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Relatório de Monitorização do Plano de Prevenção de Riscos de Corrupção e
Infrações Conexas do IMT, I.P.
Ano de 2016
12/06/2017
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ÍNDICE
Lista de siglas ……………………………………………………………………………………………………………………………..
I. Introdução ……………………………………………………………………………………………………………………………….
II. Enquadramento organizacional ………………………………………………………………………………………………
a) Enquadramento ………………………………………………………………………………………………………………………
b) Missão ……………………………………………………………………………………………………………………………………
c) Valores e compromisso ético ………………………………………………………………………………………………….
d) Estrutura interna …………………………………………………………………………………………………………………….
e) Organograma ………………………………………………………………………………………………………………………….
III. Monitorização ………………………………………………………………………………………………………………………..
a) Áreas de risco e medidas de prevenção ………………………………………………………………………………….
b) Metodologia de avaliação da execução …………………………………………………………………………………..
c) Análise da implementação das medidas preventivas indicadas no PPRCIC ………………………………
IV. Novas situações potenciadoras de riscos ……………………………………………………………………………….
V. Conclusão ……………………………………………………………………………………………………………………………….
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LISTA DE SIGLAS
CD – Conselho Diretivo
CPC – Conselho de Prevenção da Corrupção
DRMTs – Direções Regionais de Mobilidade e Transportes
DSAR – Direção de Serviços de Administração e Recursos
DSEAP – Direção de Serviços de Estudos, Avaliação e Prospetiva
DSF – Direção de Serviços de Fiscalização
DSFC – Direção de Serviços de Formação e Certificação
DSGCC – Direção de Serviços de Gestão de Contratos e Concessões
DSRJE – Direção de Serviços de Regulamentação Jurídico-Económica
DSRTQS – Direção de Serviços de Regulação Técnica, Qualidade e Segurança
GAI – Gabinete de Auditoria Interna
GAT – Gabinete de Assessoria Técnica
GJC – Gabinete Jurídico e de Contencioso
PPRCIC – Plano de Prevenção de Riscos de Corrupção e Infrações Conexas
QUAR – Quadro de Avaliação e Responsabilização
SISCO – Sistema de Informação de Suporte às Contra-Ordenações
SIVH – Sistema de Informação de Veículos e Homologações
UO – Unidade(s) Orgânica(s)
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I. INTRODUÇÃO
O presente relatório diz respeito à monitorização da execução anual do Plano de Prevenção de Riscos de
Corrupção e Infrações Conexas (PPRCIC) do IMT, I.P. dando cumprimento ao preconizado na recomen-
dação do Conselho de Prevenção da Corrupção (CPC) de 1 de julho de 2009, segundo a qual, “Os órgãos
dirigentes máximos das entidades gestoras de dinheiros, valores ou patrimónios públicos, seja qual for a
sua natureza, devem elaborar Planos de Gestão de Riscos de Corrupção e Infrações Conexas”, os quais
deverão incluir, nomeadamente, a “Elaboração de um Relatório Anual da Execução do referido plano”.
Trata-se do primeiro relatório anual de execução elaborado pelo IMT,I.P., tendo em conta que a sua
estrutura orgânica só foi definida em julho de 2015, e o Plano de Prevenção respetivo foi aprovado pelo
Conselho Diretivo (CD) em abril de 2016.
Este documento avalia o grau de implementação das medidas e, em simultâneo, identifica novas situa-
ções potenciadoras de risco e as correspondentes medidas de mitigação que passarão a integrar um
novo PPRCIC.
Conforme decorre das recomendações emanadas pelo CPC, a definição, implementação e avaliação do
PPRCIC constitui uma responsabilidade do CD e de todos os trabalhadores com funções dirigentes, pelo
que, a elaboração do presente relatório beneficiou do contributo das diversas Unidades Orgânicas (UO)
do IMT, I.P. em particular daquelas que se encontram mais diretamente envolvidas na implementação
das medidas de prevenção de riscos.
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II. ENQUADRAMENTO ORGANIZACIONAL
a) Enquadramento
O Instituto da Mobilidade e dos Transportes, I. P. (IMT, I.P.) é um organismo central com jurisdição so-
bre todo o território nacional, tem sede em Lisboa e dispõe, como serviços desconcentrados, das Dire-
ções Regionais de Mobilidade e Transportes do Norte, do Centro, de Lisboa e Vale do Tejo, do Alentejo e
do Algarve.
O IMT,I.P. encontra-se sob a tutela do Ministro do Planeamento e das Infraestruturas, em coordenação
com a Ministra da Administração Interna, o Ministro do Ambiente e a Ministra do Mar.
O IMT, I.P. foi criado no âmbito do Plano de Redução e Melhoria da Administração Central (PREMAC),
visando a utilização racional e eficiente dos recursos públicos, bem como a redução da despesa pública.
A sua criação foi concretizada através do Decreto-Lei n.º 236/2012, de 31 de outubro, alterado e repu-
blicado pelo Decreto-Lei n.º 77/2014, de 14 de maio, e alterado pelo Decreto-Lei n.º 83/2015, de 21 de
maio, assumindo a missão e atribuições dos anteriores Instituto de Mobilidade e dos Transportes Ter-
restres1 (IMTT), Instituto das Infraestruturas Rodoviárias, I.P. (InIR), Comissão de Planeamento de Emer-
gência dos Transportes Terrestres (CPETT), e parte das atribuições do Instituo Portuário e dos Transpor-
tes Marítimos, I.P. (IPTM), organismos extintos por fusão.
O IMT, I.P. integra ainda as atribuições da SIEV - Sistema de Identificação Eletrónica de Veículos, S.A.,
respeitantes à exploração e gestão do sistema de identificação eletrónica de veículos.
Realça-se ainda que, no último trimestre de 2016 (pelo Decreto-lei 79/2016, de 23 de novembro), parte
das atribuições da Direção-Geral das Atividades Económicas, no que se refere à Divisão de Redes e In-
fraestruturas inserida na Direção de Serviços de Assuntos Europeus daquela Direção-Geral, foi igualmen-
te transferida para a tutela do IMT, I.P. envolvendo uma nova estruturação orgânica, conforme decorre
da alínea a) do artigo 1º do referido decreto-lei.2
A constante alteração organizacional dificulta a sedimentação de uma cultura comum e a estabilidade
necessária à prossecução da sua missão.
1 Este próprio fruto da fusão, em 2007, de 3 outros organismos, a DGTT, a DGV e o INTF.
2 Altera a orgânica do Instituto da Mobilidade e dos Transportes, I. P. (IMT, I. P.), aprovada pelo Decreto-Lei n.º 236/2012, de 31 de
outubro, alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º 77/2014, de 14 de maio, e alterado pelo Decreto-Lei n.º 83/2015, de 21 de maio.
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Com efeito, volvidos quase dois anos da publicação da Portaria nº 209/2015, de 16 de julho, que deter-
minou a sua organização interna, o IMT, I.P. ainda não viu aprovado o seu mapa de pessoal, o que não
permite concluir o processo de fusão do Instituto.
b) Missão
O IMT, I.P. tem por missão, genericamente:
O exercício das funções de regulamentação técnica, de licenciamento, coordenação, fiscaliza-
ção e planeamento no setor dos transportes terrestres, fluviais e respetivas infraestruturas e na
vertente económica do setor dos portos comerciais e transportes marítimos;
A gestão de contratos de concessão em que o Estado seja concedente, nos referidos setores ou
em outros setores, nomeadamente relativos a transporte aéreo e infraestruturas aeroportuá-
rias, de modo a satisfazer as necessidades de mobilidade de pessoas e bens;
Apoiar o Governo:
o Na implementação e avaliação de políticas para os setores da mobilidade, dos trans-
portes terrestres, fluviais e dos portos comerciais e transportes marítimos, na sua ver-
tente económica, e das infraestruturas rodoviárias, assegurando a sua coordenação in-
terna com os subsistemas de circulação e segurança e delineando estratégias de arti-
culação intermodal;
o Na elaboração de diplomas legais e regulamentares e na preparação e condução de
procedimentos pré-contratuais nos setores dos transportes terrestres, fluviais e dos
portos comerciais e transportes marítimos, na sua vertente económica, e das infraes-
truturas rodoviárias, no âmbito das suas atribuições;
Representar o Estado Português, em articulação com o Ministério dos Negócios Estrangeiros,
em organismos internacionais dos setores da mobilidade, dos transportes terrestres e das in-
fraestruturas rodoviárias, acompanhando ou assegurando, quando necessário, a representação
e participação internacionais no setor dos portos comerciais e transportes marítimos, sem pre-
juízo da representação da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT) enquanto auto-
ridade reguladora.
