modelagem matemática da compactação, qualidade física ... · mostrou que as pastagens irrigadas...
TRANSCRIPT
RELATÓRIO FINAL
Projeto Agrisus No:PA1055/12
Título da Pesquisa: Modelagem matemática da compactação, qualidade física e
produtividade de um Latossolo sob diferentes usos e manejos
Interessado: Prof. Dr. Wellington Willian Rocha
Instituição: Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - Campus JK,
Departamento de Agronomia - Diamantina/MG Rodovia MGT 367 - Km 583, nº
5000 Alto da Jacuba CEP 39100-000
Tel : (38) 3531 0302, (38) 8825 6088; VOIP 8562
Local da Pesquisa: Passos, MG, Diamantina, MG
Valor financiado pela Fundação Agrisus:R$ 39. 800,000
Vigência do Projeto:16/011/12 a 01/06/2015
RESUMO DO RELATÓRIO
Os objetivos deste trabalho foram: avaliar a alteração estrutural do solo mediante o pisoteio animal em áreas de pastagem com e sem irrigação; avaliar a produtividade animal e qualidade da forrageira; avaliar possíveis alterações estruturais em áreas de cultivo direto e convencional para cultura do milho bem como a produtividade desta cultura em diferentes doses de adubações nitrogenadas. O que se observou é que há uma tendência de maior alteração estrutural nas áreas de pastagem irrigada em relação às áreas de sequeiro e que as pastagens degradaram mais o solo quando comparado com os sistemas de cultivo e a mata natural. As produtividades de milho foram superiores para o sistema de plantio direto em todas as doses de Nitrogênio aplicadas e que a qualidade da forrageira e produção animal foram superiores na pastagem irrigada.
RELATÓRIO PRÁTICO
A compactação do solo é um grave problema ambiental que tem causado inúmeros
danos econômicos e ambientais. Em uma área do sul de Minas Gerais onde se avaliou
possíveis problemas de compactação do solo em áreas pastagem com e sem irrigação,
avaliou-se também a qualidade da braquiária e o ganho de peso animal. Possíveis
problemas de compactação também foram estudados em áreas de plantio de milho em
sistemas convencional e direto, nestas áreas também foram verificadas as
produtividades do milho em diferentes doses de adubação de cobertura. Este estudo
mostrou que as pastagens irrigadas degradam mais o solo que qualquer outra prática
usada, embora as diferenças entre pastagem irrigada e não irrigada não fossem grandes.
Entrar com o animal logo após a irrigação ou irrigar com este no pasto, além da
quantidade excessiva de animais na área podem ser os causadores da compactação do
solo. O estudo também mostrou que a pastagem irrigada produz mais e que esta
degradação citada, ainda não está em limites críticos. Nas áreas de plantio de milho a
degradação do solo foi menor, pois até o momento, trafegar com tratores, adubadeiras e
outros implementos, não causou compactação, pois o solo está com as mesmas
características do solo de mata, ou seja, solto. Isto porque as máquinas usadas não
trafegaram no solo muito úmido e não tinham pressão muito além da que o solo
suportava naquele momento. As produtividades da cultura do milho foram maiores para
o sistema de plantio direto onde a palhada foi de Braquiária ruziziensis, que se adaptou
muito bem na região e ao manejo usado. Também no sistema de plantio direto, a dose
de adubação de cobertura recomendada pela Literatura somada de 20% a mais de
nitrogênio, foi a que gerou as maiores produtividades para o milho. Fica então como
recomendações: Não irrigar com o boi na área e nem colocá-los para pastejar logo após
a irrigação; ter um controle preciso da irrigação, evitando gastos desnecessários e
favorecendo a compactação do solo; Optar pelo sistema de plantio direto sempre que
possível e monitor a fertilidade do solo.
3
INTRODUÇÃO
Atualmente se discute muito sobre o desenvolvimento sustentável. Porém existem
limitações para que este seja alcançado, e uma delas é a compactação do solo, que pode
ocorrer naturalmente ou devido a manejo inadequado (MARTINS, 2012).
A compactação do solo é um dos principais fatores que favorece a degradação de áreas
cultivadas, além de ser responsável pela alteração da estrutura física do solo e afetar
negativamente a produção da cultura implantada. Segundo Oliveira et al., (2010), a
compactação é um processo que gera o aumento da resistência do solo à penetração, reduz a
porosidade, diminui a permeabilidade e a disponibilidade de nutrientes e água no solo. Seus
efeitos refletem na planta e no solo, afetando o crescimento e desenvolvimento radicular,
aumentando a densidade no solo, e acarretando em maior consumo de combustível das
máquinas no preparo dos solos, além de se manifestar no solo com a presença de zonas
endurecidas, empoçamento de água, erosão hídrica, poluição e assoreamento dos mananciais
de água. (BEUTLER et al., 2004)
Segundo Albuquerque et al., (2001), um dos principais fatores que são apontados
como causa da degradação de áreas cultivadas por sistema lavoura pecuária é a compactação
gerada pelo tráfego intenso de máquinas agrícolas e também pelo pisoteio animal.
Um dos principais indicadores da ocorrência da compactação é a redução dos
tamanhos dos poros e a modificação da estrutura do solo, haja vista que os macroagregados
são destruídos e o solo apresenta estrutura maciça, a qual pode impedir o crescimento de
raízes e diminuir o volume do solo explorado pelo sistema radicular (FILHO et al., 1999;
OLIVEIRA et al., 2010). Além da determinação da densidade crítica do solo que interfere no
desenvolvimento do sistema radicular das plantas, onde o valor de 1,55 g cm-3 é o limite
máximo para densidade do solo em sistemas produtivos e valores superiores a este prejudicam
o desenvolvimento das culturas e sua produtividade (BOWEN, 1981; REINERT et al., 2008);
e os valores de volume total de poros, que inferiores a 15%, de acordo com Moraes et al.,
(2002), indicam solos compactados.
Em solos com intenso cultivo, essa camada compactada é comumente presente; sendo
esta responsável pela diminuição de volume de poros. Em consequência disso, autores
observaram a diminuição da taxa de infiltração de água no solo, gerando aumento da taxa de
escoamento superficial e da erosão.
A compactação pode ser avaliada através da resistência à penetração a qual pode ser
determinada com o penetrômetro eletrônico ou manual, sendo a compactação comprovada
4
com valores acima de 2 Mpa na umidade de capacidade de campo. Alternativa para avaliar a
susceptibilidade à compactação de um solo citada por Vargas, (1977), é o uso do ensaio de
Proctor Normal, que determina a densidade máxima para umidade ótima ou crítica;
comparando a densidade do solo e a densidade máxima do solo, obtida após a compactação.
Além do monitoramento e acompanhamento da densidade do solo, estrutura, textura,
temperatura, consistência, porosidade e aeração do solo, umidade ótima de compactação
pressão crítica de cisalhamento. (ROCHA et al., 2007).
Outro método inovador atualmente muito utilizado nas ciências agrárias, que avalia
além da compactação, mas também o processo de compressão do solo é a pressão de pré-
consolidação obtida através da curva de compressão. Segundo Dias Junior et al., (2004), a
pressão de pré-consolidação divide essa curva em uma região de deformações recuperáveis e
em uma de deformações não-recuperáveis. Dessa forma, a pressão de pré-consolidação indica
a máxima pressão já aplicada no solo, evidenciando que aplicações maiores que a da pressão
desta devem ser evitadas na agricultura.
