ministÉrio da educaÇÃo universidade federal rural da...

36
1 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA BRUNA SUELLEN SALGADO DE OLIVEIRA HORTAS ORNAMENTAIS: ESTUDO DE VIABILIDADE E POTENCIALIDADES PARA ÁREAS URBANAS. CAPANEMA PA 2018

Upload: others

Post on 03-Jul-2020

1 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1234/1/HORTAS ORNAM… · conservação ambiental e a nutrição. O presente

1

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA

BRUNA SUELLEN SALGADO DE OLIVEIRA

HORTAS ORNAMENTAIS: ESTUDO DE VIABILIDADE E

POTENCIALIDADES PARA ÁREAS URBANAS.

CAPANEMA – PA

2018

Page 2: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1234/1/HORTAS ORNAM… · conservação ambiental e a nutrição. O presente

2

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA

BRUNA SUELLEN SALGADO DE OLIVEIRA

HORTAS ORNAMENTAIS: ESTUDO DE VIABILIDADE E

POTENCIALIDADES PARA ÁREAS URBANAS.

Trabalho de Conclusão de Curso

apresentado à Universidade Federal Rural da

Amazônia, como parte das exigências do

Curso de Bacharelado em Engenharia

Agronômica, para obtenção do título de

Bacharel em Engenharia Agronômica.

Orientador: Danilo Mesquita Melo

CAPANEMA – PA

2018

Page 3: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1234/1/HORTAS ORNAM… · conservação ambiental e a nutrição. O presente

3

Catalogação Internacional na Publicação (CIP)

Biblioteca Universitária Capanema Oliveira, Bruna Suellen Salgado de

Hortas ornamentais: estudo de viabilidade e potencialidades para áreas urbanas / Bruna Suellen

Salgado de Oliveira. – Capanema, 2018.

40 f.

Orientador: Danilo Mesquita Melo

Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Engenharia Agronômica) – Universidade Federal

Rural da Amazônia, 2018.

1. Hortas urbanas 2. Hortaliças 3. Jardins 4. Paisagismo I. Melo, Danilo Mesquita II. Título

CDD 23. ed.- 635 Bibliotecária-Documentalista: Cristiana Guerra Matos CRB2: 1143

Page 4: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1234/1/HORTAS ORNAM… · conservação ambiental e a nutrição. O presente

4

Page 5: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1234/1/HORTAS ORNAM… · conservação ambiental e a nutrição. O presente

5

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, que me ajudou em cada etapa desse trabalho e

por todo o livramento em minha caminhada durante esses cinco anos. .

A Universidade, por me proporcionar a aquisição de conhecimento.

Agradeço a meus pais e meu irmão, que me deram apoio e incentivo nos

momentos difíceis que apareceram ao longo de minha trajetória.

A minha avó, Deusarina Oliveira e a todos os meus tios e tias pelas orações.

A meus primos e primas pelo incentivo e apoio.

A meu avô, José Augusto e meu tio Silmar (em memória), que foram exemplos

de caráter e dignidade e sempre me apoiaram em ir em busca dos meus sonhos e objetivos.

Thamyres Alves, amiga e irmã, pelo apoio, confiança, por acreditar em mim,

quando eu mesma não acreditava. Pelas horas dedicadas a mim para que esse trabalho

fosse concluído. Muito obrigada!

Aos meus amigos Wellen Rocha, Taiana Paiva, Amanda Lima, Tamyres Braun,

Dimas monteiro e Fabrício Farias pelo incentivo e apoio.

Ao meu Orientador Profº. Dr. Danilo Melo, pelo carinho, paciência, dedicação e

incentivo.

A todos os meus amigos pela força, palavra de incentivo e pelas orações.

Page 6: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1234/1/HORTAS ORNAM… · conservação ambiental e a nutrição. O presente

6

RESUMO

A integração de hortaliças no paisagismo surge como uma oportunidade para a

aproximação do consumidor de pequenas e grandes cidades. Assim, pode-se prover

alimentos de maior qualidade, integrados aos espaços urbanos já existentes sem que seja

necessário criar novos espaços, proporcionando o bem-estar social pela beleza,

conservação ambiental e a nutrição. O presente trabalho teve por objetivo realizar

levantamento do potencial de hortas ornamentais no paisagismo de pequenas e grandes

cidades por meio de estudo de demanda e propor um projeto de horta ornamental. Foi

realizada pesquisa de demanda por meio de questionários passados à população. Os

questionários foram elaborados e aplicados para caracterizar o perfil dos consumidores

de hortaliças nas pequenas e grandes cidades. O questionário possuía 24 perguntas e

foram aplicados nas cidades de Bragança e Belém. Após análise de demanda, foi proposto

um projeto de horta ornamental para uma praça da cidade de Bragança. Em Belém,

76,39% dos entrevistados conhecem pelo menos uma hortaliça ornamental dariam

prioridade na compra dessas hortaliças, gostariam de cultivar em casa, pagariam mais

caro, além de aumentarem o consumo diário. Esta mesma quantidade de entrevistados

também gostariam de ter uma horta ornamental em suas residências, dariam preferência

por visitar praças, shopping e outros lugares que tivesse uma horta ornamental e acham

mais interessante um jardim com hortaliças ornamentais, do que um jardim comum. Em

Bragança, as mesmas opiniões citadas acima foi detectada por 71,33% dos entrevistados.

O projeto foi realizado na Vila do Acarajó, localizada no município de Bragança, na

região nordeste do estado do Pará, distante 210 km de Belém. O espaço é de uma família

que mora na vila. O local foi escolhido após exposição da proposta e então aceitação da

comunidade. Os resultados demonstraram que a sociedade aprova o paisagismo

utilizando hortaliças com potencial ornamental, considerando ser uma importante

ferramenta para valorização do consumo de alimentos saudáveis proporcionando o bem-

estar ambiental nas cidades. O projeto de horta ornamental foi aprovado pela clientela, a

qual, irá executar na área proposta.

PALAVRAS-CHAVE: Hortas Urbanas; Hortaliças; Jardins; Paisagismo.

Page 7: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1234/1/HORTAS ORNAM… · conservação ambiental e a nutrição. O presente

7

ABSTRACT

The integration of vegetables in landscaping appears as an opportunity for the consumer

approach of small and large cities. Thus, it is possible to provide higher quality food,

integrated into existing urban spaces without creating new spaces, providing social well-

being for beauty, environmental conservation and nutrition. The objective of this work

was to survey the potential of ornamental gardens in small and large city landscaping

through a study of demand and propose an ornamental garden project. Demand research

was carried out through questionnaires passed to the population. The questionnaires were

elaborated and applied to characterize the profile of vegetable consumers in small and

large cities. The questionnaire had 24 questions and were applied in the cities of Bragança

and Belém. After analysis of demand, an ornamental vegetable garden project was

proposed for a square in the city of Bragança. In Belém, 76.39% of the interviewees know

at least one ornamental vegetable would give priority to the purchase of these vegetables,

would like to cultivate at home, pay more expensive, and increase daily consumption.

This same number of interviewees would also like to have an ornamental garden in their

residences, would prefer to visit squares, mall and other places that had an ornamental

garden and find more interesting a garden with ornamental vegetables, than a common

garden. In Bragança, the same opinions mentioned above were detected by 71.33% of

respondents. The project was carried out in Vila do Acarajó, located in the municipality

of Bragança, in the northeastern region of the state of Pará, distant 210 km from Belém.