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c) Valores e compromisso ético
Os valores que norteiam a atividade do IMT, I.P. encontram-se plasmados no seu Código de Ética e de
Conduta, aprovado pelo CD em dezembro de 2016, podendo sintetizar-se nos seguintes:
Orientação para o Serviço Público
Princípio da legalidade
Isenção / imparcialidade / independência
Responsabilidade (Accountability)
Confiança
Qualidade do desempenho
Respeito mútuo
O Código de Ética e de Conduta, que integrou os vários contributos obtidos durante o período de con-
sulta interna a que foi sujeito, constitui um instrumento fundamental para a melhoria da qualidade do
desempenho dos trabalhadores do IMT, I.P. bem como um referencial de valores para a sua relação com
os cidadãos e as empresas.
Pretende ainda contribuir para a criação de uma cultura organizacional comum em todos os serviços do
IMT, I.P. e potenciar a criação de um ambiente de confiança na relação com todos os utilizadores do
Instituto.
d) Estrutura Interna
O IMT, I.P. contém, na sua estrutura orgânica, funções de negócio (áreas operacionais) que assumem a
gestão e operação do ciclo de vida dos serviços prestados, bem como da área nuclear da missão do
organismo, assumidas pelas seguintes estruturas hierárquicas:
Direção de Serviços de Gestão de Contratos e Concessões (DSGCC)
Direção de Serviços de Regulamentação Jurídica e Económica (DSRJE)
Direção de Serviços de Regulamentação Técnica, de Qualidade e Segurança (DSRTQS)
Direção de Serviços de Formação e Certificação (DSFC)
Direção de Serviços de Fiscalização (DSF)
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Direções Regionais de Mobilidade e Transportes (DRMTs) do Norte, Centro, Lisboa e Vale
do Tejo, Alentejo e Algarve, bem como as respetivas subunidades orgânicas a nível distrital,
uma em cada um dos restantes 13 distritos.
Para além daquelas, existem UO com funções corporativas (apoio especializado) que apoiam o CD em
áreas críticas para o planeamento e desenvolvimento da organização, bem como para a sua avaliação,
designadamente as abaixo elencadas:
Direção de Serviços de Estudos, Avaliação e Prospetiva (DSEAP)
Gabinete Jurídico e de Contencioso (GJC)
Direção de Serviços de Repositório Institucional (DSRI)
Gabinete de assessoria Técnica (GAT)
Gabinete de Auditoria Interna (GAI)
Como qualquer outro organismo, o IMT, I.P. conta ainda com funções de suporte, que asseguram ativi-
dades transversais de apoio administrativo, gestão financeira, patrimonial, de recursos humanos, recur-
sos logísticos e aprovisionamento, bem como de infraestrutura de tecnologia e comunicações, desen-
volvimento aplicacional e de apoio ao utilizador, cuja gestão incumbe às seguintes direções de serviços:
Direção de Serviços de Administração e Recursos (DSAR)
Direção de Serviços de Sistemas de Informação (DSSI)
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e) Organograma
A estrutura organizativa do IMT, I.P. é constituída por UO de 1ª linha - direções e gabinetes atrás referi-
dos - e UO de 2ª linha (departamentos e núcleos), como indicado no organograma que consta da figura
1.
Figura 1 – Organograma do IMT, I.P.
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III. MONITORIZAÇÃO
a) Áreas de risco e medidas de prevenção
No PPRCIC, aprovado em abril de 2016, o grau de risco obtido, calculado através da multiplicação da
“probabilidade de ocorrência” pela “gravidade em caso de ocorrência”3, foi subdividido conforme a
tabela seguinte.
Figura 2 – Classificação do risco (Risco = Probabilidade*Gravidade)
Para além dos riscos transversais identificados e caracterizados, e das medidas propostas para a sua
mitigação, de acordo com a perceção dos dirigentes responsáveis de todos serviços, foram igualmente
identificados riscos específicos, por cada UO e atividade/processo. De realçar que para as UO – em par-
ticular os 18 serviços desconcentrados – em que as atividades e riscos são comuns, mas cujas caracterís-
ticas próprias podem levar a classificações de risco diferenciadas, o risco foi caracterizado pela média
das pontuações atribuídas ao mesmo.
As áreas de intervenção do IMT, I.P. foram agrupadas por tipologia conforme ilustra a figura 3.
Figura 3 – Áreas de intervenção do IMT, I.P.
3 Na escala de 1 a 3 para cada variável, em que 1 corresponde a Fraco, 2 a Médio e 3 a Elevado.
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Deve referir-se, quanto aos responsáveis das UO, que houve entretanto alterações relativamente ao que
consta no PPRCIC, tendo-se registado substituições dos dirigentes de quatro UO: DSEAP (agosto de
2016), DSSI (setembro de 2016), DSAR (janeiro de 2017) e GAT (só foi designado um novo dirigente em
abril de 2017, já depois de iniciada a monitorização do PPRCIC).
b) Metodologia de avaliação da execução
A avaliação da execução do PPRCIC, dinamizada pelo GAI, foi efetuada em articulação com as UO que
tinham sob a sua responsabilidade direta a implementação das medidas de prevenção de riscos.
A forma de recolha de informação consistiu em fichas individuais enviadas a cada responsável de cada
UO contendo a identificação de cada medida preventiva identificada no PPRCIC, em termos genéricos
e/ou específicos, - uma folha por cada tipo - os riscos que previne, o seu grau de implementação, a evi-
dência dessa implementação e, com caso de não implementação, os motivos subjacentes. Foi ainda
incluída uma coluna de observações, que se considerou indispensável para obtenção de informação
adicional. Os itens avaliados constam da tabela da figura 4 (a título de exemplo).
Figura 4 – Ficha de monitorização das medidas preventivas do PPRCIC (excerto)
Em todas as auditorias que realizou em 2016, o GAI procurou igualmente determinar até que ponto se
encontravam implementadas algumas das medidas elencadas em áreas de maior risco no PPRCIC. De
facto, as auditorias constituem uma oportunidade para aferir não apenas o grau de cumprimento dos
procedimentos, quando existam, mas também o ambiente de controlo interno existente, quer a nível
global, quer especificamente em cada serviço auditado.
Em 2016, o GAI dedicou especial atenção a uma área crítica de riscos – a dos exames de condução, ten-
do, nesse domínio, realizado auditorias a: Direção Regional de Mobilidade e Transportes do Norte ( e
respetivo Centro de Exames); Delegação Distrital de Viação de Braga (e respetivo Centro de Exames);
Centro de Exames de Viana do Castelo; Centro de Exames de Vila Real (incluindo Chaves); Centro de
Exames de Bragança; Centro de Exames de Santarém, Delegação Distrital de Viação de Setúbal (e respe-
tivo Centro de Exames).
