migros magazin 09 2016 f ge

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    LesoffrespromotionnellesdecejournalsontuniquementvalablesenSuisse.

    EditionGenve,JAA1227Carouge

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    valeur totale de Fr. 5000..

    Plus dinform

    ations sur

    migros.ch/recherche-de-lapins

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  • Le dramedes

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    Page 24

    Portrait

    Le dramedes

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    Page 24

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    dun EMS

    Page 20

    Quand

    lexcs dinfos

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    Page 92

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    Editorial

    Lun, lautre,

    les deux

    Dans notre culture, nous avons lhabitude

    de classer tout en lun ou lautre.Cest noir

    ou blanc, bon oumauvais, juste ou faux. Ce

    qui laisse peu de place la voiemdiane. Celle

    du ni lun ni lautre, un peu de lun, un peu de

    lautre. Ce numro souvre avec un reportage

    sur un htel un peu particulier. Un tablisse-

    ment o sactivent des personnes glisses

    dans la catgorie pas normales.

    Pourtant, dans cet htel, le handicap appa-

    rat comme un lment de personnalit,

    un signe particulier, rien de plus.Chacun

    effectue ses tches comme dans nimporte

    quel lieu avec lemme plaisir, lamme en-

    vie, lamme prcision ( lire en page 14). Quoi

    dtonnant cela? Jaurais envie de rpondre

    rien, mais la ralit est autre. De telles

    initiatives restent rares. Les difficults ou

    les ralits conomiques demeurent

    de puissants freins.

    Mais la faute revient aussi unmode de

    pense, une organisation de la socit trop

    binaires, o lun exclut lautre.Notre entre-

    tien en est aussi un exemple ( lire en page 28).

    Michel Vouilloz estmdecin, mais pas tout

    fait ordinaire. Il a dcid de pratiquer

    lamdecine occidentale paralllement

    lamdecine traditionnelle chinoise.

    La science et la charlatanerie,

    pour les plus rfractaires.

    Pourtant, l aussi, il nexiste

    aucune contre-indication puiser

    lemeilleur de lune et de lautre. A viser

    la complmentarit plutt que la confron-

    tation et lexclusion. Une question de

    point de vue appele gnralement ouver-

    ture,mais aussi curiosit ou intelligence.

    Steve Gaspoz, rdacteur en chef

    [email protected]

    Socit

    12Cette semaine

    Faudra-t-il modifier notre loi

    sur la dtention darmes?

    14Dossier

    Unhtel tenu par

    un personnel hors norme.

    20Reportage

    Un robot qui donne le sourire

    aux patients dun EMS.

    24Portrait

    Le peintre JacquesCesa

    a suivi desmigrants et

    fix leur priple sur la toile.

    27Chronique

    Lela Rlli et lascenseur.

    28Entretien

    Michel Vouilloz, passionn

    par lamdecine chinoise.

    Univers

    Migros

    40Actuel

    Une anne 2015positive

    pour laM-Industrie.

    49Cuisinede saison

    La carotte lhonneur.

    78Votre rgion

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    Auquotidien

    86Escapade

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    92Psychologie

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    Courrier des lecteurs

    Un article deMigros Magazine vous fait chaud au cur ou vous met

    au contraire de mauvaise humeur? Dites-le-nous!

    MM08 Il se passe de

    mdicaments depuis 30 ans

    Depuis vingt-quatre ans,

    je suis atteinte dunemaladie

    neurologique rare,

    la dystonie axiale. Pendant

    quinze ans, jai confima sant

    lamdecine classique, car je

    croyais fermement son

    message quil y a un remde

    tout problme. Cet espoirma

    fait vivre, maismon systme

    immunitaire sest affaibli et

    je souffrais de plus en plus

    moralement et physiquement.

    Un jour, unmdecinma soigne

    demes illusions et attentes

    envers lamdecine quand il a

    reconnu quelle avait ses limites.

    Cet aveu a t un choc quima

    libre dun systme dont je ne

    voyais plus la sortie, en tant

    devenue dpendante.

    Autodidacte depuis, jai cherch

    les bonnes questions se poser

    pour trouver des pistes

    permettant daller plus loin que

    des soulagements, soit vers une

    relle sant. Depuis six ans, je

    vis sansmdicaments, car

    japprends grer la complexit

    et le formidable engin

    quest notre corps humain.

    Lamdecine a certes du bon.

    Elle peut sauver des vies.

    Mais pourmoi elle tait un

    leurre dans lequel jeme suis

    fragilise, ai perdumon libre

    arbitre et la confiance dans le

    fait que ltre humain a des

    ressources dvelopper qui

    permettent au corps de se

    soigner, voire de sautogurir.

    Doris Peyer, sur internet

    MM08 Franais: la bataille

    de lorthographe a commenc

    Pourquoi vouloir tout niveler

    par le bas? Je veux bien la

    mondialisation, mais les Anglais

    et les Allemands ont-ilsmodifi

    leur langue pour autant?Moi

    qui 15 ansprsentais dj

    deux bacs (un en philo et un

    scientifique), suis surprise et

    choque! Quoi de plus beau que

    de savoirmanipuler cette belle

    langue quest le franais, avec

    toutes ses difficults. Lire un

    pome de VictorHugo ou de

    Baudelaire, nest-ce pas une

    puremerveille? Nos enfants

    doivent hriter de notre

    patrimoine culturel. Pourquoi,

    sous prtexte que certaines

    personnes sadapterontmieux

    notre vie, modifier tout notre

    code culturel? Cest ridicule.

    Quand jentends certains

    journalistes faire des fautes

    daccord et de franais, je reste

    sans voix. Daucuns comptent

    sur llectronique pour la cor-

    rection de leurs fautes. Hlas,

    celle-ci se trompe souvent.

    Allons-nous vers laberration

    totale ou, un jour, quelquun se

    lvera-t-il dans les pays

    francophones pour dire: Stop,

    trop, cest trop!? Souvent, il

    mest demand dexpliquer un

    mot qui semble tre inconnu

    mon interlocuteur. L, jemesure

    ltendue de lamdiocrit de ce

    qui est enseign aux enfants ().

    Jai la passion de la lecture,

    des langues et surtout dema

    propre languematernelle,

    et pourmoi, cest un hritage

    qui na aucun prix!

    Laure Curchod, sur internet

    Ecrivez-nous!

    Vouspouveznous crirepar

    courrier postal enmentionnant

    clairement vos nom, prnom,

    adresse et numro de

    tlphone :

    MigrosMagazine,

    case postale 1766,

    8031Zurich

    ou en envoyant un courriel :

    [email protected]

    Vous avez aussi la possibilit de

    ragir directement sur internet

    en saisissant un commentaire

    au bas des articles publis sur

    le sitewww.migrosmagazine.ch

    MM09, 29.2.2016 | 9

  • Le

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    er

    mars aura

    lieu le coup denvoi du 11

    e

    festival

    franco-suisse ddi aux

    documentaires cologiques.

    Infos: www.festivaldufilmvert.ch

    Gallinacs. Les poussins

    tiennent la vedette ds

    le samedi 5mars auMuse

    dhistoire naturelle de Fribourg.