The space is of a family that lives in the village. The site was chosen after exposure of

the proposal and then acceptance of the community. The results showed that the society

approves the landscaping using vegetables with ornamental potential, considering that it

is an important tool to valorize the consumption of healthy foods, providing the

environmental well-being in the cities. The ornamental garden project was approved by

the clientele, which will execute in the proposed area.

KEY WORDS: Urban Gardens; Vegetables; Gardens; Landscaping.

Page 8: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1234/1/HORTAS ORNAM… · conservação ambiental e a nutrição. O presente

8

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 9

2. REVISÃO DE LITERATURA .................................................................................... 9

2.1 HISTÓRICO E IMPORTÂNCIA DO PAISAGISMO ............................................................ 9

1. “Projeto horta escola: ações de educação ambiental na escola Centro

Promocional Todos os Santos de Goiânia (GO). .................................................... 13

2. Horta Urbana na cobertura do Shopping Eldorado, São Paulo. ....................... 13

3. Hortão da Casa Verde, São Paulo. ..................................................................... 14

4. Fazenda Urbana no Brooklyn Nova York. .......................................................... 15

2.3 - INTEGRAÇÃO DE HORTALIÇAS NO PAISAGISMO .................................................... 16

1. Hong Kong Value Farm (Hong Kong-China). ................................................ 17

2. Horta do amanhã (Rio de Janeiro-RJ) ............................................................ 17

2.4. ESPÉCIES OLERÍCOLAS COM POTENCIAL PAISAGÍSTICO .......................................... 18

2.4.1 Mini alface.................................................................................................... 19

2.4.2 Pimenta ornamental ..................................................................................... 20

2.4.3 Mini tomate .................................................................................................. 20

2.4.4 Mini abóbora .................................................................................................. 21

2.4.5 Acelga colorida .............................................................................................. 22

2.4.6 Mini berinjela híbrida .................................................................................... 22

3. MATERIAL E MÉTODOS ........................................................................................ 23

3.1 PESQUISA DE DEMANDA ......................................................................................... 23

3.2 CONFECÇÃO DO PROJETO ....................................................................................... 24

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................... 24

4.1 PESQUISA DE DEMANDA ......................................................................................... 24

4.2 PROJETO ................................................................................................................. 30

5. CONCLUSÃO ............................................................................................................ 32

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................... 32

7. APÊNDICES .............................................................................................................. 35

Page 9: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1234/1/HORTAS ORNAM… · conservação ambiental e a nutrição. O presente

9

1. INTRODUÇÃO

Originalmente associado ao desenho de parques, jardins e praças, o paisagismo

evoluiu para além de aspectos estéticos e cênicos, mas também abranger questões de

funcionalidade e sustentabilidade.

Deste modo passou-se a ter uma preocupação em estabelecer estratégias que

associassem estética, funcionalidade e sustentabilidade de modo a promover maior

qualidade de vida e bem-estar à população de áreas urbanas.

Com a evidente concentração da população brasileira em áreas urbanas e o

crescimento muitas vezes desordenado e não planejado dessas regiões, observa-se a

ausência ou pouca presença de áreas verdes, interferindo diretamente na qualidade de vida

da população.

Mudanças culturais e sociais têm levado pessoas a se preocuparem cada vez mais

com formas de prevenção de doenças e promoção da saúde, de modo que atualmente

existe muito mais cuidado e critério na escolha dos alimentos que vão ser ingeridos.

As hortaliças são um grupo de plantas com alto valor nutritivo, que promove

efeitos significativos na saúde. A baixa qualidade de hortaliças fornecidas pelo mercado

tem estimulado muitos consumidores a produzir ou procurar produtores mais próximos e

de confiança. No entanto, a falta de espaço nos grandes centros que possibilitem o cultivo

e a manutenção de hortas cria a necessidade de buscar alternativas funcionais e

sustentáveis que supram essa demanda.

A integração de hortaliças no paisagismo surge como uma oportunidade para a

aproximação do consumidor de pequenas e grandes cidades. Assim, pode-se prover

alimentos de maior qualidade, integrados aos espaços urbanos já existentes sem que seja

necessário criar novos espaços, proporcionando o bem-estar social pela beleza,

conservação ambiental e a nutrição.

O presente trabalho teve por objetivo realizar levantamento do potencial de hortas

ornamentais no paisagismo de pequenas e grandes cidades por meio de estudo de

demanda e propor um projeto de horta ornamental.

2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1 HISTÓRICO E IMPORTÂNCIA DO PAISAGISMO

O conceito de paisagem pode ser compreendido como uma porção do espaço que

resulta da combinação dinâmica de vários elementos físicos, biológicos e antrópicos que

Page 10: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1234/1/HORTAS ORNAM… · conservação ambiental e a nutrição. O presente

10

reagem entre si formando um conjunto único e indissociável (BERTRAND, 1971 apud

FRACASSO et al., 2012).

O paisagismo é a arte de recriar a beleza da natureza, apresentando paisagens

bonitas, melhorando a qualidade de vida dos indivíduos e da sociedade. Além de

contribuir para a diminuição do calor, elevação da umidade, diminuição da erosão, melhor

drenagem da água e preservação ambiental (FRACASSO, et al, 2012).

O paisagismo, segundo Fracasso et al. (2012), se caracteriza como a modificação

da paisagem natural através da combinação entre natureza e meio urbano. Essa atividade

é exercida no Brasil por diversos profissionais, dentre estes, engenheiros agrônomos,

engenheiros florestais, biólogos e arquitetos (Lei Federal 5.194 de 24 de dezembro de

1966- Seção IV Art7 e da Resolução 218 de CONFEA).

Pode-se compreender que o paisagismo, ao contrário do conceito de paisagem, é

um espaço projetado e criado pelo homem a fim de promover interação entre elementos

naturais e urbanos.

Desde a antiguidade, o homem projeta paisagens, criando jardins, pomares e

hortas. É possível observar ao longo da história a evolução destes elementos

acompanhando fatos históricos, como a ascensão, decadência e queda de impérios,

sempre associados a ideia de riqueza e poder (PAIVA, 2004).

No Brasil, os primeiros sinais de paisagismo surgiram no período colonial, quando

diversas espécies de árvores frutíferas foram trazidas pelos colonizadores. Neste período

não havia uma preocupação estética relacionada à plantação, pois, árvores e plantas

tinham finalidade alimentícia ou eram utilizadas para amenizar o calor tropical (PAIVA,

2004).

No final do período colonial foram criados os primeiros passeios públicos, espaços

abertos destinados aos pedestres, surgindo assim as primeiras manifestações estéticas

relacionadas ao paisagismo (PAIVA, 2004).

Com a vinda da família real para o Brasil, no século XIX, iniciou-se um período

de maior preocupação estética com a paisagem, a partir da criação do Jardim Botânico do

Rio de Janeiro, em 1807, em uma tentativa modernizar as características da colônia ao

progresso do mundo europeu (PAIVA, 2004; QUEIROZ, 2013).

Desde então, passou a existir uma preocupação cada vez maior com a estética dos

passeios públicos, jardins e parques municipais, bem como parques de residências

oficiais; havendo grande influência do modelo francês de cultura paisagística em meados

Page 11: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1234/1/HORTAS ORNAM… · conservação ambiental e a nutrição. O presente

11

do século XIX, com a contratação de um paisagista francês por Dom Pedro II para o cargo

de Diretor Geral de Parques e Jardins da casa imperial (QUEIROZ, 2013).

