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APLICAÇÃO DA TECNOLOGIA POR RADIO FREQÜÊNCIA EM BIBLIOTECAS
Aluno: Luís Eduardo Martins CostaOrientador: Prof. Delmonte Nunes Friedrich
RESUMO
O trabalho focaliza a apresentação de alguns importantes mecanismos empregados
dentro de uma biblioteca e, em especial, o modelo de controle por radiofreqüência RFID que
hoje é utilizado para o controle nas mais diversas áreas das corporações, visando aperfeiçoar o
atendimento aos seus usuários e logística das organizações. A tecnologia RFID é uma das
mais novas tecnologias que, de forma rápida, esta sendo implantada, visando dar um maior
controle e monitoramento em tempo real para o auto-atendimento dos seus usuários e controle
e distribuição do estoque. Este Artigo visa apresentar detalhadamente a tecnologia RFID. A
metodologia empregada foi à pesquisa bibliográfica, pesquisa documental, obtenção de dados
através do método de observação no local sem a interferência e entrevista pessoal sobre o
Sistema de Controle RFID. As conclusões demonstram que tal Sistema está cada vez mais
inserido dentro do contexto das organizações. O sistema RFID, deverá ser considerado, com
certeza, nas Gestões Eletrônicas pelas grandes vantagens que ele pode vir a oferecer.
PALAVRAS-CHAVE: RFID, Tag, Antena, Leitor, Etiqueta, Freqüência, Segurança, Biblioteca da
PUC-RS
1 - INTRODUÇÃOAs bibliotecas no mundo inteiro sofreram uma grande transformação visando dar
uma maior agilidade na busca por informações dentro do seu acervo. Motivo pelo qual as
metodologias aplicadas dentro destas bibliotecas evoluem consideravelmente para que a busca
das informações se processe de uma forma mais ágil e em tempo real.
Antigamente um usuário perdia muito tempo com a ajuda de um bibliotecário
procurando determinado assunto. A pesquisa era totalmente manual e através de fichas onde
se tinha razoáveis informações sobre o que o determinado acervo poderia conter.
Com o passar dos tempos foi-se inserido um computador que tinha estas antigas
fichas indexadas dando assim um avanço na procura dos assuntos desejados.
Com o avanço da tecnologia passou-se a ter um detalhado conhecimento de todos os
assuntos que os livros, dentro do acervo, traziam. Iniciou-se então um processo de inclusão
deste acervo de forma digital para que as pessoas pudessem ter tais materiais (resenha) ao seu
alcance. Nada substitui um livro e ele sempre estará presente no dia a dia de todos. Por isto,
além da digitalização seria necessário gerenciar de uma forma mais rápida esta busca por
livros fisicamente e com rapidez.
Um poderoso aliado para as bibliotecas hoje se chama RFID, que é um termo
genérico utilizado para um conjunto de tecnologias que visam monitorar a saída e entrada de
livros de uma biblioteca. Podemos com isto substituir a tecnologia do código de barras, que
necessita de um leitor e uma pessoa para fazer este serviço, pela RFID, onde se passa por
dentro de uma leitora e automaticamente o sistema registra o livro que esta saindo ou entrado
da biblioteca. Esta forma de gerenciamento em tempo real serve para verificar os livros que
estão dentro e fora do acervo, e também estão interligados com a pesquisa online que informa
se está disponível o livro que o usuário necessita.
2 – Fundamentação Teórica
2. 1 - Conceito básico
Para o entendimento da temática aqui focalizada, é necessário definir alguns
conceitos fundamentais. A tecnologia RFID originou-se na Segunda Guerra Mundial, quando
a Grã-Bretanha inseriu transponders nos aviões aliados para ajudar os operadores de radar a
distingui-los dos aviões alemães.