Este método é um parâmetro que indica a capacidade de um solo em suportar as cargas
nele aplicadas, onde são relacionados o índice de vazios e a densidade com o logaritmo da
pressão aplicada na superfície do solo, fornecendo informações sobre o comportamento
mecânico do solo. (DIAS JUNIOR & PIERCE, 1996).
Pires et al., (2012), em trabalho semelhante, não observou diferenças estatísticas entre
as pressões de pré-consolidação no momento inicial do estudo. Os autores relatam porém, a
uniformidade da cultura devido à época chuvosa e às adubações realizadas corretamente,
porém, ressaltam que o manejo do gado promoveu uma diferença na resistência do solo em
relação à mata, mesma relação encontrada por Carvalho et al., (2010) na mesma área.
A compactação tem grande influência na redução da condutividade hidráulica do solo
saturado, pois diminui a quantidade de macroporos. Assim, a determinação da condutividade
hidráulica do solo saturado é também utilizada na determinação quantitativa e qualitativa do
movimento de água no solo e no dimensionamento de sistemas de drenagem, relacionando
características físicas e hídricas do solo. O entendimento do fluxo de água no solo é
fundamental para a compreensão dos processos de infiltração e escoamento de água no solo,
em estudos de erosão e lixiviação de substancias químicas e na capacidade de infiltração dos
solos (MORAES et al., 2003).
Através da determinação da condutividade hidráulica do solo, é possível se avaliar e
classificar a velocidade de infiltração básica do solo. De acordo com Bernardo, 2005: VIB
5
muito alta: > 3,0 cm/h; VIB alta: 1,5 - 3,0 cm/h; VIB média: 0,5 – 1,5 cm/h; VIB baixa: < 0,5
cm/h. Segundo Reichert et al., 2005, a infiltração de água no solo é um bom indicador dos
efeitos da compactação do solo em função dos sistemas de manejo, similar ao que concluiu
Moraes, (1984).
Segundo Sobrinho et al., (2003) a infiltração é o processo pelo qual a água se adentra
no perfil do solo. Inicialmente essa taxa de infiltração é maior até que o solo se encontre
saturado. A partir da saturação, a taxa se encontra constante, simulando o que ocorre em um
solo sob condições de chuvas ou irrigação contínua. Esse processo é influenciado por diversos
fatores, tais como porosidade, umidade, atividade biológica, cobertura vegetal, dentro outros.
A taxa de infiltração de água no solo pode ser determinada com o uso dos
infiltrômetros de pressão, aspersão e de tensão, ou através do permeâmetro; variando de
acordo com o tipo de solo avaliado e a acessibilidade dos instrumentos.
O uso do sistema plantio direto é comumente aderido atualmente, onde a semeadura é
realizada em solo com cobertura de palha, tendo como um dos objetivos o mínimo de
revolvimento do solo, buscando a minimização de camadas compactadas, porém, como é
citado por Vieira & Klein, (2007), o uso continuo desse sistema pode agravar em um aumento
da densidade do solo, sendo desfavorável ao desenvolvimento radicular e a produtividade.
Sobrinho et al., (2003) constatou que solos sob plantio direto superam os valores das taxas de
infiltração de solos sob plantio convencional.
Prando et al., (2010) também avaliou a capacidade de infiltração no solo e concluiu
que solos sob rotação de culturas envolvendo Brachiaria ruziziensis e mamona apresentou
maior infiltração no solo, independente do solo escarificado ou não.
Os objetivos deste trabalho foram: A) Avaliar a pressão de pré-consolidação, a
resistência do solo à penetração e realizar a caracterização físico-hídrica de um Latossolo
Vermelho Amarelo sob mata, pastagens e sistema de plantio direto e convencional para a
cultura do milho; B) Avaliar a qualidade da forrageira pastejada, o ganho de peso animal; C)
Avaliar a produtividade do milho sob diferentes doses de adubação nitrogenada nos sistemas
de plantio direto e convencional e, D) entender de que forma os manejos impostos alteram a
estrutura do solo para que se proponham técnicas preventivas e corretivas quando necessárias.
MATERIAL E MÉTODOS
As amostras do experimento foram coletadas na Fazenda Experimental da Fundação
de Ensino Superior de Passos (FESP), agregada à Universidade do Estado de Minas Gerais
6
localizada na cidade Passos, Sudoeste de Minas Gerais, onde está implantado um sistema de
pastagem irrigada em piquetes, já com pisoteio animal, sendo 2 hectares (ha) irrigados e 2 ha
não irrigados. O manejo da área de pastagem irrigada é controlado pela evapotranspiração
potencial, quantificada através de um tanque classe A. O experimento foi realizado em uma
área total de 5,5 ha, dos quais 4 ha são de pastagem plantada, PI(pastagem irrigada) e PNI (
Pastagem não irrigada); 1 ha de mata natural e 0,5 ha de milho em sistema de plantio
direto(Pd) e 0,5 ha em área de plantio convencional (Pc). O solo da área de estudo foi
classificado como Latossolo Vermelho Amarelo distrófico (EMBRAPA 2006). Na tabela 1
estão apresentados os resultados da análise textural do solo estudado.
Tabela 1. Resultados da análise textural do solo.
Manejo Areia (%) Argila (%) Silte (%)
Mata 57,8 16,0 26,2
Piquete Irrigado 57,9 16,0 26,1
Piquete Não Irrigado 61,0 21,0 18,0
Plantio Direto 58,4 21,0 20,6
Plantio Convencional 59,1 21,0 19,9
A área de pastagem é cultivada com braquiária (Brachiaria brizantha cv. Vitória),
experimentalmente conduzida em faixas (com e sem irrigação). Cada faixa foi composta por
16 piquetes para condução de pastejo rotacionado de bovinos com taxa de lotação de 4
UA/ha. O manejo nos piquetes foi feito da seguinte maneira: 2 dias de pastejo e 30 de
repouso. Para estas áreas, o diferencial foi a irrigação, sendo 2 ha irrigados e outros 2 ha não
irrigados, ambas as áreas receberam 250 kg de N/ha, e adubações fosfatadas de correção e
manutenção, de acordo com a necessidade (CFSEMG, 1999).
Por se tratar de irrigação por aspersão, este experimento foi conduzido em faixas, e
analisado em parcelas subdivididas. Cada manejo é composto por 8 repetições. Na Brachiária,
foram avaliadas: Os teores de matéria seca, proteína bruta e fibra em detergente neutro, que
foram determinados seguindo a metodologia descrita AOAC (1990). A produção animal
(ganho de peso) foi quantificada pela pesagem periódica dos animais em tronco com balança
já existente na área. As médias da qualidade da forrageira e da produção animal foram
comparadas pelo teste de Tuckey a 5%.
7
As áreas para a condução das lavouras de milho são adjacentes às áreas de pastagem.
