ministerio da cultura instituto do patrimÓnio...
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MINISTERIO DA CULTURA
INSTITUTO DO PATRIMÓNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL
ATA DA REUNIÃO DA COMISSÃO
NACIONAL DE AVALIAÇÃO CONVIDADA
PARA A SELEÇÃO FINAL DAS AÇÕESCONCORRENTES AO PRÊMIO RODRIGO
MELO FRANCO DE ANDRADE -- 31a
EDIÇÃO/201 8 .
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Aos vinte dias do mês de agosto de dois mil e dezoito, às nove horas
e vinte minutos, nesta cidade de Brasília, Distrito Federal, nas
dependências do Instituto do Património Histórico e Artístico Nacional, no
endereço SEP SUL 713/913 Lote D, 5' Andar, sob a presidência da Sra
Kátia Santos Bogéa, Presidente do lphan, e na presença dos(as) senhores
(as) jurados (as): ANA LUCIA ABRAHIM, professora do curso de
Arquitetura e Urbanismo da Universidade Nilton Lins, em Manaus (AM), e
membro do Grupo de Pesquisa do CNPq "Educação, Saúde eSustentabilidade na Amazõnia"l ANA LUCRA DE ABREU GOMES,
Historiadora pela Universidade de Brasília, e líder do Grupo de Pesquisa
Museologia, Património e Memória do Programa de Pós-Graduação em
Ciência da Informaçãol ANDREY ROSENTHAL SCHLEE, Arquiteto e
Urbanista e professor Titular da Universidade de Brasília e Diretor do
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Departamento de Património Material e Fiscalização do lphanl ANEIDE
SANTANA, Historiadora, servidora pública da Prefeitura de Olinda e
pesquisadora do Arquivo Públicos LUIZ ALBERTO RIBEIRO, Historiador
e Museólogo, professor da escola de Belas Artes na Universidade Federal
da Bahia e integrante do Conselho Consultivo do Património Cultural do
Instituto do Património Histórico e Artístico Nacionall FLAVIO
CARSALADE, Arquiteto e Urbanista, Professor da Escola de Arquitetura
da Universidade Federal de Minas Gerais e Diretor da Editora UFMGI
ROBSON ANTONIO DE ALMEIDA, Arquiteto e Urbanista pela
Universidade Federal de Santa Catarina e Diretor do Departamento de
Projetos Especiais do lphanl ROMEU DUARTE, Professor do Curso de
Arquitetura e Urbanismo da UFC e representante titular da UFC naComissão Permanente de Avaliação do Plano Diretor de Desenvolvimento
Urbano do Município de Fortaleza e no Conselho Estadual das Cidadesl
VERÁ BOSI DE ALMEIDA, Arquiteta, especialista em planejamento
habitacional, servidora do lphan aposentadal LINCOLN ANTONIO
CAMPOS ALVES, Economista e professor Universidade Federal do
Amazonasl JOSE CARLOS CORDOVA COUTINHO, Arquiteto, professor
de Arquitetura e Urbanismo na Universidade de Brasílial LETICIA
VIANNA, Antropóloga pelo Museu Nacional da Universidade Federal do
Rio de Janeiro Pesquisadora do INCTI/UnB/CNPq e Consultora daUnescol LYGIA BAPTISTA PEREIRA SEGALA PAULETTO, Professora
Associada da Universidade Federal Fluminense na Faculdade de
Educação e no Programa de Pós-graduação em Cultura e Territorialidade,
no Rio de Janeirol LUIZ PHELIPE DE CARVALHO CASTRO ANDRES,
Engenheiro Civil pela Faculdade de Engenharia da Universidade Federal
do Rio de Janeiro, Diretor do C\rT-Estaleiro-Escola do Maranhão (desde
2006) e Conselheiro do Conselho Consultivo do Património Cultural do
IPHAN, onde integra também a Câmara do Património Imateriall MARCUS
VINICIUS CARVALHO GARCIA, Antropólogo Social pela UnB,
Coordenador da Divisão Técnica da Diversidade Linguística do
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Departamento de Património Imaterial do lphanl NILCEMAR NOGUEIRA,
Psicóloga Social, fundadora do Centro Cultural Cartola, criadora do Museu
do Samba e Secretária da Secretaria de Cultura da cidade do Rio de
Janeirol PAULA PORTA, Historiadora Social pela USP, pesquisadora em
projetos de cultura e coordenadora de produção de relatório sobre a
trajetória decenal da ação institucional do lphanl MARIA ELAINE
KOLSDORF, Arquitetura e Urbanista pela Universidade Federal do Rio de
Janeiro e professora-adjunto aposentada da Faculdade de Arquitetura e
Urbanismo da Universidade de Brasílial MARIA LAURA VIVEIROS DE
CASTRO CAVALCANTI, Antropóloga, Professora Titular de Antropologia
na Universidade Federal do Rio de Janeirol SÕNIA REGINA RAMPIM
FLORENCIO, Cientista Social pela UNESP, Mestre em Educação pela
Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP e Coordenadora de
Educação Patrimonial do lphan, deu-se início a reunião da Comissão
Nacional de Avaliação, destinada à apreciação das ações pré-
selecionadas pelas Superintendências Estaduais do lphan, que foram
encaminhadas a Departamento de Cooperação e Fomento - DECOF, por
intermédio de memorandos, acompanhadas de pareceres e atas das
reuniões de pré-seleção, assinadas por todos os componentes das
Comissões Estaduais de Avaliação. A presidente do Instituto do
Património do Património Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), Kátia
Santos Bogéa, acompanhada do Diretor do Departamento de Cooperação
e Fomento - DECOF, Marcelo Bruto, Diretor do Departamento de
Articulação e Fomento, externou sua satisfação, agradeceu a presença e
disponibilidade de todos, destacou a longevidade e importância do Prêmio
Rodrigo Meio Franco de Andrade, e rememorou as últimas duas edições
do Prêmio. Além disso, comentou sobre a instituição da Medalha Mário de
Andrade na edição passada e enfatizou a importância para o lphan no ano
corrente do tema Património Cultural do Norte do Brasil, anunciando que
a entrega do Prêmio será realizada em Belém, em novembro, de forma a
reverenciar a relevância do património cultural desta região. Em seguida,
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solicitou um minuto de silêncio em memória da arquiteta Briane Bicca, ex-
colaboradora do lphan e membro de destaque em outras Comissões
Nacionais do Prêmio Rodrigo Meio Franco de Andrade. Como Presidente
da Comissão Nacional, Kátia Bogéa apresentou nominalmente osjurados,
de acordo com suas respectivas categorias e seus respectivos estados.
Feitas as apresentações, Kátia Bogéa cedeu a palavra a Marcelo Bruto,
Diretor do DECOF, para conduzir os trabalhos. Este, por sua vez, iniciou
seus comentários explicitando a reestruturação das categorias e dos
critérios presentes no Edital da 31' Edição do Prêmio Rodrigo Meio Franco
de Andrade, de modo a contemplar vários segmentos sociais, explicação
que foi complementada por considerações da Presidente Kátia Bogéa. Em
seguida, Marcelo Bruto comentou que este ano duzentas e noventa (290)
ações de preservação, valorização e promoção do Património Cultural
Brasileiro foram inscritas nas Superintendências do Instituto do Património
Histórico e Artístico Nacional(lphan), com base nos critérios estabelecidos
no Edital de Concurso n' 1/2018. Entre elas, foram selecionadas 94
(noventa e quatro), de 26 estados brasileiros(exceção feita ao Piauí) e do
Distrito Federal, para a etapa nacional de premiação, sendo que oito serão
contempladas com um prêmio de R$ 30.000,00 (trinta mil reais). Após as
observações, Marcelo Brito apresentou as duas grandes categorias:
Categoria l - Iniciativas de excelência no campo do Património Cultural
Material: ações de identificação, documentação, proteção, conservação e
promoção do património cultural materiall Categoria 2 - Iniciativas de
excelência no campo do Património Cultural Imaterial: ações de
identificação, documentação, proteção, salvaguarda e promoção do
património cultural imaterial. Cada grande categoria possui quatro
segmentos: Segmento 1 - Entidades Governamentaisl Segmento ll -
Empresas e Fundações privadasl Segmento lll - Outras Instituições sem
fins lucrativos da sociedade civil organizadas Segmento IV - Pessoas
Físicas e representantes de grupos ou coletivos. Os critérios de análise e
julgamento a serem considerados pela Comissão Nacional são: a)
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qualidade do projetot b) qualidade metodológica e de pesquisam c)Abordagem integrada do património em suas diversas dimensõesl d)
contribuição referencial aos critérios, métodos e técnicas de identificação,
reconhecimento, conservação e restauros e) inovaçáol f) capacidade
dialógica e operativas g) Capacidade de mobilização e participação sociall
h) Compromisso social, cultural e ambientall i) Investimento no potencial
humano e comunitários j) Estratégia de promoção e gerencial adotadal k)
Relevância, tendo em vista condições como foco em património em risco,
importância no ambiente sociocultural em que se insere, foco em
ampliação do acesso intelectual e da participação de atores na gestão do
património cultural de natureza material no país, ou significado para o
património cultural de natureza material do paísl. Leram-se ainda os
critérios de avaliação para a Categoria 11: a) Qualidade do projetot b)
Qualidade metodológica e de pesquisam c) Abordagem integrada do
património em suas diversas dimensõesl d) Contribuição referencial aos
critérios, métodos e técnicas de identificação, reconhecimento e
salvaguarda; e) Inovaçãol f) Capacidade dialógica e operativas g)
Capacidade de mobilização e participação sociall h) Compromisso social,
cultural e ambientall i) Investimento no potencial humano e comunitários j)
Estratégia de promoção e gerencial adotadal k) Relevância, tendo em vista
condições como foco em património em risco, importância no ambiente
sociocultural em que se insere, foco em ampliação do acesso intelectual e
da participação de atores na gestão do património cultural de natureza
imaterial no país, ou significado para o património cultural de natureza
imaterial do país.
Marcelo Brito comentou que algumas ações nâo foram habilitadas
por não se integrarem aos critérios do Edital. Por fim, explicitou a dinâmica
das avaliações e a logística dos procedimentos, bem como os critérios
instituídos conforme o edital. Na sequência, deu início à avaliação da
Categoria 1, Segmento 2. Foi informado que os projetos Sa/a de
Exposição Arqueológica (ES)\ Registro e Inventário do Centro
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Histórico do Município de Cuiabá (MT)l e Reconstituição de sete
painéis em mosaico da autoria de Paulo Werneck na Cobertura do
/RB/RJ (RJy, receberam dois pareceres contrários dos jurados. Dessa
forma, os referidos projetos estão eliminados dessa etapa. Após, seguiu-
se para a avaliação dos projetos habilitados. O primeiro projeto analisado
to\ Memórias Abro-Atlânticas: as gravações de Lorenzo Turner na
Bah/a rí040-í94íJ (B4). O jurado Luiz Alberto recomendou o projeto para
próxima etapa de avaliação e destacou a qualidade metodológica de
pesquisa, coincidindo com meios modernos, dando um tratamento
especial para a transposição para meios eletrõnicos. O projeto levou os
registros para os âmbitos em que foram tomados, como uma repatriação
dos registros pelos povos de santo e a sociedade brasileira. Ressaltou,
ainda, a qualidade da recuperação dos registros e apontou a inovação
como importante, pois não havia notícia no Brasil sobre sua existência.
