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MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SANTA CATARINACENTRO DE APOIO OPERACIONAL DO MEIO AMBIENTEPROMOTORIA DE JUSTIÇA DA COMARCA DE BRAÇO DO NORTEPROMOTORIA DE JUSTIÇA DA COMARCA DE CONCÓRDIA
TAC PNMA II – CONCÓRDIA/BRAÇO DO NORTE
TERMO DE COMPROMISSO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTAS
PROJETO CONTROLE DA DEGRADAÇÃO AMBIENTAL DECORRENTE DASUINOCULTURA EM SANTA CATARINA – PNMA II
O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SANTA CATARINA, representado, neste
ato, pelo Promotor de Justiça da Comarca de Concórdia, Luiz Suzin Marini Júnior, e
pelo Promotor de Justiça da Comarca de Braço do Norte, Leonardo Todeschini; o
GOVERNO DO ESTADO DE SANTA CATARINA, representado, neste ato, pelo
Governador do Estado, LUIZ HENRIQUE DA SILVEIRA; a SECRETARIA DE ESTADO
DA AGRICULTURA E POLÍTICA RURAL - SDA, representada, neste ato, pelo
Secretário, Moacir Sopelsa; a POLÍCIA MILITAR, representada, neste ato, por seu
Comandante-Geral, Cel. Paulo Conceição Caminha; a EMPRESA DE PESQUISA
AGROPECUÁRIA E EXTENSÃO RURAL DE SANTA CATARINA S.A. - EPAGRI,
representada, neste ato, pelo Presidente, Athos de Almeida Lopes; a SECRETARIA DE
ESTADO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL, URBANO E MEIO-AMBIENTE - SDS,
representada, neste ato, pelo Secretário, Bráulio César da Rocha Barbosa; a
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TAC PNMA II – CONCÓRDIA/BRAÇO DO NORTE
FUNDAÇÃO DO MEIO AMBIENTE – FATMA, representada, neste ato, pelo Diretor-
Geral, Sérgio José Grando; a COMPANHIA DE POLÍCIA DE PROTEÇÃO
AMBIENTAL - CPPA, representada, neste ato, pelo Comandante, Major Dirceu Antônio
Oldra; a ASSOCIAÇÃO CATARINENSE DE CRIADORES DE SUÍNOS - ACCS,
representada, neste ato, por seu Presidente, Wolmir de Souza; o SINDICARNE,
representado, neste ato, por seu Presidente, José Zeferino Pedroso; a EMPRESA
BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA - CENTRO NACIONAL DE
PESQUISA DE SUÍNOS E AVES - EMBRAPA SUÍNOS E AVES, neste ato
representada por seu Chefe Geral, Dirceu João Duarte Talamini; e a COMPANHIA
CATARINENESE DE ÁGUAS E SANEAMENTO – CASAN, representada pelo Diretor-
Presidente, autorizados pelo §6º do artigo 5º da Lei nº 7.347/85 e artigo 89 da Lei
Complementar Estadual nº 197/2000, e
Considerando ser o Ministério Público, em face do disposto no art. 129, inciso III, da
Constituição Federal, o órgão público encarregado de promover o Inquérito Civil e a
Ação Civil Pública para a proteção do Meio Ambiente e de outros interesses difusos e
coletivos;
Considerando estar em curso na Promotoria de Justiça do Meio Ambiente da Comarca
de Concórdia, em consórcio com a Promotoria de Justiça da Comarca de Braço do
Norte, Procedimento Administrativo Preliminar cujo desiderato traduz-se no diagnóstico
e na busca de soluções no que respeita à poluição decorrente do manejo inadequado
dos dejetos provenientes das atividades suinícolas desenvolvidas nas Bacias
Hidrográficas do Lajeado dos Fragosos, no Município de Concórdia, e do Rio
Coruja/Bonito, no Município de Braço do Norte;
Considerando que a SECRETARIA DE ESTADO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL,
URBANO E MEIO AMBIENTE – SDS; a EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA
AGROPECUÁRIA – EMBRAPA, por intermédio de sua unidade denominada�CENTRO
NACIONAL DE PESQUISA DE SUÍNOS E AVES � �CNPSA; a FUNDAÇÃO DO MEIO
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AMBIENTE – FATMA; a SECRETARIA DE ESTADO DA AGRICULTURA E POLÍTICA
RURAL – SAR; e a EMPRESA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA E EXTENSÃO