Nestas áreas, além dos sistemas de plantio, direto e convencional (composto por uma aração e
duas gradagens), foram variadas as adubações de coberturas, sendo três doses de N testadas,
uma que se refere à recomendada de acordo com a análise do solo, a segunda dose foi a
recomendação acrescida de 10% de N e a terceira dose foi a recomendada acrescida de 20%
de N. O experimento foi conduzido em blocos casualizados e analisado em esquema fatorial
(2 manejos, 3 doses de N x 5 repetições) e as médias das produtividades foram comparadas
pelo teste de Tuckey a 5%. Para a área de plantio direto de milho, a cobertura vegetal
(palhada) é composta por plantas de Brachiaria ruziziensis, manejada com doses de glifosate,
cortadas e uniformizadas com roçadoras quando necessário. Há também um esquema de
rotação de culturas (milho e soja). A semeadura foi realizada com uma adubadora-semadora
específica para este fim. A semeadura da soja foi feita apenas no sistema de plantio direto,
para garantir o ciclo de rotação de culturas. Estas áreas (plantio direto) foram assim divididas:
metade semeada com soja e metade semeada com milho e todos os anos houve um rodízio. Já
as áreas no sistema convencional, todos os anos foram semeados apenas o milho.
A área de mata natural situa-se abaixo da área de pastagem irrigada e serviriu como
referência para comparação dos atributos físicos avaliados.
As correções, adubações de plantio e de cobertura para o milho e pastagens, seguiram
as recomendações para o Estado de Minas Gerais (CFSEMG, 1999).
A qualidade física do solo foi avaliada através do ensaio de compressibilidade e
resistência do solo à penetração. A velocidade de infiltração básica do solo também foi
avaliada, e, para isto, usou-se os conjuntos infiltrômetros, de campo (anéis concêntricos) e de
laboratório. Com base nestas análises foram estimados os valores da velocidade de infiltração
básica do solo (VIB), por meio dos valores da condutividade hidráulica do solo saturado
(Ksat). Além desses estudos, foram feitas também as seguintes análises: análise
granulométrica, pelo método da pipeta (DAY,1965; EMBRAPA,1997); teor de matéria
orgânica (RAIJ & QUAGGIO,1983); umidade na capacidade de campo (Ucc) com água retida
a -6 kPa no extrator de placas porosas de Richardt; densidade do solo (Ds) pelo método dos
anéis volumétricos e a densidade de partículas pelo método do balão volumétrico de acordo
com Blake & Hartge (1986a).
8
O volume total de poros (VTP) foi calculado pela equação 1 abaixo. Onde VTP é
expresso em cm3 cm-3; Ds é a densidade do solo e Dp é a densidade de partículas, ambas
expressas em kg dm-3.
−=
Dp
DsVTP 1 Eq. 1
Após coletadas as amostras indeformadas na profundidade de 0,05m, as mesmas
foram identificadas, embaladas em filme plástico e impermeabilizadas com parafina para sua
preservação até a realização do ensaio em laboratório.
Depois de preparadas em laboratório, essas amostras foram saturadas em bandeja com
água destilada por 72 horas, com água cobrindo 2/3 da altura do anel. Posteriormente foram
submetidas à unidade de sucção para o controle da umidade, com uma tensão de retenção de
água de -6 kPa, representando a tensão de retenção de água na capacidade de campo. Com o
auxílio do extrator de placas porosas de Richards, essas amostras de solo também foram
estabilizadas nas seguintes tensões de retenção de água: -2kPa; -6kPa; -10kPa; -33kPa e -
1500kPa, com a obtenção das respectivas umidades.
Uma vez estabilizadas nas tensões de retenção de água, as amostras foram submetidas
ao ensaio de compressibilidade, obtendo-se os modelos de sustentabilidade estrutural em
função da pressão de pré-consolidação.
As cargas foram aplicadas em cada amostra (corpo de prova), por meio de ar
comprimido em uma célula de compressão (Figura 1), utilizando-se um consolidômetro
automático com IHM(CA - IHM). Cargas estas que obedeceram à seguinte ordem: 25, 50,
100, 200, 400, 800 e 1600 kPa (SOUZA, 2012). Cada pressão foi aplicada até que 95% da
deformação máxima fosse alcançada, segundo Holtz e Kovacs (1981), modificado por Dias
Junior (1994), somente então uma nova pressão foi aplicada.
Após a finalização dos ensaios, as amostras foram pesadas e encaminhadas à estufa
por uma temperatura de 105ºC por 24 horas, para determinação da umidade.
9
Figura 1 - Célula de compressão uniaxial esquematizada (extraído de Souza 2012).
As pressões de pré-consolidação (PP) foram obtidas de acordo com Dias Junior &
Pierce (1996), usando as curvas de compressão do solo.
As PP obtidas no ensaio de compressão uniaxial foram plotadas em função das
diferentes umidades, para a obtenção dos modelos de capacidade de suporte de carga do solo.
Através do uso do software Sigma Plot 8.0 (2002); As equações matemáticas foram ajustadas
utilizando o modelo proposto por Dias Junior (1994). As comparações das regressões foram
feitas utilizando os procedimentos descritos por Snedecor & Cochran (1989).
Também foram avaliados em amostras indeformadas, a resistência do solo à
penetração. Foram coletadas amostras indeformadas de solo com o auxílio de uma amostrador
do tipo Uhland, com anéis de volume conhecido. Em laboratório, as mostras foram
trabalhadas para que seu volume coincidisse com o volume do anel, facilitando assim o
cálculo de densidade do solo e manuseio das mesmas. Para as áreas de estudo pastagem
irrigada e não irrigada, coletou-se 15 anéis na profundidade de 0,05m em cada um das áreas.
Para este ensaio, foi utilizado um penetrômetro digital de bancada.
Depois de preparadas, as amostras foram saturadas com água destilada por 48 horas. Os
ensaios de resistência à penetração tiveram início após a saturação das amostras e se consistiu
em medir a resistência do solo dentro do anel usando o penetrômetro já descrito e pesando-se
as amostras logo em seguida. Esse procedimento foi repetido até que o solo se encontre com
um valor tal de umidade que não permitisse mais a leitura da resistência à penetração, sendo
então, as amostras levadas à estufa 105ºC por 24 horas para secagem. Com os valores das
massas dos solos úmidos e secos, puderam-se calcular as umidades correspondentes aos
10
valores das determinações das resistências à penetração. De posse das informações de
resistência à penetração versus umidade, pode-se então obter os valores máximos de
resistência do solo à penetração. As equações foram comparadas estatisticamente pelo teste de
Snedecor e Cochran (1989).
Além do estudo sobre compressibilidade do solo e resistência do solo à penetração,
desenvolveu-se também o ensaio para quantificar a velocidade básica de infiltração de água
no solo. Esse ensaio foi conduzido segundo Bernardo (2006) e consiste na avaliação da
infiltração de água no solo com o uso de dois anéis concêntricos chamados de anéis
infiltrômetros, onde o valor da VIB de cada solo é a infiltração de água medida por um
determinado tempo, sendo o valor adotado aquele que apresentar três leituras iguais e
consecutivas. Foram feitas três repetições por área de estudo.
Porém, pretendeu-se também testar um protótipo para estimar a VIB em ensaio de
laboratório, onde, em amostras indeformadas, determinam-se, segundo Bernardo (2006), os
valores de Ksat para posterior cálculo da velocidade de infiltração básica do solo para a
classificação físico-hídrica deste. O equipamento denomina-se permeâmetro de carga
constante, pois é possível a obtenção de Ksat em amostras de solo saturados pela aplicação de
uma carga de água constante.
Foram coletadas amostras em 4 repetições para cada manejo em anéis específicos.