Com o passar dos anos os centros urbanos necessitaram de uma melhor qualidade

de vida, e o paisagismo é um dos instrumentos que podem ser utilizados para a melhoria

na qualidade urbana (GENGO e HENKES, 2013).

A utilização da arborização urbana, de jardins verticais, jardins filtrantes, espaços

verdes como telhados, calçadas e sacadas, são técnicas utilizadas que possibilita uma

melhoria da qualidade ambiental e pode promover um bem-estar visual do meio ambiente

(GENGO e HENKES, 2013).

2.2 Horticultura urbana

A horticultura é a ciência que estuda as técnicas e o aproveitamento dos frutos,

hortaliças, flores, arvores, entre outros. Dentro dela existem outras áreas que são

estudadas na agronomia, são elas: fruticultura, floricultura, olericultura, silvicultura e o

paisagismo (FILGUEIRA, 2008).

Os sistemas de produção de hortaliças são complexos, abrangendo desde práticas

agrícolas mais simples até as mais sofisticadas. As hortaliças podem ser cultivas por três

sistemas, cultivo de campo aberto, cultivo orgânico e cultivo hidropônico (BRANCO e

BLAT, 2014).

No cultivo de campo aberto, as hortaliças são produzidas sem proteção aérea,

ficam expostas as chuvas e fortes ventos que podem comprometer a produção e qualidade

dos produtos. Mesmo como essas dificuldades, é o sistema mais utilizado pelos

produtores. Para o cultivo de hortaliças no sistema de campo aberto, deve-se levar em

consideração que os canteiros devem ter 1 metro de largura e 25 a 30 centímetros de

altura; as covas devem possuir 15 a 20 centímetros de boca e 20 a 25 centímetros de

profundidade (BRANCO e BLAT, 2014; MAKISHIMA, et al., 2005).

O sistema de cultivo orgânico, não utiliza insumos agrícolas industrializados. Pelo

contrário, os fertilizantes utilizados são preparados de matéria orgânica, como dejetos de

animais e resíduos vegetais, são gerados nas próprias propriedades (BRANCO e BLAT,

2014).

Por outro lado, no sistema protegido as plantas ficam separadas do solo por filmes

de plásticos de polietileno, que são instalados nas estufas. Essas hortaliças podem ser

cultivas em sistemas hidropônicos, do tipo Nutrient Flim Techenic (NFT) ou em

substratos agrícolas como a fibra de coco, casca de arroz carbonizada, perlita, serragem,

entre outros (BRANCO e BLAT, 2014).

Page 12: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1234/1/HORTAS ORNAM… · conservação ambiental e a nutrição. O presente

12

A utilização de hortaliças no meio hidropônico vem se destacando, por apresentar

maior rendimento por área, melhor propagação da produção, controle de variáveis

climáticas como temperatura, vento e radiação solar. Menor incidência de doenças e

pragas e maior facilidade na utilização dos tratos culturais (MARTINEZ, 2002 apud

SILVA et al., 2006).

As hortaliças são consideradas alimentos reguladores, são fundamentais para que

o organismo funcione de maneira harmônica. São ricas em vitaminas, minerais, fibras e

antioxidantes (RODRIGUES, 2012).

Podem ser consumidas cruas ou cozidas, mas de maneira geral quando algum

alimento é cozido, os nutrientes presentes são perdidos devido ao aquecimento dos

mesmos. Por isso as hortaliças devem ser consumidas cruas, dessa maneira ocorrendo um

melhor aproveitamento das vitaminas e minerais (RODRIGUES, 2012).

As hortas urbanas constituem no uso de espaços variados, os espaços de áreas

verdes, espaços de alimentação, espaços de recreio e lazer, são fundamentais ao

desenvolvimento de qualquer cidade que busque ser sustentável. (RAMOS, et al, 2011).

Com o grande aumento da população, a necessidade de obter áreas que possam

ser cultivadas é cada vez maior, com isso o desmatamento é progressivo. As hortas feitas

nas áreas urbanas surgem como uma alternativa para o abastecimento em uma

comunidade local (DOURADO, et al., 2016).

Existem algumas vantagens com a produção de hortaliças na cidade, como a

qualidade dos alimentos em cultivo orgânico, criação de espaço verde, utilização de

resíduos orgânicos, utilização da água da chuva para a irrigação e o convívio social

(ROSA, 2017). Por outro lado, temos as desvantagens, que seriam o alto custo de

implantação, poluição do ar, pragas e doenças.

Nesse sentido, a implantação de hortas nas escolas e nas comunidades é uma

alternativa sustentável que beneficia diretamente a conservação do ambiente. Além da

utilização dessas hortaliças na alimentação da população. Também promovendo a

educação ambiental, reconhecendo a importância no cuidado ao ambiente através da

realização de atividades que promovem a reutilização, reciclagem, e manejo sustentável

que, quando somados, podem conduzir a uma qualidade de vida mais saudável

(SANTOS, 2014).

Alguns projetos de hortas urbanas têm sido bem-sucedidos com o passar dos anos,

alguns deles são realizados em comunidades, escolas, entre outros. Esses projetos visam

Page 13: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1234/1/HORTAS ORNAM… · conservação ambiental e a nutrição. O presente

13

buscar o melhoramento do meio ambiente, o bem-estar das pessoas e alimentação das

mesmas. Dentre estes, destacam-se:

1. “Projeto horta escola: ações de educação ambiental na escola Centro

Promocional Todos os Santos de Goiânia (GO).

O projeto visou promover mudanças de valores, hábitos e mudanças de atitudes

com plantio da horta e por meio da educação ambiental usando a sensibilização com a

participação dos alunos e colaboradores do Centro Promocional Todos os Santos

(PIMENTA e RODRIGUES, 2011).

Foi realizado aplicação de questionários como os pais dos alunos, depois foi feito a

correção, preparo do solo, adubação, plantio das sementes, onde as crianças dessa escola

ajudaram no plantio das hortaliças e na colheita das mesmas. Toda a produção foi

utilizada na alimentação das crianças. (PIMENTA e RODRIGUES, 2011).

O interesse desse projeto é a participação dos alunos, onde os mesmos puderam

acompanhar o início e fim da plantação das hortaliças.

Figura 1- Horta da escola

Fonte: Imagem do projeto, (2011)

2. HORTA URBANA NA COBERTURA DO SHOPPING ELDORADO, SÃO PAULO.

O shopping Eldorado teve a ideia de fazer em sua cobertura um projeto de

compostagem intitulado de Telhado Verde. Essa iniciativa tem como objetivo de dar um

destino correto para os orgânicos gerados diariamente em suas praças de alimentação

(GOUVEIA, 2017).

Page 14: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1234/1/HORTAS ORNAM… · conservação ambiental e a nutrição. O presente

14

Além desses restos de alimentos virarem adubo, a horta ganha uma função

importante de amenizar o calor, chegando a reduzir o consumo de energia e evitando o

desperdício de água utilizada nos equipamentos de refrigeração (ROSA, 2017).

A área utilizada para a horta é de 5 mil m², não utilização de agrotóxicos na

plantação. Na horta, são produzidas 11 espécies olerícolas: berinjela, jiló, cebola,

pimentões, pimentas, salsinhas, alfaces, gengibre, tomates, manjericão e abobrinha. E 9

espécies de plantas medicinais, como capim-cidreira, hortelã, erva doce, carquejo, malva,

sálvia, alecrim, bálsamo e poejo. As produções desses alimentos são doados aos próprios

colaboradores do Eldorado (ROSA, 2017).