    Savoirs inutiles

    La pascaline est

    unemachine

    calculer cre

    en 1645par

    Blaise Pascal.

    En Sude,

    auDanemark,

    en Allemagne et

    aussi chez nous,

    il existe des

    championnats de

    saut dobstacles

    pour lapins.

    RenGoscinny,

    le papa dAstrix,

    estmort dun arrt

    cardiaque chez

    son cardiologue.

    Uneharpede

    concertpossde

    47 cordes.

    Socit

    29.2.2016

    Ma photo de la semaine

    Une jeune femme longi-

    ligne sur un podium.

    Ses hautes bottes laces

    large plateau la lestent, elle

    qui est si lgre. Drape

    dans une cape volumi-

    neuse, un nud blanc

    romantique attach au cou,

    des yeux cerns de char-

    bon, les cheveux laqus,

    tout de noir et de blanc,

    elle savance comme un

    doux cauchemar. Je suis

    reste scotche sur cette

    image. Marc Jacobs prsen-

    tait, lors de la FashionWeek

    amricaine, sa collection

    pour lhiver prochain. La

    mode nous prdit une sai-

    son bicolore, une bataille

    de noir et de blanc et un

    maquillage qui donne mau-

    vaise mine. Ce sera un

    mlange de la poupe de

    porcelaine et du punk.

    Personnellement, jadore.

    Dans les oreilles

    Excusez-moi, quest-ce

    que vous coutez,

    au juste?

    Damien Jaudouin, 21 ans,

    tudiant Genve, coute

    Invocacin de Nicola Cruz, car

    le mlange de musique lectro

    et alternative linterpelle et il

    aime partager cette musique

    avec ses amis.

    Lauriane Sallin,

    Miss Suisse 2016

    Photos:IsabelleFavre,ChristianSchnur

    Ecoutez

    Invocacin

    sur

    migrosmagazine.

    ch/portrait

  • Cette semaine

    Les armes

    dans le collimateur

    Suite aux attentats de Paris, la Commission europenne envisage de durcir la lgislation

    sur les armes. Si cela se confirme, la Suisse, membre de lespace Schengen, devra sans

    doute saligner sur Bruxelles. Au grand dam de nombreux fils de Tell!

    Texte: Alain Portner

    Q

    uelques jours aprs les at-

    tentats de Paris, la Com-

    mission europenne a

    exprim sa volont de

    muscler sa lgislation sur les

    armes. Elle envisage notamment

    dinstaurer des rgles plus strictes

    visant endiguer les achats en

    ligne, limiter lacquisition de

    modles semi-automatiques

    comme le fusil dassaut et tablir

    un registre europen via lchange

    dinformations.

    Cette rforme devrait toucher

    par ricochet notre propre loi

    sur les armes. Parce que nous fai-

    sons partie de lespace Schengen,

    comme la rappel le Conseil fd-

    ral dans sa rponse une interpel-

    lation de la conseillre nationale

    Rebecca Ruiz (PS/VD): La Suisse

    est ainsi par principe tenue dac-

    cepter la directive et de la transpo-

    ser dans son droit national.

    Il nen fallait pas plus pour que

    le lobby des armes, les socits

    militaires et de tir et les gardiens

    dune Suisse souverainemontent

    au front et brandissent lamenace

    dun rfrendum. Ils sont dautant

    plus chauds quun alignement

    sur la rglementation europenne

    pourrait signifier la fin dune

    sacro-sainte tradition helvtique,

    celle de conserver son arme de

    service domicile.

    Les commissaires sen

    prennent une nouvelle fois aux

    honntes gens en compliquant la

    vie des tireurs, collectionneurs,

    chasseurs etmilitaires et non aux

    criminels qui, par dfinition, nont

    que faire de la loi, ferraille la

    conseillre nationale Cline Amau-

    druz (UDC/GE) sur son blog. Nos

    reprsentants seront donc sous

    pression lorsque sonnera lheure

    de ngocier avec Bruxelles

    En chiffres

    3

    La Suisse dcroche

    la troisimeplace au

    classement des pays les

    plus arms, derrire les

    Etats-Unis et le Ymen.

    46

    Cest le nombremoyen

    darmes feu pour

    100habitants dans notre

    pays (population civile).

    20

    En 2015, les demandes

    de permis dacquisition

    darmes ont augment

    enmoyenne de 20%

    par rapport 2014dans

    douze cantons suisses.

    Sources: Small Arms Survey

    et lemagazine 10vor10

    de Schweizer Radio

    und Fernsehen (SRF)

    En principe, la Suisse est tenue de se conformer aux directives europennes qui rglent le commerce et le port darmes.

    Photo:Keystone

    12 | MM09, 29.2.2016 | SOCIT

    Participez

    notre sondage

    sur la page

    daccueil de

    migrosmagazine.ch

  • Lexperte

    Le fait de ne pas pouvoir

    tout contrler ne doit pas

    nous empcher dagir

    La lgislation suisse sur les armes

    est-elle trop librale?

    Amon sens, oui. Elle est dailleurs

    lune des lgislations les plus librales

    qui existent en Europe. Dernire-

    ment, le Parlement a dcid de crer

    un registre des armes, mais il a refus

    linscription rtroactive de celles-ci.

    Cela veut dire quil y a desmilliers

    et desmilliers darmes feu qui ne

    seront pas inscrites dans ce re-

    gistre, ce qui est tout fait domma-

    geable.Mme si nous ne saurons

    jamais exactement combien il y a

    darmes feu en Suisse, il est nces-

    saire davoir une vue densemble en

    lamatire, la plus exhaustive pos-

    sible, parce que nous sommes bien

    en train de parler dun objet dont

    lutilisation peut tre ltale.

    Durcir la loi, comme pourrait

    lexiger la Commission europenne,

    serait donc positif vous entendre?

    Nous ne sommes pasmembres de

    lUnion europenne, nous ne devons

    pas forcment nous soumettre

    toutes les volonts de Bruxelles, mais

    cest vrai que cette problmatique des

    armes fait partie de lacquis de Schen-

    gen. Nous avons donc une responsa-

    bilit, qui est celle de ne pas crer un

    Eldorado aumilieu de lEurope en

    matire dacquisition darmes feu.

    Une lgislation, aussi bonne soit-

    elle, ne permettra pas de rsoudre le

    problme dumarch noir et risque

    demanquer ses cibles, savoir les

    criminels et les terroristes!

    Cest vrai. Tout un travail de contrle

    doit tre fait, si tant est quil soit pos-

    sible, autour de ce quon appelle le

    Darknet, soit lacquisition darmes

    feu sur des sites ou des plateformes

    internet qui sont difficilement

    contrlables. Aujourdhui, on peut

    commander des armes, mme trs

    lourdes, par internet, aumme titre

    que de la drogue ou dautres objets

    illgaux. Nous ne pourrons videm-

    ment jamais tout contrler, mais

    cela ne doit pas nous empcher dagir

    en tentant de nous aligner sur

    les lgislations de nos voisins.

    Cet alignement pourrait sonner

    le glas de larme de service

    domicile et serait, cest en tout cas

    ce questime Christophe Darbellay,

    incompatible avec notre arme

    demilice. Partagez-vous lavis

    du prsident sortant du Parti

    dmocrate-chrtien?