# MEDIDA PREVENTIVA RISCO(S) QUE PREVINE I PINI/
NA
SE IMPLEMENTADA: EVIDÊNCIA
DE
IMPLEMENTAÇÃO
SE PARCIALMENTE
IMPLEMENTADA: PONTO DE
SITUAÇÃO
SE NÃO IMPLEMENTADA: RAZÕES
PARA A NÃO
IMPLEMENTAÇÃO
OBS
1Garantir o acompanhamento e supervisão de cada
atividade pelos respetivos dirigentes intermédios
Discricionariedade;
Ambiguidade e/ou subjetividade na definição ou
aplicação de critérios de seleção/análise dos
processos;
Incumprimento das regras da contratação pública
na aquisição de bens e serviços
x
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Análise da implementação das medidas preventivas indicadas no PPRCIC
Conforme se pode verificar pela análise dos dados constantes das tabelas seguintes, a maioria das me-
didas preventivas indicadas no PPRCIC do IMT, I.P. foram já implementadas.
Todavia, um número significativo de medidas encontra-se apenas parcialmente implementado, ou não
foi ainda implementado.
Figura 6 – Taxa de implementação das medidas preventivas transversais a todo o IMT
UNIDADE ORGÂNICA
IMPLEMENTADAS PARCIALMENTE
IMPLEMENTADAS NÃO
IMPLEMENTADAS
DSRJE 57% 13% 30%
DSGCC 35% 56% 9%
DSRTQS 59,2% 7,4% 33,3%
DSFC 52% 38% 10%
DSRI 64% 24% 12%
DSF 77,3% 9,1% 13,6% DSSI 56% 20% 24%
DSAR 47% 44% 9%
DSEAP 35% 51% 14%
GJC Sem informação (ausência de reporte)
GAT4 16% - 84%
GAI 62% 24% 14%
DRMTN 50% 41% 9%
DRMTC 51% 16% 33%
DRMTLVT 21% 79% 0%
DRMTALT 65% 15% 20%
DRMTALG 54% 37,5% 8,5%
Figura 7 – Taxa de implementação das medidas preventivas específicas da UO
UNIDADE ORGÂNICA
IMPLEMENTADAS PARCIALMENTE
IMPLEMENTADAS NÃO
IMPLEMENTADAS DSRJE 100% - -
DSGCC 49% 29% 22%
DSRTQS 70% - 30%
DSFC 47,2% 19,4% 33,3%
DSF 73% 9% 18%
DSAR 87,5% 12,5% -
GJC Sem informação (ausência de reporte)
DRMTN 55% 20% 25%
DRMTC 50% 25% 25%
DRMTLVT 50% 31% 19%
DRMTALT 65% 15% 20%
DRMTALG 67% 25% 8%
4 À data a que foi efetuado o ponto de situação do cumprimento do PPRCIC (março de 2017), o GAT não dispunha de dirigente,
tendo o questionário sido preenchido pelos técnicos superiores.
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Medidas transversais implementadas
No Plano de Prevenção em vigor existe um conjunto alargado de medidas concebidas para prevenir
riscos que podem ser comuns a qualquer uma das UO do IMT, designados por “transversais”, algumas
das quais apresentam apenas riscos desta natureza, que podem ser extensivos a qualquer uma das fun-
ções que incumbe a cada uma dessas UO.
Salientam-se duas medidas que foram implementadas por todas as UO dos serviços centrais, designa-
damente:
Assegurar a fundamentação das decisões [previne os riscos de discricionariedade; ambiguidade
e/ou subjetividade na definição ou aplicação de critérios de seleção/análise dos processos];
Divulgar e promover a adoção do Código de Conduta Ética [previne os riscos de discricionarie-
dade; intervenção no procedimento de seleção de candidaturas ou de análise de pedidos de li-
cenciamento, certificação e outros, por parte de colaboradores com relações de proximidade,
relações familiares ou de parentesco com os requerentes; incumprimento do dever de sigilo;
discricionariedade no tratamento de colaboradores/exercício discricionário de poder].
Refira-se ainda que uma terceira medida preventiva transversal (Partilhar conhecimentos, experiências e
informação técnica) se encontra implementada em todas as UO dos serviços centrais, com exceção da
DSGCC, onde se encontra parcialmente implementada, devendo-se a sua não total implementação ao
facto de os trabalhadores afetos a esta UO continuarem a utilizar duas redes informáticas distintas, o
que dificulta a partilha e disseminação de conhecimento e documentação.
Releva-se ainda o facto de a medida preventiva transversal de “Avaliar regularmente a motivação indi-
vidual e a eficácia do trabalho em equipa” [previne o risco de incumprimento de prazos] ser de imple-
mentação generalizada pelas UO dos serviços centrais. Apenas a DSSI indicou esta medida como parci-
almente implementada e o GAT a assinalou como não implementada, eventualmente devido ao facto de
esta UO se encontrar sem dirigente à data da consulta.
Importa salientar, pelo seu impacto, que, no âmbito do programa SIMPLEX, foram introduzidas medidas
para automatizar o tratamento de pedidos, na área dos condutores, através da entrada em funciona-
mento do portal IMT Online. O portal permite que os cidadãos procedam a pedidos de alteração, reno-
vação, substituição e de 2.ª via do título de condução, reduzindo desta forma a interação com os funcio-
nários do IMT, logo contribuindo para diminuir o risco de infrações, designadamente de corrupção, além
dos benefícios relacionados com a melhoria do atendimento presencial.
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A figura 8, na página seguinte, ilustra o estado de implementação das 43 medidas transversais a todas as
UO do IMT, I.P. De salientar que estão indicadas medidas como “não implementadas”, por não serem
aplicáveis a várias UO (por exemplo medidas na área de contratação pública quando essas UO não efe-
tuaram quaisquer procedimentos aquisitivos).