Em 1970 o governo norte-americano inseriu pela primeira vez as etiquetas RFID
para monitorar os caminhões que serviam as instalações secretas como o Laboratório
Nacional de Los Alamos. Dez anos depois a tecnologia foi utilizada para rastrear a
movimentação de animais e vagões de trem.
Em 2003, O Departamento de Defesa dos EUA e a empresa Wal-Mart deram uma
contribuição decisiva para o RFID, fazendo com que seus fornecedores colocassem etiquetas
de radiofreqüência em todas as caixas e engradados. Naquela época o custo da etiqueta era
muito alto. Tais etiquetas custavam em torno a US$ 2,00.
Desde então o aumento da demanda e a produção crescente destas etiquetas fez o
preço cair para os valores entre US$ 0,07 a US$ 0,15. Com este custo a tecnologia passou a
ser viável em todos os setores produtivos e de identificação.
O aumento da utilização desta tecnologia cresceu significativamente do ano de 1955
a 2005, em todo o mundo, totalizando 2,4 bilhões de unidades.
As empresas informam que o dispositivo RFID aumenta a eficiência na cadeia de
distribuição dos produtos, reduz furtos e inibe a pirataria. Nas lojas, portas com RFID, podem
escanear as compras dos consumidores, automaticamente, eliminando a necessidade de
verificação na saída. Nas bibliotecas este processo serve para o auto-atendimento. A pessoa é
identificada na entrada, pega o livro desejado e sai sem a necessidade de um atendimento e
filas. O livro fica registrado na sua conta. Outra utilidade é nas residências onde o RFID,
dentro dos refrigeradores, monitora a validade dos produtos avisando ao usuário se existe
produtos vencidos dentro da geladeira. Estas informações seriam enviadas para a Televisão da
casa onde seriam dadas tais informações e o que esta faltando.
2.2 – DEFININDO O SISTEMA RFID
Um sistema RFID, normalmente é composto por dois componentes: as etiquetas,
também chamadas de tag ou transponder, e um leitor. Podem ser divididas em duas
categorias: Sistemas Ativos e Sistemas Passivos. A utilização deste sistema é muito
diversificada, podendo ser implantado em diversos setores, de biblioteconomia a veterinária
em um container ou numa lata de refrigerantes. Tudo isto sendo monitorado por leitores e
checado via rede ou através da internet.
Podemos de uma maneira sucinta dizer que é um sistema que transmite dados de um
objeto qualquer, através de um meio não guiado, utilizando ondas de rádio
3 – COMO FUNCIONA O SISTEMA RFID
Não se pode listar de uma maneira exata todos os componentes necessários para a
implantação de um sistema RFID, pois cada organização tem um objetivo especifico para sua
utilização e necessidade, sendo configurações de hardware e softwares específicos para cada
sistema a ser implantado. A figura (1) ilustra os principais componentes de um Sistema RFID,
como tags (etiquetas), Antenas, leitores, middiware e servidores. A seguir será apresentada
uma descrição de cada um destes componentes.
3.1. Transponder (tags)
A palavra transponder é um acrônimo para TRANS / PONDER, porque sua função é
transmitir e responder comandos que chegam por radiofreqüência. O transponder ou tag é
uma etiqueta RFID. Sua estrutura é simples: Um chip capaz de armazenar informações e uma
resistência com a função de ser uma antena, tudo envolto em algum material como plástico ou
silicone com um formato definido. O propósito da RFID é simplesmente de ter dados
específicos sobre o objeto o qual esta anexada. (SANTINI, 2008 P.07-10). A figura 2
apresenta esta tag.