RURAL DE SANTA CATARINA – Epagri - celebraram com o MINISTÉRIO DO MEIO
AMBIENTE – MMA, por meio do Programa Nacional do Meio Ambiente II, o Convênio
nº 2002CV000002, objetivando a realização do PROJETO CONTROLE DA
DEGRADAÇÃO AMBIENTAL DECORRENTE DA SUINOCULTURA EM SANTA
CATARINA, o qual visa a melhorar a qualidade ambiental nas Bacias Hidrográficas do
Rio Coruja/Bonito, no Município de Braço do Norte, e Lajeado dos Fragosos, no
Município de Concórdia, com enfoque no recurso “água”, por meio da adequação das
atividades da suinocultura, pela adoção de gestão tecnológica e práticas de manejo
ambientalmente adequadas aplicáveis em microbacias;
Considerando que as propriedades suinícolas (Anexo 1) inseridas no projeto acima
citado encontram-se em desconformidade com a legislação ambiental e sanitária
vigentes;
Considerando as dificuldades econômicas que o setor agrícola enfrenta nos últimos
anos, especialmente os produtores de suínos;
Considerando a relevância econômica e social da atividade suinícola para as Bacias
Hidrográficas do Lajeado dos Fragosos e do Rio Coruja/Bonito e para o Estado de
Santa Catarina;
Considerando que a Constituição Federal contempla a dignidade da pessoa humana
como um dos fundamentos da República Federativa do Brasil (art. 1º, inc. III),
compreendida, também, a subsistência própria e da família dos inúmeros produtores de
suínos a serem beneficiados pelo presente termo;
Considerando que a suinocultura é uma atividade concentrada em pequenas
propriedades de características familiares e que este Termo de Compromisso de
Ajustamento de Condutas será um instrumento para viabilizar a manutenção dos
produtores na atividade;
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Considerando o alto potencial poluidor dos dejetos suínos quando manejados
inadequadamente;
Considerando que o problema da poluição ambiental, provocado pelo manejo
inadequado dos excessivos dejetos suínos, causa um enorme desconforto a toda a
comunidade regional, além de prejuízos sócio-econômicos, turísticos e ambientais;
Considerando que as práticas descritas, onde constatadas, atingem direitos difusos da
população, constitucionalmente garantidos, afetos às atribuições institucionais do
Ministério Público;
Considerando que, no dia 21/10/99, foi institucionalizado o Programa Água Limpa,
firmando-se Termo de Cooperação Técnica entre o Ministério Público, Secretaria de
Estado do Desenvolvimento Social, Urbano e Meio Ambiente, Secretaria de Estado da
Agricultura e Política Rural, Companhia de Polícia Militar de Proteção Ambiental,
Fundação Estadual do Meio Ambiente, Companhia de Águas e Saneamento (CASAN),
Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (EPAGRI) e
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA),
com o objetivo de contribuir para a preservação dos mananciais do Estado e reverter os
quadros de degradação constatados;
Considerando que as situações visadas pelo referido Programa são a destruição da
vegetação dita mata ciliar, os lançamentos de resíduos orgânicos e inorgânicos, de
agrotóxicos e entulhos, entre outros. Os instrumentos de atuação utilizados são:
campanhas educativas, reuniões de conscientização, participação comunitária,
cooperação técnica e operacional entre órgãos estaduais, municipais e federais,
monitoramento e fiscalização permanente dos mananciais, multas e interdições
administrativas, ajustamentos de conduta, ações civis e criminais;
Considerando que, no dia primeiro de setembro de dois mil e três, foi aprovado o
Plano Geral de Atuação do Ministério Público Catarinense, que, na área do Meio-
Ambiente, determinou entre suas prioridades a proteção dos recursos hídricos visando,