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Figura 8 – Medidas preventivas transversais implementadas, por UO
MEDIDA PREVENTIVA
DSRJ
E
DSG
CC
DSRT
QS
DSFC
DSRI
DSF
DSSI
DSAR
DSEA
P
GAT
GAI
Garantir o acompanhamento e supervisão de cada atividade pelos respetivos
dirigentes intermédios
Assegurar que os relatórios e os principais documentos produzidos pela UO são
revistos por um número alargado de colaboradores
Assegurar a fundamentação das decisões
Realizar ações de confirmação da correta aplicação da legislação e dos
procedimentos numa amostra de processos
Implementar a rotatividade dos elementos que apreciam os processos
Divulgar e promover a adoção do Código de Conduta Ética
Criar, uniformizar e implementar procedimentos
Elaborar manuais de procedimentos
Promover formação profissional específica
Disponibilizar antecipadamente informação aos requerentes sobre os
procedimentos e critérios para a decisão
Solicitar a apresentação de declaração genérica de cada funcionário, sob a
forma escrita, relativa à não aceitação de processos em que se verifiquem
situações de impedimento, nos termos do CPA
Solicitar a apresentação de declaração de interesses dos técnicos e dirigentes
envolvidos, em relação às contratações previstas no Plano de Atividades da UO
Reforçar a verificação da conformidade com os procedimentos adotados
Organizar as funções de cada UO em equipas devidamente dimensionadas e
articuladas
Identificar, discutir e gerir os riscos
Partilhar conhecimentos, experiências e informação técnica
Adequar as necessidades formativas ao perfi l exigido
Avaliar regularmente a motivação individual e a eficácia do trabalho em equipa
Acautelar a disponibilidade dos RH para o desempenho das funções
pretendidas
Dotar as UO com RH dedicados
Reforçar a componente de formação nas áreas técnicas, legislativas e
comportamentais
Adotar as melhores práticas de recursos/equipamentos, políticas,
procedimentos e metodologias
Automatizar procedimentos (sempre que possível)
Proceder à rotatividade dos funcionários pelas tarefas da UO (formação "on
job")
Cumprir as regras de conservação e manuseamento dos equipamentos e
documentos, quando existam
Responsabilizar os intervenientes pelas consequências em caso de não
observância das regras de conservação e manuseamento dos equipamentos e
documentos
Implementar, a nível regional, todas as funcionalidades do software de gestão
documental já existente
Planear as atividades com a adequada antecedência
Informar e sensibil izar os dirigentes e técnicos sobre a importância do
cumprimento das regras de contratação pública
Determinar, sempre que possível, o preço base a partir da recolha de
informações sobre os preços praticados para outros trabalhos semelhantes
Reforçar a rotatividade dos prestadores de serviço
Implementar sistema de controlo de montantes totais adjudicados, por
prestador, em ajustes diretos
Tornar obrigatória a necessidade de apresentar justificação técnica da opção
por ajuste direto com convite a uma só entidade (devendo a justificação constar
do processo de formação de contrato)
Verificar com rigor que as especificações técnicas fixadas no caderno de
encargos se adequam à natureza das prestações objeto do contrato a celebrar
Verificar com rigor que o programa de concurso contem todos os elementos que
permitem a sua monitorização
Analisar periodicamente o cumprimento das obrigações contratuais inerentes
aos contratos/prestações em curso
Planear as necessidades contratuais
Implementar sistemas de controlo de contratos
Atribuir responsabilidades pela gestão / controlo do contrato
Melhorar a articulação com outras entidades
Registar, de forma adequada, o acesso a informação reservada
Promover a verificação pela estrutura dirigente, de forma aleatória e por
amostragem, de situações de risco potencial
Estabelecer critérios objetivos para a análise / deferimento de pedidos que
careçam de parecer superior
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Medidas transversais não implementadas
Analisando as medidas preventivas transversais que estão por implementar em praticamente todas as
UO, destacam-se:
Implementar a rotatividade dos elementos que apreciam os processos [previne os riscos de dis-
cricionariedade; ambiguidade e/ou subjetividade na definição ou aplicação de critérios de sele-
ção/análise dos processos];
Solicitar a apresentação de declaração genérica de cada funcionário, sob a forma escrita, relati-
va à não aceitação de processos em que se verifiquem situações de impedimentos, nos termos
do CPA [previne os riscos de intervenção no procedimento de seleção de candidaturas ou de
análise de pedidos de licenciamento, certificação e outros, por parte de colaboradores com re-
lações de proximidade, relações familiares ou de parentesco com os requerentes];
Reforçar a rotatividade dos prestadores de serviço [previne o risco de incumprimento das re-
gras da contratação pública na aquisição de bens e serviços];
Implementar sistemas de controlo de contratos [previne os riscos de controlo contratual inefi-
caz e de não celebração/renovação atempada de contratos essenciais à missão do IMT, I.P.];
Melhorar a articulação com outras entidades [previne o risco de não celebração/renovação
atempada de contratos essenciais à missão do IMT, I.P.];
Promover a verificação pela estrutura dirigente, de forma aleatória e por amostragem, de situ-
ações de risco potencial [previne o risco de incumprimento do dever de sigilo].
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Motivos referidos para não estarem totalmente implementadas algumas medidas
Relativamente às medidas parcialmente implementadas, as razões mais referidas para não se encontra-
rem ainda concluídas são as que constam da figura 9.
Figura 9 – Ponto de situação das medidas preventivas parcialmente implementadas
RAZÃO PARA A IMPLEMENTAÇÃO
PARCIAL DSR
JE
DSG
CC
DSR
TQS
DSF
C
DSR
I
DSF
DSS
I
DSA
R
DSE
AP
GJC
GA
T
GA
I
DR
MTN
DR
MTC
DR
MTL
VT
DR
MTA
LT
DR
MTA
LG
Escassez de RH qualificados
a) b)
Constrangimentos informáticos
A aguardar por outra(s) UO
Implementação incipiente/não sistemática
Difícil implementa-ção devido à natu-reza das atividades
Falta de tem-po/Volume de trabalho
Procedimentos e prazos associados à contratação de serviços externos
Implementação em curso
a) O GJC não apresentou informação.
b) O GAT não considerou nenhuma medida como parcialmente implementada.
Como se pode observar pelo quadro anterior, uma das características das medidas que se encontram
parcialmente implementadas é o facto de serem relativamente incipientes e de não terem caráter
sistemático. Isto inclui muitas vezes medidas que não estão formalizadas. Futuramente, este tipo de
medidas deve evoluir para que se tornem mais robustas e consistentes, passando dessa forma a consi-
derar-se implementadas.
Verifica-se também que várias medidas preventivas não estão ainda totalmente implementadas por se
estar a aguardar por outras UO. Esta situação é mais comum nos serviços desconcentrados do IMT, I.P.
No próximo PPRCIC será efetuada uma análise detalhada das medidas que se encontram pendentes de
outras UO, de forma a desbloquear eventuais impasses e promover a sua completa implementação.
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Tal como para as medidas não implementadas, a escassez de trabalhadores qualificados foi apontada
por diversas UO como motivo para a implementação de determinadas medidas não estar concluída. De
facto, esta situação leva a que as UO se dediquem muitas vezes apenas às tarefas consideradas críticas
ou nucleares, adiando a realização de outras tarefas, nas quais se podem incluir algumas das medidas
preventivas indicadas no PPRCIC. De referir, ainda, que diversas medidas encontram-se em implementa-
ção, sendo expectável que estejam concluídas ainda durante o corrente ano.
De entre as medidas parcialmente implementadas, encontram-se algumas situações mais específicas
que importa salientar:
A DRMTALT indicou como parcialmente implementada a medida “Identificar as necessidades
de formação profissional e implementar as respetivas ações”, destinada a prevenir os riscos de
favorecimento do interessado, abuso de poder, corrupção passiva para ato ilícito e tráfico de
influência, devido a “falta de formação, em particular no SISCO”.
Assim, deverá ser ponderada a pertinência de realizar uma ação de formação específica sobre a
aplicação de suporte às contraordenações – SISCO.
A DRMTN indicou como parcialmente implementada a medida “Cumprir as regras de conserva-
ção e manuseamento dos equipamentos e documentos, quando existam” (para prevenir o risco
de extravio ou deterioração dos documentos e/ou equipamentos), referindo a existência de ar-
quivo próprio, “embora faltem RH e condições estruturais”.
Sobre este assunto, em particular no que concerne às condições estruturais, o GAI elencou um
conjunto de aspetos a considerar na beneficiação das instalações físicas da DRMTN, no âmbito
de auditoria realizada no final de 2016 e que foi objeto de relatório próprio.
A DRMTN indicou como parcialmente implementada a medida preventiva transversal “Estabe-
lecer critérios objetivos para a análise/deferimento de pedidos que careçam de parecer superi-
or” (para prevenir o risco de discricionariedade no tratamento de colaboradores / exercício dis-
cricionário de poder), mencionando que “faltam procedimentos/orientações gerais e escritas”.
Efetivamente foram enumeradas medidas relacionadas com a normalização de procedimentos,
cuja competência de aplicação incumbe aos serviços desconcentrados, mas cuja sistematização
deve ser oriunda das UO centrais. Estas encontram-se a desenvolver os trabalhos conducentes
à referida normalização – tanto mais que é uma das medidas equacionadas no QUAR proposto
para o IMT –, mas por enquanto tal processo ainda não se encontra concluído.
19
Motivos referidos para não estarem de todo implementadas algumas medidas
As razões mais invocadas para a não implementação de medidas previstas no PPRCIC são genericamente
as que constam da figura 8.
Figura 8 – Razões mais invocadas para a não implementação das medidas preventivas
RAZÃO
DSR
JE
DSG
CC
DSR
TQS
DSF
C
DSR
I
DSF
DSS
I
DSA
R
DSE
AP
GJC
GA
T
GA
I
DR
MTN
DR
MTC
DR
MTL
VT
DR
MTA
LT
DR
MTA
LG
Escassez de RH qualificados
a) b)
b)
Constrangimentos informáticos
Dependência de outras UO
Inexistência de casos
Opção do dirigente
Medida não inicia-da
a) O GJC não apresentou informação.
b) O GAT e a DRMTC não apresentaram justificações para as medidas não implementadas.
