mais técnica, podemos definir curva de indiferença
como uma linha em que todos os pontos representam
combinações de dois bens que proporcionam ao
consumidor o mesmo nível de satisfação, de bem-
estar ou ainda de utilidade. Admitindo que o plano de
consumo do consumidor seja representado por
diversas curvas de indiferença - identificando sua
Escala de Preferências, passa-se ao conceito de Mapa
de indiferença, isto é, um conjunto de curvas de
indiferença, representando cada uma um dado nível
de bem-estar ou de utilidade usufruído pelo
consumidor.
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Curva de Indiferença
q1
q2
U
Curva de indiferença
q1
q2
U1
Mapa de indiferença
U2
U3
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Equilíbrio do consumidor
A escolha ótima do consumidor é aquela que
permite que ele maximize seu bem-estar ou de
satisfação, respeitadas as limitações do orçamento
disponível para gastos. A Teoria Microeconômica
considera que, quando o consumidor realiza sua
escolha ótima e, conseqüentemente, adquire
quantidades dos bens que lhe proporcionam
satisfação máxima, dentro dos limites do orçamento,
está em equilíbrio. É o chamado Equilíbrio do
Consumidor.
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Equilíbrio do Consumidor
Orçamento e preços
Para a determinação desse equilíbrio, é
necessário que se introduza na análise, além da parte
subjetiva (satisfação, bem-estar, utilidade), também a
parte objetiva, isto é, os preços das mercadorias e o
orçamento que o consumidor dispõe para gastos. O
instrumento teórico, passível de representação
gráfica, e que permite sintetizar as informações sobre
o orçamento do consumidor e sobre o preço dos bens,
é denominado Linha de Preços, Linha de Orçamento
ou ainda Restrição Orçamentária.
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Equilíbrio do Consumidor
Podemos definir linha de preços como uma
linha que representa as quantidades dos bens que o
consumidor pode comprar, combinadamente,
gastando toda a sua renda, dados os preços e dada a
renda disponível para consumo num dado momento.
Restrição Orçamentáriaq1
q2
100
10050
50
100
6
31
Determinação do equilíbrio do
consumidor
Graficamente, é possível representa o equilíbrio
do consumidor lançado mão das ferramentas já
estudadas: as curvas de indiferença e a restrição
orçamentária. No gráfico a seguir, a linha reta AB
representa a restrição orçamentária ou o orçamento
disponível (renda disponível para gastos); sua
inclinação mostra a relação entre os preços dos dois
bens e sua posição define a dimensão do orçamento.
As três curvas de indiferença foram extraídas do
infinito conjunto de curvas de indiferença que
constitui o mapa de indiferença do consumidor.
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Determinação do equilíbrio do
consumidor
Equilíbrio do consumidor
q1
q2
A
B0 N
U2
M
C
E
F
U1
U3
33
Determinação do equilíbrio do
consumidor
Esse consumidor estará em equilíbrio no ponto
E, que está simultaneamente situado sobre a linha de
preços AB e sobre a curva de indiferença U1. Isso
significa que ambas as linha são tangentes entre si no
ponto E. A combinação dos bens q1 e q2 em E
(OMq1=OMq2) é a preferida a todas as outras também
possíveis. Isso ocorre porque no ponto E o
consumidor maximiza seu bem-estar, representado
pela curva de indiferença U1, dentro das limitações de
seu orçamento, definido pela posição da linha AB.
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Determinação do equilíbrio do
consumidor
Se tivesse que comprar menos de q2 e mais de
q1, indo por exemplo, para o ponto C, passaria para
uma curva de indiferença mais baixa, curva U2 -
portanto, com menos nível de bem-estar, mas com o
mesmo dispêndio total AB. Por outro lado, se tivesse
que comprar mais de q2 e menos de q1, iria, por
exemplo para o ponto F, também na curva de
indiferença U2, mais baixa e com o mesmo gasto total
AB.