Estes anéis são constituídos de aço inox, de altura e diâmetro aproximados de 9,5 cm e 7,0 cm
respectivamente. As amostras foram preparadas (Figura 2) e colocadas em bandeja plástica
para saturar, durante 72 horas, com água cobrindo 90% da altura do anel. A determinação dos
valores de Ksat foi auxiliada com o uso de um permeâmetro de carga constante (Figura 3).
Figura 2 - Amostras preparadas, prontas para serem saturadas.
11
Figura 3 - Permeâmetro de carga constante de laboratório em funcionamento para determinação de Ksat.
Antes das análises serem iniciadas, as amostras foram colocadas no equipamento
durante 1 hora para estabilização e aplicação de uma lâmina ou carga d’água constante. Para
cada análise, foram realizadas 3 repetições, sendo cronometrado um tempo de 1 minuto (60
segundos) para a leitura da quantidade de água percolada de cada amostra, utilizando uma
proveta de vidro graduada de 25 ml. A altura da lâmina d’água de cada amostra foi medida
com uma régua graduada de 20 cm, e a altura e diâmetro de cada anel foram determinados
para o cálculo de seu volume.
A determinação de Ksat em laboratório foi realizada empregando o Método do
Permeâmetro de Carga Constante, segundo Bernardo (2006), adaptado em laboratório, que
pode ser ilustrado de acordo com a equação 2 e figura 4.
���� ���
��� � Equação 2.
Onde:
Ksat= condutividade hidráulica do solo saturado, cm min -1;
V= volume de água coletado, cm³;
L= altura da amostra de solo (anel), cm;
A= área da seção transversal da amostra de solo, cm³;
t= tempo de coleta do volume de água, min;
h= altura da lâmina d’água, cm.
12
Figura 4 - Esquema do anel utilizado no permeâmetro para determinação de Ksat
Calculados os valores de Ksat, foi possível determinar a velocidade da VIB de acordo
com Bernardo (2005), isolando a VIB da fórmula utilizada para determinação de K (Equação
2):
� �����
��� → ���� � ��� � �� → VIB �
������
� Equação 2.
Onde:
VIB= velocidade de infiltração básica, mm h-1; K= condutividade hidráulica do solo, cm min -1; L= altura da amostra de solo (anel), cm; h= altura da lâmina d’água, cm.
A comparação dos valores entre as determinações da VIB em campo e em laboratório
foram realizadas pelo teste t de Student. Tal comparação é fundamental, pois os trabalhos de
obtenção da VIB em campo são muito desgastantes e demorados. Embora já existam
permeâmetros de carga constante no mercado, estes são extremamente caros e um dos
aspectos deste trabalho é calibrar o equipamento construído no laboratório de Física e
mecânica dos Solos da UFVJM.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Pela figura 5, observa-se a variação da pressão de pré-consolidação (PP) em função da
umidade do solo com informações de 2015. Pelo teste de significância através da verificação
do teste de identidade de modelos, descrito por Snedecor & Cochran (1989), (Tabela 2), pode-
se observar que os modelos gerados para mata, plantio direto e plantio convencional, não
apresentaram diferença significativa. Mesmo comportamento observado entre pastagem
13
irrigada e não irrigada. Assim, uma nova modelagem matemática foi feita para ajustar este
comportamento (Figura 6).
Figura 5 - Modelagem da Pressão de pré-consolidação em função da umidade. PC= plantio convencional; Pd = plantio direto; PI = pastagem irrigada e PNI = pastagem não irrigada
Tabela 2.Teste de significância de acordo com Snedecor & Cochran (1989) entre as curvas compactação de um Latossolo Vermelho-Amarelo nos diferentes manejos e uso.
Manejo
F
Coeficiente angular,
b Coeficiente linear, a
Mata vs pastagem irrigado Ns **
Mata vs pastagem não irrigado Ns **
Mata vs Plantio direto Ns Ns
Mata vs Plantio convencional Ns Ns
Plantio direto vs Plantio convencional Ns Ns
Pastagem irrigado vs pastagem não irrigado Ns Ns
Pastagem irrigado vs Plantio direto Ns **
Pastagem irrigado vs Plantio convencional Ns **
Pastagem não irrigado vs plantio direto ** Ns
Pastagem não irrigado vs Plantio convencional ** Ns
F: testa a homogeneidade dos dados; b coeficiente angular da regressão linearizada; a intercepto da regressão linearizada; H: homogêneo; NH: não homogêneo; ns: não significativo; ** significativo a 5% de probabilidade respectivamente.
0
100
200
300
400
500
600
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7
Pre
ssão
de p
ré-
co
nso
lid
ação
(kP
a)
Umidade do solo (kg kg-1)
(Mata) PP = 10 (2,81 -1,89(U)
R2 = 0,95
(PC) PP = 10 (2,81 -1,88(U)
R2 = 0,94
(Pd) PP = 10 (2,83 -1,91(U)
R2 = 0,95
(PNI) PP = 10 (3,16 -2,2(U)
R2 = 0,93
(PI) PP = 10 (3,,17 -2,21(U)
R2 = 0,95
14
Figura 6 - Modelagem da Pressão de pré-consolidação em função da umidade.
Observa-se pela figura 6 que solo sob pastagem, apresentou maiores valores de
pressão de PP quando comparado com o solo sob mata, plantio direto e plantio convencional,
fato que pode ser observado pela posição das curvas. O pisoteio animal poderá ser a causa
principal para esta variação, pois segundo Albuquerque et al., 2001, a pressão exercida pelo
gado sob o solo pode levá-lo à deformação, que se for permanente causa a compactação deste
solo. A não diferença entre as áreas de pastagem irrigada e não irrigada, se deve
possivelmente à regularidade da cobertura vegetal, pois as coletas foram realizadas logo após
o período chuvoso, e a área não irrigada passou por um tempo com certa umidade no solo
semelhante à área irrigada, concordando com Pires et al., (2012). Considerando que a pressão
aplicada foi a mesma, e o teor de matéria orgânica muito semelhante, o solo apresentou um
comportamento compressivo semelhante, somado a isto pode-se ressaltar que as adubações
realizadas puderam proporcionar efeito no bom desenvolvimento da cultura.
Já a mata, o sistema de plantio direto e o plantio convencional, apresentaram menores
valores para PP em comparação com as áreas de pastagem. A mata por não ser submetida a
nenhum manejo que altere a estrutura do solo, e um maior teor de matéria orgânica, que
apresenta uma estrutura mais solta e leve. O sistema de plantio direto que, mesmo com o
0
100
200
300
400
500
600
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7
Pre
ssão
de p
ré-
co
nso
lid
ação
(kP
a)
Umidade do solo (kg kg-1)
Mata, (PC e Pd) PP = 10 (2,81 -1,89(U)
R2 = 0,95
(PI e PNI) PP = 10 (3,16 -2,2(U)
R2 = 0,95
15
tráfego de máquinas, apresenta o reflexo do preparo do solo, com estrutura mais solta pelos
processos de aração e gradagem. Aspectos que também corroboram com Pires et al., (2012)
em estudos desenvolvidos na mesma área e o plantio convencional por ainda estar sobre o
efeito do preparo do solo que o deixou mais solto.