Conforme se pode verificar pelo quadro anterior, a escassez de recursos humanos, seja em quantidade
suficiente para o desempenho das tarefas relacionadas com as competências da UO, seja em termos de
características/capacitação necessárias, designadamente ao nível das qualificações, é uma razão que é
apontada pela maioria das UO para a não implementação das medidas preventivas indicadas no PPRCIC.
A escassez de pessoal foi especialmente invocada pelas direções regionais – todas as UO que apresenta-
ram justificações para a não implementação de medidas preventivas indicaram, como um dos motivos, a
escassez de pessoal, nomeadamente a carência de pessoal qualificado para funções específicas como as
de examinador de condução ou as relacionadas com a análise técnica de processos de veículos.
Relativamente aos constrangimentos informáticos, incluindo os relacionados com as aplicações que
servem de suporte às atividades do IMT, I.P. mais diretamente relacionadas com o serviço direto ao
cidadão, foi razão invocada por UO dos serviços centrais, em particular as que são competentes em
áreas eminentemente técnicas como a DSRJE, a DSGCC e a DSFC.
É de salientar ainda que um conjunto significativo de medidas preventivas não foram implementadas
pelas UO por estarem dependentes de diligências a efetuar por outras UO. Nestes casos, no próximo
20
PPRCIC, será revista cada uma das medidas, de modo a tornar claro qual a UO que deverá desempenhar
um papel de liderança na implementação da medida.
Várias UO invocaram a inexistência de casos como motivo para a não implementação de determinadas
medidas transversais previstas no PPRIC (por exemplo: Responsabilizar os intervenientes pelas conse-
quências em caso de não observância das regras de conservação e manuseamento dos equipamentos e
documentos). Sobre esta matéria haverá, porventura, um trabalho de sensibilização a efetuar, designa-
damente pelo GAI, junto dos dirigentes das UO, para salientar o caráter preventivo das medidas pro-
postas no PPRCIC. De facto, se a ocorrência prévia de casos fosse condição necessária para implementar
medidas, tratar-se-ia de medidas corretivas e não preventivas.
Por outro lado, algumas UO apontaram a opção do dirigente como razão para a não implementação de
algumas medidas. O GAI considera que, de facto, algumas medidas, nomeadamente as que são trans-
versais a todo o IMT, I.P., poderão não ser muito relevantes para algumas UO, em especial se tidos em
conta os múltiplos constrangimentos com que estas se confrontam diariamente. Poderá ser pertinente,
em futuras revisões do PPRCIC, atribuir prioridades às medidas, de modo a distinguir melhor as medi-
das de maior impacto de outras mais pontuais.
Por fim, refira-se a existência de medidas preventivas, ainda não implementadas, mas que se encon-
tram em desenvolvimento, estando prevista para breve a sua implementação.
21
Medidas específicas implementadas
Serviços desconcentrados
No que concerne às medidas preventivas específicas dos serviços desconcentrados que já se encon-
tram implementadas, por todos, ou quase todos os serviços, salientam-se:
Nas atividades de atribuição de concessões ou licenciamento para o exercício de atividades regula-
das (transportes, autorizações de trânsito, ensino e examinação da condução); certificação de pro-
fissionais e habilitação de condutores; homologação, matrícula e transformação de veículos:
Divulgar e formar os funcionários sobre a legislação aplicável [previne o risco de favorecimento
do interessado];
Garantir acompanhamento e supervisão da atividade pelos dirigentes intermédios [previne os
riscos de corrupção passiva para ao ilícito; falsificação/contrafação de documento ou falsifica-
ção de assinatura a pedido ou em troca de dinheiro ou outros bens; violação do princípio da
prossecução do interesse público];
Analisar e rever permanentemente a execução dos procedimentos legais e dos estabelecidos no
sistema de controlo interno5 [previne os riscos de corrupção passiva para ato ilícito; falsifica-
ção/contrafação de documento ou falsificação de assinatura a pedido ou em troca de dinheiro
ou outros bens; violação do princípio da prossecução do interesse público; tráfico de influên-
cia];
Exigir autorização superior para a utilização das funcionalidades “retificação administrativa”,
“movimento retificativo” e “isento”, existentes nas aplicações informáticas de negócio com
eventual não cobrança de taxa [previne o risco de corrupção passiva para ato ilícito].
Nos processos de contraordenação
Verificar a homogeneidade dos critérios de decisão [previne os riscos de favorecimento do inte-
ressado; abuso de poder; corrupção passiva para ato ilícito];
Adotar comportamentos de acordo com o Código de Conduta Ética [previne os riscos de abuso
de poder; subtração de documento/ocultação de processo; corrupção passiva para ato ilícito;
tráfico de influência];
Promover a utilização a nível regional de todas as funcionalidades do sistema de gestão docu-
mental6 [previne o risco de subtração de documento/ocultação de processo];
5 Medida indicada como parcialmente implementada pela DRMTLVT.
6 Medida não implementada na DRMTALT por não ter sido instalado nesta direção regional o software Laserfiche.
22
Garantir acompanhamento e supervisão da atividade pelos dirigentes intermédios [previne o
risco de falsificação/contrafação de documento ou falsificação de assinatura a pedido ou em
troca de dinheiro ou outros bens].
Porém, há que salientar duas medidas preventivas específicas que não foram implementadas em ne-
nhum dos serviços desconcentrados do IMT, I.P.:
Nas atividades de atribuição de concessões ou licenciamento para o exercício de atividades regula-
das (transportes, autorizações de trânsito, ensino e examinação da condução); certificação de pro-
fissionais e habilitação de condutores; homologação, matrícula e transformação de veículos:
Divulgar através da Intranet as orientações procedimentais atualizadas [previne o risco de abu-
so de poder].
Nos processos de contraordenação
Reforçar mecanismos automáticos de controlo processual [previne o risco de violação do prin-
cípio da prossecução do interesse público].
A primeira decorre da necessidade de serem elaborados pelas U.O centrais, os manuais de procedimen-
tos respetivos (em curso).
A segunda é devida a constrangimentos informáticos, quer ao nível de contratação de serviços de de-
senvolvimento, quer, sobretudo, ao nível de atualização da infraestrutura tecnológica, o que motivará,
adiante, a identificação de novas áreas de risco para monitorização no próximo PPRCIC.
Serviços Centrais
Passando à análise das medidas preventivas específicas das UO dos serviços centrais, há a destacar o
seguinte:
As três medidas preventivas referentes à atividade da DSRJE relacionada com “medidas de na-
tureza financeira e económica de apoio ao desenvolvimento e inovação do sistema de mobili-
dade e transporte terrestre e da marinha do comércio, assegurando a atribuição e gestão das
verbas provenientes das diversas fontes de recursos destinadas a essa finalidade” foram im-
plementadas, designadamente:
o Definir com rigor a metodologia e os critérios de análise da candidatura [previne o ris-
co de favorecimento de candidato];
o Promover formação adequada na área [previne o risco de favorecimento de candida-
to];
23
o Adotar comportamentos de acordo com os princípios éticos do Código de Conduta
[previne o risco de corrupção passiva].
Foram implementadas pela DSGCC quatro das seis medidas preventivas relativas à atividade de
“ações inspetivas da rede concessionada”, designadamente:
o Implementar plano de inspeções que garanta rotatividade de equipas [previne o risco
de ausência de rigor, isenção e objetividade na realização da atividade e no reporte
sobre a mesma];
o Promover a elaboração de relatórios pelos vários membros das equipas [previne o ris-
co de ausência de rigor, isenção e objetividade na realização da atividade e no reporte
sobre a mesma];
o Solicitar mais informação regular às concessionárias [previne o risco de não identifica-
ção de situações de incumprimento contratual];
o Garantir o acompanhamento e supervisão da atividade por parte da estrutura dirigen-
te [previne o risco de não identificação de situações de incumprimento contratual].