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por meio de cooperação técnica e operacional com os entes públicos e privados
envolvidos, à eliminação dos focos de poluição, bem como a proteção e recuperação
das matas ciliares;
Considerando que o Direito de Propriedade (art. 5º, inc. XXII) e o Direito ao Meio
Ambiente ecologicamente equilibrado (art. 225) são princípios Constitucionais que
consubstanciam valores fundamentais da sociedade contemporânea;
Considerando que a decisão que privilegie o Direito de Propriedade anulando o Direito
da Sociedade ao Meio Ambiente ou que privilegie o Direito ao Meio Ambiente, anulando
completamente o Direito de Propriedade, podem ser consideradas decisões arbitrárias,
pois se mantêm nos extremos, não alcançando o meio termo que caracteriza as
decisões justas, que para Aristóteles representava a idéia de proporcionalidade;
Considerando que embora o Código Florestal defina distâncias mínimas à existência
de obras, serviços ou atividades nas margens de rios, a Constituição Federal fixa o
direito à propriedade (art. 5º e seu inc. XXII) e o princípio da proteção do Meio Ambiente
(art. 225), devendo-se, nesse caso, adotar-se a proporcionalidade em favor de ambos
os princípios, de forma a harmonizá-los, sem que um elimine o outro;
Considerando, ao se adotar a solução supra, há a possibilidade jurídica de constatar,
no caso concreto, a existência ou não de risco à saúde ou ao Meio Ambiente provocado
pela atividade ora em questão, de forma a dar distinções mais justas, sem olvidar o
interesse público supremo da proteção ambiental e o desenvolvimento sustentável; e
Considerando, afinal, as funções institucionais do Ministério Público, dentre as quais
se destaca a legitimação ativa para a defesa judicial e extrajudicial dos interesses
relacionados à preservação do meio ambiente, para lavrar com os interessados Termos
de Ajustamento de Condutas;
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RESOLVEM
formalizar, neste instrumento, Termo de Compromisso de Ajustamento de
Condutas, tendo como partes os signatários deste Termo que se comprometem a
implantar, nas propriedades suinícolas (Anexo 1), inseridas nas Bacias Hidrográficas do
Lajeado dos Fragosos, no Município de Concórdia, e do Rio Coruja/Bonito, no Município
de Braço do Norte, por meio do Projeto “Controle da degradação ambiental decorrente
da suinocultura em Santa Catarina”, referente ao Programa Nacional do Meio Ambiente
II – PNMA II, ações que visem a adequar as propriedades em que se pratica a criação
suinícola à legislação ambiental e sanitária, amenizando o crescente impacto ambiental
causado pelos dejetos suínos, mediante as seguintes cláusulas:
Cláusula 1ª- Compromete-se a Fundação do Meio Ambiente - FATMA - a exigir dos
produtores de suínos inseridos nas Bacias Hidrográficas do Lajeado dos Fragosos e do
Rio Coruja/Bonito (Anexo 1), para viabilizar o imediato licenciamento ambiental de sua
atividade, pelo prazo de 2 (dois) anos, que adiram às regras do presente Termo de
Compromisso de Ajustamento de Condutas, implementando as ações devidas, desde
que tal atividade não esteja sendo exercida na área urbana, e tenha o sistema de
armazenagem de dejetos na faixa de proteção de nascentes ou ainda ofereça evidente
risco à saúde e ao meio ambiente.
Cláusula 2ª- Compromete-se a Fundação do Meio Ambiente - FATMA - a viabilizar a
renovação do licenciamento ambiental, por igual período e assim sucessivamente, até
que se implemente, totalmente, as determinações do presente Termo de Compromisso
de Ajustamento de Condutas, possibilitando, ao seu final, a adequação definitiva de tal
atividade à legislação ambiental e sanitária.