Julgou importante a mobilização social do projeto, considerando a
desvalorização e ataques a essas manifestações de matriz africana no
contexto atual. Na mesma direção, o jurado José Coutinho concordou com
o parecer do primeiro jurado e destacou que se trata de um recorte das
tradições africanas, limitando-se à Bahia, pois essa cultura está presente
em todo o Brasil. Não considerou original no sentido em que houve outros
trabalhos anteriores. Destacou que se trata de um belo projeto que
contribui para a difusão da cultura afro-brasileira e questionou seu
enquadramento na categoria atual, pois também caberia na categoria
imaterial. De todo modo, recomentou a sua premiação. A jurada Mana
Laura relembrou das gravações de Mano de Andrade, em 1930, em que
registrou diversas gravações de manifestações afro-brasileiras e também
recordou dos discos de candomblé na mesma década. Sõnia Rampim
Florêncio comentou sobre a abordagem integrada do património nesta
ação, bem como a sua importância para a preservação de línguas, objeto
de atuação do lphan. Após, foi apreciado o projeto C/rcu/ar Cama/na
C/date Ve/ha rP.41. Em seu parecer, o jurado Robson Almeida avaliou a
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importância da articulação e parcerias em torno do projeto, a integração
das artes e da cultura, além da mobilização social envolvida. Destacou,
ainda, o foco na sustentabilidade do centro histórico, bem como o trabalho
de promoção e difusão das suas edições e recomendou a sua avaliação
na próxima etapa. Na mesma direção, a jurada Ana Abrahim destacou a
qualidade do sítio eletrõnico do projeto, a característica ininterrupta de
suas edições, a autonomia da ação por não esperar apenas os meios
oferecidos pelo mecenato institucional. Além disso, apontou que a rede em
torno do projeto é fundamental e de grande destaque, com adesão
voluntária dos produtores e colaboradores, o que aumenta a cada ano,
sendo uma metodologia essencial para a sua continuidade. Dessa forma,
também apontou esse projeto para próxima fase de avaliação. A jurada
Aneide destacou a importância desse projeto pela iniciativa da sociedade
como forma de valorização do sentimento de pertencimento. O quinto
prometo avaliado foi o l./vro Fode Orange - /nfewenção de Restauro
ÍPE9. O jurado Andrey recomendou a sua avaliação na próxima etapa pela
relevância do conjunto de estudos dos diferentes momentos em que houve
intervenções no Forte, de todo o registro documental progressivo das
diversas etapas, além da reconstrução visual do forte em diversos
períodos históricos, culminando em um resultado de grande mérito. O
jurado Flávio seguiu o mesmo entendimento e reforçou que não se trata
de avaliar o projeto de restauro e sim o livro. Em seu parecer ele reafirmou
o mérito da publicação, elogiando a parte gráfica e o conteúdo, e informou
que anseia que todas as obras de restauração produzam semelhante
material. Destacou ainda todo o material complementar e criticou o seu
alcance limitado e sua pequena tiragem, ou seja, considerou um ponto
negativo não superar a abrangência do estado de Pernambuco. Em sua
opinião, a difusão poderia ter uma abrangência maior. Por outro lado, não
apontou ineditismo nessa ação, por ser algo recorrente nos projetos de
restauração. Por último, seguiu-se a avaliação do projeto Consewação,
Restauro e Ze/apor/a do Cháfeau d'Eau (RS). O jurado Luiz Alberto não
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recomendou o projeto para a próxima etapa, mas destacou o caráter
positivo da socialização do processo de restauração e a mobilização da
comunidade. No entanto, não entendeu haver inovação nesse prometo,
bem como não encontrou nenhum aspecto metodológico excepcional.
Também criticou o conteúdo de divulgação do projeto por entendê-lo
insuficiente. A jurada Verá Bosi recomendou esse prometo para a próxima
por entender que o processo utilizado para desenvolver o trabalho foi
relevante, considerando o envolvimento da comunidade de Cachoeira do
Sul e o apoio do poder público. Elogiou também o comprometimento da
empresa no projeto. Além disso, ressalta o conjunto do material
apresentado e o trabalho técnico de qualidade, como as pesquisas e os
instrumentos utilizados. Concluiu que o projeto foi extremamente
importante para a localidade de sua realização e também reforçou a
importância do envolvimento da comunidade. O jurado Andrey destacou a
trajetória da empresa por ser uma empresa familiar e também pela
introdução a ideia de zeladoria nos projetos de intervenção. Além disso,
destacou que toda obra ganha uma oficina de zeladoria. O jurado Flávio
tomou a palavra para ponderar que, face ao mérito das ações propostas,
seria conveniente avaliarmos, na premíação dos projetos, a inovação
metodológica mais consistente entre as açõesl Ana Abrahim comentou
sobre a importância da metodologia de rede e de zeladoria como
elementos centrais nos projetos C/rcu/ar Cama/na C/date Ve/ha (P.4) e
Conservação, Restauro e Zeladoria do Château d'Eau (RS).
Finalizadas as avaliações e ponderações das ações do Categoria l,
Segmento 2, iniciou-se a votação para a escolha do projeto vencedor
desse segmento. Registrou-se um voto para /14emóHas .Abro-.4f/ánf/cas;
as gravações de Lorenzo Turner na Bahia (1940-1941) (BA)\ qua\onze
votos para C/rcu/ar vamp/na C/date Ve/ha rP.4)l nenhum voto para
L/vro Fode Orange - /nfervenção de Restauro rPE)l e quatro votos para
o prole\o Conservação, Restauro e Zeladoria do Château d'Eau (RS).
Apurados os votos, o projeto C/rcu/ar Campina C/date Ve/ha ÍP.4) foi
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declarado vencedor pela maioria dos jurados. Para Menção Honrosa, a
Comissão decidiu indicar os projetos l./vro Fode Orange - /nfervençáo
de Restauro (PE), Memórias Afro-Atlânticas: as gravações deLorenzo Turner na Bahia (1940-1941) (BA) e Conservação, Restauro
e Ze/adoça do Châfeau d'Eau rRS). Registrou-se a recomendação da
Comissão para o próximo edital trazer a previsão de reenquadramento de
categorias pela Comissão Nacional, considerando o apontamento da
imprecisão do enquadramento do projeto /l#emórfas .Af/o-.Af/ánf/cas; as
gravações de Lorenzo Turner na Bahia (1940-1941) (BA). Em sega\da,
iniciou-se a avaliação dos projetos enquadrados na Categoria 2,
Segmento 2. O projeto l.algo da Gente Sergl»ana (SE) recebeu dois
pareceres contrários dos jurados, estando eliminado dessa etapa. Dessa
forma, restaram 05 (cinco) projetos dessa categoria e segmento para
análise pela Comissão Nacional. O primeiro projeto avaliado foi Traí/ção
Gastronómica Colonial Cearense, preservada pela Casa dos Licores
de Viçosa do Cea/á (CE). Ajurada Lygia recomendou o avanço do projeto
para a próxima etapa por entender a relevância da articulação entre os
produtores e poder público, além da mobilização da família proprietária da
Casa dos Licores junto aos moradores da comunidade. Além disso, esse
trabalho fez conhecer seus produtos em todo o estado. Ademais, a jurada
apontou a proximidade espontânea do prometo às atuais políticas de
património imaterial, museologia social e sua similaridade com projetos
realizados pelo CNRC com fábricas de caju, na década de 1980. Em seu
parecer, o jurado Luiz Phelipe recomendou a premiação do projeto por
considerar que o projeto difere dos demais, pois não é uma pesquisa
acadêmica, mas sim um trabalho dos herdeiros de uma antiga tradição
familiar. Nesse sentido, ressalvou a importância da sensibilidade da família
e de seus herdeiros na manutenção e reprodução de uma longa tradição
familiar. Apontou que as receitas constituem parcela significativa do
património alimentar, sem se curvar ao modismo dos fase-áoods e padarias
que incluíram no cardápio dos brasileiros presuntos e demais produtos
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embutidos em substituição das tapiocas de nossos antepassados.
Destacou, ainda, o valor da manutenção da arquítetura original da casa e
seu partido interno, com a cozinha e seus fogões a lenha. Reconheceu
que esse ambiente contribui para a transmissão desse património para as
novas gerações, valorizando a cultura local. O jurado Romeu destacou a
transformação da cidade de viçosa após o tombamento de seu sítiohistórico, quando a Casa de Licores também se tornou conhecida e
ganhou mais importância. Na sequência, Andrey Schlee indagou se a
ação, conquanto meritória, seria aprovada pelo Departamento de
Património Imaterial, pois não se trata de uma ação que envolva um ofício
ou saber tradicional, fato que poderia causar alguma divergência em
relação aos parâmetros da política de Património Imaterial. Ajurada Paula
questionou qual o resultado a ser julgado, pois não entendeu o objeto do
projeto. A jurada Lygia defendeu que se trata de uma ação familiar, não
estruturada como um projeto, porém constitui uma ação importante de
registro, inventário e estudos sobre essa tradição e em processo. Ajurada
Aneide ressaltou que a ação é vivência e não necessariamente um projeto.
Por fim, o jurado Luiz Phelipe reforçou o aspecto da perda das tradições
de culinária de quintal com o milho e a mandioca, substituída por uma
indústria de alimentos que dominou a alimentação do brasileiro. Dessa
forma, aponta a importância da preservação dessa tradição de forma
sustentável pela família, mantendo o modo de fazer, reforçando o caráter
exemplar dessa ação e caráter de resistência ao avanço dessa indústria
de alimentação. O jurado Luiz Alberto questiona se há ações detransmissão desse saber-fazer, prontamente respondido por Lygia que
indicou que há sim transmissão, troca de receitas, espaço de conversas,
aberto e frequentado por várias gerações, em que podem observar a
produção, conversar sobre elas, entre outras atividades, nos moldes de
um eco-museu. A jurada Mana Laura apontou a importância da Serra da
lbiapaba e todo aspecto ambiental do trabalho culinário, com o uso das
frutas e ervas da região. O jurado Flávio buscou esclarecer o objeto de
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votação, pois não se vota no saber-fazer, mas sim no esforço de
manutenção da tradição, o que seria muito importante. O próximo projeto
avaliado foi o Retratos e Re/aios rMG). ,4 jurada Paula Porta entendeu
que o projeto não deve ser recomendado por ausência de informações
importantes para análise, como o alcance das ações, o número de
entrevistados, pois é preciso apresentar o que foi feito de forma objetiva.
Além disso, o projeto está paralisado há mais de dez anos, ficando clara a
necessidade de recursos. Já a jurada Ana Lúcia, concordou com a jurada
Paula sobre a ausência de informações. No entanto, entendeu que a ação
continua acontecendo, só não sendo mais televisionada. No entanto, a
jurada não se debruçou sobre a metodologia, mas sim valorizou os
resultados. Entendeu que o projeto propicia a documentação de aspectos
particulares de uma comunidade, compilando e divulgando a memória dos
moradores. Julgou que o número de entrevistas é significativa e
representa uma capacidade de mobilização social e um investimento no
potencial humano e comunitário. Nesse projeto, destacou que as pessoas
são o património. Dessa forma, recomendou o prosseguimento do projeto
para a próxima etapa. Após, apreciou-se o projeto H/sfóHa da rrad/çâo
ÍMT), sendo recomendado para a próxima fase pela jurada Letícia dentro
dos quesitos do edital, ressaltando a participação de comunidades
indígenas, no sentido de mobilizar várias gerações no resgate de tradições
em formato de livro, o que fomenta a salvaguarda de suas referências.