No que diz respeito à área de atividade relativa a “ações de supervisão da Rede Concessiona-
da”, a DSGCC implementou a seguinte medida, de um total de duas indicadas no PPRCIC:
o Garantir o acompanhamento e supervisão da atividade por parte da estrutura dirigen-
te [previne o risco de ausência de rigor, isenção e objetividade na realização da ativi-
dade].
Quanto à atividade de “análise e aprovação de projetos rodoviários da Rede Concessionada”, a
DSGCC implementou três medidas de um total de quatro, todas com o objetivo de prevenir o
risco de ausência de rigor, isenção e objetividade na realização da atividade:
o Cumprir a exigência, nos termos contratuais, do competente “Parecer de Revisão”, que
reforça o controlo prévio;
o Elaborar relatórios/informações detalhadas;
o Garantir o acompanhamento e supervisão da atividade por parte da estrutura dirigen-
te.
Na atividade relacionada com a “autorização de alterações em posições acionistas a autorizar
no âmbito de contratos de concessão [instrução de processos para decisão ministerial], a
DSGCC implementou quatro medidas de um total de oito, designadamente:
o Garantir o acompanhamento e supervisão da atividade por parte da estrutura dirigen-
te [previne os riscos de ausência de rigor, isenção e objetividade na realização da ati-
vidade; incumprimento da legislação, incluindo aspetos técnico-jurídicos e prazos le-
gais];
24
o Informar acerca do prazo legal, logo na informação inicial sobre o processo [previne o
risco de incumprimento da legislação, incluindo aspetos técnico-jurídicos e prazos le-
gais];
o Implementar a obrigatoriedade de confirmar receção de documentos instrutórios im-
prescindíveis, na informação de aprovação final emitida [previne o risco de incumpri-
mento da legislação, incluindo aspetos técnico-jurídicos e prazos legais];
o Promover a verificação por terceiros (internos ou externos) [previne o risco de incum-
primento da legislação, incluindo aspetos técnico-jurídicos e prazos legais].
No âmbito da atividade de “aprovação prévia de novos contratos de subconcessão (ou altera-
ções aos mesmos) da Concessão da RRN”, a DSGCC implementou sete medidas de um total de
dez:
o Elaborar procedimentos para realização da atividade [previne o risco de ausência de
rigor, isenção e objetividade na realização da atividade];
o Garantir o acompanhamento e supervisão da atividade por parte da estrutura dirigen-
te [previne os riscos de ausência de rigor, isenção e objetividade na realização da ati-
vidade; incumprimento da legislação, incluindo aspetos técnico-jurídicos e prazos le-
gais];
o Implementar a obrigatoriedade de confirmar nas informações internas os procedimen-
tos seguidos [previne o risco de supressão de procedimentos obrigatórios];
o Assegurar a revisão de informações por outros técnicos e pela estrutura dirigente [pre-
vine o risco de supressão de procedimentos obrigatórios];
o Informar acerca do prazo legal, logo na informação inicial sobre o processo [previne o
risco de incumprimento da legislação, incluindo aspetos técnico-jurídicos e prazos le-
gais];
o Implementar a obrigatoriedade de confirmar receção de documentos instrutórios im-
prescindíveis, na informação de aprovação final emitida [previne o risco de incumpri-
mento da legislação, incluindo aspetos técnico-jurídicos e prazos legais];
o Promover a verificação por terceiros (internos ou externos) [previne o risco de incum-
primento da legislação, incluindo aspetos técnico-jurídicos e prazos legais].
A DSGCC implementou ainda as seguintes cinco medidas, no âmbito das suas atividades relaci-
onadas com o “acompanhamento das Grandes Reparações do Pavimento das Concessões do
Estado”, de um total de sete indicadas no PPRCIC, as quais têm por objetivo prevenir o risco de
incumprimento da legislação, incluindo aspetos técnico-jurídicos e prazos legais:
o Informar acerca do prazo legal, logo na informação inicial sobre o processo;
25
o Implementar a obrigatoriedade de confirmar receção de documentos instrutórios im-
prescindíveis, na informação de aprovação final emitida;
o Promover a contratação de peritos (para integrar Comissão de Peritos);
o Promover a verificação por terceiros (internos ou externos);
o Garantir o acompanhamento e supervisão da atividade por parte da estrutura dirigen-
te.
Por último, no que diz respeito à atividade de “acompanhamento de outros atos previstos nos
contratos de fornecimento de serviços públicos, incluindo concessões (atualização de tarifas,
análise preliminar de pedidos de reposição de equilíbrio financeiro, etc.)”, a DSGCC implemen-
tou uma medida, de um total de três, designadamente:
o Garantir o acompanhamento e supervisão da atividade por parte da estrutura dirigen-
te [previne o risco de ausência de rigor e qualidade da informação submetida posteri-
ormente].
Por seu turno, a DSRTQS implementou duas das três medidas relacionadas com a sua atividade
de “registo de homologações no SIVH” indicadas no PPRCIC, ambas com o objetivo de prevenir
os riscos de inserção dolosa de registos de homologação incorretos ou inexistentes no sistema
de registo de homologações; ausência de rotatividade na realização da atividade:
o Garantir o acompanhamento e a supervisão da atividade pelos dirigentes intermédios,
tendo em vista a verificação da conformidade dos registos efetuados;
o Realizar conferências da informação intermédia e final que permitam o controlo de
prazos.
Já quanto à atividade de “aprovação de instalações”, a DSRTQS implementou quatro das sete
medidas preventivas indicadas no PPRCIC, todas com o objetivo de prevenir os riscos de omis-
são de relato de situação não conforme; ausência de rotatividade na realização das vistorias:
o Assegurar a fundamentação das decisões no âmbito da regulamentação técnica dos
CITV;
o Promover conferências da informação intermédia e final que permitam garantir a qua-
lidade da mesma e cumprimento de prazos;
o Garantir o acompanhamento e a supervisão da atividade pelos dirigentes intermédios;
o Realizar sessões de harmonização de procedimentos sobre vistorias realizadas.
No âmbito da atividade relacionada com o “ensino da condução – pedidos de licenciamento de
escolas de condução e autorização de entidades formadoras; certificação de profissionais – re-
gisto de dados e homologação de cursos e análise de reclamações”, a DSFC implementou sete
26
das oito medidas indicadas no PPRCIC, todas com o objetivo de prevenir os riscos de favoreci-
mento de entidade; abuso de poder; corrupção passiva para ato ilícito; intervenção em proces-
so em situação de impedimento nos termos do CPA:
o Promover a divulgação e formação dos funcionários sobre a legislação aplicável;
o Ministrar formação profissional específica;
o Selecionar os processos de modo a que vários funcionários intervenham no mesmo
processo;
o Assegurar a fundamentação das decisões;
o Reforçar, por parte da chefia intermédia, a verificação da conformidade dos procedi-
mentos adotados;
o Disponibilizar informação ao interessado através de novas tecnologias;
o Promover a formação dos trabalhadores na área do acesso a documentos administra-
tivos.
Já no que concerne à atividade de “avaliação e registos de condutores – realização de provas
de exame; certificação de profissionais – registo de dados e homologação de cursos e análise
de reclamações”, a DSFC implementou apenas três das nove medidas indicadas no PPRCIC, as
quais têm como objetivo prevenir os riscos de corrupção passiva para ato ilícito; intervenção
em processo em situação de impedimento nos termos do CPA; favorecimento de candidato;
abuso de poder; burla informática:
o Reforçar a formação dos examinadores;
o Promover maior acompanhamento das provas de exame, pelas equipas de fiscalização;
o Reforçar, por parte da chefia intermédia, a verificação da conformidade dos procedi-
mentos.