A tabela 3 apresenta os valores de PP na umidade referente à capacidade de campo. A
mata e o plantio direto apresentaram os valores inferiores de PP, sendo a preocupação com o
manejo das áreas de pastagem, pois com a irrigação, a PP foi maior, indicando que o solo com
maior resistência, apresentará menor deformação. Em comparação com a mata, o valor de PP
para o solo sob pastagem irrigada suporta mais carga, fato que explica o menor valor de VTP
(Tabela 4), influenciando negativamente na movimentação de água do solo. Os valores de PP
revelam a máxima pressão que solo pode suportar sem que se ocorra a compactação. É
importante ressaltar que um gado adulto pode aplicar até 550Kpa de pressão no solo
(CARVALHO et al., 2010), no caso, muito superior à máxima que o solo suporta na
capacidade de campo. Esta informação é muito importante, pois auxiliará no manejo dos
próximos anos.
Tabela 3. Valores de pressão de pré-consolidação na umidade referente a capacidade de campo.
Manejo
Pressão de Pré-consolidação (kPa) na Capacidade de campo
(ano 2015)
Pressão de Pré-consolidação (kPa) na Capacidade de campo
(ano 2014)
Pressão de Pré-consolidação (kPa) na Capacidade de campo
(ano 2013)
Mata 190bA 188bA 191bA
Plantio direto 199bA 201bA 192bA
Plantio convencional
201bA 200bA 198bA
Pastagem irrigada 349aA 287aB 334aA
Pastagem não irrigada
333aA 270aB 330aA
Médias seguidas de mesma letra minúscula na horizontal e maiúscula na vertical, não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Snedecor e Cochram a 5% de probabilidade.
Na tabela 3, pode-se observar também a variação da Pressão de pré consolidação dos
anos de 2013 a 2015. A mata, o plantio direto e o plantio convencional, não apresentaram
diferenças significativas ao longo dos anos. Já as pastagens tiveram uma redução na
capacidade suporte de cargas do solo no ano de 2014. Este fato pode ser explicado pela
alternância na frequência de pisoteio animal, onde o sistema passou por manutenções que
16
aliviaram a carga aplicada ao solo. Ao analisarmos aos anos de 2013 e 2015, não foram
encontradas diferenças. Esta redução da capacidade suporte de cargas do solo pelo no ano de
2014 indica que o solo ainda está na fase recuperável, que o alívio das pressões aplicadas
podem gerar uma recuperação da sua estrutura. Por outro lado, a não diferença entre os
valores de 2013 e 2015, indica que o solo não está sofrendo alterações significativas e que o
manejo em cada área não promoveu alteração na sua estrutura.
A tabela 4 apresenta os valores da VIB obtida pelos dois métodos, o de campo e o de
laboratório. Não se observou diferenças significativas entre os métodos e nem entre os
manejos. De acordo com Bernardo, 2005, os valores encontrados indicam baixa infiltração de
água para todos os manejos e também para a mata. Esta baixa infiltração pode ser associada a
dois aspectos: as pressões aplicadas ao solo pelo pisoteio animal nas pastagens e tráfego de
máquinas no plantio direto e também aos bons teores de matéria orgânica deste solo e matéria
orgânica que pode reter muita água e dificultar sua infiltração (SOBRINHO et al., 2003). Este
método não foi sensível para detectar possíveis alterações estruturais do solo, porém serviu
para indicar que a obtenção da VIB em laboratório, obtida com o auxílio do protótipo, é
precisa e pode ser utilizada para fins de irrigação, facilitando os processos devido à
dificuldade em se obter este parâmetro no campo.
Tabela 4.Valores da velocidade de infiltração básica de água no solo obtida pelos dois métodos, o de campo e o de laboratório.
Manejo VIB (campo)
(mm/h)
VIB (Laboratório)
(mm/h)
Mata 1,58aA 1,55aA
Plantio direto 1,59aA 1,55aA
Plantio convencional 1,61aA 1,58aA
Pastagem irrigada 1,59aA 1,57aA
Pastagem não irrigada 1,55aA 1,57aA
Médias seguidas de mesma letra não diferem estatisticamente entre si pelo teste t de Student a 5%. Letras minúsculas comparam médias na vertical e letras maiúsculas comparam médias na horizontal.
Pela tabela 5, conforme com Bowen, (1981), observa-se que nenhum solo apresenta
densidades consideradas críticas, ou seja, acima de 1,55 g/cm3 mas de uma forma geral, as
pastagens apresentaram valores maiores em comparação com a mata, indicando uma alteração
estrutural e confirmando a tendência observada na modelagem da PP (Figura 6).
17
A umidade na capacidade de campo (Ucc) não apresentou diferença significativa para
o plantio direto, pastagem irrigada e não irrigada e mata. A mata por apresentar maiores
valores de matéria orgânica e consequente maior retenção de água e a pastagem irrigada por
estar sempre com umidade próxima à capacidade de campo, possivelmente apresenta uma
melhor regularidade nos poros e maior retenção de água.
Tabela 5.Valores de densidade do solo (Ds), umidade na capacidade de campo (Ucc) e teor de matéria orgânica (MO).
Manejo Ds
(g cm-3)
Ucc
(kg/kg)
MO
(dag kg-1)
Mata 1,11c 0,28a 3,8
Plantio direto 1,24b 0,28b 1,9
Plantio convencional 1,18c 0,25b 1,4
Pastagem irrigada 1,27a 0,28a 1,8
Pastagem não irrigada 1,27a 0,29a 1,6
Médias seguidas de mesma letra não diferem estatisticamente entre si pelo teste t de Student a 5%.
O plantio convencional foi o sistema com menor valor de umidade par a capacidade de
campo, isto se deve a sua estrutura mais solta devido às práticas de preparo do solo (uma
aração e duas gradagens).
A Tabela 6 apresenta os valores para VTP dos manejos e mata. Nenhum manejo
apresenta valores de VTP inferior a 0,15 cm3/ cm3, ou 15%, o que de acordo com Moraes et
al., 2002, caracterizaria compactação do solo. Observa-se que a mesma tendência foi mantida,
onde o solo sob mata é o que apresentou o maior valor de VTP e o solo sob pastagem
apresentou os menores. Tal fato evidencia que a pastagem, em comparação com a mata
apresenta os menores valores de VTP, que indica também uma alteração estrutural.
Tabela 6. Volume total de poros para os manejos estudados.
Manejo Volume total de poros (cm3/ cm3)
Mata 0,45
Plantio direto 0,33
Pastagem irrigada 0,26
Plantio convencional 0,20
Pastagem não irrigada 0,30
18
A variação da resistência do solo à penetração (RP) com a umidade do solo nos
diferentes anos para os manejos estudados é apresentada na Figura 7.
Figura7. Resistência à penetração do solo em diferentes umidades nos anos de 2014 e
2015 para os manejos estudados.
O teste de significância entre os modelos para resistência à penetração está
apresentado na Tabela 7.
Tabela 7. Teste de significância de acordo com Snedecor & Cochran (1989) entre as curvas
resistência à penetração de um Latossolo Vermelho-Amarelo nos diferentes manejos e anos.
Manejo Coeficiente angular, b
Coeficiente linear, a
Piquete irrigado 2015 vs Piquete irrigado 2014 ns ns
Piquete irrigado 2015 vs Piquete não irrigado 2015 ns *
Piquete irrigado 2015 vs Piquete não irrigado 2014 ns *
Piquete irrigado 2014 vs Piquete não irrigado 2015 ns *
Piquete irrigado 2014 vs Piquete não irrigado 2014 ns *
Piquete não irrigado 2015 vs Piquete não irrigado 2014 ns ns
ns: não significativo; * significativo a 5% de probabilidade respectivamente.