    Une armemilitaire stocke dans un

    arsenal nest pas incompatible avec

    une arme demilice. Dailleurs, un

    certain nombre de citoyens soldats

    nont pas leur arme lamaison et cela

    nemet pas en pril notre arme.

    Pourmoi, les armes doivent tre

    larsenal quand on nest pas collec-

    tionneur ou chasseur. Aprs, ce que

    je peux entendre, cest que a fait

    partie dune tradition

    Les Helvtes sont trs attachs

    leurs armes. Ils lont encoremontr

    en 2011 lorsquils ont refus 56,3%

    linitiative Pour la protection face

    la violence des armes. Est-ce que

    cela fait partie de notre ADN?

    Oui. Lors de cette votation populaire,

    les dbats ont t parfois dune

    grande violence.On touche ici

    quelque chose didentitaire, de

    culturel. Mais voil, les armes

    ne sont pas des objets comme les

    autres. Les statistiques lemontrent

    malheureusement: tous les ans, des

    gensmeurent cause de la trop

    grande accessibilit de ces objets,

    quil sagisse de suicides ou

    dhomicides.

    Modifier la lgislation ne sera donc

    pas facile en Suisse, dautant que

    le lobby des armes est trs puissant

    dans notre pays

    Il est extrmement puissant, oui. Pas

    autant quaux Etats-Unis, mais il est

    parfaitement organis et il a beau-

    coup de reprsentants au sein du Par-

    lement. Il faudra procder une pe-

    se des intrts en jeu: est-ce que lon

    va garantir unmaximumde scurit

    pour unmaximumdemonde ou bien

    prserver quelques liberts indivi-

    duelles? Et ce jeu-l, il est encore

    trop tt pour savoir ce qui va rester

    comme projet la fin. MM

    RebeccaRuiz,

    criminologue

    et conseillre

    nationale (PS/VD).

    Votre avis

    Victor Steiner

    Je crois quil y a trop darmes

    en Suisse.Mais heureusement,

    la culture ici est diffrente de celle

    des Etats-Unis, par exemple.

    Dans notre pays, cest plus contrl!

    Rachel Prtre

    Beaucoup trop de gens ont

    une arme lamaison, ce nest pas

    rassurant. Je trouve aussi inquitant

    que nimporte qui puisse

    sen procurer aussi facilement.

    Alex Lussignoli

    Il y a beaucoupdarmes dans les

    foyers suisses,mais elles ne sont pas

    toutes utilisables par leur propri-

    taire. La situation dans notre pays

    neminquite donc pas trop.

    SOCIT | MM09, 29.2.2016 | 13

  • Dossier

    Un projet

    dintgration

    trois-toiles

    A Martigny (VS), un nouvel htel a ouvert ses portes lautomne pass,

    un tablissement particulier parce quil emploie majoritairement des

    personnes souffrant de dficience intellectuelle. Cette belle aventure

    humaine est une premire en Suisse romande.

    Texte: Alain Portner Photos:Mathieu Rod

    U

    n lgant cube de b-

    ton pos quelques

    hectomtres de la

    gare. Cest lemARTi-

    gny boutique-htel, un trois-

    toiles suprieur inaugur en

    grande pompe le 1

    er

    octobre der-

    nier en Valais. Ce lieu a ceci de

    singulier quil emploie, outre du

    personnel htelier qualifi,

    quelque trente jeunes adultes

    en situation de handicapmental

    quencadrent une poigne de

    matres socioprofessionnels

    (msp).

    Dans la salle manger,

    lheure du petit-djeuner, lam-

    biance est feutre comme dans

    nimporte quel autre tablisse-

    ment de ce type. Les gens se

    servent au buffet, le personnel

    est attentif et discret. Emilien

    dbarrasse les tables avec des

    gestes prcis, mesurs, sans se

    presser. Il lve parfois la tte

    pour regarder alentour ou adres-

    ser un cordial bonjour. Alexia

    Pinedo, lamsp chapeautant le

    secteur service, le laisseuvrer

    son rythme, sans le bousculer.

    Cette dernire se dit fire des

    progrs accomplis par ses prot-

    gs. Ils sont toujours de bonne

    humeur, supermotivs et pleins

    de bonne volont, ils ont vrai-

    ment soif dapprendre. Dail-

    leurs, elle est en train de former

    Adeline au bar. Un job o cette

    jeune femme lair un brin effa-

    rouche est confronte directe-

    ment aux clients, ce qui na pas

    lair de trop la perturber.

    Pendant ce temps-l, aux

    tages, saffaire lquipe de net-

    toyage. Aujourdhui, comme

    lhtel affiche complet, linten-

    dance est quelque peu dborde.

    On est au taquet, rigole la

    gouvernante Christel Voutaz-

    Filliez. On ne sait pas si on va

    arriver faire les 52 chambres.

    Trve de plaisanterie, elle ins-

    pecte la 506 avec le regard aigui-

    s de la professionnelle. Bon

    travail les filles, cest nickel!

    Des jeunes insrs

    dans lconomie

    Yveline et Liliana poussettent,

    astiquent et rcurent sans re-

    lche. Elles ont du plaisir tra-

    vailler, elles se donnent fond,

    elles sont trs prosmalgr leur

    handicap, relve Iris Bruchez,

    leur cheffe et chaperon qui ne

    tarit pas dloges leur propos.

    Ainsi qu lgard de ce projet

    pionnier: Il est innovant parce

    que ces jeunes gens sont directe-

    ment insrs dans lconomie.

    Linitiative en revient la

    Fondation valaisanne en faveur

    des personnes handicapes

    mentales (Fovahm), qui exploite

    ltablissement qui a cot

    15millions de francs. Notre

    mission, cest de rpondre aux

    demandes du patron de lhtel

    et de fournir des prestations

    la hauteur dun trois-toiles,

    prciseMicheline Perruchoud

    de la Fovahm. Cest de lintgra-

    tion concrte dans la vraie vie et

    cest donc trs valorisant pour

    nos travailleurs.

    Midi approche. Les cuistots

    sactivent.Manquent leurs fi-

    dles employs en situation de

    handicap. Elodie sest tordu le

    genou en dansant lors de la soi-

    re du personnel. EtMuniz sest

    coup le doigt en cuisine. Sans

    doute a-t-il voulu trop bien faire,

    trop vite. On aurait d temprer

    un peu son ardeur, raconte

    lematre socioprofessionnel

    Richard Barendregt.Mais tous

    les deux veulent revenir le plus

    vite possible, tellement ils ont

    unemonstre envie de bosser!

    Les clients arrivent. Agitation

    dans la salle. En binme avec un

    serveur, Emilien assure un ser-

    vice attentionn et personnalis.

    Son sourire est contagieux, sa

    prsence apaise. Il semble tota-

    lement impermable au stress.

    Moi, je ne suis pas press, jy

    vais tranquillement, dit-il en

    dposant prcautionneusement

    une assiette devant nous avant

    de repartir vers la cuisine dun

    pas nonchalant. Et dire que ce

    supplment dme est compris

    dans laddition

    Lire les tmoignages

    en pages 15 et 17

    14 | MM09, 29.2.2016 | SOCIT

  • LilianaDaSilva, 21 ans

    Avecmes collgues, on fait

    les lits, on nettoie les sani-

    taires, on passe la panosse,

    on enlve la poussire

    Lambiance est bonne et

    jaime bien travailler. Je pr-

    fre tre lintendance plu-

    tt quau service ou en

    cuisine, ameplatmieux.