Nesse sentido, destacou que a produção do material fomentou de maneira
eficaz a salvaguarda do património imaterial, ao permitir que a comunidade
pudesse se integrar de forma ativa em todo o processo. Em sua visão, o
projeto trouxe, ainda, material e metodologia muito importante para a Lei
de Educação Indígena. Da mesma forma, a jurada Paula Porta
recomendou para avaliação final a apontou a ausência de informações
sobre a metodologia e documentação, sendo problema recorrente em
todos os projetos. Apontou que há muito foco na produção, porém pouco
foco na difusão e promoção, bem como preservação, por não compartilhar
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os resultados. Reconheceu que o projeto tem mérito, mas perde pontos
pela não preocupação com a promoção e divulgação dos resultados e que
não se destaca, de forma original, diante de projetos similares. Na
sequência, passou-se para a análise do projeto l.eiras que F/ufuam rPA).
O jurado Marcus recomendou o prometo para a próxima etapa, destacando
a abrangência dos inventários de embarcações e tipografias. Além disso,
ressalta a completude do trabalho, bem como registra que se tratam de
ações de salvaguarda de grande relevância, cabendo mencionar sua
afinidade com as ideias apregoadas por Aloísio Magalhães. Na mesma
linha, o jurado Lincoln acrescentou que o projeto busca traduzir a tradição
de forma científica, mostrando a riqueza cultural, definindo muito bem o
objeto de estudo e sua metodologia que embasa a investigação, a
qualidade dos produtos do projeto, além de possuir várias etapas do ponto
de vista espacial. Além disso, ressaltou que o trabalho tem uma iniciativa
de reprodução e propagação dessas técnicas, bem como a dimensão
social do projeto. Nesse sentido, indicou o prometo para a próxima fase. O
jurado Romero indagou se o projeto traz informações sobre as
embarcações. O jurado Marcus comentou que o prometo explora questões
sobre carpintaria e outras dimensões agregadas ao fenómeno. O jurado
Luiz Alberto comenta que tal prática se manteve como nicho no Para,
ainda que já tenha sido corrente em outros suportes. O jurado Luiz Phelipe
destacou a força do património naval nesse projeto, pois além de mostrar
o lado da tipografia, mostra outros aspectos do modo de vida associado a
essas práticas. O quinto e último projeto dessa categoria e segmento foi o
Pro/efo Gema (RS). A jurada Mana Laura recomendou o prosseguimento
para a próxima etapa por entender que o projeto é fascinante e apresenta
uma consistência da proposta cultural dele, afirmando a diversidade da
cultura e tradições musicais do Rio Grande do Sul. Reiterou que o projeto,
traz ainda, um contraponto à perspectiva mais limitante defendida pelos
Centros de Tradição Gaúchal trazendo à luz diferentes tradições musicais
no Estado. Apontou, ainda, a qualidade e disponibilidade de todo o
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material audiovisual. Ressaltou, mais uma vez, que o projeto traz a luz a
diversidade das tradições culturais musicais do Estado, talvez não
conhecidas no próprio Estado. Por fim, informou que o projeto contemplou
muito bem todos os critérios apontados no Edital. Em seu parecer, ojurado
Marcus ratificou o parecer da Mana Laura no sentido de recomendar para
avaliação final. Criticou a impossibilidade de download de arquivos pelo
site, pois gostaria de ouvir e avaliar a qualidade da gravação musical.
Elogiou a contraposição do projeto à supervalorização do tradicionalismo
gaúcho. Não considerou o projeto inovador, pois reconhece que há
inúmeras iniciativas no mesmo sentido. Ajurada Mana Laura destacou que
a relevância do projeto é ser mesmo do Rio Grande do Sul, o queapresenta um mérito para essa ação por apresentar tanta diversidade
nesse Estado. Finalizadas as avaliações das ações do Segmento 2.
Categoria 2, iniciou-se a votação para a escolha dos projetos vencedores
desses segmentos. Um voto foi registrado para o projeto 77:ad/ção
Gastronómica Colonial Cearense, preservada pela Casa dos Licores
de Viçosa do Cea/á rCE); nenhum voto foi registrado para o prometo
Retratos e Re/alas (IMG); nenhum voto foi registrado para o projeto
f//sfóHa da Traí/ção r/l#T); treze votos registrados para o prometo l.eiras
que F/ufuam rP.4.); e, por fim, foram registrados quatro votos para Pro/efo
Gema (RS). Dessa forma, restou declarado vencedor o projeto l.eiras que
F/ufuam rPA). A Comissão Nacional indicou, ainda, os projetos Gema
(RS) e Tradição Gastronómica Colonial Cearense {CE) para Menção
Honrosa. As quatorze horas e trinta minutos foi retomada a segunda parte
da reunião da Comissão Nacional de Avaliação do Prêmio Rodrigo Meio
Franco de Andrade (PRMFA) 2018. Partiu-se para a análise dos projetos
do Segmento 4, categorias l e 2, começando os trabalhos pela Categoria
2. Nesse momento, foi informado que os projetos Educação Paf/fmon/a/
nas Escolas de Rio Branco com o grupo de cultura popular ''Marujada
Brig Esperança: Apropriação e valorização de sua herança cultural
no Acre (AC)l Trançado D'Contadores (CE), Projeto Semeando
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Ancestralidade em Escolas Quilombolas (MS)\ Confluência Roda de
Prosa (RR), Memorial da Capoeira (RN), e Resgate Frivolité (RS),
receberam dois pareces contrários à premiação, estando eliminados
dessa etapa. O primeiro projeto analisado nessa categoria foi Pro/efo
1./vro de Fofograf7a //ha do Ferro (ZU. A jurada Paula Porta entendeu
que o projeto não merece avançar uma vez que ele não traz informações
substantivas sobre o conteúdo da ação, restringindo seu conteúdo a uma
escrita poética e, com isso, reduzindo seu alcance na discussão e
divulgação do património alagoano. Em posição contrária, o jurado Luiz
Phelipe apontou o valor do projeto por abordar o registro da expressão do
legítimo e intocado património brasileiro, a partir da descoberta de uma
comunidade sertaneja insular. Indicou que o trabalho se apresentou como
um registro antropológico de refinada sensibilidade, bem como destacou
que possui qualidade metodológica, apresentando o património em suas
diversas dimensões. Ressaltou a importância do livro para oreconhecimento da comunidade, merecendo divulgação e relevância para
a memória e cultura nacionall assevera, ainda, que a publicação é de
grande qualidade. Por outro lado, concordou com os apontamentos da
jurada Paula Porta, retirando sua recomendação para próxima fase.
Portanto, o projeto foi eliminado da próxima fase. Em seguida, avaliou-se
o projeto Saberes e Conhec/menfos do povo .Ap/naÜé rroJ. Em seu
parecer, a jurada Letícia reconheceu a importância do prometo e destacou
que, dentre de todos os projetos, este foi de maior qualidade em sua
avaliação. Em sua opinião, ressaltou que o pesquisador conseguiu um
resultado importante para o registro e salvaguarda da cultura Apinajé.
Dessa forma, recomendou a sua avaliação na próxima etapa. A jurada
Mana Laura seguiu o mesmo entendimento para avaliação a próxima
etapa, pois tem ampla participação dos grupos envolvidos. Ressaltou a
experiência do pesquisador e a relevância do projeto, que se desdobra em
múltiplas frentes. Apontou o material pedagógico para o ensino da língua
materna, destacando os belos desenhos criados por jovens e crianças
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Apinajé. Destacou, ainda, a qualidade do material apresentado, indicando
a exemplaridade da ação, sua consistência enquanto produto de pesquisa
e sua efetividade e impacto social, ao mobilizar de fato a comunidade na
valorização da diversidade linguística com a atuação dos próprios Timbiras
na execução do projeto. Considerou um trabalho exemplar, indicando-o
com convicção pela consistência do trabalho. Após, foi debatido o projeto
Povo de Cu/fum e Fé (HP). A jurada Nilcemar sugeriu que seja avaliado
na próxima etapa e apontou que a relevância da ação está no aspecto
preservacionista e pela força de mobilização social, pois buscou espalhar
pelas bibliotecas os materiais resultantes dessa ação. A jurada Lygia
recomendou a sua avaliação na próxima etapa por valorizar a ótica da
comunidade por meio de suas festas. Além disso, destacou a relevância
do material resultante do prometo, especialmente as séries fotográficas,
constituindo uma coleção importante para o património de Mazagão.
Considerou, ainda, um material importante para as ações de educação
patrimonial na região, indicando para Menção Honrosa. Partiu-se para a
avaliação do projeto H/sfórlas do Começo e do F/m do JWundo - OConfafo do Povo Pa/fer SuruÉ/RO (RO). A jurada Letícia recomendou
esse projeto para a próxima etapa, ainda que o mesmo não tenha atingido
a exemplaridade e qualidade de outros projetos, como o caso do projeto
Saberes e Conhec/menfos do pot/o 4X)/nayé rrOJ, anteriormente analisado
por ela. O jurado Marcus compartilhou a mesma recomendação e
sublinhou que o projeto buscou reconstruir a história do Povo Paiter Suruí,
sob o enfoque do contato, e contou com o apoio das novas gerações dos
indígenas, indicando a importância da ação e o envolvimento dacomunidade nas ativídades de pesquisa. Destacou o belo livro resultado
desse projeto e o caráter participativo do próprio povo indígena na
produção de todo o projeto. Ponderou que se trata de um resultado não
"sobre eles", mas sim "com eles". Externou, ainda, sua comoção com o
livro, a importância da iniciativa e dificuldade de levantamento do materíall
destacou a importância do projeto, porém admitiu que talvez o projeto não
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esteja no mesmo nível de excelência de projetos congêneres. A jurada
Verá Bosi sugeriu que o resultado das avaliações dos pareceristas seja
compartilhado com os proponentes, para servir de estímulo à continuidade
de seus trabalhos. O jurado Robson de Almeida, recomendou que os
projetos apresentados pelas pessoas físicas, em especial daqueles
proponentes servidores públicos e pesquisadores de universidade, sejam
vinculados ou apresentados às instituições a que pertencem. Por outro
lado, a jurada Mana Lucia destacou que essa delimitação deva ser
cuidadosa, pois as situações desses pesquisadores ou servidores podem
ser diferenciadas, não se configurando como um trabalho institucional e
sim individual, a exemplo do projeto em análise. O jurado Marcus também
comenta sobre a dificuldade do proponente se enquadrar em pessoa
física, como no caso de um funcionário de entidade privada. O próximo
projeto analisado foi Sambas de Roda M/dns, Fo/ Meu JWesfre que
Ens/nou rB.A). Em sua análise, o jurado Luíz Phelipe apontou que o
projeto foi muito preciso e eficiente, com a intensa mobilização de grupos
de jovens, revelando originalidade e apostando no futuro com atransmissão do samba de roda e contribuindo para a sua perpetuação.
Considerou o planejamento bem realizado pelo projeto, com êxito na
motivação dos jovens, fazendo com que se sintam protagonistas.
Adicionou a relevância do projeto ao valorizar a relação das novas
gerações com os mestres, garantindo a perpetuação de uma tradição
cultural. Em sua opinião, essa ação merece valorização e reconhecimento,
pois representou um significativo esforço humano e comunitário.