0
1
2
3
4
5
6
7
8
0 10 20 30 40 50 60
Res
istê
nci
a à
pen
etra
ção
(MP
a)
Umidade do solo (%)
(PI 2015) RP = 5,098e-0,04U
(PI 2014) RP = 5,08e -0,039U
(PNI 2015) RP = 6,406 e-0,063U
(PNI 2014) RP = 6,29e-0,060U
19
Os manejos irrigados 2014 e 2015 não apresentaram diferenças significativas, o
mesmo comportamento foi observado, quando se comparou os manejos não irrigados em
2014 e 2015. Este fato ocorreu devido a um período sem pisoteio animal nas áreas em função
do manejo adotado. Pode-se afirmar também que o solo não sofreu alteração estrutural
significativa.
Por não haver diferença entre os anos, para os manejos irrigados e para os manejos não
irrigados, agruparam-se os dados de 2014 e 2015 em uma nova modelagem para ajustar este
comportamento (Figura 8).
Ao comparar o manejo irrigado com o não irrigado, foram observadas diferenças
significativas (Tabela 7).O solo sob pastagem irrigada apresenta maiores valores de RP em
comparação com o solo sob pastejo não irrigado, como mostra as curvas na Figura 8.
Comprovando que o manejo da irrigação influencia na alteração da estrutura deste solo.
Segundo Rocha et al., (2001), solos com maiores umidades, as partículas ficam mais soltas e
são mais fáceis de um reagrupamento em função da carga aplicada.
Figura 8. Resistência à penetração do solo em diferentes umidades e manejos
De acordo como Merotto Jr. & Mundstock, (1999), solos que apresentam, valores de
RP na capacidade de campo acima de 2 MPa, indicam compactação.Observando a Tabela 8,
0
1
2
3
4
5
6
7
8
0 10 20 30 40 50 60
Res
istê
nci
a à
pen
etra
ção
(MP
a)
Umidade do solo (%)
(PI) RP = 5,089e-0,039U
(PNI) RP = 6,40e -0,061U
20
nenhum dos solos apresentou valores acima do limite estabelecido na capacidade de campo,
indicando que não há compactação devido a estes manejos.
Tabela 8. Valores médios da Resistência do Solo à Penetração na capacidade de campo e na
umidade ótima de compactação.
Manejo Umidade na capacidade de campo (%)
RP na umidade da capacidade de campo
(MPa)
RP na umidade de 19%
(MPa)
Piquete não irrigado 26 1,31b 2,00b
Piquete irrigado 29 1,64a 2,42a
Valores seguidos da mesma letra na vertical, não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Snedecor & Cochran (1989).
Porém, observou-se ainda a tendência do solo sob pasto irrigado ser o manejo com
maior valor de resistência mecânica, comprovando que o pisoteio animal aliado à umidade
altera a estrutura do solo. Segundo Albuquerque, (2001), o pisoteio animal é uma das
principais causas da degradação de pastagem, devido à pressão exercida pelo animal no solo,
deformando sua estrutura e levando o solo a compactação.
Foi realizada uma simulação com o solo na umidade de 19% (Tabela 8).Observando
os valores obtidos na simulação, o solo sob pastejo não irrigado, apresentariam valor de 2
MPa, valor este considerado limite crítico para o desenvolvimento de culturas, mostrando
que é necessário tomar medidas preventivas para melhorar a estrutura do solo, para que o
mesmo não venha se tornar um solo compactado. A área irrigada, apresentaria uma resistência
de 2,42 MPa, valor este superior a 2 MPa, fato que com certeza comprometeria o
desenvolvimento da cultura e a produção animal. Segundo Imhoff &Tormena, (2000), para a
penetração das raízes o solo deve apresentar espaços porosos suficientes para o movimento da
água e gases e resistência favorável para penetração, quando isso não acontece ocorre a
redução da produtividade e longevidade das pastagens.
No entanto, estando o solo na umidade de 19%, práticas de controle e descompactação
seriam necessárias.
21
PRODUTIVIDADE DA CULTURA DO MILHO
Em todas as doses de Nitrogênio estudadas, as produtividades do milho foram maiores
para o milho em sistema plantio direto (Tabela 9), tal fato se deve ainda ao reflexo do preparo
do solo que, o deixa mais solto favorecendo todos os processos de movimentação de água no
solo, que consequentemente favorecem à maior absorção de nutrientes pela planta, refletindo
em maior produtividade. Cabe ressaltar ainda a importância deste sistema e da palhada, que
contribuem muito para a manutenção da umidade do solo, de sua estrutura e principalmente
da Braquiária Ruziziensis que alivia a estrutura do solo devido ao crescimento de seu sistema
radicular, além de uma maior quantidade de matéria orgânica. Para o sistema de plantio
direto, observa-se também um aumento gradativo das produtividades avaliadas no ano de
2015 quando comparadas ao ano de 2014. Este fato se deve a uma tendência de adaptação ao
sistema direto que ainda não se estabilizou, mas já demonstra ser o sistema que acarretará em
maiores produtividades. Já o sistema de plantio convencional, apresentou uma estabilização
de produtividade entre os anos de 2014 e 2015.
Tabela 9. Média das produtividades de milho nos dois sistemas estudados nos anos de 2014 e 2015
Sistema Produtividade de milho (kg/ha)
Ano 2014 Ano 2015
Direto 8768,4aA 8958,9aB
Convencional 8571,3bA 8583,5bA
Médias seguidas de mesma letra minúscula na vertical e maiúscula na horizontal, não diferem entre si pelo test de Tuckey a 5%.
Em todos os anos, as doses crescentes de N condicionaram maiores produtividades,
tanto para o sistema convencional quanto para o sistema de plantio direto com superioridade
para a dose convencional acrescida de 20%. Isto demonstra a importância da adubação
nitrogenada de cobertura para a boa produtividade desta cultura. Também cabe ressaltar a
superioridade nas produtividades de milho em sistema de plantio direto.
22
Tabela 10. Média das produtividades de milho nos dois sistemas estudados e nas doses de nitrogênio.
Sistema
Produtividade de milho (kg/ha)
Doses de N em cobertura
Recomendada Recomendada +10% Recomendada+20%
Direto 8798,3aB
8857,3aB 9201,1aA
Convencional 8472,3bB 8578,6bB 8699,3bA
Médias seguidas de mesma letra minúscula na vertical e maiúscula na horizontal, não diferem entre si pelo test de Tuckey a 5%.
Como a capacidade suporte de cargas não mostrou diferenças significativas para o solo em
sistema convencional e direto, as variações de produtividade estão mais associadas ao sistema
propriamente dito e às adubações nitrogenadas. Sempre ressaltando destaque para o sistema
em plantio direto.
QUALIDADE DA FORRAGEIRA E GANHO DE PESO ANIMAL
Pela tabela 11, pode-se observar a produção de matéria seca total (PMST) para as áreas
irrigadas e não irrigadas. O que se observa é que as médias de matéria seca foram diferentes
entre as plantas irrigadas e não irrigadas, onde as plantas irrigadas apresentaram maior
produção de matéria seca, indicando um melhor desenvolvimento. Também se notou uma
diferença entre os anos estudados, onde as plantas em 2015 e 2014 se mostraram mais
produtivas que as plantas de 2013. Não se observou diferenças entre as produtividades de
2015 e 2014.