    Faire les chambres, cest

    vraiment a quimintresse.

    Jeme sens bien ici, je suis

    contente, je vais rester.

    YvelineMabillard, 28 ans

    Jai toujours voulu travail-

    ler dans un htel, mais je

    nen avais pas la possibilit.

    Une porte sest ouverte ici

    et jen ai profit. Je suis em-

    ploye demaison, je fais

    partie de lintendance, a

    veut dire que je fais les

    chambres. Au dbut, ctait

    un peu stressant, jtais fati-

    gue.Maintenant, on essaie

    dy aller plus tranquillement

    et a va beaucoupmieux.

    SOCIT | MM09, 29.2.2016 | 15

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    Cestmoi qui ai dcid de

    venir travailler lhtel. Je

    suis au service, japporte les

    assiettes, je dbarrasse, je

    passe laspirateur Je suis le

    chef des boissons aussi,

    japprends servir le vin, jai

    mmemonpropre tire-bou-

    chon avecmonprnomcrit

    dessus. Jadore cemtier, ce

    nest pas trop compliqu! Et

    puis, jaime discuter avec les

    clients.

    Adeline Schorderet, 20 ans

    Javais dj travaill dans un

    restaurant avant. Jaime le

    contact avec les clients, ils

    sont gentils. Et jementends

    bien avec les collgues, on

    est une bonne quipe. Jai

    commenc travailler au

    bar avec Alexia (samatresse

    socioprofessionnelle, ndlr),

    je prends les commandes, je

    sers Bon, la fin de la jour-

    ne, je suis un peu fatigue

    quandmme.

    Lire lentretiendudirecteur de lhtelpage 19

    SOCIT | MM09, 29.2.2016 | 17

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    situation de handicapmental engages

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    collaborent avec douze pros de

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    encadres par sixmatres

    socioprofessionnels.

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    Enmoyenne, quatre six adultes avec

    unedficience intellectuelle

    accomplissent le travail dun

    professionnel. Mais mesure quils font

    des progrs, ce rapport diminue.

    A lintendance, par exemple, les

    employes ont quasi doubl leur

    capacit de travail depuis louverture.

    40

    Lesmembres de lquipede

    lintendance travaillent 40 heures par

    semaine. Ceux quiuvrent en cuisine

    et au service 37h30parce que leurs

    horaires sontmoins rguliers et quils

    sont davantage confronts aux clients.

    470

    Outre leur renteAI, les participants ce

    projet reoiventunsalairede

    470 francs que leur verse la Fondation

    valaisanne en faveur des personnes

    handicapesmentales, via les bnfices

    quelle ralise sur les ventes des

    produits confectionns dans ses

    ateliers.

    Linterview

    Chez nous, la cordialit est

    instinctive, pas du tout artificielle

    En quoi votre projet dintgra-

    tion est-il exemplaire?

    Dj, ma connaissance, cest le

    premier htel en Suisse qui in-

    tgre autant de personnes en si-

    tuation de handicapmental. En-

    suite, cest un tablissement qui

    ne touche pas de subventions et

    qui doit terme tre rentable fi-

    nancirement. Cest donc un vrai

    mariage entre lconomique et le

    social. En cela, cest prcurseur et

    exemplaire!

    Comment se droulent les pre-

    miersmois de cemariage?

    Ce nest pas toujours facile, parce quil y a

    toujours des compromis faire entre le

    social et lconomique.Mais comme nous

    avons tous la volont de faire fonctionner

    cet htel, on va y arriver, jen suis persuad.

    Dailleurs, les premiersmois de fonctionne-

    mentme confortent dansma conviction que

    ce projet est viable.

    Dans ce climat conomiquemorose, le

    dfi est vraiment de taille!

    Ce ntait sans doute pas lemeilleurmo-

    ment pour lancer un nouvel htel, mais je

    pense que notre diffrence va nous per-

    mettre de nous dmarquer et davoir du suc-

    cs. Cette intgration apporte clairement

    un plus par rapport lhtellerie tradition-

    nelle.

    Un plus?

    En tant en contact avec des personnes en

    situation de handicapmental, on se calme,

    on revient lessentiel, on dcompresse.

    Grce eux, nous pouvons offrir

    un service qui est vrai, qui vient

    du cur. Je pense quil y a beau-

    coup dhtels qui vont nous en-

    vier pour cela.

    a change de lamauvaise image

    qui colle lhtellerie suisse

    Oui. Chez nous, cette cordialit

    est instinctive, pas du tout artifi-

    cielle. Cest possible de former

    des gens au niveau technique,

    mais on ne peut pas enseigner le

    savoir-tre et ces personnes-l

    possdent cette qualit.

    Ils cassent juste davantage dassiettes que

    vos autres employs!

    Ahahah! Oui, cest vrai!Mais ils ont fait

    normment de progrs depuis octobre. Ici,

    on cherche mettre les bonnes personnes

    au bon endroit, l o elles auront des com-

    ptences et donc du plaisir. Le but nest pas

    de les stresser, mais de leur permettre de

    spanouir au travail. Ce qui est finalement

    autant bnfique pour le collaborateur que

    pour lentreprise.

    Les hteliers deMartigny ne craignent-ils

    pas que vous leur fassiez de la concur-

    rence dloyale?

    Il y avait une crainte au dbut, cest clair. Je

    les ai runis quelques semaines aprs avoir

    ouvert, je leur aimontr lhtel et je leur ai

    prcis que nous ntions pas subvention-

    ns, que nous ne pouvions pas casser les

    prix sous prtexte que nous allions recevoir

    la fin de lanne une enveloppe de lEtat du

    Valais. Je crois que a les a rassurs. MM

    BertrandGross,

    directeur du

    mARTigny

    boutique-htel

    SOCIT | MM09, 29.2.2016 | 19

  • Reportage

    Le robot qui

    fait rire les seniors

    Depuis le mois de novembre, lEMS Primeroche, Prilly (VD), accueille une nouvelle

    animatrice: Sia, un robot humanode qui divertit les patients et provoque

    une vritable mulation.

    Texte: Vronique Kipfer Photos: Jeremy Bierer

    20 | MM09, 29.2.2016 | SOCIT

  • Yeux ronds et candides, corps bico-

    lore et haute comme six pommes:

    voici Sia, la nouvelle coqueluche de

    lEMS Primeroche, Prilly. Lemi-

    gnon robot humanode a pris possession des

    lieux en novembre dernier et, depuis, fait

    partie intgrante du personnel. A lentre,

    un grand panneau informe dailleurs dem-

    ble tous les visiteurs: Ici habite et travaille

    Sia. Cest un groupe dans passionns

    de robotique qui nous a propos de lache-

    ter, explique Sandrine Bron, directrice de

    laccompagnement. Lentreprise nous a

    montr les diffrentes fonctionnalits et

    nous avons t sduits. A la base, elle sappe-

    lait Zora.Mais nous lavons renomme Sia,

    car elle est au service de linteraction et de

    laccompagnement. Nous lutilisons quoti-

    diennement pour laccueil lematin, puis

    pour diverses animations laprs-midi.