3.2. Tags passivas:
As tags passivas são as mais usadas por serem mais simples e baratas assim como
por terem uma maior usabilidade. São reconhecidos por não terem um transmissor, sendo
assim não refletem o sinal emitido pelo leitor. Normalmente não possuem baterias e por este
motivo seu custo é menor e tem uma vida útil mais longa. A obtenção de energia destas tags
se dá através de algum método de transmissão do leitor. (SANTINI, 2008 P.07-10)
Figura 2 - Layout básico de uma tag (etiqueta)
Figura 1 - Principais componentes de um sistema RFID
3.3. Tags ativas:
As tags ativas são reconhecidas por terem um transmissor interno funcionando
sempre com a ajuda de uma bateria. Estas tags têm a capacidade de emitir sinais mesmo que a
comunicação seja feita por um leitor, alimentando o microchip ou outros sensores. A grande
maioria das tags ativas não está livre da utilização de leitores e por isto são chamadas de tags
semi-passiva, diferenciando-se de outras tags (transponder) denominados de duas vias (two-
ways tag). (SANTINI, 2008 P.07-10)
3.4 Duas vias (active or two-ways tag)
“As tags de duas vias são sempre ativas e têm uma bateria para abastecer o seu
próprio consumo de energia. A diferença é que esta tag não precisa de um leitor para
funcionar. Ela se comunica com outras tags sem a necessidade de um leitor.” (SANTINI,
2008 P.07-10)
3.5 Antena
A função da antena é basicamente transformar a energia eletromagnética guiada pela
linha de transmissão em energia eletromagnética irradiada e vice-versa.
“Em um Sistema RFID o que determina o alcance das tags é o tamanho da antena.”
(SANTINI, 2008 P.07-10))
3.6. Leitor (Transceiver)
A função do leitor, em um sistema RFID é comunicar-se com as Tags através da
antena e repassar as informações para o software.
O leitor ou antena, utilizando um sinal de rádio, é o meio que ativa o Tag para
trocar/enviar informações. As antenas são fabricadas em diversos formatos e tamanhos com
configurações e características diferentes, cada uma para um tipo de aplicação. Existem
soluções onde a antena, o transceiver e o decodificador estão no mesmo aparelho, recebendo o
nome de "leitor completo”. Além disso, muitos leitores são feitos com uma interface adicional
que permite a ele enviar os dados recebidos a outro sistema (PC, sistema de controle de um
robô etc.). (SANTINI, 2008 P.07-10)
3.7 Impressoras
“As impressoras RFID são equipamentos que tem a função de imprimir diretamente
na tag dados que serão colocados nos produtos. Possuem varias empregabilidades como
controle de livros, de caixas, de malas e de processos.” (SANTINI, 2008 P.07-10)
3.8 Controlador
“Este componente é responsável pelo controle do leitor. Os controladores podem
variar conforme a necessidade do sistema que esta sendo executado.” (SANTINI, 2008 P.07-10)
4 – SISTEMA RFID - FREQÜÊNCIA
Uma vez que os sistemas de RFID geram ondas eletromagnéticas, são classificadas
como sistemas de rádio. A função de outros serviços de rádio deve sob nenhuma circunstância
ser prejudicada ou danificada pela operação de sistemas de RFID. É particularmente
importante assegurar-se que os sistemas de RFID não interfiram em serviços de rádio móveis
(polícias, serviços de segurança, indústria), serviços de rádio marinhos e aeronáuticos e
telefones móveis. (SANTINI, 2008 P.37)
A necessidade de se fazer valer este cuidado acaba por restringir significativamente a
escala de freqüência apropriada e disponível para o funcionamento de um sistema de RFID.
Por esta razão, geralmente só é possível usar as escalas de freqüência que foram reservadas
especificamente para aplicações industriais, científicas ou médicas ou para dispositivos curtos
em escala. Estas são as freqüências classificadas mundialmente como escalas de freqüência de
ISM (Industrial - Scientific - Medical), e podem também ser usadas para aplicações de RFID.
