modelo pedagógico virtual na universidade aberta um
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Modelo Pedagógico Virtual na Universidade
Aberta - Um percurso pessoal de uma
estudante do 1º Ciclo
Performed by Manuela da Costa Fonseca
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A UAb foi-me apresentada por um estudante, agora
licenciado em Estudos Europeus, sediado em
Bruxelas. E, foram motivos “axiologicamente” apaixonantes que me
trouxeram até este ponto. Dois filhos menores (um em idade pré-
escolar e outro no quarto ano do 1º Ciclo Básico) despertaram em mim
o desejo de aprender a saber como se vivem as mudanças solicitadas e
as transformações exigidas à Educação, a qualidade das auto-estradas
de conhecimento e saber que estão a ser construídas e serão
percorridas pelos meus filhos.
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As minhas formações, formal, informal e não-formal, bem como o
meu percurso profissional têm criado condições para que desenvolva o
meu trabalho com ferramentas tecnológicas de última geração e
respectivos “softwares”. Assim, aliar o que sabia, ao desejo de mais
aprender e adquirir conhecimentos através de um ambiente virtual,
“online”, no qual me sinto especialmente descontraída e de que sou
acérrima defensora, sem a obrigatoriedade de deslocações, tornou-se
algo de substancialmente apelativo e adequado. Principalmente quando
pude verificar o quão organizado o espaço da nossa licenciatura se
encontrava.
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No entanto, é através da experiência e das visitas diárias ao nosso
espaço de ensino / aprendizagem que nos vamos apercebendo que,
se por um lado a organização e gestão do nosso tempo têm de ser
eximiamente geridos, existe por outro lado o factor distância física
que por vezes pode levar a sentimentos de “abandono académico”.
Neste ponto a equipa de Coordenação do nosso curso tem sido de
um exemplo extraordinário de eficácia, rapidez de resposta e de
apoio aos estudantes.
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O interesse crescente que as questões relativas à Educação têm levantado em todos os
sectores da nossa sociedade (politica, social, cultural, económica); a percepção, cada vez mais
global, de que Educação tem um peso fundamental no nosso crescimento e desenvolvimento; as
alterações verificadas e sentidas pelos seus actores (do pessoal docente ao não-docente,
passando pelos estudantes, pais, associações e sindicatos) como sendo muito mais interventivas
que construtivas e ainda o facto de uma grande percentagem de colegas do meu Curso –
Licenciatura em Educação – se encontrarem profissionalmente ligados ao ramo Educação, leva a
que por vezes se assistam a algumas situações de dissensões sobre algumas matérias abordadas e
métodos didácticos utilizados, que acaba por se fazer sentir no esmorecer dos “fóruns”, tornando-
os locais mais passivos do que realmente seria de esperar.
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Talvez esta situação se verifique também devido ao cariz "oficial"
conferido a uma opinião quando esta é escrita. No entanto, sinto que os
estudantes se esforçam por se manterem unidos, cooperativos,
participativos e colaborativos; principalmente os que optaram por
avaliação continua. Não raras vezes são discutidas determinadas
matérias e conteúdos também fora do ambiente virtual da UAb, como
por exemplo via MSN e, têm-se inclusive verificado o despontar de
novas amizades.
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Em termos pessoais, considero esta licenciatura com bastante
relevância dado os programas e conteúdos apresentados, que me
parecem razoáveis e necessários às matérias em discussão. A
capacidade, os conhecimentos e as ferramentas que tenho vindo a
adquirir para reflectir, discutir e concluir sobre as questões inerentes à
Educação, levam-me a continuar a avaliar positivamente este curso e a
sua vertente “on-line” à distância.
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No entanto, a opinião geral de grande parte do público do meu
universo é que uma licenciatura obtida via método “Educação Aberta e
à Distância”, significaria unicamente a possibilidade de obter um
“canudo”, tipo “prêt-à-porter” e onde o estudante estaria
automaticamente imune e dispensado das questões e
características próprias do relacionamento intra-estudantes e entre
estudantes e professores.
Mas, na realidade tal não se verifica.
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Ao longo do nosso primeiro ano, encontrámos docentes exigentes,
que procuraram encontrar a nossa excelência e nunca nos pediram e
incentivaram para menos que Excelente, mas também tivemos a
oportunidade de por vezes sentir a distância de uma forma muito
mais acentuada. Apesar do nível de ensino ser superior, os
estudantes acabam por se sentirem desmotivados quando surge este
“não-diálogo”, fruto por vezes de uma interacção insuficiente com os
professores ou com os tutores.
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Experienciei que não basta ao professor colocar os materiais e
recursos disponíveis nas plataformas de cada uma das unidades
curriculares e não é suficiente ao estudante guardá-las
electronicamente ou em papel; tem de existir interacção, mesmo que
assíncrona. Caso contrário, corremos o risco de vivermos em “anomia
curricular”, perdendo a oportunidade de usufruir do melhor que as
relações humanas nos podem oferecer e que são a partilha de
experiências, conhecimentos e saberes.
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Em início de um novo semestre na Universidade
Aberta continuo a sentir-me especialmente privilegiada
por poder conviver com um universo de mentes tão
diversificado, com o facto de ser crescente a capacidade
para ultrapassar as “desopiniões” que vão surgindo e ir
satisfazendo as necessidades de querer aprender a
aprender, a conhecer, a ser e a fazer.
FIM
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