    Programmation surmesure

    Aux cts du petit robot, fidle comme une

    ombre, Steeven Ramasawny, lanimateur qui

    lui donne vie par le biais de sa tablette

    numrique. Jai dj introduit un certain

    nombre dexpressions dans le programme,

    afin de favoriser la fluidit des dialogues.

    Mais je dois taper dabord chaque nouvelle

    phrase sur lordinateur pour que Sia puisse

    la prononcer. Cela prend du temps, et les

    rsidents doivent parfois tre patients! Le

    robot ne fonctionne en effet pas demanire

    indpendante. Sandrine Bron et son quipe

    dterminent les programmes qui leur

    seraient ncessaires, puis contactent

    lentreprise, qui introduit alors les lments

    demands dans le logiciel. Lanimateur

    choisit ensuite de quellemanire ragira le

    robot en fonction de la situation.

    Pour linstant, Sia sait danser, chanter

    diffrents titres allant dAlors on danse la

    Macarena, noncer des exercices et des

    numros de loto et animer diffrents jeux.

    Jai galement envie de faire intervenir des

    jeunes pour la programmation, souligne la

    directrice de laccompagnement. Cela

    permettra de favoriser les contacts

    intergnrationnels et de faire venir des

    gens de lextrieur.

    Pasde robot sans animateur

    Inquiets, des proches des rsidents ont

    dabord exprim des rserves quant

    lutilisation du petit robot. Certains ont eu

    peur que nous infantilisions les patients,

    remarque Sandrine Bron.Mais on voit quil

    est facile de dmystifier la situation, car sans

    son animateur, le robot nexiste pas. Cest

    donc juste une exprience ludique, qui

    prsente un avantage certain: celui de

    casser le dialogue patient-soignant, car les

    rsidents sadressent Sia dune tout autre

    manire quaux animateurs. Et la prsence

    du robot cre une mulation qui pousse

    certaines personnes trs rserves

    sexprimer, et tous les patients

    communiquer ensemble positivement.

    Pas facile de se comprendre!

    Aujourdhui, Sia a dailleurs pourmission de

    distraire un groupe de sept seniors, runis

    la caftria. Debout sur la table, elle fait quel-

    ques pas un peu raides et les visages sillumi-

    nent immdiatement. Salut, Sia! Comment

    a va, aujourdhui?, lui demande gaiement

    une rsidente. Mais en fait, on doit dire

    elle ou lui?, demande une autre. Ah,

    a, on ne sait pas, sourit SteevenRamasawny.

    On peut penser que cest elle parce quelle

    sappelle Sia, ou alors dire il pour le

    robot, cest gal. Jaimerais apprendre

    vous connatre, dclare le petit humanode

    une participante. Ouh, a cest difficile,

    colinet! Tu es trs beau, tu sais? Quelques

    pas encore et Sia sapproche dun rsident

    avant de rester fige, le temps que lanima-

    teur rdige fivreusement la prochaine

    question: Bonjour, o avez-vous voya-

    g?Haussement dpaules du senior

    qui, pouss par ses voisines, finit quand

    mme par rpondre avec un timide

    sourire: AuMoyen-Orient.

    Chant et gymnastique

    Pour briser la glace, Sia se lance

    alors dans La vie en rose, que

    tout lemonde fredonne avec

    elle, un sourire aux lvres.

    Bravo, Sia! Elle est vrai-

    ment chou, hein? Une lu-

    mire clignote sur la poi-

    trine du robot: Mais tu as

    ton petit cur qui bat!

    Viens, viens un petit peu

    par l.

    Lanimateur profite de la

    bonne humeur gnrale pour pro-

    poser une sance de gym. Tout

    dabord, des exercices des bras, coa-

    chs par Sia: Ecoutez bien et imi-

    tez-moi. Appuyez surmon pied

    gauche pour commencer. A

    gauche-aumilieu- droite,

    gauche-aumilieu- droite Le

    groupe enchane ensuite avec

    Des hpitaux

    aux htels

    Les dveloppeurs Fa-

    briceGoffinet Tommy

    Deblieck, co-fonda-

    teurs de la compagnie

    belgeQBMT, sont les

    papas de Sia. Fabrice

    Goffinexplique: Pas-

    sionns de StarWars,

    nous avons pens il y a

    quatre ans que ce serait

    idal de crer un robot

    qui ferait laccueil dans

    les htels. On sest donc

    lancs,mais un hpital

    pour les enfants brls a

    eu vent de notre projet

    et nous a demand un

    robot destin divertir

    ses patients. Puis un

    EMS a t intress. Au

    final, plus de 200 insti-

    tuts ont dj achet un

    robot, dont huit en

    Suisse et trois autres

    en commande. Selon

    nos chiffres, ces robots

    sont en contact avec

    plus de 25 000per-

    sonnes ges quoti-

    diennement.

    Onpeut aller trs loin

    avec ce robot,dumo-

    ment que cest prdfini

    dans le logiciel. On peut

    ainsi lutiliser dans les

    magasins pour parler

    avec la clientle et r-

    pertorier des informa-

    tions, dans les restau-

    rants pour donner des

    conseils sur le vin ou

    dans les coles. EtMa-

    rio est la rception

    de lhtelMarriott de

    Ganddepuis lemois

    de juin.

    Nousnedsirons

    toutefois pas que le

    robot remplacedu

    personnel, ni quil

    devienne trop hu-

    main. Cest pour cela

    que nous avons

    conserv sa voix vir-

    tuelle. Notre but ultime:

    quil trouve sa place

    dans lesmaisons, pour

    dnicher les bonnes

    recettes, aider aux de-

    voirs et savoir ce quil y

    a dans le frigo

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    des exercices des jambes. Ouh l, non, je ne

    peux pas, avecmon arthrose, ronchonne

    une rsidente, avant de levermalgr tout

    haut les jambes en alternance. Parmim-

    tisme, tous les autres imitent eux aussi les

    mouvements du robot avec application.

    Bravo tous! Ce quil est poli, ce robot!

    Bravo aussi toi, Sia, et bravo Steeven!

    Bonnehumeur gnrale

    Rcompense aprs leffort: un jeu en com-

    mun. Sia vamimer des motions et vous

    devez trouver lesquelles, explique Steeven

    Ramasawny. Le robot se penche, ouvre ses

    longs doigts souples, baisse la tte. Euh

    cest la peur? Ne tinquite pas, tu feras

    mieux la prochaine fois, rpond Sia. Eclat

    de rire gnral. Vous avez vu, elle a les yeux

    qui changent de couleur, nous glisse dun air

    merveill une rsidente qui est reste en

    retrait jusqu prsent.Et elle est si gra-

    cieuse, quand elle bouge ses bras!

    Lanimation touche sa fin, cest lheure

    du goter pour les seniors. Au revoir, Sia!

    A bientt, Sia, tu ne nous oublies pas,

    daccord? Tous sasseyent au fond de la

    caftria, nouveau silencieux et le regard

    subitement teint. Lallgresse apporte par

    le petit robot est retombe... jusqu

    lanimation du lendemain. MM

    SandrineBron,

    directrice de

    laccompagne-

    ment lEMS

    Primeroche.