Cláusula 3ª- O não cumprimento das obrigações contidas no presente Termo de
Compromisso de Ajustamento de Condutas implicará no imediato cancelamento do
licenciamento expedido, independentemente das sanções administrativas, civis e
penais pertinentes.
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Cláusula 4ª- A Unidade de Produção de Suínos incluindo-se o Sistema de
Armazenamento e/ou Tratamento de Dejetos (anexo 1), licenciada pelo presente termo,
não poderá ampliar suas instalações ou alterar o sistema de produção que implique em
aumento do volume dos dejetos.
Cláusula 5ª- A Propriedade Suinícola (anexo 1) deve obedecer à Medida Provisória
2.166/01 e aos seguintes preceitos:
I. para cursos de águas permanentes com largura até 10 metros, a
recuperação da mata ciliar dar-se-á:
a) com o isolamento de uma faixa mínima provisória de 10 metros a partir da
margem do curso de água, permitindo-se a recomposição natural da mata e
o reforço eventual com plantio de espécies nativas, o qual deverá ser
realizado num período de até 24 meses a contar da data de concessão de
autorização/licença, a ser expedida pela FATMA; e
b) na faixa complementar, a partir de dez metros da margem e até 30
metros, a recuperação da mata ciliar dar-se-á pelo cultivo de espécies
nativas ou de culturas permanentes (agrofloresta), num prazo de até 60
meses, a contar da data de concessão de autorização/licença, a ser
expedida pela FATMA;
II. para cursos de água permanente com largura superior a 10 metros ou
nascentes, a recuperação da mata ciliar dar-se-á:
a) com o isolamento de uma faixa de 20 metros a partir da margem do curso
de água ou nascente, obedecendo-se aos mesmos critérios e prazos
definidos na alínea “a” do inciso “I”;
b) na faixa complementar, a recuperação da mata ciliar dar-se-á pelo cultivo
de espécies nativas ou de culturas permanentes (agrofloresta), menos no
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caso de nascentes, que deverá ser exclusivamente com o cultivo de espécies
nativas, num prazo de até 60 meses, a contar da data de concessão de
autorização/licença a ser expedida pela FATMA ;
III. para a relocação das Unidades de Produção de Suínos, incluindo-se o
Sistema de Armazenamento e/ou Tratamento de Dejetos que estiverem na
faixa de proteção (mata ciliar), e o cumprimento integral da legislação
ambiental e sanitária, desde que não causem evidente risco à saúde e ao
meio ambiente, o prazo será de até 90 meses, a contar da data de
concessão de autorização/licença, a ser expedida pela FATMA ;
Cláusula 6ª- Comprometem-se os signatários do presente Termo de Compromisso de
Ajustamento de Condutas a efetivarem eventos, tantos quantos necessários, para
orientar os produtores suinícolas sobre o contido no presente termo.
Cláusula 7ª- Os Produtores Suinícolas terão o prazo de 3 (três) meses, após a
assinatura do presente Termo de Ajustamento de Condutas, para buscarem o
Licenciamento na FATMA, na forma aqui estipulada.
Cláusula 8ª- Compromete-se a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social,
Urbano e Meio Ambiente - SDS, como Unidade de Coordenação Estadual do PNMA II,
a viabilizar por meio da Embrapa – CNPSA, Unidade Executora do Projeto “Controle da
degradação ambiental decorrente da suinocultura em Santa Catarina”, Convênio nº
2002CV000002, a elaboração de projetos técnicos para adequação ambiental das
propriedades suinícolas inseridas no PNMA II (Anexo 1).