(Santana, 2006)
Faixa de freqüência que operam:
Sistemas de Baixa Freqüência (30khz a 500khz) – Para curta distância de leitura e de
baixo custo operacional. Normalmente utilizados para controles de acesso,
rastreabilidade e identificação;
Sistemas de Alta Freqüência (850mhz a 950mhz e 2,4GHz a 2,5GHz) – Para leitura
em médias e longas distâncias e leituras a alta velocidade. Normalmente utilizados
para leitura de Tags em veículos e coleta automática de dados. (Bhatt, 2007)
Tabela 1 - Níveis de Freqüência para operações de RFID
5 – SEGURANÇA SOBRE O FUNCIONAMENTO DO SISTEMA RFID
A fim de obter uma segurança mínima satisfatória é necessário criar mecanismo de
proteção para os dados que circulam através de ondas. Para que haja uma integridade,
confidencialidade e usabilidade correta do Sistema RFID, sugerem os especialistas nesta área,
a utilização de encriptação dos dados na seguinte forma conforme mostra a figura abaixo.
(Santini, 2008)
Figura 3 - Zonas de segurança
Figura 4 - Sistema encriptado elimina o acesso de intrusos
6 – RFID E CÓDIGO DE BARRAS - COMPARAÇÕES
A tecnologia RFID, não tem o propósito substituir o código de barras. É importante
para o gestor definir com exatidão quais os componentes irá utilizar a Etiqueta RFID ou o
Código de Barras. O sistema RFID deve ser avaliado como uma nova ferramenta de controle
de identificação que não irá atender todas as necessidades e sim determinadas rotinas. É
importante afirmar mais uma vez que o Sistema RFID não irá substituir totalmente o código
de barras, pois apesar de ambos terem a mesma aplicabilidade, que seja controlar, identificar e
monitorar objetos, o custo do Sistema RFID é alto e o de Sistema de Código de barras não. O
quadro abaixo mostra uma comparação de ambos os sistemas. (Warehouse Sistemas, 2008)
Tabela 2 - Comparativo entre Sistemas
(Warehouse Sistemas, 2008)
7 – IMPLATAÇÃO DO RFID - OBSTÁCULOS
Alguns pontos devem ser considerados antes da tomada de decisão por uma
implantação do Sistema RFID; quais sejam:
O alto custo da tecnologia RFID em comparação ao sistema de código de barras é um
dos principais obstáculos para o aumento de sua aplicação comercial. Atualmente,
Características RFID Código de BarrasResistência Mecânica Alta Baixa
Formatos Variados EtiquetasExige Contato Visual Não Sim
Vida Útil Alta BaixaPossibilidade de Escrita Sim Não
Leitura Simultânea Sim NãoDados Armazenados Alta Baixa
Funções Adicionais Sim NãoSegurança Alta Baixa
Custo Inicial Alto BaixoCusto de Manutenção Baixo Alto
Reutilização Sim Não
uma etiqueta inteligente custa nos EUA em torno a 25 centavos de dólar, na compra de
um milhão de chips. No Brasil, segundo a Associação Brasileira de Automação, esse
custo sobe para 80 centavos até 1,00 dólares a unidade;
Agregar este custo ao produto torna-se oneroso e às vezes inviável em relação à
concorrência de mercado;
O uso deste sistema em alguns materiais pode alterar o desempenho do Sistema
interferindo de uma forma negativa no controle e monitoramento do Sistema RFID.
Dependendo da sua utilização podem ser usados protetores visando resolver o
problema da transmissão dos dados. É importante uma avaliação do local, itens e para
escolher o melhor Chip e a freqüência correto para evitar interferência externa ou do
próprio produto no qual será instalado o Chip de controle.
A uniformização das freqüências utilizadas pelo Sistema RFID, para que os produtos
possam ser lidos em qualquer ponto do estabelecimento quer seja uma indústria,
comércio, serviço ou bibliotecas, por exemplo, de maneira uniforme.
8 – SISTEMA RFID NAS BIBLIOTECAS
8.1 Sistema RFID dentro de uma BibliotecaÉ importante salientar que algumas perguntas são fundamentais antes de se pensar
em implantar tal tecnologia dentro de bibliotecas, a saber:
1- Identifique os objetivos do seu negócio.