    1 Lanimateur Steeven

    Ramasawny donne vie

    Sia par le biais de sa

    tablette.

    2 Sia simprovise prof

    de fitness pour la plus

    grande joie des

    rsidents de lEMS.

    1 2

    SOCIT | MM09, 29.2.2016 | 23

  • Portrait

    Cur

    de migrant

    Parce quil voulait voir de ses yeux lexode des milliers de

    personnes venues dAfrique par la mer, le peintre grurien

    Jacques Cesa est parti leur rencontre en Italie. De son

    priple sont ns des dessins, des pastels et des rcits.

    Texte: Viviane Mentrey Photos: Christophe Chammartin

    Au dbut, jememettais pleurer

    chaque fois quonme demandait de

    parler demon voyage. Jtais comme

    bloqu et il ma fallu du temps pour

    librer la parole. Incapable de raconter,

    comme terrass par ce que lhomme a vu.

    Car cest bien pour voir, pour vrifier selon

    ses termes, le drame humanitaire desmi-

    grants venus dAfrique que Jacques Cesa est

    parti un jour de septembre leur rencontre

    en camping-car. Ctait en 2015. Le peintre-

    graveur grurien venait de souffler ses

    70 bougies et sest lanc dans un projet au

    long cours baptisA contre-courant, en rf-

    rence au trajet inverse celui de ces popula-

    tions en transit. Un priple qui la conduit de

    sa Gruyre (FR) natale la Sicile (I), en pas-

    sant par le Pimont, terre de ses anctres,

    Rome et les Pouilles, destin conter par le

    trait lexode du Sud vers le Nord de cesmil-

    liers dhommes, de femmes et denfants en

    qute dune viemeilleure.

    Troismois aprs son retour, lesmots ont

    refait surface. Dans samaison de Crsuz

    latelier la vue plongeant sur les Gastlosen

    et la Hochmatt, lartiste vit dsormais entou-

    r des dessins et des pastels glans au fil de

    son voyage. La voix claire, le phras coulant,

    comme si les images et les motions empri-

    sonnes durant ces neuf semaines dpope

    avaient retrouv leur place, il retrace la pre-

    mire tape de ce projet un peu fou, lui qui

    na gure quitt ses chresmontagnes. La

    route en compagnie damis venus se relayer

    au volant de son ateliermobile, car lartiste

    ne conduit pas, les recherches pour trouver

    les centres o sont hbergs lesmigrants, les

    haltes dans des foyers isols, des campsmili-

    taires, la gare deMilan, dans les villes. Les

    rencontres avec des hommes et des femmes

    qui ont tout laiss derrire eux et avec des

    gens qui ne comptent par leur temps.

    Comme ce responsable de centre Foggia

    qui courait toute la journe et qui la, dixmi-

    nutes aprs son arrive, confi aux bons

    soins dune Ghanenne pour la visite. Et

    chaque fois cettemme inquitude: com-

    ment faire pour raconter aumieux leur his-

    toire sans les trahir? Il ne faut pas faire de

    concession, mais se laisser prendre par le

    souffle de lmotion et semettre travail-

    ler devant eux. Cest une sorte dtat dur-

    gence. Il croque ainsi sur le vif, installe son

    chevalet en plein air, sort fusains et pastels,

    suscitant davantage de curiosit que dem-

    fiance. La plupart du temps les gens se de-

    mandaient: Comment se fait-il quun type

    soit venu de si loin pour nous dessiner?

    Certains ont tout de suite compris et se sont

    mis me raconter non seulement leur his-

    toire, mais aussi la ntre nous Occiden-

    taux, pointant du doigt notre responsabilit.

    Parfois, javais limpression de voir jaillir

    devantmoi des prophtes venus dailleurs

    me faire la leon.

    Entre les larmes, le rire

    De son priple, Jacques Cesa a aussi ramen

    des objets, collectionnant lamanire dun

    archologue cailloux, galets et coquillages,

    comme desmorceaux dItalie pour

    tmoigner de ce quil a vu. Les histoires ont

    t quant ellesmthodiquement

    consignes dans des carnets de notes, dont

    des extraits seront publis enmarge de ses

    tableaux. Depuismon retour, je passe en

    revuemes pastels, car il faut que je travaille

    encore la couleur, dit-il enmontrant les

    portraits qui recouvrent lemur et se font

    face dans un contraste de tons vifs comme

    pour crier unemme vrit: Tous les rcits

    sont tragiques, mais de grands clats de rire

    les traversent. A limage de cet enfant

    immortalis sur un petit vlo Manfredonia

    les yeux recouverts dun bandeau blanc, une

    colombe sur le guidon et un drapeau rouge

    en arrire-plan. Il ma dit quil voulait

    devenirmagicien pour gagner de largent

    pour ses parents, alors je lai dessin avec les

    attributs du prestidigitateur.

    Parfois les larmes surgissent l o le

    conteur ne les attend pas. Cest ce qui est ar-

    riv Siriki Keita, Sngalais rencontr dans

    un centre Foggia. Ebranl par un coup de

    fil lui annonant que sa femme reste sur

    A 70 ans, lartiste

    fribourgeois Jacques

    Cesa tmoigne au

    fusain et au pastel

    du drame humain que

    vivent desmilliers de

    personnes en transit.

    24 | MM09, 29.2.2016 | SOCIT

  • place va probablement se remarier avec un

    autre, le jeune homme la dcrit au peintre

    qui la portraiture laveugle. Le dessin ter-

    min, il clate en sanglots face tant de res-

    semblance. De cette histoire, Jacques Cesa a

    tir un pastel o sonmodle y est reprsent

    entre deux pylnes lectriques, des larmes

    coulant sur ses joues, lesmains exagrment

    grandes portes sa poitrine. Au-dessus, le

    corps de sa fiance vole dans le ciel, lama-

    nire dun ange. Lhomme, ainsi que tous les

    autresmigrants, y est dessin au fusain, plus

    violent et primitif pour capter la chair des

    gens, tandis que les paysages le sont au pas-

    tel. Mes dessins se dcharnent, lamatire

    devient plusmobile; les personnages se

    fondent avec le paysage, constate le peintre.

    Avant dajouter: Mon projet nest pas de

    faire de beaux dessins, mais des dessins

    justes.

    Il estmidi. Den bas, son pouseHlne,

    muse et complice de toujours, nous appelle

    pour le repas. Notre hte a cuisin la veille

    la farce des vols-au-vent qui viennent garnir

    les assiettes avec une vraie poule de la

    Gruyre, prcise-t-il entre deux bouches.

    Nous voil assis autour de la table face aux

    montagnes. L o tout a commenc. L o

    tout recommencera dans quelques

    semaines. MM

    Projet

    De Bulle

    Lampedusa

    Entrepris en 2014

    suite audbatpro-

    voqu par laccepta-

    tion de linitiative de

    lUDC en faveur du

    renvoi des trangers

    criminels, le projet de

    JacquesCesa prend

    ses racines dans son

    enfance. Issu dune

    famille dimmigrs du

    Pimont arrive au

    dbut duXX

    e

    sicle, il

    ctoie trs tt les di-

    verses vagues de sai-

    sonniers venant du

    Sudde lItalie et dail-

    leurs.