Cláusula 9ª- Compromete-se a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social,
Urbano e Meio Ambiente - SDS, como Unidade de Coordenação Estadual do PNMA II,
a viabilizar por meio da Embrapa – CNPSA, Unidade Executora do Projeto “Controle da
degradação ambiental decorrente da suinocultura em Santa Catarina”, Convênio nº
2002CV000002, a assessoria técnica aos produtores suinícolas inseridos no PNMA II
(Anexo 1), na execução do projeto técnico.
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Cláusula 10ª- Compromete-se a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social,
Urbano e Meio Ambiente - SDS, como Unidade de Coordenação Estadual do PNMA II,
a viabilizar através da Embrapa – CNPSA, Unidade Executora do Projeto “Controle da
degradação ambiental decorrente da suinocultura em Santa Catarina”, Convênio nº
2002CV000002, a colocar a disposição os insumos necessários à implementação dos
projetos técnicos dos produtores suinícolas inseridos no PNMA II (Anexo 1), na forma e
no prazo previstos no presente Termo de Compromisso de Ajustamento de Condutas.
Cláusula 11ª- Compromete-se a Fundação do Meio Ambiente – FATMA - a exigir,
ainda, dos produtores de suínos inseridos no PNMA II (Anexo 1), para viabilizar o
imediato licenciamento ambiental de suas atividades, o seguinte:
I- os sistemas de armazenamento de dejetos nas propriedades
suinícolas devem atender o que estabelece a Instrução Normativa nº
12, da FATMA, e os volumes dos sistemas de armazenagem devem
ser calculados com base na capacidade física máxima das pocilgas;
II- os sistemas de armazenagem e de tratamento de dejetos devem ser
impermeabilizados de tal forma a impedir qualquer tipo de infiltração
no solo e nas águas subterrâneas, devendo ser isolados com cerca de
arame ou outro material, impedindo a passagem de pessoas e
animais;
III- para utilização dos dejetos como fertilizante orgânico, deverá ser
respeitada a capacidade de suporte do solo baseada em plano de uso
agronômico e nos aspectos ambientais;
IV- o produtor que não possuir área agrícola útil para a aplicação dos dejetos
como fertilizante orgânico compatível com sua produção deverá adequar o
tamanho de seu plantel de acordo com a área disponível, ou apresentar, por
meio de contrato firmado entre as partes, área de terceiros para esta
finalidade. Outra alternativa é converter o sistema de produção de suínos em
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sistema de produção capaz de transformar os dejetos líquidos em composto
orgânico estabilizado, ou, ainda, por meio de projeto técnico, instalar
unidades de tratamento de dejetos com a capacidade de redução de carga
poluente compatível com o excedente de nutrientes contidos nos dejetos e
que poderão ou não ser aplicados em sua propriedade;
V- deverão ser implementadas medidas, apresentadas nos projetos técnicos
individuais, para reduzir a incorporação de águas pluviais nos sistemas de
condução e armazenagem dos dejetos, para evitar sua diluição;
VI- deverão ser implementadas medidas, apresentadas nos projetos técnicos
individuais, para reduzir o consumo e desperdício de água nos sistemas de
produção de suínos;
VII- o prazo para a adequação da aplicação dos dejetos como fertilizantes,
dos sistemas de armazenagem, implantação de sistemas de tratamento,
adoção de medidas para reduzir a incorporação de águas pluviais nos
sistemas de condução e armazenagem dos dejetos e de medidas para
reduzir o consumo e o desperdício de água nos sistemas de produção de
suínos é de 4 (quatro) meses, a partir da data de concessão de
autorização/licença a ser expedida pela FATMA; e
VIII- os projetos e a execução de sistemas de armazenamento e tratamento
dos dejetos de suínos, bem como a implantação de unidades de
compostagem ou unidades de produção de adubo orgânico, devem ser de
inteira responsabilidade de profissionais devidamente habilitados e
registrados no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia -
CREA, para este tipo de obra;
Cláusula 12 - Compromete-se a Fundação do Meio Ambiente – FATMA - a proceder
às vistorias para fins de verificação da adequação das propriedades em relação ao
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sistema de tratamento de dejetos e destinação final, no prazo de 2 (dois) meses após o
término da adequação fixada neste Termo.