2- Defina como irá utilizar a tecnologia.
3- Considerar questões de integração com o sistema que a biblioteca utiliza.
4- Após testar, construir e passar a utilizar a solução selecionada.
5- Sustentar e melhorar a tecnologia que foi adotada na biblioteca. (Bitbiblio, 2008)
A seguir veremos passo a passo do Sistema RFID dentro de uma biblioteca:
(RFID BRASIL, 2009)
Figura 5 - Visão geral de uma biblioteca com a tecnologia RFID
8.2 ANTENAS
A antenas/sensor no ambiente da biblioteca comumente é transceptora (emite e
recebe sinal) apresentação de portal e instaladas na saída formando um ou mais corredores de
passagem, e são capazes de ler simultaneamente inúmeros itens e podem desempenhar a
função de segurança antifurto. É necessário estar conectada à rede do sistema de
gerenciamento da biblioteca para que se tenham relatórios de movimentação de acervo. (RFID
BRASIL, 2009)
8.3 Etiquetas
As etiquetas para uso em acervo bibliográfico e documental têm em sua estrutura um
circuito eletrônico onde se encontra o chip no qual se podem gravar as informações
pertinentes ao item. Este circuito é encapsulado em papel e adesivo em uma das faces. O
tamanho da etiqueta varia e a sua escolha é diretamente relacionada ao projeto. As etiquetas
podem ser de longa retenção de dados para casos específicos. (RFID BRASIL, 2009)
Figura 6 - Sistema RFID dentro de uma biblioteca
Figura 7 - Etiqueta RFID
8.4 Identificação
O cartão de usuário é comumente em PVC e circuito eletrônico onde se encontra o chip no qual se podem gravar as informações pertinentes ao usuário, pelo fato de ser um cartão de dimensões tradicionais e aparência também nele pode-se imprimir foto, código de barras ou outras informações pertinentes. (RFID BRASIL, 2009)
8.5 Conversores
“São dispositivos que convertem automaticamente a informação existente na etiqueta de código de barras já aplicada à obra (obviamente para o caso de Acervos que já empreguem
a tecnologia de código de barras na identificação de suas obras) em informação a ser gravada na etiqueta de RFID.” (RFID BRASIL, 2009)
8.6 Controle de acesso
“O Controle de entrada é um dispositivo utilizado para identificar e autorizar o ingresso do usuário nas dependências da biblioteca, ele pode abrir porta, catracas e também gera relatórios de freqüências. As funções e hierarquias de acesso são geradas e gerenciadas pelo responsável da biblioteca via software especifico.” (RFID BRASIL, 2009)
Figura 8 - Cartão de identidade do usuário
Figura 9 - Conversor de dados
8.7 Leitores de mesa
“Processamento do item: é realizado através da gravação dos dados no chip da etiqueta e tem ainda a rotina de circulação: o leitor é agora utilizado para o atendimento ao usuário processando empréstimos e devolução; lendo simultaneamente inúmeros itens, bem como o cartão de usuário.” (RFID BRASIL, 2009)
8.8 Leitor Manual
1. Inventário do Acervo, realizado através da leitura dos dados nos chips das etiquetas.
2. Rastreamento de qualquer item integrante do Acervo, através da identificação e
localização precisa e rápida dos chips das etiquetas presentes nos itens pré-selecionados, com
indicação sonora e/ou visual.