Considerou, também, que o projeto possui excelente eficiência em sua
promoção e recomendou o projeto para a próxima fase. O jurado Lincoln
seguiu a mesma interpretação do jurado Luiz Phelipe e acrescentou que
se trata de um projeto de resgate de uma tradição, absolutamente
envolvido com a comunidade que alcança. Afirmou que o projeto é
bastante eficaz e eficiente na condução de suas atividades e seus
resultados, ao mobilizar a comunidade. Destacou que o autor do projeto
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utiliza as redes de casas de samba de roda em sua execução,
potencializando e diversificando suas atividades. Reiterou que o projeto é
metodologicamente consistente e que cria um resultado importante para
aumentar a autoestima das crianças, o empoderamento humano e a
alegria daquele envolvidos no projeto. Dessa forma, também recomendou
o projeto para a próxima etapa. A jurada Mana Lucra ressaltou o mérito
individual do proponente Rosildo, mas indicou que o projeto está alinhado
a atuação do IPHAN no processo de salvaguarda do Samba de Roda,
possuindo uma inserção diferenciada frente aos demais projetos e com
inúmeros apoios desde o seu reconhecimento com património cultural. Em
seguida, foi avaliado o projeto Sábado à tarde - .Acena de Casfro, a cítara
e o choro em aras///a rorg. O jurado Lincoln destacou a qualidade do
projeto, do ponto de vista da pesquisa, da metodologia e dos resultados
que apresenta. No conjunto, o jurado considerou o projeto como grande
contribuição como resgate de um grande compositor, que marcou a
tradição e influenciou a história do choro em Brasília, merecendo a
apreciação criteriosa da Comissão Nacional, recomendando que o projeto
siga para a próxima etapa. Na mesma linha, a jurada Lygia acompanhou
o parecer do Lincoln, ressaltando a iniciativa da proponente, por ter
iniciado uma pesquisa a partir de pequenas pistas, por ausência de muitas
referências. Considerou o trabalho meticuloso e de grande qualidade,
especialmente por resgatar e recuperar as partituras das músicas do
artista, com muito rigor. Reforçou que o trabalho pode ser tido como uma
referência de pesquisa nessa área. Dessa forma, também recomendou o
segmento para a próxima etapa. O jurado José Coutinho deu um
testemunho sobre a seriedade desse trabalho e destaca que o trabalho
deva ser dado conhecimento a todos. A jurada Letícia complementa que
esse trabalho é da maior relevância para a salvaguarda das tradições do
Clube do Choro. O próximo projeto apreciado foi o .As Crianças e os
Bambas: Processos Formativos e de Salvaguarda do Samba
Cal)/baba (ES). Em seu parecer, a jurada Ana Lúcia recomendou o projeto
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para a próxima etapa e justificou sua posição por considerar a ação muito
bem articulada com a comunidade e também com a Secretaria deEducação. A jurada Sõnia também recomendou o projeto e ressaltou que
a capacidade de articulação é interessante, por ser encabeçada por um
coletivo não-formalizado, se articulando com áreas afins e esferas do
poder público. Destacou, ainda, sua sintonia com as ações
contemporâneas na área da museologia social. Apontou também a
importância da construção da Casa da Memória e a constituição deacervos do território do samba. Reiterou, mais uma vez, a capacidade de
articulação com instituição do poder público e universidades. Além disso,
valorizou o alinhamento das práticas do projeto às diretrizes de Educação
Patrimonial do IPHAN. Após, avaliou-se o projeto mamava/ do l.algo do
Rosado rGO9. A jurada Nilcemar recomendou o projeto para a próxima
etapa e destacou sua mobilização social, sua força e importância junto à
comunidade, envolvendo integrantes da região. Além disso, destacou o
fortalecimento de uma vertente de carnaval que se encontra ameaçada.
No mesmo sentido, o jurado Marcus considerou a relevância e
recomendou o projeto para a próxima etapa. No entanto, não considerou
a ação tão inovadora, pois trabalhos do tipo se reproduzem em todo o país.
O próximo projeto avaliado foi o Documentado sobre a v/da e obra do
/Mestre Paf/nho rM4). Ajurada Sõnia Rampim Florêncio não recomendou
o projeto, posto ser essa uma ação em desenvolvimento, que ainda não
ocorreu. Luiz Phillipe declarou que recomendou o projeto em razão da
importância do legado de Mestre Patinho, um dos principais continuadores
da capoeira em São Luís. Reconheceu, contudo, que a açáo não se
enquadra na proposta do Prêmio, em função das razões expostas pela
jurada Sõnia Rampim Florêncio. Sendo assim, reverteu seu voto,
desaprovando a ação. Dessa forma, o projeto restou eliminado pelos dois
pareceres contrários. Na sequência, foi analisado o projeto .Aparec/da,
Re/nos /Vegros (MG). A jurada Mana Laura comentou que o proponente
vem realizando uma série de ações expressivas na área de património
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imaterial, além disso explicitou os objetivos do projeto e descreve os
objetivos gerais da ação. Apontou a beleza e a qualidade sonora do CD,
valorizando a diversidade interna das guardas do Rosário. Ressaltou,
contudo, o pouco trabalho de contextualização das informações. Concluiu
afirmando que se trata de um trabalho digno de nota, mas não de
excelência. A jurada Ana Lúcia Abreu Gomes afirmou que se trata de um
trabalho para iniciados, dada a dificuldade de entender o projeto.
Comentou, ainda, que o trabalho revela um grande envolvimento e uma
boa sistematização dos materiais encaminhados. Dessa forma,
recomenda-o vivamente para a próxima etapa, a despeito dos reparos. Em
seguida, apreciou-se o projeto Somado do Sertão/PE e B.4 (PE). Ajurada
Ana Lucia recomendou vivamente o projeto para próxima etapa, pois é
muito bem realizado. O jurado Marcus também seguiu no mesmo
entendimento, indicando que a ideia da paisagem sonora fica bastante
interessante no projeto e comenta sobre as dificuldades de captação
técnica do material. Ressaltou a utilização de ferramentas afins para a
elaboração e afirmou que caberia, ao menos, uma Menção Honrosa para
esse projeto. O próximo projeto avaliado foi Pro/efo .4 Benta (PA). O
jurado Marcus Vinicius Garcia ressaltou a importância do projeto, porém
ressentiu-se da sua falta de originalidade, modificando sua avaliação de
positiva para negativa. Assim, recomendou que a ação não avance para a
próxima fase. A jurada Mana Laura Viveiros de Castro, por sua vez,
comenta que o objetivo geral da ação não se encontra bem explicitado, a
despeito da relevância do Carimbó. Considera o projeto digno de nota,
mas, ao compara-lo com os demais, acredita que não tem o mesmo nível
de excelência. Dessa forma, o projeto quedou eliminado. A avaliação
seguinte recaiu sobre o projeto Fo//a de Reis Jl#/rfm do /corro da Forra/ga
(RJy. A jurada Mana Laura Viveiros de Castro comentou sobre a relação
assimétrica de gênero no projeto, no qual predominam meninos.
Ressentiu-se da falta de contexto detalhado sobre a realização das
oficinas e também indicou a falta de informações sobre as repercussões
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do projeto. Embora tenha considerado que o projeto é inteiramente
louvável e destacado a atuação exemplar do proponente, concluiu que a
proposta não traz elementos mais acurados sobre a logística e a dinâmica
oficinas. Assim, ajurada sugeriu uma menção honrosa ao projeto. Ojurado
Lincoln declarou sua dificuldade na avaliação do projeto, pela escassez de
informações e indicadores mais palpáveis. Afirmou, contudo, que o relato
apresentado é louvável e recomendou o seu prosseguimento. Nasequência, discutiu-se o projeto 78 anos de va/oHzação dos povos
/ndígenas rSPJ. A jurada Lygia Segala ressaltou a relevância do projeto e
das atividades da proponente, profunda conhecedora de seu objeto de
atuação. Afirmou, no entanto, que a ação se configura como uma açáo de
divulgação de um trabalho autoras. Não obstante as ressalvas, indicou a
ação para a avaliação final. A jurada Sõnia Rampim Florêncio ressentiu-
se do envolvimento da comunidade na implantação e execução da ação,
mais ainda assim recomendou o projeto para a próxima etapa. O próximo
projeto avaliado foi Me/od/en Von Guab/ruga (SC). O jurado Luiz Phillipe
afirmou que o projeto atinge todos os critérios do edital, sendo
corretamente executado e indicando-o para a próxima etapa. Ressaltou a
sua boa qualidade e eficiente metodologia. O jurado Marcus Vinicius
Garcia declarou que se trata de uma ação de mérito em sua área de
atuação, recomendando a sua avaliação na próxima etapa. Na sequência,
os projetos dessa Categoria 2, Segmento 4, receberam os votos da
Comissão Nacional. Considerando o grande número de projetos a serem
votados, apuraram-se os votos em dois turnos, qualificando Somado do
Sertão/PE e BA (PE), Saberes e Conhecimentos do povo Apinajé (TO)
e Sambas de Roda Mirins, Foi Meu Mestre que Ensinou (BA). t)os três
restantes para o segundo turno, consagrou-se vencedora, por 12 votos, o
projeto Somar/o do Senão PE-B.A (PE). Ademais, foram indicadas para
Menção Honrosa os seguintes projetos: Saberes e Conhec/menfos do
Povo Apinajé (AP)l Sambas de Roda Miram (BA); Povo de Cultura e Fé
(AP); Folia de Reis Mirimdo Morro da Formiga (R.D; e Sábado à tarde
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- .4vena de Castra, a cítara e o choro em Brasa//a (DF). Prosseguiu-se
a apreciação dos projetos. O Diretor Marcelo Bruto passou para a leitura
dos projetos da Categoria 1, Segmento 4, que serão discutidos para
avaliação final. Nesse segmento, permaneceram ll (onze) projetos
habilitados. Os projetos Souven/r D/g/fa/ (PE), .Arqu/vo rPR), Pro/efo
Ga/eda de .Anel B-6í2 (RN), receberam dois pareceres negativos e,
portanto, restaram eliminados da próxima fase. O primeiro prometo
analisado foi Restauração e Rev/fa//zaçáo da Fazenda Engenho
D:Agua ra41. O jurado Luiz Alberto recomendou o prosseguimento da
ação para a próxima fase por mérito de reabilitação de um complexo e
também por dar destino no sentido da preservação. Declarou que o
método de restauro é bastante habitual e que o projeto mantém a
preocupação com a sustentabilidade económica das ações e também com
questões ambientais. Ressaltou que o plantio do cacau e a hospedagem
estão entre as ações para a busca da sustentabilidade. Considerou que o
projeto demonstrou alta capacidade dialógica e operativa e elogiou o
desenvolvimento do centro de aprendizado de hotelaria e turismo. No
mesmo sentido, o jurado Romeu recomendou a ação e destacou intenção
de recuperação de património histórico situado no recôncavo baiano.
Julgou que a apresentação pecou por não trazer maiores informações
sobre a ação de restauro. Demonstrou a expectativa de que esse projeto
sirva como exemplo para suscitar ações semelhantes que busquem a
sustentabilidade financeira na utilização do bem. Na sequência, apreciou-
se a ação Casa da MemóHa do Cruze/ro (DF). O jurado Romeu não
recomendou o prosseguimento da ação por entender que não está clara a
contribuição para a preservação do património histórico, mas sim para a
memória da narrativa da comunidade. Deste modo não há como
considera-la no julgamento dessa iniciativa no Prêmio. Em sua opinião,
considerou que o projeto não tem originalidade e não possui relevância
para memória e cultural nacional. Em sentido contrário, a jurada Mana
Elaine recomendou o prosseguimento do prometo, porém julgou que o
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projeto está muito aquém dos demais que foram analisados. Destacou,
ainda, que se trata de um projeto para registro da história da ARUC,
entidade extremamente importante para o DF e primeira escola de samba
de Brasília, concentrando importante acervo sobre a história do Cruzeiro
e da cidade Património Mundial. Elogiou a divulgação de documentos
históricos por meio de exposições e da casa da memória, localizada na
ARUC, elemento muito importante da história dos candangos. Considerou
que o material apresentado tem um bom conteúdo arquivístico, mas que o
projeto parece carente de meios para a sua realização. Ressaltou que o
mérito da iniciativa reside no fato de registrar parte da história da capital.