Cláusula 13 – A celebração deste Termo de Compromisso de Ajustamento de
Condutas não faculta às propriedades suinícolas a destinação de dejetos de suínos a
quaisquer cursos hídricos ou qualquer outra forma de poluição do meio ambiente.
Cláusula 14- Constatada qualquer irregularidade na efetivação das disposições
constantes no licenciamento, este será cancelado imediatamente, não sendo tolerado o
inadimplente continuar usufruindo os prazos aqui estipulados;
Cláusula 15 - O cumprimento das cláusulas previstas no presente Termo será mantida
àqueles que porventura adquiram a propriedade aderente ou exerçam a atividade
suinícola nessa por força de contrato com o proprietário, cabendo-lhes, para manter os
benefícios advindos do presente Termo de Compromisso de Ajustamento de Condutas,
ratificarem a sua adesão às regras deste;
Cláusula 16- Em caso de inexecução dos compromissos previstos nas cláusulas
anteriores, facultará ao Ministério Público, depois de decorridos os prazos pactuados, a
imediata execução judicial do presente título ou o manejo de Ação Civil Pública, a seu
critério, sem prejuízo das penas administrativas a serem aplicadas;
Cláusula 17- A celebração deste Termo de Compromisso de Ajustamento de Condutas
não impede que um novo Termo de Compromisso seja firmado, desde que haja acordo
entre as partes e seja mais vantajoso para o meio ambiente;
Cláusula 18- O não atendimento dos compromissos previstos nas cláusulas anteriores
sujeitam os infratores à multa diária de R$ 500,00 (quinhentos reais) a ser revertida
para o Fundo de Reconstituição de Bens Lesados, por meio de Guia de Recolhimento
Judicial (GRJ), grupo 3, Conta Corrente n° 058.109-0, BESC S/A, Agencia 068-0;
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Cláusula 19- Assim, justos e acertados, para que surta seus jurídicos e legais efeitos,
firmam as partes o presente Termo de Compromisso de Ajustamento de Condutas, em
2 ( duas) vias de igual teor, com eficácia de título executivo extrajudicial, razão pela
qual promovo o arquivamento do presente Procedimento Administrativo Preliminar (que
será submetido à análise do Egrégio Conselho Superior do Ministério Público nos
termos do artigo 21, do Ato nº 135/2000/MP).
Florianópolis, 8 de dezembro de 2003.
LUIZ HENRIQUE DA SILVEIRA
Governador do Estado de Santa Catarina
LUIS SUZIN MARINI JÚNIOR
Promotor de Justiça da Comarca de
Concórdia
LEONARDO TODESCHINI
Promotor de Justiça da Comarca de Braço
de Norte
BRÁULIO CÉSAR DA ROCHA BARBOSA
Secretário de Estado do Desenvolvimento
Social, Urbano e Meio Ambiente
MOACIR SOPELSA
Secretário de Estado da Agricultura
e Política Rural
Cel. PAULO CONCEIÇÃO CAMINHA
Comandante-Geral da Polícia Militar
Major DIRCEU ANTÔNIO OLDRA
Comandante-Geral da Companhia de
Polícia Militar de Proteção Ambiental
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WOLMIR DE SOUZA
Presidente da Associação Catarinense de
Criadores de Suínos
JOSÉ ZEFERINO PEDROSO
Presidente do SINDICARNE
SÉRGIO JOSÉ GRANDO ATHOS DE ALMEIDA LOPES
Diretor-Geral da Fundação do Meio Presidente da Empresa de
Ambiente - FATMA Pesquisa Agropecuária e Extensão
Rural de Santa Catarina
DIRCEU JOÃO DUARTE TALAMINI WALMOR PAULO DE LUCA
Chefe Geral da Embrapa- Diretor-Presidente da Companhia
Suínos e Aves Catarinense de Águas e Saneamento-
CASAN
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