3. Levantamento estatístico das obras consultadas pelos usuários do acervo. (RFID
BRASIL, 2009)
Figura 10 - Controle de Acesso
Figura 11 - Leitores de mesa
8.9 Auto-atendimento
Nesse caso o próprio usuário, devidamente identificado via cartão de usuário e senha
individual, executa autonomamente operação de empréstimo da obra com total segurança e
rapidez, através de um terminal especifico. É a única tecnologia que possibilita com máxima
precisão assegurar que a obra uma vez identificada não possa ser trocada indevidamente por
outra, durante o processo de empréstimo. Igualmente é muito mais simples de operar, pois o
posicionamento da obra não é critico como no caso dos terminais que utilizam leitores de
código de barras. Tudo isto é realizado em tempo real, gerenciado pelo software de circulação
ou gerenciamento do local. É possível disponibilizar funções de renovação e extrato, a
interface é amigável1. (RFID BRASIL, 2009)
8.10 Auto-devolução.
“Neste caso são agregadas em um único terminal as funções de empréstimo e
devolução. É possível disponibilizar funções de renovação e extrato, a interface é intuitiva.”
(RFID BRASIL, 2009)
1 Uma interface amigável é fazer com que o usuário se sinta bem ao mexer com o sistema e o sistema transmita a ele uma sensação de que é fácil de ser operado. Deve ter comando intuitivo e visual caprichado.
Figura 12 - Leitor manual
Figura 13 - Auto-atendimento
8.11 Sistemas híbridos de verificação.
A denominação hibrida é dada para equipamentos que operam simultaneamente com
as duas tecnologias, neste caso EM (eletromagnética) e RFID (identificação por radio
freqüência). A tecnologia EM é tradicionalmente utilizada pelas bibliotecas para executar a
função de segurança, onde a discrição das suas fitas/etiquetas protetoras é impar.
A tecnologia RFID quando utilizada em bibliotecas permite executar a função de
gerenciamento do acervo de uma maneira muito eficiente, processando os seus itens em
tempo real e simultâneo. Desta forma, com a sua combinação, obtém-se o melhor das duas
tecnologias em um único equipamento. Além disto, há o aproveitamento de fitas/etiquetas nos
casos de acervos já protegidos pela tecnologia EM, não havendo a perda do investimento
inicial. (RFID BRASIL, 2009)
9 – CASO DE SISTEMA RFID IMPLANTADO NA BIBLIOTECA DA PONTI-FICIA UNIVESIDADE CATÓLICA DO RS - PUC
Figura 14 - Auto-devolução
Figura 15 - Sistema hibrido de verificação
A PUCRS ergueu em um prazo de dois anos um prédio modelo de 14 andares onde
esta instalada uma das maiores bibliotecas do sul do país. Com um acervo de um milhão de
livros, a PUCRS inovou logisticamente com a implantação do Sistema RFID de controle do
seu acervo cultural. A biblioteca Irmão José Otão é hoje um modelo de biblioteca, além de ser
única na América Latina a possuir sistema de monitoramento do acervo com a Tecnologia
RFID, aqui apresentada. Abaixo uma foto externa da Biblioteca da PUCRS:
O Sistema que monitora e organiza todo este complexo é o ALEPH, sistema de
gerenciamento de conhecimento. Por ser um sistema aberto, isto é, compartilham recursos, o
ALEPH pode ser linkado ao Sistema de Tecnologia RFID de controle sem nenhum problema
de incompatibilidade com o Sistema já existente.
Segundo informou 2Ednei Silveira, foram adquiridas TAGS em um lote inicial,
suficiente para cobrir todo o acervo. Cada uma a US$ 0,62. Este ano quando fizeram uma
nova compra de TAGS, o preço passou US$ 0,80 a unidade.
As informações gravadas na TAG são hoje somente dados básicos do livro. Poderiam
ser muito mais informação, mas, por decisão operacional, não foi utilizado sua total
capacidade de armazenamento.
É importante observar que a Biblioteca, não removeu o lacre de segurança dos livros
e acrescentou um chip visando monitorar a saída e entrada dos mesmos. Como existe uma
comunicação entre o sistema ALEPH e o Sistema RFID, Sistema de segurança trabalha junto
com o RFID. Ainda, esta comunicação em tempo real possibilita pesquisa pela Internet, on-
line, informando o conteúdo e a disponibilidade do acervo.