O jurado José Coutinho complementou sobre a importância do bairro do
Cruzeiro (antigo bairro do gavião). Contou um pouco dessa história, que
justifica a defesa do projeto da casa do cruzeiro. O terceiro projeto
apreciado foi Conserraçáo dos Desenhos de .André Carfon/ - .4cer"vo
/BRA/U rES). O jurado Romeu indicou o projeto para a próxima etapa por
contribuir para a preservação do património, ressaltando a importância
desses desenhos. Ressaltou o atendimento de grande parte dos critérios
de avaliação da ação. Relembrou de iniciativas similares que foram feitas
em Pernambuco e que permitiram a recuperação de outros patrimónios
naquele Estado. Sugeriu a realização de uma publicação com esse
registro e também de outros. Com o mesmo entendimento, a jurada Mana
Elaine destacou o valor dos desenhos como documentos que serviram de
base para a conservação dos bens, instruindo diversas restaurações que
não possuíam documentação para tal. Os jurados questionaram a forma
de apresentação dessa proposta, em especial por ser um acervo do
IBRAM, o que levou a sua desconsideração por decisão da Comissão
Nacional por não ter sido enquadrada/apresentada corretamente. Dessa
forma, o projeto não passou para a próxima etapa de avaliação. O próximo
projeto debatido nessa categoria foi o .Auto do Cír/oi .A documentação
de um paf/fmõn/o em mov/mento rP.4). O jurado José Coutinho indicou
o projeto para a próxima etapa e destacou que o Círio atrai pessoas de
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todo o país, sendo que eventos colaterais são pouco conhecidos,
indicando a importância do resgate das manifestações profanas. Ponderou
que convêm analisar a classificação como património material ou imaterial
Do mesmo modo, a jurada Mana Elaine também recomendou o projeto
para a próxima etapa e destacou que o projeto é bem feito, possui
originalidade e tem caráter exemplar, integrando diferentes expressões
artísticas e possuindo relevância para a memória. Além disso, também
questionou o enquadramento do prometo. A Comissão Nacional entendeu
que o projeto não trata propriamente de documentação e resolveu não o
classificar para a próxima etapa por essa razão. Na sequência foi avaliado
o projeto Canas de 4rqu/vo rPU9. Ajurada Aneide indicou o projeto para
a próxima etapa e ressaltou que é um bonito trabalho, feito no arquivo
nacional, com trabalho de cinema. Ressaltou que os acervos possuem
múltiplas possibilidades de apropriações artísticas, pois História, teatro,
cinema ampliam o acesso ao acervo. Considerou que essa característica
alarga suas possibilidades para um público maior, sendo também muito
pedagógico. Enfatizou que o trabalho democratiza a informação de
arquivos públicos e possui elementos inovadores. Recomendou o projeto
para a próxima etapa com entusiasmo. No mesmo sentido, a jurada Mana
Elaine também apontou o caráter abrangente do prometo, incluindo uma
parcela mais ampla da população. Considerou também que utiliza uma
linguagem sedutora e recomendou o projeto para a próxima etapa. O
processo prometo foi avaliado o projeto .Ass/s Nona; Retratos (MG). A
jurada Aneide recomendou, com entusiasmo, o prometo para a próxima
etapa e ressaltou a história dos retratos de trabalhadores e a importância
desse acervo. O jurado Flávio seguiu na mesma direção e acrescentou
que a ação fomentou elementos de consciência social, além de possuir
boa estratégia de exposições. Em seguida foi apreciado o projeto
Arqueologia e Comunidades no rio Madeira, Porto Velho -- RO. AComissão Nacional questionou a incorreção do enquadramento, o que
impossibilitou a análise do projeto, que deveria ter sido analisada em outro
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segmento. Dessa forma, restou eliminada da próxima etapa. O próximo
projeto avaliado foi a Pub//cação do Gu/a de .Arqu/fefura de Podo
4/erre (RS). O jurado Andrey indicou o projeto para a próxima etapa e
destacou a questão do acervo fotográfico. Em sentindo oposto, o jurado
Flávio não recomendou o projeto por considerar que se trata de uma
iniciativa pontual de publicação de um Guia. Desse modo, Andrey
modificou seu posicionamento inicial para deixar de recomendar a ação
para a próxima etapa. Após, apreciou-se o projeto Pa/né/s de FomTafura
da .Acedem/a do Comérc/o de Santa Cafarína rSC). A avaliação da
jurada Aneide foi para indicação para a próxima etapa, recordando que os
painéis estavam candidatos ao prêmio do ano passado. Considerou que
as fotografias possuem valor histórico e no museu escola podem ser
ressignificados como símbolos educacionais. Informou que os painéis são
bens integrados, com diversas narrativas. Ponderou que o projeto merece,
ao menos, ser indicado para a Menção Honrosa. Em sentido contrário, o
jurado Luiz Alberto não recomendou a ação para a próxima etapa. Reviu
a sua posição, pois achou que só deveria aprovar um único prometo. De
todo modo, considerou uma boa ação, de caráter exemplar e original. O
próximo prometo avaliado foi/nfopafrfmõn/o rSPy. O jurado Flavio
recomendou o projeto para a próxima etapa pelo modelo de gestão
baseado em curadoria de vários profissionais, o que traz várias
possibilidades de melhoria. Destacou que possui capacidade dialógica. No
entanto, não considerou a proposta inovadora e também destacou a sua
limitação quanto a bens e localidades. No mesmo sentido, ojurado Robson
decidiu pela indicação, observando que a grande força da ação está no
modelo de gestão de curadoria e também no caráter público e gratuito. Por
fim, apreciou-se o projeto note/ro Geo-Turísf/co de Podo JVac/ona/;
preservando o património cultural de Porto Nacional -- TO. O \tarado
Robson não recomendou o projeto para a próxima etapa, pois pela
documentação apresentada, trata-se de projeto desenvolvido pela
universidade do Tocantins. Por isso, indicou que deveria ser apresentado
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por aquela instituição. Também ponderou que o projeto deveria ter sido
enquadrado em outro segmento. O jurado Flávio, em sentido contrário,
havia recomendado o projeto. Porém, devido às dúvidas sobre o
enquadramento, resolveu negar o seu prosseguimento. Dessa forma, o
projeto náo foi para a próxima etapa. Finalizadas as avaliações das ações
Categoria 1 , Segmento 4, iniciou-se a votação para a escolha dos projetos
vencedores. Registrou-se dez votos para o projeto Restauração e
Revitalização da Fazenda Engenho D'Agua (BA); do\s votos para Assis
Horta: Retratos (MG), um voto para Casa da Memória do Cruzeiro (DF)\
seis votos para Canas de 4rqu/vo (RJy; nenhum voto para Pa/né/s de
Formatura da Academia do Comércio de Santa Catarína (SC)\ e
nenhum voto para /nfopafHmõn/o rSP). Dessa forma, foi declarado
vencedor nessa categoria e segmento o projeto Restauração e
Rev/fa//zação da Fazenda Engenho D:Agua rB.A). Foram indicados,
ainda, os seguintes projetos para Menção Honrosa: .Assim moda;
Retratos (MG); Cartas de Arquivo (RJ); e Painéis de Formatura da
.4cadem/a do Comérc/o de Santa Cata/fna (SC). Após a apuração dos
votos, o Diretor Marcelo Bruto encerrou os trabalhos do primeiro dia de
reunião da Comissão Nacional.
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Aos vinte e um dias de dois mil e dezoito, às oito horas e cinquenta minutos
foi iniciado o segundo dia de reunião da Comissão Nacional para avaliação
dos projetos do PRMFA 2018. O Diretor Marcelo Brito deu início aos
trabalhos do segundo dia de atividades, com a avaliação da Categoria 2,
Segmento 1 , permaneceram 05 (cinco) ações para avaliação final. Nessa
categoria e segmento, apenas o projeto Curso de ides P/ásf/cas rGO9
recebeu dois pareces negativos dos jurados Nilcemar e Sõnia, ficando,
portanto, eliminado dessa etapa. Na sequência, foi avaliado o projeto
Capoe/ra Viva Sa/fiador ra.AJ. O jurado Luiz Phelipe recomendou a
premiação do projeto, em virtude de ter cumprido os requisitos do edital,
merecendo divulgação e reconhecimento. Considerou, ainda, que os
resultados apresentados pela ação são de boa qualidade metodológica e
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que o projeto pode ser reconhecido como referência, além de contemplar
a salvaguarda da capoeira e contribuir para a preservação do Património
Cultural Brasileiro. Destacou, ainda, que a Fundação Gregário de Matos
vem cumprindo suas atribuições na área de preservação e que possui
papel relevante na salvaguarda da capoeira. Apontou, ainda, que se trata
de um investimento no potencial humano e comunitário e elogiou aqualidade do sítio eletrõnico. A jurada Paula Porta não recomendou a
premiação desse prometo em virtude da circunscrição da ação,
considerando as atividades do proponente muito restritas face ao projeto
de salvaguarda da Capoeira como património cultural brasileiro. Justificou
que analisou os resultados de 2017. Ajurada Aneide tomou a palavra parta
afirmar a importância do trabalho regular exercido pela Fundação Gregário
de Mattos. O jurado Marcus Vinicius Garcia indagou sobre a existência de
relatórios de ações e de atividades realizadas, solicitando maior conteúdo
para poder avaliar. O jurado Luiz Philipe Andrés informou sobre uma série
de atividades que foram listadas, bem como indicou a existência de
publicações e sites derivadas da ação. Decidiu-se, ao final, que a ação
deveria passar para a fase seguinte. O próximo projeto avaliado foi
/Mestras da Cu//nada /garapé (/l#G), sendo recomendada para a próxima
etapa pelo jurado Lincoln, que justificou sua posição em razão da
importância do resgate do conhecimento junto a integrantes da localidade.
Considerou que a ação valoriza e empodera seus integrantes, contribuindo
para a valorização da culinária mineira. Na sequência, a jurada Nilcemar
também recomendou a premiação desse projeto, apresentando como
motivo a sua contribuição, entre outras, à promoção de desenvolvimento
económico e social da região. O terceiro prometo avaliado foi oBenzede/ras de Ponta Grossa (PR), apreciado pela jurada Lygia Segala,
que não recomendou o projeto para a próxima fase, em razão da ausência
de originalidade, bem como a escassez de documentação sobre a própria
prática. Ponderou que as ações não são diferenciadas de outras
abordagens, não faz menção a outros trabalhos de pesquisa na região,
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necessitando qualificar melhor a relação com os profissionais de saúde
que é proposta no trabalho. Considerou, também, que o projeto aborda
superficialmente a intenção de reconhecimento de benzedeiras como
agentes de saúde, devendo ser aprofundadas as discussões sobre o
assunto. Por outro lado, o jurado Marcus Vinicius Garcia recomendou o
seu prosseguimento, ressaltando a sensibilidade e potencial do projeto.