23
TABELA 11. Produção de matéria seca total (PMST) de Brachiaria brizantha cv. MG-5 irrigada e não irrigada sob pastejo rotacionado.
Irrigado Não Irrigado
Ano PMST
(kg/ha)
PMST
(kg/ha)
2013 8.890,08 aB 7.802,75bB
2014 10.110,07aA 9.878,21bA
2015 10.215,09aA 9859,32bA
Médias seguidas de mesma letra minúscula nas linhas não diferem entre si pelo test de Tuckey a 5%. Médias seguidas de mesma letra maiúscula nas colunas não diferem entre si pelo teste pelo test de Tuckey a 5%
Na Tabela 12 são apresentados os valores de Proteína Bruta(PB) e Fibra em detergente
Neutro(FDN).
O que se observa é que a qualidade da forrageira aumentou do ano 2013 para o ano de
2015, significando que o manejo, seja na adubação e ou na taxa de lotação está se adequando.
TABELA 12. Porcentagem de Fibra em detergente neutro (FDN) e Proteína Bruta (PB) da Brachiaria brizantha cv. MG-5 irrigada e não irrigada sob pastejo rotacionado.
Ano Pastagem irrigada Pastagem Não irrigada
FDN(%) PB(%) FDN(%) PB(%)
2013 60bA 9,8aA 68aA 8,1bB
2014 57bA 10,2aA 62aA 9,4bA
2015 56bA 10,4aA 62aA 9,1bA
Médias seguidas de mesma letra minúscula nas linhas não diferem entre si pelo test de Tuckey a 5%. Médias seguidas de mesma letra maiúscula nas colunas não diferem entre si pelo teste pelo test de Tuckey a 5%
Este melhoria na qualidade da forrageira foi verificada pela redução dos teores de FDN e
aumento nos teores de PB, principalmente nas plantas irrigadas.
Pela Tabela 13, podem-se observar os valores do ganho de peso por animal médio diário.
O crescimento dos animais acarreta em maior consumo e maior ganho de peso. O cabe aqui
ressaltar é que em todos os anos, o ganho de peso médio diário por animal, foi maior para os
animais que estavam em áreas irrigadas devido à melhor qualidade da forragem ofertada em
função da irrigação, considerando que não existem diferenças entre a capacidade suporte de
24
cargas, ou seja, a compactação do solo não está interferindo na qualidade da foragem e
consequentemente no ganho de peso animal.
TABELA 13. Médias do ganho de peso vivo médio diário (GPVMD) dos animais em piquetes de Brachiaria brizantha cv. MG-5 irrigada e não irrigada, sob pastejo rotacionado.
Irrigado Não Irrigado
GPVMD
(kg/an/dia)
GPVMD
(kg/an/dia)
2013 0,377 a 0,341a
2014 0,578a 0,421b
2015 0,879a 0,702b
Médias seguidas de mesma letra minúscula nas linhas, para a mesma variável, não diferem entre si (P>0,01) pelo teste t e mesma letra maiúscula nas colunas não diferem entre si (P>0,01) pelo teste de Scott-Knott.
CONCLUSÕES
1- Solo sob pastagem apresentou maiores valores de pressão de pré-consolidação quando
comparado com o solo sob mata, plantio direto e convencional;
2- A pressão de pré-consolidação demonstra que o solo sob pastagem sofreu deformação,
porém, não está ainda no limite crítico, pois ao se aliviar a carga este sofreu um alívio;
3- Pelo volume total de poros, não se observou compactação, porém a pastagem irrigada
apresentou valor inferior deste parâmetro;
4- Os valores de velocidade de infiltração básica do solo indicam baixa infiltração de água
para todos os sistemas; não sendo sensível para detectar possíveis alterações estruturais do
solo.
5- O protótipo de permeâmetro de carga constante se mostrou eficiente na obtenção da
velocidade de infiltração básica.
6- Para os manejos estudados com relação à resistência do solo à penetração, não existe
problema de compactação, mas as áreas de pastagens foram as que mais sofreram alteração
estrutural.
7- A produtividade do milho foi superior para as áreas de plantio direto e maiores doses de
Nitrogênio aplicado em cobertura;
25
8-Embora haja uma tendência de maior alteração estrutural para as áreas de pastagem
irrigada, nesta área a qualidade da forrageira e ganho de peso animal foram superiores.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Fica como recomendação que o gado não deve ser liberado para pastejo logo após a irrigação
e que também não se irrigue com os animais na área;
O plantio direto age como técnica protetora da estrutura do solo, aliado ao correto manejo da
adubação e do maquinário agrícola.
Estudos mais longos com outras variáveis como alternância nas adubações das pastagens,
variações das cargas aplicadas devem ser conduzidos para se verificar o efeito dos manejos
em um período de tempo maior.
DIFICULDADES E MEDIDAS CORRETIVAS
As principais dificuldades encontradas foram a distância, pois o projeto foi implementado a
mais de 600km e as mudanças climáticas que atrasaram as chuvas dificultando o manejo. Para
vencer estas dificuldades, diversas viagens foram realizadas à área do experimento e um
mutirão foi montado para que o manejo não fosse prejudicado em função da escassez de
chuvas em alguns períodos críticos.
COMPENSAÇÕES OFERECIDAS À AGRISUS
Este projeto gerou o fortalecimento do grupo de plantio direto e ampliou as discussões entre
produtores no Vale do Jequitinhonha e no Sul de Minas Gerias;
Sobre manejo animal e principalmente em aspectos ligados à forrageira, seja ela para pastejo
ou para uso em sistema de plantio direto, criou-se um horizonte de discussões muito maior em
nível internacional envolvendo países como a Austrália e Peru com possibilidades de
parcerias futuras.
Os conceitos deste trabalho foram apresentados em diversos congressos (XIX Reunião
Brasileira de Manejo e Conservação do solo - Lajes, SC; XX Congresso Latino Americano de
Ciência do Solo – Cusco, Peru; XXII International Grassland, Sydnei, Austrália; XXX IV
26
Congresso Brasileiro de Ciência do Solo – Florianópolis, SC e XXXV Congresso Brasileiro
de Ciência do Solo, Natal, RN)
Dois artigos científicos já foram submetidos, um para a Revista Brasileira de Ciência do Solo
e outro para Revista Brasileira de Engenharia Agrícola.
Todos os eventos citados acima com menção, referencia e agradecimentos especiais à
Agrisus.
DEMOSTRAÇÃO FINANCEIRA DOS RECURSOS DA FUNDAÇÃO AGRISUS
PROJETO:Modelagem matemática da Compactação, qualidade física e produtividade de um Latossolo sob diferentes usos e manejos
COORDENADOR:Wellington Willian Rocha
DESPESAS Gasto (R$)
Material de Consumo 12017,16
Material Permanente 2047,00
Despesas com Hospedagem 1894,25
Despesas de Alimentação 1523,24
Despesas de Transporte 6777,17
Bolsa de Estudos 10800
Outros (seguro bolsista) 45,65
TOTAL 35104,47
Diamantina, 01/07/2015
Prof. Dr. Wellington Willian Rocha
30
Soja em plantio Direto
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALBUQUERQUE, J.A. et al. Efeitos da integração lavoura pecuária nas propriedades físicas do solo e características da cultura do milho. Revista Brasileira de Ciência do Solo, Viçosa, v.25, n.3, p.717-723, 2001. AOAC. (ASSOCIATION OF OFFICIAL ANALYTICAL CHEMISTS). Official methods of analysis. 15.ed. Washington: AOAC, 1990. BERNARDO, S. Manual de irrigação. 7.ed. Viçosa: Ed. UFV, 2005. BERNARDO, S. Manual de irrigação. 8.ed. Viçosa: Ed. UFV, 2006.