Figura 2- Horta no teto do shopping Eldorado

Fonte: Abreu, (2018)

3. Hortão da Casa Verde, São Paulo.

Espaço criando há cerca de 4 anos, pelos paisagistas André Carretta e Carmem

Sampaio. Uma área de quase 2 mil m², foi ganhado vida com a utilização de técnicas de

agroecologia e permacultura. O objetivo é que as pessoas visitem o local para apreciar a

natureza e troquem experiências entre si (NOVA, 2014).

No espaço há diversos tipos de hortaliças, como tomate, alface, couve, manjericão,

orégano, alecrim. Árvores frutíferas, jabuticaba, mamão, banana e framboesa e uma

planta medicinal, citronela. Não são utilizados nenhum tipo de agrotóxicos, a adubação e

o controle de pragas e doença são feitos com os próprios insumos produzidos no local

(NOVA, 2014).

Page 15: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1234/1/HORTAS ORNAM… · conservação ambiental e a nutrição. O presente

15

O Hortão da Casa Verde, possui também é um berçário de anuros (sapos, pererecas

e rãs), que são de fundamental importância para o equilíbrio do ecossistema

(NOVA,2014).

Figura 3- Hortaliças da casa verde

Fonte: Nova, (2014)

4. FAZENDA URBANA NO BROOKLYN NOVA YORK.

A Brooklyn Grange, se destaca por ser a maior horta urbana de Nova York

construída no telhado de um prédio no Queens. Cultiva, constrói espaços verdes e

promove a vida sustentável e a ecologia local por meio de alimentos, educação e eventos

(ANDRADE, 2014).

A fazenda possui uma área de 43.000 metros quadrados e produz diferentes

alimentos. As oleícolas mais produzidas são acelga, couve, berinjela, manjericão, pepino

e cerejas, que resulta em 20.000 quilos de produtos frescos anualmente (ANDRADE,

2014).

Os produtores vão aproveitar o inverno para plantar trevo e ervilhaca, para evitar a

erosão do solo e repor os nutrientes. Além disso, o Brooklyn conta com mais de 30

colmeias que irão produzir aproximadamente 1.500 libras de mel por ano. Para o prefeito

Michael Bloomberg, Além de isolar o edifício do calor e do frio, o jardim vai absorver

mais de um milhão de litros de água da chuva e ajudar a manter os portos e rios limpos

(ANDRADE,2014).

Page 16: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1234/1/HORTAS ORNAM… · conservação ambiental e a nutrição. O presente

16

Figura 4- Fazenda Urbana no Brooklyn Nova York

Fonte: Edenworks, (2014)

2.3 - INTEGRAÇÃO DE HORTALIÇAS NO PAISAGISMO

O paisagismo tem acompanhado mudanças históricas e socioeconômicas da

cultura na qual se originou. Com a crescente urbanização e a disputa por espaços, o

paisagismo tem se evidenciando como indicador de qualidade de vida, se adequando a

um novo paradigma contemporâneo, buscando ser mais interativo e dinâmico. Mostra-se

como alternativa viável a verticalização, onde os espaços destinados ao verde são cada

vez menores (GENGO e HENKES, 2013).

Na procura por projetos mais interativos e dinâmicos, o paisagismo funcional tem

se mostrado como solução para atender a demanda de aproximar o homem moderno da

natureza, por intermédio da utilização de plantas de valor alimentício dentro dos projetos,

proporcionando uma alimentação disponível e saudável.

Os jardins contemporâneos valorizam a organização do espaço, do belo e da

estética, de maneira a enaltecer as expectativas sociais, prezando a relação da sociedade

com a natureza, faz relação à contemplação visual com o conjunto de sensações e

sentimentos de bem-estar.

A integração de hortaliças no paisagismo promove a harmonia de um ambiente

com diferentes funcionalidades, cooperando não apenas na ornamentação do ambiente e

não sendo apenas contemplação visual, mas tornando-se espaços de compósita integração

do indivíduo com o ambiente (ALVES e PAIVA, 2010). O cultivo de plantas de interesse

Page 17: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1234/1/HORTAS ORNAM… · conservação ambiental e a nutrição. O presente

17

alimentício no paisagismo, além de conceder alimentos, é uma prática que traz privilégios

para a saúde e bem-estar, seja no consumo de alimentos ou na realização de atividades

construtivas.

Além das plantas, outros elementos como os adornos, podem ser utilizados na

formação dos jardins, deixando o espaço belo e agradável. Eles podem ser de vários tipos,

pedras coloridas, vasos, estatuas, entre outros. A interação de horta no paisagismo tem a

intenção de unir o belo com o sustentável.

Existe alguns espaços que foram criados com esse objetivo:

1. Hong Kong Value Farm (Hong Kong-China).

Na China, foi desenvolvida uma horta urbana comunitária dentro de uma antiga

fábrica de vidro. A horta oferece a comunidade local uma variedade de alimentos que vão

de frutas à leguminosas e tubérculos, tudo de graça (ANDRADE, 2014).

O projeto se chama Value Farm porque busca o “valor de cultivar a terra em esforço

coletivo”. Em plena área industrial, a iniciativa aproxima os moradores da cidade com o

meio ambiente e a experiência do cultivo (ANDRADE, 2014).

Os arquitetos preservaram as características da fábrica que agora possui outro clima

devido à horta. O espaço ainda é utilizado para sediar eventos culturais e programas de

educação ambiental (ANDRADE, 2014).

Figura 5- Horta comunitária Hong Kong Value Farm (Hong Kong-China).

Foto: Archdaily, (2014).

2. Horta do amanhã (Rio de Janeiro-RJ)

Page 18: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1234/1/HORTAS ORNAM… · conservação ambiental e a nutrição. O presente

18

Da parceria entre o NOZ — Programa de Amigos do Museu do Amanhã e o Projeto

Altitude (uma realização Clube Orgânico e CARPE) nasce a Horta do Amanhã. É um

projeto sustentável, que visa a produção e o acesso a uma alimentação saudável e de

qualidade. Também é um espaço em que são ministradas oficinas gratuitas para a criação

de horta urbanas (MUSEU DO AMANHÃ).

Figura 6- Horta do amanhã.

Fonte: Melo, (2018).

2.4. ESPÉCIES OLERÍCOLAS COM POTENCIAL PAISAGÍSTICO

O mercado está cada vez mais exigente com a produção de hortaliças, com isso

estudos estão sendo realizados para o melhoramento das mesmas. Uma das novidades

atualmente são as hortaliças de pequeno porte. Elas chamam atenção pelo tamanho,

coloração diversificada, melhor aparência, sabor diferenciado, entre outros aspectos.

Além de estarem fazendo maior sucesso na gastronomia, elas também poder ser utilizadas

no paisagismo em quintais, escolas, praças, shopping, deixando assim os ambientes mais

bonitos.

As sementes das mini-hortaliças são híbridas e, predominantemente, têm origem

japonesa ou europeia. Esse insumo, em geral, torna o custo de produção das miniaturas

mais elevado que o do produto de tamanho normal. Na maior parte dos casos, a duração

do ciclo é a mesma do produto de tamanho normal. No entanto, hortícolas como a

beterraba, a abóbora e o nabo em miniatura se desenvolvem mais rápido.

Page 19: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1234/1/HORTAS ORNAM… · conservação ambiental e a nutrição. O presente

19

Pelo fato de o produto colhido ser menor, o espaçamento costuma também ser

menor. A proximidade entre as plantas, em alguns casos, contribui também para se manter

o tamanho miniatura. É importante salientar que plantas que apresentam ciclo entre

plantio e colheita mais curto que o do produto convencional devem ter período de carência

do defensivo também reduzido.