No entanto, ressentiu-se da falta de contextualização das atividades da
ação, de maiores informações sobre o tema e da interface com o campo
da saúde. Ressaltou que se trata de iniciativa interessante, mas que o
mapeamento pode ser melhorado. Também disse que a questão de
agentes de saúde está mal trabalhada. Concordou que o projeto está
incompleto e carece de amadurecimento. Ajurada Aneide comentou sobre
a importância política do prometo e sugeriu que ele deveria seguir para a
votação. O jurado Luiz Alberto reforçou a importância das práticas
tradicionais face aos processos mais gerais de modernização das práticas
de saúde. Comentou, ainda, que o tema deve ser reconhecido como ato
político. A jurada Lygia Segala reiterou a relevância do tema, ponderando
que, não obstante a sua relevância, o projeto necessita de maior
maturação. A Presidente Kátia Bogéa sugeriu, nesse sentido, que a ação
receba uma Menção Honrosa. Na sequência, avaliou-se o projeto Semana
do PafHmõn/o Cu/fura/ de Pernambuco rPE). O jurado Lincoln
recomendou o prosseguimento desse projeto, em razão da sua qualidade
e alcance. Em sua opinião, a ação vem reunindo diversos atores
envolvidos com a temática e está trazendo resultados significativos na
educação, na articulação de comunidades, na produção no campo do
Património. Dessa forma, considerou impressionante a metodologia e a
forma como a Fundação interage com os participantes, resultando em
atividades de grande importância e altíssima relevância, sobretudo entre
jovens estudantes. Avaliou, ainda, que o material apresentado retrata de
maneira evidente a qualidade da ação. Assegurou que talvez esse seja o
projeto mais produtivo em atividade no país, mobilizando boa parte das
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regiões de Pernambuco. Da mesma forma, a jurada Sõnia Rampim
Florêncio recomendou a premiação em virtude das articulações
intersetoriais e interdisciplinares. Comentou, ainda, sobre a longevidade
da ação, que inclusive ultrapassa as oscilações da gestão pública. A
Presidente Kátia Bogéa recordou que na década de 1970 ocorreu o
"Encontro de Brasília", no qual foi discutida, com governadores de todos
os estados do Brasil, a ideia de um sistema nacional de gestão depatrimónio. O quinto projeto avaliado foi "Saber Fazer"; Erva-mate do
P/a/7a/fo /Vede Catar/pense rSC), apreciado pela jurada Mana Laura
Viveiros de Castro, que recomendou sua classificação para a próxima
fase, em razão da sensibilidade do proponente para a questão patrimonial,
promovendo qualidade de vida e preservação ambiental na região.
Destacou que a empresa não é de produção cultural, mas sim dedesenvolvimento agrícola, sendo isso muito importante. Ressaltou a
qualidade do conhecimento produzido sobre a erva-mate, formando um
acervo histórico e social sobre todas as etapas do processo de cultivo e
utilização da planta. Considerou uma açáo notável e de grande magnitude,
sobretudo no que se refere ao desenvolvimento sustentável. Apoiou a
intenção de se criar uma rota turística. Fez, ainda, uma observação sobre
o vídeo apresentado, apontando que não expressa de forma adequada a
contribuição da ação. O mesmo parecer foi dado pela jurada Ana Lúcia de
Abreu Gomes, destacando o convênio efetuado pela açáo com o Ministério
da Agricultura. O jurado Robson comentou que a empresa sempre teve
cuidado com a assistência rural de famílias ligadas à produção agrícola do
estado. O jurado Marcus Vinicius Garcia comentou sobre a participação
da empresa em evento que envolvia o lphan, ressaltando o seu interesse
pelas discussões sobre o património cultural. Concluídas as avaliações
desse bloco, prosseguiu-se a votação. Não foi registrado nenhum voto
para o projeto Benzede/ras de Ponta Grossa rPR)l registrou-se, ainda,
um voto para Capoe/ra Viva Sa/fiador (B.A)l dois votos para /l#esfras da
Culinária de lgarapé (MG); onze votos para Semana do Património
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Cultural de Pernambuco (PE)\ e cinco votos para "Saber Fazer": Erva-
mafe do P/ana/fo /Vede Cafadnense (SC). Dessa forma, consagrou-se
vencedor o pro\eto Semana do Património Cultural de Pernambuco
(PE). Em seguida, foram indicadas para Menção Honrosa as seguintes
anões. "Saber Fazer": Ewa-mate do Planalto Norte Catarinense (SC)
e Benzedeiras de Ponta Grossa (PR) e Mestras da Culinária lgarapé
rMG). Prosseguiu-se com a reunião, partindo para a avaliação da
Categoria 1 , Segmento 1 . Nessa categoria e segmento, o projeto .Anf/ga
Casa da Criança - proteção, conservação e promoção do património
cu/fura/ - Z.onda/na (PRJ recebeu dois pareces negativos dos jurados
Robson e Verá Bosi, ficando, portanto, eliminado dessa etapa. Já o projeto
Em Defesa do Património da Arie da Granja do lpê (DF) fo\ e\\m\nado
pela Comissão Nacional por uma questão de equívoco de enquadramento
em relação ao segmento. Na sequência, o projeto Campanha Eu Cano e
Cu/do (GO9 foi avaliado. A jurada Verá Bosi recomendou o projeto para a
próxima etapa, em razão da estreita relação do bem tombado com seus
usuários, destacando que o ato de tombamento do imóvel despertou
interesse e cuidado, situação que não ocorre com a frequência desejada.
O jurado Robson seguiu a recomendação da primeira jurada, ressaltando,
ainda, a excepcionalidade de um instituto de ensino à frente daconservação do imóvel. O próximo prometo avaliado foi Processamento
do Acervo de Cinejornais do Museu da Imagem e do Som de Belo
Hodzonfe/MG. A jurada Aneide recomendou o prometo para a próxima
etapa em razão do cumprimento dos critérios técnicos exigidos e da
importância do material preservado, sendo uma forma de divulgação de
notícias e informações em completo desuso. O jurado Flávio Carsalade
seguiu a recomendação da jurada, considerando sua importância em
termos de valor documental e estratégia de divulgação, com grande
inserção no ambiente sociocultural da capital mineira. Informou que é
missão do órgão e destacou o seu grande mérito na seleção e naestratégia de promoção e divulgação. O prometo avaliado na sequência foi
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OC.A - Origens Cu/fura e .Amb/ente rP4). A jurada Ana Abrahim
recomendou o prosseguimento do projeto em razão da ampla articulação
efetuada e do conjunto de ações realizadas. Ressaltou, ainda, a produção
de conhecimento de forma colaborativa, bem como a importância dos
resultados, preenchendo quase todos os critérios de avaliação deste
edital. Destacou, por fim, o grande número de envolvidos e o potencial
arqueológico extraordinário. Informou que Gurupá concentra grande
diversidade cultural. O jurado Robson seguiu o parecer favorável da
jurada, concordando plenamente com o parecer. Ressaltou a inclusão e
participação da comunidade no âmbito do prometo. Na sequência, foiava\\ado o prometo Conjunto de Obra do Prodetur Nacional (PE). O
jurado Robson recomendou o projeto para a próxima fase, tendo em vista
a sua contribuição ao desenvolvimento integrado da região e a valorização
de seu património cultural. Destacou, ainda, a restauração de imóveis e
requalificação de áreas na região, com grande impacto e também com
relevante abrangência em níveis regionais e nacional. A jurada Aneide
seguiu o parecer favorável do primeiro jurado, ressaltando a importância
de ações de turismo cultural na região. Elogiou a mudança de postura do
prometo em relação ao turismo de massa, de caráter muitas vezes
predatório. O próximo projeto avaliado foi Educação Pafdmon/a/;
.4/fabef/zaçâo Cu/fura/ - Pies/dente Méd/ci/RO. O jurado Andrey Schlee
não recomendou o projeto em razão da ausência de originalidade, não
havendo nenhum salto de qualidade em relação ao que ações educativas
tradicionais na área de arqueologia. Em sua opinião, a ação se restringe a
atividades tradicionais com palestras e exposições de objetos apenas. No
entanto, concordou que o projeto tem méritos e elogiou o papel da
Prefeitura em nível regional. O jurado Romeu reviu seu posicionamento
inicial e concluiu por não recomendar a ação. Após, avaliou-se o projeto
Dera/menfos Para Posfeddade (RJ9. O jurado Luiz Alberto recomendou
o projeto, ressaltando sua excelência e qualidade, além da constituição de
extenso e valioso acervo. Ressaltou, ainda, a metodologia adequada, bem
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como o preenchimento de todos os requisitos do edital. Considerou que o
acervo em diversas mídias possui forte poder de disseminação. O jurado
José Coutinho seguiu o parecer do primeiro relator, destacando seu
estupendo trabalho de preservação de registro orais e musicais.
Recomendou, com ênfase, sua aprovação para a próxima etapa. Na
sequência, foi analisada a ação Recuperação do acervo meta//co das
Missões Jesuíf/cas no R/o Grande do Su/ (RS). O jurado Romeu
recomendou a aprovação da ação para a próxima fase em virtude de sua
originalidade e caráter exemplar em seu desenvolvimento. Entendeu que
as ações merecem divulgação e reconhecimento público. Considerou
clara a intensão de preservação, com originalidade e caráter exemplar,
além de possuir uma equipe arqueológica de qualidade. Portanto, julgou o
projeto como de grande relevância nacional. Andrey Schlee seguiu o
parecer do primeiro jurado, recomendando o prosseguimento do projeto
em decorrência de seu significado e da metodologia da atividade, que
pode ser replicada para objetos metálicos de mesma origem. Destacou o
tratamento nas peças, acompanhado por alunos. Julgou a ação como
diferenciada na arqueologia. O próximo projeto avaliado foi Pro/efo de
Requalificação Urbana de Conjuntos Tombados em SC: O Caso de
Urussanga (SC). O jurado Robson não recomendou o projeto diante da
impossibilidade de auferir o resultado das ações, já que o material enviado
demonstra o trabalho em andamento, não havendo uma fase concluída
em 2017. O jurado José Coutinho recomendou a aprovação do prometo
para a próxima fase, destacando a sua importância, a despeito de sua
incipiência ou incompletude. Em sua opinião, trata-se de um estudo em
vias de materialização que poderá estimular iniciativas semelhantes em
outras cidades do Brasil e, por isso, deveria ser considerado. Ponderou,
ainda, a grande qualidade do material gráfico destinado a promove-lo.
Após, debateu-se o projeto domada do Pafdmõn/o (SP). A jurada Verá
Bosi recomendou a sua aprovação, tendo em vista o seu mérito e a
continuidade da ação, que superou oscilações e mudanças na esfera
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governamental. Chamou a atenção, também, para a metodologia da
programação da ação, de amplo alcance e democratização do acesso ao
património de São Paulo. Em seguida, registrou-se a ausência involuntária
da jurada Mana Elaine, sendo lido seu parecer pelo Diretor Marcelo Bruto.
No parecer, a jurada recomendou a aprovação do projeto para a próxima
fase. Destacou o seu caráter exemplar por apresentar resultados
meritórios, democratizando o acesso ao património cultural da cidade. O
jurado Flávio Carsalade recomendou que o projeto seja considerado para
a Menção Honrosa. O último projeto analisado nessa manhã foi /l#useu do
Fado; C/m fdbufo a Ga/ba .Arat#o (CE). A jurada Ana Abrahim não
recomendou a o prosseguimento do projeto em razão da escassez de
informações que permitam qualificar de maneira mais adensada a ação.