BEUTLER, A.N; CENTURION, J.F; SILVA, A.P; ROQUE, CG, FERRAZ, M.V. Compactação do solo e intervalo hídrico ótimo na produtividade de arroz de sequeiro. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v.39, n.6, 2004.
BLAKE, G.R. & HARTGE, K.H. Bulk density. In: KLUTE, A., ed. Methods of soil analysis. 2.ed. Madison, ASA/SSSA. 1986a. Part 1. p.363-375.
31
BOWEN, H.D. Alleviating mechanical impedance. In: ARKIN, G.F., TAYLOR, H.M. Modifying the root environment to reduce crop stress. St. Joseph : American Society of Agricultural Engineers, 1981. CARVALHO, R. C. R.; ROCHA, W. W.; PINTO, J. C.; PIRES, B. S.; DIAS JUNIOR, M. S.; NUNES, A. H. B. Soil shear strength under non-irrigated and irrigated short duration grazing systems. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v.34: p.631-638, 2010. COMISSÃO DE FERTILIDADE DO SOLO DO ESTADO DE MINAS GERAIS – CFSEMG. Recomendação para o uso de corretivos e fertilizantes em Minas Gerais. (5ª Aproximação). Viçosa, MG, 1999. 359p. DAY, P.R. Particle fractionation and particle-size analysis.In: BLACK, C.A. (Ed.). Methods of soil analysis: physical and mineralogical properties, including statistics of measurement and sampling. Madison: American Society of Agronomy, 1965. p.545-566. DIAS JUNIOR, M. S.; PIERCE, F.J.O. O processo de compactação do solo e sua modelagem. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v.20, n.1, p.175-182, 1996. DIAS JUNIOR, M.S. Compression of three soils under long-term tillage and wheel traffic. 1994. 114p. (Tese Doutorado) – Michigan State University, East Lansing, 1994.
DIAS JUNIOR, M.S.; SILVA A.R.; FONSECA S.; LEITE F.P. Método alternativo de avaliação da pressão de pré-consolidação por meio de um penetrômetro. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v.28 n.5. Viçosa Sept./Oct. 2004.
EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA – EMBRAPA. Centro Nacional de pesquisas do solo. Sistema brasileiro de classificação de solos. 2.ed. rio de Janeiro, embrapa solos, 2006. 306p. EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA - EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Solos (Rio de Janeiro, RJ). Manual de métodos de análises de solos. 2.ed. Rio de Janeiro, 1997. 212p. (Documento 1). FILHO, J.T; RALISCH, R; GUIMARÃES, M.F, MEDINA, C.C, BALBINO, L.C & NEVES, C.S.V.J. Método do perfil cultural para avaliação do estado físico de solos em condições tropicais. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v.23: p.393-399, 1999. HOLTZ, R.; KOVACS, W.D. An introduction to geotechnical enginnering. Englewood, Cliffs: Prentice-Hall, 1981. 733p. MARTINS, P.C.C. Capacidade de Suporte de Carga de Diferentes Classes de solos Submetidas a diferentes usos. 2012, 100 p. Tese (Doutourado em Agronomia). Universidade Federal de Lavras, Lavras, 2012. MORAES, J. M. et al. Propriedades físicas dos solos na parametrização dos modelos hidrológicos. Revista Brasileira de Recursos Hídricos, Porto Alegre, v.8, n.1, p. 61-70, 2003.
32
MORAES, et al. Densidade e porosidade do solo como diagnóstico do estado de degradação de solos sob pastagens na região dos cerrados. In: V SIMPÓSIO NACIONAL SOBRE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADAS, 2002, Belo Horizonte - MG.V Simpósio Nacional sobre Recuperação de Áreas Degradadas: água e biodiversidade, Belo Horizonte - MG: SOBRADE, 2002. p. 256-258. MORAES, W.V. Comportamento de características e propriedades de um Latossolo Vermelho-Escuro, submetido a diferentes sistemas de cultivo. 1984. 107p. Tese (Doutorado). Escola Superior de Agricultura de Lavras (ESAL), Lavras, 1984. OLIVEIRA, V.S.; ROLIM, M.M; VASCONCELOS, R.F.B; COSTA, Y.D.J & PEDROSA, E.M.R. Compactação de um Argissolo Amarelo distrocoeso submetido a diferentes manejos. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, v.14, n.9, p.914–920, 2010. PIRES, B.S.; DIAS JUNIOR, M.S.; ROCHA, W.W.; ARAUJO JUNIOR, C.F. & CARVALHO, R.C. Modelos de capacidade de suporte de carga de um Latossolo Vermelho-Amarelo sob diferentes usos e manejos. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v. 36, n.2, p. 635-642, 2012. PRANDO, M.B; OLIBONE, D; OLIBONE, A.P.E & ROSOLEM, C.A. Infiltração de água no solo sob escarificação e rotação de culturas. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v.34, p.693-700, 2010.
RAIJ, B. Van; QUAGGIO, J.A. Métodos de análise de solo para fins de fertilidade. Campinas: IAC, 1983. 31p. (IAC. Boletim técnico, 81).
REICHERT, J.M.; REINERT, D.J.; CASSOL, E.A. & SILVA, V.R. A infiltração da água no solo sob manejo conservacionista. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIA DO SOLO, 30. Recife, 2005. Anais... Recife, Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, 2005. CD-ROM. REINERT, D.J.; ALBUQUERQUE, J.A.; REICHERT, J.M.; AITA, C.; ANDRADA, M. Limites críticos de densidade do solo para o crescimento de raízes de plantas de cobertura em Argissolo Vermelho. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v.32, p.1795-2215, 2008. ROCHA, W.W.; BORGES, S.R.; VICTÓRIA, E.P. & NUNES, A.B. Resistência ao cisalhamento do solo do ponto de vista ambiental. In. Mauro. Belo Horizonte, Ciência Ambiental, 2007. p.87-124. SIGMA PLOT. Scientific Graphing Software. Versão 8.0. San Rafael, Jandel Corporation, 2002.
SNEDECOR, G.W. & COCHRAN, W.G. Statistical methods. 8.ed. Ames, Iowa State University, 1989. 503p.
SOBRINHO, T.A; VITORINO, A.C.T; SOUZA, L.C.F; GONÇALVES, M.C & CARVALHO, D.F. Infiltração de água no solo em sistemas de plantio direto e convencional. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, v.7, n.2, p.191-196, 2003.
33
SOUZA, A.I. Avaliação do Capim-Braquiária e dos atributos físicos do solo sob doses de nitrogênio. 2012. 53p. Dissertação (Mestrado em Zootecnia) – Faculdade de Ciências Agrárias, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Diamantina, 2012. VARGAS, M. Introdução a Mecânica dos Solos. São Paulo: McGraw-Hill, 1977. 509p. VIEIRA, M.L & KLEIN, V.A. Propriedades físico-hídricas de um Latossolo vermelho submetido a diferentes sistemas de manejo. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v.31, p.1271-1280, 2007.