As hortaliças em miniaturas também possuem bom potencial para o cultivo em

vasos, paredes verticais, entre outros. Com isso podem ser cultivadas em espaços

pequenos.

2.4.1 Mini alface

Figura 7- Mini alface frisé

Fonte: Site Canal do Horticultor, (2017).

É uma hortaliça exótica, apresenta tamanho reduzido, são utilizada nos cardápios

de restaurantes de luxo, por ser atraente e delicada, trazendo novos sabores e enfeitando

pratos. (HORTALIÇAS, 1999 apud CASTOLDI et al., 2008). Pode ser cultivada em

espaçamentos diferentes, em cultivo hidropônico, em soluções nutritivas diferentes,

Page 20: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1234/1/HORTAS ORNAM… · conservação ambiental e a nutrição. O presente

20

substratos diferentes, em cultivo orgânicos, em consórcio com outras hortaliças. As

cultivares mais utilizadas na produção das mini alfaces são: Green Frizzly, red frizzly,

green grizzly, entre outras.

2.4.2 Pimenta ornamental

Figura 8- Pimenta ornamental no vaso.

Fonte: Braga, (2018).

As pimentas pertencem ao gênero Capsicum e a família Solanaceae. São

conhecidas em todo mundo, apresentam grande variabilidade genética. Possuem

excelente potencial para comercialização como planta em vaso. As espécies de pequeno

porte são as mais indicadas para o plantio em vaso e são as mais utilizadas na decoração

de um determinado ambiente. (Xavier et al.; 2006 apud NEUHAUS et al., 2010).

As pimentas ornamentais possuem frutos de diversas cores, as mais comuns são:

amarelas, vermelhas, alaranjadas e roxas. Um vaso pode contém frutos com cores

diversificadas, isso acontecer com os tipos de cultivares escolhidas na realização do

plantio.

As pimentas são cultivas em vasos, seus desenvolvimentos podem ser analisados

através das diferentes doses de adubo, diversos espaçamentos, na utilização de soluções

nutritivas, entre outros.

2.4.3 Mini tomate

Page 21: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1234/1/HORTAS ORNAM… · conservação ambiental e a nutrição. O presente

21

Figura 9- Mini tomate

Fonte: Site Flora, (2018).

Os mini tomates são comercializados no mercado Mundial. O grupo dos mini

tomates engloba uma série de tipos do fruto, como o cereja, sweet grape, tipo grape e tipo

italiano. Apesar de todos serem tomates e pertencerem ao segmento mini, eles diferem

entre si quanto ao sabor, tamanho, formato, coloração e brix (concentração de açúcar).

(SABIO et al., 2013).

2.4.4 Mini abóbora

A abóbora Mini Jack possui 8 centímetros de diâmetro e de 4 a 6 centímetros de

altura. O peso médio dos frutos varia de 120 a 150 gramas. A casca é amarela alaranjada

e a polpa na cor creme (GIACOMINI, 2008).

Figura 10- Mini abóbora

Fonte: Sanchez, (2011).

Page 22: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1234/1/HORTAS ORNAM… · conservação ambiental e a nutrição. O presente

22

O ciclo da Abóbora Mini Jack é de 55 dias no verão. Pode ser plantada de agosto

a fevereiro nas cidades São Paulo, no sul de Minas Gerais, no Rio Grande do Sul, em

Santa Catarina e no Paraná. Durante o ano inteiro, nas demais regiões e estados e regiões.

Leva de quatro a oito dias para germinar e a temperatura ideal para germinação é de 20

ºC e 30 ºC. Ela é muito produtiva, tendo em média cinco frutos por planta (GIACOMINI,

2008).

2.4.4 Acelga colorida

Figura 11- Acelga colorida

Fonte: Infoescola, (2018).

É da mesma família da beterraba e se diferencia pelo grande desenvolvimento das

folhas e do talo, que são as partes comestíveis. Rica em fibras e vitaminas A e C, além de

ser fonte de sais minerais como cálcio e ferro.

A semeadura é realizada em bandejas para a produção de mudas ou diretamente

no canteiro, sendo necessário o raleio (VIERIA, 2010)

O ciclo pode prolongar-se por cerca de 100 dias, sendo que a colheita inicia-se

entre 60 – 70 dias após o plantio. Época e regiões para plantio – Desenvolve-se melhor

sob temperaturas amenas (entre 15° e 25°C), sendo plantadas geralmente nos períodos de

outono e inverno em regiões de baixa altitude. Nas regiões mais altas, com verão suave,

pode-se plantar durante todo o ano (Vieira, 2010). São necessárias avaliações de

cultivares para verificar a viabilidade do cultivo na região amazônica. No entanto, em

ambientes fechados e refrigerados como shoppings e supermercado, há grande potencial

para produção e composição do paisagismo.

2.4.6 Mini berinjela híbrida

Page 23: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1234/1/HORTAS ORNAM… · conservação ambiental e a nutrição. O presente

23

Figura 12- Mini berinjela.

Fonte: Site Campos & negócio

Sem espinhos no cálice, a cultivar Bilbo facilita o trabalho dos produtores na hora

da colheita. Sua planta bastante ereta e produtiva garante frutos pequenos, propícios para

o mercado de consumo in natura ou de processamento, garantindo bons resultados para a

comercialização com fim de produção de conservas e pastas (HORTICULTOR, 2018).

Além disto, a planta apresenta boa proteção dos frutos e resistência a doenças.

Adocicada e com coloração interna branca, a berinjela é um material apto a atender às

exigências do mercado do mercado e dos consumidores (HORTICULTOR, 2018).

3. MATERIAL E MÉTODOS

3.1 PESQUISA DE DEMANDA

Foi realizada pesquisa de demanda por meio de questionários passados à

população. Os questionários foram elaborados e aplicados para caracterizar o perfil dos

consumidores de hortaliças nas pequenas e grandes cidades. Esta etapa objetiva também

verificar o conhecimento dos entrevistados sobre hortaliças ornamentais e a possível

implantação das mesmas em áreas urbanas.

O questionário possuía 24 perguntas e foram aplicados nas cidades de Bragança e

Belém. Bragança é um município brasileiro do Estado do Pará, localiza-se na latitude

01° 03' 13" sul e longitude 46° 45' 56" oeste, estando à altitude de 19 metros. Sua

população estimada em 2017 era de 124.184 habitantes. Belém, capital do Estado do Pará,

localiza-se na latitude de 01° 27” 21’ sul e longitude de 48° 30” 11’ oeste, estando à 10

metros ao nível médio do mar. Possui uma população de 1 446 042 habitantes.

Na cidade de Bragança, foram realizadas 150 entrevistas em bairros diferentes.

Foram eles: Aldeia, Alegre, Centro, Riozinho, Padre Luís e Vila Sinhá. Os entrevistados

Page 24: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1234/1/HORTAS ORNAM… · conservação ambiental e a nutrição. O presente

24

estavam na faixa de 12 à 69 anos de idade, apresentando renda entre 1 a 5 salários

mínimos.

Na região metropolitana de Belém foram entrevistadas 233 pessoas. A pesquisa

de demanda ocorreu em 14 lugares diferentes: bairros do Coqueiro, Cidade Nova 4,

Cidade Nova 6, Cidade Nova 8, Águas lindas, 40 horas, Paar, São Braz, Icoraci, Shopping

Pátio Belém, Boulevarde Shopping, Praça Batista Campos e Estação das Docas. Os

entrevistados estavam na faixa de 12 à 70 anos de idade, apresentando renda entre 1 a 6

salários mínimos.