35
Determinação do equilíbrio do
consumidor
Evidentemente, o consumidor gostaria de
usufruir um nível de bem-estar representado por uma
curva de indiferença mais alta - por exemplo, a curva
U3; mas essa possibilidade não existe, porque seu
orçamento (reta AB) é insuficiente para permitir esse
nível de bem-estar. Assim, o ponto E é o melhor ponto
possível e a combinação dos dois bens
correspondentes a ele (OMq1=OMq2) é aquela que
proporciona o máximo de bem-estar dentro das
restrições do orçamento. Essa maximização do bem-
estar define o equilíbrio do consumidor.
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Modificações do equilíbrio do
consumidor
O consumidor encontra-se em equilíbrio
quando maximiza a sua satisfação, respeitada a sua
restrição orçamentária. A noção de equilíbrio baseia-
se no princípio da racionalidade: o consumidor, sendo
racional, vai procurar, dentro do seu orçamento, tentar
obter o máximo de satisfação possível.
Uma vez atingido o equilíbrio, permanecerá
estável enquanto for possível manter seus pré-
requisitos, ou seja enquanto permanecerem
inalteradas as variáveis objetivas, a renda disponível,
e os preços dos bens.
7
37
Modificações do equilíbrio do
consumidor
Logicamente, a posição de equilíbrio também se
modifica com a alteração das variáveis subjetivas, como
os hábitos do consumidor. Todavia estas últimas são de
difícil mensuração. As alterações na posição de
equilíbrio são conhecidas na teoria do consumidor como
análise dos efeitos ou, melhor, dizendo, das causas que
têm por efeito a modificação da posição de equilíbrio.
A análise dos efeitos, é feita separadamente pela
teoria econômica, havendo uma denominação peculiar
para cada uma. É extremamente importante lembrar que,
por razões didáticas, serão analisados os efeitos
separadamente. Na realidade, os mesmos ocorrem
simultaneamente. 38
Modificações do equilíbrio do
consumidor
Efeito-renda
Entende-se por efeito-renda a modificação na
posição de equilíbrio do consumidor, que decorre de
uma variação na sua renda disponível, mantidos
constantes os preços dos bens.
Em geral agindo racionalmente, e se houver um
aumento de sua renda, o consumidor comprará
maiores quantidades de bens, desde que os preços
não sofram nenhuma alteração. Por conseguinte, um
aumento da renda desloca a linha paralelamente para
a direita.
39
Modificações do equilíbrio do
consumidor
O deslocamento paralelo identifica a obtenção
de maiores níveis de satisfação decorrentes de
aumento da renda sem haver nenhuma modificação
nos preços dos bens. Se houvesse redução da renda
disponível, os deslocamentos da linha de preços
ocorreriam paralelamente para a esquerda.
O efeito-renda pode ser representado
graficamente na figura a seguir.
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Modificações do equilíbrio do
consumidor
Efeito-renda
q
1
G G”G’
q
2
U3
F”
F’
F
U2U1
Curva de Renda-consumo
41
Observando a figura verifica-se a existência dos
pontos A,B,C, que são pontos de equilíbrio do
consumidor em diferentes níveis de satisfação
alcançáveis, em razão da variação da renda no sentido
de aumento. Unindo esses pontos, chega-se a uma
linha denominada linha ou curva renda-consumo, que
mostra a variação do consumo dos bens e, como
decorrência da variação da renda, mantidos
constantes os preços dos bens.
Modificações do equilíbrio do
consumidor
42
A OFERTA
• É a quantidade de um bem ou serviço que
os produtores desejam vender por
unidade de tempo.
• É um desejo, um plano, uma aspiração.
8
43
LEI GERAL DA OFERTA
A quantidade ofertada um bem depende de seu preço,
ceteris paribus. Sendo essa relação direta, ou seja,
teoricamente se o preço do bem aumentar, a quantidade
ofertada aumentará.