Toda uma sistemática visando dar ao usuário condições de utilizar a biblioteca sem o
auxilio de funcionários foi feita. Segundo, Ednei estes mesmo funcionários que antes
2 Ednei Silveira – Coordenador de Comunicação da Biblioteca da PUCRS
Figura 16 - Vista externa da biblioteca da PUCRS
auxiliavam os usuários, hoje têm outras atribuições, qualificando assim mais as pessoas
envolvidas no processo de organização da biblioteca.
O sistema de auto-atendimento da biblioteca utiliza uma tecnologia especial que faz
com que se comunique de forma amigável com o sistema de segurança eletromagnético, ou
seja, na saída da biblioteca, desativa as etiquetas de segurança e no retorno ativa as mesmas.
O sistema de auto-devolução também é singular: a pessoa que o utiliza se dirige a
uma maquina que possui na sua frente um médio alçapão onde o livro deverá ser devolvido.
Segundo, Ednei, existe um mecanismo de segurança que impede que o livro seja retirado no
momento em que ele é devolvido. No momento em que o alçapão é fechado o livro cai em um
dos quatro depósitos que tem atrás da parede. Estes depósitos são carrinhos com profundidade
regulada. Para evitar danificar o livro. Na medida em que o peso vai aumentando o fundo do
carrinho vai descendo até um sensor informar que carinho esta lotado. O funcionário vem,
retira o carinho e leva-o para que sejam novamente recolocados nas estantes.
O sistema RFID da Biblioteca da PUCRS conta ainda com um equipamento
importantíssimo no controle do acervo. O HANDY SCANNA3. Serve este para auditar todos
os livros do acervo. Quando ele percorre os corredores e identifica algum livro que esteja fora
da ordem ele avisa e indica onde realmente o livro deve ser colocado. Em caso de procura e
não se localizar efetivamente o acervo perdido, o sistema coloca o livro em posição final de
extravio. Com este Sistema as perdas são mínimas e efetivamente quase não existem.
O sistema de auto-atendimento é amigável e rápido, de fácil manipulação onde é
apresentada numa tela de monitor com instruções pormenorizadas, passo a passo.
Inicialmente, o usuário deve identificar-se através de um dos seguintes tipos de leitores:
magnético, código de barras, proximidade, Smart Card RFID ou biométrico. (Santana, 2006)
Nesta fase inicial a identificação será feita através do software já utilizado na
automação da biblioteca, sendo necessário para isso que o mesmo ofereça uma interface
apropriada para auto-atendimento. O sistema se comunica com o centro de informações e 3 Handy Scanna é um leitor de TAGS dentro do Sistema RFID.
Figura 17 - Handy Scanna
confirma a identificação do usuário. Caso haja pendências ou inconsistências com o usuário o
sistema não autoriza a continuidade do processo até que tais pendências sejam sanadas.
Depois de identificado e autorizado o usuário deverá posicionar o livro no local
designado, e um scanner ótico (ou leitor de RFID) lerá o código de barras (ou a etiqueta de
RFID) que o identificará.
O sistema é programável, possibilitando à biblioteca definir parâmetros como
numero de itens emprestados, tempo para devolução, normas para empréstimo e renovação,
emissão de multas, dentre outros.
Estes critérios são os mesmos normalmente já oferecidos pela biblioteca. Ao concluir
o processo de empréstimo, o usuário retirará o item já emprestado e o seu cartão de
identificação.
A seguir receberá um comprovante impresso (extrato) com data e hora da operação
além de informações como data de devolução, mensagem da própria biblioteca, avisos de
quota de empréstimo ultrapassada, dados bibliográficos sobre o item.
Também é oferecida uma opção chamada “Situação” que possibilita ao próprio
usuário conferir sua atual posição com a biblioteca.