A análise dos dados obtidos pela pesquisa de campo foi transformada em gráficos

e tabelas com a utilização do programa Microsoft Excel (2018).

3.2 CONFECÇÃO DO PROJETO

Após análise de demanda, foi proposto um projeto de horta ornamental para uma

praça da cidade de Bragança. Para elaboração do desenho técnico da horta ornamental foi

utilizado o software AutoCAD®.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 PESQUISA DE DEMANDA

Observando o perfil dos entrevistados, podemos destacar que a maior parte é do

sexo masculino (57%). Em relação ao nível de escolaridade, foi identificado que a grande

maioria (49%) possui o ensino fundamental incompleto. Seguindo temos os entrevistados

com nível superior completo (28%) e médio incompleto (13%).

Gráfico 1 - Sexo dos entrevistados da cidade de Bragança-PA.

Fonte: Oliveira, 2018.

57%

43%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

Masculino Feminino

Perc

en

tual

Sexo dos entrevistados

Page 25: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1234/1/HORTAS ORNAM… · conservação ambiental e a nutrição. O presente

25

No gráfico 2 vemos que a maior parte dos entrevistados são estudantes (60,67%),

10,67% são empresários e 10% possuem outras ocupações.

Gráfico 2 - Ocupações dos entrevistados da cidade de Bragança-PA.

Fonte: Oliveira, 2018.

Foi observado que as espécies olerícolas de preferência dos entrevistados são alface

(32,76%), tomate (24.57%), couve (19,40%) e pimenta (9,91%) (Gráfico 3).

60,67%

0,67% 0,67% 2,00%

9,33%6,00%

10,67% 10,00%

0,00%

10,00%

20,00%

30,00%

40,00%

50,00%

60,00%

70,00%

Perc

en

tag

em

(%

)

Ocupações dos entrevistados

Page 26: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1234/1/HORTAS ORNAM… · conservação ambiental e a nutrição. O presente

26

Gráfico 3 - Principais hortaliças consumidas em Bragança-PA.

Fonte: Oliveira, 2018.

Cerca de 60% das pessoas procuram a feira, para adquirirem as hortaliças. 39,07%

consume as hortaliças todo dia e 23,84% consume 2 vezes por semana. Cerca de 98% dos

entrevistados levam as hortaliças em sacola de plástico para as suas residências e os itens

que esses consumidores levam em consideração na hora da compra é principalmente a

aparência (59,93%) e o preço (33,33%).

Gráfico 4 – Frequência hortaliças em Bragança-PA.

Fonte: Oliveira, 2018.

32,76%

24,57%

19,40%

9,91%

3,45% 2,59% 2,59% 2,59%0,86% 0,86% 0,43% 0,00% 0,00%

0,00%

5,00%

10,00%

15,00%

20,00%

25,00%

30,00%

35,00%P

erc

en

tag

em

de c

on

su

mo

de h

ort

aliças

(%)

Principais hortaliças consumidas em Bragança- PA

39,07%

2,65%

9,93% 10,60% 10,60%

23,84%

3,31%

0,00%0,00%

5,00%

10,00%

15,00%

20,00%

25,00%

30,00%

35,00%

40,00%

45,00%

Todo dia 6x semana 5x semana 4x semana 3x semana 2x semana 1x semana Outros

Perc

en

tag

em

(%

)

Frequência de consumo de hortaliças em Bragança - PA

Page 27: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1234/1/HORTAS ORNAM… · conservação ambiental e a nutrição. O presente

27

Metade dos entrevistados busca saber a origem do produto consumido na compra.

13,33% dessas pessoas cultivam alguma hortaliça em casa e 86,67% não cultiva. No

entanto, 76% gostaria de ter uma horta em casa, mas alegam que não tem espaço

suficiente para isso. 79,33% desses consumidores dariam preferência por comprar as

hortaliças de produtores conhecidos.

Na cidade de Bragança 71,33% dos entrevistados conhecem pelo menos uma

hortaliça ornamental, dariam prioridade na compra dessas hortaliças, gostariam de

cultivar em casa, pagariam mais caro, além de aumentarem o consumo diário. Também

gostariam de ter uma horta ornamental em suas residências. Essas pessoas dariam

preferência por visitar praças, shopping e outros lugares que tivesse uma horta

ornamental. E por fim 71% das pessoas acham mais interessante um jardim com

hortaliças ornamentais, do que um jardim comum.

Observando o perfil dos entrevistados, podemos destacar que a maior parte é do

sexo feminino (52,59%). Em relação ao nível de escolaridade, foi identificado que a

grande maioria (37,77%) possui o ensino fundamental incompleto. Seguindo temos os

entrevistados com nível superior completo (35,19%) e médio completo (10,30%).

Gráfico 5 – Sexo dos entrevistados da cidade de Belém-PA.

Fonte: Oliveira, 2018.

47,41%

52,59%

0,44

0,45

0,46

0,47

0,48

0,49

0,50

0,51

0,52

0,53

Masculino Feminino

Per

cen

tual

Sexo dos entrevistados

Page 28: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1234/1/HORTAS ORNAM… · conservação ambiental e a nutrição. O presente

28

No gráfico 7 vemos que a maior parte dos entrevistados são estudantes (48,93%),

19,31% são empresários e 11,16% possuem outras ocupações.

Gráfico 6– Ocupações dos entrevistados da cidade de Belém-PA.

Fonte: Oliveira, 2018.

No gráfico 8 foi observado que as espécies olerícolas de preferência dos

entrevistados foi a alface (71,24%), Tomate (54,08%), couve (43,70%) e coentro

(22,75%).

Gráfico 7– Principais hortaliças consumidas em Belém-PA.

Fonte: Oliveira, 2018.

48,93%

0,43%6,87%

3,43% 6,01% 3,86%

19,31%

11,16%

0,00%

10,00%

20,00%

30,00%

40,00%

50,00%

60,00%

Perc

en

tag

em

%

Ocupações dos entrevistados

71,24%

3,86%

54,08%

19,31%

43,78%

1,29% 0,86% 0,43%

22,75%

0,43%0,00%

10,00%

20,00%

30,00%

40,00%

50,00%

60,00%

70,00%

80,00%

Pe

rce

nta

gem

%

Principais hortaliças consumidas em Belém-PA

Page 29: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1234/1/HORTAS ORNAM… · conservação ambiental e a nutrição. O presente

29

Cerca de 59,64% das pessoas procuram a feira para adquirirem as hortaliças.

40,52% consume as hortaliças todo dia e 19,40% consume 2 vezes por semana. Cerca de

97,85% dos entrevistados em Belém levam as hortaliças em sacola de plástico para suas

casas e os itens que esses consumidores levam em consideração na hora da compra é

principalmente a aparência (56,22%) e o preço (38,20%).

Gráfico 8 – Frequência hortaliças em Belém-PA.

Fonte: Oliveira, 2018.

Do total de entrevistado 61,33% procuram saber a origem do produto que levam

para seus lares e 37,77% não procura saber a origem das mesmas. Cerca de 9,12% dessas

pessoas cultiva alguma hortaliça em casa e 90,88% não cultiva. No entanto, 78,45%

gostaria de ter uma horta em casa, mas alegam que não tem espaço para isso. 76,29%

desses consumidores dariam preferência por comprar as hortaliças de produtores

conhecido.