Além disso, constatou uma série de equívocos em sua execução. Tal como
ocorreu na avaliação do projeto da ./ornada do Paf/fmõn/o (SP), oparecer da jurada Mana Elaine foi lido por Marcelo Bruto, em razão de sua
ausência involuntária. Em seu parecer, a jurada recomendou a aprovação
da ação, em função da pouca visibilidade desse tipo de património,
destacando o pioneirismo da atuação de Gamba Araújo, a concisão e
objetividade da descrição da ação e suas intenções. Destacou a sua
importância para as dimensões material e imaterial do património cultural
brasileiro. Finalizadas as avaliações das ações do Segmento 1 , Categoria
1, iniciou-se a votação para a escolha do projeto vencedor. Não foi
registrado nenhum voto para /l#useu do Parto; Um fdbufo a Ga/ba
Araújo (CE), Processamento do Acervo de Cinejornais do Museu da
Imagem e do Som de Belo Horizonte / MG, Recuperação do acervo
metálico das Missões Jesuíticas no Rio Grande do Sul (RS) e Projeto
de Requalificação Urbana de Conjuntos Tombados em SC: O Caso de
C/russanga (SC); registrou-se um voto para Campanha Eu Cano e Cu/do
(GO), Depoimentos Para Posteridade (RJ) e Jornada do Património
(SP)l foram registrados sete votos para Conjunto de Obra do Prodetur
Nacional (PE); e, por fim, foram registrados nove votos para OCA
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OHgens Cu/fura e 4mb/ente rP.4), consagrando-se o projeto vencedor.
Para Menção Honrosa, foram indicados os projetos Co/l/unto de Obra do
Prodetur Nacional (PE) e Jornadas do Património (SP). Às qua\onze
horas e vinte minutos foi retomada a segunda parte da reunião da
Comissão Nacional de Avaliação do Prêmio Rodrigo Meio Franco de
Andrade (PRMFA) 2018. Os trabalhos foram reiniciados com a avaliação
dos projetos correspondentes à Categoria 1 , Segmento 3. Nessa categoria
e segmento, o projeto Bate Fo/ha í00 anos (B.A) recebeu dois pareces
negativos dos jurados Verá Bosi e Luiz Alberto, ficando, portanto,
eliminado dessa etapa, assim como o projeto V7/ Fest/va/ da Cu/fura
/coense -- /COZE/RO (CE), que recebeu dois pareceres negativos dos
jurados Romeu e Andrey Schlee, ficando, também, eliminada dessa etapa.
O primeiro projeto analisado foi Pro/efo "Espaço São V/cenfe" (ZM). O
jurado Flávio Carsalade recomendou o projeto para a próxima etapa, em
virtude de sua abrangência como requalificação urbanística e do resultado
exemplar ao apresentar um grande envolvimento da comunidade com a
localidade, de maneira que merece concorrer ao prêmio. A jurada Ana
Abrahim não recomendou o seu prosseguimento por questões de ordem
conceptual e da escassez de informações sobre os propósitos da ação.
Colocou que faltou clareza dos objetivos e do objeto. Ressentiu-se, nesse
sentido, da clareza expositiva quanto aos objetivos gerais e atividades
correlacionadas ao projeto. Ponderou, ainda, a ausência de informações
sobre as fases concluídas ou fases em andamento do projeto. Também
julgou de difícil compreensão como será feita a articulação das áreas
envolvidas nos projetos. Apesar do esforço gráfico, reconheceu que não
ficaram claro as atribuições em relação aos diferentes entes. Após a
exposição da jurada Ana Abrahim, o jurado Flávio Carsalade alterou sua
inicial posição, recomendando pelo não prosseguimento do prometo. Dessa
forma, restou eliminado da próxima etapa. O segundo prometo avaliado foi
Preservação da Imagem e Memória da Amazõnia por John Adrian
Come// (GO). A jurada Ana Abrahim recomendou o projeto para a próxima
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etapa, tendo em vista a altíssima relevância e extensão do acervo fílmico
apresentado, fundamental para a investigação científica sobre a temática.
A jurada Aneide seguiu a recomendação da primeira parecerista,
ressaltando a relevância indiscutível do acervo. Indicou, no entanto, que o
material encontra-se fora de sua região de captação, criando dificuldades
de acesso e disseminação. O projeto analisado na sequência foi o /Museu
da l-/fura/a (A4G). O jurado Flávio Carsalate recomendou oprosseguimento para a próxima fase por sua qualidade e excelência, ainda
que não tão inovador do ponto de vista temático. O jurado Luiz Alberto
seguiu a mesma recomendação, ressaltando a excelência do museu e o
seu grande valor do acervo. Ponderou que o aspecto educativo talvez
necessite de maiores esforços. Avaliou como a grande novidade o foco na
liturgia. Ressentiu-se de certos aspectos ligados, entre outras, àmuseografia, aos instrumentos e meios de divulgação de informações,
bem como julgou como reduzida a abordagem das dimensões culturais. O
projeto avaliado em seguida foi o C/nco Pontas; .A Re/nvenção do
Pafdmõn/o/PE. O jurado Andrey Schlee recomendou o prosseguimento
do projeto para a próxima etapa, em razão de sua referência para a
comunidade local e do seu grande interesse. Alegou que a interpretação
do Património Cultural é bem-feita e reforçou que a referência dacomunidade é o forte da ação. A jurada Aneide também recomendou a
aprovação do projeto pela exemplar prática de preservação de um
monumento tombado dentro de um centro urbano. Destacou, ainda, o
envolvimento da comunidade local. Considerou, por fim, que o projeto tem
um circuito museológico de qualidade. Na sequência, o projeto analisado
fo\ Tratamento do Fundo Hospício de Pedra ll (1833-1889) - IMASNS
(RJ). A jurada Aneide recomendou a aprovação do projeto para a próxima
fase, tendo em vista a preciosidade da documentação, não apenas
importante do ponto de vista histórico, mas também da própria trajetória
profissional da medicina. Destacou a importância da documentação sobre
a psiquiatria, demência e medicina. A jurada Ana lbrahim também
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recomendou a aprovação do projeto, em virtude da importância histórica
de sua documentação e da perene dívida do país com a salvaguarda de
acervos históricos. Em sua opinião, ações dessa natureza devem ser
vistas com bons olhos e angariar bastante incentivo. Após, iniciou-se o
debate sobre o Projeto de Climatização do 2' Pavimento do palácio
P/raf/n/ em Podo .4/erre rRS). O jurado Romeu recomendou o projeto
para a próxima fase pelo seu caráter exemplar e pelo pleno atendimento
dos critérios de análise. A jurada Mana Elaine Kolsdorf também
recomendou a aprovação, destacando a clareza da apresentação e a boa
documentação, bem como a importância de um projeto de climatização
que respeita a natureza e as características do imóvel. O jurado Flávio
Carsalade ponderou que se trata de uma ação pontual e como tal não
entende que seria uma ação a ser premiada. A próxima avaliação recaiu
core projeto Centro de JUemórla .4/fà/Max/Créd/fo - CE/UAC;
Preservação e Promoção da História e da Memória doCooperam/vfsmo e da .AgropecuáHa em SC. A jurada Aneide
recomendou a aprovação do projeto para a fase seguinte, embora não a
considere de excelência. Informou que manteve a recomendação em
função da relevância de ações na área. Por seu turno, o jurado José
Coutinho não recomendou a aprovação do prometo, considerando-o, no
entanto, meritório, mas de alcance restrito. Nesse sentido, não o
considerou suficiente para a recomendação de um prêmio em âmbito
nacional. Em seguida, o Diretor Marcelo Bruto constatou a presença de um
número significativo de ações documentais neste edital, o que revela um
interesse crescente na área. José Coutinho acompanhou a impressão de
Marcelo Brito, comentando sobre a possibilidade de que ações
documentais venham a ter tratamento especial nas próximas edições. O
último projeto analisado nessa categoria e segmento foi o da V7/a /cada
Zé//a - 700 anos/SP. A jurada Aneide recomendou fortemente a ação,
considerando o mérito da ação e por tratar-se de mais uma coleção
documental resgatada por esforço da associação de moradores, no intento
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de constituir o seu centro de memória. A jurada Mana Elaine também
recomendou o projeto para a próxima etapa, ressaltando as açõeseducativas envolvidas. Ressaltou a escassez de recursos em
contraposição ao esforço dos moradores e a importância do processo de
constituição do acervo. Finalizadas as avaliações dos projetos do
Segmento 1 , Categoria 3, iniciou-se a votação para a escolha do projeto
vencedor desse segmento. A votação foi realizada em dois turnos,
restando para a segunda rodada apenas os projetos Presewaçáo da
Imagem, Vila Mana Zélia - 100 anos/SP, Preservação da Imagem e
Memória da Amazõnia por John Adrian Cowell (GO) e Tratamento do
Fundo Hospício de Pedra ll (1833-1889) -- IMASNS (RJ). Cone\u\ndo a
avaliação deste bloco, consagrou-se como vencedor, por 10 votos, o
prometo V//a Mana Zé//a - 700 anos/SP. Por flm, a Comissão Nacional
indicou Menção Honrosa as seguintes ações: Preservação da /mugem e
Memória da Amazõnia por John Adrian Cowell (GO) e Tratamento do
Fundo Hospício de Pedro ll (1833-1889) -- IMASNS (RJ). Na sequênc\a,
os trabalhos foram reiniciados com a avaliação dos projetos
correspondentes à Categoria 2, Segmento 3. Nessa categoria e segmento,
o projeto /l#ov/menfação Cu/fura/ (/14T) recebeu dois pareces negativos
dosjurados Lygia Segala e Pauta Porta, ficando, portanto, eliminado dessa
etapa. A ação Festa do Reinado Treze de Maio de N'. Sra. Do Rosário
- JWG também recebeu dois pareceres negativos dos jurados Ana Lúcia e
Lincoln, ficando, portanto, eliminada dessa etapa. Por fim, o projeto
Cabaça Cu/fura/ - TO também foi eliminado, ao receber dois pareceres
negativos dos jurados Lincoln e Luiz Philipe. O primeiro projeto analisado
foi O JWuseu no Ba/aRCo das .Águas/ZI.. A jurada Mana Laura Viveiros
de Castro recomendou o prosseguimento para a fase final, em função de
sua natureza aberta, criativa e original e do seu dossiê bem organizado,
com consistência em seu conteúdo. Ressaltou, ainda, a grande
quantidade de atividades envolvidas no projeto, resultando em uma vasta
promoção de atividades culturais da região. A jurada Letícia Vianna
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também recomendou o projeto, em face da excelência das atividades, em
especial em função da valorização dos mestres e da proposta de interação
intergeracional. O próximo projeto avaliado foi o // Caravana do /l#useu
/ndiãena Tremembé rCE). A jurada Letícia Vianna recomendou o seu
prosseguimento para a próxima fase, tendo em vista a sua articulação com
outros projetos e com as políticas de património voltadas para os mestres
no estado do Ceará. A jurada Mana Laura Viveiros de Castro também
aprovou o projeto em decorrência de sua qualidade e consistência, ao
ampliar a autopercepção de grupos indígenas sobre si mesmos,
reconhecendo a diversidade interna no âmbito da própria etnia Tremembé.