Importa referir que a medida Colocação de bloqueador de comunicações móveis nas salas de
exame prevista no PPRCIC não é viável, por constrangimentos legais7.
No âmbito da atividade de “avaliação psicológica de candidatos a condutores e de condutores”,
a DSFC implementou quatro das 14 medidas indicadas no PPRCIC, tendentes a prevenir os ris-
cos de favorecimento de condutores sujeitos à avaliação psicológica; corrupção passiva para
ato ilícito; intervenção em processo em situação de impedimento; abuso de poder; aproveita-
mento indevido de informação confidencial:
o Garantir o acesso restrito aos processos;
o Garantir o acesso restrito à informação constante dos processos clínicos;
7 A DSFC efetuou várias diligências (ofícios e reuniões) junto das entidades competentes, mas a ANACOM não auto-riza a implementação desta medida, alegando que a mesma viola regulamentação/legislação europeia.
27
o Assegurar a fundamentação das decisões;
o Elaborar relatórios de análise e propostas de atuação.
Por fim, no que diz respeito à atividade relacionada com a “defesa dos direitos dos utentes em
matéria de formação e certificação”, a DSFC implementou três das cinco medidas indicadas no
PPRCIC, as quais têm como objetivo prevenir os riscos de favorecimento de utentes; corrupção
passiva para ato ilícito; intervenção em situação de impedimento:
o Garantir aplicação de procedimentos;
o Definir critérios uniformes;
o Controlar as respostas às reclamações (por dirigente intermédio).
Destaca-se o facto de a DSFC não ter implementado nenhuma das sete medidas preventivas indicadas
no PPRCIC relacionadas com a atividade “atos de fiscalização às entidades formadoras, examinadoras e
escolas de condução”, embora duas medidas tenham sido parcialmente implementadas. A razão invo-
cada para a não implementação é o facto de a DSFC considerar que são matérias da competência da
DSF.
No âmbito das suas atividades relacionadas com a “fiscalização”, a DSF implementou cinco das
seis medidas indicadas no PPRCIC:
o Reforçar a formação dos inspetores [previne os riscos de corrupção passiva e de tráfico
de influências];
o Adotar os princípios éticos expressos no Código de Conduta [previne os riscos de cor-
rupção passiva e de tráfico de influências];
o Promover a rotatividade das equipas de inspeção [previne os riscos de corrupção pas-
siva e de tráfico de influências];
o Reforçar a equipa com recursos humanos qualificados [previne o risco de impossibili-
dade de fiscalização contínua de todos os setores de atividade a cargo do IMT, I.P.];
o Reforçar a formação nas áreas técnicas, legislativas e comportamentais [previne os
riscos de inadequação do perfil comportamental no exercício das funções e de falta de
qualidade dos atos de fiscalização].
Já relativamente à atividade referente a “contraordenações – regime sancionatório”, a DSF im-
plementou três das cinco medidas indicadas no PPRCIC:
o Melhorar a articulação entre as entidades [previne o risco de demora na resposta in-
terna e externa no âmbito dos processos de averiguação];
o Adotar formas mais expeditas de resposta [previne o risco de demora na resposta in-
terna e externa no âmbito dos processos de averiguação];
28
o Melhorar a consolidação dos quadros legais e das respetivas soluções normativas [pre-
vine o risco de não aplicação do regime sancionatório].
No âmbito da sua atividade de “recrutamento e seleção de RH”, a DSAR implementou todas as
cinco medidas indicadas no PPRCIC, cujo objetivo é prevenir o risco de ausência de isen-
ção/independência (tratamento desigual de candidato, corrupção passiva para ato ilícito, exer-
cício arbitrário do poder), designadamente:
o Formar funcionários sobre a legislação aplicável;
o Elaborar e divulgar Manual de procedimentos de recrutamento incluindo critérios obje-
tivos de seleção;
o Fundamentar detalhadamente a classificação dos candidatos [previne o risco de au-
sência de isenção/independência;
o Implementar procedimentos com vista à rotatividade dos membros do júri;
o Promover a emissão de declaração dos membros do júri sobre independência e ausên-
cia de relações familiares, ou outras, com os candidatos.
Por sua vez, no que concerne à atividade da DSAR relacionada com a “tramitação de pedidos e
requerimentos diversos (licenças sem vencimento, estatuto de trabalhador-estudante, apura-
mento dos dias de férias e licenças, acumulação de funções, horas extraordinárias, faltas, emis-
são de certidões), foram implementadas duas das três medidas preventivas indicadas no PPR-
CIC:
o Formar os funcionários sobre a legislação aplicável [previne os riscos de corrupção
passiva para ato ilícito e de falsificação/contrafação de documento ou assinatura];
o Implementar um procedimento de controlo interno regular para verificação da ade-
quação do benefício concedido à situação presente, com exigência de comprovativo
[previne o risco de manutenção indevida de benefícios].
Realça-se, todavia, o facto de não se encontrar implementada nenhuma das oito medidas preventivas
específicas da DSAR, no âmbito da atividade de controlo da receita. A este propósito, é referido que
“encontra-se em fase de contratação a aquisição de serviços de levantamento e reengenharia de proces-
sos dos sistemas de controlo da receita”, acrescentando ainda tratar-se de medidas que envolvem ou-
tras UO, nomeadamente as áreas de negócio e a DSSI, ou até mesmo entidade externas, como é o caso
do IGCP.
Por outro lado, também na atividade de controlo da receita não se encontra implementada nenhuma
das quatro medidas preventivas específicas da DSAR indicadas no PPRCIC, na sua maioria devido a esta-
rem dependentes de diligências de outras UO.
29
Avaliação por medidas mais recorrentemente adotadas para prevenção de riscos
No PPRCIC algumas das medidas mais frequentemente elencadas para prevenção de riscos estão relaci-
onadas com recursos humanos:
Segregação de funções, rotatividade dos funcionários, formação de equipas mistas, interven-
ção de vários trabalhadores no mesmo processo
De realçar que todas estas medidas são negativamente afetadas pela falta de Recursos Humanos com a
qualificação necessária, problema que está intimamente ligado ao referido no enquadramento, quanto
à ausência de um mapa de pessoal aprovado para o organismo. De facto, a inexistência de mapa de
pessoal do IMT, I.P. pode considerar-se como causa raiz para a não implementação ou para a implemen-
tação parcial de uma parte significativa das medidas preventivas indicadas no PPRCIC.
Sublinha-se que estas medidas são essenciais para um efetivo controlo interno e para prevenir a ocor-
rência de muitos dos riscos identificados.
Registou-se durante o ano de 2016 uma elevada rotatividade (Turnover), com custos económicos para o
organismo.
Os trabalhadores com origem nos mapas de pessoal dos organismos que, por fusão, deram origem ao
IMT, I.P., são em número de 600, enquanto os restantes 113 são trabalhadores de outros organismos
que se encontram a exercer funções com um vínculo temporalmente precário, na medida em que não é
possível a consolidação dos postos de trabalho sem a aprovação do mapa de pessoal.
Em 2016 saíram 58 trabalhadores do IMT, I.P. e entraram 788. Apesar do balanço positivo, a situação
reportada leva também a perdas de eficiência, pois é necessário formar e dotar de capacidade técnica
os novos trabalhadores contratados, ao mesmo tempo que a perda de conhecimento dos que saíram se
torna irreversível.
Com efeito, algumas das atribuições do IMT, I.P., exigem perfis técnicos com conhecimentos, qualifica-
ção e competências pessoais que se torna difícil adquirir e/ou substituir, designadamente em áreas de
maior risco: exames de condução, técnicos de veículos, de engenharia ou de informática.
Particularmente de salientar é o peso dos funcionários com mais de 60 anos de idade (59,5%) e até com
mais de 65 anos (5,5%), equivalendo a cerca de 65% dos trabalhadores do organismo (dados de março
de 2017).