44
A oferta depende de um
conjunto de fatores:
• o preço do bem que se deseja
oferecer
• os preços dos fatores de produção
ou custo de produção
• o preço dos bens alternativos
• tecnologia
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Tabela de Oferta
Curva de Oferta individual
• A relação numérica entre o preço e a
quantidade oferecida é a Tabela de Oferta. A
expressão gráfica dessa relação é conhecida
como Curva de Oferta Individual
• A curva de oferta mostra a quantidade de
uma mercadoria que os produtores estão
dispostos a vender a um determinado preço,
considerando constantes outros fatores que
possam afetar a quantidade ofertada.
46
S
A curva de oferta tem inclinação
positiva, demonstrando que, para
preços mais elevados, as firmas
produzirão mais
Gráfico da Curva
de Oferta
Quantidade
Preço
($ por unidade)
P1
Q1
P2
Q2
A curva de oferta
48
Deslocamentos da curva de
ofertaDepende:
– dos preços dos fatores de produção
– da tecnologia disponível
As variações de qualquer desses
elementos alteram a quantidade
oferecida a cada um dos preços e, em
conseqüência, fazem a curva da oferta
se deslocar
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OBSERVAÇÕES ADICIONAIS SOBRE A OFERTA
É importante distinguir variações da
oferta e variações na quantidade ofertada.
VARIAÇÕES DA OFERTA: deslocamento por
inteiro da curva da oferta, devido à alterações
no preço dos outros bens ou serviços ou
preço dos fatores de produção.
9
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Deslocamento da Oferta
• Ex: O custo das matérias-primas cai
– Ao preço P1, produz-se Q2
– Ao preço P2, produz-se Q1
– A Curva de Oferta desloca-se para a direita (S’)
– Para qualquer preço, a produção em S’ é maior do que em S
PS
Q
P1
P2
Q1Q0
S’
Q2
51
GRÁFICO DAS VARIAÇÕES NA OFERTA
Qut
P
Of2
Of1
Q2Q1
P1
EXEMPLO: Aplicação de uma nova tecnologia. Dessa forma
é possível diminuir os custos de produção, possibilitando
manter o preço constante, aumento a quantidade ofertada
desse bem.
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Elasticidade da Oferta (EOF)
O conceito de
elasticidade também pode
ser utilizado na curva de
oferta, para medir a reação
dos empresários às
variações do preço. Como já
foi visto, a curva de oferta é
a relação entre as
quantidades de um bem ou
de um serviço que os
empresários estão dispostos
e aptos a produzir a
diferentes preços
alternativos. 53
Elasticidade da Oferta (EOF)
Elasticidade da oferta é a razão entre a variação
percentual na quantidade ofertada de um bem e a
variação percentual no preço desse mesmo bem.
Fórmula
EOF = Q2 - Q1
Q1
P2 - P1
P1
Interpretação
.EOF > 1 Oferta elástica.
.EOF = 1 Oferta com elasticidade unitária.
.EOF < 1 Oferta inelástica.
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Equilíbrio de Mercado
55
Equilíbrio de Mercado
Quando se fala em equilíbrio, a noção intuitiva que
nos vem imediatamente à cabeça é de um
balanceamento de forças. Quando se transfere essa
noção de equilíbrio para análise do mercado, o
balanceamento de forças ocorre entre as forças básicas
do mercado, quais sejam, oferta e a procura. Dessa
forma, pode-se dizer que o mercado está em equilíbrio
quando o preço pelo qual os vendedores pretendem
vender uma quantidade do produto é exatamente igual
ao preço pelo qual os compradores pretendem comprar
essa mesma quantidade do produto.
10
56
Equilíbrio de Mercado
Colocando-se em um gráfico a representação das
curvas de oferta e de procura, podemos visualizar o
equilíbrio de mercado. Esse equilíbrio é definido pelo
ponto A, determinado pela intersecção das duas curvas.
Gráfico 1 - Equilíbrio de mercado
P
Q1
P1
Q
Of
De
57
Equilíbrio Estático
O equilíbrio identifica um balanceamento de forças
focalizado em um dado momento do tempo. É como se fosse
um fotografia tirada em um dado momento. Os exemplos
dessa forma de equilíbrio na análise microeconômica são
diversos: equilíbrio do consumidor, equilíbrio do produtor,
equilíbrio de mercado.