Dos 233 entrevistados 76,39% conhece pelo menos uma hortaliça ornamental,

dariam prioridade na compra dessas hortaliças, gostariam de cultivar em casa, pagariam

mais caro, além de aumentarem o consumo diário. Também gostariam de ter uma horta

ornamental em suas residências. Essas pessoas dariam preferência por visitar praças,

shopping e outros lugares que tivesse uma horta ornamental. Por fim, 75,54% das pessoas

40,52%

8,62%

3,45%

12,07% 11,21%

19,40%

4,74%

0,00%

5,00%

10,00%

15,00%

20,00%

25,00%

30,00%

35,00%

40,00%

45,00%

Todo dia 6x semana 5x semana 4x semana 3x semana 2x semana 1x semana

Pe

rce

nta

gem

%

Frenquência do consumo de hortaliças em Belém-PA

Page 30: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1234/1/HORTAS ORNAM… · conservação ambiental e a nutrição. O presente

30

acham mais interessante um jardim com hortaliças ornamentais, do que um jardim

comum.

4.2 PROJETO

Após análise de demanda e então verificação do desejo da população em possuir

ou usufruir de hortas ornamentais, buscou-se um ambiente comunitário para criação de

um projeto com este tema.

O projeto elaborado na Vila do Acarajó, localizada no município de Bragança, na

região nordeste do estado do Pará, distante 210 km de Belém. O espaço é de uma família

que mora na vila. O local foi escolhido após exposição da proposta e então aceitação da

comunidade.

A área foi de 312 m², onde o comprimento é de 24 m e a largura é de 13 m. Estas

foram utilizadas no projeto (Apêndice B), inserindo também, outras espécies para

enriquecer o paisagismo.

Descrição do projeto:

O projeto buscou como tema uma área de convívio familiar, tendo hortas

ornamentais como vegetação principal do jardim. A ideia principal da horta ornamental

é proporcionar beleza, integração familiar ao cuidar das plantas e fonte de alimento para

a família (anexo 2).

O traçado suave do desenho acompanha o estilo contemporâneo, ligando os

principais pontos de interesse de forma objetiva. O formato dos canteiros também são

desenhados com bordas suaves e sem forma geométrica definida, em sua maioria. A

irregularidade nas formas possui objetivo de desvincular a formalidade das áreas de

cultivo e proporcionar maior sensação de lazer aos usuários. A vegetação também é

compostas por espécies frutíferas e ornamentais, quebrando assim a sensação de estar em

um ambiente formal, além de proporcionar ritmo pelos variados tamanhos das espécies.

Toda à área do projeto foi constituída de jardins, canteiros com hortaliças

ornamentais e comuns, caminhos e pergolados. Na entrada, o visitante já se depara com

um caminho que o leva ao centro de convivência para refeições, ao pergolado e aos

canteiros.

Os canteiros estão divididos de acordo com as necessidades em tratos culturais.

Assim, na entrada, temos o primeiro canteiro com mini alface, o segundo com lantanas e

vincas e terceiro com mini tomate. As vincas e lantanas estão alternadas entre as hortaliças

Page 31: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1234/1/HORTAS ORNAM… · conservação ambiental e a nutrição. O presente

31

proporcionando o entendimento que o espaço é uma mistura de plantas alimentícias e

ornamentais.

O caminho leva ao pergolado, ou caramanchão, o qual foi sugerido o cultivo da

abóbora mini Jack, que possui beleza em sua folhagem e frutos, podendo ser cultivados

sem proporcionar peso às plantas.

Seguindo adiante pelo caminho, o usuário encontra uma planta de acerola, sendo

um insumo importante para fornecer frutos para fazer sucos, sobremesas etc. Mais adiante

encontram-se os canteiros de tomate e pimentas. Apesar das dificuldades em se produzir

tomate, irá sugerir ao cliente o uso do cultivo em vaso de forma hidropônica. Caso não

seja possível, o tomate será enxertado em jurubeba. Será utilizada a pimenteira

ornamental cultivada em consórcio com o tomate.

À frente do canteiro de tomate e pimentas, está contido um dos pontos principais

de interesse do projeto, o qual possui uma fonte de água de tamanho pequeno, cercado

por canteiros de mini alface, couve e coentro. As formas suaves do canteiro acompanham

o caminho que leva a outro canteiro no final da área, o qual é composto por acelga colorida

e mini berinjela.

Na lateral inferior do projeto, estão contidos vários canteiros de plantas

medicinais, como boldo, gengibre e erva cidreira.

A área de convívio possui duas mesas no centro para a família realizar suas

refeições em momentos de descontração, para que a contemplação do jardim possa ser

exercida em sua totalidade. Entre as duas mesas, foi sugerida uma horta temática de

plantas aromáticas, que, em momentos de refeições, as ervas e temperos possam ser

destacadas no exato momento do consumo.

Nessa horta aromática foi sugerido o cultivo de tomilho, alecrim, coentro, agrião,

manjericão, entre outros. Cercando a área de refeição, inseriu-se quatro bananeiras, uma

em cada vértice da área. Estas espécies foram inseridas para proporcionar um ambiente

tropical e atribuir sombra ao local sem atrapalhar o fornecimento de luz às demais plantas.

O piso das demais áreas são compostas por grama esmeralda e os caminhos por

pedriscos coletados em igarapé, para manter a temática da região. Do lado de fora possui

uma quadra de areia para as crianças da residência poderem brincar. A quadra é cercada

para não danificar a área de cultivo.

O projeto foi apresentado aos membros da família com aprovação destes. Em

breve será realizada a execução, com acompanhamento da presente autora.

Page 32: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1234/1/HORTAS ORNAM… · conservação ambiental e a nutrição. O presente

32

Figura 13 – Praça familiar na Vila do Acarajó.

Foto: Ferreira, (2018).

5. CONCLUSÃO

A população demostrou interesse em usufruir dos benefícios das hortas ornamentais

caracterizando como oportunidade o projeto paisagismo.

A pesquisa serviu de base para a confecção do projeto apresentado a comunidade Vila

do Acarajó, a qual demostrou interesse em implantar.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALVES, S.; PAIVA, P. Os sentidos: jardins e paisagens. Revista Brasileira de Horticultura

Ornamental. v. 16, n. 1, 2010, 47-49.

BRANCO, R.B.F.; BLAT, S.F. Sistema de cultivo na produção de hortaliças. Pesquisa e

Tecnologia. v. 11, n. 1, jan-jun/2014.

DOURADO, N.P. et al. Horta Comunitária para promoção da educação ambiental e

segurança alimentar: experiências e perspectivas futuras. In: Congresso Brasileiro de

Extensão Universitária, 7, 2016, Ouro Preto. Anais... Ouro Preto: 2016.

FRACASSO, R.M.; ZANATTA, P.; MARCO, R.M.R.; LYRIO, M.P.; BALDIM, T.

Proposta de arborização e paisagismo da praça de alimentação da universidade federal

Page 33: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1234/1/HORTAS ORNAM… · conservação ambiental e a nutrição. O presente

33

de Santa Maria, campus Frederico Westphalen – RS. 1º FÓRUM INTERNACIONAL

ECOINOVAR Santa Maria/RS – 15 a 17 de Agosto de 2012.

GENGO, R.C.; HENKES, J.A. A utilização do paisagismo como ferramenta na preservação

e melhoria ambiental em área urbana. R. gest. sust. ambient. Florianópolis, v. 1, n. 2, p. 55

- 81, out. 2012/mar.2013.