    Puis vint le temps

    des annes Schwar-

    zenbach et de ses

    initiatives pour limi-

    ter les trangers quil

    combattit. Les r-

    cents dbats sur lim-

    migration finissent

    de le pousser

    concrtiser le projet

    quil caresse depuis

    longtemps: se

    confronter la ralit

    de lamigration sur le

    long cours.

    Aprs sapremire

    tapequi la

    conduit en Sicile, le

    peintre repartira

    Pques pour le deu-

    xime volet de son

    priple, direction

    Palerme,Malte puis

    Lampedusa. Lors

    dun dernier tronon,

    il traversera lamer

    jusquen Afrique. Son

    travail sera ensuite

    expos en 2017dans

    le cadre du Festival

    Altitudes, la Part-

    Dieu, lentre de

    Bulle (FR).

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    SOCIT | MM09, 29.2.2016 | 25

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    aux arnes deVrone!

    Votre programme de voyage:

    1er jour, jeudi 30 juin 2016 Trajet

    pour Milan et puis Vicence

    Trajet en car spcial confortable

    jusqu Milan, la premire tape de

    notre voyage dans trois villes. Vous

    aurez le temps de dcouvrir la m-

    tropole conomique italienne avant

    dapprcier un bon djeuner dans un

    restaurant milanais. Plus tard, visite

    du clbre dme ou promenade dans

    le quartier lgant o lon trouve din-

    nombrables boutiques et magasins

    invitant au shopping. En fin daprs-

    midi, poursuite de notre voyage pour

    la rgion de Vicence o notre htelier

    nous attend pour un bon dner.

    2e jour, vendredi 1 juillet 2016

    Venise

    Aprs le petit-djeuner, nous traver-

    sons de beaux paysages jusqu lem-

    barcadre de Tronchetto. L, nous

    montons sur un bateau qui nous

    emmne au cur de Venise. A peine

    installs bord et voil dj que nous

    apercevrons la place la plus connue

    de monde, la magnifique Piazza San

    Marco, la place Saint-Marc. Une in-

    tressante visite guide nous attend

    ensuite la dcouverte des curiosits

    de la Srnissime comme lon sur-

    nomme volontiers Venise, difie sur

    118 petites les et traverse par une

    centaine de canaux. Laprs-midi est

    votre disposition pour explorer Venise

    votre guise. En dbut de soire, re-

    tour en bateau et puis en car jusqu

    notre htel o un bon dner nous at-

    tend.

    3e jour, samedi 2 juillet 2016 Temps

    libre, Vrone et opra

    Cette journe est place sous le signe

    de la dtente. Vous pourrez faire la

    grasse matine ou visiter de votre

    propre chef la ravissante ville de Vi-

    cence (Vicenza en italien). A midi,

    dpart pour Vrone, la ville de Ro-

    mo et Julia. Les grandes places de la

    vieille ville, les somptueux palais Re-

    naissance, les glises romanes et go-

    thiques et bien sr les clbresArnes

    de Vrone construites au 1er sicle

    sont quelques-unes des fascinantes

    curiosits de Vrone. Lamphithtre

    romain antique constitue la plus belle

    scne ciel ouvert du monde et cest

    l que vous assisterez lopra La

    Traviata de Giuseppe Verdi. Rjouis-

    sez-vous de vivre un vnement inou-

    bliable!

    4e jour, dimanche 3 juillet 2016

    Retour en Suisse

    Aprs le petit-djeuner, retour en

    Suisse, la tte remplie de nombreux

    souvenirs fantastiques!

    Trajet en car spcial confortable

    jusqu Vicence et retour

    3 nuites lhtel de la catgorie choisie

    3 x copieux buffet pour le petit-djeuner

    2 x bon dner (3 plats) lhtel

    Superbe tour en bateau Tronchetto/

    place St-Marc et retour

    Intressante visite guide de Venise

    Excursion Vrone

    Excursion Milan

    Entre lopra dans lArne de Vrone

    le 2 juillet 2016 (La Traviata) cat. D/E

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    en htel 3 toiles Fr. 395.- / 595.-

    en htel 4 toiles Fr. 475.- / 675.-

    Non compris/en option:

    Supplment chambre individuelle Fr. 120.-

    Frais de rservation: Fr. 20.- p.P.

    Vous choisissez votre lieu de dpart:

    Genve, Lausanne, Yverdon, Neuchtel,

    Bienne, Martigny, Montreux, Fribourg

    Voyage exclusif du 30 juin au 3 juillet 2016

    Milan

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    Organisation: Holiday Partner, Altendorf

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    La Traviata est un chef-duvre incomparable. Avec ses

    merveilleuses mlodies, ses scnes fastueuses et son

    histoire mouvante daprs le roman La Dame aux cam-

    lias dAlexandre Dumas, la Traviata compte certainement

    parmi les plus beaux opras du monde.

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    une enfant rfugie de Syrie

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    Chronique

    Ascenseurs: gloutonnerie

    tous les tages

    Ascenseur rime avec bonheur.Bonheur

    quand, aprs une longue journe de travail, ses

    portes coulissantes souvrent sur la dlivrance.

    Bonheur aussi lorsque les corps fatigus ou

    dans lincapacit demonter desmarches

    trouvent dans cette cabine lami qui leur assure

    lautonomie. Le lift est une belle invention,

    connue pour tre lun desmoyens de transport

    les plus srs aumonde. Peu de risques dacci-

    dent frontal, de perte dematrise ou de tte--

    queue.Mais, limage de ses va-et-vient, sa

    rputation connat des hauts et des bas. Saviez-

    vous, par exemple, quil favorise aussi bien les

    rencontres que lesmaladies? Outre les pro-

    blmes vidents lis lobsit et auxmaladies

    cardiovasculaires quil encourage, lascenseur

    est aussi considr comme un facteur impor-

    tant de propagation dpidmies. Dune part,

    par la proximit des usagers qui expirent leurs

    virus dans un espace restreint, de lautre, par

    ses boutons qui grouillent demicrobes.

    Mais un autre fait, moins visible, vient enta-

    cher encore un peu son indfectible dvotion:

    sa gloutonnerie. Il est difficile dtablir des

    donnes exactes sur la consommation des as-

    censeurs, tant leursmcanismes et leurs lon-

    gueurs diffrent, mais nous pouvons nous faire

    une petite ide de son ampleur en tudiant

    quelques cas. Daprs le fabricant finlandais

    Kone, un ascenseur hydraulique lambda dans

    un immeuble de trois tages grille 3800 kWh

    par an, cest peu prs ce que consomme un

    foyer amricainmoyen sur quatremois, sa-

    chant que nos amis duNouveauMonde ne sont

    pas connus pour leur sobrit nergtique.