P
Q1
P1
Q
Of
De
Gráfico 2 - Equilíbrio Estático
58
Equilíbrio Estático Comparativo
O Equilíbrio Estático Comparativo constitui-se na
comparação de diferentes equilíbrios estáticos em
diferentes momentos do tempo. Essa forma de equilíbrio
pode ser explicado por meio da análise das diferentes
relações econômicas, tais como as relações entre
orçamento e bem-estar, nos modelos de equilíbrio do
consumidor; as relações entre produção e custos, nos
modelos de equilíbrio da firma.
Tomando-se como exemplo o modelo de equilíbrio
de mercado, podemos representar o Equilíbrio Estático
Comparativo na página seguinte.
59
Equilíbrio Estático Comparativo
Gráfico 3 - Equilíbrio Estático Comparativo
P
Q
P2
D2
Of1
P1
Q2
D1
Q1
60
Equilíbrio Dinâmico e Dinâmico Comparativo
O Equilíbrio Dinâmico e o Equilíbrio Dinâmico
Comparativo constituem-se na análise simultânea de
diversos equilíbrios em diferentes momentos no tempo.
Quando for possível a comparação entre esses
equilíbrios em diferentes momentos no tempo, temos a
Análise Dinâmica Comparativa.
61
Tendência ao Equilíbrio
É importante
mencionar que o
equilíbrio é uma
posição para qual as
forças que se
confrontam tendem a
se dirigir. Tomando-
se como exemplo o
equilíbrio de
mercado, podemos
verificar claramente
esse fato.
11
62
Tendência ao equilíbrio
• Para qualquer preço superior ao preço de
equilíbrio, a quantidade que os ofertantes
desejam vender é maior que aquela que
os consumidores desejam comprar –
chamado “excesso de oferta”
63
Tendência ao equilíbrio
Preço
Quantidade
100
10
20 130
40
90
Excesso de
Oferta
Ponto de
Equilíbrio
64
Tendência ao equilíbrio
• Para qualquer preço inferior ao preço de
equilíbrio, a quantidade que os
consumidores desejam comprar é maior
que aquela que os ofertantes desejam
vender – chamado “excesso de
demanda”
65
Tendência ao equilíbrio
Preço
Quantidade
100
10
20 130
40
90
Excesso de demanda
Ponto de
Equilíbrio
66
Tendência ao equilíbrio
• Quando existir excesso de demanda
surgirão pressões para que os preços
subam, pois:
– Os compradores estão dispostos a pagar
mais
– A situação de escassez é vista pelos
produtores como oportunidade para elevação
de preços.
67
Equilíbrio de MercadoMudanças no ponto de equilíbrio devido a
deslocamentos da curva de demanda
Ex: Situação de aumento de renda
• Num primeiro momento há o
deslocamento da curva da demanda
de 1 para 2
• Esse movimento provoca excesso de
demanda ao preço P que provoca alta
nos preços até que esse excesso de
demanda se acabe.
• Um novo ponto de equilíbrio em 3 é
estabelecido ao preço P’ e quantidade
Q’.
21
3
12
68
O equilíbrio de mercado
• Quando existir excesso de oferta surgirãopressões para que os preços caiam, pois:
– Os vendedores percebem que não podemvender tudo que desejam, seus estoquesaumentam e os produtos encalham levando-os a realizar promoções.
– Os compradores notam a fartura e passam abarganhar por preços mais baixos.
69
Equilíbrio de Mercado
Mudanças no ponto de equilíbrio devido a deslocamentos da curva de oferta
Ex: Situação de redução dos
preços de matéria prima
• Num primeiro momento há o
deslocamento da curva da oferta de 1
para 2
• Esse movimento provoca excesso de
oferta ao preço Po que provoca queda
nos preços até que esse excesso de
oferta se acabe.
• Um novo ponto de equilíbrio em 3 é
estabelecido ao preço P1 e quantidade
Q1.
Oo O1
D
Preço
do trigo
Qtde de trigo
Po = 10
P1 = 5
Qo=10 Q1=12 Qx
1 2
3