8 Fonte: Tableau de Bord (31-12-2016)
31
Formação e divulgação de normas, códigos e procedimentos internos
Outra das medidas de prevenção de riscos mais recorrentemente referida é a formação adequada dos
trabalhadores, tendo esta medida sido implementada na maioria dos serviços. O Plano de Formação do
IMT, I.P. foi aprovado e o seu balanço encontra-se disponível na Intranet. As orientações estratégicas
para a formação no ano de 2016 foram:
A melhoria da imagem do IMT, I.P. na sociedade portuguesa;
A formação na área do atendimento ao cidadão com vista à melhoria da imagem do IMT, I.P.;
A formação, em pelo menos uma área pertinente, de todos os trabalhadores do IMT, I.P.;
O desenvolvimento de competências comportamentais fundamentais para que os colaborado-
res adotem as melhores atitudes e comportamentos no seu desempenho profissional;
O desenvolvimento de competências técnicas, nomeadamente aquelas que decorrem das re-
centes alterações legislativas nos domínios da gestão de pessoas, contratação pública e gestão
financeira;
A aposta em ações desenhadas à medida das necessidades organizacionais (formação interna).
Realça-se a formação realizada sobre Ética e Corrupção, bem como divulgação do Código de Ética e de
Conduta dos Trabalhadores do IMT, aprovado em 2016 pelo CD, presente na página inicial da Intranet
e, também, em separador próprio, conforme ilustram as figuras 12 e 13.
Figuras 12/13 – Referências ao Código de Ética e de Conduta na Intranet do IMT, I.P.
32
Por outro lado, a existência de normas e regulamentos é essencial para o desempenho adequado das
funções dos trabalhadores do IMT, I.P.9. A Intranet permite-lhes terem acesso facilitado a essa docu-
mentação. Assim, como exemplo, apontam-se, na figura 14, as mais significativas em áreas transversais:
Figura 14 – Regulamentos Internos acessíveis aos trabalhadores na Intranet do IMT, I.P.
Conflitos de interesses
A declaração de incompatibilidades e inexistência de conflitos de interesses é uma peça fundamental na
prevenção dos riscos de corrupção, tendo sido uma medida apontada por inúmeros serviços que, em
2016 trabalharam para que tal fosse possível, embora não tivesse sido adotado qualquer modelo, na-
quele ano.
No caso específico da apresentação de declaração genérica de cada funcionário, sob a forma escrita,
relativa à não-aceitação de processos em que se verifiquem situações de impedimentos, nos termos do
CPA, a não implementação da medida durante o ano de 2016 prendeu-se, em parte, com a inexistência
de um modelo interno para o efeito. 10
Por outro lado o Manual de Procedimentos de Acumulação de Funções, relacionado com a questão das
incompatibilidades, permite a trabalhadores e dirigentes analisar e fundamentar os pareceres relativos a
acumulação de funções, situação extraordinária que todos os anos é reavaliada e cuja competência de
decisão incumbe ao CD.
9 No entanto, nem todos os trabalhadores têm acesso à Intranet, devido à coexistência de redes informáticas distintas. Designa-
damente alguns trabalhadores da DSGCC utilizam ainda a rede informática do ex-InIR. 10
Já em 2017 foi concebido e implementado pela DSAR um modelo de declaração para a área de contratação pública, a apresentar pelos membros de júris de concurso/ procedimentos de aquisição. Este modelo será implementado para todas as áreas em que se percecione risco de conflitos de interesse e divulgado na Intranet.
33
IV. Novas situações potenciadoras de riscos
Atendendo aos motivos da não implementação de algumas das medidas elencadas, considera-se que
estas deverão ser acrescentadas para monitorização durante o próximo período de vigência do PPRCIC.
Por outro lado, ao longo do ano foram detetadas outras situações potenciadoras de riscos. Para além de
afetarem negativamente as unidades orgânicas identificadas, responsáveis pela implementação das
medidas, afetam de forma muito direta as unidades nucleares e operacionais no seu desempenho, pro-
piciando fatores de risco acrescido. Na figura 15 encontram-se sintetizadas as novas situações:
Figura 15 – Novas situações potenciadoras de riscos
PROCESSO/
ATIVIDADERISCO SITUAÇÃO POTENCIADORA DE RISCO
Grau de
RiscoMEDIDAS DE PREVENÇÃO DO RISCO
U.O.
RESPONSÁV
EL(EIS)
PRAZO DE
IMPLEMENTAÇÃO
Erro de
Cálculo de
abonos
parametrização do atual SI DSAR/DRH 3º trimestre 2017
Mudança para outro SI (GerHup) DSAR/CD 31-12-2017
Inexistência de Manuais de
Procedimentos atualizados
Elaboração de Manuais de
Procedimentos por cada UO de
negócio
DSFC/DSRT
QS/DSRJE
31-12-2017
Inexistência de RH com
competências adequadas
Contratação e formação adequada
de profisisonais (p.ex.
Examinadores, pessoal de
Fiscalização, Técnicos de Veículos)
DSFC/DSRT
QS/DSRJE/D
SGCC
1º trimestre de
2018
Desenvolvimento de novas
aplicações nas áreas de transportes,
veículos e condutores, através do
Projeto SAMA 2020
DSSI 2º semestre 2019
Automatização de algumas tarefas
na área de controlo de receitaDSSI/DSAR 2º semestre 2018
Implementação das ligações do
RESPER, TACHONET e ERRU
DSSI+ DSFC/
DSRJE/
DSRTQS
1º trimestre 2018
Manutenção da infrestrutura
tecnológica existente e
implementação de uma nova
DSSI/ DSAR Dezemb. 2018
Burla
Informática;
Falsificação
de registos;
Disrupção
com
impacto na
missão e
atribuições
do IMT;
Acesso
indevido ou
não
autorizado;
Desatualização tecnológica e falta de
manutenção da área de
infraestruturas TIC
E
Gestão de
Sistemas de
Informação
Gestão de
Recursos
Humanos
Sistema de informação
desatualizado ou não parametrizado
adequadamente
M
Qualidade e
melhoria
Contínua
M
Obsolescência de Aplicações face às
necessidades do IMT (internas e por
imposição de legislação comunitária)
E
Favorecime
nto; abuso
de poder
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V. Conclusões
1. De forma geral, a implementação das medidas de prevenção de risco contidas no PPRCIC
pode considerar-se concretizada em cerca de 60% das medidas elencadas:
o Das 43 medidas previstas para prevenir riscos comuns/ transversais a todas as UO fo-
ram implementadas, total ou parcialmente, 39.
o Das 132 medidas específicas elencadas pelas UO dos serviços centrais foram imple-
mentadas 60.
o Das 20 medidas específicas elencadas para os serviços desconcentrados foram imple-
mentadas 17.
2. Das razões referidas para a não implementação total das medidas previstas destaca-se a au-
sência de RH em número e, sobretudo, em qualificação necessários.
3. Não foi ainda aprovado a mapa de pessoal do IMT, I.P., condicionando a implementação das
medidas com impacto em RH.
4. No decorrer da avaliação foram identificadas novas áreas de risco melhor especificadas no
ponto IV.
5. O conflito de interesses foi objeto de particular atenção tendo sido desenvolvido modelo de
declaração para a área da contratação pública em 2017, prevendo-se a sua adoção para as
restantes áreas do Instituto.
O PPRCIC constituiu um instrumento de reflexão interna que permitiu uma análise aprofundada e realis-
ta sobre os riscos da instituição e das medidas necessárias para os mitigar, já que alguns serão sempre
inevitáveis.
Assim, o PPRCIC a monitorizar no novo ciclo, a iniciar em junho de 2017, incluirá todas as medidas cuja
implementação não foi possível concluir, bem como as novas medidas que foram identificadas em res-
posta a novas situações potenciadoras de risco.
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