MAKISHIMA, N. et al. Projeto horta solidária: cultivo de hortaliças. Jaguariuna/SP, 2005.

MELO, P.C.T.; VILELA, N.J. Importância da cadeia produtiva brasileira de hortaliças. In:

13ª Reunião Ordinária da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Hortaliças/MAPA.

Brasília/DF, 2007.

PAIVA, P.D. de O. Paisagismo I – histórico, definições e caracterizações. Lavras:

UFLA/FEAPE, 2004.

QUEIROZ, T.N. Paisagismo. Revista Especialize on-line. Goiânia, v. 1, n. 5, jul/2013.

RODRIGUES, P. A importância nutricional das hortaliças. Hortaliças em revista. Ano 1, n.

2, março/abril, 2012.

SANTOS, O.S. A sustentabilidade através da horta escolar: um estudo de caso. João

Pessoa, 2014.

SILVA, D. F. P. et al. Produção de Mini-Alface em cultivo hidropônico. Unimontes

Científica. Montes Claros, v.8, n.1 - jan./jun. 2006.

ROSA, M. Shopping em SP é o primeiro no país a ter horta e compostagem no telhado,

2017 Disponível em: http://ciclovivo.com.br/inovacao/inspiracao/shopping-em-sp-e-o-

primeiro-no-pais-a-ter-horta-e-compostagem-no-telhado/ acesso em 20/06/2018.

NOVA, D. B. Fomos conhecer uma horta urbana no meio da cidade de São Paulo, 2014

Disponível em: https://www.hypeness.com.br/2014/09/cobertura-hypeness-fomos-conhecer-

uma-horta-urbana-no-meio-da-cidade-de-sao-paulo/ acesso em: 20/06/2018.

ANDRADE, W. 5 exemplos de hortas pelo mundo, 2014 Disponível em:

https://sustentarqui.com.br/urbanismo-paisagismo/5-exemplos-de-hortas-urbanas-pelo-

mundo/ acesso em: 20/06/2018.

ROSA, M. 7 benefícios da agricultura urbana para a sociedade atual, 2017 Disponível

em: http://ciclovivo.com.br/vida-sustentavel/bem-estar/7-beneficios-da-agricultura-urbana-

para-a-sociedade-atual acesso em: 21/07/2018.

GOUVEIRA, J. Horta orgânica do Shopping Eldorado ganha visitação virtual, 2017

Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/saopaulo/2017/07/1897199-horta-organica-

do-shopping-eldorado-ganha-visitacao-virtual.shtml acesso em: 05/08/2018.

MUSEU DO AMANHÃ. Horta do amanhã, 2017 Disponível em:

https://museudoamanha.org.br/pt-br/horta-do-amanha acesso em: 05/08/2018

GIACOMINI, J. Isla lançaa abóbora mini, 2008 Disponível em:

http://www.paginarural.com.br/noticia/99740/isla-lanca-abobora-mini acesso 05/08/2018.

Page 34: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1234/1/HORTAS ORNAM… · conservação ambiental e a nutrição. O presente

34

HORTICULTOR Bilbo: a mini berinjela que se destaca pelo sabor visual e

produtividade, 2018. Disponível em: <http://canaldohorticultor.com.br/bilbo-a-mini-

berinjela-que-se-destaca-pelo-sabor-visual-e-produtividade/>. Acesso em 05/08/2018.

PIMENTA, J. C.; RODRIGUES, K. S. M. Projeto horta escola: ações de educação ambiental

na escola centro promocional todos os santos de Goiânia (go).

Simpósio de Educação Ambiental e Transdisciplinaridade UFG / IESA / NUPEAT -

Goiânia, maio de 2011.

BRASIL. Lei Federal 5.194 de 24 de dezembro de 1966- Seção IV Art7 e da Resolução 218

de CONFEA.

Page 35: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1234/1/HORTAS ORNAM… · conservação ambiental e a nutrição. O presente

35

7. APÊNDICES

Apêndice A. Questionário de avaliação

Universidade Federal Rural da Amazônia

Campus de Capanema

Curso: Agronomia

PERFIL DO CONSUMIDOR DE HORTALIÇAS NO MUNICÍPIO DE BELÉM/BRAGANÇA

1. Cidade:__________

2. Bairro: __________

3. Idade:___________

4. Sexo: ( ) Feminino ( ) Masculino

5. Nível de Escolaridade:

( ) Fundamental incompleto ( ) Fundamental completo ( ) Médio incompleto ( ) Médio completo ( ) Superior

incompleto ( ) Superior completo

6. Renda (em salários mínimos): ______________

7. Ocupação:

( ) Estudante ( ) Desempregado ( ) Aposentada ( ) Autônoma ( ) Empregado de empresa Privada

( ) Empregado de empresa Pública ( ) Empresário ( ) Outros Profissão:________________________

8. Qual(ais) a(s) espécie(s) olerícola(s) que você mais consome?

( ) Alface ( ) abóbora ( ) Tomate ( ) Pimenta( ) Couve ( ) Repolho ( ) Brócolis ( ) Pepino ( ) Batata (

) Pimentão ( ) Coentro ( ) Rúcula ( ) Cenoura ( ) Chicória ( ) Melão ( ) Melancia

9. Onde você adquire as suas hortaliças?

( ) Feira ( ) Supermercado ( ) Outros lugares. Quais? ___________________

10. Com que frequência você consome a(s) hortaliça(s)?

( ) Todo dia ( ) 6 x semana ( ) 5x semana ( ) 4x semana ( ) 3x semana ( ) 2x semana ( ) 1x semana ( )

Outros:_______________

11. Em que tipo de embalagem você compra a(s) hortaliça(s)?

( ) Sacola ( ) Sem embalagem ( ) Outros. Quais?

12. O que você leva em consideração na hora da compra da(s) hortaliça(s)?

( ) Aparência ( ) Cor ( ) Cheiro ( ) Preço ( ) Validade ( ) Outros. Quais?

13. Você procura saber a origem do produto?

( ) Sim ( ) Não

14. Você cultiva alguma hortaliça(s)? Quais?

15. Se não cultiva, gostaria de cultivar? Por que não cultiva?

16. Você daria preferência em comprar hortaliças de produtor conhecido?

( ) Sim ( ) Não

HORTALIÇAS ORNAMENTAIS

17. Você conhece alguma hortaliça ornamental?

( ) Sim ( ) Não

18. Você trocaria seu lugar de compra, ou seu supermercado, para comprar estas hortaliças?

( ) Sim ( ) Não

19. Você cultivaria em casa?

( ) Sim ( ) Não

20. Você pagaria mais caro por estas hortaliças?

( ) Sim ( ) Não

21. Considerando sua frequência de consumo, você aumentaria caso estas hortaliças estivessem facilmente disponíveis?

( ) Sim ( ) Não

22. Você gostaria de ter uma horta ornamental em casa?

( ) Sim ( ) Não

23. Você daria preferência por visitar espaços (supermercados, shoppings, praças, etc.) onde tivesse hortas ornamentais

com possibilidade de comprar?

( ) Sim ( ) Não

24. Entre um jardim comum e um jardim com hortaliças ornamentais, qual você escolheria para compor o paisagismo

de sua cidade?

Page 36: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA ...bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1234/1/HORTAS ORNAM… · conservação ambiental e a nutrição. O presente

36

Apêndice B. Projeto de implantação de uma horta

ornamental em Vila do Acarajó.