Salientou, também, que o material apresentado encontra-se bem
elaborado. Após, foi avaliado o projeto Vem Viver o Pafdmõn/o - Síffo
H/sfóMco de São Pedra do /tabapoana (ES). A jurada Paula Porta
recomendou a aprovação do projeto pela sua consistência e capacidade
de mobilização social. A jurada Ana Lúcia seguiu a mesma avaliação da
primeira jurada. Em seguida, foi avaliado o Pro/efo /l#u/deres Cora//nas
rGO9. Ajurada Letícia Viana indicou a aprovação do projeto para a próxima
etapa, embora advirta que não se trata de um projeto de excelência
quando comparado aos outros. Considerou que não se trata de uma ação
centrada na transmissão de saberes tradicionais ou valorização de
mestres, não o destacando como ação prioritária para a premiação do
concurso. A jurada Sânia Rampim Florêncio também recomendou a
aprovação projeto em vista de suas qualidades, em especial, amobilização social, a geração de renda, a requalificação profissional e
questões de gênero preenchendo com méritos os requisitos do edital.
Após, apreciou-se o projeto D/fusão da Dança de Tambor de Calou/a
r/U4). O jurado Lincoln recomendou a sua aprovação para a próxima fase,
considerando sua consistência e o êxito da associação em suas
atividades. Ressaltou a metodologia utilizada que permite a propagação
da prática. O jurado Luiz Philipe seguiu a mesma recomendação ao
reconhecer o admirável esforço e protagonismo da comunidade para a
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manutenção de suas tradições musicais, coreográficas e artísticas.
Ponderou, porém, que a proposta não exibe dados quantitativos que
documentem suas atividades. O próximo projeto analisado foi trevo no
P/ura/ (PE). O jurado Marcus Vinicius Garcia recomendou a aprovação do
projeto em decorrência de farta documentação e diversidade de ações.
Ressaltou a capilaridade da ação, bem como seu alcance. Ajurada Lygia
Segalla indicou a aprovação do projeto para a próxima fase pela sua
grande competência, clareza dos objetivos e quadro de resultados, o que
o distingue como experiência original e exemplar. Enfatizou que as ações
do projeto merecem divulgação e reconhecimento público. A partir da
ponderação de Paula Porta a respeito do enquadramento do bem em foco,
Marcelo Brito esclareceu que não há incompatibilidade do bem com o seu
segmento correspondente e nem com a qualificação do proponente. O
projeto avaliado na sequência foi Tambores do Pagava/ rP.4). A jurada
Nilcemar recomendou o prosseguimento da ação, tendo em vista a
meritória atividade de preservação realizada pela instituição. O jurado
Marcus Vinicius Garcia também indicou sua aprovação pela importância
da ação junto à comunidade local, em especial o envolvimento de jovens
em torno das artes e do património cultural como uma estratégia de
inserção social e económica. Julgou, ainda, que o prometo merece, no
mínimo, uma Menção Honrosa. Após, foi avaliado o projeto Folia do
Divino Espírito Santo da Ilha dos Valadares/Paranaguá (PR). A jurada
Letícia Vianna recomendou o projeto para a próxima fase em razão da
intensa mobilização da comunidade, em um grande esforço de realização
da manifestação. Destacou, ainda, o esforço físico da realização do
percurso da folia. Sugeriu. por fim, uma menção honrosa. A jurada
Nilcemar acompanhou o parecer da primeira jurada. O projeto Memórias
e Vlvénc/a do Va/e do Gramame (PB) foi analisado na sequência. Ojurado Lincoln recomendou o seu prosseguimento, considerando a
realização de cursos para resgatar as práticas tradicionais. Avaliou, ainda,
que o projeto propõe uma série de resultados com base nos recursos que
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poderiam ser obtidos por uma premiaçáo. O jurado Luiz Phelipe também
recomendou o projeto, porém avaliou que o projeto pretendeu ser
premiado para possibilitar a sua efetiva consecução. Considerando essa
avaliação, ambos os jurados retiraram suas recomendações e o projeto
não seguiu para a próxima fase. Após, seguiu-se a avaliação do projeto
Plano de Salvaguarda das Matrizes do Samba no Rio de Janeiro (RJ).
A jurada Ana Lúcia indicou o projeto para a próxima fase, tendo em vista
o rico material encaminhado, ainda que não esteja bem coeso e
organizado em sua apresentação. A jurada Letícia Viana recomendou o
seu prosseguimento, considerando o envolvimento da base comunitária
para o trabalho de documentação. Ressaltou a sua exemplaridade no
sentido da apropriação pela comunidade do discurso patrimonial. Sugeriu
que o projeto merece uma Menção Honrosa, caso não contemplado com
o prêmio. O próximo projeto analisado foi o Ca/Varia - método de
produção adesana/ de ewa-mate (RS). Em seu parecer, a jurada Leticia
Viana recomendou o prosseguimento do projeto para a próxima fase e
indicou considerar uma Menção Honrosa. A jurada Nilcemar seguiu a
mesma avaliação, também recomendando o projeto para a próxima fase.
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Em seguida, avaliou-se o pro/efo rRE) Conhecendo a .4mazõn/a /negra;
povos, costumes e /nf7uénc/as negras na floresta rPO9. A jurada Letícia
Vianna apontou que a ação é um projeto pessoal de artes visuais, com
interesse jornalístico e baixa influência nas ações de preservação cultural,
não atendendo aos critérios estabelecidos no Edital. A jurada Ana Lúcia
informou que alterou seu posicionamento para negar o prosseguimento do
projeto. Considerando que a jurada Letícia Viana já havia apontado nessa
direção, o projeto quedou eliminado. O próximo avaliado foi o Pro/efo
.Aceno das Traí/iões (SP). O jurado Marcus Garcia indicou a aprovação
do projeto para a próxima fase, ressaltando o respeito aos grupos,
alinhado as melhores ações de salvaguarda do património. Destacou a
consistência de todo o trabalho e o cumprimento dos requisitos do edital.
A jurada Marca Laura seguiu a mesma recomendação, mas ressentiu-se
ii92 que o material de pesquisa que acompanha a documentação apresentada
li93 como desigual. Indicou que ficou em dúvida em relação a outros projetos.
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De toda forma, julgou o projeto como de grande valor. Finalizadas as
avaliações dos projetos do Categoria 2, Segmento 3, iniciou-se a votação
para a escolha do projeto vencedor desse segmento. A votação foi
realizada em dois turnos, restando para a segunda rodada apenas os
pro\elos ll Caravana do Museu Indígena Tremembé (CE), Frevo no
P/ura/ (PE) e O /museu no Ba/anão das .Aguas/HI.. A partir de nova
avaliação, consagrou-se como vencedor, por onze votos, o projeto //
Caravana do JWuseu /ndiãena Tremembé (CE). Por fim, a Comissão
Nacional indicou Menção Honrosa as seguintes ações: trevo no P/ura/
(PE), Plano de Salvaguarda das Matrizes do Samba no Rio de Janeiro
(RJ), O Museu no Balanço das Aguas/AL, Prometo Acervo das
rrad/Cães (SPJ e Tambores do Pagava/ rPA). Ao final, foi retomada a
lista de Menções Honrosas para reavaliação da Comissão Nacional. O
Diretor Marcelo Bruto sugeriu um crivo mais criterioso, pois asrecomendações foram extensas. A jurada Letícia Viana sugeriu que os
projetos que foram indicados para Menção Honrosa recebam uma
comunicação do lphan, valorizando o resultado das ações. A Comissão
Nacional. Finalizando os trabalhos, realizou a votação dos projetos para
Menção Honrosa na seguinte sequência: para a Categoria 1 , Segmento l
- Projeto Co/l/unto da obra do Prodefur /Vac/ona/ (PE); Categoria l,
Segmento 2 - Prometo Consewação, Restauro e Ze/adoça do Châfeau
d'Eau (RS)l Categoria 1 , Segmento 3 - Prometo Preservação da /macem
e Memória da Amazõnia por John Adrian Cowell (GO)\ Categor\a l,Segmento 4 - Projeto .Ass/s Moda: Retratos rMG)l Categoria 2, Segmento
1 - Pro\eto "Saber Fazer": Erva-mate do Planalto Norte Catarinense
(SC)l Categoria 2, Segmento 2 - Projeto Gema (RS); Categoria 2,
Segmento 3 - Projeto O Museu no Ba/anca das Aguas/HI.l e Categoria
2, Segmento 4 - Prometo Saberes e Conhec/menfos do povo .Ap/nq/é
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(TOy. O Diretor Marcelo Bruto leu uma Moção sobre o Banco Nacional do
Desenvolvimento, aprovada e encaminhada e incorporada a parte a esta
Ata pela Comissão Nacional. A Presidente Katia Bogéa agradeceu toda
equipe do Departamento de Cooperação e Fomento pelo trabalho
realizado no desenvolvimento do Prêmio Rodrigo Meio Franco de Andrade
2018, ao longo de todo o ano. Posto isto, encerrou-se o trabalho
enaltecendo o trabalho de toda a Comissão por sua colaboração, sendo a
presente ata lavrada por Rony Carlos Braga Oliveira, Rodrigo Martins
Ramassote e Paulo Moura Peters, e assinada pelo Diretor doDepartamento de Cooperação e Fomento, que a presidiu, bem como por
todos os membros presentes da Comissão Nacional do Prêmio Rodrigo
Meio Franco de Andrade 201 8.
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1236 Brasília, 21 de agosto de 2018
Ú::ÀhüJt,Á''«-,ANA Lilii;ii'XgKAÍiiW /7
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'»MARCELO BRITO \
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L . P/vq [). ;0./Zq: . Í . {f. Y & 'iX(0u . LtL4.,% «.'e:«.LUIZ ALBERTO RIBEIRO
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ANA LUCIA DE ABREU GOMES
FLÁV10 éARSALAdÊ ROBSON ANTQN10 QEALMEIDA
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LUAROMEU VERÁ BOSI DE ALMEIDA
JOSE CARLOS CORDOVA COUTINHOUN(llàÊlà:i.à'liÊlqiO CAMPOS
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APTISTA FbULETTO SEGALA
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IARcus vlNiclus CARVAI.I'ÍO aP.RCIA
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LUIZ PHELIPE DE CARVALHO /
CASTRO ANDRÉS
Ü AMAR' UEIRA'z
PALJláA PC
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MARIA ELAINE KOLSDORF MARÉ LAURAVIVEIROS DE CASTRO
CAVALCANTI
viPiw
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KATIA BOGEA
PRESIDENTE DA COMISSÃO NACIONAL
Ministério da CulturaInstituto do Património Histórico e Artístico Nacional
MOÇÃO
Nós, membros da Comissão Nacional de Avaliação do Prêmio Rodrigo Meio
Franco de Andrade, reunidos em Brasília/DF, nos dias 20 e 21 de agosto de
2018, por ocasião da realização de sua 31' edição, manifestámos nossa
preocupação com relação ao anúncio da suspensão das atívidades, por parte do
Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social - BNDES, de sua área
específica voltada à recuperação, salvaguarda e valorização do Património
Cultural Brasileiro. O BNDES sempre fol o parceiro do IPHAN e dos estados e
municípios detentores de bens culturais materiais e imateriais protegidos no
âmbito federal, o que faz com que a desativação do setor de património cultural
da instituição bancária, sem solução à vista, seja algo a lamentar profundamente.
Na mesma linha, registra-se a ausência da ação de outros bancos nacionais de
desenvolvimento socioeconómico no segmento apontado, o que impõe prejuízos
incalculáveis ao acervo patrimonial brasileiro. Nesse passo, solicitamos da
administração central do governo federal que, de pronto, reconsidere e anule a
medida, face à gravidade e à imprevisibilidade dos desdobramentos que sua
implementação poderá causar.
Brasília/DF, 21 de agosto de 2018
Membros da Comissão Nacional de Avaliação da
31' Edição do Prêmio Rodrigo Meio Franco de Andrade