    En Suisse, on dnombre quelque 180 000 as-

    censeurs qui, chaque anne, brlent prs de

    300GWh. Cest 0,5% de notre production na-

    tionale. Le plus tonnant est que 60%de llec-

    tricit utilise par nos lvateurs de personnes

    est dvore lorsque lappareil est larrt, en

    attente dtre appel. Les plus rudimentaires

    gardentmme la lumire allume 24 h/24, une

    aberration.Mais si un ascenseur consomme

    mme sans tre utilis, ne vaut-il pasmieux le

    rentabiliser et le faire travailler? La rponse

    est videmment non! Daprs le site ener-

    gie-environnement.ch, un trajet en ascenseur

    qui transporte 100 kg sur cinq tages utilise

    autant dlectricit quun grille-pain. En atten-

    dant que de nouvelles gnrations dascen-

    seurs asctiques se gnralisent, pour le salut

    de notre environnement et aussi parce que lt

    approche et quil faut penser muscler ses

    cuissots, prenons les escaliers, nous serons

    tous gagnants! MM

    Nos chroniqueurs sont nos htes. Leurs opinions ne refltent

    pas forcment celles de la rdaction.

    LelaRlli,

    chroniqueuse.

    SOCIT | MM09, 29.2.2016 | 27

  • Entretien

    Une approche

    nest pasmoins

    scientifique que

    lautre

    Mdecin aujourdhui la retraite,Michel Vouilloz a bifurqu

    en cours de carrire vers lamdecine chinoise. Il en vante lapport

    important dans les problmatiques de sant publique chez nous.

    Tout en balayant une rputation dsotrisme.

    Texte: Laurent Nicolet Photos:FranoisWavre/Lundi13

    28 | MM09, 29.2.2016 | SOCIT

  • SOCIT | MM09, 29.2.2016 | 29

  • Commemdecin occidental, comment en

    tes-vous venu soudain vous intresser

    lamdecine chinoise?

    Je faisais un stage Paris. Il y avait une pa-

    tiente qui tait handicape de lappareil

    osto-articulaire, ellemarchait avec peine.

    Un jour, elle arrive, elle allait visiblement

    mieux. Elle nous a appris quelle tait alle

    voir un acupuncteur. Jeme suis dit, il faut

    que jemintresse a. Puis jai un peu ou-

    bli cette histoire. Quelques annes plus

    tard, jai vu dans le bulletin desmdecins

    suisses une annonce crite en caractresmi-

    nuscules, comme si on en avait honte. Ctait

    le Fonds national suisse de la recherche

    scientifique quimettait au concours un

    poste de dlgu en Chine pour se familiari-

    ser avec lacupuncture. Jai posma candida-

    ture, jai t retenu. Un vrai choc culturel.

    Cest--dire?

    Jeme suis trouv plong dans le yin et le

    yang. Il a fallu apprendre changer de

    raisonnement. A ressentir face au patient

    davantage que ce que lon ressent comme

    mdecin occidental. Quand un patient lui dit

    quil a des douleurs, lemdecin occidental

    voit ses coronaires. Sil a des sciatiques, il

    voit sa colonne lombaire. Lemdecin occi-

    dental imagine tout par lanatomie, par

    lhistologie et la biochimie. La grande diff-

    rence entre les deuxmdecines, cest que

    vous avez, ct chinois, lintuition, la re-

    cherche dun tout, et ct occidental, la re-

    cherche, plusmcanique, des causes.Mon

    ambition est de faire comprendre aux auto-

    rits sanitaires et auxmdecins occidentaux

    que cette diffrence de raisonnement na

    rien dsotrique ni de cach, mais que cest

    quelque chose qui sapprend.

    Concrtement?

    Lesprit occidental cherche les causes, cest

    lesprit qui analyse depuis Thals, depuis

    Aristote.Mais pour un ulcre de lestomac,

    il y a plusieurs causes possibles et cest

    lensemble de ces causes qui va dclencher

    lulcre, lalcool, le tabac, le stress, les

    contrarits. Lamdecine chinoise, elle, ne

    cherche pas les causes, elle cherche la

    dysharmonie. Les Chinois voient plutt un

    ensemble et quelque chose qui cloche dans

    cet ensemble. Quest-ce qui prdomine?

    Quest-ce quil faudrait quilibrer? Cest

    pour cela quon parle de dysharmonie et non

    demaladie. On considre le patient par

    rapport lenvironnement. On le traite dune

    manire, mais peut-tre dune autre lors de

    la deuxime sance. On est beaucoup plus

    ax sur lindividu et sur lemoment. Une

    approche nest pasmoins scientifique que

    lautre.

    En quoi lamdecine chinoise est-elle

    scientifique?

    Disons dabord que lamdecine occidentale

    nest pas uniquement scientifique. On se

    base sur la physique, la biochimie, mais il

    existe beaucoup de situations o lemdecin

    face au patient doit avoir sa propre intuition.

    A linverse enmdecine chinoise, o

    lapprciation personnelle est plus

    importante, on peut nanmoins sappuyer

    sur des sries, des statistiques. Dans son

    histoire, elle a quandmme suivi une

    certaine systmatique, quon demande aux

    sciences en gnral. Le va-et-vient entre la

    thorie et la pratique, a a toujours exist en

    mdecine chinoise.

    Do vient alors cette sorte de discrdit ou

    demfiance parfois quand on parle de

    mdecine chinoise?

    Dans les sciences occidentales, et donc en

    mdecine, il existe souvent une thorie qui

    domine, qui a lassentiment des pairs, avant

    dtre dpasse et remplace par une autre.

    Enmdecine chinoise, ce passage dune

    thorie une autre qui lenglobe et la

    dpasse nexiste pas. On trouve plutt

    beaucoup de thories parallles. Tout est

    toujoursmouvant. Des thories finissent

    certes par obtenir un assentiment, par

    exemple celle desmridiens, mais a na pas

    toujours t le cas.

    Cest--dire?

    Lesmridiens sont les liens entre les points

    dacupuncture, comme des fils invisibles.

    Les points ont des proprits lies un

    mridien, mais ils ont aussi des proprits

    individuelles et des proprits communes

    avec dautres points.On associe par

    exemple des points du tronc antrieur avec

    des points du tronc postrieur, ou des points

    desmembres suprieurs avec des points des

    membres infrieurs, ou des points de la tte

    avec des points des extrmits, des pieds ou

    des chevilles. On trouvera ainsi des

    acupuncteurs qui ne raisonnent pas par les

    mridiensmais par les points.

    Quels effets est cense produire la stimu-

    lation de ces points par les aiguilles?

    Entre autres, des effets antalgiques qui sont

    plus oumoins reconnus par lamdecine

    occidentale. Notamment dans un petit

    passage duHarrison, une encyclopdie

    mdicale amricaine qui fait rfrence.

    Donc, lamdecine chinoise soulage plutt

    quelle ne gurit?

    Enmdecine occidentale aussi bien souvent

    on soulage, mais on ne gurit pas. Il faut

    savoir aussi ce quon appelle gurir. Un

    ulcre, on le gurit, on regarde au fibroscope,

    lamuqueuse est cicatrise, voil.Mais a ne

    veut pas dire quil ny aura pas une rcidive

    deux ans plus tard, si cest le temprament

    de ce patient davoir un ulcre. Est-ce quil

    est guri?

    Quels sont les cas les plus vidents o vous

    conseilleriez de recourir lacupuncture?

    Beaucoup de problmes osto-articulaires

    peuvent tre traits de cettemanire.Mme

    des problmes bien i