10 – CONCLUSÕES
Este trabalho permitiu conhecer in loco a aplicação do sistema RFID na biblioteca da
PUCRS. As técnicas utilizadas foram; Método de Observação direta sem interferência
(Cooper, et al., 2003); Por entrevista pessoal com funcionários da biblioteca (Cooper, et al.,
2003). A organização e a metodologia de trabalho e de Sistema implantada são as principais
conclusões obtidas durante este trabalho. São 14 andares onde existe padrão para tudo, desde
atendimento, conforto, tranqüilidade, acessibilidade ao acervo em vários terminais de
Figura 18 - Sistema de auto-atendimento da PUCRS
consulta, auto-atendimento, atendimento assistido, auto-devolução, devolução assistida,
monitoramento permanente do acervo. Está presente em todos os andares o auto-atendimento
para retirada dos livros. No caso de querer retirar o livro com auxilio este pode ser encontrado
no andar térreo no qual o usuário irá ter auxilio. Para melhor ilustrar o fluxo, figura 19 criada
pelo autor.
Podemos dizer que no caso da PUCRS o Sistema RFID, incrementou o atendimento
e possibilitou a biblioteca ter mais organizado e monitorado todo o seu acervo. O custo das
etiquetas inseridas nos livros foi alto, mas o retorno desse investimento logo será notado. A
tecnologia RFID como foi incorporada dentro da biblioteca demonstra como através de uma
tecnologia moderna se pode dar ao usuário final facilidades tanto na retirada quanto na
devolução dos livros e assim cumpre a sua finalidade de minimizar a burocracia e perdas
possíveis que havia anteriormente com um sistema com inserção manual dos dados no sistema
ou ainda em bibliotecas que usam o sistema antigo de fichas.
Como benefícios primários de RFID pode-se citar a eliminação de erros de escrita e
leitura de dados, coleção de dados de forma mais rápida e automática, redução de
processamento de dados e maior segurança. Quanto às vantagens da RFID em relação às
outras tecnologias de identificação e coleção de dados, temos: operação segura, operação sem
contato e sem necessidade de campo visual e grande variedade de formatos e tamanhos dos
objetos desde um livro pequeno até um livro de dimensões maiores.
A tecnologia RFID além de promover uma melhoria no atendimento e controle do
acervo deve ser vista como uma tecnologia a ser aplicada nesta e em outras áreas as quais se
façam necessárias o controle e monitoramento de objetos. A aplicabilidade desta tecnologia
dentro da logística industrial, por exemplo, traz benefícios inimagináveis, pois quanto maior o
volume monitorado menor serão os erros e perdas que poderiam ocorrer sem tal sistema.
Figura 19 - Maquete elaborada a partir da observação feita no local da pesquisa
Segue abaixo o resultado obtido: Do total de usuários observados, (25) vinte e cinco,
durante o período compreendendo das 13h00min ás 18h00min do dia 13 de Novembro de
2009, cerca de (18) dezoito usuários utilizaram o sistema de auto-atendimento. Os demais, (7)
sete usuários utilizaram o sistema de leitura de mesa com ajuda de um funcionário para retirar
os livros. Cabe aqui informar que muitos usuários fazem sua pesquisa dentro da biblioteca e
não retiram os livros. Estes livros são deixados sobre as mesas para que os funcionários
possam colocar novamente no local correto. O levantamento foi feito em dois terminais
situados no térreo da biblioteca ao lado do sistema de retirada e devolução com auxilio.
(amostra)
A analise demonstrou que a maioria, isto é 72% da amostra observada, prefere
utilizar o auto-atendimento provando assim que quando se oferece facilidade para minimizar
filas ou espera os usuários preferem esta opção. O Sistema RFID deve ser avaliado por todas
as organizações visando dar um controle e um monitoramento maior em seus produtos ou
acervos garantindo assim uma ausência total de perda interna.
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Auxilio na retirada
Tabela 3- Resultado representado em um gráfico de forma tipo: pizza explodida com percentual
Figura 20 - Foto da entrada da biblioteca da PUCRS
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